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WOMEN’S SCHOLL Transforming Girls into Women

Aula 2 - O Resgate da Identidade

Nesta segunda aula vamos falar sobre o resgate da identidade. Quando resgatamos nossa intimidade com Deus,
desenvolvemos nosso relacionamento com Deus. A partir deste relacionamento, descobrimos quem somos. Deus, em
nossa intimidade, diz qual é a nossa identidade e chamado nesta vida. Nosso objetivo, portanto, é cavar mais um pouco
para nos aprofundarmos em nossa verdadeira identidade. Você precisa restaurar sua identidade de filha de Deus e ter
uma visão sobre si mesma redimida e restaurada.

Porquanto, nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate
por muitos”. (Marcos, 10. 45)

Jesus veio dar a sua vida em resgate de muitos. O resgate é o preço pago por algo ou alguém para resgatar, seja
resgatar o valor ou resgatar aquela pessoa. Jesus sacrificou sua própria vida como forma de pagar o preço pelo resgate
de nossas vidas. O sacrifício de Cristo é o suficiente para resgatar nossa intimidade com Deus perdida no jardim do Éden,
com a queda de Adão e Eva, e restaurar nossa identidade de filhos e filhas de Deus.

É extremamente importante saber quem você é. Se você não sabe quem você é, você não sabe para onde
você está indo. Por sua vez, se você não sabe para onde está indo, todo destino oferecido a você se torna um destino
aceitável. Assim, toda pessoa que vem a você lançando palavras de afirmação ou mesmo palavras de crítica pra dizer
quem você e quem ela pensa que você não é, acabam determinando seu modo de ser e conduzir sua vida. Sua identi-
dade não vem da boca das pessoas e seus caminhos não podem ser determinados pelo que as pessoas pensam ao seu
respeito. Sua identidade vem da boca de Deus, exatamente daquele lugar de intimidade que estudamos anteriormente.

Deus não te chamou para viver dessa forma, sendo influenciada pela opinião dos outros. Ele te criou e te chamou
desde a eternidade com uma identidade singular, única e incomum. Mas se você deixou as decepções e frustrações com
as pessoas, a rejeição, as críticas e as circunstâncias da vida roubarem sua verdadeira identidade, o chamado de Deus
pra você hoje é o chamado de resgatar sua identidade original, de se tornar aquela a quem Deus chamou desde o ventre
da sua mãe.

Você sabia que existe uma clara e exata diferença entre reformar algo e restaurar algo. No ato de reformar um
determinado objeto, você trabalha para dar uma nova forma mais bela e agradável aos seus olhos. Aquele móvel velho
em sua casa que você deseja tanto dar vida, você trabalha nele colocando novas cores e formas para deixá-lo como um
móvel novo que você acabou de comprar. No ato da restauração de um objeto específico, você quer trabalhar nele de
forma que o resultado seja o objeto no seu estado original. Seu trabalho é resgatar as características originais daquele
objeto, recuperando-o de todas as modificações causadas pelo tempo e circunstâncias que o afetaram. Ao final do seu
trabalho, tudo que você quer é enxergar aquele objeto como ele foi criado. Exigisse muito isso na restauração de grandes
obras de artes. Os restauradores não trabalham com retoques ou reformas, eles trabalham com o firme propósito de
manter a bela obra de arte - seja um quadro, uma estátua, um livro - da forma original. O trabalhar de Deus em você será
mais profundo do que uma reforma superficial. O que Deus quer fazer é uma restauração que leve você de volta para Ele
e para sua identidade e propósitos originais.

Quando Deus criou o homem, disse: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”
(Gênesis 1:26). O resgate da nossa identidade começa pelo resgate da nossa imagem e semelhança com de Deus.
É muito importante você entender que você foi chamada para ser cristã – que originalmente significa ser “um pequeno
cristo” -, aquela pessoa que reproduz o caráter e a missão de Cristo. Você foi chamada para andar na identidade e
autoridade de “um pequeno cristo”, à imagem e semelhança de Deus, como filha legítima do Aba Pai. Essa identidade
precisa estar latente e patente em você. Você precisa tomar possa da sua identidade de filha agora, porque enquanto
você continuar vivendo sem saber quem você é, você será guiada como folhas ao vento sendo influenciada e manipulada
por palavras que não condizem com a vontade do Pai. Quem você é em Deus? Pergunte e responda a si mesma:
“Eu sou a imagem e semelhança do Pai, em Cristo Jesus. Eu sou Filha de Deus”.

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Ouço tantas histórias de mulheres que acreditam piamente serem o produto de suas dores e traumas. Mulheres
que vivem presas ao seu passado, porque não conseguiram se libertar das palavras duras de críticas pesadas que fizer-
am sobre elas. Mulheres que não conseguiram esquecer a forma como foram criadas, com privações de afetos e coisas
materiais, abusos, censuras, críticas, acusações, medos e rejeições de toda natureza, que fizeram-nas acreditarem que
são que a vida fez com elas, inclusive reproduzindo em seus relacionamentos com maridos, filhos e outros, o mal que lhe
fizeram. Não ignoro seu sofrimento, não quero suavizá-lo, nem o diminuir, mas afirmo com toda certeza que você não
é a sua dor e sofrimento. Você não é o resultado de palavras de maldição que seus pais, familiares ou amigos lançaram
sobre você. Você não é definida pelo que as pessoas pensam de você, você é o quem o Pai diz que você é.
Talvez você tenha sido criada por pais que não tiveram a instrução e a sabedoria necessária para criar filhos sob palavras
de benção. Consciente ou inconscientemente, eles podem ter sido os primeiros a colocar rótulos em você, dizendo que
você não seria ou não conseguiria nada na vida, porque causa da sua aparência ou da sua inteligência ou de qualquer
outra característica física e emocional. Durante sua infância e adolescência e porque não dizer até hoje, em sua vida
adulta, você ouviu e tem escutado críticas e acusações que te machucam, mas o propósito deste nosso encontro com
Cristo é de te levar para o lugar em que você será lavada e purificada dessas palavras, o lugar em que você ouvirá nítida
e claramente qual é a sua identidade original, o lugar em que você se verá como quem você realmente é, através de
Jesus, imagem e semelhança de Deus.

Estamos afirmando que sua identidade não é desta terra, não te foi dada por seu pai ou sua mãe quando você
nasceu, nem foi construída a partir das suas vivências, experiências e relacionamentos. Por melhores que fossem nos-
sos pais e quem teve bons pais, pode testemunhar isso, eles não são capazes de nos curar e libertar da rejeição. Até
quem teve os melhores pais e foram protegidos de tantos sofrimentos da vida, uma hora terão que ir ao Pai Celestial
descobrir quem realmente são e que a identidade deles não deriva do que as pessoas dizem ao seu respeito nem do
que elas fizeram na vida. Em seu livro, antes do nosso nascimento, antes de nossa mãe nos trazer ao mundo, antes
de se quer termos vivido um dia sequer na face da terra, tudo que nós somos, todos os nossos dias, nossa identidade,
propósito e destino, Deus escreveu, Deus sabe.

E aconteceu que, saindo-se-lhe a alma (porque morreu), chamou-lhe Benoni; mas seu pai chamou-lhe Benjamim.
Gênesis 35:18

Quando Raquel engravidou de seu segundo filho, infelizmente teve complicações durante o parto que culmina-
ram eu sua morte. Antes de falecer, porém, deu um nome ao menino, Benoni, que quer dizer “filho da minha dor”. Era
comum naquela época os pais darem nomes para seus filhos levando em consideração características físicas, circun-
stâncias ou eventos relacionados ao nascimento ou mesmo um nome que fosse uma palavra profética de destino sobre
o recém-nascido. Raquel, portanto, em meio ao sofrimento do parto que culminou em seu óbito, liberou uma palavra de
destino sobre o bebê, dizendo “esse bebê é o filho que nasceu da minha dor”.

Eventualmente, quando não somos mulheres transformadas pelo Espírito Santo e nos deixamos levar por cir-
cunstâncias ou momentos dolorosos da nossa vida, também lançamos palavras negativas sobre nossos filhos, palavras
de morte e não de vida. Chamo sua atenção para este cuidado que nós, mães, temos que ter na forma de lidarmos com
nossos filhos, pois nossas palavras tem poder e autoridade sobre o destino de nossos. Somos incumbidas com esta
autoridade para cooperarmos com o Senhor na construção de uma identidade verdadeira na vida dos nossos filhos,
somos mães de propósitos e mães de destinos, que podemos com nossas palavras e atitudes nos tornamos uma ponte
que liga nossos filhos a Deus.

Sabemos, entretanto, que o nome escolhido para aquele menino não foi o nome dito pela mãe em seu momento de dor.
O pai da criança interviu imediatamente. Ao saber que sua amada esposa morreu, Jacó disse: “Benoni, não! O nome
dele será Benjamin”, que significa “filho da minha força”. Talvez você tenha escutado desde a sua tenra infância dos seus
próprios pais mesmo ou de outros ao longo da vida, que você não foi desejado ou veio ao mundo na pior hora possível,
que sua vinda trouxe mais problemas do que alegrias, você não foi bem recebido, não foi desejado, não foi aceito e não
foi acolhido.

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De formas diferentes, você veio escutar a mesma coisa proferida pela mãe sobre o bebê recém-nascido – “és filho da
minha dor” -, mas o que tenho pra te dizer a partir de agora é o que o Pai está intervindo na história da sua vida para
te dizer: “ você não é causa de dor e sofrimento, você é o filho da minha força, você é o filho amado em quem eu me
comprazo, você é o filho que me traz alegria, você é o filho em quem eu tenho prazer”.

Da mesmo forma, um pai ou uma mãe que entende a sua autoridade para profetizar palavras de benção sobre
o destino de seus filhos, repreenderá qualquer palavra de maldição e será canal de Deus para dizer aos seus filhos:
“Este meu filho que está para nascer ou este meu filho que nasceu, eu o abençoo com vida, jamais será filho da minha
dor ou sofrimento, jamais será causa de dores, tristezas e morte, este meu filho será motivo de alegrias, de refrigério e
de benção. Seu nome não será Benoni, o filho da minha dor, seu nome será Benjamin, o filho da minha força”. Assim é
Deus, nosso Pai Celestial, falando conosco todos os dias: “Te chamam desprezada, desvalorizada ou perdida, mas Tu
és para mim uma filha totalmente desejada, muito amada e valorizada, uma filha que tomo em meus braços e te guardo
e te guio com amor eterno e incondicional”
Todas as artimanhas e planos astutos do diabo contra sua vida é para te causar dores e sofrimentos suficientes para
te fazer questionar sua identidade filha. Quando as mentiras do diabo conseguem te convencer enganosamente que
você não é filha e você abre mão dessa autoridade, ele conseguiu com isso roubar sua identidade. Sua autoridade está
na sua identidade. Se você não anda em sua identidade e autoridade de filha, você automaticamente estará desviada
do seu propósito. Bingo! Fez o diabo o que ele quer desde o princípio. Mas, entenda, o diabo jamais conseguirá alterar
uma vírgula do que o Senhor preparou para você, o diabo não tem poder e autoridade para mudar o seu nome, o diabo
não pode mudar a identidade que Deus te deu. Os planos e propósitos de Deus para sua vida não podem ser mudados.
Mas você, tomada pelo convicções do seu próprio engano, pode seguir as mentiras e tentações do diabo e viver distante
daquilo que Deus preparou para sua vida. Estamos aqui para desmascarar esses planos do inimigo e para te lembrar
que não importa o que você tenha feito até o presente momento, se você se voltar para os olhos do Seu Pai, que estão
sobre você, e correr para os braços do Pai, você saberá que uma vez feita filha de Deus, você é sempre filha. Sua
identidade de filha não é determinada pelo seu comportamento, mas pelo amor eterno e incondicional do Aba. Que você
possa compreender que você é filha e filha amada do Aba Pai!

E disse Davi: Há ainda alguém que tenha ficado da casa de Saul, para que lhe faça benevolência por amor
de Jônatas? E havia um servo na casa de Saul cujo nome era Ziba; e o chamaram à presença de Davi. Disse-lhe o
rei: És tu Ziba? E ele disse: Servo teu. E disse o rei: Não há ainda alguém da casa de Saul para que eu use com ele da
benevolência de Deus? Então disse Ziba ao rei: Ainda há um filho de Jônatas, aleijado de ambos os pés. E disse-
lhe o rei: Onde está? E disse Ziba ao rei: Eis que está em casa de Maquir, filho de Amiel, em Lo-Debar. Então man-
dou o rei Davi, e o tomou da casa de Maquir, filho de Amiel, de Lo-Debar. E Mefibosete, filho de Jônatas, o filho de
Saul, veio a Davi, e se prostrou com o rosto por terra e inclinou-se; e disse Davi: Mefibosete! E ele disse: Eis aqui
teu servo. E disse-lhe Davi: Não temas, porque decerto usarei contigo de benevolência por amor de Jônatas, teu
pai, e te restituirei todas as terras de Saul, teu pai, e tu sempre comerás pão à minha mesa. Então se inclinou, e
disse: Quem é teu servo, para teres olhado para um cão morto tal como eu? Então chamou Davi a Ziba, moço de
Saul, e disse-lhe: Tudo o que pertencia a Saul, e a toda a sua casa, tenho dado ao filho de teu senhor. Trabalhar-
lhe-ás, pois, a terra, tu e teus filhos, e teus servos, e recolherás os frutos, para que o filho de teu senhor tenha
pão para comer; mas Mefibosete, filho de teu senhor, sempre comerá pão à minha mesa. E tinha Ziba quinze fil-
hos e vinte servos. E disse Ziba ao rei: Conforme a tudo quanto meu senhor, o rei, manda a seu servo, assim fará
teu servo. Quanto a Mefibosete, disse o rei, comerá à minha mesa como um dos filhos do rei. E tinha Mefibosete
um filho pequeno, cujo nome era Mica; e todos quantos moravam em casa de Ziba eram servos de Mefibosete.
Morava, pois, Mefibosete em Jerusalém, porquanto sempre comia à mesa do rei, e era coxo de ambos os pés.
2 Samuel 9:1-13

Tão importante quanto saber qual sua identidade nesta jornada, é você saber quem você não é. Se você
não souber quem você não é, você vai querer ser quem você não foi feita para ser. Desejará, sem sucesso,
caminhar sobre as palavras ou buscar a porção que foi derramada sobre outras pessoas, que não foram dadas
para você.

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Mefibosete era filho do príncipe Jonatas e neto do Rei Saul, ou seja, Mefibosete fazia parte de uma dinastia de reis, tinha
o sangue real de seu avô correndo em suas veias e direitos reais. Mas, quando Mefibosete se apresentou ao Rei Davi,
ele disse, temendo, sobre si mesmo: “Quem é teu servo, para teres olhado para um cão morto tal como eu?”. Estamos
falando de alguém que descendia de uma linhagem real, mas que se via como um cão morto perante Davi. É relatado
na história de Mefibosete que aos cincos anos de vida ele caiu dos braços de sua babá que fugia do palácio quando
soube da morte de Saul. Quando o menino Mefibosete caiu, ficou aleijado dos dois pés e foi viver numa cidade distante
chamada Lo-Debar, que significa lugar de miséria, lugar de esquecimento, lugar de morte. Lo-Debar era um lugar de
sequidão que abrigava os esquecidos e rejeitados da terra, era a cidade onde habitavam os mendigos. Mefibosete trazia
em si o sangue de uma linhagem real, mas vivia com as marcas de um homem miserável e esquecido na terra. O que
lhe aconteceu desde os 5 anos aprisionou-o a uma vida de miséria e sofrimento. Quem sabe, os longos anos de sua
vida em Lo-Debar fizeram Mefibosete esquecer de quem ele realmente era e fizeram com que ele encarnasse aquela
identidade ligada ao lugar em que estava. Por isso, reafirmo o quanto é precioso você saber discernir quem você não
é. Porque o lugar em que você vive ou as circunstâncias que você vive podem querer que você aja ou se torne alguém
que você não é. O lugar de onde Mefibosete veio o fez enxergar a si mesmo como um cão morto. Mas, ele ainda era
filho do Rei. Davi, então, o restaurou à mesa que comiam os filhos do Rei, com as posses e herança de um filho do rei,
com os direitos e autoridade de um filho do Rei. Seus pés defeituosos e seus anos no esquecimento não tiveram o poder
defini-lo perante Davi, entretanto, a graça e bondade de Davi fizeram Mefibosete lembrar de quem ele era e de qual era
seu lugar, como filho, na mesa do Rei.

Ah! Como existem prisões mentais, emocionais e espirituais que podem te prender em lugares que te impedem de
enxergar sua verdadeira identidade em Deus. Entenda isso, de todo seu coração, você não é o seu passado nem o seu
pecado, você não é vítima do que te aconteceu tragicamente nem é o que pessoas más te disseram ou fizeram contra
você, você não é o produto somado de suas dores, traumas, mentiras e desilusões. Você não é nada disso. Você é e
somente é o que Deus te criou para ser. Deixa de viver hoje como se o teu passado tivesse o poder de determinar quem
você é hoje. Você foi vítima de algo terrível em seu passado? Sim, eu acredito, deve doer bastante. Mas o chamado de
Deus para você não inclui viver como vítima. Você não é vítima. Você não é órfã. Você não está só. Você tem um Pai, o
Reino dele se tornou seu reino e sua casa e você não está sozinha. Teu Pai é o teu provedor, que te deu a autoridade
do Reino ao restaurar sua identidade de filha. Uma mulher que caminha em sua autoridade filha não faz as coisas em
busca de elogios e não sucumbi diante das críticas. Nem elogios, nem críticas, podem afetar uma mulher firme em sua
identidade.

Lembra da Rainha Ester? Ester era uma menina órfã, que foi criada pelo seu tio Mardoqueu. Ela carregava
sobre si raízes de rejeições, complexos de inferioridade e sentimentos temerários que tinham potencial para paralisá-la.
Mas, quando Ester ousou se apresentar ao Rei sem ter sido convidada, algo naquela época que poderia ser passível
de morte, caso o Rei não autorizasse o acesso a sua presença, esta mulher mostrou sua verdadeira identidade. Ela se
preparou durante um ano, se purificando e se perfumando com os perfumes feitos das melhores especiarias, para se
encontrar apenas uma noite com o Rei. Mas ela não se vestiu apenas de roupas finas e cobriu-se com maravilhosos
perfumes, ela também orou, jejuou e se revestiu da sua verdadeira identidade. Ela não ficou escondida lamentando e
chorando sobre as palavras de morte que foram levantadas contra o povo judeu, ele não teve medo e se escondeu dos
seus algozes, antes teve coragem e ousadia para entrar na presença do Rei e interceder pelo povo judeu. Sua identi-
dade a levou a uma posição de autoridade, sua identidade a transformou de uma órfã estrangeira à Rainha da Pérsia.

Só alcança lugares mais altos em Deus, só atinge níveis mais profundos com Deus, quem sabe a identidade que
carrega. Só tem autoridade para acessar certos ambientes e realidades até então impossíveis aos olhos humanos, quem
se revestiu da autoridade decorrente de uma identidade firmada em Cristo. E, foi isso que a Rainha Ester fez. Aquela
mulher assumiu sua autoridade e papel naquele momento decisivo - não apenas para sua vida, mas para o destino de
toda uma nação -, e disse: “Ei, sentenças de morte levantadas contra mim, palavras de acusação e de condenação,
críticas e ofensas, vocês não definirão meu destino e o destino de meu povo. Haja o que houver, eu vou me apresentar
ao Rei e vou cumprir meu propósito nesta geração. Ainda que minha vida esteja sendo posta em risco, se eu tiver que
morrer, eu morrerei, mas eu ousarei ver o milagre do Senhor na minha vida e de todos aqueles que estão dependendo
de mim hoje”.

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Da mesma forma, você tem que se posicionar diante de Deus, o Reis do Reis, e clamar: “Senhor, meu passado,
minhas dores e traumas, meus pecados e minha circunstâncias desfavoráveis não me definem, eu não vou deixar que
todo esse sofrimento determine meu estado hoje e meu futuro, eu vou me apresentar ao rei, resgatarei minha identidade
de filha e caminharei na autoridade de quem foi chamada para cumprir um propósito nesta vida”.

A fonte de toda autoridade é descobrir sua identidade. Quem tem identidade, tem autoridade para fluir no seu
destino. Quem caminha sobre uma verdadeira identidade dada por Deus, é vista e reconhecida pela autoridade que veio
do alto. A Rainha Ester não vestiu as roupas da autocomiseração e da mulher coitada, ela se cobriu com as vestes da
mulher restaurada e ungida, e ousou entrar na sala do Rei sem o seu prévio consentimento. Sua ousadia e coragem
tocou o coração do Rei, que estendeu seu cetro de justiça, com o qual livrou aquela mulher de punição prometida a quem
se apresentasse ao rei sem ser chamado, então aquela mulher acessou mais do que o salão real, ela acessou o coração
do Rei e teve um encontro com ele que selou o destino de toda uma nação.

Quem pensa que sua identidade pode ser comprada com muito esforço e que pode conquistar seus títulos
diante de Deus por causa de sua performance e desempenho diante dos homens, está redondamente enganada. A sua
identidade não é fruto daquilo que você faz, mas é a palavra que Deus liberou sobre você revelando quem você é. Logo,
quando você discerne e compreende quem você é em Deus e recebe autoridade dos Céus para caminha sobre a palavra
de afirmação que Deus te deu, naturalmente agirás conforme a identidade que Deus te deu. Não é o que tu fazes que
define quem você é. Mas o que tu fazes reflete quem tu entendeste ser em Deus. Descubra primeiro quem você é em
Deus e quem também não és em Deus, para que vivas de acordo com uma palavra e não de acordo com o que você ou
outros acham ou pensam sobre você.

Quando Jesus cumpriu todos os princípios do batismo feito por João Batista, foi liberada sobre Ele autoridade de
Filho e veio o Espírito em forma de pomba que disse: ‘Eis o meu filho amado em quem tenho prazer’. (Mateus 3: 16,17).
Essa mesma voz que aprovou e exaltou a Jesus diante dos homens é a mesma voz que te diz hoje: “tu não és mais teu
passado que te envergonhava, tu não tens que se esforçar e lutar para ser alguém conquistando seus títulos e posições
diante dos homens, você não é o que conquistas com seus esforços nem o que perdeste com teus erros e infelicidades.
Tu és a minha filha amada, em quem está toda minha alegria, a filha do meu amor”

Jesus, porém, foi para o Monte das Oliveiras. E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha
ter com ele, e, assentando-se, os ensinava. E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em
adultério; E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando. E
na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? Isto diziam eles, tentando-o, para
que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra. E, como insistissem,
perguntando-lhe, endireitou-se e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire
pedra contra ela. E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. Quando ouviram isto, redarguidos da consciência,
saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio.
E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles
teus acusadores? Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te
condeno; vai-te, e não peques mais.
João 8:1-11

É relatado que esta mulher pecadora foi descoberta em ato flagrante de adultério e levada, imediatamente, aos
pés de Jesus para ser julgada e condenada pelo Messias. Algo que os religiosos esperavam de Jesus, como uma forma
de testá-lo e achar alguma falta nele. Mas sabemos que a história terminou de uma forma bem diferente sem que a
justiça da Lei fosse descumprida.
Quando os fariseus apresentaram aquela mulher totalmente exposta e despida em seu pecado, toda sua vida
lançada naquele chão, diante de Jesus e sob olhares condenatórios, se resumia em vergonha, medo e culpa, mas
quando Jesus assentou-se e olhou nos olhos daquela mulher lançada ao chão, ela pode perceber um olhar diferente
dos olhar de acusação que a cercavam. Jesus olhou então para aquela multidão sedenta por sangue e vingança contra
o pecado daquela mulher, e ordenou a quem não tivesse pecado, que fosse o primeiro a apedrejar aquela mulher. Voltou
seus olhos para baixo e começou a rabiscar a areia.

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A Bíblia não conclui categoricamente o que vou dizer, mas eu acredito que Jesus começou a escrever no chão os
pecados de um por um daqueles fariseus. Como eles não suportaram a palavra de Jesus e não puderam acusá-lo,
começaram a sair um por um, ficando apenas Jesus e aquela mulher pecadora.

Aquela mulher foi trazida a presença de Jesus por aqueles hipócritas para cumprir uma sentença de morte,
mas aquele encontro, na verdade, foi o encontro de mudou sua vida pra sempre. Se você pensa que seu encontro com
Jesus, depois de tudo que você fez ou aconteceu em sua vida, será um encontro para ele liberar a sentença final de
condenação e morte sobre sua vida, você não está ouvindo o chamado do Espírito Santo para vir a Cristo, que te ama
incondicionalmente e te justifica pela fé, mas está ouvindo a voz de outro, o acusador. Quando Jesus constatou que
não havia mais nenhum de seus acusadores, dirigiu-se aquela mulher e disse: “Filha, onde estão aqueles que te conde-
nam?”. Ela respondeu: ‘Senhor, não tem mais ninguém aqui, foram todos embora’. Então, Jesus concluiu: “eu também
não te condeno. Vá e não peques mais”.

Naquele momento Jesus resgatou aquela mulher da condenação de morte que estava sobre ela e lhe deu uma
nova identidade. Depois de encontrar a Cristo, aquela mulher pecadora, que vivia há anos como escrava do pecado e
ocultando seus adultérios, foi transformada em uma nova mulher pela palavra que a limpou e a fez livre : “Filha, eu não te
condeno, eu te justifico e eu tenho autoridade e poder para perdoar seu pecado hoje e te justificar, te remir, e te lavar de
toda sua injustiça e iniquidade, porque em breve eu morrerei na Cruz em seu lugar, expiarei o seu pecado e te livrarei de
toda condenação. Mas meu amor por ti não irá apenas expiar o seu pecado, ele também te dará poder e graça suficiente
para se libertar dessa vida, não ser escrava nem contaminada por este pecado. Por isso, vá e não peques mais. Você
está remida, você está lavada, você está justificada. Vá e não peques mais”.

Eu profetizo sobre sua vida: “Você, mulher, também és uma mulher justificada pela sua fé em Jesus Cristo. Você
também é uma filha amada do Pai, que se alegra sobremaneira em sua vida. Você foi chamada para se assentar
na mesa do Rei. Você foi revestida de graça e virtude para se apresentar ao Rei em favor de muitos. Você foi
escolhida, foi ungida e capacitada pela graça de Deus para viver de acordo com a identidade que Deus liberou
sobre você. Não abra mão disso, não perca sua identidade, não caminhe mais sobre as mentiras que você ouviu.
Viva toda plenitude de ser uma filha de Deus. Amém!”

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