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Ministração da Palavra
Marcelo Teixeira Mallet
PLANO DO CURSO
I. OBJETIVO DA MATÉRIA
O objetivo deste estudo é capacitar o aluno a ministrar a Palavra de Deus através
de uma meditação, um estudo bíblico ou de uma pregação no contexto da igreja.
1. A Ambientação
3. A Proposição
4. As Divisões Principais
5. As Ilustrações
6. A Conclusão e a Introdução
7. O Esboço
I. Definição de Homilética
Homilética é considerada a arte de pregar, ou seja, utilizar os princípios da
retórica com a finalidade específica de falar sobre o conteúdo da Bíblia Sagrada.
Etimologicamente, homilética se originou a partir do grego “homiletikos”,
que, por sua vez, derivou de “homilos”, que traz a ideia uma assembleia, um grupo
de pessoas, que se reúne para ouvir um discurso.
Este termo acabou por originar a palavra “homilia”, que significa discurso
solene ou sermão destinado a explicar os textos bíblicos e outros assuntos
religiosos.
O cristianismo, desde seus primeiros pais, tem usado as regras de
homilética (retórica), a fim de tornar a mensagem do Evangelho mais clara aos
ouvintes. (“Introdução a Homilética – Apostila em PDF GRÁTIS”)
O termo “homilética”, referindo-se à pregação, foi mais utilizado a partir do
século XVII, quando o cristianismo adotou as características básicas da retórica
criada pelos gregos.
A homilética ajuda a trazer orientação ao orador, que, assim, proporciona
uma melhor compreensão do texto ao ouvinte.
Neste aspecto, a homilética está intrinsecamente relacionada com o
conceito da hermenêutica, que consiste na técnica de explicar e interpretar um
texto ou discurso.
II. Tipos de Mensagens Bíblicas
As mensagens podem ser classificadas como:
Temática, Textual e Expositiva.
a. Mensagem Temática.
É aquela cujas divisões principais derivam do tema, independentemente
do texto.
A mensagem temática gira em torno de um tema, e não requer um texto
base para a mensagem.
As divisões principais sairão a partir da escolha do tema da mensagem.
Mas, apesar de não ter um texto base, as divisões deverão ter o apoio
de um texto bíblico.
Cada divisão deve estar embasada em um ou mais versículos da Bíblia.
As verdades apresentadas devem girar em torno do tema, mas com o
embasamento dos textos bíblicos dentro dos seus contextos.
Exemplo de uma mensagem temática:
____________________________________________________________________________________
INTRODUÇÃO
1. Efésios 4:29.
Não saia da boca de vocês nenhuma palavra suja, mas unicamente a que
for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita
graça aos que ouvem.
2. Argumentação.
3. Aplicação.
4. Proposição:
A.T.
Precisamos ser cheios do Espírito Santo para conseguirmos fazer um
uso reflexivo das nossas palavras e, assim, sermos instrumentos de
Deus na vida das pessoas com quem nos relacionamos.
S.T.
Sobre o uso reflexivo das palavras, existem 4 tipos de pessoas:
CONCLUSÃO
1. P.P. Provérbios 15:28.
O coração do justo medita o que há de responder, mas a boca dos
ímpios derrama maldades.
2. Argumentação:
a. Os níveis de conflito:
✓ O estulto: Conflito constante.
✓ O impulsivo: Conflito frequente.
✓ O prudente: Conflito ocasional.
✓ O covarde: Conflito ausente.
b. A solução: Ser cheio do Espírito Santo...
✓ João 16:8 - O Espírito Santo nos convence do pecado.
✓ Salmos 139:23-24 - O Espírito Santo sonda os nossos
corações.
✓ Marcos 3:11 - O Espírito Santo nos orienta o que devemos
falar.
✓ Atos 1:8 - O Espírito Santo nos dá poder para falar.
3. Proposição:
A.T.
Precisamos ser cheios do Espírito Santo para conseguirmos fazer um
uso reflexivo das nossas palavras e, assim, sermos instrumentos de
Deus na vida das pessoas com quem nos relacionamos.
4. Aplicação.
____________________________________________________________________________________
b. Mensagem Textual
É aquela em que as divisões principais são derivadas de um breve texto
da Bíblia.
Na mensagem textual o texto serve como base para o tema e para as
divisões principais da exposição.
Todo o esboço principal está baseado estritamente no texto.
As divisões principais são derivadas do texto, que também fornece o
tema da mensagem.
Exemplos de Mensagem Textual:
____________________________________________________________________________________
Primeiro Exemplo
TEXTO: Jó 42:1-6
TEMA: O Consolo de Deus Diante dos Infortúnios da Vida.
OBJ. PRINCIPAL: Encorajador
OBJ. ESPECÍFICO: Levar o ouvinte a decisão de querer aprofundar o
seu conhecimento da Pessoa de Deus, a fim de encontrar o verdadeiro
consolo diante dos infortúnios que enfrenta nessa vida.
INTRODUÇÃO
1. Ilustração. “Torres Gêmeas”.
2. Argumentação:
a. O livro de Jó, do ponto de vista humano, é um livro que fala de
tragédias.
b. Mas, o tema central é o consolo diante dos infortúnios da vida.
3. Aplicação.
4. Proposição:
A.T.
O aprofundamento do conhecimento da Pessoa do nosso Deus é a
melhor forma de encontrarmos o consolo para a nossa alma cansada e,
assim, conseguirmos superar os infortúnios que enfrentamos nessa vida.
S.T.
Esse aprofundamento do conhecimento da Pessoa de Deus
vai produzir em nós dois resultados...
CONCLUSÃO
1. Argumentação:
a. Eu me conheço na medida em que eu conheço a Deus.
b. O conhecimento de Deus produz consolo em nossas vidas.
2. Proposição:
A.T.
O aprofundamento do conhecimento da Pessoa do nosso Deus é a
melhor forma de encontrarmos o consolo para a nossa alma cansada e,
assim, conseguirmos superar os infortúnios que enfrentamos nessa vida.
3. Ilustração:
“A transformação que Deus operou na vida de Jó”: v. 10-17
4. Aplicação.
____________________________________________________________________________________
Segundo Exemplo
INTRODUÇÃO
1. Argumentação:
c. Tessalônica era a capital da província da Macedônia.
d. Era um próspero centro comercial e cultural da região.
e. Mas, os crentes da igreja nessa cidade estavam enfrentando,
basicamente, três problemas:
✓ As perseguições: muito intensas no começo da igreja (Atos
17:1-9).
✓ Possíveis mortes repentinas de alguns membros.
✓ Incerteza em relação ao futuro.
f. Isso, talvez, tenha levado muitos crentes a questionarem o sentido
de tudo isso na vida cristã.
g. O resultado é que alguns estavam vivendo de forma ociosa.
h. Outros estavam se envolvendo em imoralidade.
i. Mas, Paulo vê nessa igreja uma transformação genuína...
2. Ilustração: “A Tríade Paulina” (I Coríntios 13:13; Colossenses 1:3-5).
3. Aplicação.
4. Proposição:
A.T.
I. OPEROSIDADE NA FÉ.
1. Argumentação:
a. Uma fé que se concretiza.
b. A fé sem obras está morta: Tiago 2:26.
c. A nossa fé em Jesus foca no PASSADO.
d. A obra que Jesus fez por nós na cruz.
e. Essa fé está relacionada com a nossa MENTE.
2. Ilustração.
3. Aplicação.
CONCLUSÃO
1. Argumentação:
a. A fé foca o passado e afeta a nossa mente.
b. O amor enfoca o presente e depende da nossa vontade.
c. A esperança focaliza o futuro e pode transformar as nossas
emoções.
2. Proposição:
A.T.
____________________________________________________________________________________
d. Mensagem Expositiva
É aquela em que uma porção, mais ou menos, extensa da Escritura é
interpretada e aplicada de acordo com o seu tema.
A maior parte do material desse tipo de mensagem, provém
diretamente da passagem.
Tanto as divisões, assim como as subdivisões, estão todas ligadas a
passagem bíblica.
O esboço consiste em uma série de ideias progressivas que giram em
torno de uma ideia principal.
A mensagem expositiva é uma explanação minuciosa da passagem
bíblica observando os detalhes do texto, trabalhando o seu significado
e aplicando a mensagem aos dias de hoje.
Exemplo de Mensagem Expositiva:
____________________________________________________________________________________
INTRODUÇÃO
1. Argumentação:
j. Existe uma diferença entre o Asa de 14:1-8 e o Asa de 16:11-14.
k. No começo do seu reinado vemos o rei Asa buscando o Senhor
(14:3ss), e no final da sua vida vemos o rei Asa buscando os
“médicos” (16:12).
l. Na vida cristã o mais importante não é como você começa sua
caminhada com o Senhor, mas como você termina.
2. Ilustração.
3. Aplicação.
4. Proposição:
A.T.
Entre o Asa que começou a reinar e o Asa que terminou o seu reinado,
existem 2 aspectos que ele negligenciou e não perseverou...
CONCLUSÃO
1. Argumentação:
No confronto com a Etiópia:
✓ Asa fez uma aliança com o Senhor: 15:12
✓ O Senhor lhe deu paz: 15:15b
✓ Ganhou muitos despojos dos inimigos: 14:13b-15
No confronto com Israel:
✓ Asa fez uma aliança com Ben-Hadade: 16:3
✓ Asa enfrentou guerras: 16:9b
✓ Pagou Bem-Hadade com os bens da casa do Senhor: 16:2
2. Proposição:
A.T.
Exemplo de Objetivos:
____________________________________________________________________________________
Vemos claramente que três frases falam sobre afeição e três sobre
oração. Daí, então, o tema: "Oração intercessória e afeição" ou "O
amor que motiva a intercessão". "O expositor poderá querer
confirmar estas conclusões, repetindo este exercício com uma versão
moderna ou estrangeira do parágrafo bíblico." (“PASSOS NA
ELABORAÇÃO DE UMA MENSAGEM EXPOSITIVA - III - Blogger”)
12
B. Paráfrase do Texto Bíblico
Escreva uma paráfrase pessoal do parágrafo da pregação.
Este exercício ajuda no envolvimento emocional e espiritual do
pregador com o texto bíblico.
Leia o parágrafo da pregação do começo ao fim, versículo por
versículo, e extraia de cada um os substantivos, verbos e locuções
verbais mais importantes.
Consulte cada substantivo e cada verbo num dicionário e copie um
sinônimo para cada um na coluna correspondente.
Uma das formas de escrever uma paráfrase é preparar uma folha de
pesquisa da seguinte maneira:
Exemplo:
____________________________________________________________________________________
5 Cooperação Associação
Evangelho Boas novas
13
8 Saudade Terno amor Testemunhar Depor
9 Oração Súplica
Amor Devoção Aumente Transborde
Conhecimento Iluminação
Percepção Discernimento
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de vocês (por Cristo) possa transbordar em profusão com iluminação e profundo
discernimento, 10. De modo que vocês possam descobrir aquilo que é excelente
e ser autênticos e imaculados até o dia do julgamento de Cristo, 11. Sendo
reaprovisionados com o resultado da integridade piedosa que flui em nós, através
de Jesus Cristo para a honra radiante e o elogio de Deus.
____________________________________________________________________________________
15
pensarem em linha reta." (“PASSOS NA ELABORAÇÃO DE UMA
MENSAGEM EXPOSITIVA - III - Blogger”) Isto quer dizer que eles não
desenvolvem um sermão como se fosse um todo unificado e lógico.
O esboço analítico serve para dar ao mensageiro de Deus
sensibilidade a estrutura literária do parágrafo.
Este senso de estrutura dará unidade a mensagem depois de pronta.
Ajudará a cativar e manter a atenção dos ouvintes, pelo fato de a
mente humana ser atraída naturalmente pela ordem lógica.
Quais são os elementos essenciais de um esboço analítico?
Primeiro, ele é um esboço seqüencial do parágrafo. Ele nunca
ultrapassa os limites dos versículos do parágrafo e sempre
acompanha a disposição exata dos versículos.
Em segundo lugar, ele é um traçado visual das principais idéias
do parágrafo.
Em terceiro lugar, é um esboço do conteúdo real do parágrafo,
sem interpretações conscientes ou adornos da homilética.
Portanto, este esboço não deve ser confundido com o esboço
homilético final da mensagem.
Observe no próximo exemplo de esboço analítico o
mecanismo do esboço.
As divisões principais são representadas por algarismos
romanos e as subdivisões com algarismos arábicos. "Cada divisão
principal tem um endereço, isto é, um versículo ou versículos que
delineiam aquela idéia." (“PASSOS NA ELABORAÇÃO DE UMA
MENSAGEM EXPOSITIVA - III - Blogger”)
As subdivisões também são indicadas com versículos ou partes
deles.
Observe também que não são utilizados os recursos
homiléticos de introdução e conclusão.
Exemplo:
____________________________________________________________________________________
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II. A APRESENTAÇÃO DE JESUS COMO O MILAGRE DE DEUS (2.22-28)
1. Jesus realizou milagres (v. 22).
2. Deus estava agindo em Jesus na realização dos milagres (v. 22).
3. Deus planejou com antecedência a vida de Jesus sobre a terra (v. 23).
4. Deus ressuscitou a Jesus dentre os mortos (v. 24).
5. Davi profetizou estas coisas (vv. 25-28).
III. JESUS É O MESSIAS PROFETIZADO (2.29-35)
1. A morte de Davi é um fato histórico (v. 29).
2. Davi profetizou que seu descendente seria o Messias (v. 30).
3. Davi profetizou a ressurreição do Messias (v. 31)
4. A aplicação de Lucas: Deus ressuscitou a este Jesus (v. 32).
5. Este Jesus foi exaltado à destra de Deus (v. 33).
6. Este Jesus recebeu a promessa do Espírito Santo (v. 33).
7. Davi não era o Messias, mas profetizou acerca de Jesus, o Messias (vv. 34, 35).
IV. EXORTA-SE A QUE SE ACEITE JESUS COMO SENHOR/MESSIAS (2.36-41)
1. A clara conclusão de que Jesus é Senhor (v. 36).
2. A evidência do Espírito que convence as pessoas (v. 37).
3. Pedro esboça os passos para a salvação (vv. 38, 39).
4. As muitas pessoas que ouviram e responderam (vv. 40, 41).
____________________________________________________________________________________
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II. Segundo Passo - A EXEGESE E O ESTUDO INDUTIVO
A. A Exegese
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Uma exegese simples pode ser feita da seguinte maneira:
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de agentes? As pessoas, lugares ou coisas são figurados, fictícios ou
reais? Como as pessoas se identificam com seus ouvintes?
✓ Utilizando um comentário, dicionário ou outro livro teológico de
referência, copie na folha de pesquisa definições esclarecedoras de
cada palavra obscura ou difícil.
✓ Baseado nestas definições, reescreva o tema do texto bíblico feito
na Ambientação.
B. O Estudo Indutivo
O Estudo Indutivo pode nos oferecer muito material que poderá ser
usado na mensagem. Mas, nem tudo que produzimos no Estudo Indutivo deverá
estar no conteúdo da mensagem.
Este exercício leva o aluno a estudar o texto cuidadosamente,
observando todos os particulares e pormenores, para então tirar uma conclusão.
(“MÉTODOS DE ESTUDOS BÍBLICOS I. INTRODUÇÃO”)
Dedução Indução
P P
Todo
A
A Todo
R
R
T
T
E
E
S
S
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Este método é uma mentalidade que deve ser adquirida pelo aluno.
No entanto, ele será sempre o objeto de nossa ênfase.
Esse exercício deve conduzir o expositor a descoberta de duas coisas.
A primeira é o princípio geral (máxima) ou ensino que cerca todo o parágrafo. A
segunda é uma série de argumentos que defenderão, provarão ou elucidarão
aquele princípio geral.
A Observação.
A habilidade da observação é algo que se desenvolve com o passar
do tempo e pode ser desenvolvida para toda a vida, especialmente para o estudo
e compreensão das Escrituras. Enquanto observamos cuidadosamente o
parágrafo da pregação, o Espírito de Deus irá nos apontar as nuanças de detalhes
que transformarão a exegese em expressões práticas do sermão.
A Interpretação.
O expositor interpreta agora a intenção básica da verdade das
palavras e frases do parágrafo. "O que o autor do parágrafo diz sobre vida, Deus,
humanidade, estruturas sociais, pecaminosidade, piedade, deveres, etc.?"
(“PASSOS NA ELABORAÇÃO DE UMA MENSAGEM EXPOSITIVA - V - Blogger”) Como
estas declarações se unem num tema básico? O que as figuras de linguagem (caso
existam) dizem sobre o significado do tema?
Um dos segredos da boa interpretação é o ato de fazer perguntas
precisas que forcem o texto a se interpretar. Uma série de perguntas chaves irá,
com freqüência, revelar o sentido básico do texto. Quem é (são) a(s) pessoa(s) no
texto? Por que certa palavra é usada apenas uma vez (ou repetida)? Quais
ameaças ou promessas estão no texto? Quais são as implicações ou resultados
das afirmações, súplicas ou ordens dadas no texto? Como o alinhamento dos fatos
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no texto causa impacto sobre o tema? Quando acontece o evento, ação ou
afirmação? Quais palavras ou frases são difíceis de entender? O que torna obscura
esta passagem? Há alguma coisa faltando que, caso fosse providenciada,
esclareceria o texto? Que idéia(s) nos parágrafos anteriores e posteriores fazem
um elo com o significado destas palavras ou frases obscuras ou difíceis?
A Aplicação.
Neste processo toma-se um fato observado, decide-se qual era seu
sentido original e, então, determina-se seu significado para o pregador e ouvinte
de hoje. A pergunta chave é: o que isto significa para mim (nós)? Como eu (nós)
pratico, adoto, demonstro e apresento o(s) princípio(s) da verdade contida neste
parágrafo? Num sentido real, este passo de aplicação prática é muito pessoal. Ele
começa com o expositor, é personificado em sua mente e alma e transmitido aos
ouvintes, por meio de uma pregação permeada de certeza. O segredo da fase de
aplicação é o mesmo das outras. Ele envolve um interrogatório persistente sobre
o modo como esta verdade penetra na vida do dia a dia.
A aplicação é a seqüência natural da observação e da interpretação.
A pessoa procura chegar ao significado de um texto, a fim de incorporar seus
princípios a seu estilo de vida. A observação e interpretação sem aplicação
terminam como um exercício acadêmico, destinadas a superficialidade, podendo
até conduzir ao erro. Através de sua Palavra, Deus quer transformar motivos e
condutas. O expositor precisa viver no processo de integração da verdade, a fim
de pregá-la com convicção e aplicabilidade.
Quanto à folha de pesquisa, cada um a fará de maneiras diferentes,
mas aqui vai uma sugestão para ajudar o expositor a manter as idéias em ordem
e sempre a mão. Para este estudo, sugiro o tamanho da folha de sulfite.
TEXTO:
Observação
Quem?
(Pessoas)
O que?
(Coisas)
Quando?
(Tempo)
Onde?
(Locais)
22
Interpretação
Por que?
(Razões)
O que?
(Sentido ou
significado)
Por que?
(Importância)
O que?
(Exigências)
Aplicação
Como?
(Como funciona?)
Quando?
(Quando aplico?)
Quem?
(Quem está incluído/
excluído?)
Por que?
(Por que os ouvintes
de hoje precisam disso?
O que?
(Que promessa pode ser
reivindicada agora? Que
mandamento deve ser
obedecido? Em favor de
que se deve orar? etc.)
23
III. Terceiro Passo - A PROPOSIÇÃO
A. Definição de Proposição.
"Assunto que vai ser discutido ou asserção que vai ser defendida."
(O Novo Dicionário Aurélio).
24
B. Os Componentes da Proposição.
25
C. Exemplos de Proposição.
1. Miquéias 6:6-8.
Proposição:
A.T.
Precisamos aprender a descansar no Senhor para podermos
experimentar a verdadeira paz, que só o Senhor pode nos dar.
S.T.
Podemos ver três atitudes em Miquéias 6:8, que podem nos
ajudar a descansarmos no Senhor...
26
classes ilusões sementes
condições impurezas tesouros
crenças juízes tiranos
defeitos luzes ultimatos
desvantagens mandamentos vantagens
dilemas máscaras venenos
direções mentiras viagens
disciplinas necessidades vontades
EXERCÍCIO
Texto Bíblico:
Afirmação Teológica:
Sentença de Transição:
27
IV. Quarto Passo - AS DIVISÕES PRINCIPAIS
A proposição é o coração da mensagem e a palavra chave é o coração da
proposição. Associadas ao parágrafo da pregação através da palavra chave, as
divisões principais são expressões literárias da verdade a ser transmitida.
Podemos dizer que cada divisão principal está ligada a palavra chave, que
pode aparecer explicitamente ou estar subentendida em cada divisão.
Se a palavra chave na sentença de transição é, por exemplo, o substantivo
no plural “condições”, então cada divisão deve ter algum tipo de condição. A
afirmação teológica deve declarar isto de forma sucinta. A sentença de transição
aponta para estas condições, e cada divisão principal prova e ilustra uma das
condições.
Se a palavra chave representa com fidelidade os pensamentos centrais do
parágrafo, então o mesmo deve se dar com as divisões principais. A palavra chave
é crucial para uma formulação adequada das divisões principais.
Cada divisão principal deve ter o embasamento de uma parte do texto bíblico
que está sendo exposto.
Exemplo:
Proposição:
A.T.
Precisamos vivenciar os pilares essenciais do ambiente familiar estruturado,
a fim podermos desenvolver relacionamentos familiares saudáveis.
S.T.
Vejamos os 4 pilares do ambiente familiar estruturado
28
seguida nas divisões principais.
A proposição (A.T. + S.T.) podem ser reafirmadas entre cada divisão principal,
afim de proporcionar clareza na sequência da mensagem e enfatizar a
centralidade do tema que está sendo abordado.
1. Argumentação.
2. Passagem Paralela.
3. Ilustração.
4. Aplicação.
29
Exemplo:
____________________________________________________________________________________
Proposição:
A.T.
A atitude de gratidão é uma das evidências de alguém que tem uma
sanidade espiritual e emocional no seu relacionamento com Deus e
com as pessoas.
S.T.
Duas dicas para cultivarmos uma atitude de gratidão nos
relacionamentos.
30
e. Quando entendemos que não somos melhores ou mais
importantes do que os outros, não exigimos nada das
pessoas.
f. Isso nos torna pessoas gratas nos relacionamentos.
2. P.P. Lucas 17:11-19 (Ver o contexto anterior – v. 7-10)
3. Aplicação.
____________________________________________________________________________________
EXERCÍCIO
Texto Bíblico:
Proposição
A.T.
S.T.
Divisões Princiapis:
I.
II.
III.
IV.
V.
31
V. Quinto Passo - AS ILUSTRAÇÕES
Uma mensagem bíblica, por tratar de realidades espirituais, muitas vezes
pode ser muito abstrata. As pessoas precisam "ver" e sentir a verdade. As
ilustrações ajudam na “visualização” mental desses conceitos.
32
Quais são as melhores fontes de ilustrações?
____________________________________________________________________________________
EXERCÍCIO
33
VI. Sexto Passo - A CONCLUSÃO E A INTRODUÇÃO
A introdução e a conclusão devem ser preparadas com reflexão e direção
do Espírito Santo.
A recomendação básica é fazermos, nesse momento, a conclusão primeiro
e deixarmos a introdução por último.
Assim como nas divisões principais, quatro elementos podem aparecer na
introdução e na conclusão, além da proposição:
✓ Argumentação.
✓ Passagem Paralela.
✓ Ilustração.
✓ Aplicação.
A Conclusão
34
A Introdução
EXERCÍCIO
35
BIBLIOGRAFIA
https://www.significados.com.br/homiletica/
https://pt.about-meaning.com/11036844-meaning-of-homily
LACHLER, Karl. Prega a Palavra: passos para a exposição bíblica. Vida
Nova, 2000.
BRAGA, James. How to prepare Bible messages. Multnomah Books, 2005.
CHAPELL, Bryan. Christ-centered preaching: Redeeming the expository
sermon. Baker Academic, 2018.
ROBINSON, Haddon W. Pregação Bíblica. O desenvolvimento e a
entrega de sermões expositivos. São Paulo: Editora Schedd, 2002.
36