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Seminário e Instituto Batista Bereiano

Aluno: Lucas Breno Sousa Costa


Professor: Robério Olinto
Disciplina: Discipulado Bíblico
*

Resenha Crítica

MARSHALL, Colin. A treliça e a videira: a mentalidade de discipulado que muda


tudo. São Paulo: Editora Fiel, 2016. 168 p.
O propósito do livro e falar sobre o trabalho de perto com as pessoas, tornando-as
discípulos, ajudando-as a crescer e florescer no ministério e ficar ao lado delas em longo
prazo.

No capítulo 1 o autor nos mostra que a igreja é uma mistura de treliça e videira, onde a
videira é o ministério fundamental de o evangelho e a treliça e toda estrutura e apoio que do
aporte ao corpo de cristo.

E este é o fato a respeito da obra de treliça: ela tende a predominar sobre a


obra de videira. Talvez porque a obra de treliça seja mais fácil e menos
pessoalmente ameaçadora. A obra de videira é pessoal e exige muita oração.
Exige que dependamos de Deus e abramos a boca para falar a Palavra de
Deus, de Alguma maneira, para outras pessoas. Por natureza (ou seja, por
natureza pecaminosa), nos retraímos disso. O que você prefere fazer: sair
com um grupo de voluntários da igreja e realizar alguns serviços de limpeza
ou compartilhar o evangelho com seu vizinho face a face? Qual é mais fácil:
ter uma reunião para discutir o estado do carpete ou um encontro particular
difícil no qual você tem de repreender um irmão por seu comportamento
pecaminoso? (P.16)

A obra da treliça e mais visual e estrutural e muitas vezes tornando-as mais


impressionantes do que a obra da videira. Mas o autor nos alerta para a comissão que Deus
nos entregou.
Destacando que devemos observar atentamente (Mt 28:18-19), ou seja, a prioridade da
igreja e de cada cristão e fazer discípulos. Nós discípulos somos chamados a fazer discípulos.
Sendo muito comum perder o foco do discipulado com coisas institucionais. Devemos dar
crescimento a videira e não a treliça.

No capítulo 2 o autor nos mostra que precisamos fazer uma mudança consciente nas
nossas igrejas do estabelecimento e manutenção de estruturas para o crescimento de pessoas
que são discípulos que fazem discípulos de Cristo.
Ele mostra algumas mudanças que devem ser realizadas na igreja, que são elas: do
realizar programação para edificar pessoas, do realizar eventos para treinar pessoas, do usar
pessoas para promover o crescimento de pessoas, do preencher lacunas para o treinamento de
novos obreiros, do resolver problemas para ajudar pessoas a progredirem, do preencher-se a
ministério ordenado para o desenvolver liderança em equipe, do fiscalizar-se em governo de
igreja para o formar parcerias de ministério, do depender do treinamento de instituições para o
estabelecer o treinamento local, do focalizar-se em pressões imediatas para o objetivar a
expansão de longo prazo, do engajar-se em administração para engajar-se em ministério e do
buscar o crescimento da igreja para o desejar o crescimento do evangelho.
Ele nos exorta a não pensar que o envolvimento de membros de igreja na vida
congregacional se resume em trabalhos e funções, mas se resume em uma vida pessoal –
tendo uma vida piedosa, ministrando uns aos outros.

No capítulo 3 o autor no faz refletir que para entendermos os fundamentos bíblicos


que nos guiam para não mais focar em estruturas e sim em pessoas, e que devemos voltar
atrás e examinar nossas conclusões sobre o que está fazendo no mundo. E nos faz imaginar
que devido as dificuldades que a igreja enfrenta atualmente, passamos a perguntar-nos o que
Deus está fazendo no mundo? O autor a partir do salmo 80 nos mostra que Israel, cresceu
jovem e vigorosa, mas com o passar dos anos ela foi infectada pela desobediência e idolatria.
E o envio dos profetas muitas vezes expressão julgamento e misericórdia – mesmo com sua
decadência devido os pecados cometidos, os profetas prometeram restauração pelo poder de
Deus que dá a vida, mas o caminho para esta gloria seria de julgamento e sofrimento.
Deus enviou seu filho para cumprir os seus planos antigos, e agora Deus está salvando
pessoas, trazendo-as ao novo nascimento dando a elas uma herança incorruptível, eterna e
inabalável em seu reino. Sendo a pregação da palavra o programa, a agenda, a prioridade, e
foco do projeto de Deus. Contudo nos mostra que nosso foco não deve ser em crescimento da
congregação como estrutura - em números e sucesso, mas deve estar centrado no crescimento
do evangelho, à medida que ele e pregado e pregado sob o poder do Espirito Santo.
A autor trás 3 implicações da visão do proposito de Deus no mundo, sendo elas: se
isso é o que Deus está fazendo no mundo, devemos abraçar a sua missão e mortificar as
nossas ambições egoístas, o crescimento que Deus está buscando em nosso mundo e o de
pessoas e este povo que cresce só existe somente por meio do Espirito Santo. Onde a obra da
videira e apresentar uma verdade da Palavra de Deus a uma pessoa e orar para que Deus
complete a obra.

No capítulo 4 o autor nos faz refletir e pensar a respeito de quem de fato faz a obra da
videira? Destacando que somos chamados para confessar a nossa lealdade a Jesus diante do
mundo (devemos ser discípulos e fazer discípulos). Com esta tarefa de ser leal a Cristo
devemos falar da palavra de Deus uns aos outros com a finalidade de edificação do corpo de
Cristo em amor, exortando-os mutualmente buscando a semelhança de Cristo. Sendo natural e
inevitável que quando fazemos parte do corpo de Cristo cuja a vida social e religiosa
mudaram completamente, falemos a outros da mensagem do evangelho que nos transformou,
sendo nosso objetivo abstermos em prol do avanço do evangelho. Portanto, o evangelho deve
fazer parte de nossa vida cotidiana, onde nossas palavras e ações devem expressão a
mensagem do evangelho – sendo um estilo de vida. Mostrando que a partir do modelo Novo
Testamento deve ser quebrado o paradigma que o Pastor e quem faz a obra da videira,
descrevendo que a liderança prepara os membros para eles fazerem a obra da videira.
No capítulo 5 o autor vai destacar como o papel do Pastor e crucial em treinar e
incentivar seu povo como cooperadores nesta obra. Contudo antes de chegar ao ponto várias
questões foram debatidas, mostrando que devemos ser parceiros no evangelho da graça –
onde a unidade e muito importante não tendo espaço pare egoísmo e rivalidades, focando para
lutarem juntos pela causa do evangelho. Portanto, somos parceiros tendo um envolvimento
ativo no grande empreendimento: a missão do evangelho de Cristo. Contudo, a liderança tem
o dever de ensinar, advertir, repreender e encorajar, provendo as condições nas quais os
demais parceiros no evangelho possam realizar também realizar a obra da videira. Por fim, em
um nível mais profundo todos são todos são parceiros com funções diferentes.

No capítulo 6 o autor nos alerta que não sabemos muitas vezes definir treinamento e fazer
uma conexão com a vida e ministério cristã. Onde o treinamento em nosso mundo cristão é,
geralmente, orientado na realização de tarefas, com um foco no processo pelo qual as coisas
são feitas – provendo conhecimento e habilidades para que os cristãos aprendam como fazer
certas coisas, focando no ensino e exemplo, que levam a um caráter especifico e não uma
competência ou habilidade. Contudo este treinamento não é impessoal ou infrutífero, sendo
um relacionamento pessoal e íntimo de imitação – gerando frutos. Como exemplo de
treinamento a autor destaca a relação entre Paulo e Timóteo. Sendo uma cadeia, Paulo imita a
Cristo e Timóteo imita a Paulo chegando até os crentes que se tornar nossos imitadores e do
nosso Senhor. Portanto, devemos ser exemplos gostando ou não, nossa vida de ser moldada
para ser exemplo de piedade para os outros. Ainda no treinamento o autor mostra que
devemos usar o método Paulino que se assemelha a paternidade, destacando alguns pontos
que são eles:

 Começa com alguém sendo um instrumento para trazer outra


 pessoa ao novo nascimento.
 É amoroso e de longa duração.
 Inclui transmitir conhecimento, sabedoria e instrução prática.
 Envolve ser modelo e imitação.
 Forma não somente crenças e habilidades, mas também o caráter
 e o estilo de vida. (p. 70)

Com a Bíblia colocada no lugar certo, no treinamento da mente, do caráter e do


coração, estaremos prontos para falar de habilidades ou competências no treinamento.
Contudo as habilidades são uteis, mas não devem se separar do evangelho. Onde o autor
resume o alvo de treinar em: convicção, caráter e competência. No entanto os membros não
precisam de um curso de algumas semanas, precisam de exemplo prático para observarem
como pode ser feito.

No capítulo 7 o autor destaca que quando o evangelho e pregado e o Espirito age,


acontece o crescimento. Tendo o crescimento segundo Colossenses 1:3-6 de 2 formas sendo
um crescimento do evangelho em todo o mundo e o evangelho esta crescendo na vida das
pessoas onde estava sendo ensinada, pessoas estavam crendo consequentemente gerando
frutos – sendo libertadas da escravidão do pecado. Mas a ideia que o próprio envegelho gera
frutos requer 3 implicações importantes que o autor destaca sendo elas:
1- o crescimento do evangelho acontece na vida das pessoas e não nas estruturas da
igreja. Onde crescimento numérico não é necessariamente uma indicação de
crescimento do evangelho, portanto devemos focar nas pessoas;
2- Isso implica que para o crescimento do evangelho, muito provavelmente
perderemos pessoas da congregação e, prol do crescimento;
3- Não podemos enxergar de maneira radical as pessoas onde elas estão sendo
recursos para o nosso projeto, mas devemos vê-los com indivíduos que estão,
cada um, em se próprio estágio de crescimento – sendo no alvo que elas avancem
neste crescimento.

Ainda no capitulo 7 o autor descreve 4 estágios básicos do crescimento do


evangelho na vida das pessoas, sendo eles:
 Evangelismo – onde a pessoas tem contato com o evangelho.
 Acompanhamento- após o contato com o evangelho e a resposta for colocar a fé em
Cristo, passa-se para o passo do acompanhamento para firma-la na fé e ensinar-lhe as
coisas básicas da fé cristã.
 Crescimento- depois segue o processo vitalício de crescimento como discípulo cristã,
sendo um crescimento no conhecimento de Deus e no caráter piedoso, como resultado
deste conhecimento.
 Treinamento- Este treinamento acontece como parte do crescimento.
O autor nos dar dicas de como devemos acompanhar as pessoas ao nosso redor, tento
quem estamos evangelizando como quem estamos treinando na igreja, contudo nosso foco
deve ser nas pessoas. Tudo isso com a finalidade de treinar cada vez mais os cristãos maduros
piedosos, vendo pessoas capacitadas, instruídas e encorajadas comunicando dedicadamente a
palavra a outras pessoas, quer evangelizando quer acompanhando no crescimento cristã.
No capítulo 8 o autor levanta o argumento que devemos parar e considerar, como o
modelo de treinamento e crescimento que estamos propondo colide com a realidade de
estruturas e modelos e práticas da igreja. Em face de tudo isso o autor descreve 3 tendências
estereotipas, que vão ser examinadas.
 O pastor como clérigo provedor de serviços, onde sua responsabilidade e
cuidar e alimentar a igreja, onde ele está envolvido em, todas as atividades,
contudo a igreja ficará limitada aos dons e capacidades do pastor.
 O pastor como diretor executivo, onde a igreja era considerada uma empresa
que o pastor e o CEO e deveria ter atrativos para os clientes (crente e
incrédulos), onde tem que oferecer um produto mais atrativo e apelativo
deixando o ministério da palavra de lado.
 Pastor como treinador, onde o pastor treina os cristãos equipando-os para
ministra a palavra uns aos outros.
Por fim do capitulo o autor nos faz refletir que os sermões do domingo são necessários, mas
são insuficientes.

No capitulo 9 o autor levanta uma hipótese mostrando um pastor motivado contudo


sobrecarregado, onde tem que escolher qual dos membros vai se reunir. Onde ele mostra que
devemos gastar tempo com os irmãos que estamos treinando, pois eles poderão dá assistência
trenando outros posteriormente. O autor usa o exemplo de Paulo onde ele tinha uma ampla
rede de colegas e cooperadores que o auxiliavam no ministério. Onde o autor destaca que: a
melhor maneira de edificar uma congregação cheia de discípulos que fazem discípulos é
reunir e treinar um grupo de cooperadores para trabalhar com você” (p.106).
O autor ainda no capitulo 9 nos mostra como selecionar os cooperadores, onde devem
ser pessoas que tem o coração para Deus e uma fome por aprender e crescer e primariamente
devem ser genuinamente convertidas, maduras e estão em condições favoráveis na vida cristã
e tem fidelidade e potencial para ensinar a outros. Sempre evitando o erro de comprometer
crenças e valores essenciais, impressionar com a aparência acima do conteúdo, ignorar o
histórico da pessoa, escolher aqueles que não são bons em relacionamentos, recrutar no
desespero, selecionar pessoas não ensináveis, escolher apoiadores conformistas e convidar
voluntários. Onde devemos convida-las a dedicar-se no serviço de Cristo – Sendo discípulos.
Contudo o autor nos mostra que devemos ter alvos e objetivos para serem trabalhados em um
período de tempo.

No capitulo 10 o autor destaca que os trabalhadores do evangelho são levantados por


Deus, contudo também por meio de pastores que recrutam ativamente pessoas adequadas
dentro de suas igrejas e as desafiam a gastar sua vida em favor da obra do evangelho. E
levanta 4 perguntas ou objeções comuns à ideia do recrutamento para o ministério, que são
elas:
 Todos os crentes são chamados a servir, por que estão, deveriam alguns serem
chamados ao “ministério”?
 Não devemos esperar que pessoas sintam “chamadas”, em vez de exortá-las a
que entrem na obra do evangelho em tempo integral.
 Não podemos nos envolver na “obra do evangelho” sem sermos pagos?
 Continuar no trabalho secular diminui as pessoas?

E nos exorta que somos caçadores de talentos. Contudo nesta busca temos um padrão
que é descrito nas escrituras, que são:
 Pessoas fieis em seu entendimento da palavra de Deus e em seu compromisso
com ela
 Integras em sua reputação e exemplo de piedade
 Talentosas em sua capacidade de ensinar a outros
 Provadas em suas habilidades de liderar e governar uma família
Portanto, devemos ficar atentos para aqueles que tem qualidade ou potencial para ser
desenvolvido. E o autor relaciona 16 perguntas que devemos nos fazer a cerca desta pessoa.

No capítulo 11 o autor que o local preparatório de alguém que se destaca é o


seminário, contudo algumas igrejas antes de enviar ao seminário faz um treinamento antes. E
enumera os benefícios para aqueles que fazem um aprendizado ministerial, sendo os seguintes
pontos:
 Os aprendizes aprendem a integrar a Palavra, a vida e a prática ministerial;
 Os aprendizes são testados em seu caráter;
 Os aprendizes aprendem que o ministério diz respeito a pessoas e não a programas;
 Os aprendizes são bem preparados para o estudo teológico formal;
 Os aprendizes aprendem o ministério no mundo real;
 Os aprendizes aprendem como serem treinadores de outros, para que o ministério
se multiplique;
 Os aprendizes aprendem evangelização e ministério empreendedor.
Este treinamento preliminar servirá para ver se a pessoa tem ou não caráter, pois no
recrutamento e cometido o erro de só recrutar pessoas como nós, ignorar os inconformistas e
revolucionários, deixando de lado as pessoas criativas e intuitivas, recrutamos a pessoas
dinâmica, recrutamos apenas para um tipo de ministério, não deixamos a pessoas escapar do
cerco que criamos e esperamos demais para recrutar as pessoas.

No capítulo 12 o autor, reitera o que falou no início do livro que não apresentou anda
de novo ou mágico, contudo, mostra que o caminho e nutrir os genuínos seguidores do Senhor
Jesus Cristo por meio da proclamação do evangelho. E devemos ter uma vida piedosa para
não cairmos na falácia de que fazer discípulos e difícil e complicado. E reúne os pensamentos
nas seguintes preposições:
 Nosso alvo é fazer discípulos;
 As igrejas tendem em direção ao institucionalismo com as faíscas voam para
cima;
 A essência do fazer discípulos é o ensino diligente;
 O alvo de todo o ministério é nutrir discípulos;
 Ser um discípulo é ser fazedor de discípulos;
 Fazer discípulos precisa ser treinado e equipado com convicção, caráter e
competência;
 Há apenas uma classe de discípulos, apenas dos diferentes papéis e
responsabilidades;
 Precisamos pensar dobre as nossas reuniões do domingo e sobre o treinamento
na vida da congregação;
 Treinar quase sempre começa pequeno e cresce, à medida que os trabalhadores
se multiplicam;
 Precisamos desafiar e recrutar a próxima geração de pastores, mestres e
evangelistas.
Para auxilio dos seus leitores o autor lista alguns pontos que vão ajudar a pensar e planejar,
para começar a remoldar o ministério, para em torno das pessoas e de treinamentos em vez de
programas e eventos. Descrevendo os seguintes passos:
 Estabelecer a agenda nos domingos;
 Andar perto de seus presbíteros ou conselho espiritual;
 Começar a formar uma nova equipe de cooperadores;
 Procurar definir com seus cooperadores como fazer discípulos crescerá em seu
contexto;
 Realizar programa de treinamento;
 Ficar atento a pessoas! Vale a pena observarmos.
Mesmo sendo com a introdução destas ideias não se deve esquecer da pregação do evangelho
genuíno.
O livro tem uma linguagem simples e empolgante para a leitura.
A livro me fez repensar alguns pensamentos, onde devo me dedicar a videira e não a
treliça, ou seja, devo me dedicar o a treinar pessoas a serem discípulos de Cristo. E devo me
policiar para não cair na falácia de se dedicar somente a programas ou na construção do
prédio da igreja. No final do livro tínhamos um passo a passo de como agir na pandemia que
enfrentamos e me avalio quando fui omisso neste período colocando barreiras e não tento uma
maior dedicação na formação de discípulos.
Muito Obrigado, Pr. Robério por sua amizade e ensinos neste semestre, fui muito
importante para mim, depois desta matéria tenho tido ou olhar para meus irmãos que me
cercam, muito obrigado mais uma vez e que Deus o abençoe grandemente.

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