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Cristologia é a matéria da teologia sistemática que estuda a pessoa e a obra de Cristo. Então o
significado de “cristologia” diz respeito ao estudo de Cristo, ou seja, a cristologia basicamente é a
doutrina de Cristo conforme revelada na Escritura.
Os estudiosos têm concordado que a cristologia é uma das disciplinas mais intimidadoras
da teologia sistemática. Um erro na cristologia de uma pessoa pode determinar se ela é cristã ou
não. Isso porque o estudo da pessoa e obra de Cristo está bem no centro da teologia cristã. Não
é por menos que àqueles que creem em Cristo são chamados de “cristãos” e que a fé que
professam é chamada de “Cristianismo”.
O termo “Cristologia” procede de duas palavras gregas, “Christos”, que significa “Ungido”,
“Messias”, e “logia”, traduzido por “estudo”, “ciência” ou “tratado”. Cristologia é o estudo da
pessoa, natureza, obra e ofício de Cristo, segundo as Escrituras. No que diz respeito à natureza
de Cristo, esta é singular, pois ao mesmo tempo em que Jesus Cristo é Deus, no sentido pleno e
absoluto do termo, também assumiu a natureza humana, com exceção do pecado, era sua
totalidade e perfeição. Jesus era, em sua encarnação, plenamente Deus e completamente
humano em todas as áreas de sua vida.
Os temas da cristologia podem ser organizados em duas grandes partes: 1) a pessoa de Cristo;
e 2) a obra de Cristo.
I. A natureza de Cristo.
A pergunta "Quem é Cristo?" tem sua melhor resposta na declaração e explicação dos "nomes",
títulos pelos quais ele é conhecido.
(b) As reivindicações de Jesus. Ele se colocou lado a lado com a atividade divina. "Meu Pai
trabalha até agora, e eu trabalho também." "Saí do Pai" (João 16:28). "O Pai me enviou" (João
20:21). Ele reivindicava uma comunhão e um conhecimento divinos. (Mat. 11:27; João 17:25.)
Alegava revelar a essência do Pai em si mesmo. (João 14:9-11.) Ele assumiu prerrogativas
divinas: Onipresença (Mat. 18:20); poder de perdoar pecados (Mat. 2:5-10); poder de ressuscitar
os mortos. (João 6:39, 40, 54; 11:25; 10:17, 18.) Proclamou-se Juiz e árbitro do destino do
homem. (João 5:22; Mat. 25:31-46.) Ele exigia uma rendição e uma lealdade que somente Deus
por direito podia reivindicar; insistia em uma absoluta rendição da parte dos seus seguidores. Eles
deviam estar prontos a cortar os laços mais íntimos e mais queridos, porque qualquer que
amasse mais o pai ou a mãe do que a ele, não era digno dele. (Mat. 10:37; Luc. 14:25-33.
(c) A autoridade de Cristo. Nos ensinos de Cristo nota-se a completa ausência de expressões
como estas: "é minha opinião"; "pode ser"; "penso que..."; "bem podemos supor", etc. Um
erudito judeu racionalista admitiu que ele falava com a autoridade do Deus Poderoso. "Todo
aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao
homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha... (Mat. 7:24)" Quarenta e nove vezes,
nesse breve registro do discurso de Jesus, repete-se a solene frase com a qual ele autentica
a verdade: "Em verdade vos digo."
Assim como Deus revelou um pouco de sua natureza através dos títulos que recebei, Jesus
também recebe outras denominações na Bíblia:
Esses títulos dizem respeito tanto a sua natureza divina quanto humana. Essa é uma questão tão
importante que uma das heresias mais danosas do primeiro século chamava-se docetismo. Ela
afirmava que Jesus não era homem. Essa era uma questão tão séria que quando João escreveu
sua primeira epístola, afirmou que se tratava de uma doutrina do anticristo (1Jo 4.2-3).
O JESUS-HOMEM
Estabelecido o entendimento de sua humanidade, vamos aprofundar a questão do Jesus
"homem". Existem mais de 200 profecias sobre o Messias no Antigo Testamento, durante seus
anos de vida na terra, Jesus cumpriu muitas delas. Existem várias que ainda cumprirá na
segunda vinda, especialmente as que dizem respeito ao Messias governando o mundo,
O nome Jesus significa "Jeová é salvação", sendo a forma grega de "Josué" (Mt 1.21). O termo
Cristo foi incorporado quando houve o reconhecimento de que ele era o "Ungido", pois é a forma
grega do termo hebraico MESSIAS (At 17.3).
A HUMANIDADE DE CRISTO
O nascimento virginal é uma questão dogmática, que não pode ser "provado" a não ser pelo
testemunho das Escrituras. O Novo Testamento afirma claramente que Jesus foi concebido no
ventre de sua mãe, Maria, por obra miraculosa do Espírito Santo e sem um pai humano. José
apenas o criou como pai.
As genealogias mostram sua linhagem humana. Mateus apresenta 41 nomes (até Abraão) da
linhagem materna, enquanto Lucas aponta 77 (até Adão) da linhagem paterna.
Características da humanidade
a. Jesus possuía um corpo humano.
O fato de que Jesus possuía um corpo humano exatamente como o nosso. Ele nasceu assim
como nascem todos os bebês humanos (Lc 2.7). Ele viveu assim como crescem todas as outras
crianças judias de sua época (Lc 2.40).
O fato de Jesus ter crescido em sabedoria (Lc 2.52) significa que ele passou por um processo de
aprendizado assim como acontece com todas as outras crianças ? ele aprendeu a comer, a falar,
a ler e a escrever, e a ser obediente a seus pais (veja Hb 5.8).
Sentia emoções (Mt 9:36; 14:14; 15:32; 20:34), mais especificamentetristeza e angústia (Mt
26:37)alegria (Jo 15:11; 17:13; Hb12:2)indignação (Mc 3:5; 10:14)ira (Mt 21: 12,13) Se comove e
chora (Jo 11:33,35,38)As pessoas próximas de Jesus consideravam-no apenas humano.
Provavelmente por isso foi rejeitado na sua própria cidade de Nazaré, onde o povo que o
conhecia havia muitos anos não o recebeu (Mt 13.53-58)
O próprio Cristo utilizou esta expressão para se identificar (Mt 8:6; 9:20; 11.18, entre outros). O
título aparece mais de 80 vezes nos evangelhos e também em Atos dos Apóstolos 7,56, em
Hebreus 2,6 e em Apocalipse 1,13 e 14,14
Fazendo isso, enfatiza sua própria humanidade, que se fez carne e habitou entre homens (Jo
1:14). Mas esta descrição jamais é usada para sugerir que Jesus era mero homem.
Em João 6:62 ele diz: "Que será, pois, se virdes o Filho do Homem subir para o lugar onde
primeiro estava?" Estevão disse que viu "o Filho do Homem, em pé à destra de Deus" (Ato 7:56).
Ou seja, ele usava esse título como uma maneira de enfatizar que era humano, mas não o
separava de Deus.
O Ministério de Cristo
Na teologia, uma grande ênfase é dada aos chamados "ofícios de Cristo". Como veio como
Messias dos judeus e para os judeus, os três cargos mais importantes que poderiam existir para o
povo de Israel no Antigo Testamento eram: o profeta, o sacerdote e o rei.
O AT previa a atuação de Jesus como um profeta (Dt 18.15) e é identificado no NT como tal (At
3.22-24). O próprio Jesus afirmou ser um profeta (Mt 13.57; Mc 6.4; Lc 4.24 e 13.33; Jo 4.44) e
entregava aos homens a mensagem de Deus assim como faziam os profetas (Jo 8.26; 12.49-50;
15.15; 17.8);
A atuação de Cristo como profeta - Jesus proclamou a mensagem de Deus pela pregação e pelo
ensino (Mt 4.17; 7.29).
Para isso Jesus usava as sinagogas (Mc 1.21) ou ambientes ao ar livre quando não tinha um
espaço fechado disponível (Mc 4.1).
Sua pregação era repleta de ilustrações (Mt 24.40-41; Lc 15.4,8) e cheia de perguntas (Mt 22).
Diferente da dos escribas e fariseus, sua pregação possuía autoridade (Mc 1.22);
A autenticação de Cristo como profeta - A confirmação das profecias de Cristo mostra que de fato
ele falava palavras verdadeiras que vinham de Deus, como ao prever que seria traído por alguém
próximo (Mt 26.21), que seria entregue à morte pelos líderes dos judeus (Mt 16.21) e que
morreria crucificado e ressuscitaria no terceiro dia (Mt 20.19).
Jesus foi sacerdote da ordem de Melquisedeque (Hb 5.6,10; 6.20 cf. Sl 110.4). Isso não quer
dizer que Melquisedeque era Jesus (Hb 7.3), mas que o sacerdócio de Jesus é superior ao
sacerdócio levítico (Hb 7.4-19);
Não foi o sangue de animais como touros ou bodes: (Hb 10.4). Em vez disso, Jesus ofereceu a si
mesmo como sacrifício perfeito: (Hb 9.26).
Outra função dos sacerdotes era orar a favor das pessoas. O autor de Hebreus nos diz que Jesus
também cumpre essa função de intercessor(Hb 7.25). Paulo afirma a mesma coisa quando diz
que Cristo Jesus é aquele que intercede por nós (Rm 8.34).