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CRISTOLOGIA

A doutrina da Pessoa e da Obra de Cristo

POR QUE ESTUDAR ESSE ASSUNTO?


CRISTOLOGIA
A doutrina da Pessoa e da Obra de Cristo
A. PORQUE AS PESSOAS PRECISAM
CONHECER A CRISTO

Análise de Texto
“Porque decidi nada saber entre
vós, senão a Jesus Cristo e este
crucificado” (1 Co 2.2).
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A doutrina da Pessoa e da Obra de Cristo
A. PORQUE AS PESSOAS PRECISAM
CONHECER A CRISTO
1. O conteúdo da pregação de Paulo era
unicamente Cristo.
2. A preferência da pregação de Paulo era sobre
Cristo crucificado.
3. A pregação de Cristo crucificado era a
determinação de Paulo.
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A doutrina da Pessoa e da Obra de Cristo

POR QUE ESTUDAR ESSE ASSUNTO?


B. PORQUE O CONHECIMENTO DE CRISTO É
SUPERIOR AOS OUTROS CONHECIMENTOS.

ANÁLISE DE TEXTO
“Em quem todos os tesouros da sabedoria
e do conhecimento estão ocultos. Assim
digo para que ninguém vos engane com
raciocínios falazes” (Col 2.3,4)”.
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A doutrina da Pessoa e da Obra de Cristo

POR QUE ESTUDAR ESSE ASSUNTO?


B. PORQUE O CONHECIMENTO DE CRISTO É
SUPERIOR AOS OUTROS CONHECIMENTOS

1. Quem tem o conhecimento de Cristo tem o


auge do conhecimento

2. Quem tem o conhecimento de Cristo está


preparado para lutar contra o falso ensino.
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A doutrina da Pessoa e da Obra de Cristo
POR QUE ESTUDAR ESSE ASSUNTO?
C. PORQUE O CONHECIMENTO DE CRISTO É
O CENTRO DAS ESCRITURAS.
D. PORQUE O CONHECIMENTO DE CRISTO É
FUNDAMENTAL.
1. O conhecimento de Cristo é fundamental para
se desfrutar a vida eterna (João 17.3)

2. O conhecimento de Cristo é fundamental para o


exercício da fé (Rm 10.14).
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POR QUE ESTUDAR ESSE ASSUNTO?
E. PORQUE O CONHECIMENTO DE CRISTO É
EXTREMAMENTE SUBLIME.
ANÁLISE DE TEXTO
“Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da
sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor;
por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como
refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo
justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a
fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé”
(Fl 3.8,9).
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A doutrina da Pessoa e da Obra de Cristo
POR QUE ESTUDAR ESSE ASSUNTO?
E. PORQUE O CONHECIMENTO DE CRISTO É
EXTREMAMENTE SUBLIME.
1. A sublimidade do conhecimento de Cristo nos
leva a mudar os valores da vida (Fl 3.8a).
“Sim, deveras considero tudo como perda, por
causa da sublimidade do conhecimento de
Cristo Jesus, meu Senhor”.
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A doutrina da Pessoa e da Obra de Cristo

AS NATUREZAS DIVINA E HUMANA DO


REDENTOR
Ele não é meramente um homem que
possui certas qualidades divinas
dentro de si, nem o Deus que possui
algumas qualidades humanas, mas
ele é 100% Deus e 100% homem.
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1. A NATUREZA HUMANA DO REDENTOR.


A. O Redentor tinha de ser verdadeiro
homem para poder substituir homens.
“Por isso mesmo convinha que, em todas as
coisas, se tornasse semelhante aos irmãos para
ser misericordioso e fiel Sumo Sacerdote nas
coisas referentes a Deus, e para fazer
propiciação pelos pecados do povo” (Hebreus
2.17).
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A. O Redentor tinha de ser verdadeiro


homem para poder substituir homens.
a.1. Tinha de ser homem em todas
as coisas.
“Por isso mesmo convinha que, em
todas as coisas, se tornasse
semelhante aos irmãos”.
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A doutrina da Pessoa e da Obra de Cristo

A. O Redentor tinha de ser verdadeiro


homem para poder substituir homens.
a.2. Tinha de ter as mesmas
experiências humanas.
“...para ser misericordioso
e fiel Sumo Sacerdote”.
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A. O Redentor tinha de ser verdadeiro


homem para poder substituir homens.
a.3. Tinha de ser homem para
tratar com Deus das coisas dos
homens.
“...para ser misericordioso e fiel Sumo
Sacerdote nas coisas referentes a Deus”.
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A. O Redentor tinha de ser verdadeiro


homem para poder substituir homens.
a.4. Tinha de ser homem para fazer
propiciação pelos pecados.
“... e para fazer propiciação
pelos pecados do povo”.
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B. O Redentor tinha de ser um homem


ideal, não simplesmente um homem
real
“Com efeito nos convinha um sumo
sacerdote assim como este Santo
inculpável sem mácula separado dos
pecadores efeito mais alto do que os
céus” (Hb 7.26)”.
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B. O Redentor tinha de ser um homem


ideal, não simplesmente um homem
real
Segundo Héber Campos:
“Jesus Cristo foi não somente um homem real
(tendo carne e ossos, e sofrendo as consequências
da queda), mas foi também um homem ideal, o
tipo de homem que, em alguma medida, todos
nós vamos ser quando formos completamente
glorificados (Héber Campos, p. 112)”.
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I. A DOUTRINA DE CRISTO NA
HISTÓRIA
• Na literatura cristã primitiva Cristo era
considerado humano e divino, como o Filho
do homem, mas também como o Filho de
Deus.
• Muitas dúvidas e controvérsias surgiram
posteriormente e foram motivo de muitas
discussões nos concílios da igreja.
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O EBIONISMO
• Osebionitas foram membros de um tipo de
cristianismo do século II que refletiu
tendências do judaísmo - com forte ênfase
no seu monoteísmo.
•O ebionismo é todo movimento que nega a
plena divindade de Cristo. Esta é a heresia
cristológica mais antiga da história da
igreja.
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CERINTO (100 d.C)
• Foium dos primeiros líderes dos movimentos
que negavam a divindade de Cristo.
• Jesus
Cristo era um homem normal, diferia dos
homens somente por sua sabedoria e justiça.
•O homem Jesus recebeu um poder
sobrenatural (O logos - o Espírito Santo) no
batismo, mas o Logos o abandonou antes da
crucificação.
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PAULO DE SAMOSATA (Séc. III)


• Eleentendia que o Logos era o poder de Deus
que adentrou em Jesus Cristo.
• Com o recebimento do poder divino no
batismo, Cristo foi elevado a uma posição
intermediária entre os homens e Deus (um
homem com poderes divinos).
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ÁRIO (336 d.C.)


• Defendia que Jesus era uma espécie de semi-
deus (primeiro da criação). Acreditava que
Jesus Cristo foi o primeiro da criação (Pv.
8.22-31).
• Foiinfluenciado pelo pensamento grego acerca
de espírito e matéria. Para os gregos, o espírito
é bom, mas a matéria (corpo) é essencialmente
má.
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ÁRIO (336 d.C.)


•O Cristianismo moderno ainda é influenciado
por esse tipo de pensamento, pois faz uma
distinção entre sagrado e profano.
•O arianismo se espalhou por toda a África e
Ásia causando muita preocupação a muitos
bispos. Em 325 d.C. Constantino convocou o
concílio de Nicéia, onde as ideias de Ário
foram condenadas.
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TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
• Nateologia moderna, o ebionismo passou
a significar todos os que negam a
divindade de Cristo. Atualmente, a seita
ebionista mais famosa são as Testemunhas
de Jeová.
• Um dos pontos centrais das suas doutrinas
é a negação da divindade de Cristo.
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POSICIONAMENTO DAS ESTEMUNHAS DE
JEOVÁ
• Entendemque Jesus não é o Deus Todo-
Poderoso encarnado.
• Duas passagens muito usadas por eles são
Isaías 9.6 e João 1.1. Na primeira, Jesus é
chamado de Deus Poderoso – o que, para
eles, prova que ele não é Todo-Poderoso –
e, na segunda, é chamado de um deus..
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REFUTAÇÃO BÍBLICA

a) A expressão hebraica que é


traduzida como Deus Poderoso na
Bíblia das testemunhas-de-jeová,
em Isaías 9.6 é também usada para
o Pai, em Isaías 10.21.
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POSICIONAMENTO DAS ESTEMUNHAS DE
JEOVÁ
• EmJoão 17.3 Jesus afirma que “só há um
Deus Verdadeiro”. Pelo raciocínio dos TJs,
podemos considerar Jesus um deus falso, já
que Ele é um deus.
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REFUTAÇÃO BÍBLICA
• Jesuscomportava-se como sendo Deus, e por
isso os judeus queriam matá-lo (João 5.18;
10.30-33).
• Tomé chamou Jesus de Senhor e de Deus
(João 20.28). Em Jesus habita a plenitude da
divindade (Colossenses 2.9). Jesus se auto-
denominou Todo-Poderoso (Apocalipse 1.7-
8).
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POSICIONAMENTO DAS ESTEMUNHAS DE
JEOVÁ

• “O Pai é maior que eu” (João


14.28) - Portanto, Jesus não é
Deus.
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REFUTAÇÃO BÍBLICA
• Na circunstância em que disse isso, Jesus
estava humanizado. A Bíblia explica
que, quando desceu dos céus, esvaziou-
se de sua glória (Filipenses 2.5-8).
• Tornou-se menor até que os anjos
(Hebreus 2.9).
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POSICIONAMENTO DAS ESTEMUNHAS DE
JEOVÁ

• As testemunhas-de-jeová usam o
texto de João 1.18a para dizerem
que Jesus não é Deus porque foi
visto pelos homens. .
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REFUTAÇÃO BÍBLICA
• O texto acima apenas diz que Deus
nunca pôde ser visto na sua essência e na
sua glória, como disse Paulo em I
Timóteo 6.16.
• Entretanto, Deus pode se revelar ao
homem, como o fez, conforme escrito
em Êxodo 24.10 e em Isaías 6.1.
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POSICIONAMENTO DAS ESTEMUNHAS DE
JEOVÁ

• Jesus é o primogênito da criação


de Deus – Colossenses 1.15.
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REFUTAÇÃO BÍBLICA
• NaBíblia, a palavra primogênito tem dois
significados: (i) o primeiro de uma série,
ou (ii) aquele que tem primazia e domínio.
•O texto de colossenses indica que Jesus
tem primazia na criação.
• Os
versos seguintes (16 e 17) indicam que
Cristo tinha a primazia.
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ATRIBUTOS DA DIVINDADE EM CRISTO
• Jesusé ETERNO, Miquéias 5.2; Isaías
9.6; Hebreus 13.8
• Jesusé ONIPOTENTE, Mateus 28.18;
Efésios 1.20-22
• Jesus
é ONIPRESENTE, Mateus 18.20;
Mateus 28.20
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ATRIBUTOS DA DIVINDADE EM CRISTO
• Jesus é ONISCIENTE, João 21.17;
Colossenses 2.2-3
• Jesus é o SENHOR DOS EXÉRCITOS,
Isaías 6.3,10; João 12.40-41
• Jesus é ADORADO POR SUAS
CRIATURAS, Hebreus 1.6; Apocalipse
5.11-14; Mateus 28.9.
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OS ESTADOS DE CRISTO
• Dizrespeito à relação do Mediador com a lei
de Deus – HUMILHAÇÃO/EXALTAÇÃO
• Cristo,
como o doador da lei (Isaías 33:22;
Tiago 4:12), não está sob a lei.
• Mas, na encarnação, Ele tomou sobre si uma
natureza humana e ficou sob a lei (Gl 4:4).
Durante o tempo de sua humilhação, Cristo
foi um servo sob a lei.
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OS ESTADOS DE CRISTO
BREVE CATECISMO WESTMINSTER (pergs. 27-28)
Em que consistiu a Humilhação e Exaltação de Cristo?
• A HUMILHAÇÃO de Cristo consistiu em Ele nascer,
ter-se colocado sob a lei; em sofrer as misérias desta
vida, a ira de Deus e amaldiçoada morte na cruz; em
ser sepultado, e permanecer debaixo do poder da
morte durante certo tempo.
•A EXALTAÇÃO DE CRISTO consiste em Ele
ressurgir dos mortos no terceiro dia; em subir ao Céu e
estar sentado à mão direita de Deus Pai, e em vir para
julgar o mundo no último dia.
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OS ESTADOS DE CRISTO
HUMILHAÇÃO
•O estado de humilhação de Jesus começou na
encarnação (sua concepção e nascimento). Ele
assumiu uma natureza humana “em semelhança
de carne pecaminosa” (Fl 2.5-8; Rm 8:3,4).
• Neste momento, ele tornou-se um servo sob a lei
(Gálatas 4:4), cuja lei ele perfeitamente cumpriu
durante seu ministério terreno (Mt 5:17; Rm
5:19).
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OS ESTADOS DE CRISTO
HUMILHAÇÃO
• Jesus Cristo sofreu durante toda a sua vida sobre
a terra. A tentação de Satanás (Mateus 4:1-11), e
o ódio de seus próximos (João 8:30-59; 11:45-
54).
• Jesus experimentou também as fraquezas
humanas: ele se cansou (João 4:6), sentiu fome
(Mateus 4:2), teve sede (João 19:19:28), e foi
abandonado (Mateus 26.56).
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OS ESTADOS DE CRISTO
HUMILHAÇÃO
• Durante este tempo Jesus “aprendeu a obediência
pelas coisas que sofreu” (Hebreus 5:8), fazendo-
se assim um Salvador compassivo (Hebreus 2:18;
4:15).
• Em sua morte, Jesus tornou-se pecado para os
eleitos (2Coríntios 5:21), sofrendo a maldição da
lei no lugar deles (Gálatas 3:13).
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OS ESTADOS DE CRISTO
HUMILHAÇÃO
“Cristo humilhou-se na sua morte porque, tendo sido traído
por Judas, abandonado pelos seus discípulos, escarnecido e
rejeitado pelo mundo, condenado por [Pôncio] Pilatos e
atormentado pelos seus perseguidores, tendo também lutado
com os terrores da morte e os poderes das trevas, tendo
sentido e suportado o peso da ira de Deus, Ele deu a sua vida
como oferta pelo pecado, sofrendo a penosa, vergonhosa e
maldita morte da cruz. O estágio final do estado de
humilhação de Cristo foi seu enterro. (Isaías 53:9; Salmo 16:10,
compare Atos 2:25-31; 13:34-35)”.
CMW (Perg. 49) - Como se humilhou Cristo na cruz?
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OS ESTADOS DE CRISTO
HUMILHAÇÃO
“A humilhação de Cristo depois da sua
morte consistiu em ser ele sepultado, em
continuar no estado dos mortos e sob o
poder da morte até ao terceiro dia; o que,
aliás, tem sido exprimido nestas palavras:
Ele desceu ao inferno (Hades)”.
CMW (Perg. 50) - “Em que consistiu a humilhação de Cristo depois de sua morte?
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OS ESTADOS DE CRISTO
EXALTAÇÃO
A primeira fase do estado de exaltação de Cristo foi a
RESSURREIÇÃO.
COMO CRISTO FOI EXALTADO NA
RESSURREIÇÃO? (CMW, Perg. 52)
“Cristo foi exaltado na sua ressurreição em não ter
visto a corrupção na morte, e o mesmo corpo em que
sofrera (sem a mortalidade e outras enfermidades
comuns a esta vida), ressurgiu dentre os mortos ao
terceiro dia”.
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OS ESTADOS DE CRISTO
EXALTAÇÃO
Na ressurreição, o Pai declarou plenamente seu
Filho (Atos 17:31), como “Senhor tanto de
mortos como de vivos” (Romanos 1.4; 14:9), e
Cabeça da igreja (Efésios 1:20-23).
A vitória de Cristo foi proclamada a todo o
mundo. Morte e pecado tinham sido derrotados
(2Timóteo 1:10; Hebreus 2:14).
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OS ESTADOS DE CRISTO
EXALTAÇÃO
A justiça divina tinha sido satisfeita (Romanos 8:34).
Além disso, o corpo ressurreto de Cristo não mais
estava sujeito à fraqueza, sofrimento e morte
(Romanos 6:9-10; 1 Coríntios 15:42-44; Filipenses
3:20-21).
A ressurreição de Cristo é uma parte central da
mensagem do Evangelho (1Coríntios 15:3-4). Ela
garante a ressurreição final de todos os eleitos
(1Coríntios 15:20-23).
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OS ESTADOS DE CRISTO
EXALTAÇÃO
Richard Gaffin afirma:
A ressurreição de Cristo é o início da nova e
final ordem do mundo, uma ordem descrita
como espiritual e celestial. Ela é a aurora da
nova criação, o começo da era escatológica. Em
termos da estrutura conceitual com a qual Paulo
vê o todo da história, ela é o início da era
porvir.
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OS ESTADOS DE CRISTO
EXALTAÇÃO
A segunda fase do estado de exaltação de
Cristo é sua ASCENSÃO.
Quarenta dias após a ressurreição, Jesus foi
“elevado” até o Pai (Lucas 24:50-53; Atos 1:1-
11). Ali ele tomou seu lugar por direito à destra
de Deus (Atos 2:29-36; Efésios 1:20-22;
Hebreus 1:3).
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OS ESTADOS DE CRISTO
EXALTAÇÃO
À destra do Pai, Cristo intercede em favor dos
santos em seu ministério sacerdotal perpétuo
(Romanos 8:34; Hebreus 7:25).
Do seu trono celestial, Jesus Cristo governa o
universo como Rei dos reis e Senhor dos
senhores (Apocalipse 1:5; 19:16; Atos 2:29-36;
Efésios 1:19-23).
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OS ESTADOS DE CRISTO
EXALTAÇÃO
A fase final do estado de exaltação de Cristo - JULGAMENTO.
“Como há de ser Cristo exaltado em vir segunda vez para julgar
o mundo?” (CMW Perg. 56)
Cristo há de ser exaltado na sua vinda para julgar o mundo,
em que, tendo sido injustamente julgado e condenado pelos
homens maus, virá segunda vez no último dia com grande
poder e na plena manifestação da sua glória e da do seu Pai,
com todos os seus santos e anjos, com brado, com voz de
arcanjo e com a trombeta de Deus, para julgar o mundo em
retidão (At 17:31; Mt 25.31).
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OS OFÍCIOS DO REDENTOR
Robert Reymond afirma:

Como o Fiador dos eleitos no plano eterno


de salvação, e no cumprimento das
promessas pactuais de Deus o Mediador
do pacto da graça (Jesus Cristo) realizou
sua obra salvadora em favor deles em seu
ofício triplo: Profeta, Sacerdote e Rei.
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OFÍCIO PROFÉTICO
Cristo exerce as funções de profeta,
revelando-nos, pela sua Palavra e pelo seu
Espírito, a vontade de Deus para a nossa
salvação.
O Antigo Testamento predisse a vinda de um
Profeta, o Messias, que seria a revelação
suprema e final de Deus ao homem
(Deuteronômio 18:15).
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OFÍCIO PROFÉTICO
O Novo Testamento nos assegura que
esta profecia foi cumprida com a vinda
de Jesus Cristo (Atos 3:19-26;
Hebreus 1:1-2).
Durante seu ministério terreno, como
Profeta, Cristo percorria as aldeias
circunvizinhas, a ensinar” (Marcos 6:6).
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OFÍCIO PROFÉTICO
Quando ele ensinava ao povo,
“ensinava como quem tem autoridade e
não como os escribas” (Marcos 1:22).
Após sua ascensão, Jesus continua seu
ministério profético por meio de seu
Espírito, a quem enviou (João 14:26;
16:13).
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OFÍCIO PROFÉTICO
A obra profética de Cristo pós-apostólica continua agora
na igreja através dos ministros do evangelho que
fielmente pregam a Palavra de Cristo (Mateus 28:18-20).
Confissão de Fé de Westminster:
A esta Igreja Católica Visível Cristo deu o
ministério, os oráculos e as ordenanças de Deus,
para congregamento e aperfeiçoamento dos santos
nesta vida, até o fim do mundo, e pela sua própria
presença e pelo seu Espírito, os torna eficazes para
esse fim, segundo a sua promessa (CFW, XXV, III).
CRISTOLOGIA
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OFÍCIO PROFÉTICO
•A função profética de Cristo é evidente em seu
papel como Criador e Sustentador do
universo.
• Ele é o Logos divino que estava no princípio
com o Pai (João 1:1-3). E “todas as coisas foram
feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do
que foi feito se fez”.
• Eleé o Sustentador (Preservador) de todas as
coisas (Hebreus 1:3).
CRISTOLOGIA
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OFÍCIO SACERDOTAL
Cristo exerce as funções de sacerdote, oferecendo-
se a si mesmo uma vez em sacrifício, para
satisfazer a justiça divina, reconciliar-nos com
Deus e fazendo contínua intercessão por nós.
Os profetas representavam Deus ao povo, os
sacerdotes do Antigo Testamento representavam o
povo diante de Deus, principalmente oferecendo
ofertas e sacrifícios a Deus pelos pecados do povo
(Hb 5.1).
CRISTOLOGIA
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OFÍCIO SACERDOTAL
O Antigo Testamento predisse a vinda de um grande
Sumo Sacerdote, que seria, não da linhagem de
Levi, mas, da ordem de Melquisedeque; e seu
sacerdócio seria eterno (Sl 110.4).
Os sacrifícios de animais do AT eram insuficientes
para a remoção do pecado: “Entretanto, nesses
sacrifícios faz-se recordação de pecados todos os
anos, porque é impossível que o sangue de touros e
de bodes remova pecados” (10:3-4).
CRISTOLOGIA
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OFÍCIO SACERDOTAL
• Em Levítico 16.5-10, temos uma descrição do Dia
da Expiação pelo pecado. Uma vez por ano o
sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos para
oferecer um sacrifício em favor da nação inteira
de Israel.
• Haviam dois “bodes” envolvidos nesta cerimônia
(o bode expiatório e o emissário - Lv 16.8). O
sumo sacerdote oferecia o “bode expiatório” como
sacrifício pelos pecados do povo (Lv 16.9).
CRISTOLOGIA
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OFÍCIO SACERDOTAL
• Arão colocava as suas mãos sobre a cabeça do
segundo bode (o “bode emissário”), confessando
os pecados da nação e transferindo simbolicamente
estes pecados para o segundo bode (Lv 16.20-22).
• O “bode emissário”, era então levado para o
deserto, para fora do campo de Israel, significando
que Deus não somente perdoava os pecados do
povo, mas também não se lembrava mais destes
pecados.
CRISTOLOGIA
Doutrina da Pessoa e da Obra de Cristo
OFÍCIO SACERDOTAL
• Na obra redentora de Jesus Cristo na cruz temos o
cumprimento do Dia da Expiação. Ele cumpriu o
papel de ambos os bodes.
• Cristo sofreu sobre a cruz pelos pecados dos eleitos,
derramando seu sangue em favor deles (Hebreus
9:28). Mas ele foi crucificado fora do campo da cidade
santa de Jerusalém (Hebreus 13:10-14), revelando
através disso que através de sua obra sacerdotal os
pecados do povo de Deus seriam tanto perdoados
como nunca mais lembrados (Hebreus 8:12; 10:17).
CRISTOLOGIA
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OFÍCIO SACERDOTAL
• Na sua obra sacerdotal, Jesus Cristo, era tanto o
SUJEITO (sacerdote - ofertante) como o OBJETO
(Oferta - sacrifício perfeito).
• Neste sacrifício ocorreu uma dupla imputação:
(i) A justiça de Cristo foi atribuída ao eleito,
(ii) Os pecados dos eleitos foram atribuídos a ele.
• Paulo escreve: “Aquele que não conheceu pecado,
ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos
feitos justiça de Deus” (2Co 5.21).
CRISTOLOGIA
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OFÍCIO SACERDOTAL
Observações acerca da expiação
• PRIMEIRO, a expiação era necessária. Agostinho e
Tomaz de Aquino ensinavam uma teoria que ficou
conhecida como “teoria hipotética”, que dizia que
“Deus poderia ter escolhido salvar seu povo eleito por
algum outro meio que não fosse a morte vicária e
sacrificial de seu Filho” (Lc 24.26, Jo 3.16).
• SEGUNDO, a expiação foi um sacrifício vicário
(substitutivo) e penal. A sua morte não foi para servir
de exemplo (Mc 10.45, Gl 3.13).
CRISTOLOGIA
Doutrina da Pessoa e da Obra de Cristo
OFÍCIO SACERDOTAL
Observações acerca da expiação
• TERCEIRO, a expiação foi uma obra de reconciliação
(Rm 5:10-11; 2Co 5:18-21).
• QUARTO, a expiação foi um ato voluntário da parte de
Cristo. “Ninguém a [sua vida] tira de mim; eu
espontaneamente a dou” (João 10.18).
• QUINTO, a expiação foi um sacrifício propiciatório.
Tinha o objetivo de aplacar a ira de Deus contra nós
(Hb 2.17). O propiciatório era a tampa da arca onde o
sangue do sacrifício era derramado (Ex. 25.17-22, Lv
16.2).
CRISTOLOGIA
Doutrina da Pessoa e da Obra de Cristo
OFÍCIO SACERDOTAL
• A atividade sacerdotal de Cristo não cessou na cruz.
Ele está sentado à destra do Pai, onde intercede
por sua igreja (Rm 8:34; Hebreus 7:25; 9:24).
• Como Calvino escreve: o Cristo ascendido está
agora “realizando seu ofício como Sacerdote; pois
pertence ao sacerdote interceder pelo povo, para
que possam obter o favor de Deus. Isto é o que
Cristo está fazendo”.
PASSAGENS BÍBLICAS: Hb 3:1; 4:14-15; 6.20; 8.1
CRISTOLOGIA
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OFÍCIO REAL
• Cristo exerce as funções de rei, sujeitando-
nos a si mesmo, governando-nos e
protegendo-nos, contendo e subjugando
todos os seus e os nossos inimigos.
• O Senhor Jesus Cristo, como o mediador
entre Deus e os homens, exerce autoridade
real sobre todas as criaturas, para a glória de
Deus e para o bem de seu povo.
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OFÍCIO REAL
1. NATUREZA DO REINO DE CRISTO
A. É UM REINO ESPIRITUAL
(i) Porque leva a um fim espiritual, a salvação do Seu
povo. É o governo real de Cristo sobre o Seu povo ou
Sua igreja.
• Pedro e os demais apóstolos não compreenderam essa
dimensão espiritual do reino de Cristo. Pensavam que
ele era conquistado pela espada. Por isso, Pedro puxou
a espada e arrancou a orelha do soldado Romano
(João 18.10,11).
CRISTOLOGIA
Doutrina da Pessoa e da Obra de Cristo
OFÍCIO REAL
1. NATUREZA DO REINO DE CRISTO
A. É UM REINO ESPIRITUAL
(ii) Porque não é administrado pela força ou por
meios externos, mas pela Palavra e pelo Espírito (o
espírito de verdade, de sabedoria, de justiça, de
santidade, de graça e misericórdia).
• O Papa Urbano II no Concílio de Clermont (1905), ao
convocar as Cruzadas tinha como pressuposto que a
conquista do reino de Cristo se daria pela espada e
pela guerra contra os infiéis.
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Doutrina da Pessoa e da Obra de Cristo
OFÍCIO REAL
2. CARACTERÍSTICA DO REINO DE CRISTO
A. ESTÁ BASEADO NA OBRA DE REDENÇÃO
• Ninguém é cidadão deste reino em virtude da sua
humanidade. Somente os redimidos têm essa honra e
privilégio. Cristo pagou o resgate pelos Seus, e, por Seu
Espírito, aplica a eles os méritos do Seu sacrifício
perfeito.
• Na dispensação do Velho Testamento, este reino era
visto no reino teocrático de Israel, mas já havia a
promessa futura de um Rei vitorioso (Nm 24.16-19;
Isaías 9.6,7; Zc 9.9,10).
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Doutrina da Pessoa e da Obra de Cristo
OFÍCIO REAL
1. CARACTERÍSTICA DO REINO DE CRISTO
A. ESTÁ BASEADO NA OBRA DE REDENÇÃO
• Com a vinda da nova dispensação, todas as
sombras do Velho Testamento se
desvaneceram, e com elas também o reino
teocrático. Do seio de Israel a realidade
espiritual do reino surgiu (Mt 21.4,5, 25.34;
Lc 1.31-33; Jo 18.36; Hb 1.8, 2.9; 1 Tm 6:15;
Ap 17.14, 19.16; Fl 2.9,10).
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Doutrina da Pessoa e da Obra de Cristo
OFÍCIO REAL
1. CARACTERÍSTICA DO REINO DE CRISTO
• Como Rei da igreja, Jesus reina sobre eles por
meio do seu Espírito (1Co 6:19-20).
• Como Rei, Cristo dá à sua igreja OFICIAIS
(Efésios 4:11-12), LEIS (Isaías 32.1, 33:22;
Tiago 4:12), CENSURAS/ADVERTÊNCIAS
(Mateus 18:15-20; 1Coríntios 5:4-5); e
SUBJUGA SEUS INIMIGOS (Salmo 2, 110.2;
Isaías 33:2; Rm 8:35-39; 1Co 15:25; Fl 2.9-11).

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