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SEMINÁRIO PRESBITERIANO BRASIL CENTRAL

EXTENSÃO EM JI-PARANÁ- RO.

PRÁTICA DE PREGAÇÃO 2

Relatório de Leitura:
Pregação Cristocêntrica

JI-PARANÁ
2021
NILTON MOTA DE OLIVEIRA

PRÁTICA DE PREGAÇÃO 2

Relatório de leitura apresentado ao


SPBC-RO no curso de Bacharel em
TEOLOGIA e com a finalidade de
aprimorar meus conhecimentos e
obtenção de nota, na Matéria de
PRÁTICA DE PREGAÇÃO 2, sob a
orientação do professor Rev. Evanderson
Henrique Cunha.

JI-PARANÁ
2021
Introdução

A importância que a pregação exerce na vida da igreja é algo


indiscutível, principalmente no meio reformado. Mas quando se fala em
pregação reformada não estamos apenas falando de alguém que sobe em um
púlpito e fala aquilo que o “seu coração diz”, mas sim de alguém, que segue
uma diretriz bem elaborada para, através dela, transmitir os ensinamentos
bíblicos aos seus ouvintes, por isso a pregação deve ser cristocêntrica,
expositiva, e ter todo o seu conteúdo extraído dos estudos aprofundados das
Escrituras Sagradas.

Neste livro Bryan Chapell, além de ensinar os principais


fundamentos da pregação reformada, ele também faz um alerta quanto ao
subjetivismo encontrado nos púlpitos e como isso tem tirado a autoridade das
Escrituras. Chapell segue mais adiante afirmando que a pregação expositiva é
a saída para esse subjetivismo que gera uma falta de autoridade.

Outro inimigo que se opõe à pregação fiel, segundo Chapell, é que


para combater o secularismo que bate à porta da congregação, o pregador
foca as suas mensagens em temas morais e sociais. Para combater essa
prática Chapell diz: “A resposta consiste em aprender a ver toda a Palavra de
Deus como uma mensagem unificada da necessidade humana e da provisão
divina”.
Relatório de Leitura
A pregação é uma arte e ao mesmo tempo um dom concedido por
Deus à alguns homens para ensinar ao seu povo as verdades contidas em sua
revelação especial. Com isso Deus estabeleceu regras que devem ser
seguidas para que essa comunicação entre o pregador e o povo seja bem
estabelecida sem tirar a fidelidade das Escrituras. Segundo Chapell este livro
“também estabelece princípios teológicos para resgatar o sermão expositivo do
bem-intencionado, porém mal concebido, legalismo”. (pg 3).
O livro é dividido em três partes principais, contendo onze capítulos.
De forma bem didática o autor expõe seu ponto de vista, e no final de cada
capítulo traz perguntas para discussão e aprofundamento no assunto. Na
primeira parte Chapell trata sobre os princípios da pregação expositiva, e logo
no primeiro capítulo o autor diz que o objetivo é “comunicar o quanto
importante é a pregação e o que é verdadeiramente importante na pregação”
(pg 4). Para desenvolver esse assunto ele utiliza dois princípios: o poder da
palavra, que segundo Chapell é a grande responsável por mudar mentes e
corações humanos e não a habilidade do pregador, e o testemunho do
pregador que deve estar em harmonia com os ensinos transmitidos pela
Palavra.
Na segunda parte do livro Chapell trabalha a preparação do sermão
expositivo. De forma mais prática ele demonstra como preparar e apresentar
parte da explicação de um sermão (pg 110). Uma pergunta interessante
respondida por Chapell no capítulo 6 é por que sermões bíblicos sobre as
mesmas passagens frequentemente parecem tão diferentes? O autor responde
dizendo que a forma com que o pregador utiliza os vários recursos diferentes
para manejar as verdades bíblicas e o objetivo do exegeta determinam a forma
do sermão.
A terceira parte do livro, que é composta apenas de dois capítulos,
Chapell traz uma abordagem visando o que já foi ensinado nos capítulos
anteriores falando, de maneira mais ampla, sobre “uma teologia de mensagens
cristocêntricas” (pg 341). O autor fala sobre um fluxo redentor contido em cada
texto das escrituras, apesar de não negar a dificuldade desse fluxo em alguns
textos bíblicos, mas enfatiza a importância dos sermões conterem esse
conteúdo em suas abordagens.
Conclusão

Deus concedeu a alguns homens o privilégio de anunciar o seu plano


redentivo ao Seu povo. Ele na sua infinita bondade, seleciona alguns
pecadores no meio de milhares de outros pecadores para falar sobre o seu
amor a anunciar a sua justiça. Mas, por causa do pecado, é praticamente
impossível passarmos a quem nos ouve uma mensagem pura e sem conceitos
pré-concebidos pelo nosso coração egoísta, por isso que o pregador deve estar
sempre em sintonia com o Senhor e na total dependência dEle.

É inegável a importância de um sermão bem elaborado, de um pregador


bem preparado e de uma congregação sedenta por aprendizado bíblico. Essa
união gera aprendizado e crescimento saldável. O agir do Espírito Santo no
pregador e na congregação, somados a instrumentalidade da pregação
expositiva cristocêntrica, traz grandes benefícios ao povo de Deus.

Com o aprendizado obtido com a leitura desse livro, consegui perceber


ainda mais, a importância de uma pregação expositiva bem preparada. E que o
foco do pregador deve sempre ser a glória de Deus e a edificação da igreja. O
pregador não é a estrela da noite, não é a pessoa mais importante do culto. O
centro do culto é Cristo, por isso a pregação deve estar centrada nEle. Esse foi
o foco dos pregadores reformados no decorrer da história, também deve ser o
nosso. A verdadeira pregação tem o seu conteúdo extraído das Escrituras, é
cristocêntrica e visa unicamente a glória de Deus e edificação de Seu povo.
Bibliografia

CHAPELL, B. Pregação Cristocêntrica: Restaurando o sermão expositivo um


guia prático e teológico para a pregação bíblica. 1ª. ed. São Paulo: Cultura
Cristã, 2002.

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