Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
EXTENSÃO RONDÔNIA
Ji-Paraná
2021
NILTON MOTA DE OLIVEIRA
Ji-Paraná
2021
CAPÍTULO 1
1 A EXPERIÊNCIA É UM TESTE VÁLIDO DA VERDADE?
Há pouca dúvida de que os carismáticos, se forem honestos consigo mesmos,
terão de reconhecer que a experiência pessoal — e não a Escritura — é o fundamento de seu
sistema de crenças.
A experiência espiritual é, por definição, uma conscientização íntima que envolve
fortes emoções em resposta à verdade da Palavra de Deus, ampliada pelo Espírito Santo, que é
aplicada pessoalmente a nós.
Os carismáticos erram por tentarem alicerçar seus ensinos na experiência, em vez
de entenderem que a experiência autêntica ocorre como resposta à verdade.
CAPÍTULO 2
“Alguns dos grandes hinos são iguais aos Salmos; podemos ter certeza de que, se
Isaac Watts, Charles Wesley, Augustus Toplady e Reginald Heber vivessem nos
dias de Davi e Salomão, e não sendo mais inspirados do que estes em seus dias,
alguns de seus hinos de louvor a Deus teriam achado lugar no cânon bíblico”. 2
2
Beegle, Dewey. The inspiration of Scripture. Philadelphia: Westminster, 1963, p. 140. Ênfase no original.
e o resultado é a competitividade espiritual. O anseio por algo novo e esotérico substituiu a
firme confiança na Palavra de Deus, estabelecida pelo cristianismo histórico. Isto é um
convite à falsificação satânica. Confusão, erro e engano diabólico são os resultados
inevitáveis.
Tudo isso produz um efeito infeliz: afasta os cristãos da Bíblia, que é digna de
confiança, e os ensina a procurar a verdade por meios subjetivos — conversas particulares
com Deus, profecias, sonhos e visões. Isso deprecia a Palavra de Deus, eterna e inspirada, e
leva as pessoas a buscarem fora da Bíblia formas de revelação divina mais particulares e
recentes.
Quase todas as heresias e seitas começaram com uma suposta revelação ou nova
experiência por parte do fundador, algo que estava fora do padrão estritamente bíblico.
2.4 O cânon está terminado
De fato, não existe revelação mais particular ou recente do que a Bíblia. A Bíblia
é suficiente. Ela contém tudo que necessitamos para as boas obras.
George Lawlor, escritor de uma excelente obra sobre Judas, fez o seguinte
comentário:
A fé cristã é imutável. Isso não significa que homens e mulheres de cada geração
não precisam encontrá-la, experimentá-la e vivê-la; significa, sim, que toda nova
doutrina, embora sua legitimidade possa ser asseverada de forma plausível, é uma
doutrina falsa. Toda alegação de transmitir uma revelação adicional ao que já foi
outorgado por Deus, neste corpo de verdade, é falsa e precisa ser rejeitada. 3
CAPÍTULO 3
3.1 Montanismo
Montano e seus seguidores afirmavam receber de Deus revelações que
complementavam a Palavra comunicada por Cristo e pelos apóstolos. Eles criam que o
Espírito Santo falava pela boca de Montano e das duas profetizas.
O movimento carismático contemporâneo é, em vários sentidos, herdeiro
espiritual do montanismo. Na verdade, não seria totalmente injusto chamar o movimento
carismático contemporâneo de neomontanismo.
3.3 Neo-ortodoxia
A neo-ortodoxia acredita que a Bíblia é um bom modelo e uma testemunha
dinâmica, mas não é, de forma intrínseca, a Palavra de Deus. Ou seja, ela se torna Palavra de
Deus apenas quando fala ao coração humano. À primeira vista, isso talvez pareça bom, mas
existe um erro fatal. Este ensino relega totalmente a revelação divina ao âmbito da
subjetividade. Abre a porta para que cada pessoa defina a verdade em termos individuais,
transformando sentimentos em regra absoluta. À semelhança do movimento carismático, a
neo-ortodoxia procura encontrar a verdade na experiência humana.
Segundo a neo-ortodoxia, a Bíblia é um livro humano e falível. Por si mesma, a
Bíblia não é a Palavra de Deus; no máximo, ele se torna a Palavra de Deus individualmente,
quando Cristo é encontrado por meio dela. O conceito que está por trás da neo-ortodoxia é
que a Bíblia é inspirada quando ela cria uma experiência pessoal para você.
A Palavra de Deus escrita é suficiente para suprir todas as nossas necessidades
espirituais (Sl 19.7-14). A revelação extrabíblica sempre conduz ao erro!
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
6 O QUE HÁ POR TRÁS DA “TERCEIRA ONDA” E AONDE ELA
ESTÁ INDO?
Wimber é o líder e o personagem-chave da ramificação do movimento
carismático, conhecida como “A Terceira Onda do Espírito Santo”, também designada
Movimento de Sinais e Maravilhas.
A expressão Terceira Onda foi cunhada por C. Peter Wagner, professor de
Crescimento de Igreja na School of World Mission (Fuller Theological Seminary), autor de
vários livros sobre crescimento de igreja e um dos principais proponentes da metodologia da
Terceira Onda.
De acordo com Wagner: “A primeira onda foi o movimento pentecostal; a
segunda, o movimento carismático; agora, a terceira onda está unindo esses movimentos”.
Apesar de reconhecer a ancestralidade espiritual da Terceira Onda, Wagner rejeita
os rótulos carismático e pentecostal. Wagner reconhece, posteriormente, que recusa o rótulo
carismático não por causa de qualquer distinção doutrinária, e sim por causa do estigma
ligado ao adjetivo.
Na verdade, a maior parte dos ensinos e pregações da Terceira Onda ecoa a
doutrina carismática padrão.
À semelhança de pentecostais e carismáticos, os adeptos da Terceira Onda
buscam com avidez experiências de êxtase, fenômenos místicos, poderes miraculosos e
maravilhas sobrenaturais.
O esforço para divulgar a Terceira Onda como não-carismática se enquadra no
padrão de promoção astuta e de enganos semânticos que permeiam os ensinos da Terceira
Onda. Na verdade, quase todas as marcas distintivas da Terceira Onda são, em última análise,
falsas promessas. Consideraremos quatro delas:
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12