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NOTA EXPLICATIVA DO EDITOR

Esta é uma compilação de diversos catecismos que encontrei pela internet, como os de Westminster, o de C. H.
Spurgeon, Nova Cidade, entre outros. Mas nem tudo está como ensinava John Wesley. Porém, quase tudo está de
acordo com a Teologia Wesleyana. No entanto, por exemplo, no assunto da santificação, preservei o entendimento
reformado, assim como sobre a Adoção e Dia do Senhor. Compilei este documento inserindo o corpo de conteúdo do
Breve Catecismo de Westminster, com as alterações pertinentes. Fiz um acréscimo sobre a eleição corporativa, na
doutrina da salvação.

Bom proveito.

Pr Pablo Monteiro

São Paulo, 2019.

Dúvidas e sugestões: pablomonteiro1985@gmail.com


1. O que é teologia?

A teologia é, literalmente, discurso sobre Deus; de um modo geral, é o estudo de todas as coisas em suas relações
com Deus.

2. Por que devemos estudar Teologia?

Devemos estudar Teologia porque traz satisfação para a alma, porque importa o que acreditamos, porque os leigos
querem respostas, porque Deus vai ajudar aqueles que estão teologicamente preparados, porque estudar Teologia
vai nos ajudar a conhecer melhor a Deus, e porque isso vai nos ajudar a compartilhar nossa fé.

3. O que é teologia sistemática?

A teologia sistemática é a apresentação sistemática (em sequencia) das doutrinas na Bíblia.

4. Qual a diferença entre teologia sistemática e a Teologia Bíblica?

A teologia bíblica apresenta o ensinamento das Escrituras em termos bíblicos e de forma histórica. A teologia
sistemática apresenta o ensino das Escrituras em termos contemporâneos ou filosóficos e de forma lógica.

5. O que é teologia histórica?

A teologia histórica é o ramo da teologia que mostra o progresso e o desenvolvimento da doutrina através da história
da igreja.

6. O que é teologia prática?

A teologia prática é a aplicação da verdade encontrada nos outros ramos da teologia.

7. Quais são as 6 divisões da teologia prática?

Seis divisões da teologia prática são Homilética (preparação de sermões), Evangelismo, Liturgia (culto), Teologia
pastoral, Eclesiologia (estudo sobre a Igreja), e catequese.

8. Quais são os quatro ramos da teologia sistemática?

Os quatro ramos de teologia sistemática são: Dogmática, que é o tratamento da doutrina; Ética, que é o estudo de
como os cristãos devem viver; Apologética, que defende a fé cristã contra ataques de fora; Polêmica, que defende a
verdadeira doutrina cristã de ataques de dentro da igreja.

9. Qual é a ordem tradicional dos assuntos teológicos?

A ordem tradicional da teologia é: Revelação, Deus, Homem, Pecado, Cristo, Salvação, Espírito Santo, Igreja, Últimas
Coisas.

10. Quais são os termos derivados do grego para esses assuntos?

Os termos derivados do grego são: Bibliologia, teologia propriamente dita, Antropologia (doutrina do homem),
Hamartiologia (doutrina do pecado), Cristologia (doutrina de Cristo), soteriologia, Pneumatologia (doutrina do Espírito
Santo), Eclesiologia (doutrina da igreja), Escatologia (doutrina das últimas coisas).

11. O que é teologia em um resumo?

A teologia em poucas palavras é a história de nossa relação com Deus que foi quebrada pelo pecado, mas restaurada
por Cristo.

12. Quais são as quatro fontes de teologia?


As quatro fontes de teologia são as Escrituras (Bíblia), a Tradição, a Razão e a experiência.

13. Qual é a principal fonte de teologia?

A principal fonte de teologia é a Bíblia.

14. O que é Tradição?

A tradição, em certo sentido, é a história da interpretação das Escrituras. Os primeiros conselhos e credos são uma
parte muito importante desta fonte de teologia.

15. Como a tradição nos ajuda a desenvolver a teologia?

A tradição ajuda a manter a nossa teologia coerente com as doutrinas fundamentais que a igreja sempre ensinou ao
longo dos séculos. Ideias de várias vertentes da tradição podem contribuir para um sistema teológico bem equilibrado.

16. Como a razão nos ajuda a desenvolver a teologia?

A razão nos ajuda a observar e interpretar o que Deus revelou. Ela nos ajuda a organizar a verdade de forma lógica,
desenhar inferências e sintetizar as escrituras e a tradição.

17. Como a experiência nos ajuda a desenvolver a teologia?

A experiência nos ajuda a confirmar e esclarecer certas posições doutrinais. Doutrinas como o pecado original, a Graça
preveniente, a salvação pela fé e a santificação podem ser verificadas e esclarecidas em uma extensão pela experiência
cristã.

18. Que palavra grega é traduzida como “revelação”?

A palavra grega traduzida como 'revelação' é 'apomanose'. Significa "um descobrir, uma revelação."

19. Quais são as três maneiras que alguém pode revelar-se a si mesmo?

Alguém pode revelar-se por suas palavras, suas obras, e sua presença real. Deus se revelou nessas três maneiras.

20. O que é revelação geral?

A revelação geral é a maneira como Deus se revelou a cada pessoa que ele criou.

21. Quais são os dois aspectos primários da revelação geral?

Os dois aspectos primários da revelação geral são a criação e a consciência.

22. Onde está a revelação através da criação mencionada nas Escrituras?

A revelação através da criação é mencionada no Salmo 19 e em Romanos 1:19-20.

23. Onde está a revelação por meio da consciência mencionada nas Escrituras?

A revelação através da consciência é mencionada em Romanos 2:14-15. Além disso, Tito 2:11-12 e João 1:9 ensinam
que Deus se revelou universalmente. Podemos inferir que Deus fala a cada homem através de sua consciência.

24. Que teologia podemos aprender com a criação e a consciência?

Da criação e da consciência, podemos aprender que há um Deus, e que ele é poderoso, pessoal, inteligente, bom,
Santo, justo e sábio. Podemos aprender que somos feitos por Deus, e que somos finitos, pecaminosos e responsáveis
perante este Santo Deus. É por meio da Graça que essas verdades se tornam reais para nós.
25. Qual é a importância da revelação geral?

A revelação geral é importante porque estabelece uma base para uma revelação especial. Se alguém aceita tudo o
que ele pode saber da revelação geral, Deus levará essa pessoa à revelação especial, se isso não estivesse disponível
antecipadamente.

26. Por que a revelação especial é necessária?

A revelação especial é necessária para que possamos saber como Deus interviu no mundo para trazer nossa salvação.

27.Quais são as três expressões da revelação especial?

Três expressões de revelação especial são: revelação para e através de indivíduos por milagres, anjos, sonhos, visões
e discurso audível; Revelação através da palavra viva encarnada (Jesus Cristo); e revelação por meio da palavra escrita
de Deus, a Bíblia.

28. Qual é a diferença entre revelação e inspiração?

A revelação é a verdade que Deus nos faz conhecer a fim de trazer a nossa salvação. A inspiração é o processo pelo
qual Deus se revelou e trouxe essa revelação à forma escrita.

29. O que é inspiração plenária verbal?

O termo "verbal" tem a ver com "palavras" e "plenário" significa "completo, todos". Inspiração plenária verbal significa
que toda a Bíblia é inspirada, inclusive as palavras. Mateus 5:18 indica que as palavras da Bíblia são as palavras de
Deus, mesmo um jota (a menor letra hebraica) ou um til (a parte menor de uma letra).

30. Como foi inspirada a Bíblia?

Deus inspirou a Bíblia revelando a verdade aos escritores da Bíblia e superintendendo seus pensamentos e
escritos. Usando seus vocabulários, personalidades, estilos de escrita, educação, antecedentes e pesquisas históricas,
Deus permitiu que os autores escrevessem as palavras exatas que Deus queria na Bíblia.

31. Como as escrituras apoiam essa visão de inspiração?

II Pedro 1:21 diz que os profetas falaram quando foram movidos (levados adiante) pelo Espírito Santo. Poderíamos
dizer que a Deus habitava a linguagem humana, de tal forma que o produto final (os manuscritos originais) não eram
apenas as palavras do homem, mas as próprias palavras de Deus. De acordo com II Timóteo 3:16, todas as Escrituras
são respiradas por Deus. Isso significa que a própria Bíblia é revelação, não apenas um registro de revelação.

32. O que é Inerrância?

Inerrância significa "não ter erros". Infalibilidade, que significa "não ter nenhuma tendência a falhar”, é um sinônimo
de Inerrância.

33. A Bíblia é inerrante?

A inerrância é uma característica de todos os aspectos da Bíblia. A Bíblia é absolutamente sem erros em qualquer
coisa que fala a respeito, sobre história, arqueologia, ciência natural, princípio filosófico, ou doutrina espiritual ou
dever moral.

34. Como qualificar essa doutrina de inerrância?

Dizemos que a inerrância se estende apenas aos manuscritos originais.


35. Por que fazemos essa qualificação?

Nós fazemos esta qualificação porque há discrepâncias óbvias entre vários manuscritos da Bíblia e há erros óbvios nas
traduções. Esses problemas nos manuscritos e traduções são raros, mas reais. Também fazemos essa qualificação
porque a inerrância nunca foi prometida aos copistas e aos tradutores, embora haja uma grande evidência de que
Deus tenha preservado providencialmente sua Palavra em um grau surpreendente.

36. Como alguém discutiria logicamente a inerrância?

Podemos pode fazer uma defesa da inerrância da seguinte maneira:

1 - Tudo o que procede de Deus é perfeito;

2 - A Bíblia procede de Deus (II Timóteo 3:16);

3 – Portanto, a Bíblia é perfeita e, portanto, inerrante.

37. Qual outra maneira que se pode demonstrar que a Bíblia é inerrante?

Podemos fazer outra defesa da inerrância:

1 - Se Jesus cumpriu a profecia e ressuscitou, nós devemos aceitar sua reivindicação de ser o Filho de Deus.

2 - Se Jesus é o Filho de Deus, podemos confiar em seu testemunho.

3 - Jesus testificou, como Filho de Deus, que a Bíblia era a Palavra inerrante de Deus.

4 – Portanto, a Bíblia é a Palavra inerrante de Deus.

38. Quem é Deus?

Deus é o criador e o sustentador de todos os seres humanos e de todas as coisas. Ele é eterno, infinito e imutável em
seu poder e perfeição, divindade e gloria, sabedoria, justiça e verdade. Nada ocorre exceto por meio dele e por sua
vontade

Ref. Jo 4.24; Êx 3.14; Sl 145.3; 90.2; Tg 1.17; Rm 11.33; Gn 17.1, Ap 4.8; Êx 34.6-7.

39. Se Deus é infinito, então como podemos saber algo sobre ele?

Pelo motivo de sermos finitos, nunca saberemos tudo sobre Deus, mas podemos saber algumas coisas sobre Deus
porque ele se revelou a nós. Deus quer que continuemos a buscar o conhecimento sobre Ele, para que possamos
aprofundar nosso relacionamento com ele.

40. Como sabemos que Deus existe?

Os céus declaram a glória de Deus (Salmo 19). Por causa do que a criação nos ensina sobre Deus, somos sem desculpas
(Romanos 1). Devemos ser capazes de dizer que existe um Deus ao olhar para o mundo que nos rodeia. A única
explicação para o universo e todas as suas complexidades é um criador independente. Todo o design (modelo) do
mundo aponta para um Criador-Modelador altamente inteligente. A moralidade universalmente reconhecida (sentido
de fazer o bem) no mundo aponta a um Supremo-Criador-de-uma-Lei.

41. Como podemos categorizar seus atributos?

Poderíamos categorizar os atributos de Deus como primários, relativos, pessoais e morais.


42. Quais são os atributos primários?

Os atributos primários são atributos intrínsecos intransferíveis de Deus que não são relativos à criação. A glória de
Deus, o infinito, a eternidade, a autoexistência, a simplicidade e a independência são todos os atributos primários de
Deus.

43. O que são atributos relativos?

Atributos relativos são aqueles atributos intransferíveis que são verdadeiros de Deus em relação à ordem criada. Ele
é onipresente (está em todos os lugares), onisciente (sabe todas as coisas), onipotente (pode todas as coisas),
transcendente (está longe da criação), imanente (está perto da criação) e soberano em relação ao universo.

44. O que são atributos pessoais?

Atributos pessoais são aqueles que são essenciais para a pessoalidade, ou seja, para ser uma pessoa. Deus
compartilhou conosco um pouco da sua vida, personalidade, liberdade e espiritualidade.

45. Quais são os atributos morais?

Os atributos morais são aqueles atributos que têm a ver com a vontade de Deus e com a retidão do caráter e das
ações de Deus. Sabemos que podemos compartilhar esses atributos em um grau, já que Deus nos ordena a sermos
santos e amorosos como ele é (Lev. 11:44, 45; I Tess. 4:7).

46. O que significa Deus ser infinito?

O infinito de Deus significa que Deus não é limitado por nada, seja espaço, tempo ou qualquer outra coisa. Deus é
incomensurável e eterno (SL 41:13; Ap. 1:8). Embora consistentes uns com os outros, todos os atributos de Deus são
ilimitados.

47. O que significa Deus ser Autoexistente?

A autoexistência de Deus significa que ele não teve começo, independente; a causa não causada. Não podemos
explicar a nossa existência sem falar de alguém ou de outra coisa; Mas Deus pode (GN 1:1; Ex. 3:14).

48. O que significa Deus ser onipotente?

A onipotência de Deus significa que ele é todo-poderoso; Ele pode fazer tudo o que ele deseja fazer tudo, mas somente
aquilo que é de acordo com a sua natureza racional e moral.

49. O que significa Deus ser onipresente?

A onipresença de Deus significa que ele está presente em toda a sua criação. Ele está presente em todas as suas obras.
Permanecendo distinto de sua criação, ele está ativamente envolvido ao sustentá-la (Col. 1:16).

50. Será que Deus tem mais do que uma maneira que ele está presente?

Deus pode estar presente de várias maneiras. Não só Deus está presente na ordem natural, mas também está presente
de maneira especial na alma humana (aplicando graça), no céu e na encarnação. Há momentos e lugares em que Deus
pode exibir sua presença de outras maneiras extraordinárias também.

51. O que significa Deus ser onisciente?

Para que Deus seja onisciente significa que Deus sabe tudo.
52. Deus sabe o futuro?

Deus sabe tudo, incluindo eventos futuros e todas as contingências. Ele sabe o que vai acontecer e o que teria
acontecido se as pessoas tivessem feito escolhas diferentes. Ele conhece as conseqüências de todas as escolhas
possíveis ou eventos.

53. Se Deus sabe o futuro, isso significa que ele faz isso?

Porque Deus sabe o futuro não significa que ele faz tudo. O conhecimento não implica causação. Só porque sabemos
que o sol vai nascer amanhã não significa que vamos fazê-lo subir.

54. O que significa Deus ser transcendente?

Para que Deus seja transcendente significa que ele é exaltado muito acima do universo criado. Isso tem a ver com a
qualidade de vida. Ele é totalmente outro. Ele é infinito; Somos finitos. Ele é criador; Somos simplesmente a criatura.

55. O que significa Deus ser imanente?

Deus ser imanente significa que ele está muito perto de nós. Embora seja transcendente, escolheu manifestar-se a
nós, encarnar-se no filho e habitar conosco na pessoa do Espírito Santo (Isaías 7:14; Mateus 1:27).

56. O que significa Deus ser soberano?

Deus está no controle de seu universo. Nada acontece sem o seu conhecimento e permissão. Deus cumpriá seus
propósitos finais para sua criação.

57. A soberania de Deus significa que cada ação foi predeterminada?

Deus ser soberano não significa que cada ação no universo tenha sido predeterminada. Deus deu a suas criaturas
liberdade limitada para que eles possam determinar seu próprio caráter e destino, e influenciar livremente o mundo
ao seu redor. Deus é tão soberano que ele não tem medo de dar liberdade a suas criaturas. Ele ainda é capaz de
controlar seu universo e realizar seu propósito final para a criação (Gênesis 18:22-33).

58. O que significa Deus ter personalidade?

Deus ter personalidade significa que ele tem racionalidade, vontade e sentimento.

59. O que significa Deus ter liberdade?

Deus livremente escolhe fazer o que ele faz. "Ele faz o que quiser" (Salmo 135:6). Ele livremente concede graça a suas
criaturas. Parte da imagem de Deus em nós é a nossa capacidade de fazer escolhas.

60. O que significa Deus ser espiritual?

Deus é espírito (não-material). Este espírito é eterno. Nós também temos um espírito que nunca morrerá, embora
não seja eterno exatamente no mesmo sentido que Deus é.

61. Como uma pessoa poderia resumir a natureza moral de Deus?

Uma pessoa poderia resumir a natureza moral de Deus falando da santidade e do amor inabalável de Deus.

62. O que significa Deus ser Santo?

A santidade de Deus é a perfeição de todos os atributos de Deus. A santidade de Deus fala da pureza de todas as
intenções e ações de Deus. Não há pecado em Deus.
63. O que significa Deus ser amoroso?

Deus ser amoroso significa que ele se dá aos outros em sacrifício próprio, olhando para o melhor interesse dos outros.
Mesmo antes da criação, Deus estava amando porque cada membro da Trindade participou de amor próprio um pelo
outro.

64. Se Deus existe na Trindade, como isso é consistente com a unidade de Deus?

Deus é um em essência, mas três em pessoa. Deus é simples, ou seja, indivisível em sua natureza essencial, mas dentro
de sua natureza, ele consiste em 3 pessoas distintas. Há só um Deus, o Deus vivo e verdadeiro. Há três pessoas no
único vivo e verdadeiro Deus: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Eles são os mesmos em substância, iguais em poder e
gloria.

Dt 6.4; 1Co 8.4; Jr 10.10; Jo 17.3. Mt 3.16-17; 28.19; 2Co 13.13; Jo 1.1; 3.18; At 5.3-4; Hb 1.3; Jo 10.30.

65. Como podemos demonstrar através das escrituras que Deus é Trindade?

O seguinte argumento bíblico pode ser usado para demonstrar a doutrina da Trindade:

Deus é um. Deuteronômio 6:4 – – "Ouça, Israel, o Senhor nosso Deus é um Senhor.

O Pai é Deus. Gálatas 1:1 – – "de Deus nosso Pai."

O Filho é Deus. João 1:1, 14 – – "A Palavra era Deus... a palavra se tornou carne.

O Espírito Santo é Deus. Atos 5:3-4 – "Ananias, por que Satanás encheu seu coração de mentira contra o Espírito
Santo... Você não mentiu contra os homens; Você mentiu contra Deus."

Estas são pessoas distintas. Marcos 1:9-11. Jesus é batizado; o Pai fala do céu, e o Espírito Santo desce como uma
pomba.

Conclusão: se há um Deus, e ele se revelou em três pessoas distintas, então a doutrina da Trindade deve ser
verdadeira.

66. Como a criação apoia a nossa crença na Trindade?

Faz sentido que a criação de Deus, de alguma forma, reflita a natureza de Deus. Parece que Deus deixou suas
"impressões digitais" sobre o que ele criou. A Trindade se reflete no fato de que o único universo consiste em espaço,
tempo e matéria; Estes três e não mais. O espaço consiste em comprimento, largura e altura. O tempo consiste em
passado, presente e futuro. E a matéria consiste na energia em movimento produzindo fenômenos. No universo há
uma trindade na unidade que coincide com o que a Bíblia ensina sobre a natureza trinitária de Deus.

67. Quais são os papéis de Deus?

Deus é Rei, Juiz, Mestre, Pastor, Sacerdote, Luz e Pai. Estes são alguns dos papéis de Deus. Essas designações nos
ajudam a entender como Deus se relaciona com a humanidade.

68. Qual é a obra da criação?

A obra da criação é aquela pela qual, Deus fez todas as coisas do nada, no espaço de seis dias, e tudo muito bem.

Gn 1; Hb 11.3; Sl 33.9; Gn 1.31.


69. Como criou Deus o homem?

Como e por qual motivo Deus criou-nos? Deus criou-nos macho e fêmea em sua própria imagem para conhecê-lo,
amá-lo, viver nele e glorificá-lo. E é justo que se fomos criados por Deus devemos viver para a sua gloria.

Ref. Gn 1.27-28; Cl 3.10; Ef 4.24; Rm 2.14-15; Sl 86-8.

70. O que é a providência de Deus?

A providência de Deus são a sua maneira muito santa, sábia e poderosa de preservar e governar todas as suas criaturas,
e todas as ações delas.

Ref. Sl 145.17; 104.10-24; Hb 1.3; Mt 10.29-30; Os 2.6.

71. Que ato especial de providência exerceu Deus para com o homem no estado em que ele foi criado?

Quando Deus criou o homem, fez com ele um pacto de vida, com a condição de perfeita obediência: proibindo-lhe
comer da árvore da ciência do bem e do mal, sob pena de morte. A Teologia chama este pacto de Pacto das Obras,
ou Aliança da Criação.

Gl 3.12; Gn 2.17.

72. Conservaram-se nossos primeiros pais no estado em que foram criados?

Nossos primeiros pais, sendo deixados à liberdade da sua própria vontade, caíram do estado em que foram criados,
pecando contra Deus.

Rm 5.12; Gn 3.6.

73. Que é pecado?

Pecado é qualquer transgressão da Lei de Deus.

Tg 2.10; 4.17; 1Jo 3.4.

74. Por que há maldade moral no mundo?

Deus fez seres (anjos e seres humanos) com a liberdade de escolher entre o bem eo mal. Muitas dessas criaturas livres
escolheram o mal em relação ao bem.

75. Por que Deus fez criaturas livres?

Deus queria que suas criaturas tivessem uma relação de amor pessoal com ele. O amor implica a liberdade. "Amor
forçado" é uma contradição.

76. Deus precisava de alguém para amar?

Deus não criou seres humanos para cumprir alguma necessidade que ele tinha, pois Deus não tem necessidade. Em
vez disso, ele criou a partir da plenitude do amor que os três membros da Trindade têm em relação uns aos outros. A
Trindade criou a raça humana, a fim de compartilhar seu amor com criaturas feitas em sua imagem, assim como os
pais humanos querem compartilhar seu amor mútuo com as crianças que trazem à luz.

77. Deus nos honra ao nos fazer à sua imagem?

Isto realmente nos honra, porque o Deus transcendente, infinito, nos fez à sua própria imagem, a fim de desfrutarmos
de comunhão pessoal com ele. Devemos ser incrivelmente especiais para ele, pois ele nos fez embora conhecesse a
tristeza que nossa rebelião causaria.
78. Por que, então, as pessoas sofrem?

O sofrimento é as consequências naturais do mal moral no mundo. O mundo está cheio de sofrimento porque o
mundo está cheio de maldade. Até mesmo pessoas inocentes sofrem porque o mundo não distribui sua maldição de
forma justa. Assim como chove para justo e o injusto (uma coisa positiva), assim também a dor vem ao justo e ao
injusto.

79. O que é a imagem de Deus no homem?

Parte da imagem de Deus no homem é a personalidade (incluindo a mente, a vontade e as emoções), a moralidade (a
capacidade de ser santo) e a espiritualidade (nós temos um espírito que nunca deixará de existir).

80. Como o homem quebrou seu relacionamento sagrado original com Deus?

O primeiro homem, Adão, desobedeceu a Deus no jardim do Éden. Esta foi uma ofensa contra um Deus Santo, que
não pode tolerar o pecado.

81. Quais foram os efeitos do pecado?

Na queda, Adão tornou-se culpado, separado de Deus espiritualmente, e corrompido em sua natureza. Ele também
começou a morrer fisicamente e trouxe uma maldição da morte em toda a terra. Ele perdeu a imagem moral de Deus,
e outros aspectos da imagem de Deus no homem (como a racionalidade do homem) foram severamente danificados.

82. Como a queda de Adão nos afetou?

Todos nós nascemos com depravação herdada e vivemos em corpos corruptíveis com capacidades intelectuais e
emocionais enfraquecidas. Embora a graça possa nos purificar agora da depravação herdada, somente a ressurreição
restaurará corpos físicos imortais para a vida plena.

83. Os corpos humanos são pecadores, já que estão sujeitos à morte?

O pecado não é físico. A depravação herdada é uma condição espiritual e moral. No entanto, o pecado tem um efeito
destrutivo no corpo.

84. Por que somos depravados por causa do pecado de Adão?

Como o primeiro homem, Adão foi escolhido por Deus para representar toda a raça humana. Todos os descendentes
de Adão (conectados organicamente a ele) sofreram por causa de sua desobediência. A raça humana é pecaminosa
porque Adão pecou (Romanos 5:12).

85. Fomos culpados pelo pecado de Adão?

Não nos tornámos culpados pelo pecado de Adão. Nós herdamos uma tendência a cair no pecado, e inevitavelmente
caímos no pecado, mas não participamos no pecado original de Adão. Romanos 5:14 ensina que os descendentes de
Adão não pecam da mesma maneira que o próprio Adão fez. Se não pecamos com Adão, não somos culpados desse
pecado. Ezequiel 18:20 ensina que o filho não suportará o pecado do pai. Nós com certeza estamos sofrendo as
consequências do pecado de Adão porque estamos biologicamente conectados a ele, mas não podemos ser
justamente condenados ao inferno simplesmente por causa da depravação herdada.

86. Quais são os dois tipos básicos de pecado?

Os dois tipos básicos do pecado são a depravação herdada, que é a corrupção de nossa natureza que nos inclina para
pecar, e atos de pecado.
87. Como as Escrituras apoiam a ideia de que todas as pessoas nascem com depravação herdada?

Entre as Escrituras que ensinam a doutrina da depravação herdada estão Gênesis 8:21 (a imaginação do coração do
homem é o mal desde sua juventude), Salmo 51:5 (em pecado minha mãe me concebeu), Jeremias 17:9 (o coração é
enganoso acima de todas as coisas e desesperadamente perverso ), e Romanos 5:12-21 (por um homem pecado
entrou no mundo, e a morte pelo pecado, por isso que todos pecaram).

88. Quais são os termos bíblicos para a depravação herdada?

Os termos bíblicos para a depravação herdada incluem: pecado habitando em nós (Romanos 7), lei do pecado
(Romanos 7,8), carne (Romanos 8), pecado (I João 1:7, 1:8; Romanos 5-8), e corpo do pecado (Romanos 6:6).

89. Quais são os termos teológicos para o pecado que herdamos de Adão?

Os termos teológicos para pecado incluem: pecado original, depravação herdada, depravação inerente, depravação
racial e a natureza carnal.

90. Quais são as duas categorias de pecado?

Os atos de pecado podem ser divididos em pecados "corretamente chamados" e pecados "indevidamente chamados".

91. O que são pecados "corretamente chamados?"

Pecados "corretamente chamados" são transgressões deliberadas contra uma lei conhecida de Deus. Esta é a definição
bíblica normal do pecado. 1 João é um bom exemplo de um livro bíblico que certamente trata o pecado como
intencional e racional. Intencional, porque a pessoa sabe que o pecado traz condenação.

92. O que são pecados "indevidamente chamados”?

Pecados "indevidamente chamados" são transgressões não intencionais. A Bíblia não costuma se referir a
transgressões não intencionais da lei como pecado. No entanto, temos referências aos pecados da ignorância em
Levítico 4, 5 e números 15. Esses pecados da ignorância precisavam de um sacrifício de sangue. Portanto, há um
sentido em que todas as transgressões da lei de Deus, seja intencional ou não, poderiam ser chamadas de pecado.
Mas como essa não é geralmente a maneira como o termo "pecado" é usado na Bíblia, esses pecados podemos ser
pecados "indevidamente chamados pecados".

93. Quem é Jesus Cristo?

Jesus Cristo é o Filho de Deus, a segunda pessoa da Trindade, o Salvador do mundo.

94. O que queremos dizer quando dizemos que Deus, o Filho, encarnou?

Cristo tornar-se encarnado significa que a Segunda Pessoa da Trindade se tornou um ser humano, sem deixar de ser
Deus. Uma vez ele se tornou homem, Ele era 100% Deus e 100% homem.

95 Como Deus, o Filho, encarnou?

Ele foi concebido em Sua mãe humana, Maria, pelo Espírito Santo, sem a ajuda de um pai humano. Isso é chamado de
concepção virgem, que resultou no nascimento virginal (Lucas 1:35).

96. O que queremos dizer quando dizemos que Jesus é o homem-Deus?

Jesus ser o homem-Deus significa que Ele é totalmente divino e totalmente humano, embora seja uma pessoa. Jesus
é um na natureza com Deus e um na natureza como homem. Tudo que significa ser Deus, Jesus é; tudo o que significa
ser humano, Jesus é. No entanto, Jesus é apenas uma pessoa.
97. O que prova que Jesus era homem?

A prova de que Jesus era um homem inclui os fatos de que Ele foi concebido no ventre de uma mãe, cresceu, aprendeu
e se desenvolveu como pessoa humana. Ele ficou cansado, com fome, com sede e com sono. Ele foi tentado, sofreu
emocionalmente e fisicamente e depois morreu. (Mateus 4: 2, João 19:28, Mateus 26:58; Lucas 2:52, Marcos 15:25.)

98. Qual é a única diferença entre a humanidade de Jesus e nossa humanidade?

Jesus não nasceu com uma natureza pecaminosa e nunca pecou (Hebreus 4:15). Nascemos com uma natureza
pecaminosa e pecamos contra Deus (Romanos 3:23).

99. Como as duas naturezas de Jesus se relacionam uma com a outra?

As duas naturezas de Jesus são imutáveis, inconfundíveis, indivisíveis e inseparáveis. As duas naturezas permanecem
distintas, embora contribuam com seus atributos para a única pessoa de Cristo. Jesus viveu e operou como uma
pessoa, embora tivesse duas naturezas. Jesus viveu e agiu como Deus, enquanto viveu e agiu como homem.

100. O fato de que Jesus operou tanto como Deus quanto como homem, tira algo de alguma das suas duas naturezas?

O fato de que Ele é Deus não tira nada sua humanidade, nem o fato de que Ele ser um homem tira algo de Sua
divindade. A Bíblia também, como um livro divino-humano, exibe características humanas e divinas. O fato de a Bíblia
exibir características divinas não torna menos um livro humano, e o fato de a Bíblia exibir características humanas não
torna menos um livro divino. Da mesma forma, Jesus pode ser humano e divino sem diminuir sua divindade ou
humanidade.

101. Que evidência bíblica temos de que Jesus é realmente Deus?

As Escrituras nos dizem que Jesus afirmou ser Deus, que Ele exerceu as obras divinas, que Ele possuía atributos divinos
e que Ele aceitava a adoração como Deus.

102. Onde as Escrituras mostram que Jesus afirmou ser Deus?

As escrituras que mostram que Jesus afirmou ser Deus incluem João 8:58, onde Jesus disse: “Antes de Abraão, EU
SOU”. Nesse versículo, Jesus estava se identificando com Jeová, o EU SOU de Êxodo 3:14. Em João 10:30, Jesus disse:
“Eu e meu Pai somos Um.” De acordo com o contexto desse versículo, os judeus entenderam que Jesus estava
afirmando ser igual a Deus o Pai. Jesus aceitou essa interpretação de Suas palavras.

103. Que Escritura mostra que Jesus exerceu obras divinas?

Passagens bíblicas que mostram que Jesus exerceu obras divinas incluem Marcos 2, que ensina que Jesus perdoou o
pecado; João 11, que mostra que Jesus ressuscita os mortos; João 10, que ensina que Jesus dá a vida eterna; e João 1
e Colossenses 1, que ensinam que Jesus criou o mundo.

104. Que Escrituras mostram que Jesus possuía atributos divinos?

Escrituras que mostram que Jesus possuía atributos divinos incluem Apocalipse 22:13, que diz que Jesus é o Alfa e
Ômega, o Princípio e o Fim. Isso significa que Ele é eterno. Em João 16:30, Seus discípulos lhe disseram: “Senhor, agora
temos certeza de que você sabe todas as coisas”. Pedro disse em João 21:17: “Senhor, tu sabes todas as coisas.” Os
apóstolos acreditavam que Jesus era onisciente. Em Mateus 18:20, Jesus disse: “Onde estiverem dois ou três reunidos,
aí estou eu no meio deles”. Em Mateus 28:20, Ele disse: “Eu estou contigo até o fim do mundo”. Efésios 4:10 diz que
Jesus preenche todas as coisas. Essas declarações indicam que Jesus não é restringido por sua humanidade. Em Sua
divindade, Ele ainda pode estar em todo lugar. Ele é onipresente.

105. Que Escrituras mostram que Jesus aceitou a adoração como Deus?

Escrituras que mostram que Jesus aceitou a adoração como Deus incluem Mateus 28, que diz que os discípulos caíram
diante Dele e O adoraram; e João 21, que diz que Tomé caiu diante dele, chamando-o de Senhor e Deus. Jesus pode
ser contrastado com os anjos santos, que recusaram a adoração (Apocalipse 22: 8-9). Em vez disso, os anjos adoram
a Jesus, de acordo com Hebreus 1. Precisamos lembrar que Jesus disse a Satanás (Mateus 4) que somente Deus era
digno de adoração. Se Ele não fosse o próprio Deus, Ele não teria aceitado a adoração de outros.

106.Por que ninguém mais poderia ser o sacrifício pelos nossos pecados?

Jesus tinha que ser o sacrifício porque Ele era o único que era tanto Deus quanto homem.

107. Por que Jesus tem que ser Deus para providenciar o sacrifício pelos nossos pecados?

Jesus tinha que ser Deus porque somente a divindade podia expiar os pecados contra um Deus infinito. Porque Deus
é ilimitado, nossos pecados nos trouxeram culpa ilimitada. Somente um ser infinito (Deus) poderia oferecer um
sacrifício adequado para nos libertar dessa culpa. Podemos também dizer que Jesus tinha que ser Deus porque aquele
que viesse dar sua vida tinha que ter o poder de tomar sua vida de volta. O sacrifício era adequado apenas por causa
do poder daquele que destruiria o pecado e a morte por meio de sua ressurreição. Também podemos dizer que o
sangue que foi derramado na cruz só poderia purificar o nosso pecado e nos dar a vitória porque era o sangue de uma
pessoa divino-humana. Nenhum mero humano, não importa quão sem pecado, poderia ter realizado na cruz o que o
homem-Deus fez.

108. Por que Jesus tem que ser homem?

Uma razão pela qual Jesus tinha que ser homem (e não simplesmente Deus) era para sofrer e morrer. Deus não era
capaz de morrer. Deus tinha que se tornar uma das Suas criaturas para que Ele realmente desse o sangue de sua vida.
Jesus também precisava ser homem porque tinha que se identificar completamente com a raça humana para nos
trazer de volta a Deus. Ele teve que se tornar um de nós para nos salvar. Ao passar por todas as fases da nossa vida
como o perfeito homem-Deus, Ele (potencialmente) nos traz de volta a Si mesmo.

109. Por que ele tinha que ser tanto Deus quanto homem ao mesmo tempo?

Jesus tinha que ser tanto Deus como homem ao mesmo tempo, porque Ele veio para reconciliar duas partes separadas
- Deus e o homem. Como nosso mediador, Cristo teve que representar os dois lados ao mesmo tempo. Como Deus,
ele representou Deus para o homem. Como homem, Ele representou o homem para Deus. Representando
plenamente ambos os lados, Jesus trouxe o homem e Deus juntos. É como se Ele agarrasse a mão de Deus de um lado
e a mão do homem do outro e nos reunisse novamente. Ele não poderia ter feito isso sem identificação completa com
os dois lados. Isso significa que Ele tinha que ter as habilidades de Deus e do homem para fazer o que cada um tinha
que fazer para conseguir a reconciliação.

110. O que os teólogos querem dizer quando dizem que Cristo foi duas vezes gerado?

Quando os teólogos dizem que Cristo foi duas vezes gerado, eles significam que Cristo foi gerado primeiramente antes
de todo tempo pelo Pai. Esta é uma geração eterna não física. Ele foi gerado novamente quando desceu do céu e foi
encarnado por Sua mãe terrena, Maria.

111. As tentações de Cristo foram genuínas?

As tentações de Cristo foram tentações reais e pediam que Ele fizesse mau uso de sua verdadeira liberdade.

112. Jesus poderia ter pecado?

Jesus não foi forçado a ser sem pecado, pois Ele tinha verdadeira liberdade, mas Sua impecabilidade era inevitável por
causa de quem Ele era.

113. Que funções exerce Cristo como nosso Redentor?

R. Cristo, como nosso Redentor, exerce as funções de profeta, sacerdote e rei, tanto no seu estado de humilhação
como no de exaltação.
Ref. At 3.22; Hb 5.5-6; Sl 2.6; Jo 1.49.

114. Como exerce Cristo as funções de profeta?

R. Cristo exerce as funções de profeta, revelando-nos, pela sua Palavra e pelo seu Espírito, a vontade de Deus para a
nossa salvação.

Ref. Jo 1.18; Hb 1.1-2; Jo 14.26; 16.13.

115. Como exerce Cristo as funções de sacerdote?

R. Cristo exerce as funções de sacerdote, oferecendo-se a si mesmo uma vez em sacrifício, para satisfazer a justiça
divina, reconciliar-nos com Deus e fazendo contínua intercessão por nós.

Ref. Hb 9.28; Rm 3.24-26; 10.4; Hb 2.17; 7.25; Is 53.12.

116. Como exerce Cristo as funções de rei?

R. Cristo exerce as funções de rei, sujeitando-nos a si mesmo, governando-nos e protegendo-nos, contendo e


subjugando todos os seus e os nossos inimigos.

Ref. Sl 110.3; At 2.36; 18.9-10; Is 9.6-7; 1Co 15.26-27.

117. Em que consistiu a humilhação de Cristo?

R. A humilhação de Cristo consistiu em Ele nascer, e isso em condição baixa, feito sujeito

à lei; em sofrer as misérias desta vida, a ira de Deus e amaldiçoada morte na cruz; em ser sepultado, e permanecer
debaixo do poder da morte durante certo tempo.

Ref. Lc 2.7; Fp 2.6-8; Gl 4.4; 3.13; Is 53.3; Mt 27.43; 1Co 15.3-4.

118. Em que consiste a exaltação de Cristo?

R. A exaltação de Cristo consiste em Ele ressurgir dos mortos no terceiro dia; em subir ao Céu e estar sentado à mão
direita de Deus Pai, e em vir para julgar o mundo no último dia.

Ref. 1Co 15.4; Ef 1.20-21; At 17.31.

119. Quais são os três ofícios de Cristo?

Os três ofícios de Cristo são profeta, sacerdote e rei.

120. Por que Jesus precisou cumprir esses ofícios?

Jesus teve que cumprir esses ofícios para atender às nossas necessidades. Como profeta, ele ilumina nossas mentes
escuras. Ele nos chama ao arrependimento. Como sacerdote, Ele limpa nossos corações corruptos e nos reconcilia
com Deus. Como Rei, Ele liberta nossas vontades da escravidão do diabo e acabará por “colocar todas as coisas sob
Seus pés”.

121. Por que Jesus teve que morrer?

Jesus teve que morrer porque a consequência do nosso pecado foi a morte. Para reverter a maldição da Queda, Jesus
tomou essa consequência. Jesus identificou-se conosco até o ponto da morte para nos restaurar. Jesus foi capaz de
destruir o poder da morte e do diabo, ressuscitando dos mortos. Somos salvos quando nos identificamos com Cristo,
morremos para o pecado quando Jesus morreu pelo pecado e depois pela fé nos identificamos com Cristo em Sua
ressurreição.
122. Foi Cristo punido pelos nossos pecados?

Cristo foi punido provisoriamente pelos nossos pecados. É mais correto dizer que Cristo sofreu por nós para que não
tenhamos que ser punidos pelos nossos pecados. O problema em dizer que Cristo levou a nossa punição em um
sentido absoluto é que alguém poderia concluir que ninguém por quem Cristo morreu poderia ser punido por seus
pecados, uma vez que a punição já foi tomada por Cristo, e seria injusto a punição. sofreu duas vezes pelos mesmos
pecados.

123. Acreditamos que a expiação é objetiva?

Acreditamos que a expiação é um ato objetivo de uma vez por todas, mas dizemos que é a base do perdão; não
garante o nosso perdão automaticamente.

124. Cristo foi nosso substituto?

Cristo foi nosso substituto. “Ele foi ferido por nossas transgressões. . . Ele morreu o justo pelos injustos... (Isaías 53, I
Pedro 3:18).

125. Como você definiria a expiação?

A expiação é aquele ato gracioso de Deus pelo qual Cristo, o homem de Deus sem pecado, demonstrando o amor de
Deus pelo homem e ódio pelo pecado, sofreu no lugar de toda a humanidade, dando o sangue de sua vida para
satisfazer plenamente a justiça e santidade de Deus, propiciando a Deus, então ressuscitando dos mortos, destruindo
o poder do pecado e da morte, vencendo o diabo, e assim tornando possível que todos os que se arrependem e creem
sejam perdoados em vez de serem punidos pelos seus pecados, santificados e (finalmente) glorificados.

126. Quão importante é a ressurreição para a expiação?

A ressurreição confirma a expiação. É uma evidência de que Jesus tem poder sobre o pecado, a morte e o diabo, e
que Ele pode dar vida espiritual e física àqueles que confiam nele.

127. Existe prova de que Jesus realmente ressuscitou dos mortos?

Há provas contundentes de que Jesus ressuscitou dos mortos. Esta evidência inclui os fatos que as pessoas O
observaram morrer, após o qual o sepulcro em que Ele foi sepultado foi encontrado vazio três dias depois, que Jesus
foi visto vivo por centenas de pessoas após Sua morte e sepultamento, e que os discípulos morreram voluntariamente
por sua fé (eles saberiam que sua história era uma mentira se fosse; ninguém voluntariamente morre pelo que eles
sabem ser mentira).

128. Quais são os benefícios incondicionais da expiação?

Os benefícios incondicionais da expiação são a existência continuada da raça humana, a salvação das crianças e a graça
preveniente, tornando a salvação possível para todas as pessoas.

129. Quais são os benefícios condicionais da expiação?

Os benefícios condicionais da expiação incluem justificação, regeneração, adoção, o testemunho do Espírito e


santificação.

130. O que é adoção?

Adoção é um ato de livre graça de Deus, pelo qual somos recebidos no número dos filhos de Deus, e temos direito a
todos os seus privilégios.

Ref. 1Jo 3.1; Jo 1.12; Rm 8.14-17.


131. Que é santificação?

É a obra da livre graça de Deus, pela qual somos renovados em todo o nosso ser, segundo a imagem de Deus, e
habilitados a morrer cada vez mais para o pecado e a viver para a retidão.

1Pe 1.2; Ef 4.20-24; Rm 6.6; 12.1-2.

132. Quais são as bênçãos que nesta vida acompanham a justificação, adoção e santificação ou delas
procedem?

As bênçãos que nesta vida acompanham a justificação, adoção e santificação, ou delas procedem, são: certeza do
amor de Deus, paz de consciência, gozo no Espírito Santo, aumento de graça, e perseverança nela até ao fim.

Rm 5.1-5; 14.17; Jo 1.16; Fp 1.6; 1Pe 1.5.

133. Quais são as bênçãos que os fiéis recebem de Cristo na hora da morte?

As almas dos fiéis na hora da morte são aperfeiçoadas em santidade, e imediatamente entram na glória; e os corpos
que continuam unidos Cristo, descansam na sepultura até a ressurreição.

Ap 14.13; Lc 23.43; At 7.55, 59; Fp 1.23; 1Ts 4.14; Jo 5.28-29; 14.2-3; Hb 12.22-23.

134. Quais são as bênçãos que os fiéis recebem de Cristo na ressurreição?

Na ressurreição, os fiéis, sendo ressuscitados em glória, serão publicamente reconhecidos e absolvidos no dia de
juízo, e tornados perfeitamente felizes no pleno gozo de Deus por toda a eternidade.

1Co 15.43; Mt 10.32; 25.34; Sl 16.11.

135. Qual é o dever que Deus exige do homem?

O dever que Deus exige do homem é obediência à sua vontade revelada.

Mq 6.8; Lc 10.27-28; Gn 17.1.

136. Cristo morreu por todos?

Jesus Cristo morreu por todos. A expiação é universal. I João 2:2 diz que Cristo fez propiciação não somente por nossos
pecados, mas também pelos pecados de todo o mundo. 2 Co 5:15 diz que Ele morreu por todos. Romanos 14:15 diz
que Ele morreu por aqueles que podem perecer. I Tim 4:10 diz que Jesus é o Salvador de todos os homens,
especialmente daqueles que acreditam.

137. Isso significa que todos serão salvos?

A expiação universal não significa salvação universal. João 3:16 diz que Deus deu Seu Filho... para que quem quiser
crer não pereça, mas tenha a vida eterna. A salvação está condicionada à nossa fé.

138. Deus escolheu algumas pessoas para serem salvas?

Para entender isso, podemos usar a analogia de um grande navio a caminho do céu. O navio (a Igreja) é escolhido por
Deus para ser seu próprio navio. Cristo é o capitão e piloto deste navio. Todos os que desejam ser uma parte deste
navio eleito e seu capitão pode fazê-lo através de uma fé viva em Cristo, pelo qual eles vêm a bordo do navio. Contanto
que estejam no navio, em companhia do capitão do navio, estão entre os eleitos. Se eles escolherem abandonar o
navio e o Capitão, eles deixam de fazer parte dos eleitos. A eleição é sempre apenas em União com o capitão e seu
navio. A predestinação nos fala sobre o destino do navio e o que Deus preparou para aqueles que permanecem nele.
Deus convida todos a vir a bordo do navio eleito através da fé em Jesus Cristo.
139. Como as pessoas são predestinadas ou eleitas para a salvação?

A eleição é em Cristo, ou seja, a eleição dos seres humanos ocorre somente em união com Jesus Cristo. "Ele nos
escolheu nele" (Ef 1:4). O próprio Jesus é o primeiro de todos os eleitos de Deus. A respeito de Jesus, Deus declara,
"aqui está meu servo que eu escolhi" (Mt 12:18; cf. Is 42:1, 6; 1 Pe 2:4). Cristo, como eleito, é o fundamento da nossa
eleição. Somente em união com Cristo nos tornamos membros dos eleitos (Ef 1:4, 6-7, 9-10, 12-13). Ninguém é eleito
sem união com Cristo através da fé.

140. Deus elegeu/predestinou pessoas isoladas?

Não. A eleição em Cristo é principalmente corporativa, ou seja, uma eleição de um povo (Ef 1:4-5, 7, 9). Os eleitos são
chamados de "o corpo de Cristo" (4:12), "minha igreja" (Mt 16:18), "um povo pertencente a Deus" (1 Pe 2:9), e a
"noiva" de Cristo (Ap 19:7). Portanto, a eleição é corporativa e só abraça pessoas individuais que se identificam e se
associam com o corpo de Cristo, a verdadeira Igreja (Ef 1:22-23).

141. Essa eleição é para todos?

Sim, a eleição para a salvação em Cristo é oferecida a todos (Jo 3:16-17; 1Ti 2:4-6; Tit 2:11; Heb 2:9), mas torna-se real
apenas para pessoas que demonstram seu arrependimento e fé e aceitam o dom de Deus da salvação em Cristo (Ef
2:8; 3:17; cf. At 20:21; Rm 1:16; 4:16). Ao ter fé, o crente é incorporado ao Corpo de eleitos de Cristo (a Igreja) pelo
Espírito Santo (1 Co 12:13), tornando-se assim um dos eleitos. Assim, há a iniciativa de Deus e nossa resposta na
eleição (Rm 8:29, 2 Pe 1:1-11).

142. Deixou Deus todo o gênero humano perecer no estado de pecado e miséria?

Tendo Deus, unicamente pela sua boa vontade desde toda a eternidade, possibilitado à humanidade a salvação,
fazendo com eles o Pacto da Graça, ou Aliança da Graça, um pacto para os livrar do estado de pecado e miséria, e
trazer a um estado de salvação por meio de um Redentor.Gn 3.15.

143. Qual é a ligação entre a graça e a salvação?

A conexão entre graça e salvação é que é pela graça que somos salvos (Efésios 2:8).

144. O que é graça?

Graça tem dois aspectos: um favor imerecido e poder capacitador.

145. Que apoio bíblico temos para a graça como poder capacitador?

Escrituras que apoiam a graça como poder capacitador incluem 1 Cor 15:10: "pela graça de Deus eu sou o que sou...
Eu trabalhei mais abundantemente... Ainda não eu, mas a graça de Deus que estava comigo." Hebreus 4:16 encoraja-
nos a vir ousadamente ao trono da graça, para que possamos obter misericórdia e encontrar graça para ajudar em
tempo de necessidade. Efésios 3:7 fala do dom da graça de Deus dado a Paulo pelo funcionamento efetivo de seu
poder. Esses versículos indicam que além de ser um favor não merecido, a graça é um poder capacitador.

146. O que é a Graça preveniente?

A graça preveniente é a graça que vem antes da salvação.

147. Por que o homem precisa de uma graça preveniente?

O pecado do primeiro homem tem prejudicado tanto e enfraquecido a livre vontade humana, que ninguém pode amar
a Deus como deve ou crer em Deus ou fazer o bem pelo amor a Deus, a menos que a graça da misericórdia divina o
capacite.
A doutrina da Graça preveniente afirma que Deus inicia a salvação, dando a toda a humanidade a graça de buscar a
Deus. Quando o homem pela graça responde ao chamado de Deus, Deus lhe dá mais graça. A salvação é toda pela
graça, mas o homem coopera com essa graça. O homem pode escolher responder à graça ou rejeitá-la.

148. Como a Graça preveniente se relaciona com a graça capacitadora?

A graça capacitadora é o poder pelo qual Deus permite que aqueles que recebem sua Graça preveniente façam o que
farão.

149. Quão importante é a graça para a vida cristã?

Todo santo pensamento, cada desejo santo, e cada ação sagrada é o resultado da graça, o dom de Deus.

150. Que evidência bíblica apóia a doutrina da Graça preveniente e a graça capacitadora?

As Escrituras que apoiam o conceito de Graça preveniente e a graça cooperante incluem tito 2:11, que diz que a graça
de Deus que traz a salvação apareceu a todos os homens, ensinando-nos a negar a impiedade. João 1:9 diz que Cristo
é a luz que ilumina todos os homens que entram no mundo. Filipenses 2:12-13 nos diz para trabalhar a nossa salvação,
pois é Deus que trabalha em nós tanto para a vontade e para fazer de seu bom prazer. João 6:44 diz que ninguém
pode vir a Jesus a menos que o pai o traga. Além da graça de Deus nos conduzindo, não podemos entrar em um
relacionamento com Cristo.

151. Quais são os aspectos do arrependimento?

O arrependimento inclui convicção – perceber que você é um pecador merecedor de punição e incapaz de salvar a si
mesmo, contrição – sendo verdadeiramente arrependido, sabendo que você pecou contra Deus, e resolução de mudar
– uma solução completa para se transformar do pecado e obedecer a Deus. Assim, o verdadeiro arrependimento
envolve a mente, as emoções e a vontade. (Marcos 1:15; Lucas 13:3, 5; Atos 3:19; Atos 17:30.)

152. Quais são os três aspectos da salvação da fé?

Os três aspectos da fé salvadora são o assentimento da mente, o consentimento da vontade e um pleno descanso na
pessoa e na obra de Cristo. Com a mente, a pessoa aceita a verdade de Cristo, e com a vontade, aceita-se as exigências
de Cristo. Então todo o ser interior pode descansar nas promessas de Deus e verdadeiramente aceitar a presença
permanente de Cristo. Crer em Cristo para a salvação é mais que crer que Cristo é Senhor; é crer em Cristo como
Senhor, comprometendo-se a ele. (Efésios 2:8-10; Hebreus 10:38; Romanos 3:25; Romanos 5:1; Gálatas 2:16; Tiago
2:20; Marcos 1:15; Lucas 8:12; João 1:12; João 3:16; João 3:36; Romanos 10:9-10; I Timóteo 1:16; I João 5:10.)

153. Será que alguém tem que se arrepender antes que ele possa exercer a fé salvadora?

A fé pressupõe o arrependimento. Não se pode confiar plenamente no Salvador, a menos que ele perceba
plenamente que precisa de um Salvador e está disposto a ceder ao Salvador.

154. Isso significa que somos salvos por obras?

Nós não somos salvos por obras. Na verdade, aquele que realmente se arrepende percebe que ele não pode salvar a
si mesmo. A única condição direta para a salvação é a fé; Quando alguém realmente acredita, ele é salvo. No entanto,
um coração crente é um coração disposto a ceder a Cristo. É por isso que a fé pressupõe o arrependimento. (Efésios
2:8-10.)

155. O que é justificação?

Justificação significa ser absolvido, ser declarado justo. Por justificação, somos salvos da culpa e da penalidade do
pecado e restaurados ao favor de Deus. (Romanos 3:21-26; Romanos 4:5-8; Romanos 5:1, 2.)
156. Quais são as bênçãos que acompanham a justificação?

São elas: A regeneração, santificação inicial e adoção.

157. O que é regeneração?

A regeneração é o novo nascimento. É nascer de novo. Se alguém está em Cristo, ele é uma nova criatura; as coisas
velhas são passadas. (II Coríntios 5:17). Quando alguém é regenerado, há uma verdadeira mudança na natureza de
sua alma.

158. Qual é a diferença entre regeneração e justificação?

Na justificação alguém é declaro justo; na regeneração a pessoa é feita justa. A justificação é feita a favor da pessoa. A
regeneração é feita dentro da pessoa.

159. A justificação pode ocorrer além da regeneração?

Quando alguém é salvo, ele é justificado e regenerado. Porque a quem Deus imputa a retidão, ele também concede
a retidão. Alguém não é declarado justo sem também ser feito justo.

160. Qual é a relação entre regeneração e santificação?

A regeneração é o portão para a santificação. Quando a pessoa é regenerada, ela é inicialmente santificada porque
através do novo nascimento há uma mudança de caráter na alma.

161. Como é que se assegura a salvação?

A segurança da sua salvação é feita através do testemunho do Espírito. O testemunho do Espírito é a impressão
interna da alma, na qual o Espírito de Deus imediatamente e diretamente testemunha ao meu espírito que eu sou um
filho de Deus (Romanos 8:15-16). Esta impressão interna não é necessariamente um sentimento, mas é uma
consciência consciente da nova relação. Esse testemunho vem por crer nas promessas de Deus encontradas em sua
Palavra (I João 5:10).

162. O que confirma o testemunho do Espírito?

O fruto do Espírito confirma o testemunho do Espírito. O fruto do Espírito inclui tanto o fruto interno como o
externo. O fruto externo inclui fazer o bem a todos os homens, não fazer o mal, e andar em toda a luz.

163. Quais foram os dois sobre o testemunho do Espírito?

Dois avisos a respeito do testemunho do Espírito são: 1) não presumir descansar em qualquer suposto testemunho
do Espírito que esteja separado dos frutos. 2) não descansar em nenhum suposto fruto sem o testemunho.

164. Que revelou Deus primeiramente ao homem para regra de sua obediência?

A regra que Deus revelou primeiramente ao homem para sua obediência foi a lei moral.

Ref. Rm 2.14-15.

165. Onde está a lei moral resumidamente compreendida?

A lei moral está resumidamente compreendida nos dez mandamentos.

Ref. Dt 10.4; Mt 19.17-19.


166. Em que se resumem os dez mandamentos?

Os dez mandamentos se resumem em amar ao Senhor nosso Deus de todo o nosso coração, de toda a nossa alma,
de todas as nossas forças e de todo o nosso entendimento; e ao nosso próximo como a nós mesmos.

Ref. Mt 22-37-40.

167. O que é declarado na lei de Deus nos Dez Mandamentos?

Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti ídolos em forma de qualquer coisa acima
nos céus, abaixo na terra ou embaixo d’água – não te curvarás diante deles ou lhes adorarás. Não
tomarás em vão o nome do SENHOR teu Deus. Lembra-te de santificar o dia do Sábado. Honra o
teu pai e a tua mãe. Não assassinarás3. Não adulterarás. Não furtarás. Não darás falso
testemunho. Não cobiçarás.

168. Qual é o prefácio dos dez mandamentos?

O prefácio dos dez mandamentos é: “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.”

Êx 20.2.

169. Que nos ensina o prefácio dos dez mandamentos?

O prefácio dos dez mandamentos ensina-nos que nós temos obrigação de guardar todos os mandamentos de Deus,
por ser Ele o Senhor nosso Deus e Redentor.

Ref. Dt 11.1; 1Pe 1.15-19.

170. Qual é o primeiro mandamento?

O primeiro mandamento é: “Não terás outros deuses além de mim.” Ref. Êx 20.3.

171. Que exige o primeiro mandamento?

O primeiro mandamento exige de nós o conhecer e reconhecer a Deus como o único Deus verdadeiro, e nosso Deus;
e como tal adorá-lo.

Ref. 1Cr 28.9; Dt 26.17; Sl 95.6-7.

172. Que proíbe o primeiro mandamento?

O primeiro mandamento proíbe o negar, ou deixar de adorar ou glorificar ao verdadeiro Deus, como Deus, e nosso
Deus; e dar a qualquer outro a adoração e a glória que só a Ele são devidas.

Ref. Sl 14.1; Rm 1.20-21, 25; Sl 8.11.

173. Que se nos ensina especialmente pelas palavras “além de mim,” no primeiro mandamento?

As palavras “além de mim,” no primeiro mandamento, ensinam-nos que Deus, que vê todas as coisas, toma
conhecimento e muito se ofende do pecado de ter-se em seu lugar outro deus.

Ref. Sl 139.1-3; Dt 30.17-18.

174. Qual é o segundo mandamento?

O segundo mandamento é: “Não farás para ti imagem de escultura, nem figura alguma de tudo que há em cima no
Céu, e do que há embaixo na terra, nem de coisa alguma que haja nas águas, debaixo da terra. Não as adorarás, nem
lhes darás culto; porque eu sou o Senhor teu Deus, o Deus zeloso, que vinga a iniqüidade dos pais nos filhos até à
terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem; e que usa de misericórdia com milhares daqueles que me
amam e que guardam os meus preceitos.”

Ref. Êx 20.4-6.

175. Que exige o segundo mandamento?

O segundo mandamento exige que recebamos, observemos e guardemos puros e inteiros todo o culto e ordenanças
religiosas que Deus instituiu na sua Palavra.

Ref. Dt 12.32; Mt 28.20; Jo 4.23-24.

176. Que proíbe o segundo mandamento?

O segundo mandamento proíbe o adorar a Deus por meio de imagens, ou de qualquer outra maneira não prescrita
na sua Palavra.

Ref. Rm 1.22-23; 2Rs 18.3-4.

178. Quais são as razões anexas ao segundo mandamento?

As razões anexas ao segundo mandamento são a soberania de Deus sobre nós, a sua propriedade em nós em nós, e
o zelo que Ele tem pelo seu culto.

Ref. Sl 45.11; 100.3; Êx 34.14; 1Co 10.22.

179. Qual é o terceiro mandamento?

O terceiro mandamento é: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não terá por inocente
aquele que tomar em vão o nome do Senhor seu Deus.” Ref. Êx 20.7.

180. Que exige o terceiro mandamento?

O terceiro mandamento exige o santo e reverente uso dos nomes, títulos, atributos, ordenanças, palavras e obras
de Deus.

Ref. Sl 29,2; Ap 15.3-4; Ec 5.1; Sl 138.2; 104.24.

181. O que proíbe o terceiro mandamento?

O terceiro mandamento proíbe toda a profanação ou abuso das coisas por meio das quais Deus se faz conhecer.

Ref. Lv 19.12; Mt 5.34-35.

182. Qual é a razão anexa ao terceiro mandamento?

A razão anexa ao terceiro mandamento é que, embora os transgressores deste mandamento escapem do castigo
dos homens, o Senhor nosso Deus não os deixará escapar do seu justo juízo.

Ref. Dt 28.58-59.

183. Qual é o quarto mandamento?

O quarto mandamento é: “Lembra-te de santificar o dia do Sábado. Trabalharás seis dias, e farás nele tudo o que
tens para fazer. O sétimo dia, porém, é o Sábado do Senhor teu Deus. Não farás nesse dia, obra alguma, nem tu, nem
teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o peregrino que vive das tuas
portas para dentro. Porque o Senhor fez em seis dias o céu, a terra e o mar, e tudo o que neles há, e descansou no
sétimo dia. Por isso o Senhor abençoou o dia sétimo e o santificou.”

Ref. Êx 20. 8.11.

184. Que exige o quarto mandamento?

O quarto mandamento exige que consagremos a Deus os tempos determinados em sua Palavra, particularmente um
dia inteiro em cada sete, para ser um dia de santo descanso a Ele dedicado.

Ref. Lv 19.30; Dt 5.12.

185. Qual dos sete dias designou Deus para esse descanso semanal?

Desde o princípio do mundo até à ressurreição de Cristo, Deus designou o sétimo dia da semana para o descanso
semanal; e desde então o primeiro dia da semana para continuar sempre até ao fim do mundo, que é o Sábado
cristão, ou Domingo.Ref. Gn 2.3; Êx 16.23; At 20.7; 1Co 16.1-2; Ap 1.10.

186. De que modo se deve santificar o Domingo?

Deve-se santificar o Domingo com um santo repouso por todo aquele dia, mesmo das ocupações e recreações
temporais que são permitidas nos outros dias; empregando todo o tempo em exercícios públicos e particulares de
adoração a Deus, exceto o tempo preciso para as obras de pura necessidade e misericórdia.

Ref. Lv 23.3; Is 58.13-14; Mt 12.11-12; Mc 2.27-28.

187. Que proíbe o quarto mandamento?

O quarto mandamento proíbe a omissão ou a negligência no cumprimento dos deveres exigidos, e a profanação
deste dia por meio de ociosidade ou por fazer aquilo que é em si mesmo pecaminoso, ou por desnecessários
pensamentos, palavras, ou obras acerca de nossos negócios e recreações temporais.

Ref. Jr 17.21; Lc 23.56.

188. Quais são as razões anexas ao quarto mandamento?

As razões anexas ao quarto mandamento são: a permissão que Deus nos concede de fazermos uso dos seis dias da
semana para os nossos interesses temporais; o reclamar ele para si a propriedade especial do dia sétimo, o seu
próprio exemplo, e a benção que ele conferiu ao dia do descanso.

Ref. Êx 31. 15-16; Lv 23.3; Êx 31.17; Gn 2.3.

189. Qual é o quinto mandamento?

O quinto mandamento é: “Honrarás a teu pai e a tua mãe, para teres uma dilatada vida sobre a terra que o Senhor
teu Deus te há de dar.”

Ref. Êx 20.12.

190. Que exige o quinto mandamento?

O quinto mandamento exige a conservação da honra e o desempenho dos deveres pertencentes a cada um em suas
diferentes condições e relações, como superiores, inferiores, ou iguais.

Ref. Ef 6.1-3; Rm 13.1-2; 12.10.

191. Que proíbe o quinto mandamento?


O quinto mandamento proíbe negligenciarmos ou fazermos alguma coisa contra a honra e dever que pertencem a
cada um em suas diferentes condições e relações.

Ref. Rm 13.7-8.

192. Qual é a razão anexa ao quinto mandamento?

A razão anexa ao quinto mandamento é uma promessa de longa vida e prosperidade (quanto sirva para glória de
Deus e bem do homem) a todos aqueles que guardam este mandamento.

Ref. Ef 6.2-3.

193. Qual é o sexto mandamento?

O sexto mandamento é: “Não matarás.” Ref. Êx


20.13.

194. Que exige o sexto mandamento?

O sexto mandamento exige todos os esforços lícitos para conservar a nossa vida e a dos nossos semelhantes.

Ref. Sl 132.3-4; At 27.33-34; Rm 12.20-21; Lc 10.33-37.

195. Que proíbe o sexto mandamento?

O sexto mandamento proíbe o tirar a nossa própria vida, ou a do nosso próximo injustamente, e tudo aquilo que
para isso concorre.

Ref. At 16.28; Gn 9.6; Dt 24.6; Pv 24.11-12; 1Jo 3.15.

196. Qual é o sétimo mandamento?

O sétimo mandamento é: “Não adulterarás.”

Ref. Êx 4.14.

197. Que exige o sétimo mandamento?

O sétimo mandamento exige a conservação da nossa própria castidade, e da do nosso próximo, no pensamento, nas
palavras e nos costumes.

Ref. 1Ts 4.4; Ef 4.29; 5.11-12; 1Pe 3.2.

198. Que proíbe o sétimo mandamento?

O sétimo mandamento proíbe todos os pensamentos, palavras e ações impuras.

Ref. Mt 5.28; Ef 5.3-4.

199. Qual é o oitavo mandamento?

O oitavo mandamento é: “Não furtarás.”

Ref. Êx 20.15.
200. Que exige o oitavo mandamento?

O oitavo mandamento exige que procuremos o lícito adiantamento das riquezas e do estado exterior, tanto nosso
como do nosso próximo.

Ref. Pv. 27.23; 22.1-14; Fl 2.4; Êx 23.4-6.

201. Que proíbe o oitavo mandamento?

O oitavo mandamento proíbe tudo o que impede ou pode impedir injustamente o adiantamento da riqueza ou do
bem-estar, tanto nosso como do nosso próximo.

Ref. Pv 28.19; 1Tm 5.8; Tg 5.1-4.

202. Qual é o nono mandamento?

O nono mandamento é: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.” Ref. Êx 20.16.

203. Que exige o nono mandamento?

O nono mandamento exige a conservação e promoção da verdade entre os homens, e a manutenção da nossa boa
reputação, e a do nosso próximo, especialmente quando somos chamados a dar testemunho.

Ref. Ef 4.25; 1Pe 3.16; At 25.10; 3Jo 12; Pv 14.5, 25; Mt 5.37.

204. Que proíbe o nono mandamento?

R. O nono mandamento proíbe tudo o que é prejudicial à verdade, ou injurioso, tanto à nossa reputação como à do
nosso próximo.

Ref. Cl 3.9; 2Co 8.20-21; Sl 15.3; 12.3.

205. Qual é o décimo mandamento?

O décimo mandamento é : “Não cobiçarás a casa do teu próximo; não desejarás a sua mulher, nem o seu servo, nem
a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que lhe pertença.”

Ref. Êx 20.17.

206. Que exige o décimo mandamento?

O décimo mandamento exige o pleno contentamento com a nossa condição, bem como disposição caridosa para
com o nosso próximo e tudo o que lhe pertence.

Ref. Hb 13.5; 1Tm 6.6-10; Lv 19.18; 1Co 13.4-6.

207. O que proíbe o décimo mandamento?

O décimo mandamento proíbe todo o descontentamento com a nossa condição, todo o movimento de inveja ou
pesar à vista da prosperidade do nosso próximo e todas as tendências ou afeições desordenadas a alguma coisa que
lhe pertence.

Ref. 1Co 10.10; Gl 5.26; Cl 3.5; 1Tm 6.6-10.

208. Será alguém capaz de guardar perfeitamente os mandamentos de Deus?

Nenhum mero homem, desde a queda de Adão, é capaz, nesta vida, de guardar perfeitamente os mandamentos de
Deus, mas diariamente os quebranta por pensamentos, palavras e obras.

Ref. Rm 3.9-10; Tg 3.2.

209. Deus criou-nos incapazes de guardar a sua lei?

Não, mas por causa da desobediência de nossos primeiros pais, Adão e Eva, toda a criação está
caída; somos todos nascidos em pecado e culpa, corruptos em nossa natureza e incapazes de
guardar a lei de Deus

210. São igualmente odiosas todas as transgressões da lei?

Alguns pecados em si mesmos, e em razão de circunstâncias agravantes, são mais odiosos à vista de Deus do que
outros.

Ref. Sl 19.13; Mt 11.24; Lc 12.10; Hb 2.2-3.

211. O que é pecado?

Pecado é rejeitar ou ignorar Deus no mundo que Ele criou, rebelando-se contra Ele por viver sem tê-lo como
referencial da nossa vida, não sendo nem fazendo o que Ele exige em sua lei – resultando nossa morte e desintegração
de toda criação

212. Que merece cada pecado?

Cada pecado merece a ira e a maldição de Deus, tanto nesta vida como na vindoura.

Ref. Gl 3.10; Tg 2.10; Mt 25.41.

213. Que exige Deus de nós para que possamos escapar a sua ira e maldição em que temos incorrido
pelo pecado?

Para escaparmos à ira e maldição de Deus, em que temos incorrido pelo pecado, Deus exige de nós fé em Jesus Cristo
e arrependimento para a vida, com o uso diligente de todos os meios exteriores pelos quais Cristo nos comunica as
bênçãos da redenção.

Ref. At 20.21; 2Pe 1.10; Hb 2.3; 1Tm 4.16.

214. O que é idolatria?

Idolatria é confiar nas coisas criadas em vez do Criador tendo nelas nossa esperança, felicidade, significado e
segurança.

215. Deus permitirá que nossa desobediência e idolatria fiquem impunes?

Não, todo pecado é contra a soberania, santidade e bondade de Deus e contra sua lei justa, e Deus está irado de forma
justa contra todos nossos pecados e os punirá em seu justo julgamento tanto nesta vida como na vida do porvir.

216. Há alguma forma de escapar do castigo e ser trazido ao favor de Deus?

Sim, para satisfazer sua justiça, o próprio Deus, por pura misericórdia, reconciliou-nos consigo mesmo, libertando-nos
do pecado e do castigo do pecado, por um Redentor.

217. Que é fé em Jesus Cristo?

Fé em Jesus Cristo é uma graça salvadora, pela qual o recebemos e confiamos só nEle para a salvação, como Ele nos
é oferecido.
Ref. At 16.31; Hb 10.39; Jo 1.12; Fp 3.9; Ap 22.17.

218. Que é arrependimento para a vida?

Arrependimento para a vida é uma graça salvadora pela qual o pecador, tendo um verdadeiro sentimento do seu
pecado e percepção da misericórdia de Deus em Cristo, se enche de tristeza e de horror pelos seus pecados,
abandona-os e volta para Deus, inteiramente resolvido a prestar-lhe nova obediência.

Ref. 2Co 7.10; At 2.37; Lc 1.77-79; Jr 31.18-19; Rm 6.18.

219. Quais são os meios exteriores e ordinários pelos quais Cristo nos comunica as bênçãos da
redenção?

Os meios exteriores e ordinários pelos quais Cristo nos comunica as bênçãos da redenção, são as suas ordenanças,
especialmente a Palavra, e a oração; todas se tornam eficazes para aqueles que creem.

Ref. At 2.41-42.

220. Como a Palavra tem poder para nos salvar?

O Espírito de Deus torna a leitura e especialmente a pregação da Palavra, meios eficazes para convencer e converter
os pecadores, para os edificar em santidade e conforto, por meio da fé para a salvação.

Ref. Ne 8.8; At 20.32; Rm 15.4; 2Tm 3.15.

221. Como se deve ler e ouvir a Palavra a fim de que ela se torne eficaz para a salvação?

Para que a Palavra se torne eficaz para a salvação, devemos ouvi-la com diligência, preparação e oração; recebê-la
com fé e amor, guardá-la em nossos corações e praticá-la em nossas vidas.

Ref. Dt 6.6-7; 1Pe 2.1-2; Sl 119.11-18; Rm 1.16; 2Ts 2.10; Tg 1.21-25.

222. Como se tornam as ordenanças meios eficazes para a salvação?

As ordenanças tornam-se meios eficazes para a salvação, não por alguma virtude que eles ou aqueles que os
ministram tenham, mas somente pela bênção de Cristo e pela obra do seu Espírito naqueles que pela fé os recebem.

Ref. 1Pe 3.21; Rm 2.28-29; 1Co 12.13; 10.16-17.

223. Que é uma ordenança?

Um ordenança é um ritual, instituído por Cristo, no qual, por sinais sensíveis, Cristo e as bênçãos do novo pacto são
representadas aos crentes.

Ref. Mt 26.26-28; 28.19; Rm 4.11.

224. Quais são os ordenanças do Novo Testamento?

Os ordenanças do Novo Testamento são o Batismo e a Ceia do Senhor.

Ref. At 10.47-48; 1Co 11.23-26.

225. Que é o Batismo?

O Batismo é uma Ordenança do Novo Testamento, instituído por Jesus Cristo, para ser para a pessoa batizada um
sinal de sua comunhão com Ele, em Sua morte, sepultamento e ressurreição, deve ser também um símbolo de seu
ser enxertado nEle, da remissão dos pecados, e de sua entrega pessoal a Deus, por meio de Jesus Cristo,
para viver e andar em novidade de vida.

Mateus 28:19; Romanos 6:3; Colossenses 2:12 Gálatas 3:27 Marcos 1:4; Atos 22:16 Romanos 6:4-5

226. A quem deve ser ministrado o Batismo?

O Batismo deve ser administrado a todos aqueles que realmente professam arrependimento para com Deus e a fé em
nosso Senhor Jesus Cristo, e a mais ninguém além destes. Os bebês, mesmo que sejam filhos de crentes professos,
não devem ser batizados, pois não existe nenhum mandamento nem exemplo nas Sagradas Escrituras para o seu
Batismo.

Atos 2:38; Mateus 3:6; Marcos 16:16; Atos 8:12, 36, 37; 10:47-48

227. Qual é o modo correto de administrar o Batismo?

O Batismo é devidamente administrado por imersão, ou mergulhando todo o


corpo da pessoa na água, em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, de acordo com
a instituição de Cristo e a prática dos apóstolos, e não por aspersão ou derramamento de
água, ou mergulhando somente alguma parte do corpo, segundo a tradição dos homens.

Mateus 3:16; João 3:23; Mateus 28:19-20; João 4:1-2; Atos 8:38-39

228. Qual é o dever dos que são corretamente batizados?

É dever dos que são corretamente batizados, entregarem-se a alguma particular


e ordenada igreja de Jesus Cristo, de modo que andem em todos os mandamentos e
preceitos do Senhor sem ter do que se envergonhar.

Atos 2:47; Atos 9:26; 1 Pedro 2:5; 2 Lucas 1:6

229. O que é a Ceia do Senhor?

A Ceia do Senhor é uma Ordenança do Novo Testamento, instituída por Jesus Cristo; pelo que, pelo dar e receber pão
e vinho, de acordo com a Sua designação, Sua morte é anunciada, e os receptores dignos são, não por uma forma
corporal ou carnal, mas pela fé, feitos participantes de Seu corpo e sangue, com todos os seus benefícios,
para a sua nutrição espiritual, e crescimento na graça.

1 Coríntios 11:23-26; 1 Coríntios 10:16 1Co 11.23-26; At 3.21; 1Co 10.16.

230. Que se exige para participar dignamente da Ceia do Senhor?

Exige-se daqueles que desejam participar dignamente da Ceia do Senhor que se examine sobre o seu conhecimento
em discernir o corpo do Senhor, sobre a sua fé para se alimentarem dele, sobre o seu arrependimento, amor e nova
obediência; para não suceder que, vindo indignamente, comam e bebam para si a condenação.

Ref. 1Co 11.27; 31-32; Rm 6.17-18.

231. O que é Oração?

A Oração é um santo oferecimento dos nossos desejos a Deus, por coisas conformes com a sua vontade, em nome
de Cristo, com a confissão dos nossos pecados, e um agradecido reconhecimento das suas misericórdias.

Ref. Sl 10.17; 145.19; 1Jo 5.14; 1.9; Jo 16.23-24; Fp 4.6.

232. Qual é a regra que Deus nos deu para nos dirigir em oração?

Toda palavra de Deus é útil para nos dirigir em oração, mas a regra especial de direção é aquela forma de oração que
Cristo ensinou aos seus discípulos, e que geralmente se chama a Oração Dominical.

Rm 8.26; Sl 119.170; Mt 6.9-13.

233. Que nos ensina o prefácio da Oração Dominical?

O prefácio da Oração Dominical, que é: “Pai nosso que estás no Céu,” ensina-nos que nos devemos aproximar de
Deus com toda a santa reverência e confiança, como filhos a um pai poderoso e pronto para nos ajudar, e também
nos ensina a orar com os outros e por eles.

Lc 11.13; Rm 8.15; 1Tm 2.1-2.

234. Pelo que oramos na primeira petição?

Na primeira petição que é: “Santificado seja o Teu nome” pedimos que Deus nos habilite a nós e aos outros a glorificá-
lo em tudo aquilo em que se dá a conhecer; e que disponha tudo para sua glória.

Sl 67.1-3; Rm 11.36; Ap 4.11.

235. Pelo que oramos na segunda petição?

Na segunda petição, que é: “Venha o Teu reino,” pedimos que o reino de Satanás seja destruído e que o reino da
graça seja adiantado; que nós e os outros a ele sejamos guiados e nele guardados, e que cedo venha o reino da glória.

Sl 68.1; Jo 12.31; Mt 9.37-38; 2Ts 3.1; Rm 10.1; Ap 22.20.

236. Pelo que oramos na terceira petição?

Na terceira petição, que é: “Seja feita Tua vontade, assim na terra como no Céu,” pedimos que Deus, pela sua graça,
nos torne capazes e desejosos de conhecer a sua vontade, de obedecer e submeter-nos a ela em tudo, como fazem
os anjos no Céu.

Mt 24.39; Fp 1.9-11; Sl 103.20-21.

237. Pelo que oramos na quarta petição?

Na quarta petição, que é: “O pão nosso de cada dia nos dá hoje,” pedimos que da livre dádiva de Deus recebamos
uma porção suficiente das coisas boas desta vida, e gozemos com elas de suas bênçãos.

Ref. Pv 30.8-9; 1Tm 6.6-8; Pv 10.22.

238. Pelo que oramos na quinta petição?

R. Na quinta petição, que é: “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos
devedores,” pedimos que Deus, por amor de Cristo, nos perdoe gratuitamente os nossos pecados, o que somos
animados a pedir, porque, pela Sua graça somos habilitados a perdoar de coração ao nosso próximo.

Sl 51.1-2, 7; Mt 18.35.

239. Pelo que oramos na sexta petição?

Na sexta petição, que é: “E não nos deixes cair em tentação,” pedimos que Deus nos guarde de sermos tentados a
pecar, ou nos preserve e livre, quando formos tentados.

Ref. Mt 26.41; Sl 19.13; Jo 17.15; 1Co 10.13.

240. Que nos ensina a conclusão da Oração Dominical?


A conclusão da Oração Dominical, que é: “Porque Teu é o reino, o poder e a glória, para sempre. Amém,” ensina-nos
que na Oração devemos confiar somente em Deus, e louvá-lO em nossas orações, atribuindo-Lhe reino, poder e
glória. E em testemunho do nosso desejo e certeza de sermos ouvidos, dizemos: Amém.

Ref. Dn 9.18-19; Fp 4.6; 1Cr 29.11-13; 1Co 14.16; Ap 22.20-21.

OS DEZ MANDAMENTOS

Êx 20.3-17

I. Não terás outros deuses além de mim.

II. Não farás para ti imagem de escultura, nem figura alguma de tudo que há em cima no céu, e do que há em baixo
na terra, nem de coisa que haja nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto, porque
Eu sou o Senhor teu Deus, o Deus zeloso, que vinga a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta
geração daqueles que me aborrecem, e que usa de misericórdia com milhares daqueles que me amam e que
guardam os meus preceitos.

III. Não tomarás em vão o nome do Senhor teu Deus, porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar em
vão o nome do Senhor seu Deus.

IV. Lembra-te de santificar o dia de Sábado. Trabalharás seis dias e farás neles tudo o que tens para fazer. O sétimo
dia, porém, é o sábado do Senhor teu Deus. Não farás nesse dia obra alguma, nem tu, nem teu filho, nem tua
filha, nem o teu animal, nem o peregrino que vive das tuas portas para dentro. Porque o Senhor fez em seis
dias o céu e a terra, e tudo o que neles há, e descansou no sétimo e o santificou.

V. Honrarás a teu pai e a tua mãe, para teres uma vida dilatada sobre a terra que o Senhor teu Deus te há de dar.

VI. Não matarás.

VII. Não adulterarás.

VIII. Não furtarás.

IX. Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.

X. Não cobiçarás a casa de teu próximo; não desejarás a sua mulher, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu
boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que lhepertença.

RESUMO DOS DEZ MANDAMENTOS

Lc 10.27

Amarás ao Senhor teu Deus de todo o coração, de toda tua a alma, de todas as tuas forças e de todo o teu
entendimento; e ao teu próximo como a ti mesmo.
ORAÇÃO DOMINICAL

Mt 6.9-13

Pai nosso que estás nos Céus, santificado seja Teu nome; venha o Teu reino; seja feita a Tua vontade, assim na terra
como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos
nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal; porque Teu é o reino, o poder e a glória
para sempre. Amém.

CREDO

Creio em Deus Pai, todo poderoso, Criador do céu e da terra. Creio em Jesus Cristo, Seu único Filho, nosso Senhor, o
qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi
crucificado, morto e sepultado; desceu em Hades; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está sentado
à mão direita de Deus Pai todo poderoso; donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na
santa Igreja universal; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do corpo; na vida eterna.
Amém.

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