Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
W. Gary Crampton
Copyright © 2020, de Editora Monergismo
1ª edição, 2020
PROIBIDA A REPRODUÇÃO POR QUAISQUER MEIOS, SALVO EM BREVES CITAÇÕES, COM INDICAÇÃO DA FONTE.
Todas as citações bíblicas foram extraídas da versão Almeida Revista e Atualizada (ARA) salvo
indicação em contrário.
Sumário
Introdução
1. Os puritanos e a Bíblia
2. Os puritanos e Deus
3. Os puritanos e a teologia do pacto
4. Os puritanos e soteriologia
5. Os puritanos e a família
6. Os puritanos e a Igreja
7. Os puritanos e o magistrado civil
Conclusão
Sobre o livro
Introdução
No livro de Eclesiastes, Salomão nos adverte contra olhar para trás,
para o proverbial “dias passados melhores”: “Jamais digas: Por que foram os
dias passados melhores do que estes? Pois não é sábio perguntar assim”
(7.10). Além disso, somos advertidos por Cristo contra chamar algum homem
(ou grupo de homens) de “pai” (Mateus 25.8-9). Todavia, como o profeta
Jeremias nos diz, a partir de uma perspectiva cristã, há um tipo de “olhar para
trás” que é permitido; a saber, um retorno a uma mentalidade biblicamente
orientada: “Assim diz o Senhor: Ponde-vos à margem no caminho e vede,
perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho; andai por ele e
achareis descanso para a vossa alma” (Jeremias 6.16).
Os puritanos eram tais pessoas. Eles pensavam biblicamente. Eram um
povo com uma mente teocêntrica. Nas palavras do apóstolo Paulo, a mente
deles estava posta “nas coisas do alto” (Colossenses 3.2). Os puritanos eram
um povo de grande discernimento espiritual. Eles eram como os “filhos de
Issacar, conhecedores da época, para saberem o que Israel devia fazer” (1
Crônicas 12.32).
Os demônios, de acordo com C. S. Lewis, entendem isso também. Em
seu livro Cartas de um diabo ao seu aprendiz, Lewis tem Maldanado
conversando com seu estagiário Vermelindo sobre os vários sucessos dos
demônios em sua guerra clandestina contra o cristianismo:
Mas, felizmente, pouco se tem falado sobre isso nas últimas décadas. Nos textos
cristãos modernos, embora eu veja várias referências (na verdade mais do que eu
desejaria) a Mamom, muito pouco se adverte sobre as vaidades mundanas, a
escolha de amigos e o valor do tempo. Tudo isso provavelmente seu paciente
classificaria como “puritanismo” — e, permita-me uma breve observação, o
valor [pejorativo] que [nós, os demônios] demos a essa palavra é um dos triunfos
sólidos dos últimos cem anos. Por meio dela, resgatamos anualmente milhares de
humanos de uma vida temperante, caridosa e sóbria.[1]
Não era incomum para os ministros puritanos pregar (ou palestrar) de três a
cinco vezes por semana. Grande ênfase era colocada sobre um clero bem
educado. Os puritanos não teriam nada que ver com o anti-intelectualismo
que permeia a nossa era.[32] Futuros ministros do evangelho deveriam ser
habilidosos nos idiomas originais (hebraico e grego), bem como no latim;
eles também deveriam ser competentes no estudo da filosofia e da lógica.[33]
Packer comentou: “A esta altura, deveria estar patente que os grandes
pastores-teólogos puritanos... foram homens de extraordinários poderes
intelectuais e discernimento espiritual”. [34]
Como já observado, os puritanos ensinavam que a autoridade investida
na Escritura é derivada de sua origem singular: é a Palavra de Deus. É o
Espírito de Cristo que fala na Bíblia. E o testemunho interno do Espírito é
necessariamente tanto confirmar a autoridade da Palavra de Deus como fazer
a pessoa aquiescer espiritualmente a ela, e responder apropriadamente a ela.
Como declarado na Confissão (14:2):
Por essa fé [salvadora] o cristão, segundo a autoridade do mesmo Deus que fala
em sua palavra, crê ser verdade tudo quanto nela é revelado, e age de
conformidade com aquilo que cada passagem contém em particular, prestando
obediência aos mandamentos, tremendo às ameaças e abraçando as promessas de
Deus para esta vida e para a futura; porém os principais atos de fé salvadora são
aceitar e receber a Cristo e firmar-se só nele para a justificação, santificação e
vida eterna, isto em virtude do pacto da graça.
Esses são atributos de Deus. Eis quem ele é. Além disso, disseram os
puritanos, o Deus da Escritura é tanto monoteísta como trinitariano. Ele é um
em essência, todavia três em Pessoas; cada uma das Pessoas é plenamente
divina. Como ensinado no Breve catecismo (R. 5-6): “Há só um Deus, o Deus
vivo e verdadeiro... Há três pessoas na Divindade: o Pai, o Filho e o Espírito
Santo, e estas três são um Deus, da mesma substância [essência], iguais em
poder e glória”. Isto é, escreveu John Owen, as três Pessoas eternas da
Deidade são “uma em todos os aspectos, em natureza, vontade e propriedades
essenciais, sendo distintas somente em sua maneira pessoa de subsistência”.
[42]
Num sermão sobre Jó 14.5, Jonathan Edwards pregou que “Deus determinou
de forma inalterável os limites da vida do homem”. Os dias de todos homens
estão contados; eles foram determinados com precisão, até mesmo as horas,
minutos e segundos de suas vidas. E nada pode mudar isso. [50] O governo
soberano de Deus do mundo, diziam os puritanos, inclui até mesmo as ações
pecaminosas dos homens. Isso, contudo, não faz de forma alguma Deus o
autor do pecado.[51] Para citar a Confissão (5:4):
A onipotência, a sabedoria inescrutável e a infinita bondade de Deus, de tal
maneira se manifestam na sua providência, que esta se estende até a primeira
queda e a todos os outros pecados dos anjos e dos homens, e isto não por uma
mera permissão, mas por uma permissão tal que, para os seus próprios e santos
desígnios, sábia e poderosamente os limita, e regula e governa em uma múltipla
dispensarão mas essa permissão é tal, que a pecaminosidade dessas transgressões
procede tão somente da criatura e não de Deus, que, sendo santíssimo e
justíssimo, não pode ser o autor do pecado nem pode aprová-lo.
Como o autor de Hebreus nos diz, na era do Novo Pacto temos uma “superior
aliança... com base em superiores promessas”. Diferente da antiga, na nova
era Deus promete “na sua [dos eleitos] mente imprimirei as minhas leis,
também sobre o seu [dos eleitos] coração as inscreverei”, ao ponto de que
“todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior” (8.6, 10-11).
O pacto da graça foi inicialmente revelado em Gênesis 3.15 com a
primeira promessa messiânica ou “promessa do evangelho” (o
protevangelium), diretamente após a Queda. Escreveu: “O evangelho foi
primeiro revelado na terra nessas palavras [de Gênesis 3.15]... essas palavras
de Deus... foram a primeira aurora da luz do evangelho após essas trevas [da
Queda].[58] De acordo com a Confissão (7:3):
O homem, tendo-se tornado pela sua queda incapaz de vida por esse pacto, o
Senhor dignou-se fazer um segundo pacto, geralmente chamado o pacto da
graça; nesse pacto ele livremente oferece aos pecadores a vida e a salvação por
Jesus Cristo, exigindo deles a fé nele para que sejam salvos; e prometendo dar a
todos os que estão ordenados para a vida o seu Santo Espírito, para dispô-los e
habilitá-los a crer.
Como Calvino antes dele, os puritanos afirmam que existem três marcas
essenciais de uma igreja. Há três marcas claras e definitivas pelas quais uma
verdadeira igreja de Cristo pode ser identificada. Essas marcas são a
proclamação da Palavra de Deus, a correta administração dos sacramentos e o
exercício fiel da disciplina eclesiástica.[140] Devemos nos lembrar que cada
uma dessas marcas está diretamente relacionada com a Palavra de Deus. A
pregação deve ser bíblica, a administração dos sacramentos deve ser bíblica e
a disciplina eclesiástica deve ser bíblica. Por essas marcas Jesus Cristo
manifesta sua presença em sua igreja. Quando uma dessas marcas está
ausente numa igreja, essa igreja não mais está funcionando como uma “igreja
bíblica”.
A primeira marca é a verdadeira proclamação da Palavra de Deus. Esta,
diziam os puritanos, é a marca cardinal da verdadeira igreja. A igreja é
edificada sobre o fundamento da Palavra de Deus, como o principal “meio de
graça” (João 8.31-32; 14.23; 1 João 4.1-6; 2 João 9-11).[141] E visto que
Cristo é revelado em toda a Escritura (Lucas 24.25-27, 44; João 5.39),
quando alguém está pregando a partir de qualquer parte da Escritura, ele está
pregando a Cristo (Atos 8.26-35). Sendo assim, é imperativo que “todo o
conselho de Deus” seja fielmente proclamado (Mateus 28.18-20; Atos 20.26-
27). É por meio do evangelho que os pecadores eleitos chegam a conhecer
Cristo como Salvador e Senhor (Romanos 1.16-17). E é por meio das
Escrituras que os crentes convertidos crescem no processo de santificação
(João 17.17; 2 Tessalonicenses 2.13). A santificação, escreveu John Owen,
“nada é senão o implantar, escrever e realizar do evangelho em nossa alma”.
[142]
Uma vez mais, para citar as palavras de Calvino:
Que os enfrentem todas as coisas sem medo, por meio da Palavra de
Deus, da qual foram constituídos administradores. Que eles reúnam
todo o poder, toda a glória e excelência do mundo a fim de conferir a
primazia à divina majestade desta Palavra. Que, por meio dela,
comandem a todos, desde a pessoa mais notável até a mais simples.
Que edifiquem o corpo de Cristo. Que devastem o reino de Satanás.
Que apascentem as ovelhas, matem os lobos, instruam e exortem os
rebeldes. Que juntem e separem, que clamem com veemência, se for
necessário, mas que façam todas as coisas de acordo com a Palavra
de Deus.[143]
Em oposição ao catolicismo romano, os puritanos enfatizavam a pregação da
Palavra acima dos sacramentos. A razão é que a Palavra é um “meio de
graça” em si mesma, enquanto os sacramentos são “meios de graça” somente
quando administrados com a Palavra. Pois não se pode entender o significado
dos sacramentos à parte da revelação bíblica. De acordo com Calvino: “nunca
há sacramento sem que uma promessa o preceda”.[144] Sempre que a graça é
transmitida pelos sacramentos ela é transmitida com a Palavra de Deus, e
nunca é uma graça diferente ou separada daquela transmitida pela Palavra.
É digno de nota o fato que os puritanos, em geral, eram pós-
milenaristas em sua visão escatológica.[145] “Eles tinham uma visão da
soberania de Deus”, escreveu Piper, “que produziu uma esperança inabalável
na vitória da Palavra de Deus sobre todo o mundo”.[146] Isso é visto de forma
clara no documento puritano congregacional, a Declaração de Savoy de 1658
(26:5):
Como o Senhor, em seu cuidado e amor para com a sua Igreja, tem em Sua
infinita e sábia providência exercido isso, com grande variedade em todas as
eras, para o bem daqueles que o amam, e para a sua própria glória; assim de
acordo com a sua promessa, esperamos que nos últimos dias, o Anticristo sendo
destruído, os judeus chamados, e os adversários do reino do seu Filho amado
arruinados, as igrejas de Cristo sendo ampliadas, e edificadas através de uma
comunicação livre e abundante de luz e graça, gozarão neste mundo uma
condição mais tranquila, pacífica e gloriosa.
— Ed Walsh
Presidente, Center for Reformed Theology and Apologetics
Claro e conciso! Eis outro trabalho excelente do Dr. Crampton para a Igreja
de Cristo!
[1]
C. S. Lewis, Cartas de um diabo a seu aprendiz (Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2017), Carta
X.
[2]
J. I. Packer, A Quest For Godliness (Wheaton, Illinois: Crossway Books, 1990) [Entre os gigantes
de Deus: uma visão puritana da vida cristã. 2ª ed. São José dos Campos: Fiel, 2016].
Interessantemente, mas tristemente, como o Dr. Packer afirma em outro lugar, é devido a essa “busca
por piedade” que os puritanos estão entre os cristãos mais odiados na história da igreja de Cristo. Isso,
sem dúvida, não deveria nos surpreender. Em João 15.18-21, Cristo nos diz que a razão pela qual as
pessoas odeiam e perseguem os cristãos é porque elas odiaram e perseguiram a Cristo antes. E aqueles
que andam mais próximos de Cristo são os que com maior probabilidade receberão a maior perseguição
e ódio. Veja J. I. Packer, English Puritan Theology, uma série de áudio cassete (Orlando: Ligonier
Ministries, 1988), fita 1.
[3]
Declarações similares de louvor podem e devem ser feitas sobre a Declaração de Savoy (1658) e a
Confissão batista de Londres de 1689.
[4]
Benjamin B. Warfield, Selected Shorter Writings (Phillipsburg: Presbyterian and Reformed, 1973),
organizado por John E. Meeter, II:660.
[5]
Robert L. Reymond, Paul: Missionary Theologian (Ross-shire, Scotland: Christian Focus
Publications, 2000), p. 583.
[6]
William M. Hetherington, por exemplo, em seu History of the Westminster Assembly of Divines
(Edmonton, Canada: Still Water Revival Books, 1993, p. 345), chama a Confissão de fé de Westminster
de “a declaração mais perfeita de teologia sistemática já feita pela igreja cristã”.
[7]
Isso é evidente já em Gênesis 2-3, onde toda a questão da obediência ou desobediência do homem a
Deus tem a ver com epistemologia. Isto é, o homem estava proibido de buscar seu conhecimento de
certo e errado de qualquer outra fonte que não fosse a Palavra de Deus. O que foi proibido a Adão e
Eva foi a “árvore do conhecimento do bem e do mal” (Gênesis 2.17).
[8]
Isso está em contraste com o atual conceito de “evento-revelação” da neo-ortodoxia. Os teólogos
neo-ortodoxos, tais como Karl Barth (1886-1968) e Emil Brunner (1899-1966), negam que a Bíblia nos
dê revelação proposicional. Antes, eles afirmam, Deus nos revela eventos na Bíblia, mas não o
significado dos eventos. O entendimento do significado é um empreendimento subjetivo. Esse,
contudo, não é o caso. Deus não somente revela os eventos da história redentora (e.g, a crucificação de
Jesus Cristo), mas também nos diz o significado desses eventos. A interpretação dos eventos não é
deixada à subjetividade da imaginação de cada um. A Escritura nos dá o evento e seu significado em
proposições. Para uma excelente análise da teologia neo-ortodoxa, veja Gordon H. Clark, Karl Barth’s
Theological Method (Trinity Foundation, 1997).
[9]
Packer, Entre os gigantes de Deus, p. 30, 158.
[10]
João Calvino, A instituição da religião cristã (São Paulo: UNESP), I:7:1,4.
[11]
John Owen, The Works of John Owen, Vols. I-XVI (Edinburgh: Banner of Truth Trust, 1981),
organizado por William H. Goold, IV:20.
[12]
Citado em John H. Gerstner, The Rational Biblical Theology of Jonathan Edwards (Orlando,
Florida: Ligonier Ministries; Powhatan, Virginia: Berea Publications, 1991-1993), I:381.
[13]
Tecnicamente falando, “evidências internas” não são evidências no sentido empírico. Antes, elas
são parte da revelação especial. Somente evidências externas (extra-bíblicas) são de fato “evidências”
no sentido empírico.
[14]
Citado em Gerstner, The Rational Biblical Theology of Jonathan Edwards, I:189.
[15]
A moderna visão errante, a qual os puritanos se opunham, é por vezes chamada teoria “de duas
fontes” da verdade. Essa visão afirma que a verdade está disponível para nós à parte da Escritura, i.e.,
por meio de outras fontes, tais como no estudo da história, ciência e assim por diante.
[16]
John W. Robbins, “Is the Bible a Textbook?”, Against the World, organizado por John W. Robbins
(Trinity Foundation, 1996), p. 11-12.
[17]
Leland Ryken, Santos no mundo, 2ª ed. (São José dos Campos: Fiel, 2013), p. 195.
[18]
Citado em A Puritan Golden Treasury, edited by I.D.E. Thomas (Edinburgh: Banner of Truth
Trust, 1977), p. 32.
[19]
A declaração foi feita por Peter Gay sobre Jonathan Edwards, citado em Gerstner, The Rational
Biblical Theology of Jonathan Edwards, I:102-103. O comentário do Dr. Gerstner também foi feito em
referência a Jonathan Edwards.
[20]
A teologia neo-ortodoxa, que é algumas vezes chamada de “teologia do paradoxo” ensina que a
“fé” deve “refrear a lógica”. Ela também afirma que a lógica de Deus é diferente da “mera lógica
humana”. Na neo-ortodoxia, Deus pode nos ensinar inclusive por intermédio de falsas declarações,
contradições, etc.
[21]
Calvino, A instituição, IV:8:7.
[22]
Jonathan Edwards, Caridade e seus frutos (São José dos Campos, SP: Fiel, 2015), organizado por
Tryon Edwards, p. 347.-48 Tradução de Valter Graciano Martins.
[23]
Jonathan Edwards, Sermons and Discourses 1723-1729, organizado por Kenneth Minkema, The
Works of Jonathan Edwards, Vol. 14 (New Haven: Yale University Press, 1997), p. 95.
[24]
Citado em Benjamin B. Warfield, The Westminster Assembly and Its Work (Edmonton, Canada:
Still Waters Revival Books, 1991), p. 188-189.
[25]
Owen, Works, IV:122-123.
[26]
Robert L. Reymond, Paul: Missionary Theologian, p. 578.
[27]
John Calvin, Commentaries, Vols. I-XXII (Grand Rapids: Baker, 1981), Commentary on Isaiah
50:2; 55:11.
[28]
Jonathan Edwards, The Works of Jonathan Edwards (daqui em diante citado como
Works), organizado por Edward Hickman (Edinburgh: Banner of Truth Trust, 1984), I:cxc.
[29]
John Calvin, John Calvin’s Sermons on Ephesians (Edinburgh: Banner of Truth Trust, 1987), xii.
[30]
Packer, Entre os gigantes de Deus, p. 514.
[31]
Owen, Works, XVI:74.
[32]
Veja Richard Hofstadter, Anti-Intellectualism in American Life (New York: Vintage Books, 1962).
[33]
Veja Westminster Confession of Faith (Glasgow, Scotland: Free Presbyterian Publications, 1994),
“The Form of Church Government”, p. 413.
[34]
Packer, Entre os gigantes de Deus, p. 38.
[35]
Citado em Gerstner, The Rational Biblical Theology of Jonathan Edwards, I:190.
[36]
Charles Haddon Spurgeon, The New Park Street Pulpit (Grand Rapids: Baker, 1990), I:1.
[37]
C. Gregg Singer, John Calvin: His Roots and Fruits (Greenville: A Press, 1989), p. 11.
[38]
Calvino, João Calvino: uma coletânea de escritos (São Paulo: Vida Nova, 2017), p. 66.
[39]
Jonathan Edwards, Treatise on Grace and Other Posthumously Published Writings (Cambridge;
James Clarke and Co., 1971), organizado por Paul Helm, p. 49.
[40]
Edwards, Works, II:244.
[41]
Henry Scougal, The Life of God in the Soul of Man (Harrisonburg, Virginia: Sprinkle Publications,
1986), p. 62, 46-47.
[42]
Owen, Works, I:472.
[43]
Gerstner, The Rational Biblical Theology of Jonathan Edwards, II:63-75.
[44]
Os teólogos usam a palavra “econômica” para descrever a relação entre as pessoas da Trindade
pois a palavra “econômica” carrega a ideia de um valor atribuído em vez de um valor relacionado a
essência de uma coisa. A “precificação” surge quando vários valores são atribuídos, por um comprador
ou vendedor, a artigos à venda. Dessa forma, o Filho pode ter uma posição subordinada “atribuída” ao
Pai, e o Espírito pode ter uma posição subordinada “atribuída” ao Pai e ao Filho, sem introduzir a ideia
que eles são essencialmente separados e inferiores ao Pai, ou o Pai e o Filho respectivamente.
[45]
Owen, Works, I:472-475.
[46]
Edwards, Works, II:6; Owen, Works, II:17 ss. Isso é algumas vezes descrito como a doutrina das
apropriações.
[47]
Gerstner, The Rational Biblical Theology of Jonathan Edwards, II:142.
[48]
Owen, Works, I:474.
[49]
Calvino, A instituição da religião cristã, I:16:1.
[50]
Gerstner, The Rational Biblical Theology of Jonathan Edwards, II:142143.
[51]
Owen, Works, I:475-476.
[52]
Owen, Works, I:475.
[53]
Packer, Entre os gigantes de Deus, p. 208.
[54]
Sinclair Ferguson, John Owen on the Christian Life (Edinburgh: Banner of Truth Trust, 1987), p.
20.
[55]
Citado em Alexander B. Grosart, Selections from the Unpublished Writings of Jonathan Edwards
of America (Ligonier, Pennsylvania: Soli Deo Gloria Publications, 1992), p. 60.
[56]
Edwards, Works, II:599.
[57]
Citado em Carl W. Bogue, Jonathan Edwards and the Covenant of Grace (Cherry Hill, New
Jersey: Mack Publishing Company, 1975), p. 131.
[58]
Jonathan Edwards, A History of the Work of Redemption, organizado por John F. Wilson, The
Works of Jonathan Edwards, Vol. 9 (New Haven; Yale University Press, 1989), p. 132-133.
[59]
Calvino, A instituição da religião cristã, II:10:20.
[60]
Veja Bogue, Jonathan Edwards and the Covenant of Grace, 95-140; Ferguson, John Owen on the
Christian Life, p. 24-27.
[61]
Para um estudo bem completo disso, veja Jonathan Edwards, A History of the Work of Redemption.
[62]
Edwards, Works, I:646.
[63]
Calvino, Institutas II:11:10.
[64]
Veja Calvin, Commentary on Deuteronomy 17:19; John Calvin, Sermons on Deuteronomy
(Edinburgh: Banner of Truth Trust, 1987), Sermons on Deuteronomy 7:11-5; 27:11-15; Bogue,
Jonathan Edwards and the Covenant of Grace, p. 253-278.
[65]
Edwards, Works, I:533.
[66]
Os teólogos de Westminster seguem o estudo da soteriologia, nos capítulos 10-18 da Confissão de
fé de Westminster, com vários capítulos a respeito de princípios básicos concernente ao governo do
homem e da sociedade (capítulos 19-24), o estudo da doutrina da igreja: eclesiologia (capítulos 25-31),
e finalmente, uma análise das últimas coisas: escatologia (capítulos 32-33).
[67]
Owen, Works, VI:586; Ferguson, John Owen on the Christian Life, p. 32-36.
[68]
Calvin, Institutas III:24:8.
[69]
Edwards, Works, II:559.
[70]
Gerstner, The Rational Biblical Theology of Jonathan Edwards, I:187.
[71]
Ferguson, John Owen on the Christian Life, p. 35.
[72]
A palavra grega metanoia significa “uma mudança de mente”.
[73]
Owen, Works, III:364.
[74]
John H. Gerstner, Jonathan Edwards: A Mini-Theology (Wheaton: Tyndale House, 1987), 69-72;
Calvin, Institutes III:11:1.
[75]
Calvino, Resposta ao Cardeal Sadoleto, p. 74.
[76]
Calvin, Institutas III:18:8.
[77]
Ferguson, John Owen on the Christian Life, p. 266.
[78]
Charles Haddon Spurgeon, Spurgeon at His Best (Grand Rapids: Baker, 1988), compilado por Tom
Carter, p. 116.
[79]
Citado em Grosart, Selections From the Unpublished Writings of Jonathan Edwards of America, p.
125.
[80]
Citado em Philip E. Hughes, Theology of the English Reformers (Grand Rapids: Baker, 1980), p.
55.
[81]
Citado em Bogue, Jonathan Edwards and the Covenant of Grace, p. 248.
[82]
Ferguson, John Owen on the Christian Life, p. 242-243.
[83]
John H. Gerstner, The Westminster Confession (Orlando: Ligonier Ministries, n.d.), p. 13.
[84]
Owen, Works, II:207.
[85]
Calvin, Commentary on John 8:44; Owen, Works, X:290 ss.
[86]
Gerstner, The Westminster Confession, p. 15.
[87]
Packer, English Puritan Theology, fita 1; veja John Bunyan, O Peregrino.
[88]
Packer, English Puritan Theology, fita 3; Gordon H. Clark, Ensaios sobre ética e política, p. 257-
259.
[89]
Gerstner, The Rational Biblical Theology of Jonathan Edwards, III:224.
[90]
Citado em A Puritan Golden Treasury, p. 162.
[91]
Ferguson, John Owen on the Christian Life, p. 54-56.
[92]
Citado em Gerstner, The Rational Biblical Theology of Jonathan Edwards, III:225-229.
[93]
Owen, Works, III:369-371,386.
[94]
Edwards, Works, II:157,159,162.
[95]
Edwards, Works, I:xxi.
[96]
Iain Murray, O Spurgeon que foi esquecido (São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas,
2004), p. 54. Tradução de Odayr Olivetti.
[97]
Citado em A Puritan Golden Treasury, p. 209.
[98]
Citado em A Puritan Golden Treasury, p. 210.
[99]
Citado em Gerstner, The Rational Biblical Theology of Jonathan Edwards, I:260.
[100]
Citado em Francois Wendel, “Justification and Predestination in Calvin”, Readings in Calvin’s
Theology (Grand Rapids: Baker, 1984), organizado por Donald K. McKim, p. 173.
[101]
Edwards, Works, II:548.
[102]
Owen, “A Practical Exposition Upon Psalm 130,” Works, VI:321-648.
[103]
Jonathan Edwards, Religious Affections, organizado por John E. Smith, The Works of Jonathan
Edwards, Vol. 2 (New Haven: Yale University Press, 1959).
[104]
Westminster Confession of Faith, “The Evidences of True Faith”, p. 339.
[105]
Calvin, Commentary on Matthew 2636-39; Hebrews 2:15; Institutas III:9:4.
[106]
John Murray, Redenção consumada e aplicada, 2ª ed. (São Paulo: Cultura Cristã, 2010), p. 155.
[107]
Citado em John H. Gerstner, Heaven & Hell: Jonathan Edwards on the Afterlife (Grand Rapids:
Baker, 1980), p. 11-12.
[108]
Citado em Ryken, Santos no mundo, p. 143.
[109]
Citado em William J. Scheick, The Writings of Jonathan Edwards (College Station: Texas A &
M University Press, 1975), p. 114.
[110]
Thomas Manton, “Mr. Thomas Manton’s Epistle to the Reader”, Westminster Confession of Faith,
p. 9-12.
[111]
Citado em Ryken, Santos no mundo, p. 148.
[112]
John Piper, The Pleasures of God (Sisters, Oregon: Multnomah Press, 2000), p. 203-204.
[113]
Mark Noll, “The Scandal of the Evangelical Mind”, Christianity Today, 37, no. 12 (25 October
1993): 31.
[114]
E. Digby Baltzell, Puritan Boston and Quaker Philadelphia (New York: The Free Press, 1979), p.
247.
[115]
See John W. Robbins, “John Harvard, Calvinist”, The Trinity Review (The Trinity Foundation,
October, 1993), e Gordon H. Clark, “A Christian Philosophy of Education”, The Trinity Review (The
Trinity Foundation, May/June, 1988).
[116]
Citado em Ryken, Santos no mundo, p. 272.
[117]
Veja capítulo 24 da Confissão de fé de Westminster, “Do casamento e do divórcio”.
[118]
Jonathan Edwards, Pecadores nas mãos de um Deus irado (Editora PES).
[119]
Citado em Ryken, Santos no mundo, p. 155.
[120]
Gerstner, The Rational Biblical Theology of Jonathan Edwards, II:121.
[121]
Calvin, Commentary on Luke 10:38.
[122]
Veja John W. Robbins, Civilization and the Protestant Reformation (The Trinity Foundation,
1994).
[123]
Clark, Ensaios sobre ética e política, p. 11-14, 83-84, 227-228. Veja também Edwards, Caridade
e seus frutos, p. 183 ss.
[124]
Citado em Ryken, Santos no mundo, p. 72.
[125]
Citado em Ryken, Santos no mundo, p. 79.
[126]
Citado em Ryken, Santos no mundo, p. 69.
[127]
Para mais sobre a ética puritana ou protestante do trabalho e o capitalismo, veja Max Weber, A
ética protestante e o espírito do capitalismo.
[128]
Calvin, Commentary on Matthew 19:24.
[129]
Citado em Ryken, Santos no mundo, p. 112.
[130]
Sobre esse assunto e relacionados, veja o excelente livro e Jean-Marc Berthoud: O oitavo
mandamento, não roubarás: A economia, o roubo e a ordem da criação (Monergismo, 2020). [N. do
T.]
[131]
Agostinho, A doutrina cristã, III:32.
[132]
O mesmo grupo da palavra grega hagios, hagiazo, é usado para “santificados”, “santos” e
“separados”.
[133]
Citado em Warfield, The Westminster Assembly and Its Work, p. 303.
[134]
Westminster Confession of Faith, “The Directory for the Public Worship of God”, p. 373-394.
[135]
Piper, The Pleasures of God, p. 222-223.
[136]
Owen, Works, XV:447; XIV:84.
[137]
Veja Calvino, Institutas IV:17:43; Westminster Confession of Faith, “The Directory for the Public
Worship of God”, p. 373-394.
[138]
Edwards, Works, II:93-103.
[139]
Veja David Clarkson, Works (Edinburgh: James Nichol, 1864), III:190 ss. Isso não é dizer, em
nenhum sentido, que o culto privado é menos importante que o culto familiar ou o culto público. Na
verdade, uma pessoa não pode cultuar a Deus em público corretamente se não o cultua em privado.
Antes, o ponto é que o culto público é mais central que o culto privado no Dia do Senhor. Afinal, o Dia
do Senhor é construído em torno do culto público, onde todos os santos são reunidos para adorar ao
Deus Triúno da Escritura.
[140]
Calvino, Institutas IV:1:9; 12:1-13; Puritan Manifestos: A Study of the Origin of the Puritan
Revolt, organizado por W. H. Frere e C. E. Douglas (London: S.P.C.K., 1954), p. 9.
[141]
Os “meios de graça”, como ensinado pelo Breve catecismo (R. 88), são “os meios exteriores e
ordinários pelos quais Cristo nos comunica as bênçãos da redenção, [e elas] são as suas ordenanças,
especialmente a Palavra, os sacramentos e a oração; as quais todas se tornam eficazes aos eleitos para a
salvação”.
[142]
Owen, Works, III:370-371.
[143]
Calvin, John Calvin’s Sermons on Ephesians, xii.
[144]
Calvino, Institutas IV:14:3.
[145]
Veja Iain Murray, The Puritan Hope (Edinburgh: Banner of Truth Trust, 1971).
[146]
Piper, The Pleasures of God, p. 223.
[147]
Ferguson, John Owen on the Christian Life, p. 211-214.
[148]
Owen, Works, I:469.
[149]
Ferguson, John Owen on the Christian Life, p. 214.
[150]
Calvino, “Ao Protetor Somerset”, em Cartas de João Calvino (São Paulo: Cultura Cristã, 2009),
p. 75. Tradução de Marcos Vasconcelos.
[151]
Ferguson, John Owen on the Christian Life, p. 181.
[152]
Calvin, Institutas IV:3:1-9; Owen, Works, 438-453; Gerstner, The Rational Biblical Theology of
Jonathan Edwards, III:408-409.
[153]
Westminster Confession of Faith, “The Form of Presbyterial Church Government and of
Ordination of Ministers”, p. 393-416.
[154]
Owen, Works, XVI:42 ss.
[155]
Westminster Confession of Faith, “The Form of Presbyterial Church Government and of
Ordination of Ministers”, p. 403.
[156]
Para mais sobre isso, veja Gordon H. Clark, Ensaios sobre ética e política, p. 85-144, 255-278.
[157]
Veja William O. Einwechter, Ética e a lei de Deus (Brasília, DF: Monergismo, 2009).
[158]
Citado em W. Gary Crampton e Richard E. Bacon, Edificados sobre a Rocha (Brasília, DF:
Monergismo, 2016), p. 66.
[159]
C. Gregg Singer, A Theological Interpretation of American History (Phillipsburg: Presbyterian
and Reformed, 1981), p. 10-23.
[160]
Ryken, Santos no mundo, p. 348.
[161]
Citado em David C. Brand, Profile of the Last Puritan (Atlanta: Scholars Press, 1991), p. 7.
[162]
Calvino, Institutas IV:20:4; Ryken, Santos no mundo, p. 289-291.
[163]
Calvino, Institutas IV:20:2,6; Confissão de fé de Westminster (19:3-5).
[164]
Citado em Greg L. Bahnsen, Theonomy in Christian Ethics (Nutley, New Jersey: Craig Press,
1977), p. 549-569. “An Abstract of the Laws of New England” foi impresso pela primeira vez em
Londres (1641) e republicado mais tarde em 1655.
[165]
Einwechter, Ética e a lei de Deus, p. 80.
[166]
Essa definição de Deus, apresentada no Breve catecismo (R. 4), foi formulada e adaptada a partir
de uma oração de George Gillespie, um dos mais jovens membros da Assembleia de Westminster; veja
Hetherington, History of the Westminster Assembly of Divines, p. 360-361.
[167]
Matthew Henry, Comentário bíblico Novo Testamento, volume 6 (Rio de Janeiro, RJ: CPAD,
2008), p. 717.
[168]
Ryken, Santos no mundo, p. 361-362.