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Aula 1

Bom dia colegas e Professor.


Vimos nesta primeira aula um pouco sobre o estado decadente que se encontra o mundo
moderno submerso no caos da irracionalidade. Isso acaba também sendo um câncer para Igreja,
pois tem se visto que a fé é caracterizada por aquilo que se sente e pelas experiências que a
pessoa têm. Os cristãos de hoje em dia saem repetindo os ensinos e nem se quer param para
pensar sobre eles, ou avaliá-los a luz da bíblia.
E muito pelo contrario do que se vê, a bíblia exorta ao cristão a estar “sempre preparados para
responder a todo aquele que nos pedir razão da esperança que há em nós” (1Pd 3.15).
Assim é necessário que o cristão tenha em mente que deve buscar conhecer no conhecimento e
palavra de Deus, aprender a doutrina teológica que se transforma em prática em sua vida.
Como Jonh Piper diz: É muito comum colocarmos o pensar e o sentir em oposição. Em especial
no que diz respeito à experiência cristã. no entanto, glorificar a Deus com nossa mente e coração
não é `ou pensar` `ou sentir`, e sim `tanto pensar como sentir`. Focalizar a vida da mente ajudará
você a conhecer melhor a Deus, a amá-lo mais e a se interessar pelo mundo.
Aula 2
Boa tarde colegas e professor
Nesta aula aprendemos que se observarmos o estado da religião cristã hoje, veremos que como a
1500 anos, precisamos de uma reforma. E precisamos lembrar de alguns princípios que
nortearam este movimento, assim como devem continuar norteando o viver actual do cristão e da
Igreja, porque os desvios continuam sendo os mesmos, usando outras capas apenas
SOLA SCRIPTURA
A Reforma apregoou que a Palavra de Deus é infalível e absolutamente suficiente para nos ensinar tudo
o que precisamos saber sobre a Salvação e sobre o próprio Deus. Além disso ela é a única fonte suprema
desse conhecimento. Ela é o único lugar aonde devemos ir para ter conhecimento pleno a respeito dos
fatos da salvação.

SOLUS CHRISTUS

No tempo da Reforma, à semelhança dos dias atuais, a teologia está completamente centrada no
homem. É necessário que Cristo seja centralizado assim como ele é centralizado na Bíblia, sem Cristo
não há salvação. Se alguém não confiar na obra salvadora de Cristo em hipótese alguma poderá ser
salvo.

SOLA GRATIA

A salvação não é um processo, mas um ato gracioso de Deus em nossas vidas.

SOLA FIDE
As pessoas não querem ouvir sobre seus pecados, querem apenas mensagens de autoajuda, de
“soluções”, não se preocupam com a Ira de Deus, não veem a maldade e a ofensa de seus pecados, por
isso, ainda confiam em si mesmas. Elas precisam ouvir a respeito do fogo do Inferno e da depravação
humana, pois somente assim, deixarão de confiar em si mesmas e se entregarão a Cristo pela fé,
somente.

SOLI DEO GLORIA

Quando temos uma visão melhor de nós mesmos e de Deus, diminuímos a nossa importância e
aumentamos a dele. Ele é aquele que tudo faz.

Aula 3

OS EFEITOS NOÉTICOS DO PECADO

Nesta aula vimos que os efeitos noéticos são as alterações que houveram na perceção do homem em
relação à revelação de Deus.

O que existe em comum nas correntes reformadas, é o reconhecimento de que existem sim os efeitos
noéticos e que esses efeitos impedem o homem de ter um verdadeiro conhecimento de Deus à parte da
revelação especial.

Para tal, existem basicamente as seguintes posições:

1. Pressuposicionalismo a natureza revela, mas o homem não entende.


2. Evidencialismo a natureza revela, o homem entende, mas não quer obedecer.
3. Fundacionalismo a natureza revela, mas por um lado o homem tem dificuldades em entender e
por outro, sua vontade também não quer obedecer.

Analisando que os autores defendem em relação as suas posições, tomaria a terceira, pois a natureza de
facto revela a glória de Deus, mas o homem entende com certa dificuldade e ele não quer obedecer,
tanto o intelecto quanto a vontade foram afetadas.

Aula 04

A REVELAÇÃO COMO PRESSUPOSTO DO CONHECIMENTO

Vimos nesta aula que a bíblia é a nossa fonte externa de todo o conhecimento teológico, portanto, é a
ela que devemos recorrer para uma compreensão adequada da revelação de Deus.

Entendemos também que qualquer que seja o campo em que o homem esteja conhecendo a verdade
ele está, ainda que indiretamente, aprendendo algo a respeito de Deus, porque toda verdade vem de
Deus.

Podemos observar dois tipos de relevação:


Revelação Geral

A revelação geral se refere às verdades gerais que podemos aprender sobre Deus através da natureza, e
se evidência: Na Criação, Na Providência, No Homem.

Revelação especial

A revelação especial se refere ao acto divino pelo qual Deus se torna conhecido de forma redentora ao
homem caído.

Revelação na natureza e salvação vão juntas na Bíblia. Todavia, somente através do entendimento,
iluminado pelo Espírito, da revelação especial é que o homem pode compreender a revelação geral.

Boa tarde irmãos

AULA 05

REVELAÇÃO PROGRESSIVA

Vimos nesta aula que existem duas formas de se fazer teologia: com pressuposto da fé e com
pressuposto da dúvida.

Pressuposto da fé entende que a Escritura é inspirada, infalível e inerrante em tudo o que ensina. Este
estudioso não se preocupará.

Pressuposto da dúvida aborda a Bíblia como um livro meramente histórico que precisava ser analisado
de uma perspectiva científica.

Fazendo uma análise dos dois pressupostos, Leandro Lima diz o seguinte: O pressuposto da dúvida,
embora tenha dado alguma colaboração para o aprofundamento acadêmico, tem causado
esfacelamento no cristianismo mundial, retirando sua base de fé, comprometendo o ensino bíblico
sobre a Redenção e, assim demolindo a própria estrutura do cristianismo.

Vimos também o propósito e progressividade da relevação e suas formas.

AULA 06

O REGISTRO DA REVELAÇÃO

Vimos nesta aula, que de acordo com a Bíblia, Deus se revelou de muitas formas, e que para tal houve
um processo de escrita e preservação desta revelação nas páginas da Escritura Sagrada.

Primeiramente há o momento em que Deus revelou algo de si mesmo, este acto é exclusivo de sua
parte, em seguida existe a inspiração que é o momento de registrar essa revelação, sendo esta uma
tarefa divina e humana. Estes momentos as vezes acontecem juntos outras vezes de forma separada,
em suma, trata tudo da Revelação de Deus.
Vimos também que os principais fatores que contribuíram para o registro da revelação, especialmente
nos registros posteriores aos eventos, foram a tradição oral e a tradição escrita. Por outra, nem toda a
revelação de Deus foi registrada. Deus superintendeu todo um processo de seleção, para que fosse
guardado para a posteridade aquilo que Deus julgou mais importante.

Apesar de haver algumas evidências externas da inspiração da Bíblia, as principais evidências da


inspiração da Bíblia são internas, ou seja, provêm da própria Bíblia. A Bíblia reclama para si a Inspiração
Divina: “Toda a Escritura é inspirada por Deus” (2Tm 3.16).

Vimos também algumas teorias da inspiração:

Inspiração Mecânica - Essa teoria concebe o ato da Inspiração como uma espécie de ditado divino.
Dessa forma, Deus teria ditado literalmente todas as palavras que foram registradas. Ao homem não
coube qualquer participação emocional ou inteligente na obra.

Inspiração “Mental´´ - Defendem a ideia de que os pensamentos dos autores foram inspirados, mas que
eles foram livres para registrar suas ideias.

Inspiração Dinâmica ou Orgânica - A Inspiração Orgânica não diz que a Bíblia é exclusivamente humana e
nem exclusivamente divina, mas que é divina e humana ao mesmo tempo. O Espírito Santo usou
homens como organismos vivos e não como meras máquinas.

AULA 06

O REGISTRO DA REVELAÇÃO

Vimos nesta aula, que de acordo com a Bíblia, Deus se revelou de muitas formas, e que para tal houve
um processo de escrita e preservação desta revelação nas páginas da Escritura Sagrada.

Primeiramente há o momento em que Deus revelou algo de si mesmo, este acto é exclusivo de sua
parte, em seguida existe a inspiração que é o momento de registrar essa revelação, sendo esta uma
tarefa divina e humana. Estes momentos as vezes acontecem juntos outras vezes de forma separada,
em suma, trata tudo da Revelação de Deus.

Vimos também que os principais fatores que contribuíram para o registro da revelação, especialmente
nos registros posteriores aos eventos, foram a tradição oral e a tradição escrita. Por outra, nem toda a
revelação de Deus foi registrada. Deus superintendeu todo um processo de seleção, para que fosse
guardado para a posteridade aquilo que Deus julgou mais importante.

Apesar de haver algumas evidências externas da inspiração da Bíblia, as principais evidências da


inspiração da Bíblia são internas, ou seja, provêm da própria Bíblia. A Bíblia reclama para si a Inspiração
Divina: “Toda a Escritura é inspirada por Deus” (2Tm 3.16).

Vimos também algumas teorias da inspiração:

Inspiração Mecânica - Essa teoria concebe o ato da Inspiração como uma espécie de ditado divino.
Dessa forma, Deus teria ditado literalmente todas as palavras que foram registradas. Ao homem não
coube qualquer participação emocional ou inteligente na obra.

Inspiração “Mental´´ - Defendem a ideia de que os pensamentos dos autores foram inspirados, mas que
eles foram livres para registrar suas ideias.
Inspiração Dinâmica ou Orgânica - A Inspiração Orgânica não diz que a Bíblia é exclusivamente humana e
nem exclusivamente divina, mas que é divina e humana ao mesmo tempo. O Espírito Santo usou
homens como organismos vivos e não como meras máquinas.

Aula 07

O conceito Bíblico da inspiração

Benjamin Wartfiel

O conceito de inspiração não é recente, no entanto os livros bíblicos são chamados inspirados por serem
um produto divinamente determinado de homens inspirados, o produto de suas actividades transcende
a capacidade humana e recebe autoridade divina.

No que concerne a 2 Timóteo 3:16-17

Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a
instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa
obra.

A ideia de inspiração apresenta aqui, é a de que Deus sopra, as escrituras são neste caso o produto do
sopro de Deus.

O autor reitera que Cristo Jesus deu testemunho das escrituras, dando a entender em varias passagens
da bíblia que a origem de todos erros a respeito das coisas divinas é justamente a ignorância das
escrituras.

Os apóstolos também testemunham da autoridade das escrituras, eles proclamaram a Cristo e suas boas
nomas citando a própria palavra de Deus (bíblia), as suas exortações, modo de vida, era tudo baseado
na lei de Moisés e os profetas, e confirmando a autoridade dos escritos dos apóstolos entre si.

Aula 8

A Doutrina Reformada da Autoridade Suprema das Escrituras A Doutrina Reformada da Autoridade


Suprema das Escrituras

Paulo Anglada

A doutrina da autoridade suprema das escrituras é um ensino reformado, valorizado também pelos
puritanos. Na nossa época há uma necessidade de se trazer de volta a suprema autoridade da palavra
de Deus.

Ao professarem a doutrina da autoridade das Escrituras, os Reformadores queriam dizer que, por serem
divinamente inspiradas, elas são verídicas em todas as suas afirmativas. Sendo estas, a única regra
infalível de fé e prática. Não significando, porém, que as Escrituras sejam o único instrumento de
revelação divina, os céus declaram a gloria de Deus, mas, visto que Cristo nos fala agora pelo seu
Espírito por meio das Escrituras, e que as revelações da criação e da consciência não são nem perfeitas e
nem suficientes por causa da queda, a palavra final, suficiente e autoritativa de Deus para esta
dispensação são as Escrituras Sagradas.

As bases bíblicas da doutrina reformada da autoridade suprema das Escrituras são tanto inferenciais (a
autoridade das Escrituras procede da sua autoria divina: "porque é a Palavra de Deus.") bem como
direta (Diversos textos bíblicos reivindicam autoridade suprema).

A autoridade suprema das Escrituras, hoje, como no passado, tem a tendência geral de ser diminuída.
Uns admitem fontes adicionais ou suplementares de autoridade outros usurpam essa autoridade. Por
outro lado, há tendências de limitar esta autoridade, negando-a, subjetivando-a ou reduzindo o seu
escopo.

O autor conclui que em última instância, a questão da autoridade das Escrituras pode ser resumida no
seguinte: quem tem a última palavra é Deus, falando através das Escrituras.

AULA 09

ESCRITURA COMPLETA

Leandro Lima

A base fundamental do cristianismo é a Escritura, sem ela, não haveria cristianismo.

Primeiramente ela é inerrante e suficiente.

Inerrante porque tudo o que a Bíblia ensina, seja religioso, moral, social ou físico, ela é absolutamente
verdadeira e livre de erros, ou seja, em tudo que ela ensina, diz a verdade. Apesar de todos os seus
esforços, os críticos não têm conseguido provar que a Bíblia contenha erros.

Suficiente porque não há outra fonte em que o cristão possa achar orientações infalíveis para sua vida. A
tradição, embora considerada na teologia, não pode ser comparada com a Escritura. Deus é o mesmo e
sua Palavra também.

Sobre o cânon o autor diz e seguinte:

Os livros canônicos são os livros inspirados e autorais. As dúvidas sobre quais escritos deveriam ser
considerados normativos começou na igreja primitiva, pois havia muitos escritos religiosos na época,
alguns abertamente heréticos, outros de autoria duvidosa, assi surgiu a questão de como saber quais
livros deveriam ser considerados canônicos ou não. De acordo com o autor, citando Geisler/ Nix: “a
inspiração é meio pelo qual a Bíblia recebeu sua autoridade: a canonização é o processo pelo qual a
Bíblia recebeu sua aceitação definitiva”.

No meio reformado, cremos que não é a igreja quem determina se um escrito é canônico ou não, mas o
próprio escrito. É ele quem impõe a sua canonicidade e cabe à igreja tão somente reconhecer isso por
meio do Espírito Santo que testifica em nosso íntimo que o escrito é Palavra de Deus, e dessa forma o
aceitamos definitivamente.
A Igreja católica, canonizou alguns livros, os chamados apócrifos pois eles ofereciam material suficiente
para atacar a doutrina da salvação pela graça e preservar a oração pelos mortos. Então, a aceitação
católica dos apócrifos foi muito mais por causa de um embate histórico e teológico.

A primeira vez que os Apócrifos apareceram na Bíblia foi na tradução de Jerônimo chamada Vulgata
(404 d.C.), entretanto Jerônimo havia colocado uma nota com relação àqueles livros, dizendo que não
eram inspirados, não sendo do “Cânon” e sim da “Igreja”.

Em relação a formação do cânon do NT, estes escritos foram feitos sob a autoridade Apostólica. Todos
os livros do Novo Testamento foram escritos por Apóstolos ou supervisionados por eles. Havia muitos
motivos no segundo século para a formação do Cânon. O principal motivo era a necessidade de algo que
pudesse ser considerado como norma para discussões teológicas e como regra de fé e prática. Em 367
d.C., Atanásio na Trigésima Nona Carta Pascal citou uma lista com os exatos 27 livros do Novo
Testamento, como o temos hoje. Em 397 d.C., o Concílio de Cartago, concordou com essa lista e então,
o Cânon foi considerado fechado. Não há possibilidade de que novos escritos possam ser incluídos no
Cânon. Um dos motivos é que não há mais profetas ou apóstolos e outro é que não houve mais eventos
redentivos depois da Ascensão de Jesus.

Aula 10

Novas Revelações do Espírito

João Calvino

Vimos nesta aula, de acordo com Calvino, que também faz jus a nossa realidade hoje em dia, que há
loucos que separam o Espirito Santo, no sentido que sua inspiração sobre Deus está além das escrituras.
Há de facto hoje em dia aqueles que se intitulam apóstolos e profetas, com certeza eles bebem de outro
espirito e não do de Cristo. Como disse Calvino no texto: não é função do Espírito que Cristo nos
prometeu desvendar novas e indizíveis revelações, ou forjar novos tipos de doutrina, pelos quais
sejamos desviados do ensino do Evangelho já recebido. Ao contrario, a função do Espírito é a de selar,
na nossa mente, a mesma doutrina que o Evangelho nos recomenda.

Vimos também que a bíblia é o arbítrio do espírito, e que para obter algum uso e fruto da parte do
Espírito de Deus, é imperioso para nós aplicar-nos, com grande diligência, tanto a ler quanto a ouvir a
Escritura. Desse modo, a bíblia e o Espirito não se separam, o Espírito Santo de tal modo se prende à sua
verdade expressa na Escritura, nela manifestando e patenteando o seu poder, que nos leva a
reconhecer na Palavra a devida reverência e dignidade.

De facto, o Espírito de Deus não nos foi dado para nos levar para longe da palavra de Deus, mas para
testemunhar dela.
Aula 11

Sola Scriptura

João Calvino

Neste documento da aula, vimos que João Calvino divide sua abordagem sobre a Sola Scriptura em
quatro pontos:

1. O Verdadeiro Conhecimento de Deus está na Bíblia

A Escritura, reúne na nossa mente, o conhecimento de Deus - que, de outro modo, seria confuso
fazendo desaparecer a escuridão -, mostra-nos, com clareza transparente, o Deus Verdadeiro, nela se
ensina o que devemos pensar a respeito de Deus, para que não busquemos, por caminhos tortuosos,
alguma divindade incerta.

2. A Bíblia é a Palavra de Deus Escrita

Deus, pela Sua Palavra, tornou a fé segura para sempre, fazendo-a superior a toda mera opinião.

3. A Bíblia é o Único Escudo que Nos Protege do Erro

Se nos desviarmos da Palavra, mesmo que nos esforcemos com grande empenho - pelo fato de a corrida
ser fora da pista - jamais conseguiremos atingir a meta. A capacidade do homem caído para inventar
religiões é grande demais. Somente a palavra de Deus nos dá barreiras para o engano.

4. A Revelação da Bíblia é Superior a Revelação da Criação

Já que a mente humana, por causa da sua estupidez, não pode chegar até Deus, a menos que seja
guiada e sustentada por Sua Sagrada Palavra, todos os mortais - pelo fato de buscarem a Deus sem a
Palavra -, tiveram de vagar na estultice e no erro.

Aula 12

O Cânon Bíblico

Paulo R. B. Anglada

Nesta aula, vimos que os livros que compõem a Bíblia Protestante são apenas sessenta e seis, ou seja,
como inspirados por Deus, o antigo testamento e o novo.

O cânon protestante do antigo testamento

O conteúdo do cânon protestante é o mesmo do cânon hebraico, mas a divisão e a ordem dos livros são
diferentes. A referência mais antiga ao cânon hebraico é do historiador judeu Josefo (37-95 AC), no
entanto, a principal testemunha do cânon protestante do Antigo Testamento é o Novo Testamento.

O cânon católico do antigo testamento


O cânon católico, origina-se da Vulgata latina, que por sua vez provém da Septuaginta que é uma
tradução dos livros judaicos para o grego feita, possivelmente, durante o reinado de Ptolomeu Filadelfo
(285-245 a.C.) ou até meados do século I a.C. Ao traduzir a Vulgata, Jerônimo também incluiu alguns
livros apócrifos. Não o fez, contudo, por considerá-los canônicos, mas apenas por considerá-los úteis,
como fontes de informação sobre a história do povo judeu.

O autor conclui aqui, com algo que devo concordar agora, que de facto a obra dos reformadores foi
maior do que se pode pensar, eles redescobriram as doutrinas básicas do evangelho, como a doutrina
da salvação pela graça mediante a fé, mas também redescobriram também o cânon.

O cânon do novo testamento

Os judeus não aceitam os livros do Novo Testamento como canônicos. A principal questão teológica com
relação ao cânon do NT diz respeito ao critério ou critérios que determinaram a canonicidade dos livros
do NT que foram: O Testemunho Interno do Espírito Santo; Origem Apostólica; O Conteúdo dos Livros &
as Evidências Internas do NT;

É interessante demais ver que seja quais foram os critérios usados para a formação do cânon, ele
prevaleceu todos estes anos, cruzou os séculos e chegou até nós. Bendita providência de Deus.

Aula 13

A Formação do Cânon do Antigo Testamento

João Alves dos Santos

Vimos nesta aula a formação do cânon do Antigo Testamento, onde foi definido canonização como o
reconhecimento dos livros inspirados e a canonicidade como algo intrínseco ao livro, devido à sua
autoridade divina. Este processo de canonização envolve 3 passos: a inspiração divina, o
reconhecimento dessa inspiração por parte do povo de Deus e a compilação e preservação por esse
povo.

Segundo o autor, o AT hebraico, de longa data, é dividido em três partes: A Lei, Os Profetas e os Escritos.
Este foi desenvolvido de forma progressiva, no entanto, não se tem todas as informações para traçar
uma história completa do desenvolvimento do cânon do AT, não se sabe quanto tempo o Pentateuco
levou para alcançar a sua forma final. O que se sabe, de acordo com as fontes históricas é que as
evidências são a favor de um cânon do AT encerrado por volta de 400 a.C., e composto de duas partes: A
Lei e os Profetas.

Concordando com o autor, um cânon fechado do AT e reconhecido como autoritativo pelos judeus,
assim como pelos autores do NT e, principalmente, pelo próprio Senhor Jesus, é a garantia de que a
revelação progressiva, dada ao longo de muitos séculos, não se perdeu nem foi corrompida.

A bíblia testifica dela mesmo.


Aula 14

A Formação do Cânon do Novo Testamento

João Alves dos Santos Aula

Em relação a formação do Cânon do novo testamento vimos que o processo do reconhecimento


unânime foi gradativo e relativamente mais lento do que o do AT. Respondeu-se as questões quando e
como os 27 livros que constituem o Cânon do NT vieram a ser reconhecidos como inspirados e
distinguidos de outros textos. Isto deu-se de acordo com os seguintes passos de canonização como
também vimos nas aulas anteriores:

 A consciência profética do autor, quando da sua escrita;


 O reconhecimento pelas igrejas; &
 O colecionamento;

Também vimos nesta aula as listas canónicas e seu desenvolvimento e a autoridade e testemunho
apostólicos em relação a formação do cânon do NT. Nem sempre houve acordo, nos diversos setores da
Igreja, sobre quais livros deveriam ou não pertencer a esta lista, pelo menos nos primeiros séculos,
alguns livros demoraram mais tempo para serem aceites. Depois que houve unanimidade entre as
igrejas dos mais diferentes e distantes lugares do mundo (Oriente e Ocidente), nunca mais a questão foi
oficialmente levantada.

Deus preservou sua palavra, ela chegou até nós.

AULA 16

A EXISTÊNCIA DE DEUS

Leandro Lima

A existência de Deus é a grande afirmação pressuposta pela Bíblia. Mas ao longo da história, filósofos e
teólogos têm debatido sobre se a mente humana pode ter certeza da existência divina, no entanto, crer
irracionalmente não é uma fé saudável e a revelação é uma base bem sólida para se edificar a fé.

NATURALISMO IRRACIONAL

Vimos na aula que este é a tentativa humana de explicar a existência do homem sem precisar apelar
para o sobrenatural, para o divino. Vimos nesse caso que a vida seria algo sem sentido, seríamos apenas
um fruto de um acidente cósmico, assim sendo, podemos questionar seguinte: será que o naturalismo é
racional? Em última instância podemos dizer que o naturalismo também é questão de fé pois ao excluir
Deus, o naturalismo se tornou irracional, pois excluiu o princípio
Vemos também nesta aula que sempre que um ateu tentar argumentar contra a existência de Deus, o
principal argumento que usará é o que explora a existência do mal. No cristianismo, o mal é um intruso
que não obstante sirva aos propósitos de Deus, no devido tempo será extirpado, não existe forma de
explicar a existência do mal fora desta crença.

Foram também nos apresentados argumentos filosóficos, tirados do senso comum que têm sido
formulados para defender a existência de Deus:

O Argumento Ontológico: A Ideia de um Ser superior; O Argumento Cosmológico: Toda Causa tem um

Efeito; O Argumento Teleológico: Há propósito em tudo; e O Argumento Moral: Há uma ideia de moral
implícita em todos que existe;

Concluímos que não pensamos que estes argumentos sejam provas definitivas de que Deus existe. Em
última instância, a fé é necessária para que se creia que Deus existe. De qualquer forma esses
argumentos são úteis a ponto de nos ajudar a entender que não é irracional crer na existência de Deus.
Sabemos no intimo do nosso ser que não somos fruto do acaso. Somos obra das mãos do Ser Infinito e
Inteligente que nos criou e nos incluiu em seu plano eterno e perfeito.

AULA 17

O CONHECIMENTO DE DEUS

Leandro Lima

Nos dias de hoje Fala-se muito sobre Deus, parece que todos o conhecem, mas são muitas as diferenças
que podem ser vistas. Nesta aula vimos até que ponto Deus pode ser conhecido, ou se ele não pode ser
conhecido de forma alguma, tendo como pressuposto a ideia da revelação.

Deus é incompreensível? Muitos argumentam que, como Deus não pode ser compreendido,
consequentemente, também não pode ser conhecido, no entanto vemos através das escrituras que
“Deus é Incompreensível”, de fato, o finito não pode conter o infinito, mas isso não significa que não
podemos compreender nada dele. Deus não pode ser compreendido de forma exaustiva, ou seja, em
sua totalidade, mas Ele pode ser conhecido de forma verdadeira e isso porque ele mesmo se dá a
conhecer e nos capacita a fazê-lo.

Vimos em jeito de conclusão na aula que conhecer a Deus é o alvo do homem mas não é,
necessariamente, sinônimo de buscar as bênçãos dele. Deus, em si mesmo, é o Bem Supremo e todos os
nossos esforços devem se concentrar em conhecê-lo.
AULA 18

A TRINDADE — ASPECTOS HISTÓRICOS E BÍBLICOS

Leandro Lima

Vimos nesta aula que a doutrina da Trindade é uma das mais importantes do cristianismo ortodoxo
apesar de receber pouca consideração. Entretanto, descaracterizar a doutrina da Trindade é perder
muito do que a Bíblia e, especialmente Deus, tem a nos dizer no real sentido da palavra. É perder de
vista a coisa mais essencial de Deus que podemos saber. Na verdade, é ignorar a própria essência de
Deus. A Tripersonalidade divina é característica exclusiva do cristianismo.

Vimos também nesta aula, alguns aspectos históricos da doutrina da trindade: Monarquismo não
admitia a existência da Trindade Ontológica (em essência), mas apenas Econômica (funcional), ou seja,
Pai, Filho e Espírito Santo são uma única pessoa que se manifestou sucessivamente na história.
Arianismo, Segundo Ário, somente Deus era eterno, Jesus era uma criatura intermediária gerada do
nada por Deus antes da criação do mundo. Desse modo o Pai nem sempre foi Pai, pois antes de ter
criado o Filho, Deus existia sozinho. A igreja reagiu à maioria das heresias antigas reunindo- se em
concílios onde foram formuladas declarações de fé que demonstravam a verdadeira ortodoxia. Os
Concílios que mais trataram a respeito da trindade foram Niceia e Calcedônia.

Vimos também sobre o que a bíblia diz sobre esta doutrina, passagens no antigo testamento quanto no
novo mostram a que Deus é um, no entanto subsiste em três pessoas. Os elementos bíblicos, passagens
nas escrituras, considerados conjuntamente deixam a certeza de que há um só Deus, que subsiste em
três pessoas: O Pai, o Filho e o Espírito Santo.

AULA 19

A TRINDADE — ASPECTOS TEOLÓGICOS E PRÁTICOS

Leandro Lima

Vimos nesta aula que podemos definir a doutrina da Trindade dizendo que há somente um Deus em
essência, mas que este Deus subsiste em três pessoas distintas, sendo que não há analogia ou ilustração
que possa nos ajudar a entender como isso é possível. Na Trindade há apenas uma natureza, pois há
apenas um ser, há três pessoas, mas apenas um ser. Cada uma das três pessoas da Trindade compartilha
da mesma natureza divina, a qual é numericamente uma.

Vimos também que dentro da Trindade existe absoluta igualdade de essência, logo, não existe qualquer
grau de subordinação, nem mesmo de honra. O Pai não é maior em essência do que o Filho e nem o
Filho maior do que o Espírito Santo. O Pai gera o Filho, o Filho é eternamente “gerado” do Pai, e o
Espírito Santo “procede” eternamente do Pai e do Filho.

Em relação ao trabalho da trindade devemos evitar a formulação simplista de que o Pai é o responsável
pela Criação, o Filho pela Redenção, e o Espírito pela santificação, pois a Trindade participa
conjuntamente de tudo isso. A distinção que podemos fazer é a seguinte: Ao Pai pertence mais o ato de
planejar, ao Filho o de mediar, e ao Espírito o de agir. Isso pode ser visto no relato da criação.

Quanto aos aspectos práticos desta doutrina vimos que Deus não precisava criar o universo para se
sentir melhor, nem mesmo para experimentar algum relacionamento, pois em seu ser, Deus já é
completo e relacionável. Na igreja costumamos buscar comunhão através de eventos sociais, trabalhos
comunitários, músicas que incentivam cumprimentos mútuos, etc. Mas a verdadeira base da comunhão
da igreja é a Trindade. Jesus ensinou que nosso testemunho depende de nossa unidade. Enquanto o
amor da Trindade não invadir nosso coração a ponto de alcançar os outros, o mundo continuará
descrente em relação a Jesus. Em relação ao culto cristão vimos também que este é essencialmente
trinitário. Uma definição de culto cristão poderia ser: “Adorar o Pai, pela mediação do Filho, no poder do
Espírito Santo”.

A Trindade nos ensina que através do serviço e da obediência cristã é que desfrutamos da plena
liberdade. Quando o Filho de Deus amarrou a tolha na cintura e lavou aos pés dos discípulos, isso não o
fez menos digno nem menos livre, ao contrário.

AULA 20

ATRIBUTOS DE DEUS

LOUIS BERKHOF

OS ATRIBUTOS DE DEUS EM GERAL

Vimos nesta aula que usar o nome “atributos” não é ideal, pois transmite a noção de acrescentar ou
consignar alguma coisa a alguém, e, portanto, pode criar a impressão de que alguma coisa é
acrescentada ao Ser Divino, e isso não corresponde a verdade, não se acrescenta nada ao ser de Deus. O
termo ``propriedade`` poder ser melhor empregue. Vimos também que a única maneira apropriada pela
qual podemos obter conhecimento dos atributos divinos perfeitamente confiável é o estudo da auto-
revelação de Deus na Escritura.

Em relação a natureza dos atributos, vimos que estes podem ser Incomunicáveis (Deus como o Ser
Absoluto), e comunicáveis. Nesta aula tratamos dos atributos incomunicáveis, que são aqueles
salientam o Ser Absoluto de Deus como:

Existência Autônoma de Deus. Deus é auto-existente, isto é, ele tem sem Si mesmo a base da Sua
existência.

A Imutabilidade de Deus. A imutabilidade de Deus é a perfeição pela qual não há mudança nele, não
somente em Seu Ser, mas também em Suas perfeições, em Seus propósitos e em suas promessas.

A Infinidade de Deus. Infinidade é a perfeição de Deus pela qual Ele é isento de toda e qualquer
limitação. Ao atribuí-la a Deus, negamos que haja ou que possa haver quaisquer limitações do Ser divino
e dos Seus atributos.
A Unidade de Deus. Este atributo salienta a unidade e a unicidade de Deus, o fato de que Ele é
numericamente um e que, como tal, Ele é único. Implica que existe somente um Ser Divino, que, pela
natureza do caso, só pode existir apenas um, e que todos os outros seres têm sua existência dele, por
meio dele e para Ele. Deus não é composto e não é suscetível de divisão em nenhum sentido da palavra.
Isto implica, entre outras coisas, que as três pessoas da Divindade não são outras tantas partes das quais
se compõe a essência divina, que não há distinção entre a essência e as perfeições de Deus, e que os
atributos não são adicionados à Sua essência.

AULA 21

A IMUTABILIDADE DE DEUS

Leandro Lima

Nesta aula vimos que a maioria das religiões, senão todas, crê num Deus que muda de acordo com as
situações. De acordo com a bíblia em (Is 26.4) “Confiai no Senhor perpetuamente, porque o Senhor
Deus é uma rocha eterna” vemos que o profeta desafia o povo a confiar em Deus não apenas hoje ou
amanhã, mas eternamente, porque o Senhor é Eterno e, como uma rocha, não muda. Por essa razão
Deus é uma fonte eterna de segurança. Deus é imutável na essência do seu ser e também em seus
atributos. Sua onisciência é sempre a mesma, sua santidade também, seu poder da mesma forma.

Uma única mudança no ser divino ou em seus atributos afetaria de forma completa sua divindade e,
desta forma, ele não seria mais o Deus que é. Por esta razão, a imutabilidade é um conceito necessário.

Vimos nessa ordem que Deus é imutável em seus decretos e em suas promessas.

Os decretos divinos são a garantia de que a vontade de Deus finalmente prevalecerá, não a do homem,
e muito menos a de Satanás, ou seja, aquilo que Deus determinou acontecerá exatamente como sua
vontade determinou. A Escritura diz: “Se ele resolveu alguma coisa, quem o pode dissuadir? O que ele
deseja, isso ele fará” (Jó 23.13-14). Deus não precisa de improvisos ou adaptações.

Deus cumpre todas as promessas que faz. Ele nunca muda suas promessas, pois essa é a expressão
natural de sua imutabilidade. Deus não é fiel a alguém, ele é fiel a si mesmo. Se fosse fiel a nós, então,
somente cumpriria suas promessas desde que nós permanecêssemos sempre fiéis a ele. Mas a Escritura
afirma: “Se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo”
(2Tm 2.13).

Vimos também nesta aula as aparentes mudanças em DEUS, algumas vezes parece que Deus muda suas
promessas ou deixa de cumpri-las, mas aí há outra coisa que precisa ser entendida. Algumas promessas
de Deus são realmente condicionais. É como se Deus dissesse: “Se vocês fizerem isso eu vou lhes
abençoar, mas se vocês não fizerem eu vou lhes amaldiçoar”. Nesse caso também não há qualquer
mudança em Deus, pois ele está agindo conforme seu propósito em ambos os casos. A própria
conversão do homem se enquadra nisso. Antes de se converter, o homem tinha sobre si a ira de Deus,
mas após a conversão recebe graça e misericórdia.
Se Deus mudasse seus planos, ou melhor, se algo forçasse Deus a mudar seus planos, como um mau
construtor precisa a cada momento consertar os erros cometidos, não teríamos garantias de que as
promessas que estão na Bíblia de fato aconteceriam.

AULA 22

OS DECRETOS DE DEUS

LOUIS BERKHOF

Vimos nesta aula:

A Doutrina dos Decretos na Teologia

A teologia reformada, calvinista, dá ênfase à soberania de Deus, em virtude da qual Ele determinou
soberanamente, desde toda a eternidade, tudo quanto há de suceder, e executa a Sua soberana
vontade em Sua criação toda, natural e espiritual, de conformidade com o Seu plano predeterminado. Ef
(1.11)

Nomes Bíblicos para os Decretos Divinos

A Escritura emprega diversos termos para o eterno decreto de Deus, tanto no AT assim como no NT.

A Natureza dos Decretos Divinos

Apesar de muitas vezes falarmos dos decretos de Deus no plural, em sua própria natureza o decreto é
somente um único ato de Deus. O decreto de Deus tem a mais estreita relação com o conhecimento
divino. O decreto se refere primeiramente às obras de Deus. Limita-se, porém, às opera ad extra de
Deus, ou a Seus atos transitivos, e não pertence ao Ser essencial de Deus, nem às atividades imanentes
dentro do Ser Divino que resultam nas distinções trinitárias. Os decretos são uma manifestação e um
exercício internos dos atributos divinos que se tornam certa a futurição das coisas, mas não se deve
confundir este exercício da inteligente volição de Deus com a realização dos seus objetivos na criação,
na providência e na redenção.

As Características do Decreto Divino

Tem seu fundamento na sabedoria divina; é eterno; é eficaz; é imutável; é incondicional ou absoluto; é
universal ou totalmente abrangente; com referência ao pecado, o decreto é permissivo.

Objeções à Doutrina dos Decretos

Algumas objeções existem que negam a doutrina dos decretos divinos, estas objeções alegam a
incoerência desta doutrina com a liberdade do homem, ou que elimina a responsabilidade do homem,
por outra que este decreto alega que Deus é autor do pecado, no entanto vemos na bíblia que Deus
decretou os atos livres do homem, mas também que os seus fatores não são menos livres e, portanto,
responsáveis por seus atos, Gn 50.19, 20; At 2.23; 4.27, 28.
Vemos também que Deus não é autor do pecado, Isto se infere igualmente na Escritura, Sl 92.15; Ec
7.29; Tg 1.13; 1 Jo 1.5, da lei de Deus que proíbe todo pecado, e da santidade de Deus. O decreto
simplesmente faz de Deus o Autor de seres morais livres, eles próprios os autores do pecado.

AULA 23

SOBERANIA DE DEUS OU LIVRE-ARBÍTRIO DO HOMEM?

Leandro Lima

Vimos nesta aula que a Bíblia enfatiza que Deus é soberano, mas que, ao mesmo tempo, o homem é
responsável por suas atitudes e que ninguém pode alegar ignorância ou coação em nada do que fez ou
deixou de fazer. A questão é até que ponto Deus é soberano em relação a tudo o que acontece nesse
mundo e até que ponto o homem é responsável por seus atos?

Bíblia diz que Deus é aquele que “faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade” (Ef 1.11) e
que ninguém jamais “resistiu à sua vontade” (Rm 9.19). Com relação aos homens, Paulo diz que Deus é
o Oleiro que tem direito sobre a massa “para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro para a
desonra” (Rm 9.21). Essas expressões demonstram claramente a soberania de Deus sobre tudo e sobre
todos. Há um número incrivelmente extenso de passagens bíblicas que poderiam ser usadas em adição.
Entretanto, da mesma forma, a Bíblia diz que o homem é absolutamente responsável por suas próprias
atitudes. Jesus disse: “Porque o filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e
então retribuirá a cada um segundo as suas obras” (Mt 16.27).

Vimos também que para entender estes conceitos precisamos ter em mente que a bíblia nos diz que
existem duas formas da vontade de Deus, absoluta (a vontade decretiva de Deus é a razão última
porque qualquer coisa acontece neste mundo, seja boa ou má. Essa vontade não pode ser
contrariada,pois o eterno propósito de Deus não pode ser frustrado) e relativa (Ao contrário da vontade
decretiva, a preceptiva pode e frequentemente é contrariada. Deus deseja que todos os homens
cumpram a sua Lei, porém é um fato evidente que a Lei não é respeitada por todos).

Assim vimos por fim que, todas as coisas acontecem de acordo com a Vontade de Deus, porém,
precisamos tomar cuidado para não nos tornarmos fatalistas, pois o homem não é uma espécie de robô
programado. Embora o homem não tenha livre-arbítrio, continua sendo um agente livre que faz
escolhas segundo a sua vontade.

AULA 24

A DOUTRINA DA PREDESTINAÇÃO

Leandro Lima
Vimos nesta aula que entre os denominados cristãos, de certa forma todos crêem na predestinação, não
poderia ser diferente, afinal ela está clara na Bíblia, inclusive a palavra “predestinados” aparece na Bíblia
explicitamente aplicada aos crentes (Ef 1.11). O que ocorre é que há diferença em como se vê essa
predestinação. O arminianismo, de uma forma ou de outra, é a maneira como as igrejas evangélicas
mais admitem a predestinação. No arminianismo, acredita- se que Deus predestina as pessoas com base
em algo que vê nelas. Assim, a base dessa escolha seria a Onisciência divina. Deus não escolhe por sua
própria vontade, mas porque viu que uma determinada pessoa o aceitaria.

Mas o que a bíblia ensina sobre a predestinação? Vimos:

A necessidade da escolha

A escolha divina foi a metodologia adotada por Deus para desenvolver seu plano no mundo.

Antes da fundação do mundo

O próprio significado do termo “predestinação” implica necessariamente num ato feito anteriormente. É
importante que fique destacado que Deus tinha planos para seu povo mesmo antes de criá-lo.

Não por obras

Deus escolheu com base exclusiva em seu propósito, pois é esse propósito que determina a existência
de todas as coisas (Ef 1.11). Ele não poderia escolher baseado na capacidade humana de escolher, pois a
Bíblia afirma que o homem não tem essa capacidade, uma vez que se encontra em estado de “morte
espiritual” (Ef 2.1).

O verdadeiro motivo: amor

Se a causa da eleição é o amor, qual seria a causa da preterição de Esaú e de todos os demais não-
eleitos? Não há necessariamente causa para isso. Apenas sabemos que Deus não os preferiu. Na
verdade, não é necessária uma causa para a preterição, pois ela é a ausência da escolha. Deus
simplesmente não os escolheu, porque não os amou.

Uma doutrina injusta?

Ninguém foi injustiçado. O ímpio é condenado por seus pecados. O salvo recebeu a misericórdia. Acima
de tudo, é inegável que Deus, o Oleiro Supremo, encontra dois tipos de vasos nesse mundo. Existem
aqueles que foram “preparados para perdição”, que são os “vasos de ira”, os quais servem para
“mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder” (Rm 9.22).

AULA 25

SUPRA E INFRALAPSARIANISMO

LOUIS BERKHOF

Supra e Infralapsarianismo
Vimos nesta aula que a doutrina da predestinação não tem sido apresentada sempre da mesma forma.

Vi o comentário da irmã Tamara e para mim também este tema é uma novidade e foi uma leitura difícil,
mas pelo que percebi o supralapsarianismo sugere que o decreto de eleição de Deus logicamente
precede Seu decreto de permitir a queda de Adão — de forma que sua condenação é, antes de tudo, um
acto de soberania divida, e somente secundariamente um ato de justiça divina, enquanto que o
Infralapsarianismo sugere que o decreto de Deus permitir a queda precede logicamente Seu decreto de
eleição. Assim, quando Deus escolheu o eleito e ignorou o não-eleito, Ele estava contemplando todos
eles como criaturas caídas.

AULA 26

IMPLICAÇÕES DA DOUTRINA DA PREDESTINAÇÃO

Leandro Lima

Vimos nesta aula que entender a predestinação é essencial para um crescimento saudável na vida cristã,
ela gera Humildade pois não temos do que nos orgulhar, pois Deus não nos escolheu porque viu algo de
bom em nós. Ele nos escolheu apesar de sermos seus inimigos. Também gera uma adoração verdadeira
pois conhecimento da eleição faz com que um respeito muito grande seja produzido dentro de nós. Por
outra produz inclusive santidade pois, nossa motivação para santidade passa a basear-se no fato de que
fomos chamados para sermos santos (Rm 1.7). Se não vivermos de forma santa, estaremos sendo
indignos de nosso chamado, ou seja, estaremos provando que não somos chamados. Ela também nos
conduz á oração pois, a escritura nos manda: “Orai sem cessar” (1Ts 5.17), não há o que ser
questionado. Ainda que a oração não tivesse nenhum outro valor, só o fato de ser um mandado bíblico
já é motivo suficiente para ser obedecido. Mas não é só isso. Há ainda mais um motivo pelo qual
devemos orar: Porque Deus ouve nossas orações. Por fim, esta doutrina nos leva ao evangelismo, a
eleição diz que não são os métodos que convencerão o incrédulo a aceitar a verdade, e sim a
determinação divina em convertê-lo. É somente a graça redentora de Deus e não o belíssimo prédio, a
decoração celestial, a música ambiente ou a técnica do apelo que convencerá alguém. Dessa forma
podemos abordar incrédulos como seres humanos decaídos que precisam desesperadamente de Deus,
e não como consumidores que, com alguma técnica, conseguiremos convencer.

AULA 27

O ENIGMA DO MAL

Leandro Lima

Vimos nesta aula que uma das coisas mais difíceis de harmonizar com a Soberania de Deus é a questão
da existência do mal especialmente a origem dele. Mas vemos na Bíblia que Deus criou os anjos antes
dos homens, e que houve uma queda no mundo dos anjos. Essa queda provavelmente aconteceu após o
término da criação, uma vez que a Bíblia diz que ao terminar a obra “viu Deus tudo quanto fizera, e eis
que era muito bom” (Gn 1.31).
Vimos também nesta aula que Deus criou anjos eleitos e não eleitos, se Deus não fizesse isso com os
anjos que não seguiram Satanás em sua rebelião, sempre haveria a possibilidade de que algum anjo
fosse iludido pelo diabo e então, até hoje anjos poderiam abandonar o céu para seguir o Dragão. Isso
não acontece porque Deus preserva seus anjos do pecado por um processo semelhante ao da eleição
dos homens. Quanto aos anjos caídos, vimos que “O diabo, ao cair, tornou-se a cabeça daquela esfera
que se acha fora da vida de Deus, e assim podemos descrevê-lo como o império da morte”. Não
sabemos como aconteceu a queda dos anjos. Hoekema está certo ao afirmar que “nada é dito na
Escritura a respeito do tempo ou da natureza da queda dos anjos”.

Vimos também que Deus poderia ter impedido a queda dos anjos ou mesmo exterminado todos eles, a
fim de que não causassem todo o mal que vêm causando ao longo das eras, mas a verdade é que a
existência do mal segue os propósitos de Deus para este mundo. Uma coisa precisa ficar clara: Deus não
tem nenhum prazer em Satanás e não compartilha de nenhuma de suas maldades, porém, Deus pode
usar Satanás para cumprir seus propósitos, mas, no mundo vindouro o mal nunca mais será uma
possibilidade.

Concluímos a aula vendo qual deve ser a atitude do cristão diante do mal, vimos que deve haver um
equilíbrio, portanto, é necessário. Não devemos nem exagerar nem minimizar a importância do Diabo.
Seguir a Bíblia sempre será a melhor opção para não termos surpresas desagradáveis em nossa luta
contra o mal. A atitude do cristão é descrita na Bíblia como uma atitude de resistência. Pedro diz: "Sede
sóbrios e vigilantes.

AULA 28

MILAGRES — DEFINIÇÃO E PROPÓSITOS

Leandro Lima

Vimos nesta aula que milagre se refere a uma providência especial de Deus, tanto que alguns teólogos
chamam os milagres de Providentia Extraordinaria, referindo-se a um evento que não segue as leis
secundárias estabelecidas por Deus. De acordo com lenadro Lima citando Young: “Milagre é um acto,
realizado no mundo externo pelo poder sobrenatural de Deus, contrário ao curso comum da natureza
(embora não necessariamente levado a efeito contra os meios ordinários da natureza) e seu propósito é
servir de sinal ou comprovação. Um milagre, por conseguinte, não deve ser considerado meramente
como uma obra poderosa, mas como uma obra poderosa designada a comprovar os propósitos
redentores de Deus”

Vimos que os Milagres, no sentido exato da palavra, contradizem a natureza, conforme a reconhecemos
nesse mundo, embora estejam em perfeita harmonia com a natureza de Deus, estes também são
chamados na Bíblia de “sinais”. Um sinal aponta para alguma coisa e, normalmente, não para si mesmo,
eles não são simples demonstrações de poder para impressionar as pessoas, eles têm um propósito
quando ocorrem.

O que se percebe na Bíblia, é que Deus tem um propósito com os milagres, mas não lhe agrada a ideia
de que as pessoas focalizem a atenção no milagre em si, nem que vivam ansiosas para ver algum
milagre, e estes propósitos são a confirmação da Palavra e milagres para condenação.
AULA 29

AINDA HÁ MILAGRES HOJE?

Leandro Lima

Vimos nessa aula que os milagres podem acontecer hoje, porque o Deus da Bíblia não é distante e
impessoal, mas próximo e pessoal dirige a história para o cumprimento de seus objetivos, e para isso,
providencialmente, entretanto, se por milagres, as pessoas entendem que devem ocorrer hoje as
mesmas demonstrações de poder conforme estão registradas na Bíblia os mesmos ministérios de cura e
operação de sinais e prodígios que vemos na vida de Paulo, Pedro, Moisés ou Elias, pensamos ter
motivos suficientes para responder que não baseado nos seguintes argumentos:

Evidência teológica

Como o objetivo dos milagres feitos em larga escala era o de autenticar a revelação Divina, hoje, por não
haver mais revelação não há a mesma necessidade dos milagres como no passado.

Evidência factual

Esses sinais, conforme os apóstolos realizavam, não têm sido vistos nos dias atuais.

Evidência bíblica

A Bíblia também indica que os milagres hoje não precisam ser iguais aos dos tempos apostólicos. Deus
manifestou poderes extraordinários quando quis que o Evangelho fosse pregado em todo o mundo.

Vimos como conclusão que os milagres são intervenções divinas sobrenaturais, através das quais Deus
age revogando as leis da natureza, mas de acordo com sua vontade pré-estabelecida. Deus age no
mundo hoje e sempre, o que não quer dizer que ele aja sempre da mesma forma.

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