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Este estudo se baseia, em grande parte, em palestras de Dr. Douglas Kelley sobre o
mesmo tema
A influência de Jesus tem crescido com o passar dos anos e nunca foi
tão poderosa como nos últimos 125 anos. A influência de Cristo pode
se comparar ao avanço das marés. A maré se projeta e cresce através
da vinda sucessiva de ondas. À medida que uma nova onda chega, ela
eleva o nível da água um pouco mais acima. Semelhantemente, à
medida que aquela onda recua, há uma recessão. A próxima onda
coloca o nível da água em um nível acima da onda anterior. Portanto,
desta forma, cada um dos períodos de recuo, quando as ondas
retornam, é menos notado do que na vez anterior.
O mundo nunca mais foi o mesmo após este grande avivamento que
bem conhecemos como a Reforma. Mas, na realidade, não foi um
movimento perfeito; e especialmente na Inglaterra havia uma
preocupação por parte dos crentes de que a Reforma não houvesse se
estendido o suficiente. Os Reis da Inglaterra tinham controle sobre a
Igreja e podiam tolerar que houvesse uma reforma dentro dela, mas
não queriam permitir a reforma de coisas vindas do Catolicismo, e que
já estavam estabelecidas. O receio deles era que se a Igreja se
reformasse totalmente, na Inglaterra e na Escócia, eles perderiam o
poder.
Tudo isso nos ensina que não devemos perder a paciência e ficar
desencorajados se não temos resultados à primeira vista. Deus pode
estar nos usando para preparar uma tremenda bênção que a geração
seguinte irá desfrutar. E mesmo que não vivamos o suficiente para ver
essa bênção, nos alegraremos juntos no grande dia da colheita, no
último dia. O que importa é que o Senhor Jesus vai receber a glória e
será coroado com mil coroas naquele grande dia. O calend ário de
Deus não funciona segundo os nossos desejos.
Acredito que o motivo pelo qual os Puritanos foram tão ativos é por
causa da consciência da eleição de Deus. Os seus corações haviam
sido transformados na direção do Deus vivo. Um homem sabia que
estava salvo porque sentia, em algum momento da sua vida, uma
satisfação interior, um lampejo que lhe dizia que ele estava em
comunhão direta com Deus. Não estamos aqui lidando com uma
êxtase místico de um monge, mas com a consciência de pessoas
comuns como donas de casa, artesãos ou comerciantes.
Aqueles que criam como os Puritanos, tinham uma “fé interior que os
fazia sentirem-se livres, quaisquer que fossem suas dificuldades
externas”. O Prof. Hill cita o Prof. Haller dizendo o seguinte: “As
pessoas que têm certeza de que herdarão o céu, possuem meios de, no
presente, assumir a posse da terra”. Completa o Prof. Hill dizendo que
“foi essa coragem e confiança que capacitavam os Puritanos a lutar
por meio de armas espirituais, econômicas ou militares, para criar um
mundo novo, digno daquele Deus que os havia abençoado de forma
tão marcante”.
Até que tenhamos esta confiança é duvidoso que a Igreja de Deus seja
o que deve ser na época presente. Nós sempre podemos encontrar
uma desculpa para nos comprometer com o mal, se quisermos. Mas
aqueles que têm este senso de comunhão com Deus e confiança no
Seu propósito soberano, não procuram comprometer a sua fé. Tão
grande é a convicção de que o Senhor Jesus Cristo está próximo, que
sabem ser muito mais importante agradar o Senhor Jesus do que
agradar os desejos humanistas. Assim, vemos como a doutrina da
Predestinação era um dos sustentáculos do sist ema Puritano e da
sua causa.
Um outro aspecto do legado puritano que chega aos nossos dias foi a
ascensão da classe pobre. O Prof. Jordan escreveu um livro
importante: “Filantropia na Inglaterra - 1480/1660”. Neste livro, ele
mostra que os Puritanos fizeram mais do que qualquer outro grupo
para esvaziar as favelas, diminuir o crime e acabar com a pobreza.
Eles literalmente reestruturaram a economia de tal forma que os
pobres podiam participar. Eles não eram socialistas, pois criam no
direito de liberdade privada (livre iniciativa), mas acreditavam que a
misericórdia de Deus devia ser demonstrada a todas as pessoas de
forma prática.< O:P>