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SISTEMÁTICA 1
A PESSOA DE DEUS
TEOLOGIA SISTEMÁTICA
I – DEFINIÇÃO
“Teologia Sistemática é qualquer estudo que responda à pergunta: ‘O que a
Bíblia como um todo nos ensina hoje?’ acerca de qualquer tópico. Na verdade, o
adjetivo sistemática na teologia sistemática deve ser compreendido como algo
semelhante a ‘cuidadosamente organizada por tópicos’, entendendo-se que os
tópicos estudados se ajustam uns aos outros de um modo coerente e incluirão
todos os principais temas doutrinários da Bíblia. ...a palavra doutrina será
entendida como ...o que a Bíblia como um todo nos ensina hoje acerca de algum
tópico específico”.
A. RAZÃO BÁSICA
“A razão básica para estudar Teologia Sistemática, então, é que ela nos capacita
a ensinar a nós mesmos e a outros o que a Bíblia toda diz, cumprindo dessa
forma a segunda parte da Grande Comissão (‘ensinando-os a guardar todas as
coisas que vos tenho ordenado’)”.
A. COM ORAÇÃO
“Não importa quão inteligente seja o aluno, se ele não continuar a orar a Deus
pedindo uma mente que o compreenda e um coração crente e humilde, e se não
mantiver um andar pessoal com o Senhor, então os ensinos das Escrituras serão
interpretados de maneira errada e desacreditada, erros doutrinários surgirão
como conseqüência e a mente e o coração serão transformados não para melhor,
mas para pior. Os estudantes de teologia sistemática devem decidir logo no
início guardar sua vida de qualquer desobediência a Deus ou de qualquer pecado
conhecido que possa romper seu relacionamento com ele. Devem resolver manter
sua vida devocional com grande regularidade. Devem orar continuamente, pedindo
sabedoria e entendimento das Escrituras”.
GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999. p. 13
B. COM HUMILDADE
“Aqueles que estudam teologia sistemática vão aprender muitas coisas acerca
dos ensinos das Escrituras que talvez sejam ignoradas ou não muito conhecidas
por outros cristãos de suas igrejas ou por seus parentes mais velhos no Senhor.
Em todas essas situações é muito fácil assumir uma atitude de orgulho...A
teologia sistemática estudada de forma correta não conduzirá ao conhecimento
que ‘ensoberbece’ (1 Co 8:1), mas, sim, à humildade e ao amor pelos outros”.
C. COM A RAZÃO
“Verificamos no Novo Testamento que Jesus e os escritores neotestamentários
com freqüência citam um versículo das Escrituras e depois extraem deles
conclusões lógicas. Não é errado, portanto, usar entendimento humano, lógica
humana e razão humana para extrair conclusões das declarações da Bíblia”.
Fonte: GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999. p. 1-16
INTRODUÇÃO
Deus existe? Quem ele é? De onde ele veio? Quando ele surgiu? Quem o criou? O que Ele fazia
antes de criar o mundo?
Estas e outras perguntas são o princípio da Teologia Natural. Teologia é o conhecimento a respeito de Deus,
e este conhecimento surge a partir da tentativa humana de responder a estas e a outras questões importantes
da existência. Dependendo da forma como essas perguntas têm sido respondidas ao longo da história, têm
surgido as religiões. Diversas origens têm sido propostas para a palavra Religião.
Religião.
Cícero → Relegere: Revisar novamente, reconsiderar
Religio: consideração, observação devota,
Especialmente do que pertence ao culto e
Serviço devidos a Deus.
Religens: Devoto, consciente
Reliiosus: no bom sentido, religioso; no
Mal, escrupuloso, supersticioso.
A Teologia Natural pode nos fazer conhecer algo sobre Deus. Mas o conhecimento que realmente
importa é o conhecer a Deus. Certamente, Isaías já conhecia muito sobre Deus, pois era profeta, mas apenas
no capítulo 6 do seu livro ele declara: "No ano da morte do Rei Uzias, eu vi o Senhor..." (Isaías 6:1). Jó era
um homem elogiado por Deus, por sua integridade, retidão, temor a Deus e separação do mal (Jó 2:3), mas
ao final de toda a sua experiência de sofrimento, e somente depois de contemplar o Senhor 'através de um
redemoinho', é que ele pôde afirmar: "Eu te conhecia só de ouvir falar, mas agora os meus olhos te vêem." (Jó
42:5).
O objetivo deste curso é que você possa, principalmente, conhecer A Deus. Certamente, ele trará
também conhecimento sobre Deus, pois este é o objeto de estudo da Teologia. Mas minha palavra de
advertência nesta introdução é que você jamais perca de mente o objetivo do estudo da Teologia: Conhecer
o Verdadeiro Deus e a Vida Eterna!
"Também sabemos que o Filho de Deus é vindo, e nos tem dado o entendimento para
reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o
verdadeiro Deus e a vida eterna." (1 João 5:20)
UNIDADE 1 - DEUS
I.1.1 - A EXISTÊNCIA DE DEUS
A. ARGUMENTOS NATURALISTAS:
DEUS EXISTE
Com relação à unidade da essência divina, deve-se, em primeiro
Lugar, crer que Deus existe, verdade esta evidente à razão humana.
1 — Vemos, com efeito, que todas as coisas que se movem são movidas
por outras: as inferiores pelas superiores, como os elementos o são pelos
corpos celestes; vemos que as coisas inferiores agem impulsionadas pelas
superiores. E impossível que nesta comunicação de movimentos, o processo
prolongue-se até o infinito, porque toda coisa que é movida por outra é
como um instrumento do primeiro motor da série. Ora, se não houver um
primeiro motor, todas as coisas movidas nada mais são que instrumentos.
Por conseguinte, se houver um processo que leve ao infinito a série das
coisas que movem sucessivamente umas às outras, nele não pode existir um
primeiro motor. Conseqüentemente, todas as coisas, as que movem e as
movidas, seriam instrumentos.
"Sabemos que existimos. Não podemos duvidar racionalmente deste fato, pois o
conhecimento é imediato e traz consigo seu próprio certificado da certeza.
Partindo disto, o passo seguinte é inescapável. O fato de que não demos
origem a nós mesmos quase que é forçado sobre nós. Sabemos que não produzimos
nossa própria alma. Isto traz consigo, imediatamente, a verdade correlata de
que devemos Ter sido originados por alguém fora de nós mesmos, que deve
possuir poder suficiente para Ter produzido nossa alma, que é o efeito
observado. Ou fomos originados por um agente pessoal ou por um agente que
não era pessoal. Não há outra alternativa. Neste ponto apelamos para a verdade
axiomática da razão, que a causa deve ser adequada para produzir o efeito
observado."
Hamilton
"O homem possui natureza intelectual e moral, pelo que o seu criador deve
Ter sido um Ser, intelectual e moral, Juiz e Legislador. O homem tem natureza
emotiva; somente um Ser dotado de bondade, poder, amor, sabedoria e santidade
poderia satisfazer essa natureza, o que indica a existência de um Deus
pessoal."
Evans
B. ARGUMENTOS BÍBLICOS
"Havendo Deus, outrora falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais pelos
profetas, nestes últimas dias nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as
coisas, pelo qual também fez o universo." Hebreus 1:1,2
"Portanto, se bem que o fulgor que se projeta aos olhos de todos, no céu e na terra, retire totalmente toda
base para a ingratidão dos homens - e ainda que Deus, para envolver o gênero humano na mesma culpa,
mostre a todos, esboçada nas criaturas, sua Divina Majestade - é necessário, contudo, além disso,
acrescentar outro recurso melhor, que nos dirija retamente ao próprio Criador do universo. Por isso, não
foi em vão que Deus acrescentou a luz de Sua Palavra para fazer-se conhecido para a salvação do homem.
E considerou dignos deste privilégio a todos aqueles aos quais quis trazer, para perto de Si, mais
aproximada e intimamente"
3. "Cremos que Deus nos deu a completa revelação de si mesmo em seu Filho, nosso
Senhor Jesus Cristo. "Ninguém jamais viu a Deus: o Deus unigênito, que está no
seio do Pai, "é quem o revelou" (Jo 1:18). Particularmente Deus se revelou em
Jesus como o Deus Salvador, "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o
seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna." (Jo 3:16).
Nisto Cremos, Documento Confessional Luterano, Artigo I, Deus e sua revelação
C. DEFINIÇÃO COMBINADA
D. DEFINIÇÕES BÍBLICAS
As expressões "Deus é espírito" (Jo 4:24) e "Deus é luz" (Jo 1:5) são
expressões da natureza essencial de Deus, enquanto que a expressão "Deus é
amor" (1 Jo 4:7) é expressão de Sua personalidade (1 Tm 6:16).
E. SUA DEFINIÇÃO
1 — Em toda composição convém que haja dois elementos que se relacionem como
a potência para o ato. Ora, no primeiro motor, se ele é absolutamente imóvel,
é impossível haver potência unida a ato, porque, desde que esteja em potência,
é móvel. Logo, é impossível que o primeiro motor seja composto de potência e
ato.
2 — Ademais, deve haver algo anterior ao ser composto, porque as causas que
atuaram na composição lhe são anteriores. Por conseguinte, é impossível que
aquilo que antecede a todos os seres seja composto.
3 — Considerando, agora, a ordem dos seres compostos, vemos que os seres mais
simples são anteriores, porque os elementos são anteriores aos corpos mistos.
Mais ainda: entre esses elementos, o primeiro é o fogo, que é simplicíssimo.
Anterior, porém, a todos os elementos é o corpo celeste, constituído que está
em maior simplicidade, porque é livre de contrariedade. Segue-se, então, que
o primeiro dos seres é absolutamente simples.2
2 a) O primeiro argumento fundamenta-se na doutrina de Ato e Potência, e conserva toda a sua validez metafísica.
O segundo argumento também a conserva considerada sob o aspecto metafísico, O terceiro argumento,
fundamentado na Física da época de S. Tomás, que seguia ainda a visão do universo de Empédocles e de Aristóteles,
bem que bom quanto à forma, à ilação, evidentemente está desatualizado, quanto ao conteúdo.
Compêndio de Teologia, São Tomás de Aquino, pg. 39, EDIPUCRS, 2a Ed, 1996
"A aplicação deste termo a Deus tem o objetivo de ensinar que existe um e
apenas um Deus. A doutrina da Unidade de Deus está envolvida em Sua auto-
existência e na eternidade de Seu Ser. É evidente que há necessidade de um
único ser auto-existente no universo, pois a auto-suficiência e a soberania
são aliadas da auto-existência. Em outras palavras, um ser auto-existente há
de ser auto-suficiente, capaz de fazer tudo aquilo que queira fazer. Um ser
auto-existente elimina para sempre a necessidade de outro ser igual; e não só
isso, mas torna impossível a existência de outro ser igual. Não pode haver dois
seres auto-existentes pela própria razão irretorquível de que a auto-existência
implica na possessão de toda a perfeição. Se, portanto, pudessem existir dois
seres auto-existentes, cada um deles possuiria todas as perfeições e assim
seriam essencialmente um e o mesmo ser. Preencheriam uma única esfera - algo
impossível se fossem dois e não um. A existência de mais de um Deus não cabe
dentro dos limites do possível. O atributo da auto-existência estabelece essa
posição e o atributo da eternidade a confirma. Pois, se um Deus existe desde a
eternidade, não houve lugar para outro. A eternidade de Deus é uma prova
conclusiva de Sua unidade."
Pendleton
"Então repousarei e estarei firme em ti, em tua verdade, na minha forma; não
serei mais atormentado pelas perguntas das pessoas que, por uma enfermidade,
que é pena de seu pecado, querem beber mais do que podem, e dizem: "Que fazia
Deus antes de criar o céu e a terra?" - ou "Como lhe veio a idéia de criar
algo, se antes nunca criara coisa alguma?" - Concede-lhes, Senhor, que reflitam
no que dizem, que compreendam que não se pode falar em nunca onde não há tempo.
Quando se diz que alguém nunca fez nada, que se quer dizer senão que esse tal
nada fez em tempo algum? Que eles, portanto, vejam que não pode existir tempo
na ausência da criação, e deixem de semelhante futilidade.
"Que também atentem para o que têm diante de si, que compreendam que Tu, antes
de todos os tempos, és o Criador Eterno de todos os tempos, e que nenhum tempo
te é coeterno, nem criatura alguma, embora algumas estejam acima dos tempos."
Santo Agostinho, As Confissões, Ed. Ediouro, Pg. 236
"Mudam as criaturas e tudo o que é da terra; Deus, porém, não muda. Ele é e há
de ser eternamente o mesmo, pois é infinitamente perfeito, e a perfeição infinita
impede e elimina toda alteração. Não pode haver mudança que não implique
imperfeição" Pendleton
"Um filósofo pagão perguntou certa vez a um Cristão: 'Onde está Deus?' O
cristão replicou: 'Primeiro desejo perguntar-lhe: Onde não está ele'"?
Arrowsmith
"Que é, portanto, ó meu Deus? Que és, repito, senão o Senhor Deus? E que Senhor
pode haver fora do Senhor, ou que Deus além do nosso Deus? Sumo, ótimo,
poderosíssimo, onipotentíssimo, misericordiosíssimo e justíssimo; secretíssimo
e presentíssimo, formosíssimo e fortíssimo, estável e incompreensível;
imutável, mudando todas as coisas; nunca novo e nunca velho; renovador de
todas as coisas; conduzindo à velhice aos soberbos sem que eles o saibam;
sempre agindo e sempre em repouso; sempre granjeando e nunca necessitado;
sempre sustentando, enchendo e protegendo; sempre criando, nutrindo e
aperfeiçoando; sempre buscando, ainda que nada te falte.
"Amas e não sentes paixão; tens zelos, e estás seguro; te arrependes, e não
sentes dor; te iras, e continuas tranquilo; mudas de obra, mas não de resolução;
recebes o que encontras, e nunca perdeste nada; não és avaro, e exiges lucro.
A ti oferecemos tudo, para que sejas nosso devedor; porém, quem há que tenha
algo que não seja teu, pois pagas dívidas que a ninguém deves, e perdoas
dívidas sem que nada percas com isso?
"E que é o que até aqui dissemos, meu Deus, minha vida, minha doçura santa,
ou que é o que pode dizer alguém quando fala de ti? Mas ai dos que nada dizem
de ti, porque não passam de mudos charlatães."
Santo Agostinho, As Confissões, Ed. Ediouro, Pg. 236
"E Deus é revelado na Bíblia não apenas como Aquele que conhece de antemão e
prevê as ações dos livres agentes (At 2.23), mas também como Aquele que sabe o
que fariam esses livres agentes em circunstâncias diferentes, ainda que nunca
o tenham feito (I Sm 23.12)" Harris, Vol. I
"O homem que se põe à beira de um rio vê apenas aquela parte do rio que passa;
mas quem está no ar, em lugar mais alto, vê todo o seu curso, onde começa e
como é o seu leito. Semelhantemente, Deus, de uma só vez, vê o início, o decurso
e o fim das ações; o que quer que pensemos, falemos ou façamos, Ele o vê em sua
inteireza." Manton
"A palavra 'onipotência' deriva de dois termos latinos, 'omnis' e 'potentia', que
juntas significam 'todo poder'. Esse atributo significa que Seu poder é ilimitado,
que Ele tem o poder de fazer qualquer cousa que queira. A onipotência de Deus é
aquele atributo pelo qual Ele pode fazer suceder qualquer cousa que deseje. A
declaração de Deus da Sua intenção é a garantia de que ela se realizará.
"A onipotência de Deus não significa o exercício de seu poder para fazer aquilo
que é incoerente com a natureza das cousas, como, por exemplo, fazer que um
acontecimento já passado não tenha acontecido, ou traçar entre dois pontos uma
linha mais curta do que uma reta. Para Deus é impossível mentir, pecar, morrer,
fazer com que o errado esteja certo, ou fazer com que o ódio votado contra Ele
seja abençoado. Fazer tais cousas não implicaria poder, mas antes, impotência.
Deus possui todo o poder que é concernente com a perfeição infinita - todo o
poder para fazer o que é digno dEle."
E. H. Bancroft, Teologia Elementar Doutrinária e Conservadora, Imprensa Batista Regular do Brasil, pg.
57
"É a consonância daquilo que é asseverado com o que pensa a Pessoa que fez a
asseveração. Neste sentido a verdade é um atributo exclusivamente divino, pois
com frequência os homens erram nos testemunhos que prestam, simplesmente por
estarem equivocados a respeito dos fatos, ou então por pura incapacidade
fracassam em promessas que fizeram com honestas intenções. Mas a onisciência
de Deus impede que Ele chegue a cometer qualquer equívoco, e a Sua onipotência
e imutabilidade asseguram o cumprimento de Suas intenções (Dt 32:4, Sl 119:142,
Jo 8:26; Rm 3:4; Tt 1:2; Nm 23:19; Hb 6:18; Ap 3:7; Jo 17:3; I Jo 5:20; Jr
10:10; Jo 3:33; I Ts 1:9; Ap 6:10; Sl 31:5; Jr 5:3; Is 25:1). Ao exercê-la
para com a criatura, a verdade de Deus é conhecida como sua veracidade e
fidelidade."
Teologia Sistemática, Banco de Dados Teológico, Internet
(http://www.terravista.pt/Bilene/2810/base/)
"II. Deus tem em si mesmo, e de si mesmo, toda a vida, glória, bondade e bem-
aventurança. Ele é todo suficiente em si e para si, pois não precisa das
criaturas que trouxe à existência, não deriva delas glória alguma, mas somente
manifesta a sua glória nelas, por elas, para elas e sobre elas..."
Confissão de fé de Westminster, Capítulo II, Artigo II
"É a perfeição de Deus, em virtude da qual Ele eternamente quer manter e mantém
a Sua excelência moral, aborrece o pecado, e exige pureza moral em suas
criaturas. Ser Santo vem do hebraico qadash que significa cortar ou separar.
Neste sentido também o Novo Testamento utiliza as palavras gregas hagiazo e
hagios.
" A santidade de Deus possui dois diferentes aspectos, podendo ser positiva
ou negativa (Hb 1:9, Am 5:15, Rm 12:9).
a) Santidade Positiva: Expressa excelência moral de Deus na qual Ele é
absolutamente perfeito, puro e íntegro em Sua natureza e Seu caráter (1
Jo 1:5; Is 57:15; 1 Pe 1:15,16; Hc 1:13). A santidade positiva é amor ao
bem.
b) Santidade Negativa: Significa que Deus é inteiramente separado de tudo
quanto é mal e de tudo quanto o aborrece (Lv 11:43-45; Dt 23:14; Jó 34:10;
Pv 15:9,26; Is 59:1,2; Lc 20:26; Hc 1:13; Pv 6:16-19; Dt 25:16; Sl 5:4-
6). A santidade negativa é ódio ao mal.
"Além de possuir dois aspectos a santidade de Deus possui também duas maneiras
diferentes de manifestar-se:
c) Retidão: Também chamada justiça absoluta, é a retidão de natureza divina,
e virtude da qual Ele é infinitamente Reto em Si mesmo (santidade
legislativa). Sl 145:17; Jr 12:1; Jo 17:25; Sl 116:5 Ed 9:15.
d) Justiça: Também chamada justiça relativa, é a execução da retidão ou a
expressão da justiça absoluta (santidade judicial). Strong a chama de
santidade transitiva. A retidão é a fonte da Santidade de Deus, a justiça
é a demonstração de Sua Santidade.
Teologia Sistemática, Banco de Dados Teológico, Internet
(http://www.terravista.pt/Bilene/2810/base/)
"Ele é fiel na sua natureza e nas suas ações. A palavra hebraica amen,
"verdadeiramente", é derivada de uma das mais notáveis descrições do caráter
de Deus, que reflete a sua certeza e fidedignidade: "Ó, SENHOR, tu és o meu
Deus, exaltar-te-ei a ti e louvarei o teu nome, porque tens feito maravilhas
e tens executado os teus conselhos antigos, fiéis e verdadeiros ('emunah 'omen
- literal "fidelidade de confiabilidade"); (Isaías 25:1). O Senhor comprova a
sua fidelidade ao cumprir as suas promessas: "Saberás, pois, que o SENHOR, teu
Deus, é Deus , o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil
gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos" (Deuteronômios 7:9).
Josué, já no fim de sua vida, declarou ao povo de Israel que o SENHOR nunca
lhe faltara, nem sequer numa única promessa (Josué 23:14). O salmista
confessou: "... a tua fidelidade, tu a confirmarás nos céus..." (Salmos 89:2).
"As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as
suas misericórdias não têm fim; renovam-se a cada manhã. Grande é a tua
fidelidade" (Lamentações 3:22,23).
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática. CPAD: Rio de Janeiro, 1996, 1ª Ed. pg 134 e 135
C. OUTROS ATRIBUTOS
"Vida é um termo que não pode ser plenamente definido. A ciência define-a como
correspondência entre órgão e ambiente. Aplicadas, porém, a Deus, há de
significar muito mais do que isso, visto que Deus não tem ambiente. A vida de
Deus é Sua atividade de pensamento, sentimento e vontade. È o movimento total
e íntimo de Seu Ser que O capacita a formar propósitos sábios, santos e
amorosos, e a executá-los." Mullins
2. ESPIRITUALIDADE
3. PERSONALIDADE
"Essa é a verdade contrária ao panteísmo, que ensina que Deus é tudo e tudo é
Deus; que Deus é o universo e o universo é Deus; que Ele não tem existência
separada e distinta. O conceito do panteísmo é que o conjunto das coisas
individuais é Deus. Nessa mesma base, podia se dizer que o conteúdo da
consciência de um homem, em um dado momento, é o próprio homem; ou que as ondas
do oceano são o próprio oceano. O panteísmo nega a distinção entre a matéria e
a mente, entre o Infinito e o finito. Segundo essa teoria há apenas uma
substância, apenas um Ser real; por isso a doutrina é chamada de monismo, ou
seja, "tudo é uma coisa só". Torna, portanto, o mundo material não apenas co-
substancial com Deus mas também co-eterno com Ele. Isso, naturalmente, elimina
o conceito da criação, a não ser como um processo eterno e necessário. Nega
que o Ser Infinito e Absoluto tenha, em si mesmo, inteligência, consciência ou
vontade. O Infinito vem a existir no finito. A vida toda - consciência,
inteligência e conhecimento - é a vida - conhecimento, inteligência e
conhecimento - da matéria. O panteísmo, portanto, nega a personalidade de Deus,
pois tanto a personalidade como a consciência implicam uma distinção entre o
"eu" e o "não-eu"; e essa distinção, segundo o panteísmo, é uma limitação
incoerente com a natureza do Deus infinito, o qual, por conseguinte, não é uma
pessoa que possa dizer 'Eu' e que possa ser chamada de 'Tu'".
Teologia Elementar, E. H. Bancroft, D. D., Imprensa Batista Regular, 1979
4. TRI-UNIDADE
5. AUTO-EXISTÊNCIA
" Isso, naturalmente, significa que as causas de Sua Existência estão nEle
mesmo. Nele a vida é inerente. Diferentemente da vida das criaturas, Sua vida
não vem de fontes externas. Se no universo não existissem criaturas, essa não-
existência em coisa alguma afetaria a existência de Deus. Não afetou sua
existência antes que Ele realizasse a obra da criação. Ele tinha 'vida em si
mesmo' quando não havia vida em parte alguma fora dEle. Na ausência total de
vida fora de Sua Pessoa, todas as possibilidades de vida se concentravam nEle.
Nunca nos devemos esquecer de que, em Deus, as criaturas 'vivem, movem-se e
existem', desse modo dependendo dEle para viver, movimentar-se e existir; Sua
auto-existência, porém, torna-o absolutamente independente. Visto que a causa
da existência das criaturas não está nelas, necessariamente tais criaturas
dependem do Criador, podendo-se atribuir a razão de sua existência à vontade
divina. A razão da existência de Deus encontra-se exclusivamente nEle, e Sua
auto-existência é atributo inalienável de Sua natureza. Quando Ele interpõe
Seu juramento, em confirmação à Sua Palavra, Ele jura por si mesmo, dizendo:
'Vivo Eu', permitindo que Seu juramento repouse sobre a base imutável de sua
auto-existência. No escopo sem limites do pensamento humano e angélico, nunca
poderá ser encontrado um mistério mais profundo que o da auto-existência de
Deus. É mistério que desafia a compreensão finita. Somente Deus sabe como é
que Ele existe, por que Ele sempre tem existido, e por que existirá para sempre"
Pendleton
TSIKDENU Jr 23:6
(Nossa Justiça)
1 Sm 1:3 Domínio, Vitória, Conquista
UNIDADE 2 - A TRINDADE
I.2.1 - DEFINIÇÃO
Deus é um só em seu ser e substância, dotado de três distinções pessoais, que nos
são reveladas como Pai, Filho e Espírito Santo.
• Swedenborgianismo- Sustenta que 'O pai, o Filho e o Espírito Santo são três
elementos essenciais de um Deus', que compõe um, tal como corpo, alma e
espírito compõe o homem.
Swedenborg, Emanuel (1688-1772) - É tido como um dos maiores pensadores
e teólogos suecos. Através de suas visões, pretendeu apresentar uma nova
revelação da doutrina cristã, caracterizada pela negação da Santíssima Trindade.
Seus discípulos continuam em atividade até os dias de hoje.
Swedenborgianismo - Doutrina elaborada por Emanuel Swedenborg, cujos
pontos principais são: 1) O Universo e a humanidade não foram criados, mas
emanados de Deus; 2) A Trindade é impessoal; 3) A expiação é apenas teórica;
4) No estado intermediário, o ser humano terá uma Segunda oportunidade para
redimir-se das faltas e pecados cometidos na vida terrena.
1) TEXTOS CORRELATOS
2) ANTIGO TESTAMENTO
Deus se revela como o Único Deus. Isto encontra sua expressão máxima
no Sh'ema judaico: "Ouve, Ó Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único
SENHOR (Dt 6:4)".
No entanto, existem indícios claros que apontam a existência da trindade:
• Gn 1:26: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança" - Com quem falava Deus, e quem além dEle possuía
imagem semelhante à sua?
• Anjo do Senhor - anjo distinguido de outros anjos no A. T. Ele recebe
adoração e fala com a mesma autoridade de Deus. Aqueles que o
contemplam dizem Ter visto Deus face a face. No entanto, jamais
alguém viu a Deus. O anjo do Senhor seria a manifestação do Senhor
Jesus antes da encarnação.
• Messias - Termos proféticos - Is 48:16; Is 61:1; Is 63:7-10; Zc 12:10;
3) NOVO TESTAMENTO
É no Novo Testamento que a doutrina da Trindade é diretamente
estabelecida, embora a palavra 'Trindade', em si, não conste das Escrituras. A
partir das afirmações inequívocas a respeito da divindade de Jesus (Jo1:1-14,
Jo 17:5; Fp 2:10-11; Jo 8:59; Jo 10:30; Cl 1:17; Cl 2:9), e da promessa do
Espírito Santo ('allos parakletos', isto é, outro consolador, outro de mesma
natureza), temos o 'problema' da trindade. Deus continua a ser o único Deus,
não existem três deuses, mas percebemos claramente que há três
manifestações, ou pessoas, distintas, de Deus, com vontades independentes
(Lc 22.42; 1 Co 12.11; Jo 6:38). No Batismo de Jesus, vemos a manifestação
de cada pessoa da trindade independentemente. Na fórmula batismal e nas
saudações, vemos o posicionamento da Igreja Primitiva a esse respeito (Mt
28:19; 2 Co 13:14).
a) O Pai reconhecido como Deus - Jo 6:27; 1 Pe 1:2.
b) Jesus reconhecido como Deus:
• Expressamente chamado Deus - Jo 1:1. Jo 1:18; Jo 20:28; Tt 2:13
• Distinções de Deus no VT são dadas a Jesus - Mt 3:3; Jo 12:41
• Possui os atributos de Deus - Jo 14:6; Jo 5:26; Jo 3:16; Lc 1:35
• Obras de Deus são atribuídas a Jesus - Jo 1:3; Cl 1:17; Hb 1:10
• Recebe adoração devida somente a Deus - Jo 5:23; At 7:59; Hb 1:6
• É igual ao Pai - Jo 5:18; Fp 2:6
• Mencionado em igualdade com o Pai - Mt 28:19; I Co 1:23; Ap
20:6
c) Espírito Santo reconhecido como Deus:
• Tratado como Deus - At 5:3,4; I Co 3:16
• Tem os mesmos atributos de Deus - Rm 15:30; Jo 16:13; Hb 9:14
• Obras de Deus atribuídas ao E. S. - Gn 1:2; Jo 16:8; Rm 8:11
• Nome ligado ao nome do Pai e do Filho - Mt 28:19; II Co 3:3
d) Todos são reconhecidos como Pessoas
e) São pessoas distintas entre si
• Cristo distingue-se do Pai - Jo 5:32,37
• Pai e Filho são distinguidos um do outro - Jo 1:14; Jo 3:16
• Pai e Filho distinguem-se entre si - Jo 10:36; Gl 4:4
• Pai e Filho distinguem-se do E. S. - Jo 14:16,17;
• O E. S. procede do Pai - Jo 15:26
• O E. S. é enviado pelo Pai e pelo Filho - Gl 4:6; Jo 14:26
• O E. S. distingue-se do Pai e do Filho - Gl 4:6; Mt 3:16,17
f) As distinções pessoais são eternas
"Mas eis que se mostra a mim em enigma a Trindade que és, meu Deus, porque
Tu, Pai, no princípio de nossa sabedoria, que é tua sabedoria, nascida de
ti, igual e coeterna, a ti, isto é, em Filho, criaste o Céu e a Terra. Já
falei longamente do céu do céu, da terra invisível e caótica, e do abismo
das trevas; falei da natureza espiritual errante e fluida, e que permaneceria
tal se não se tivesse voltado para Aquele de quem vem toda a vida, a fim de
que, por sua luz, ela se tornasse viva e bela, e existisse o céu deste céu,
que foi criado mais tarde entre a água e a água. Na palavra Deus eu já
entendia o Pai, que criou essas coisas, e na palavra princípio eu entendia
o Filho, em quem ele as criou, e, como eu acreditava na Trindade de meu Deus,
eu procurava em tuas santas palavras. E vi em tuas Escrituras que teu Espírito
era levado sobre as águas. Eis tua trindade, meu Deus, Pai, Filho e Espírito
Santo, Criador de toda criatura!"
Santo Agostinho, As Confissões, Ed. Ediouro, Pg. 265 e 266
"Quem quer que queira salvar-se, antes de tudo deve professar a Fé Católica,
pois se alguém não a conservar íntegra e inviolável, sem dúvida, perecerá
para sempre.
"A fé católica é esta: que veneremos um Deus na trindade, e a Trindade na
Unidade, sem confundir as pessoas, nem dividir-lhes a substância.
"Uma é a pessoa do Pai, outra a do Filho, outra, a do Espírito Santo. Mas o
Pai, o Filho e o Espírito Santo têm uma só divindade, uma mesma glória e
coeterna majestade.
"Qual é o Pai, tal é o Filho, e tal é o Espírito Santo; incriado o Pai,
incriado o Filho e incriado o Espírito Santo; imenso o Pai, imenso o Filho
e imenso o Espírito Santo; eterno o Pai, eterno o Filho e eterno o Espírito
Santo. Contudo, não são três eternos, mas um só eterno; como também não são
três incriados, nem três imensos, mas um só incriado e um só imenso.
"Igualmente, onipotente o Pai, onipotente o Filho, onipotente o Espírito
Santo. Contudo, não são três onipotentes, mas um só onipotente.
"Assim também, Senhor é o Pai, Senhor é o Filho, e Senhor é o Espírito Santo.
Entretanto, não são três Senhores, mas um só Senhor. Porque assim como somos
obrigados pela verdade cristã a confessar que cada uma das Pessoas é
singularmente Deus e Senhor, também somos proibidos, pela religião católica,
de afirmar que há três deuses ou três senhores.
"O Pai por nenhuma coisa foi feito, nem criado, nem gerado. O Filho vem só
do Pai, não como criado, nem feito, mas sendo gerado. O Espírito Santo vem
só do Pai e do Filho, não como feito, nem como criado, nem como gerado, mas
procedendo.
"Por conseguinte, há um só Pai, não três Pais. Há um só Filho, não três
Filhos. Há um só Espírito Santo, não três Espíritos Santos. E nesta trindade
nada há, antes ou depois, nada maior ou menor. Mas todas as três Pessoas
são coeternas e coiguais, de sorte que, como já se disse acima, em tudo deve
ser venerada a Unidade na Trindade e a Trindade na Unidade.
"Mas é necessário, para a eterna salvação, que se creia fielmente também na
Encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo: pertence à reta fé acreditarmos e
confessarmos que Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, é Deus e Homem.
"É Deus, gerado da substância do Pai, antes dos séculos; e Homem, nascido da
substância da mãe, no tempo.
"Perfeito Deus, Perfeito Homem - subsistente de alma racional e carne humana.
"Igual ao Pai, segundo a divindade; menor que o Pai, segundo a humanidade.
"Embora Ele seja Deus e Homem, contudo não são dois, mas um só Cristo. Um
só, com efeito, não pela conversão da divindade na carne, mas pela assunção
da humanidade em Deus.
"Absolutamente um só, não pela confusão da substância, mas pela unidade da
Pessoa. Pois assim como há um só homem de alma racional e de carne, também
um só é Cristo: Deus e Homem.
"O qual padeceu pela nossa salvação, desceu aos infernos, ao terceiro dia
ressurgiu dos mortos. Subiu aos céus, está assentado à direita de Deus Pai
todo-poderoso, donde virá julgar os vivos e os mortos.
"Á sua vinda todos os homens devem ressurgir com os seus corpos e deverão
dar contas das suas ações. Os que agiram bem irão para a vida eterna; os que
agiram mal, para o fogo eterno.
"Esta é a fé católica, na qual se alguém não crer fiel e firmemente não
poderá ser salvo."
Símbolo Atanasiano
"Temos ainda a considerar a idéia de Deus como PAI. Em exprimir a relação de Deus
para com o Universo, esta é a idéia mais fiel. PAI é o nome de Deus que Cristo nos
revelou. A relação de um pai verdadeiro para com o bom filho é a que melhor ilustra
a relação de Deus para com o universo. Dar vida a outro ser, ou ser pai é a melhor
analogia que se pode encontrar da relação de Deus para com o Universo. O universo
é criação de Deus, que lhe deu existência e que o reconhece como tal. Por isso
mesmo o universo tem direito à proteção de Deus, que é o seu Criador. Não há pai
tão fiel no cumprimento dos seus deveres para com os seus filhos como Deus o é
para com a sua criação. Quem cria alguma coisa, cria e se impõe, simultaneamente,
certa obrigação. Ora, Deus não só reconhece a sua obrigação, mas também é fiel no
cumprimento dos seus deveres. O Salmista compreendeu muito bem a atitude de Deus
para com o universo quando disse: "Assim como um pai se compadece de seus filhos,
assim o Senhor se compadece daqueles que o temem" (Salmos 103:13).
A B LANGSTON, A B. Esboço de Teologia Sistemática. JUERP, 1980. 6ª Edição. Pg. 99
"O Pai: Israel - por meio de um relacionamento especial, Deus era o Pai da nação;
igreja - somos relacionados individualmente a Deus como Pai."
Lewis Sperry Chafer, Systematic Theology, IV, pg 47-53
"Na unidade da divindade há três pessoas de uma mesma substância, poder e eternidade
- Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo. O Pai não é de ninguém - não
é nem gerado, nem procedente; o Filho é eternamente gerado do Pai; o Espírito Santo
é eternamente procedente do Pai e do Filho.
Confissão de Fé de Westminster, Capítulo II, Artigo III.
"O Antigo Testamento introduz o conceito figurativo de Deus como Pai; o Novo
Testamento demonstra como esse relacionamento pode ser plenamente experimentado.
Jesus fala frequentemente a respeito de Deus, utilizando termos que caracterizam
intimidade. Nenhuma oração no Antigo Testamento dirige-se a Deus como "Pai". Jesus,
porém, ao ensinar seus discípulos a orar, esperava deles que adotasssem a postura
de filhos, e dissessem: "Pai Nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu
nome" (Mt 6.9).
"Embora Jesus falasse do Deus de Abraão, Isaque e Jacó, ... seu título preferido
para Deus era "Pai", que no Novo Testamento é o grego pater (daí derivam as palavras
"patriarca" e "paterno"). Surge uma exceção em Marcos 14.36, onde o termo aramaico
'abba, que Jesus usou para dirigir-se a Deus, foi conservado.
"Paulo designou Deus como 'abba em duas ocasiões: (Gl 4:6 e Rm 8:15,16). Isto é:
na Igreja Primitiva, os cristãos judaicos estariam invocando Deus, dizendo: 'Abba,
"Ó Pai", e os cristãos gentios estariam exclamando: Ho Pater, "Ó Pai!". Ao mesmo
tempo, o Espírito Santo estaria tornando real para eles que Deus é, de fato, o Pai
de todos. A qualidade incomparável do termo acha-se no fato de que Jesus lhe
atribuiu uma ternura incomum. Além do mais, caracterizava muito bem o seu próprio
relacionamento com Deus, e também o tipo de relacionamento que Ele queria, em
última análise, que os seus discípulos tivessem com o Pai."
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática. CPAD: Rio de Janeiro, 1996, 1ª Ed. pg 150
"O Decreto de Deus é o Seu eterno propósito, segundo o conselho de Sua própria
vontade, pelo qual, para sua própria glória, Ele preordenou tudo que acontece."
Um Resumo da Doutrina Bíblica, Charles C. Ryrie, A Bíblia Anotada, pg. 1627
"Eleição. (Do latim electionem). Ato de eleger, escolha. Diploma divino com que é
agraciado todo o que recebe a Cristo Jesus como seu Único e Suficiente Salvador
(Jo 3:16). A eleição subentende que a pessoa, mediante o sacrifício de Cristo, já
atendeu a todos os requisitos exigidos pela justiça de Deus quanto ao perdão de
seus pecados. Ora, quanto à eleição, é necessário dizer que ela é precedida pela
predestinação. Noutras palavras: toda a humanidade, sem quaisquer exceções, foi
predestinada à vida eterna. Mas a eleição está reservada àqueles que acreditam na
eficácia do sangue de Jesus."
Dicionário Teológico, Claudionor Corrêa de Andrade, 1ª Edição, CPAD, Rio de Janeiro, 1998
"I. Aprouve a Deus em seu eterno propósito, escolher e ordenar o Senhor Jesus, seu
Filho Unigênito, para ser o Mediador entre Deus e o homem, o Profeta, Sacerdote e
Rei, o Cabeça e Salvador de sua Igreja, o Herdeiro de todas as coisas e Juiz do
Mundo. E deu-lhe, desde toda a eternidade um povo para ser sua semente e para, no
tempo devido, ser por ele remido, chamado, justificado, santificado e glorificado."
Confissão de Fé de Westminster, Capítulo VIII, Artigo I.
"Deus, em seu caráter de Pai, instrui, corrige e açoita a todo o filho para o bem
estar deste. Nisto Deus é motivado pelo Seu grande amor para conosco...Deus espera,
com essa disciplina, fazer-nos viver uma vida de justiça e santidade."
Fundamentos para fé e obediência, volume III, Edições Worship, Americana , SP
"Salmo 2. 'Por que se agitam as nações e tramam os povos vãos projetos? Por que se
levantam os reis da terra e conspiram os príncipes contra o Senhor e seu Ungido?
Vou publicar o decreto do Senhor: Disse-me o Senhor: "Tu és meu filho, eu hoje te
gerei. Pede-me, dar-te-ei por herança todas as nações; Tu possuirás os confins do
mundo.'
"O ungido (Messias) fala de sua relação com o Senhor (Jahvé). Ele diz de sua
filhação. Trata-se de filhação por geração. Não de filhação adotiva. O Ungido é
filho de Jahvé de uma maneira singular, por isso é lhe concedida a soberania sobre
todas as nações da Terra. Compare-se agora o Salmo 2 com o Salmo 110: 'Disse o
Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita até que ponha os teus inimigos
por escabelo de teus pés. No dia do teu nascimento já possuis a realeza no esplendor
da santidade. Semelhante ao orvalho, eu te gerei antes da aurora. O Senhor jurou
e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de
Melquisedeque.' O Ungido aqui agora aparece como Senhor de Davi. Não é apenas seu
filho. Note-se que o título de Senhor para os judeus é exclusivo de Deus (Adonai).
O ungido também Senhor participa do poder de Jahvé, sentando-se à sua direita.
Junto com Jahvé ele dirige o mundo e a ele Jahvé submete todos os que se revoltam
contra o seu domínio. Note-se que nenhum rei de Israel era saudado desta maneira,
especialmente nenhum deles entendeu o sacerdócio ("sacerdote para sempre"). Havia
uma separação ritual estrita entre as funções litúrgicas do culto e as funções
profanas do poder real. Davi, ou o autor do Salmo, trata-o de Senhor, logo, alguém
no qual reconhece uma clara superioridade. E esse alguém superior ao rei, é gerado
antes da aurora... Trata-se da geração divina antes do tempo. Nessa linguagem
figurada, sabe-se, está expressa a geração eterna do Filho de Deus, o Messias. Ao
Messias Senhor, Filho de Deus, é conferida a dignidade sacerdotal."
Notas de Cristologia, Pe. Aldo Sérgio Lorenzoni, Universidade Católica de Pelotas, 1980.
"Ele está acima de toda a criação; Ele é o Criador. Ele lapida o belo cristal de
neve. Ele suspende o glorioso arco-íris. Ele dá a púrpura do amor-perfeito. Ele
moldou o penhasco da montanha. Ele colocou as marés azuis dos oceanos. Ele
proporciona luz e fôlego a todas as criaturas. Nossa história ancestral remonta a
uma glória resplandecente, a Pessoa do Cristo Criador."
Douglas
"Así, encontramos por todo el Antiguo Testamento que se hace constante mención de
una persona, distinta de Jehová, como persona, a la que sin embargo se le adscriben
los títulos, atributos y las obras de Jehová, el Señor, Jehová, Elohim. Reivindica
autoridad divina, ejerce prerrogativas divinas, y recibe homenaje divino. Si fuera
una cuestión aislada, si en uno o dos casos el mensajero hablara en nombre del que
le había enviado, podríamos suponer que la persona así designada era un ángel o
servidor ordinario de Dios. Pero cuando esta descripción se repite por toda la
Bíblia; cuando encontramos que estos términos se aplican no primero a un ángel, y
luego a otro, de manera indiscriminada, sino a un ángel en particular; que la
persona así designada es también llamada el Hijo de Dios, el Dios Fuerte; que la
obra que se le atribuye a él es en otras partes atribuida al mismo Dios; y que en
el Nuevo Testamento se declara que este Jehová manifestado, es el Hijo de Dios, el
Logos, que fue manifestado en carne, resulta cierto que por él Ángel de Jehová en
los primeros libros de la Escritura tenemos que entender una persona divina,
distinta del Padre."
Teología Sistemática, Volumen Primero, Charles Hodge, D. D., Editora CLIE, Barcelona, 1991, pg. 335
1) LOGOS
"João 1.1 apresenta Cristo mediante o termo grego logos, que significa
'palavra', 'demonstração', 'mensagem', 'declaração' ou 'o ato da fala'. Mas
Oscar Cullman aponta a importância de se reconhecer que, em João 1, logos tem
um significado específico: é descrito como uma hypostasis (Hb 1.3), uma
existência distinta e pessoal de um ser real e específico. João 1.1 demonstra
que 'o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" são duas expressões
simultaneamente verídicas. Isso significa jamais Ter havido um período em que
o Logos não existisse juntamente com o Pai."
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática. CPAD: Rio de Janeiro, 1996, 1ª Ed. pg. 308
2) FILHO DE DEUS
Filho de Deus - Esse nome é dado a Jesus Cristo quarenta vezes nas Escrituras. Além disso,
há referências frequentes a "Seu Filho" e "Meu Filho" (Jo 5:18). Jesus não reivindicou esse
título para Si mesmo, mas aceitou-o quando usavam para indicá-lO, ou quando foi assim
chamado por outros.
1) PREDITO - Is 7:14
"Isaías 7, com sua promessa de um filho que nascerá, é o pano de fundo do conceito
do nascimento virginal. Muitas controvérsias têm girado ao redor do termo hebraico
'almah, conforme usado em Isaías 7.14. A palavra é usualmente traduzida por
'virgem', embora algumas versões a traduzam por 'jovem'. No Antigo Testamento,
sempre que o contexto oferece uma nítida indicação, a palavra significa uma virgem
com idade para o casamento."
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática. CPAD: Rio de Janeiro, 1996, 1ª Ed., pg. 323
2) PROVADO - Mt 1:16
"O pronome feminino empregado em Mateus 1.16 indica que o nascimento de Jesus veio
por Maria apenas, sem participação de José."
A Bíblia Anotada, Um Resumo da Doutrina Bíblica, por Charles C. Ryrie, pg. 1628
C) SUAS RAZÕES:
"O verbo estava com Deus. Ele é uma pessoa da divindade. É chamado "o verbo".
Ele veio para proclamar Deus. Assim como as palavras expressam o pensamento,
assim Cristo exprime Deus. As palavras revelam o coração e a mente; assim
Cristo expressa, manifesta e mostra Deus. Jesus disse a Filipe: Se vós me
tivésseis conhecido, conheceríeis também a meu Pai (João 14:7)"
Estudo Panorâmico da Bíblia, Henrietta C. Mears, Ed. Vida, 1982, pg. 360
"A morte de Cristo foi um sacrifício eficaz a favor do pecado do mundo inteiro.
Por conseguinte, cada membro da raça humana nasce sobre a sombra protetora da
cruz. Assim como a culpa do pecado de Adão é atribuída à posteridade de Adão,
sem a ratificação ou repúdio pessoal dessa posteridade, assim sua posteridade
se torna compartilhadora do mérito da ação obediente de Cristo na redenção, no
que se refere à culpa devida pelo pecado de Adão, a despeito de sua aprovação
ou desaprovação pessoal."
E. H. Bancroft, Teologia Elementar Doutrinária e Conservadora, Imprensa Batista Regular do Brasil
"O poder da morte é aqui atribuído ao diabo, e Cristo é apresentado como Aquele
que arrebatou a própria arma de Satanás a fim de conquistá-lo. Isso é ilustrado
no caso de Davi, que tomou da espada de Golias, com a qual o abateu. Esse
poder, que Satanás vinha usando como usurpador, de modo profano, Cristo, com
terrível justiça, empregou para abater o adversário, assegurando sua
destruição.
E. H. Bancroft, Teologia Elementar Doutrinária e Conservadora, Imprensa Batista Regular do Brasil
"A aliança davídica, a respeito da qual muito foi dito, mostrou que sua
descendência sentaria sobre seu trono e teve seu cumprimento natural no reinado
de Salomão. Seus aspectos eternos incluem o Senhor Jesus Cristo da descendência
de Davi; e, no livro de Atos, Pedro insiste em que a ressurreição, e a ascensão
de Cristo cumpriram a promessa de Deus de que a descendência de Davi sentaria
sobre seu trono. (V. Atos 20:30)."
G. Murray, Millennial studies, p.44, cit. Manual de Escatologia, J. D. Pentecost, Ed. Vida, 1998, pg. 130
"Finalmente, ele foi recebido no céu para sentar-se à destra de Deus (Marcos
16:19). Aquele que tomou sobre si a forma de servo, é agora exaltado
sobremaneira (Veja Filipenses 2:7-9). Ele está num lugar de poder, intercedendo
sempre por nós. Ele é o nosso advogado."
Estudo Panorâmico da Bíblia, Henrietta C. Mears, Ed. Vida, 1982, pg. 341
2) PERFEITA HUMANIDADE
"João dá-nos prova daquilo que conhece. Ele tinha ouvido e visto e apalpado
com as mãos a Palavra da vida. Ele deseja levar os leitores a essa íntima
comunhão com o Pai e com seu Filho, para que a alegria deles seja completa.
Cristo, que era Deus, encarnou-se e habitou entre os homens, para que eles
pudessem ouvir sua voz, contemplar seu rosto e sentir o toque da sua mão
amorosa. Isso trouxe Deus aos homens, para que tenhamos comunhão. Andar em
comunhão é viver em harmonia."
Estudo Panorâmico da Bíblia, Henrietta C. Mears, Ed. Vida, 1982, pg. 542
"Nenhuma sombra empana a vida de Cristo, nenhum pecado ou vício ofusca o seu
rosto. Não se nos propõe nele um homem ideal, de extraordinário desenvolvimento
humano, e digno, portanto, de nossa imitação. Mas os testemunhos convergem em
declará-lo Filho de Deus que, embora vivendo verdadeira e autêntica vida humana,
estava totalmente voltado para a vontade do Pai e, por este motivo, irradiava
a luz da perfeita santidade até nos momentos mais dolorosos de sua existência.
O fato dele carregar os pecados do mundo nunca deslustra sua orientação pessoal
para com o Pai; pelo contrário, é carregando esta culpa que sua santidade
resplandece. No mistério do Filho do Homem vemos duas coisas serem combinadas:
a tremenda carga de todos os pecados e a santidade imaculada; o inocente
Cordeiro de Deus levando os pecados do mundo."
A pessoa de Cristo, G. C. Berkouwer, JUERP/ASTE, 1983, pg. 185 e 186
B) ELE POSSUÍA ALMA E ESPÍRITO HUMANOS (Mt 26:38, Lc 23:46)
"Está claro, em Mateus 4.2, que Jesus era passível de sentir fome, como um ser
humano normal."
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática. CPAD: Rio de Janeiro, 1996, 1ª Ed. pg. 325
"O Evangelho, porém, em toda parte apresenta-nos o homem Jesus Cristo, que
nasce, tem origem histórica, é Filho de Israel, Filho de Davi (Lc 2; Gl 4:4),
cresce como qualquer pessoa, sente e deseja como todos, experimenta fome e
sede, sono e cansaço, ira, tristeza e angústia, padece e morre como todos."
A pessoa de Cristo, G. C. Berkouwer, JUERP/ASTE, 1983, pg. 155
"Em João 4.6, vemos o singelo fato de um Jesus cansado, à semelhança de qualquer
pessoa que tivesse feito uma longa viagem a pé."
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática. CPAD: Rio de Janeiro, 1996, 1ª Ed. pg. 325
"De todos os seus títulos, 'Filho do Homem' é o que Jesus preferia usar a
respeito de si mesmo. E os escritores dos evangelhos sinóticos usam a expressão
69 vezes. O termo 'filho do homem' tem dois possíveis significados principais.
O primeiro indica simplesmente um membro da humnidade. E, neste sentido, cada
um é um filho do homem. Tal significado era conhecido nos dias de Jesus e
remonta (pelo menos) ao tempo do livro de Ezequiel, onde é empregada a
fraseologia hebraica bem 'adam, com significado quase idêntico. Essa expressão,
na realidade, pode até mesmo funcionar como o pronome da primeira pessoa do
singular, 'eu' (Mt 16.13)"
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática. CPAD: Rio de Janeiro, 1996, 1ª Ed. pg. 310
"...a realidade humana, concreta e simples de Jesus de Nazaré. Alguém que tem
pais conhecidos, uma cidade onde mora, que foi criança como as outras
crianças...Alguém que exerce uma profissão, humilde, aliás, e que a certa
altura se põe a pregar. O tema de suas palestras é o Reino de Deus presente
entre os seus concidadãos. A sua pregação provoca o seguimento de alguns
pecadores e gente simples do povo. Em geral, gente atribulada. Mas até na
aristocracia , há simpatizantes. Provoca a inveja da classe dirigente da sua
nação. Há uma conjuração contra Jesus. Um dos seus o trai. Ele é preso e
condenado à morte. À pior das mortes. Com Ele são executados dois conhecidos
salteadores."
LORENZONI, Aldo Sérgio, Pe. NOTAS DE CRISTOLOGIA. Universidade Católica de Pelotas, 1980
"Filho de Deus - Esse nome é dado a Jesus Cristo quarenta vezes nas Escrituras.
Além disso, há referências frequentes a "Seu Filho" e "Meu Filho" (Jo 5:18).
Jesus não reivindicou esse título para Si mesmo, mas aceitou-o quando usavam
para indicá-lO, ou quando foi assim chamado por outros."
BANCROFT, E. H. Teologia Elementar. São Paulo: Batista Regular, 1979, p. 119
"Esse título significa 'chefe, superior'. É o nome de Jeová. Wood diz-nos que os Ptolomeus e os
'imperadores' romanos só permitiam que esse nome lhes fosse aplicado quando se deixavam endeusar.
As descobertas arqueológicas em Oxyrhyncus estabelece esse fato além de qualquer dúvida. Portanto,
quando os escritores do Novo Testamento falam de Jesus como Senhor, não pode haver dúvidas quanto
ao que querem dizer com isso."
BANCROFT, E. H. Teologia Elementar. São Paulo: Batista Regular, 1979, p. 119
"O nome Fiel e Verdadeiro (11) recorda 3:14. O resto do versículo parece Ter
em vista Is 11:3-5. Cristo tem muitos diademas, porque Ele é REI DOS REIS E
SENHOR DOS SENHORES (16). O seu nome desconhecido (12) faz lembrar o nome
secreto que Ele dará aos seus depois deste evento (2:17 e especialmente 3:12)...
Se o nome de Cristo leva consigo poder sobre toda a criação, então, atualmente,
Ele é o único dono desse poder, só Ele sabe do seu nome; mas quando Ele tiver
conquistado os Seus inimigos na Sua vinda, Ele compartilhará a Sua autoridade
com os seus fiéis e, portanto, também o Seu nome."
DAVIDSON, F. O Novo Comentário da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1990, V. 2. p. 1479
"O Dr. Pierce diz-nos que esse título descreve Cristo como tema de todas as
Escrituras, o Criador de todos os mundos e criaturas, o Controlador de toda a
história, o eterno e imutável Jeová."
BANCROFT, E. H. Teologia Elementar. São Paulo: Batista Regular, 1979, p. 119
"Temos aqui o último quadro de Jesus Cristo apresentado no Novo Testamento.
Muitos artistas têm procurado pintá-lo, mas sem resultado. Este é um quadro
autêntico (1:13-16). Ele está de pé entre sete castiçais de ouro, que
representam as igrejas (v. 20). Esses castiçais provam que a Igreja deve ser
um luzeiro. Vós sois a luz do mundo.
"Cristo parece-se com o filho de homem, mas a visão deixa claro que Aquele a
quem João viu era mais que humano. Era o Filho do homem. Tudo simboliza
majestade e juízo, e essa idéia de julgamento é a nota dominante do livro.
Cristo é apresentado ao mundo inteiro como Juiz...
"Você já viu o Senhor? Quando Moisés o viu, seu rosto resplandesceu. Jó abominou
a si mesmo e se arrependeu em cinzas. Isaías viu-se impuro. Saulo prostrou-se
e o adorou como Salvador. Que nos aconteceria se realmente víssemos o Senhor?"
MEARS, Henrietta C. Estudo Panorâmico da Bíblia. Flórida, EUA: Vida, 1991. p 557,558
"[Do grego Ego Eimi.] Série de expressões nas quais o Senhor Jesus revela o
seu ministério e a essência da sua pessoa...O evangelho de João é abundante em
tais declarações. Afinal, o seu propósito é, justamente, mostrar Jesus como o
Filho de Deus. Com tais declarações, identifica-se o Senhor Jesus com o Jeová
do Antigo Testamento. Aliás, gramaticalmente há uma correlação muito forte
entre ambas as declarações...Não há o que se discutir: Jesus é verdadeiro homem
e verdadeiro Deus!
Andrade, Claudionor Correia de. Dicionário Teológico. 1ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998, p. 146
"Esse universo nem se sustenta sozinho nem foi abandonado por Deus, conforme
os deístas nos querem fazer acreditar. Cristo preserva ou sustenta todas as
coisas em existência. Sua Palavra é o fulcro sobre o qual se firma o eixo do
universo e sobre o qual gira, 'sustentando todas as cousas pela pulsação do
poderoso coração de Cristo."
Evans
"O perdão de pecados é prerrogativa divina. Até mesmo os fariseus notaram que
Cristo, sem titubear, assumiu este direito. Ele não só declarava perdoados os
pecados; Ele mesmo os perdoava. Os judeus reconheciam nisso a presunção de sua
divindade, pois diziam: 'Quem pode perdoar pecados, senão um, que é Deus?' O
perdoar pecados é prerrogativa exclusiva de Deus. Ao assumi-la, Jesus Cristo
fez asserção prática de Sua Divindade."
BANCROFT, E. H. Teologia Elementar. São Paulo: Batista Regular, 1979, p. 122
"Parece não haver a menor relutância, por parte de Cristo, em aceitar adoração.
Portanto, ou Cristo é Deus, ou era impostor. Toda Sua vida, porém, repele a
idéia de que Ele fosse impostor."
BANCROFT, E. H. Teologia Elementar. São Paulo: Batista Regular, 1979, p. 120
"Ele nos apresenta aqui a fórmula batismal, assim providenciando para que a
Igreja esteja constantemente lembrada da doutrina da trindade. Todo crente é
batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Assim fica demonstrado
que entrou em relação de aliança com cada uma das Pessoas da Divindade. A
linguagem dá a entender que cada nome representa uma Pessoa e que as Pessoas
são iguais."
BANCROFT, E. H. Teologia Elementar. São Paulo: Batista Regular, 1979, p. 45
"Por personalidade do Espírito Santo queremos dizer que Ele possui ou contém
em Si mesmo os elementos de existência pessoal, em contraste com a existência
impessoal ou vida animal. Pode-se dizer que a personalidade existe quando se
encontram, em uma única combinação, inteligência, emoção e volição, ou ainda,
autoconsciência e autodeterminação."
E. H. Bancroft, Teologia Elementar Doutrinária e Conservadora, Imprensa Batista Regular do
Brasil, pg. 178
"A Bíblia ensina que o Espírito Santo é uma pessoa. Jesus nunca chamou o
Espírito Santo de 'isto' quando falava dEle. Em João 14,15 e 16, por exemplo,
Jesus falou do Espírito Santo como 'Ele', porque Ele não é uma força ou uma
coisa, mas uma pessoa. Na Bíblia vemos que o Espírito Santo tem intelecto,
emoções e vontade. Além disto, a Bíblia diz que Ele faz coisas que uma força
não faria, somente uma pessoa real. O Espírito Santo não é uma força impessoal,
como a gravidade e o magnetismo. Ele é uma Pessoa, com todos os atributos de
uma personalidade."
GRAHAM, BILLY. O Espírito Santo. São Paulo: VIDA NOVA, 1980. P. 17-18
"O quarto fato que demonstra a personalidade do Espírito Santo é que lhe é
feita uma referência como a uma pessoa. As palavras que citamos a seguir se
encontram no livro de Isaías 63:10: 'Porém eles foram rebeldes, contristaram o
seu Espírito Santo; pelo que se lhes tornou em inimigo, e ele mesmo pelejou
contra eles'. É claro que uma influência não se pode entristecer, porém uma
pessoa sim."
LANGSTON, A. B. ESBOÇO DE TEOLOGIA SISTEMÁTICA. Rio de Janeiro: JUERP, 1980, P. 259
"O Espírito Santo é claramente identificado com Deus nas passagens acima, de
modo tal que comprova inequivocamente a sua Divindade."
E. H. Bancroft, Teologia Elementar Doutrinária e Conservadora, Imprensa Batista Regular do
Brasil, pg. 184
B. PROVADA POR SUAS CARACTERÍSTICAS (POSSUI ATRIBUTOS
DIVINOS)
1. Onisciência (1 Co 2:10-11).
2. Onipresença (Sl 139:7).
3. Onipotência (Gn 1:2, Lc 1:35).
4. Verdade (1 Jo 5:6).
5. Santidade (Lc 11:13).
6. Vida (Rm 8:2).
7. Sabedoria (Is 40:13).
8. Eternidade (Hb 9:14)
"Os atributos que pertencem exclusivamente a Deus são livremente referidos ao
Espírito Santo."
E. H. Bancroft, Teologia Elementar Doutrinária e Conservadora, Imprensa Batista Regular do
Brasil, pg. 184
B. NO HOMEM.
1. Habitação seletiva.
a. O Espírito estava em certas pessoas na época do A. T. (Gn 41:38; Nm 27:18;
Dn 4:8; 5:11-14; 6:3).
b. O Espírito vinha sobre várias pessoas (Jz 6:34; 11:29; 13:25; 1 Sm 10:9-10;
16:13).
c. O Espírito enchia alguns (Êx 31:3; 35:31).
2. Capacitação para serviço (especialmente na construção do Tabernáculo, Exodo
31:3, mas também em outras circunstâncias, Juízes 14:6).
3. Restrição geral ao pecado (Gn 6:3).
"Do estudo destas passagens, vemos mui claramente que o Espírito Santo no Velho
Testamento não era para todos em geral, senão para alguns poucos escolhidos."
LANGSTON, A. B. ESBOÇO DE TEOLOGIA SISTEMÁTICA. Rio de Janeiro: JUERP,
1980, P. 265