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SÃO LUÍS - MA
SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA NACIONAL - SETEBAN
Um Seminário Comprometido e a Serviço de Renovação Espiritual
Caixa Postal, 929 - São Luís – MA
C.G.C..: 02.688.913/0001/78
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
1 – DEFINIÇÃO DE DEUS
Alguns negam que se possa definir a Deus e se for definir entende-se limitar,
de fato não podemos, entretanto, podemos indicar aquelas características que distinguem
o Seu Ser, e assim fazer uma definição ou dar uma descrição de Deus.
Definição Bíblica: Deus é Espírito (Jo 4:24 e Lc 24: 39); Deus é luz (I Jo
1:5); Deus é Amor (I Jo 4:8); Deus é um fogo consumidor ( Hebreus 12: 29).
Definição Teológica: “Deus é Espírito Infinito e Perfeito em que todas as
coisas Têm sua origem, subsistência e finalidade”. (Strong)
“Deus é Espírito Infinito, Eterno e Imutável, tanto em Seu Ser como em Sua
sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade, amor e verdade”. Tiago 1:17
Breve Catecismo
Tarefas e Questionários
5º) Decore as definições de Deus encontradas nesta lição e procure encontrar outras.
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2 – EXISTÊNCIA DE DEUS
O argumento Cristológico
Este argumento se baseia nas seguintes premissas. Temos de explicar ou
justificar a existência da Bíblia, o cumprimento das profecias, os milagres, o caráter
sobrenatural e a missão divina de Cristo, a influência do Cristianismo no mundo, e o fato
da conversão – a mudança moral e espiritual do homem. Estas coisas não podem ser
explicadas ou justificadas separadamente ou em conjunto sem se pressupor a existência
de Deus.
Em conclusão: Só há duas possibilidades para a razão diante dos fatos do
mundo que existe como é e como está, como opera e como se mostra. Ou o mundo foi
feito e se fez. A ciência informa que o mundo não podia e não pode fazer a si, mesmo,
porque ele mesmo não possui capacidade adequada para tanto; é matéria, é perecível,
mutável, finito. Logo, foi feito. E quem o fez tem de ser uma coisa adequada, absoluta,
eterna, racional, pessoal, infinita, perfeita, onipotente, santa, justa, boa, sábia em grau
sumo. Pois essa causa é Deus com o que a Bíblia abre as suas páginas. E é por fé, ou
seja, por convicção racional invencível que Deus mesmo por nós seres racionais que
sabemos que Deus existe.
C – Teorias anti-teistas
1) O ateísmo
É a crença de que não há Deus. Já que não se pode provar que Deus não
existe, pode-se dizer que ateísmo se ocupa principalmente de negação antes que com
afirmações.
O ateu pode substituir um Deus pessoal por forças ou leis a natureza, etc. A
refutação do ateísmo está contida nas provas do teísmo.
2) Politeísmo
3) O materialismo
4) O panteísmo
Significa que Deus é tudo e tudo é Deus. Em outras palavras Deus é um. Nada
existe fora de Deus. Deus compreende tudo na sua existência.
Concebe o universo como tendo uma substância com dois atributos: um de
extensão, que compreende as coisas materiais: outro de pensamento, que compreende
as coisas imateriais. O mundo físico é um aspecto desta substância; o mundo mental o
outro. No homem essa substância alcançou seu maior desenvolvimento. Tornou-se
pessoal e consciente. Não há um Deus pessoal, nem uma autoridade pessoal para o
homem. Spinosa defendeu o panteísmo. (1650)
Objeção ao panteísmo
O panteísmo garante a existência de um coisa eterna, mas não PROVA
nem diz o que é.
O panteísmo ensina que o pessoal partiu do impessoal.
Se Deus é impessoal, então não pode haver comunhão entre o homem e
seu Deus. A religião, por conseguinte é uma irrealidade.
Se tudo é Deus, então o mal no mundo faz parte de Deus. Isso implica em
anular a distinção entre o bem e o mal.
O panteísmo nega a doutrina da criação, da vida futura, etc.
Seminário Teológico Batista Nacional – SETEBAN 8
D – Teoria anti-cristãs
1) Deísmo
2) O racionalismo
Surgiu nos meios do século XVIII. A filosofia de Cristão Wolff auxiliou este
movimento, ao passo que ele mesmo não era racionalista. Mas os seus seguidores o
eram. Afirmavam eles que não deve aceitar como verdadeiro nada que não possa ser
demonstrado pela razão. A razão em outros termos, é a fonte de conhecimentos em si e é
superior aos sentidos, e independentes deles.
Os racionalistas moderados reconhecem que na Bíblia há revelações
sobrenaturais, mas só aceitam aquelas que a razão aprova, os extremistas a maioria,
nem toda e qualquer revelação sobrenatural.
3) O ceticismo
4) O agnosticismo
Tarefas e Questionários
2º) Qual dos caracteres distintivos da intuição humana, é mais comum na humanidade?
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3º) Por quê a Bíblia, não fazendo qualquer esforço para provar a existência de Deus,
admite-a conclusivamente?
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5º) Relate e defina com suas palavras, os argumentos da prova da existência divina.
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11º) Leia sobre gnosticismo ou gnose e responda. É possível conhecer a Deus pela
sabedoria ou conhecimento humano?
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3 – A NATUREZA DE DEUS
Na definição de Deus, bem como nas provas da sua existência, temos, em
geral, indicações sobre a natureza de Deus. Passemos agora a fazer um estudo
detalhado e sistemática deste assunto, lançando mão do material fornecido pelo teísmo
bíblico.
Todo este estudo a respeito da natureza de Deus é uma refutação do
agnosticismo. Trataremos do assunto sob os seguintes pontos:
Os israelitas no V.T. não viram por tanto, a essência de Deus. Viram, sim, uma
aparição de Deus numa forma reconhecida pelos sentidos, ilustração: Alguém diz ”Vi
meus rosto”, mas o que de fato viu foi o reflexo do rosto através do espelho. Também a
mesma pessoa podia dizer no mesmo tempo, “jamais vi meu rosto”. Assim os homens
viram uma manifestação de Deus, mas, o verá verdadeiramente na Sua essência (Ex
33:20,23). Outra ilustração: não vemos o sol, vemos apenas o manto de glória que o
cobre. Assim, viu-se não Deus na sua essência, mas a glória que o circunda (Dt 4:12
confira-se Jo 1:18b; 14:9b; Cl 1:15; Ap 22:3-4).
A religião verdadeira pode ser definida como a comunhão entre duas pessoas.
Deus e o homem. A religião é um relacionamento homem-Deus, que está no céu e o
homem que está na terra.
Se Deus não fosse uma pessoa não poderia haver comunhão. Para haver
comunhão é necessário que exista uma relação recíproca entre pessoas independentes.
Um homem não pode ter comunhão com uma influência, uma força ou ser impessoal.
Primeiro: Deus sustenta e sustém todas as coisas. Se assim não fosse, tudo
se despedaçaria (Hb 1:3; Cl 1:15-17).
Segundo: O mantimento físico para todas as criaturas de Deus está na mão
dele (Sl 104:27-30).
Terceiro: Deus determina o destino de homens e nações (Sl 75:6-7).
Quarto: o cuidado particular que ele tem para com cada criatura (Mt 6:28-30;
10:29-30; Gn 39:21; 50:20; Dn 1:9; Jo 1:12).
A personalidade de Deus é manifesta por seu interesse ativo e por sua
participação em todas as coisas, mesmo as mais insignificantes.
Tarefas e Questionários
1º) Deus é espírito. Justifique, com as referências bíblicas encontradas na lição e suas
próprias palavras esta afirmação.
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2º) Deus é uma pessoa. Justifique provando esta afirmação, em relação ao ser humano,
à natureza, a outros deuses (ídolos).
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3º) Cite três fatos do V.T. em que Deus age como uma pessoa. Dê as referências.
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Também denota que o Deus de Israel possui toda plenitude dos poderes que
os povos pagãos atribuíam aos seus diversos deuses. E, finalmente sugere a idéia de
pluralidade em Deus, mas não politeísmo.
Outros usos de Elohim: para imagens, (Gn 35:1-4; 31:19-30; Ex 23:24); refere-
se aos homens (Ex 4:16); aos juízes (Sl 82:1-6 e 21:22) e aos anjos (Sl 8:5).
Jeová: Mais elevado e mais sacro é o nome Jeová ou Jahvé que é o nome
pessoal de Deus em Israel. Não é um nome genérico como Elohim. Na V.B é traduzido
por Jeová e em Almeida é traduzida por Deus é Senhor, e, as vezes, por Jeová.
Ocorre 5500 vezes é o nome mais distinto de Deus. Neste momento ele revela
o aspecto mais instinto do ser divino, e é, que ele é um Deus de graça.
A forma JEOVÁ é moderna; começou a ser usada no século XVI, representa as
consoantes do nome sagrado, com as vogais da palavra ADONAI – “Senhor” e é
pronunciado como Adonai. Jeová é o nome inefável de Deus. Esta palavra no hebraico
(JHVH) baseado em Ex 3:14 deriva-se do imperfeito de uma forma antiga do verbo ser –
“eu Sou o que Sou”, ou na terceira pessoa “Ele é o que é”. Na Escritura, é relacionado
especialmente como Moisés e o Êxodo (Ex 3:13-15; 34:5-7). O nome denota Deus, em
primeiro lugar, como aquele que é absolutamente livre e independente, agindo sempre
conforme o seu próprio conselho. Aquele que é auto existente e auto-consistente.
Seminário Teológico Batista Nacional – SETEBAN 15
Em segundo lugar, o nome salienta que Ele é fiel, cumpridor dos seus
concertos, mormente o de redenção (Ex 6:2-8; Gn 2:4 e cap. 15). É aquele que pode fazer
para o povo o que houver necessidade – no caso, libertou-o da escravidão.
Em terceiro lugar, o nome salienta imutabilidade (Ml 3:6) “Eu sou Jeová e não
mudo”. Deve ser lembrado que Jesus atribuiu esse nome a sua pessoa (Jo 8:28; 56-59).
Recapitula-se aqui o que foi dito do Anjo de Jeová (do Senhor). Veja o tópico
sobre a natureza de Deus.
Devido a ser identificado por si mesmo e por outros como Jeová, é receber
adoração devido só a Deus (Ex 3:1-5), afirmamos que esse título designa a pessoa de
Cristo pré-encarnado, cujos teofanios ( Ex 33:9-11; Gn 18:1-2; 18:13; 28:13-17) eram
prenúncios da sua vida em carne. Prova-se que o Jeová do V.T. é o mesmo Cristo do
N.T. comparando-se estes versículos: (Is 40:3; Zc 12:10; Mt 2:17; 3:1).
Alguns comentadores afirmam que o significado mais fiel de Ex 3:14 é “Sou
aquele que vem”. Prova: Gn 4:1 “Gerei um homem, Jeová”, Gn 4:26. Os homens fiéis
sabendo que a libertação dos males da sociedade não podia vir do homem, apelam para
Jeová que vinha e os auxiliava. Foi nesta luz que Jeová se revelou em Ex 3. (Veja Mc
11:9).
Nota-se também que não há base para o ensino de certos comentadores
alemães, os quais afirmam que os judeus tinham, originalmente dois deuses tribais:
Elohim e Jeová. Cada um desses escreveu a história dos fatos; e no pentateuco temos
estas histórias intercalados. Moisés, portanto, não escreveu estas partes. Esta escola
divide o pentateuco em 4 ou 5 partes.
Adonai: Este nome da divindade aparece muitas vezes no V.T.. Adonai está
em Gn 15:2-8 e exprime a idéia de soberania, domínio e possessão. Idéia primária de
Adon e “Adonai” e Senhor e Meu Senhor, respectivamente, se aplica, no V.T., tanto a
Deus como ao homem. Ele indica o fato de que a Deus pertencem todos os da família
humana, e por isso é exigido de todos a obediência incondicional a Ele. Com respeito aos
homens, usa-se em duas relações: o de senhor e a de marido. Gn 24:9; 18:12 e Jo
13:13 “senhor” e II Co 11:2-3 “marido” Os 2:16-20 no V.T.
Dois princípios são inerentes a relação entre Senhor e servo: a) é dever
implícito de obediência do servo (Mt 23:10; Lc 6:46), b) o direito de receber orientação do
Senhor para o serviço (Is 6:8-11).
Nota-se a precisão com que os autores bíblicos empregaram estes títulos (Ex
4:10-12; Js 7:8-11).
“El” - é aquele que é forte, aparece umas 200 vezes, e em cem dessas é
composto com outros nomes, de pessoas ou de lugares, sendo menos usados com
nomes de pessoas. Em nome de lugares: Betel (Gn 28:17-19,significando “Casa de
Deus”), Peniel (Gn 32:30, significando “Face de Deus”), Jezreel (Js 19:18, significando
“Plantado por Deus”). Com nomes de pessoas: Eliezer (Gn 15:2, significando “Deus é o
meu socorro”), Elimeleqe (Rt 2:1, significando “Meu Deus é Rei”), Elias (I Rs 17:1,
significando “Jeová é meu Deus”), Daniel, significando “Deus é o meu juiz”.
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“El Shadai” – Deus todo poderoso (Gn 17:1; 28:3; 35:11; 43:3-4). Shadai tem
diversos significados, aquele que é Todo-Poderoso, todo-suficiente, altamente bondoso
ou aquele que é inesgotável em sua bondade. Por outras palavras, é aquele que outorga
poder e satisfaz o seu povo, que nutre, que alimenta. Como a criança recebe nutrição do
seio de sua mãe, assim recebemos de Deus força e paz (Is 49:15).
“El Elion” – Deus Altíssimo (Gn 14:18-19). Deus Altíssimo, o possuidor dos
céus e da terra. O Rei dos reis, o extremamente exaltado. Não há outra pessoa que possa
ser comparada com o nosso Deus. Usa-se este nome em relação aos gentios. (Dn 3:26;
4:17; Is 14:1; Sl 9:2-5).
“El Olam” – Deus eterno (Gn 21:33).
Olam exprime duração eterna, (Sl 90:2-6) e o equivalente a maior em o N.T.
este nome é aplicado a Deus, em virtude do qual Ele é Deus cuja sabedoria tem partido
tempo e eternidade em disposição ou século sucessivos. Não apenas salienta que Deus
é eterno, mas também que Ele é Deus sobre coisas eternas (Ef 1:9-10; 3:3-6).
Deus Jeová: No hebraico é “Jeová Elohim” (Gn 2:4 – V.V.). Este nome divino é
usado primeiramente em conexão com a idéia de Deus relacionado com o homem como
criador (Gn 2:7-15), como Senhor (Gn 2:16-17), como soberano (2:18-24), e como
redentor (Gn 3:8-15), e em segundo lugar em sua relação com Israel (Gn 24:7; Ex 3:15).
Senhor Jeová: “Adonai Jeová” (Gn 15:2), enfatiza a idéia de que Deus é
Senhor dos senhores (Gn 15:1-8; Dt 3:24; 9:26).
Jeová dos Exércitos: “Jeová Sabaioth” (I Sm 1:3-10) salienta que Deus é
poderoso, é guerreiro, e manifesta a sua glória (Sl 24:10). Este nome é empregado nos
tempos de crise, nas horas de necessidades e angústia do povo (Sl 46:7-11). O vocábulo
“exército” abrange primeiro os anjos, mas também inclui a idéia de que todo o poder
divino ou celestial está disponível para suprir as necessidades do povo de Deus.
Jeová é também composto com sete nomes ou apelativos. Estes apelativos
apresentam Deus como o Provedor de todas as necessidades dos homens. Veja-se a
V.B. o Salmos 23 todos esses nomes.
Jeová-Jiré: “O Senhor Proverá” (Gn 22:13-14). Ele suprirá todas as nossas
necessidades e já provou um sacrifício para nós.
Jeová-Rafá: “O Senhor que sara” (Ex 15:26). Ele sara nossos corpos, bem
como nossas almas.
Jeová-Nissi: “O Senhor é a minha bandeira” (Ex 17:8-15). A vitória sobre a
carne em nossas vidas vem inteiramente de Deus. (Sl 60:12).
Jeová-Shalom: “O Senhor envia paz” (Jz 6:24; Rm 5:1; I Co 1:20; Ef: 2:14).
Jeová-Ra-ah: “O Senhor é o meu Pastor” (Sl 23:1; note-se Jo 10). Neste
Salmo há todos os outros títulos de Deus.
Jeová-Tsidkenu: “O Senhor, justiça nossa” (Jr 23:6). Não somos justiça,
mas Deus é a nossa justiça (Cf II Co 5:20-21; I Co 1:30).
Jeová-Shamah: “O Senhor está ali” (Ex 40:35) Emanuel (Is 7:14; Mt 1:23).
Emanuel quer dizer “Deus conosco”. O desejo supremo de Deus é habitar
com o seu povo.
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Este é o vocábulo mais comum para Deus, No N.T., traduz “EL” e “Elohim” no
hebraico. Muitas vezes se acha no genitivo de possessão nosso Deus, teu Deus, vosso
Deus, porque, em Cristo, Deus pode ser considerado como o Deus de todos e de onde
um dos seus filhos. Idéia de um Deus nacional no V.T. passou a ser de um Deus
individual no N.T.
b) Kurios:
Esta é a palavra para Senhor. É o nome que aplica a Deus, mas também a
Cristo. Toma o lugar de Adonai e Jeová, embora não tenha exatamente o mesmo
significado deste último. Designa Deus como possuidor. Governador de todas as coisas,
muito especialmente do seu povo. A idéia de Jeová se encontra reproduzida pelas
expressões “Alfa” e “Omega” no Apocalipse 1:8.
c) Pater
Esta é a palavra para Pai. Este título é quase peculiar ao N.T. no V.T. ele
ocorre apenas algumas vezes, (Dt 32:6, Is 63:16) Israel é o filho de Deus como nação (Ex
4:22; Dt 14:1; Is 1:2).
Os títulos da 1ª pessoa, como já foi dito, são usados principalmente com as
combinações em que vem a palavra “Pai” – Pai de nosso Senhor, Pai de Misericórdia, Pai
Celestial, etc. mas esse termo não está sendo usado sempre na mesma relação. As
vezes exprime uma relação especial entre a 1ª e a 2ª pessoa da Trindade (II Co 11:3;
João 1:18; 3:25; 6:57). Em outras, fala da relação entre Deus e seus filhos espirituais.
Seminário Teológico Batista Nacional – SETEBAN 18
Ela não se originou com a relação de Deus com o mundo, seja com o homem
em geral, seja com os crentes em particular. Deus era Pai antes da criação do mundo, ele
é pai em si mesmo, é o Pai eterno. A verdadeira origem da paternidade de Deus está na
sua relação com Seu Filho Unigênito e eterno. É aí que se acha a fonte do amor paterno,
que se manifesta no tempo (Is 9:6, Jo 8:58; 17:5-24; Jo 1:1; Ap 22:13; Cl 1:17).
2) O alcance da paternidade
Deus se distingue de todas as suas criaturas por sua perfeição infinita. Ele
possui seu ser e suas virtudes sem qualquer limitação ou imperfeição. Ele é exaltado
acima de todas as suas criaturas inefável majestade (Ex 15:11; I Rs 8:27; Sl 96:4-6; 97:7;
etc.. Alguns sábios modernos como Wilhan Jances e P.G. Wells negam a infinidade de
Deus.
Tarefas e Questionários
4º) Qual dos salmos contém os nomes “apelativos” de Deus combinados com Jeová?
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Atributos Divinos
I – ATRIBUTOS NATURAIS
Tarefas e Questionários
4º) À luz da lição como se aplica o conceito de eternidade à nossa realidade cristã?
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II – ATRIBUTOS MORAIS
C) O Amor de Deus: Por amor de Deus queremos dizer que Ele é movido
eternamente no sentido e comunicar-se a si mesmo. É aquele atributo em virtude do qual
Deus sempre procura dar-se a si mesmo e, os seus benefícios a alguém, todo que quer
possuí-lo em íntima comunhão (Jo 17:24).
“Deus é Amor”, I Jo 4:8,16. Amor é a essência de seu Ser, é mais do que um
sentimento de afeição. Deus não o mantém por um esforço próprio. Ele é fonte
inesgotável do amor. Para satisfazer o amor de Deus, toda criação foi produzida. “A
grandeza do amor revela-se naquilo que se oferece ao amado; a pureza do amor revela-
se no desejo, que é o do bom estar; e o ardor do amor manifesta-se no esforço feito para
possuir e viver pelo amado”.
A graça de Deus: Na linguagem da escrita, graça é favor imerecido para
com aquela que o perdera, e que, por natureza estão sob o juízo da condenação. Ela é a
fonte de todas as bênçãos outorgadas ao pecador indigno (Ef 1:6-7; 2:7-9; Tt 2:11; 3:4-7;
II Co 8:9).
A misericórdia de Deus: Por esse atributo, a Bíblia salienta a bondade, a
compaixão de Deus em relação ao obediente como ao desobediente dentre os filhos dos
homens. É o amor de Deus para com aqueles que estão na miséria, independemente dos
seus méritos. É o atributo que leva Deus a procurar o bem estar temporal e espiritual dos
pecadores. A misericórdia é administrada segundo o princípio de justiça de Deus e em
vista dos méritos de Cristo (Lc 1:54; Rm 15:9; 9:16; Sl 103:8; 86:15; Is 55:7).
A longanimidade de Deus: Quando o amor de Deus é considerado no que
diz respeito a teimosia do pecador, é designado como longanimidade. Contempla o
pecador permanecendo em pecado não obstante as repetidas advertências no sentido de
Ele o abandonar. Mostra Deus adiando o castigo ou o juízo merecido (Rm 2:4; 9:22; I Pe
3:20; II Pe 3:15).
Quanto ao alcance de Deus, compreende o mundo inteiro (Jo 3:16), e tem
também os seus objetivos peculiares: No V.T. era Is 38:17; 63:9, Ex 19: 4-6; e no N.T. é a
Igreja (Jo 17:23; I Jo 4:10) e Cristo, seu Filho (Mt 3:17; Jo 17:24).
O pecado pôs os atributos divinos de santidade, justiça e amor em desarmonia.
A justiça de Deus, ultrajado por causa do pecado, exigia a máxima penalidade para o
pecador. Mas, o amor implorou: “Poupa o pecador”. Prontifico-me a dar-me para salva-lo,
quero possui-lo em intima comunhão.
A cruz era a única solução do problema. Aí, a santidade se satisfez em tomar a
de Deus-Homem, e se aplacou. O amor satisfeito em providenciar um caminho justo, pelo
qual todo aquele que nele cresse pudesse ser salvo. No patíbulo do Calvário foi
restaurado a harmonia entre a pessoa e Deus. A graça e a verdade se encontraram, a
justiça e a paz se beijaram (Sl 185:10; I Pe 1:20; Ap 13:8). Isso sucedeu na eternidade
passada, e foi realizado historicamente. Há uns dois mil anos em Jerusalém. O amor
pagou o preço que a santidade exige que não caia de novo, esta penalidade, sobre
aqueles que participam dos resultados deste sacrifício pela fé em Cristo. Confira-se Sl 8:3
“Quando vejo os teu céus, obra dos teus dedos...” com Is 53:1 “A quem manifestou o
braço do Senhor?” (Sl 44:3). Foi fácil, para Deus, criar o mundo, porém foi necessário
todo o seu poder para remir uma alma pecaminosa. O maior problema do mundo se
encontra em Rm 3:26 – para que Deus seja justo e justificador daquele que tem fé em
Jesus. Na cruz o problema foi solvido. A cruz tem maior significação para Deus do que
para os homens.
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Tarefas e Questionários
2º) Deus exige santidade de seus filhos. Qual a base dessa exigência?
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4º) Segundo o conceito de amor divino o que faz com que ele nos ame tanto?
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Seminário Teológico Batista Nacional – SETEBAN 27
1) A formula batismal-trinitariana
b) Todas três são divinas: A divindade do Pai e do Espírito são aceitas sem
argumento. Cristo também é divino. De outra maneira, seu nome não teria direito de
figurar nesta formula e sua consistência seria quebrado.
c) As três pessoas: Poucos negam a personalidade do Pai e do Filho. Ouve-
se porém, muito, que o Espírito não é um pessoa, mas uma influência.
Se o Espírito Santo não fosse uma pessoa, não teria direito a um lugar na
formula e sua consistência seria quebrada. Vemos, portanto uma distinção tríplice na
unidade da Deidade, cada membro concebido como divino e pessoal.
d) Três nomes: Pai-Filho-Espírito: Sobre isso, Santo Agostinho disse que
são três: A linhagem humana se envergonha, aqui, da sua grande pobreza.
Respondemos “três pessoas”, não para explica-las, mas não ficamos calados. Estávamos
falando de três da Deidade, mas reconhecemos a imperfeição desta palavra. Quando
aplicada a Deus, a palavra pessoa tem uma acepção toda especial.
A substância de uma pessoa da Trindade é idêntica a das outras e não
meramente semelhante, como sucede com as pessoas humanas. A
substância única não é dividida em três partes. Toda a substância está em
cada pessoa. Este é o mistério.
As pessoas da Trindade não são indivíduos separados, independentes,
como João, Paulo e Pedro. As pessoas na Deidade denotam uma distinção
dentro da natureza divina. Elas são inseparáveis, unidas eternamente.
Nenhuma das três é Deus sem as outra duas.
Uma das pessoas da Trindade não pode existir sem as outras, como
acontece com uma pessoa humana.
a) Deus é uniplural, vê-se isto no nome hebraico “Elohim”, que está no singular,
mas é singular em significação e liga-se a verbos e adjetivos sempre no singular. Ex: “No
princípio criou (sing.) Deus (plural) os céus e a terra”. Em segundo vem o intercâmbio de
pronomes singulares e plurais quanto a Deus. Veja-se em Gn 1:26-27; 2:22; 11:7; Sl 35:7;
Sl 110:1; Is 6:8. Dizer-se essa pluralidade abrange os anjos, não explica. Estes não se
associaram com Deus na criação.
b) Há uma Trindade de pessoas na Divindade única. Que esta pluralidade é
uma Trindade, pode ser observado pelo seguinte: Jeová é distinto de Jeová (Gn 19:24;
Os 1:7; Zc 1:12-13). Jeová tem um Filho (Sl 2:7), o Espírito distingue-se de Deus (Gn 1:1-
2; Is 48:15-16). Outra razão aparece nos nove nomes de Deus, divididos em três grupos
de três nomes cada um. Em terceiro lugar, estão as referências feitas ao Anjo de Jeová
(Gn 18:2; Js 5:13-15). Ele é identificado como Cristo (Is 40:3). Em quarto lugar vem as
alusões ao Espírito de Jeová.
c) A personificação da Sabedoria divina (Pv 8), comparado com Js 1:1-18 (o
Logos) e a sabedoria de I Co 1:24 esses não eram meros acidentes.
d) Há outras indicações na repetição dos nomes divinos que implicam em uma
distinção de pessoas da Deidade. Veja-se Nm 1:24-27; Is 6:3; Ex 3:15; Is 61:1. Isaías
atribui a saudação de 6:3 a Deus. S. João afirma que Isaías viu a Glória de Cristo pré-
encarnado, enquanto S. Paulo assevera em Atos 28:25 que as palavras foram proferidas
pelo Espírito Santo.
Eternidade: O Pai (Sl 90:2), o Filho (Ap 22:18) e o Espírito Santo (Hb 9:14).
Onipotência: O Pai, (I Pe 1:5), o Filho (II Co12:9) e o Espírito Santo (Rm
15:19).
Onisciência: O Pai (Jr 17:10), o Filho (Ap 2:23) e o Espírito Santo (I Co 2:11).
Onipresença: O Pai (Jr 23:24), o Filho (Mt 18:20) e o Espírito Santo (Sl 139:7).
Santidade: O Pai (Ap 15:4), o Filho (At 3:4) e o Espírito Santo já é SANTO.
O mesmo se poderia dizer de qualquer aspecto do caráter de Deus. Aquilo que
é verdade quanto a uma pessoa da Trindade o é igualmente para as outras duas. Aí
está, pois, uma prova concludente de que a Deidade é uma Trindade de pessoas infinitas,
ainda que um só Deus.
Tarefas e Questionários
4º) Relacione os atributos comuns ao Pai ao Filho e ao Espírito Santo com as respectivas
referências bíblicas.
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Seminário Teológico Batista Nacional – SETEBAN 31
5º) Leia na Enciclopédia Bíblica da Bíblia Vida Nova ou Bíblia Shedd o tópico – Trindade.
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1) A geração do Filho
2) A procedência do Espírito
Pai Ele recebeu a mensagem (Jo 8:26), seu trabalho (Jo 5:26; 15:10), o Pai é a cabeça de
Cristo (I Co 11:3).
Quanto ao Espírito Santo, é ele mandado pelo Pai e pelo Filho (Jo 15:26), não
fala de si mesmo (Jo 1613,14). Isto porém de modo nenhum afeta a divindade de Cristo
ou do Espírito Santo.
5 – O DECRETO DIVINO
Do estudo profundo a cerca da pessoa de Deus em sua existência trina,
passemos a considerar o seu eterno propósito. Nesta doutrina do propósito divino é que
se faz a transição daquilo que Deus é em si mesmo para o que Ele é em relação ao
mundo.
É admitido que deste estudo surgem problemas transcendentais, os quais na
sua maioria, não podem ser resolvidos pelo homem. Nosso objetivo aqui não será entrar
em discussões metafísicas, nem ventilar os pontos controvertidos das diferentes escolas
de Teologia. É antes expor o que cremos que a Escritura ensina neste ponto.
Seminário Teológico Batista Nacional – SETEBAN 34
Tarefas e Questionários
1º) Procure ler algo dos Testemunhas de Jeová, o refute com os itens da lição relativos à
Trindade e as obras de Deus.
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3º) Dos erros quanto à Trindade qual deles é mais próximo dos Testemunhas de Jeová?
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