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INTRODUÇÃO GERAL

O que é?
Soteriologia é a comunicação da salvação; trata com a restauração se a redenção
tem a ver com a renovação do homem. Não pode ser entendida se não há luz da
salvação. Trata da aplicação da obra da redenção. O que Deus faz pelo homem.
A soteriologia procede da pressuposição da obra de redenção em Cristo.
A cruz na bíblia é uma metáfora. Trata com a aplicação da obra da salvação =
Deus no centro.
* Baseada naquilo que Deus fez.
* Tem a ver com a justificação pela fé (graça).
Na salvação o elemento central não é a fé e sim a graça. Salvos pela graça e não
pela fé. Lutero e Calvino alegaram que a salvação pela fé era o tema central.
Qual a condição original do homem?
Qual a condição em que ele está?
A menos que haja uma ação externa o homem só se tornará pior. O homem está
num processo progressivo de degradação.
É fundamental entender a pessoa de Cristo e o que é o pecado para saber o que
significa a salvação.
Soteriologia e Cristologia
Cristologia – estuda a pessoa de Cristo (Quem Ele é).
Soteriologia – estuda a obra salvadora de Cristo (O Que Ele faz).
A soteriologia procede da obra completa realizada por Cristo. Sem a soteriologia a
cristologia seria apenas uma teoria.

SOTERIOLOGIA E JUSTIFICAÇÃO PELA GRAÇA DE DEUS


Na descoberta da justificação pela fé a soteriologia assumiu o centro, o
fundamento do protestantismo. “A Igreja permanece ou cai conforme sua
compreensão da doutrina da justificação pela fé” – Calvino e Lutero. O único
artigo que todos os protestantes concordam.
RH (Jun/1886) – “Cristo foi um protestante”.
TS, vol. 1, p. 136.

COMPREENDEMOS A DOUTRINA DA JUST. PELA FÉ?


Protestantes em Geral

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William Hordern (luterano), Living by grace, se refere a justificação pela fé como
a doutrina perdida do protestantismo. Segundo ele, se é que os protestantes
entendem essa doutrina, obviamente esses protestantes não têm sido capazes de
comunicá-la dentro da igreja e ao mundo. Os protestantes definem justificação em
termos daquilo que alguém faz, ou pior ainda, em termos de coisas que as pessoas
não fazem (fariseu orando no templo se define pelo que não era).
Hordern fez um estudo com os luteranos e concluiu que as maiorias dos leigos
criam que poderiam alcançar a salvação pela guarda dos mandamentos. Num
outro estudo, 40% tinham um estilo de vida legalista, totalmente contrário a
teologia de Lutero. 59% concordaram com a afirmação de que a maior ênfase do
evangelho tem que ver com regras, normas para o viver correto.
Estudo de Gerações, um estudo de outros autores, revela que a maior parte dos
pastores luteranos rejeita a salvação pelas obras, mas o que fica óbvio é que a
transmissão de tal noção a igreja não tem sido bem feita.
Outro estudo mostra que 89% dos pastores e 69% dos leigos concordaram que
quanto mais apóio financeiramente a igreja, mais perto me sinto de Deus.
Não é precisamente contra isso que Lutero investiu seus ataques? O mesmo
estudo revelou que apenas 45% acreditam que gratidão é a mais importante razão
para dar. Ou seja, dar não aproxima de Deus, mas é uma retribuição por já
estarmos próximos é uma idéia que poucos cristãos compreendem.

Adventistas
Nem um em cem compreende a questão (EGW).
As nossas igrejas estão morrendo por falta do ensino da justificação pela fé em
cristo. (OE, 301).
Robert Breasmith, Judge by the gospel – “se os ministros não entendem e não
pregam o evangelho não é nenhum mistério que os leigos falhem em se regozijar
nele. Eu creio que se os ministros (adventistas) fossem ordenados a pregar o
evangelho ou serem fuzilados muitos seriam incapazes de salvar a sua vida.
Ninguém está mais perto da porta do inferno que um ministro cristão.”
Se é verdade que não compreendemos a doutrina central da Bíblia, o que
significa a pergunta feita a uma novo crente se ele aceitou a verdade? O que
significa alguém aceitar a verdade? Significa isso que ele teve seus pecados
perdoados tornando-se um filho de Deus (just. pela fé) ou apenas que concordou
com um esquema de doutrinas?
Nenhum reavivamento ocorreu na história da Igreja sem envolver o livro de
Romanos. Rm 1.3 – “O evangelho tem que ver com Jesus Cristo”. Não podemos
permitir que a simplicidade dessa informação obscureça sua luz. O coração do NT
não é o sábado, regime alimentar, besta, imortalidade mas sim Jesus Cristo. Ele é a
essência das boas-novas do evangelho. Ele é o cumprimento de todas as profecias,
palavras, tipos, festas, leis, cerimônias, sacrifícios, instituições, esperança,
promessas do AT (Jô 5.39).

POR QUE PERDEMOS DE VISTA O EVANGELHO?

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1. Por causa da própria natureza humana em rebelião contra Deus. Buscamos
estabelecer a nossa autonomia, independência de Deus. “Justificação pela fé
é a obra de Deus jogar a glória do homem no pó e fazer por ele aquilo que
ele não pode fazer” (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos,
p. 456).
2. Porque a vida toda é um processo de educação orientado para a noção do
mérito próprio. Exemplo: se comer a cenoura, ganha sobremesa; estude
muito e irá tirar uma boa nota; pra ter um bom salário tem que ser ótimo
profissional. Por isso Jesus contou a parábola dos trabalhadores que
trabalham por tempo diferentes e ganham o mesmo salário. Essa não é a
lógica dos negócios, mas a lógica do reino de Deus.
3. Porque a própria igreja reforça de diferentes formas a idéia do mérito
próprio. Campanhas evangelísticas que oferecem uma cesta básica para
quem se batizar. Tipos de motivação: medo, recompensa, ameaça/punição e
amor. O problema dos três primeiros é que eles podem funcionar por algum
tempo, mas na hora da tentação são esquecidos. O amor é o único fator de
motivação usado por Deus. “O amor de Cristo nos constrange”.
CREDENCIA – crença (cabeça) FIDÚCIA – fé (confiança da vida).

I – DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA DOUTRINA DA SALVAÇÃO


Os quatro evangelhos e as epístolas de Paulo (principalmente Romanos e
Gálatas) são a principal base para a doutrina da justificação pela fé. Paulo esteve
em constante conflito com o judaísmo/legalismo dos seus dias. A lei está totalmente
excluída como método de salvação (é essa lei que Paulo contesta). Paulo apresenta
a salvação como dom gratuito, independente da lei. Esta é uma norma de conduta,
mas não tem o poder de salvar.
Durante o tempo em que a igreja esteve na defensiva do judaísmo, o conceito
paulino de salvação pela fé prevaleceu. Mas à medida que o conflito se
enfraqueceu, uma filosofia da salvação pela obediência tomou proeminência. Além
disso, foi adicionado o fato de que os sucessores de Paulo não tiveram a experiência
que ele teve. Não partilhavam sua compreensão de Cristo.
Soteriologia dos três primeiros séculos
O desenvolvimento sistemático da doutrina foi lento. Não há um tratamento
sistemático em fontes desse período. Os pais apostólicos enumeram os benefícios
mas não formulam uma clara doutrina da redenção. Não há nem tentativa de
esquete do conceito de salvação.

PERIODO SUB-APOSTÓLICO (PÓS-APOSTÓLICO;PATRÍSTICO)


Mas uma leitura atenta da literatura sub-apostólica revela um tipo diferente de
cristianismo (processo de diluição do cristianismo):
1. O cristianismo toma uma direção prática e ética, que facilmente poderia
conduzir ao moralismo e ao legalismo. Clemente e Pastor de Ermas se
interessaram muito em obediência prática. Ermas chega a aludir penitência
à pecados pós-batismais. Ermas é o primeiro a falar de obras além daquelas
necessárias para a salvação. Isto é, há um limite básico de boas obras, os

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que excedem esse mérito possuíam tesouro dos méritos que podiam ser
vendidos para aqueles que ainda não tinham alcançado o limite básico. Essa
salvação, na cabeça de alguns pais primitivos, não é tanto um dom, mas
uma recompensa que Deus concede aos que obedecem aos Seus
mandamentos. Para muitos deles Jesus não é o início de uma nova era, mas
de uma nova lei.
2. Conceito de Redenção. É inferior ao dos evangelhos. Os escritos dos pais
primitivos representam um enfraquecimento da idéia da expiação. Ao
dizerem que Jesus é Salvador percebe-se um clichê. Colocam um valor
menor nos efeitos da morte de Cristo. Para eles, Jesus é visto mais como o
doador de uma nova lei, comunicando conhecimento, imortalidade.
Redenção é descrita frequentemente como iluminação. Por exemplo, em II
Clemente a importância salvadora de Cristo é como futuro juiz. O que Ele
realiza é simplesmente convidar os homens à salvação. E assim perdem de
vista tanto a cristologia como a soteriologia.
3. Conceito de fé. Em harmonia com o NT os pais apostólicos falam de fé e
arrependimento. Fé, contudo, é vista como um mero assentimento
intelectual. CREDENCIA – crença (cabeça) FIDÚCIA – fé (confiança,
vida). Os pais apostólicos revelam uma certa tendência ao moralismo que
não se harmoniza com a visão paulina de fé e salvação.

4. Conceito de arrependimento. Também há dúvida quanto ao que eles


entendem de arrependimento: dizem que é mudança de mente, mas
enfatizam a importância em manifestações externas de arrependimento.
Para Tertuliano, pai da teologia Latina, penitência é vista como um ato de
autopunição, fazendo parte do arrependimento pelo pecado. Esses atos são
vistos como necessários para a expiação dos pecados cometidos após o
batismo. Tendência de enfatizar as boas-obras.
5. Cerimonialismo. O batismo tem o poder de lavar os pecados anteriores (os
posteriores são apagados pelas penitências), algo meritório em si mesmo.
Boas obras de alguns (principalmente mártires) podem servir para expiar
pecados dos outros. Valor excessivo na confissão a intercessores.

TENDËNCIAS (Conclusão):
 Aceitação de Cristo como único meio de salvação, mas não em
sentido paulino (Cristo é visto como Mestre de uma nova lei).
 Necessidade de boas-obras relacionadas com o arrependimento.
 Durante esse período, a doutrina da liberdade da vontade humana é
mantida quase universalmente. Fé e arrependimento são vistos como
dependentes da vontade humana. Doutrina paulina da justificação
pela fé é perdida de vista e testemunhamos uma distorção legalista e
moralista do evangelho. Os credos de Nicéia 325 e Nicéia 381
concordam que Cristo desceu para nossa salvação, mas não falam
como a salvação é operada na vida individual.

PERÍODO SUBSEQUENTE

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As idéias de soteriologia surgem a partir das controvérsias do séc. IV e V. Dois
personagens principais: Pelágio e Agostinho, dão origem a dois sistemas em
conflito.
Agostinho. (354-403) Mais importante mestre dede os apóstolos. Pecado e graça
são os pontos mais importantes. Fugiu de casa, foi para África do Norte, abandona
a família e se dedica a Igreja. Escreveu Confissões de Agostinho, primeira análise
psicológica da situação humana.
O homem natural está totalmente depravado. Absolutamente incapaz de realizar
qualquer coisa que tenha valor para sua salvação.
Fala de graça no sentido objetivo (ato concreto): evangelho, batismo, perdão de
pecados. Mas precisamos da graça no sentido subjetivo: interna, que Deus
concede. O homem necessita dessa graça, que é uma influência sobrenatural
quando Deus ilumina a mente, muda a vontade. Mas essa graça é fruto da
predestinação, distribuída conforme a soberania de Deus.
Distinguia:
 GRATIA OPERANS (Graça que opera) – Desejo. Opera no homem
para que ele deseje/queira.
 GRATIA COOPERAS (Graça que coopera) – Efetuar. Acompanha-
o para que ele não deseje em vão. Para que ele faça o que desejou.

Concebe a fé como assentimento intelectual. Distingue fé em geral e fé cristã. A


fé atua na justificação do pecador. O homem é justificado pela fé, mas não concebe
fé unicamente do ponto de vista forense (Deus declara justo). Na justificação Deus
não apenas declara, também torna justo. Confusão: primeiro você precisa ser
santificado para depois ser considerado justo. Santificação é pré-requisito para a
justificação.
Por algum tempo creu que o homem tinha poder para crer, até que estudou I
Cor 4.7. Representa um dos grandes reavivamento da teologia bíblica. Insistiu na
absoluta dependência de Deus. Representa um reavivamento da doutrina da
salvação pela graça, mas a ênfase que faz sobre o poder da Igreja cala esse
princípio.
Pelágio. Monge britânico. Representa o maior desvio do conceito de salvação.
Abandona o fundamento bíblico, defendendo a auto-suficiência pagã. O homem se
torna responsável por sua salvação. Seu conceito sobre pecado e resultados leva-no
a negar a necessidade da graça de Deus. A salvação é possível pela observância da
lei.
Não despreza o auxílio da graça, a subestima:
1. A graça da qual ele fala não é a transformadora da mente. Para
Pelágio a graça consiste na BONUM NATURAE (bem natural), o
livre-arbítrio, liberdade da vontade com a qual todos nascem. A
primeira graça é universal/essencial.
2. Graça em segundo lugar tem que ver com a pregação do evangelho,
levando o exemplo de Cristo. Uma idéia didática da redenção. Essa
não é universal (apenas para cristãos) nem necessária. O
assessoramento didático da graça é dado apenas aos que fazem tudo

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corretamente. Salvação, nesta compreensão, é para quem não
precisa.

Pressupõe que o homem é capaz de praticar o bem. A vontade do homem é livre,


podendo realizar sua própria salvação. Rebela-se contra a filosofia determinista.
Pecado não é um defeito da natureza, mas da vontade. Pecado é puramente o que o
homem faz. Se pecado tem que ver com comportamento não pode ser transmitido
por herança. O pecado de Adão afetou apenas ele mesmo.
O pelagianismo foi modificado para um semi-pelagianismo, uma idéia mais
branda.
Problema: se o homem pode ser bom, por que não encontramos nenhum que
preste?
Tendências:
Essas idéias expressam dois sistemas morais religiosos opostos. Esse confronto
fez com que um grande leque se abrisse.
Os decretos da Igreja vindicaram Agostinho e condenaram Pelágio. Sínodo de
Cartago, Concílio de Éfeso (condenaram o pelagianismo) e Sínodo de Orange
(condenou o semi-pelagianismo).
Mais tarde, a graça passou as ser vinculada aos sacramentos da Igreja.
Confusão entre justificação e santificação continuou fazendo parte dos ensinos
de Agostinho. Alguns elementos estranhos a Agostinho passaram a fazer parte de
seus ensinos.
A teologia de Agostinho abarcou dois grandes sistemas na história: Igreja
Católica, principalmente com relação a Cidade de Deus (elaborados em oposição
aos donatistas), e o protestantismo, influenciado por seus conceitos de perdão,
graça e predestinação (elaborados em oposição a Pelágio).
Sumário:
1 Houve uma tendência de confundir fé com ortodoxia. Nos primeiros
séculos, heresia era discordar da norma bíblica, mais tarde passou a ser
uma discordância do clero. Isso provém da crença de que fé é apenas
aceitar uma série de doutrinas.
2 Obras de misericórdia/meritórias (dar esmolas) e a auto-disciplina foram
altamente recomendadas e frequentemente descritas como forma de
alcançar perdão de pecados. Quando a Igreja estava sendo perseguida nos
primeiros séculos, o martírio era buscado como forma de salvação. Na
Idade Média, quando a Igreja já era aceita e não havia mais martírio,
inventou-se a auto-restrição (celibato, pobreza, etc.) como meio de graça.
26/02/07
3 Muitos pais da Igreja distinguiram ordenanças divinas e conselhos
evangélicos. Os primeiros são absolutamente necessárias e para todos os
cristãos, os últimos são apenas para uma elite, é uma questão de escolha,
mas trazia grandes recompensas para aqueles que os observavam.
4 Dependência dos Intercessores. Adoração aos santos e a dependência da
intercessão deles, principalmente a virgem Maria. ( Não peça ao Filho peça
à mãe ). Os santos têm muito mais mérito do que precisam, e esse excesso
está sob o controle da Igreja. Leva a dependência das obras humanas.

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5 Batismo. Tendência crescente de se tornar a salvação dependente do
batismo. O batismo tem poder para salvar, por isso o batismo de crianças.
Não depende de crença, mas de ato. É sacramental. Tertuliano –> EXTRA
ECLESIA NULA SALVO (fora da igreja ninguém se salva).

II – SOTERIOLOGIA DO PERÍODO ESCOLÁSTICO:


Tinham preocupações nada a ver ( qtos anjos cabem na pta de um alfinete)
O homem precisa da ajuda da graça suficiente.
Intelectualizaram a salvação -
Influenciados por Aristóteles.
Inclinação ao semi-pelagianismo.

Conceito de Graça – o homem tinha poder natural e original de alimentar a fé, isto é, o
homem podia garantir o seu bem espiritual, com a ajuda da graça suficiente. (O homem
dá os primeiros passos. O q Deus faz por vc é em função daquilo q vc faz por vc
mesmo).
Conceito de fé – (Eles são mais pelagianos ( de Pelágio) q bíblicos)conhecimento.
Assentimento intelectual. Pedro Lombardo distinguia dois tipos de fé:
 DEUM CREDERE – Crer em fatos a respeito de Deus (credo).
 IN DEUM CREDRE (FIDÚCIA) – Fé ligada à justificação.

Tornou-se comum outra distinção:


 FIDIS INFORME – intelectual.
 FIDIS FORMATA – a fé q forma, q é aumentada e vivificada pelo amor
(caridade/amor).
Acabaram tornando o homem responsável pela salvação.
Cria-se e estimulava a submissão completa à Igreja. INFUSÃO da igreja católica.

CONCEPÇÃO ESCOLÁSTICA DE JUSTIFICAÇÃO E DO MÉRITO


A confusão entre santificação e justificação de Agostinho foi intensificada nesse
período. Nunca admitiram a justificação como um ato forense/imputação. Durante toda
a Idade Média o conceito de justificação vinha dos escolásticos, que por sua vez, foram
influenciados por Aristóteles. ( franciscanos e
Alexandre de Hales/ Boaventura/ Duns Sctus/ Guilherme de Occan – escolásticos
(franciscanos em sua maioria). ( Na tentativa de tornar o homem responsável pelo
pecado acabaram tornando o homem responsável pela salvação)
Para eles, a razão humana desempenha um papel importante para a recepção da graça
divina. Para receber a graça de Deus, o homem precisava fazer tudo o que lhe era
possível, conforme as suas forças. Boaventura afirmava que o homem tinha poder de
fazer o bem, mesmo depois da queda, “e se o homem faz tudo o que está em sua
possibilidade, Deus lhe concede a graça”.
 MERITUM DE CONGRUO – obtido pelos poderes naturais do homem, está
congruente com vc mesmo.
 MERTUM DE CONDIGNO – recebido em apreciação aos primeiros esforços.

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Ou seja, o homem se esforça e em apreciação do seu esforço, Deus lhe dá o
CONDIGNO.

Sumário:
 O homem, mesmo depois da queda é suficientemente livre em sua vontade para
assegurar o MERITUM DE CONGRUO, após o qual, Deus o ajuda a receber o
MERITUM DE CONDIGNO. Tudo acaba dependendo do homem, já que não
ganha segundo sem o primeiro.
Occan afirmava que “o homem pode preparar o caminho para a salvadora graça de
Deus, uma vez que sua vontade é livre e é capaz de fazer o bem por si”.
 A vontade humana pode amar a Deus acima de todas as coisas por seus poderes
naturais. O pecador também é capaz de eliminar os obstáculos à graça porque é
capaz de guardar-se dos pecados, odiar o pecado e desejar não pecar. Tudo
conforme sua própria vontade.

Lutero temeu não conseguir fazer tudo isso. Ele estudou com esses escolásticos, e isso
lhe trazia grande incômodo. (FIM DA AULA)

27/02/07
LUTERO E A DESCOBERTA DA JUSTIFICAÇÃO. PELA FÉ:
Ele foi salvo por três verdades que ele descobriu.
Suas descobertas estavam relacionadas a palavras e significados de doutrinas bíblicas.
Em 1512 recebeu seu título de teologia. Witemberg foi feito professor de Bíblia. Isso
deu-lhe oportunidade de estudar a bíblia e descobre três coisas:
 Significado bíblico da justiça de Deus: Lutero tinha sido educado no sentido de
justiça retribuitiva ( dar a cada um o que ele merece), visto sobre esta perspectiva, a
justiça de Deus era considerada como justiça punitiva, instrumento pelo qual os
ímpios são punidos.
Em 1513 e 1514 Lutero encontrou dois textos preparando as suas aulas de salmos, Sl
31:1; 71:1. como pode Deus salvar alguém na justiça se a justiça é justamente o que
Deus usa para punir as pessoas? Depois se deparou com Rm 1:17 ( No AT descobre “
salva-me em Tua Justiça” e descobre que é o que Deus oferece), será que esta justiça
não teria um outro significado. Finalmente descobriu que a justiça de Deus como
entendida por Paulo não era retribuitiva mas redentiva, um dom de Deus, não tinha nada
a ver com a filosofia, não era apenas uma qualidade de Deus. Descobriu que a justiça de
Deus é a fonte de salvação, por justiça de Deus não se deve entender a justiça pela
qual ele é justo, mas a justiça pela qual nós somos justificados, Lutero tinha feito a
descoberta fundamental, justiça não é aquilo que ele pede, justiça é aquilo que ele
oferece. Justiça n é o que Deus pede mas o que Ele oferece.
 Signifciado bíblico da justificação: o termo grego “dikaioun”, traduzido para o
latim como justificare, dikaioun significa considerar justo, contar como justo,
imputar justiça, absolver, mas o termo foi mal traduzido no latim, isto especialmente
quando o grego se tornou uma língua morta no ocidente, o significado grego se
perdeu, justificare significa tornar justo, durante todo o período medieval o
significado de justiça foi entendido no sentido agostiniano, como um processo,

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fazer justo, tornar justo. Com a renascença, aumentou o estudo da cultura
clássica, em 1506 Reuchlin, publicou sua gramática hebraica, as línguas bíblicas
começaram a ser redescobertas, Erasmo de Roterdam em 1516, publicou a nova
edição do Novo Testamento grego. Assim Lutero descobriu que no grego justificar
significa considerar justo, não tornar justo. Descobriu que justificação é um ato
forense, “um homem não é considerado como justo porque ele é justo, mas é justo
porque é considerado como justo”. Justificação para Lutero não é mais a
comunicação da justiça de Deus, mas imputação da justiça de Deus. Tornar justo é
uma questão forense.
 O significado bíblico da justificação pela fé: se a justificação é um veredito de
Deus em nosso favor, como isto acontece? Como somos declarados justos? Como
Deus justifica os pecadores? Não era claro para ele ainda qdo lecionava a classe de
Romanos. Não somos dignos de méritos humanos. Como Deus justifica os
pecadores? Deus pode nos considerar como justos pq sabe q nos pode considerar
justos. Conforme seu comentário Rm 4:7 parece passar por alto o ato da fé Cristo.
Então ele começa a associar exclusivamente a justificação com a fé em Cristo, e em
escritos posteriores liga a justificação com a graça de Cristo e com a fé e esta é a
posição final de Lutero. A justificação vem pela graça de Deus, Deus manifesta sua
graça por ter permitido que Cristo sofresse em nosso lugar, Deus colocou os nossos
pecados não sobre nós, mas sobre Cristo, Is 53:5, Cristo toma o lugar dos pecadores,
e através da fé nele podemos tomar a sua justiça. Diz ainda: assumindo nosso lugar
ele tomou sobre si nossa pessoa pecaminosa e agora podemos tomar sua pessoa
vitoriosa. Lutero diz o verdadeiro caminho para o cristianismo é este, que primeiro o
homem pela lei tem que reconhecer que é pecador e não pode se livrar por obras
meritórias. A única forma de partir o nosso eu e contemplar a humildade de Cristo.
“Sola gratia”, “sola fide”, “solo Cristus”. Somos justificados somente pela graça,
pela fé, através de Cristo, as obras são resultados da justificação. Lutero considerou
a santificação como parte de teoria da justificação, aquele que tem alcançado a
Cristo e através disto é justificado através disto realiza boas obras. Salvação pela
graça não lhe dá escusa para não praticar boas obras, mas nos dá uma motivação
para praticá-las, você não faz mais para ser justificado, mas porque você foi
justificado. Nos dez mandamentos, a salvação precede a lei, não é dada para o
individuo que esta fora de Cristo. A lei é um condão que apóia nossa própria
fraqueza, nunca foi dada para ser um instrumento da salvação. O amor nos diz
porque fazer, a lei nos diz como fazer.
Lutero nunca teve paciência com aqueles que usaram a justificação pela fé como licença
para o pecado, chamava-os de suínos que continuavam pisando as pérolas do evangelho.
Enfaticamente negava a justificação pelas obras, quer as que fizemos antes, ou as que
fizemos depois, das anteriores, por que .....as depois porque as obras que você realiza
depois não são mais suas porque Cristo vive em você. A fé nunca é sozinha, ela produz
as boas obras.
Fator divisivo na questão de justificação pela fé entre protestantes e católicos na
idade média.
Contorvérsia das indulgências:
O problema com Lutero teve que ver não com justificação pela fé, mas com as
indulgências, que estava ligada com justificação pela fé. João Tetzel pregava as
indulgências, foi ele que disse q assim q a moeda caia na caixa a alma saia do inferno.

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Estava ligado à justificação pela fé em virtude c a sua conexão à doutrina católica da
penitência.
A graça inicial é concedida no batismo. A graça e retirada qdo há pecado mortal e a
penitência estava lá para salvar o pecador.
A igreja católica havia definido as indulgências como sendo a segunda tábua da
salvação, a primeira era o batismo. O sacramento da penitencia tinha três partes:
contrição, confissão e satisfação. A indulgência se encaixava nesta terceira, você estava
satisfazendo aquilo que era exigido pelo sacramento, essa prática vinha desde 1300,
com o papa Bonifácio. A indulgência do Jubileu p todos os q visitassem os túmulos dos
apóstolos em 15 dias consecutivos. Originalmente estavam limitadas a de 100 em 100
anos. Mas este período era aumentado de acordo c a dificuldade da igreja. Ele disse q “
se existe um inferno, Roma está assentada em cima dele”.
Sem a justificação o mundo está em travas.
No século XVI, a pratica da indulgência foi totalmente corrompida, antes era dada de
tempos em tempos. Aquilo que se iniciou com uma disputa na questão das indulgências
passou para a justificação, por isso ele diz que a ela é fundamental e sistêmica (tem que
ver com todo o sistema). Se a doutrina da justificação pela fé for perdida, toda a
doutrina cristã está perdida. É artigo pelo qual a igreja fica em pé ou cai para Lutero.
Foi o fator divisível entre católicos e protestantes. Hoje quando se fala de união, é
estranho pois se querem se unir, tinham que resolver este problema de justificação pela
fé, conceitos totalmente diferentes. Fim da Aula
28/02/07
Segundo os protestantes a fonte da justificação: Deus declara o pecador justificado,
ele é completamente perdoado pela morte expiatória de Cristo. Estas pessoas estão
realmente, legalmente justificadas, declarada justa diante de Deus, esta posição está
baseada em alguns versos bíblicos. ex: Rm 4:3. para Lutero e para os reformadores a
base da justificação é que Deus declara, no momento em que alguém crê, é aquilo que
conhecemos por justificação forense, vem do latim “fórum”, na Roma antiga era assim
fórum era a corte onde se resolviam questões judiciais, assim, forense tem a ver com
uma ação legal, ou uma declaração oficial que é feita na corte, então a razão pela qual
os protestantes qualificaram sua posição de justificação forense foi porque acharam que
a base final da justificação de Deus é um veredito uma pronunciação legal feita por
Deus, pela qual perdoa os pecados. Justificação não tem nada a ver com o homem, tem
a ver com Deus, que acontece fora do homem, como resultado de sua fé em Cristo,
então se ergue diante de Deus com um novo estado. O catolicismo por outro lado
considera esta idéia como uma ficção legal, pois na compreensão católica envolve o
ato de Deus declarar alguém justo quando de fato permanece um pecador. Quando
Deus perdoa não está olhando para o pecador, mas para Cristo seu substituto. “Simul
justus e pecattor”, simultaneamente justo e pecador, queria dizer que quando Deus vê
um homem legalmente está perdoado, mas ainda é um pecador em si mesmo, Deus o vê
como perdoado e ele ainda se vê como um pecador, ver João 1:9.
O catolicismo por outro lado se crê que Deus declara um individuo justo apenas
quando ele é justo, então justificação é para o justo não para o ímpio. Deus apenas
declara o individuo justo quando tal homem coopera com Deus. Portanto o catolicismo
crê que a posição protestante envolve um problema sério para o caráter de Deus, Deus o
declara justo quando na verdade ele não é justo.

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De acordo com a Bíblia quando um homem crê, ele se torna unido em Cristo, Fil. 3:8-
9. Porque Deus vê o pecador em Cristo, a justiça de Cristo se torna a sua justiça. ela é
atribuída ela é imputada em seu favor, II Cor. 5:21 –AQUELE Q N CONHECEU O
PECADO - assim como Cristo foi declarado pecado, ele colocou o pecado sobre Ele
mas não Nele, Ele não era pecador. Ele foi considerado pecador, assim acontece com o
cristão, Deus atribui ao pecador quando se arrepende a justiça de Cristo, por isso Deus
pode dizer que Ele é justo. Is 61:10. Atos 13:38-39 – justificação não é portanto um
ficção legal, mas um fato legal, portanto Jesus pode ser não apenas justo mas
justificador.
A igreja católica responde a isso dizendo que somente quando Deus analisa a vida do
individuo e confirma que ele é realmente justo é que declara justo, não é uma síntese,
mas uma análise, Deus não chama um cinzeiro de uma rosa, mas chama uma rosa de
rosa.
Com Pilatos, como representante da humanidade, Jesus não poderia dizer nada
porque Pilatos tinha razão, mas quando foi preciso responder como Deus, Ele
falou) ( Tolo – RACA - no AT é aquele que diz q n há Deus, aquele q está fora da
esfera do reino de Deus)
A justificação é imputada ou infusa? Os protestantes crêem que os méritos de
Cristo são transferidos para o pecador, da conta de Cristo para a conta daquele que crê,
(exemplo: Bill Gates decidiu abrir uma conta conjunta com você quando sua conta está
devedora.) no momento em que ele crê, Deus o vê em Cristo, e neste ponto todas as
riquezas da graça de Cristo são imputadas na conta do pecador. Então uma síntese
acontece. Mas o crente não reivindica nada de si mesmo diante de Deus pelo contrário,
ele apela tudo para Cristo. Muitos entendem que isso é uma forma passiva então de
fazer o que quiser com a sua vida, de forma permissiva acha que não precisa mais
obedecer e vive de forma permissiva.
Os católicos dizem que a graça é infusa, não imputada. A graça passa a trabalhar em
nos e ajuntamos a nossa vontade e só aí somos considerados justos.
REFORMA
O ponta-pé inicial teve que ver com a discordância de Lutero com as indulgências. J.
TETZEL pregava o valor das indulgências/penitências, a quem Lutero se opôs. A Igreja
Católica havia definido as indulgências como a segunda tábua da salvação (a primeira
era o batismo). O sacramento da penitência tinha três partes:
 Confissão.
 Contrição.
 Satisfação - satisfazer o que é exigido, penitência.

Inicialmente a indulgência podia ocorrer de 100 em 100 anos. No século XVI já havia
virado um comércio.
A Reforma se iniciou numa disputa por indulgência acabou envolvendo a questão da
justificação e da salvação. Para Lutero a doutrina da justificação é:
 Fundamento – dela dependem todas as doutrinas.
 Sistêmica – afeta todas as outras coisas.

Posteriormente, a justificação pela fé foi o motivo de divisão entre católicos e


protestantes.

11
FONTE DE JUSTIFICAÇÃO PARA OS PROTESTANTES
Para eles, Deus declara o pecador justificado. Ele é perdoado pela morte expiatória
de Cristo. Essas pessoas estão realmente/legalmente justificadas. Mudança de status.
Para Lutero e os reformadores é o ato declaratório de Deus. Deus justifica plenamente
quando alguém crê. FORENSE = pronunciamento oficial feito numa corte.
Ato objetivo de Deus fora do homem.
Síntese – o indivíduo crê e é considerado justo (ato).
FONTE DE JUSTIFICAÇÃO PARA OS CATÓLICOS
Os católicos consideram a idéia protestante é uma Ficção legal – Deus declara
alguém justo quando de fato permanece um pecador? Vêem nisso uma incoerência com
o caráter justo de Deus. Crêem que Deus declara alguém justo apenas quando ele é
justo. Justificação é para o justo, não ao ímpio.
Análise – apenas depois que o indivíduo confirma ser justo é justificado (processo).
De acordo com a Bíblia, quando um homem crê se torna unido com Cristo - Fl 3.8 e
9. A justiça de Jesus é atribuída/imputada ao pecador - II Cor 5.21; Is 61.10; At 13.38
e 39. Deus pode ser tanto justo como justificador Rm 3.26.
JUSTIFICAÇÃO: IMPUTADA X INFUNDIDA
Protestantes – méritos de Cristo creditados/transferidos/imputados ao pecador no
momento que a pessoa crê, cancelando todos os seus débitos. O crente não reivindica
nada de si, confia inteiramente nos méritos de Cristo.
Síntese – a conta de Cristo passa a ser a do pecador e vice-versa.
Católicos – primeiro a graça de Deus assiste o pecador, sua vontade, para que ele
creia. Graça preveniente (anterior, dada para ajudar a vontade/ele é infuso nessa
graça). O pecador coopera com ela e pode, por esforço em cooperação com essa graça
alcançar um estado interior de justiça. E Deus apenas o declara justo quando este está
em seu interior suficientemente justo. O catolicismo crê que a base da justificação é a
justiça de Deus, mas essa justiça é alcançada apenas pela cooperação do homem com
Deus. A graça é uma porção de poder para que o pecador concerte alguns defeitos,
alcance certo grau de justiça então ser considerado justo (Deus não considera um
cinzeiro como rosa rosa).
Deus não justifica a quem Ele não pode santificar – Calvino. No protestantismo, esse
é o resultado da justificação = santificação, crescimento espiritual. No catolicismo,
santificação é a transformação de uma pessoa que para ser considerada justa precisa se
aperfeiçoar primeiro. É judicialmente imputada.
A Lei não é anulada, n é suspensa, a lei não é alterada Cristo foi Perfeito observador
da Lei. O q Cristo comprou na cruz é aplicado ao homem quando ele crê. (A
santificação vem depois da justificação.) Somos salvos do pecado para a justiça, da
morte para a vida, das trevas para a luz.
No protestantismo a santificação vem depois da justificação. A base é a justificação e
a santificação é o resultado.
No catolicismo a santificação ou transformação é parte do processo pelo qual ele tem
que ser justificado.
SOLA FIDE: Só a Fé. A fé é um instrumento apenas.

12
Ao contrário disto é a posição católica (fé + obras), para os protestantes a justificação
acontece num momento, quando o pecador através da fé se apropria de Cristo. No
protestantismo, a fé é basicamente transferência de confiança. A fé é um instrumento
pelo qual vc recebe.
Ilustração: um edifício em chamas e um homem no quinto andar. Chamas se
aproximam. Embaixo, os bombeiros o incentivam a pular numa rede. Ele pula. Sua fé o
leva a pular. Confiou na habilidade dos bombeiros. Esta fé não é o que realmente o
salva. A fé o motivou a pular, mas não o salvou, porque se ele chegar lá embaixo e não
houver rede a fé não valeu de nada. O que salva é o ato concreto dos que seguram a rede
– Cristo. A fé não vale pelo seu tamanho/pureza e sim por seu objeto. Não adianta
termos fé no deus errado. O ato de pula é a fé mas a rede é que resolve realmente o
problema. À medida que avançamos na nossa fé com Cristo vemos que nada é
impossível a Ele. Não é o tamanho da fé que nos salva mas a base da fé que é Cristo que
nos salva.
PROTESTANTES CATÓLICOS
1. Forense. 1. Ficção legal.
2. Sintético. 2. Analítico.
3. Imputação. 3. Infusão.
4. Sem mérito humano. 4. . Com Mérito
5. SOLA FIDE (Só a Fé) 5. Fé + obras.

Primeira Prova até aqui

TEORIAS DA EXPIAÇÃO
1. Teoria do Resgate (Teoria Clássica).
Predominou durante os primeiros doze séculos da Era Cristã. É chamada também de
Teoria Clássica. A história descrita na bíblia como um conflito cósmico para reconciliar
o homem com o seu criador. Nessa contenda, Satanás conseguiu arrebatar o controle do
planeta das mãos de Adão, de modo que se tornou governante e o homem seu escravo.
A única esperança do homem é a libertação da sua escravidão, e para isso, um resgate
precisava ser pago.
Orígenes ( Metade do séc. III) foi quem formulou esta teoria (textos usados - Mt
20:28; Mr 14:45; I Cor 6.20). Nessa compreensão a vida de Cristo foi o resgate pago.
A grande questão é: de quem foi o homem comprado? De Satanás, de quem era
servo e era o único que podia exigir um resgate para deixar livres suas vítimas. O Diabo,
segundo Orígenes, exigiu o sangue de Cristo. Especificou o resgate que queria, o único
que aceitaria. Com isso, o Diabo queria se livrar de Cristo e continuar com suas vítimas
(o preço do resgate e seus escravos). Mas a ressurreição o surpreendeu, e então deu-se
conta que havia perdido tudo. Isto é, entregou o homem para dar-se conta de que ele não
poderia reter Cristo, o resgate que havia aceito.
2 – Gregório de Nisa. Um século mais tarde, Gregório de Nisa (um dos três
capadócios) deu uma ênfase nova a este conceito. Sua preocupação era manter a justiça
de Deus no resgate do homem. Deus não poderia roubar o homem do domínio de
Satanás, já que este era culpado da sua escravidão. Por isso, Deus teve que fazer uma
transação com o Diabo. Este aceitou o sangue de Cristo porque o considerou como mais
valioso que as almas de seus cativos. Contudo, Satanás foi enganado. Não se deu conta
que a divindade de Cristo estava oculta em sua humanidade (Segundo Gregório de Niza,

13
Deus enganou o diabo por uma justa causa). Gregório defende o engano, justificado
pelo propósito. Deus pagou o diabo na mesma moeda, só que Seus propósitos eram
melhores que os do inimigo. Os fins justificam os meios. Fim da Aula
06/03/07
No séc. XV Agostinho deu nova roupagem a essa teoria. Tentou explicar
graficamente o que aconteceu. Comparava a cruz a uma armadilha para pegar ratos. O
sangue de Cristo era a isca. Deus não enganou diretamente o Diabo, este enganou-se a si
próprio cegado por seu orgulho, não percebeu a realidade.
Aceitável:
 Vitória de Cristo sobre o Diabo. ( Gen. 3:15)
 Libertação dos cativos.

Inaceitável:
1. Satanás como objeto da obra propiciatória de Cristo.
EGW: “o domínio exercido por Satanás era o que ele havia arrebatado de Adão. Era
o vice regente do Criador. Adão havia de reinar sujeito a Cristo. Quando Adão
entregou sua soberania nas mãos de Satanás, Cristo continuou sendo o Soberano
legítimo”. DT?N, pág. 103.

2. Teoria da Satisfação.
Anselmo de CANTERBURY, no séc. XI, se opôs à idéia do resgate pago à Satanás. Viu
que o problema era claramente entre Deus e o homem. Para ele Cristo morreu para
satisfazer um princípio da natureza de Deus. O objeto da cruz não foi o Diabo ou o
homem, e sim Deus. Era a justiça/honra de Deus que estavam em jogo e deviam ser
satisfeitas.
Cur Deo Homo ? (Por que Deus se fez homem? – livro de Anselmo).
Nesse tempo o sistema feudal estava no apogeu. O conceito de justiça/honra era visto
como algo pessoal. A violação da lei de Deus foi vista como sendo uma ofensa a um
senhor feudal. Desenvolveu-se na igreja uma forte idéia satisfação da honra de Deus.
Anselmo via Deus como um senhor feudal que insistia na satisfação para manter Sua
honra. Dar a Deus o que Lhe era devido. A satisfação deveria ser oferecida pelo homem
a Deus. Contudo, como o homem não poderia oferecer tal coisa, Cristo entra no quadro.
O próprio Deus satisfaz essa demanda de justiça/honra. Aceita a idéia de agostinho de q
o homem foi feito p repovoar o céu.
3. Influência Moral.
Pedro Abelardo, séc. XII. Primeiro a desenvolver essa teoria. Como Anselmo rejeitou
a teoria do resgate. Mas rejeitou também a teoria de Anselmo, que enfatizava Deus e
seu desejo por satisfação.
A cruz tem que ver com o homem. O homem com suas atitudes negativas impedindo-
o de se aproximar de Deus. Tal atitude do homem deveria ser corrigida. O propósito da
cruz não é prover satisfação e justiça/honra do Deus Santo, mas revelar o amor de Deus
e motivar o homem a reconhecer e confessar seu pecado. Anelar servir a Deus. A
contemplação do amor de Deus na cruz muda o homem, levando-o a desejar servir a
Deus. Cruz: efeito de influência moral.

14
Problema: enfatizou o amor e minimizou a justiça.
Lc 7.47 – texto preferido de Abelardo. Para ele o perdão é resultado do amor, mas na
verdade o verso diz o contrário: o pecador ama porque foi perdoado. Ele deu pouca
importância à segunda parte do texto q diz aquele a quem foi pouco perdoado pouco
ama.
4. Satisfação Penal.
Reformadores do séc. XVI buscaram nas Escrituras a base para descobrir a verdade
divina. Concordaram com Anselmo na seriedade da ofensa humana. Viram que as
Escrituras revelam que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23). Renovaram sua
atenção ao conceito bíblico da ira divina.
Buscam nas escrituras e não na tradição as verdades.
Para os reformadores a essência da obra de Deus é substitutiva. Cristo é visto como
Substituto. Veio para tomar o lugar do homem, suportar o castigo que ele merecia em
cumprimento ao que o AT havia anunciado (Gl 3.13). Por isso encontramos dualidade
na cruz: como Filho de Deus era o imaculado cordeiro, como homem culpado pelos
pecados de toda humanidade. Sobre Ele caiu a maldição q ameaçava o homem.
Leon Morris: “Cristo levou nosso castigo e assim aplacou a ira de Deus em nosso
lugar”. A cruz teve o objetivo básico de resolver o problema da transgressão da lei de
Deus. (GC, pág. 32). Antes de oferecer o perdão, Deus tinha que resolver o problema do
pecado. “Como um registro do sacrifício assombroso que se requereu para restaurar a
Lei divina.” GC pág. 33
5. Outras Teorias:
Teoria Exemplarista (Socicianismo).
Fausto Socino, séc. XVI, perseguido pelos reformadores porque era anti-trinitariano.
Rejeitou o conceito de satisfação e substituição, vendo na morte de Cristo apenas o
valor do exemplo. Sua morte nos mostrou o tipo de dedicação a Deus que deve ser
imitado.
6. Teoria Governamental.
Hugo Grotius, séc. XVII, jurista/advogado de sucesso. Viu a cruz como uma
demonstração do ódio que Deus sente pelo pecado e violação da Sua lei. A intenção é
levar o pecador também a odiar o pecado e separar-se dele. Segundo Grotius, o
propósito principal do castigo não é retribuitivo, mas um meio de evitar a proliferação
do pecado e manter a ordem na sociedade humana. A cruz foi demonstração da justiça
de Deus e de Seu ódio pelo pecado.
A ênfase é subjetiva, então.
AVALIAÇÃO DAS TEORIAS:
Nenhuma delas está totalmente errada. Cada uma delas assinala um elemento da obra
redentora de Cristo (muito ampla para uma única teoria). Há elementos objetivos (fora
do homem/dimensões cósmicas) e subjetivos (que acontecem dentro do homem).
Por outro lado, se reuníssemos estas e outras teorias não esgotaríamos o mistério da
piedade (I Tm 3.16).
O problema aparece quando tomamos uma ênfase e deixamos de parte o todo. Fazer
de um aspecto o todo. A cruz é multifacetada.
Além disso, existe também uma questão de ordem de prioridade de ênfase. Pensar no
exemplo como elemento da cruz é correto, mas priorizá-lo não. A Bíblia é clara em

15
afirmar que a expiação é primariamente algo objetivo (fora do homem), independente
do homem e sua participação no processo. O objetivo central da cruz é Deus, e não o
homem. Embora os aspectos objetivos e subjetivos sejam inseparáveis, os objetivos têm
prioridade lógica.
DOUTRINAS FUNDAMENTAIS E AS TEORIAS DA EXPIAÇÃO

A doutrina de Deus
Se Deus é visto só como um Deus benevolente, que o único atributo é o amor, e que
não leva o pecado a sério, então vemos a salvação como subjetiva. Se por outro lado se
vemos que Deus além de amor é justo, (santidade é o grande atributo de Deus) seria
necessário algo maior à altura de sua santidade de sua justiça deveria ser feito para
alcançar o homem. A sua posição de como você vê outras doutrinas vai afetar a doutrina
da salvação. “A disciplina é o instrumento do amor”
07/03/07
A doutrina de Cristo
Se Cristo é somente um homem, o que ele pode fazer foi oferecer um exemplo
perfeito, é digno apenas de imitação. Pode-se obedecer a Deus sendo como nós
podemos obedecer a Deus como Ele. A cruz no diz com clareza que esta visão é muito
pobre. Nós não vencemos como Jesus venceu, nós vencemos porque ele venceu,
primariamente ele não é nosso exemplo, é nosso substituto. Ele não serviu apenas de
exemplo, serviu de exemplo, mas não é a ênfase primária.

A doutrina do homem
Se a doutrina do homem é a mesma de Pelágio de q o homem n foi afetado pela
ação de Adão, então vc chegará a uma conclusão errada em relação à doutrina da
salvação.
O que é o homem? Como você entende o homem, que envolve o pecado. Se o pecado
de Adão não afetou a mais ninguém, somente a Adão mesmo, então o problema do
pecado não é da natureza, é da vontade. O maior efeito do pecado de Adão para a sua
descendência para Pelágio foi o mau exemplo, mas além do mau exemplo acreditamos
que nos legou uma natureza depravada, com uma tendência para o mal.
Doutrina da lei
Se a lei é vista como a revelação do caráter de Deus, então o Seu sacrifício será visto
de um ângulo bom de uma forma positiva.
Se a lei é algo que foi dado só para Israel, que foi abolida, se a violência consiste
apenas de atos (mas não somos só pecadores porque pecamos, nós pecamos porque
somos pecadores). Se este pecado não é nada que faça muita diferença como vai ser
curado. Mas se a vimos que a lei é eterna, a transcrição do caráter de Deus, santa, justa e
boa, o sacrifício de Jesus é visto como algo mais profundo, de uma redenção mais
radical.
A nossa tentativa de tentar entender a doutrina da salvação é guiada pela compreensão
de outras doutrinas. Misericórdia, santidade e justiça são atributos do caráter de Deus.
Jesus foi Deus e homem, na sua divindade foi igual ao Pai e na sua humanidade igual
a nos exceto no pecado.

16
Se vemos que o homem é afetado e infectado pelo pecado vemos necessidade de
justifica.
Se vemos a lei de qualquer forma, podemos fazer o que quisermos, não importa se
você obedece ou não. A questão não é Sábado ou Domingo, a questão é obediência com
que autoridade você fica.
12/03/07

O significado da cruz
Por que teve que morrer? O que foi alcançado com sua morte? Esse evento deve ser
visto através de vários prismas. Perguntas q estão no fundamento da questão.
Heb 9:14 eterna redenção. A divida do pecado é saldada pela morte. N havia
esperança p o homem até q essa sentença fosse
Heb.7:22.
Ef 5:2 Na cruz Cristo fez o q era exigido do pecador.
A sua morte não é a morte de um mártir mas de um substituto (II Cor. 5:19) trazendo
reconciliação entre Deus e o homem. Assim como a cruz tinha duas hastes, a obra de
Cristo tem duas dimensões fundamentais:
1) de um lado tem que ver com Deus
2) tem que ver com o homem
EGW – manuscrito 50 de 1900 – a justiça demanda que o pecador seja perdoado, mas
executado. No dom do seu filho unigênito atendeu estas duas exigências. Cristo saldou a
pena e proveu a justiça. Por isso Rom 5 diz que fomos mortos com Ele. Como se pode
aplicar sentença pra quem já morreu? AMÉM!!!!
1 - A cruz como propiciação
A cruz é um código q envolve o Nascimento, ministério, morte, ressurreição e
Intercessão.
Deus não passa a mão na cabeça de ninguém. A justiça de Deus tem que ser aplicada.
Por meio da cruz o homem é atraído para Deus.
Esta é uma das ênfases no NT, dimensão vertical, tem que ver com Deus, com seu
caráter. Salvar o homem não requeria satisfação, mas cumprimento das exigências da
justiça, e Deus é justo e justificador, Rm 3:26. o significado primário da palavra
propiciação é apaziguar, eliminar a ira por meio de uma oferta. O conceito parece
negativo, mas os dois Testamentos apresentam a ira de Deus, todos partilhando sob
pecado, estavam sob a condenação da ira de Deus (Rm1:16 e 17) A ira de Deus se
revela desde o céu  O sacrifício de Cristo elimina a ira sob a qual todos nós estavam.
Os gentios transgrediram a Deus pela natureza e consciência e os judeus a outra
(Torah), enfim todos estão sob a mesma ira. A morte de Deus elimina a ira, a diferença
do paganismo é que o homem é que se sacrifica por Deus, no cristianismo, Deus é quem
se sacrifica, Deus não exige do homem aquilo que ele não pode fazer, é algo que Deus
faz por nós. Deus é quem se colocou como propiciação (Hebreus 2:17; Rm 3:25).
Expiação é o mesmo que Propiciação a palavra no grego é hilasterion usada em João
4:10 / João 2:2.
Os gentios estão sob a ira de Deus. Toda humanidade, gentios e judeus, está
condenada.

17
A morte de Cristo foi um argumento, convincente, eterno q a lei de Deus é tão
imutável quanto o Seu trono, Manuscrito 88,1897
A ira de Deus não tem nada a ver com uma emoção descontrolada que eu e você
temos, mas contra o pecado, que está em desacordo com o caráter de Deus que está em
sua lei. A ira de Deus não é “afectos” (afeto paixão, sentimento, emoção), mas
“efectus” (efeito, conseqüência do pecado).
Não devemos lutar para vencer o pecado, mas devemos colocar o esforço no lugar
correto, na comunhão com Deus, na unidade com Cristo.
2 - A cruz como sacrifício
Sua morte não foi um martírio, mas um sacrifício (I Cor 5:7), o sangue que está
relacionado com o sacrifício (Lev 17:11). Quando Cristo morreu, nos deu uma
oportunidade de fazermos uma transfusão de sangue, uma nova vida, o nosso sangue
está sujo na origem, na fonte (Heb 10:4; 10:10; 9:14). A dívida do pecado é a morte, e
não haveria outro meio para o homem se a sentença não fosse cumprida (heb 7:22;
9:14). A Cruz satisfez a justiça de Deus que exigia a morte do pecador e foi Ele quem
ofereceu a oferta.
EGW esclarece que este grande sacrifício não foi feito para criar no coração do Pai
pelo homem e nem para mover para salva-lo, ele proveu a propiciação porque como nos
ama.

A cruz como substituição


Satisfez as exigências da lei.
Do ponto de vista do homem Ele era culpado porque levava sobre Si a nossa culpa, mas,
do ponto de vista de Deus, como Filho de Deus, Ele não tinha culpa.
Cristo foi a oferta substitutiva, morreu no lugar do homem (Gn 3:15). EGW pergunta:
porque a sentença de morte não foi executada imediatamente a queda? Porque um
resgate havia sido providenciado (Review and Herald, 23 de Abril, 1861).
Jô. 10:14 – O Bom Pastor. Não há ovelha perdida, mas há ovelhas sem pastores.
A morte do cordeiro mostra Jesus como substituto dos homens, Jesus mesmo
declara, João 10:14, na última ceia Marcos 11:24. o novo testamento usa a
partícula “anti” sugere substituição (I Cor. 11:15 – cabelo no lugar do véu – anti –
véu;); Lc 11:11; Mt 2:22 (no lugar de herodes – anti herodes).
A morte de Cristo não foi apenas em favor, mais no lugar de muitos.
Jesus tomou o nosso lugar, assim como a vítima (o Cordeiro) tomava o lugar do
adorador no AT. Nossos pecados foram colocados sobre ele de maneira simbólica mais
de maneira real também (II Cor. 5:21- “aquele q n conheceu o pecado foi feito pecado”
de forma real Jesus assumiu o pecado da raça; Heb 9:28 Cristo foi oferecido p levar o
pecado de mtos; I Pe 2:24 Ele mesmo levou os nossos pecados em Seu corpo; Is 53:6 –
estes textos não estão tratando o assunto como ficção, mas como real; Gal 3:3 Foi feito
maldição por nós). Aquele que não conheceu o pecado, precisamente o único que não
precisaria morrer, morreu levando a culpa da transgressão, tornando-se maldição da Lei.
“O sentido do pecado que atraia a ira de Deus sobre, foi que tornou tão amargo o
cálice que tinha que beber” (DTN, 701).

18
Aquilo que em Dt 28 Israel tinha que levar como resultado da desobediência foi posto
sobre Ele. Tudo aquilo que disseram sobre Ele como filho de Deus era mentira, mas o
que disseram sobre Ele, é verdade a nosso respeito. Ninguém que olha a cruz com
seriedade e os momentos que a antecedem não ficarão assustados. (A Cruz de Cristo,
p, 76). O que parte o sagrado coração de Cristo não é a cruz, mas a separação de Deus
é aquilo que cada pecador vai sentir em um aspecto individual em um nível diferente.
Quando Jesus pendia na cruz houve trevas sobre a terra, as trevas duraram três horas, no
simbolismo bíblico quer dizer separação de Deus, ausência de Deus, pq Deus é luz e
nEle não há trevas.O oposto inferno, total ausência de Deus. “Quando ele nasceu
houve luz à meia noite, quando Ele morreu, houve trevas ao meio dia”. (O fim do
mundo veio na cruz de forma microcósmica)
13/03/07

A Cruz como redenção:


Na cruz a redenção foi consumada.
Exo. 6:6 Moisés apresentado como um homem velho n como um revolucionário.
Ex 14:13 – o mar vermelho. Israel de um lado tina as montanhas, do outro o mar e atrás
o inimigo.
Faraó símbolo de Satanás. Persegue os seus ex escravos. Gal. 4:4. Rom. 6:23. MaT
20:28. Temos redenção em Seu sangue. Ef. 1:7. 1Ped. 1:18,19.
.Na cruz não somente a justiça de Deus foi satisfeita, o seu caráter vindicado
(restaurou, foi reclamado), mas o homem foi redimido. A idéia de redenção implica em
pagamento de um resgate, na cruz a dívida foi paga. Na cruz a dívida foi paga, quando
Jesus morreu na cruz, disse “telestetai”- está pago. O AT fala da libertação de Israel em
termos de um resgate (Ex 14:13 e 14). No NT Jesus afirma que o homem é escravo do
pecado. Cristo veio para resgatar aqueles que estavam sob a condenação da lei Gal 4:4;
sob a sentença de morte Rm 6:23; veio para dar a sua vida em resgate (Mt 20:28, temos
redenção por seu sangue Ef 1:7; I Pe 1:19 e 19).
O que então foi alcançado da cruz? Jo 3:16. Quando o povo foi picado pelas serpentes
no deserto foram curados por olhar para o próprio veneno que estava neles. Vida,
propiciação e redenção, tudo isto foi alcançado na cruz. Na cruz a sorte da humanidade
mudou. Antes dela estavam todos condenados, tudo dependia do cumprimento das
promessas. Cristo tem crédito na praça pq Ele cumpriu as promessas.
Cristo estava conciliando consigo o mundo. Na cruz a sorte da humanidade mudou
definitivamente, para a raça humana existe um A.C. e um D.C. e este ponto de mudança
faz toda a diferença, “mudou da posição de condenada antes para redimida depois”.
Lutero diz que o nobre o puro e o exaltado casado com uma prostitutazinha, que somos
nós, por isto estamos debaixo da lei, encerrados. Antes da cruz a raça humana estava
toda condenada, sem saída, antes era somente uma realidade em símbolos. Apenas
depois da cruz a humanidade está legalmente redimida, antes legalmente perdida (não
havia salvação). Antes da cruz houve pessoas que experimentaram a salvação por
colocarem a fé no messias que havia de vir, assim também depois da morte de Cristo
aqueles que se colocam fora do caminho não experimentarão os benefícios da salvação.
(I ME, p. 410; 363-364). Hoje somos salvos pela fé em algo que já aconteceu, antes
eram salvos pela fé em algo que iria acontecer. Na cruz a salvação foi provida, mas só
há eficácia para aqueles que a aceitam. (GC, p. 543).
Alguns colocaram sua fé no Messias porvir e se salvaram. O fato de estar legalmente
redimida depois da cruz não quer dizer que todos estão salvos.

19
O trabalho de Deus é salvar-nos. Se Ele não quisesse salvar o homem não teria
nenhum trabalho.
(Jesus morre na cruz mas não da cruz).
Exame dia 21 de Março. (Até o significado da cruz)

14/03/07

A justificação pela fé do ponto de vista Bíblica


Este foi o tema da reforma do séc. XVI, talvez este seja o único tema que todos os
protestantes estejam de acordo. Nunca encontramos uma formulação básica sobre
justificação pela fé, pois há um consenso geral.
Paulo e a justificação pela fé
De fato Paulo é o intérprete da cruz, ele é o único que usa a frase “justiça da fé”,
realmente o único livro que trata sobre justificação pela fé é a carta aos Romanos,
embora secundariamente o livro de Gálatas trate sobre o mesmo tema. Não é sem razão
que os grandes reavivamentos foram baseados na carta aos Romanos.
A seção no livro de Romanos que trata sistematicamente sobre o tema é Rom 3:21-
5:21. Aqui encontramos a natureza básica da justificação pela fé. Todos os protestantes
concordam que o tema deste contexto trata sobre justificação, santificação aparece
depois. Encontramos três seções:

A B C
Rm 1:16-17 Rm 1:18-3:20 Rom 3:21-5:21

A) TESE: na primeira seção evangelho é a história de Cristo, aquele que o império


romano havia crucificado era o Senhor. Naquela época esta declaração no mínimo é
ousada. Não há de admirar que em 1:23, Paulo diz que é a “pedra de tropeço”, como
poderiam acreditar que o messias seria crucificado, ou que a salvação fosse pela fé
neste crucificado, estava em plena oposição com a doutrina deles. Se por um lado os
judeus consideram o evangelho uma pedra de tropeço para os gentios isso era uma
“loucura”, não fazia sentido filosófico para a cabeça deles. Paulo disse que não se
envergonhava da cruz, pois é o “poder de Deus”, Paulo não disse que era
“sabedoria”.
A história da cruz era sem sentido para alguns. Por trás do evangelho está o poder de
Deus. 1Cor. 2:4. 1 Tess. 2:5
No judaísmo a lei era que representava o poder de Deus, agora Paulo coloca a
“soteria”, poder de Deus para a salvação. Esta tem dois aspectos:

a)negativo: encerra a idéia de ser removido do perigo,ser salvo do perigo;


Nas antigas cartas do império significava ser levado para casa em segurança. Tinha
tb o significado de : “como está a sua saúde”
b)positivo: ser conduzido à vida.

Nas escrituras este termo aparece com significado variado. Exemplos: Provérbios
11:14– “na multidão de conselhos há segurança (soteria; segurança) ”; Jz 15:8 (soteria
- livramento dos inimigos); Exo 14:13 (soteria – livramento); Exo 15:2 (soteria –

20
livramento); Mar 10:30 (soteria - a salvação vem através do Messias); I Tess 5: 9 e 10
(soteria – livramento da ira; resgate que conduz o resgatado ao reino da vida); I Tess 2:3
(soteria - o evangelho conduz a salvação). Soteria libertação da ira, da morte e do
pecado para a obediência. No judaísmo a lei era o poder e Paulo reverte isso dizendo
que o poder é o evangelho.
Salvação não é só livre do pecado, é ser livre para a vida. Salvação do pecado e para
a vida.
Portanto em Romanos, salvação quer dizer aquelas duas coisas a e b.
Fim da aula
B) ANTÍTESE: Todos estão perdidos
Cp 1-18.
Antes de qualquer um se considerar salvo, todos estão perdidos. Você deve reconhecer
que está perdido, Paulo começa a falar sobre os perdidos, todos estão perdidos. Os
gentios estão sobre a ira por desobediência à revelação geral manifesta no cosmo, no
mundo ao redor, na consciência. Deus não se deixou sem testemunha. (natureza,
consciência) estão perdidos, por causa da injustiça deles. Os judeus estão perdidos
porque desobedeceram à revelação especial, feita na Torah. Estão condenados por causa
da justiça deles, porque buscaram a salvação na lei. A partir de certa altura no cap. 2
vira a artilharia para os judeus, estão perdidos não só por desobediência à lei escrita
(Torah), mas porque buscaram a justiça na lei, esta idéia prepara toda a seção que se
segue. Então se por um lado os gentios estão perdidos por sua justiça, os judeus pela
sua justiça, pela fome de justiça. Portanto todos estão sob a ira divina, “orge theou”,
todos estão perdidos. O estado humano não é caracterizado apenas pela alienação de
Deus, mas pela ira de Deus, a ira divina também é uma questão de revelação, tanto
quanto a salvação, e de fato a ira é o oposto da justiça, Paulo não diz que Deus está
emocionalmente afetado, da mesma forma que diz que Deus é amor, mas Paulo fala da
ira divina sem mencionar que Ele esteja irado, é um processo de retribuição inevitável,
que age quando seus princípios são pisados, quando sua justiça é desconsiderada, é a
colheita. A ira tanto quanto a justiça é uma questão de revelação.
DIKAIOSINE – Paulo n diz q Deus está irado quando diz q Ele é amoroso.
A ira de Deus é o resultado da perversão do relacionamento pessoa, não significa
que Ele seja caprichoso, é uma repulsa pelo pecado (assim como nós nos sentimos ira
pelas injustiças que vemos aqui e ali), numa escala infinitamente maior é como Deus se
comporta em relação ao pecado, é “effectus” - efeito, conseqüência e não “affectus” –
afeto, paixão. Ira é uma profunda atitude moral de Deus de repulsa, assim como o amor
se sente na presença de injustiça, da crueldade, tem um aspecto redentivo, não significa
que Deus esteja furioso ou caprichoso conosco, sua ira reflete sua responsabilidade,
Deus está pessoalmente em controle, em julgamento, o effectus está controlando o
affectus, o effectus está sob o controle do seu amor, Deus não perdeu sua cabeça.
A ira de Deus ocupa um lugar importante nesta seção inicial de Romanos.
(Pouca luz – pouco compromisso) Fim da Aula
Tese (Rom 1:16,17) Síntese (Rom 3:2-5:21)

21
Antítese (Rom 1:28-3:20)

A ira de Deus se manifesta na história e escatologicamente, a ira de Deus é um objeto


de revelação, a seriedade do pecado. Fórum da culpa (aonde o indivíduo é julgado). Não
há maneira de fugir das conseqüências da ira de Deus na vida.
C) SÍNTESE: 3:2-5:21 Uma nova era desponta para a humanidade. Mas agora a
justiça de Deus se revelou.
Nesta seção da carta de Paulo aos Romanos, ele coloca toda a humanidade dentro da
velha era (da ira de Deus), os gentios estão condenados por sua injustiça e os judeus
pela sua justiça, no final das contas os dois são iguais, pois os dois tem o seu próprio
método de salvação, embora diferentes. Em 3:21-5:21, começa: “mas agora, Deus
manifestou sua justiça” (nova era), com ela uma nova era se manifesta, aqui I Cor 5:17
se aplica perfeitamente. Essa nova situação não é realizada por algo humano, não há
nada que o homem pode realizar, pois tudo que ele produza está debaixo da ira. Mas
agora um milagre aconteceu, Deus agiu de uma forma inteiramente nova, agora Ele
revela a sua justiça em Cristo. Não é que Deus assume uma característica que Ele não
tinha, é que o pecado cria o pecado para a gente conhecer aspectos de Deus que não
haviam sido revelados antes, se a ira de Deus havia governado todo este estado anterior
(Rom 1:28-3:20), esta nova era também recebe uma nova rubrica, a justiça de Deus
(Rom 3:2-5:21). Se é pelas obras n é imutada como um dom mas sim recebe um salário.
Como Abraão foi justificado? Creu. Foi-lhe imputado pela fé.
Rom.2:25,29 Justificação é uma questão de graça.
James Buchanan- a doutrina da justificação: “duas justiças constatadas aquele q é
justificado por uma n pode ser por outra,. Se a justiça de Deus...”
“Lutero disse: os homens usam máscaras para se esconder, Deus usa máscaras para se
revelar.”
Justiça vem de Deus e não da lei, pecado na visão paulina é mais do que uma situação
interior,é um poder objetivo que segura o indivíduo, em um grau mais alto o apóstolo
introduz algo maior correspondente, assim a justiça de Deus também é uma coisa
objetiva que Deus confere, que muda o status do indivíduo, Paulo contrasta a justiça de
Deus não apenas com o pecado do homem, mas com a Sua justiça própria.
O livro de Romanos fala de duas justiças:
1) uma que vem da lei e
2) uma que vem de Cristo,
Estas duas não apenas são opostas, mas se excluem. A justiça que vem de Deus é
completamente a parte, lei apresenta somente aquilo que é requerido do homem. “Mas
agora sem lei....” essa nova era não é mais um questão da lei mas de Cristo e sua fé nele,
não é mais aquilo que o homem faz, mas apenas o que Cristo fez, aonde cristo reina
onde a fé está aí está a justiça, aonde está a lei está a ira de Deus.
Cap. 4  introduz uma exemplificação do capítulo anterior. Paulo apresenta Abraão,
como ele foi justificado, é o supremo exemplo de justificação pela lei na mentalidade
dos judeus, o apóstolo Paulo já havia demolido dois fundamentos desta compreensão
dos judeus:

22
1) a lei (Rom 3:19-30) – como método de salvação;
2) a circuncisão (2:25-29) – a marca exterior da salvação e de aceitar o judaísmo.;
Para Paulo a obra salvadora de Deus apresenta uma grande unidade, um consistência
entre AT e NT, não há conflito entre fé e lei, “anulamos pois a lei pela fé? Não...”.
Paulo inicia 1:17, citando o AT (habacuque), agora ele insiste em uma nova posição,
para os judeus Abraão era muito importante, chamavam-se “filhos de Abraão”, não era
apenas o progenitor responsável pela origem natural deles, mas julgavam que por causa
deles tinham uma origem espiritual privilegiada, é aqui que Paulo acerta o golpe,
quando os judeus tentavam mostrar o significado da justiça perante Deus apontavam
para Abraão, tornou-se o arquétipo de todos aqueles que são justificados pela lei, mas
Paulo nega que Abraão seja um mero modelo de justificação pelas obras. Nega que os
judeus tinham qualquer tipo de vantagem ou direito a justiça por simplesmente por
serem descendentes de Abraão, o que Paulo faz no cap. 4 deve ser entendido da seguinte
forme, ele retira a Abraão como um representante pela justificação pela lei e o coloca
como representante da justificação pela fé, isto é, Abraão não tem nada do que se
orgulhar diante de Deus, nega a conclusão (por isso somos justificados diante de Deus)
e a premissa (Abraão não foi justificado pelas obras, é o pai da fé por isso os judeus são
justificados)dos judeus. A justiça de Abraão por sua natureza é pela fé e não pelas
obras, mas isso não é o que ele diz, mas o que as escrituras atestam, Paulo tem a lei, os
profetas, por isso o verso diz: “o que diz as escrituras? Abraão creu e isso lhe foi
imputado por justiça”, não tem como se justificar, (Gen. 15:6). A palavra tem implícita
nela uma noção de graça: imputada (noção de atribuir), imputação leva a idéia de um
dom, se fosse baseado em algum mérito seria salário. Fé não vale pelo seu tamanho,
mas pelo seu fundamento, o seu objeto. A fé depende de Deus.
Abraão é tirado do povo judeu.
De Abraão, Paulo passa para Davi, salmo 32:1, em Abraão menciona Gen 15, aqui.
Paralelismo entre circuncisão e a lei.A essência da justificação para Paulo era o perdão
dos pecados, o individuo passa do reino da morte para o rênio da vida. Bem aventurado
o homem a quem Deus não imputa pecado.Os judeus se orgulhavam de serem filhos de
Abraão, mas Paulo mostra q eles estão errados. Quando o pecador é perdoado e o
pecado n lhe é atribuído ele foi colocado sob Sua justiça.Aquele que é justificado Deus
imputa a Ele a sua justiça, quando não está debaixo a ira de Deus, Paulo está dizendo
que tanto Abraão (o justo como excelência) quanto Davi (o homem segundo o coração
de Deus), são usados por Paulo como testemunhas da justificação pela fé. Abraão foi
considerado justo pela fé porque Deus lhe imputa justiça, Davi é considerado justo
porque Deus não lhe imputa pecado, os dois casos demonstram a mesma verdade, que a
justiça da qual a lei e os profetas testemunharam é a justiça da fé, perante Deus não há
outra. Então Paulo passa a discutir o seguinte:
Abraão e a circuncisão
Antes dele a humanidade era uma grande massa não diferenciada, desta massa Abraão
foi chamado por eleição divina. A partir de Abraão a circuncisão tornou-esse um selo de
sua posteridade física e espiritual. A circuncisão era a marca externa de se pertencer ao
povo peculiar de Deus.
A partir de Abraão a humanidade foi dividida em dois grupos a) os circuncisos e b) os
incircuncisos, os últimos excluídos do povo do concerto e o primeiro dentro do plano de
Deus. Os judeus: a circuncisão era a idéia de que estariam perdoados, só os
circuncidados estariam aptos a serem perdoados. O raciocino extraordinário de Paulo:
daqui surge uma pergunta? Quando foi Abraão circuncidado? Quando foi declarado

23
justo (chamado por Deus) ele não era circuncidado.Será que aquilo que foi dito para o
perdão dos pecados só se aplicam aos circuncidados? Para os que passaram por este
rito? Seria a circuncisão o selo, a evidencia de que eles pertenciam ao povo de Deus.
Para Paulo a questão depende inteiramente de como Abraão foi declarado justo. Qual
foi a condição de Abraão quando ele foi chamado por Deus? Em Gen. 15 Abraão creu,
por isso ele foi considerado justo, contudo a instituição da circuncisão só aparece no
cap. 17, uns 14 anos depois. Portanto os judeus estão errados em querer fazer da
circuncisão a pedra de toque. Não foi pela circuncisão que Abrao foi feito justo, a
justificação ocorre antes da circuncisão. Fé e justiça que vêm da fé vieram primeiro, da
mesma forma a experiência espiritual deve preceder o batismo. Eles tinham apenas os
atos exteriores.
Fim da Aula.
27/03/07
As escrituras dizem q Paulo tem os profetas do seu lado mas Abraão creu por Sua
justiça. Paulo nega a conclusão dos judeus. Paulo n tolera confusão entre fé e obras e ele
coloca uma em oposição à outra.
Nicodemos entendeu bem o q Jesus disse a respeito da salvação. Paulo recebeu uma
revelação especial de Deus. Fé n é uma mera opção psicológica. O q conta na fé é o
objeto – Jesus Cristo. O fundamento é q conta, não o tamanho da fé. “Se creres verás a
glória de Deus.”

Os judeus criam que faziam parte do povo do concerto por serem circuncidados, isso
é o problema de tornar a religião uma coisa externa. Fica claro que não foi por causa da
circuncisão que Abraão foi declarado justo. Para Paulo há um paralelismo entre a
circuncisão e a lei, os dois tem sua importância e não estão em oposição um ao outro,
Paulo diz que os judeus entendam o uso errado que fazem da circuncisão. Quando eles
tentam forçar os incircuncisos a se circuncidarem está errado, eles confiam na
circuncisão ao invés de confiaram em Cristo, isto coloca a judeus de um lado e Abraão
de outro, querem que Abraão seja pai apenas dos circuncidados, sendo que Abraão foi
declarado apenas quando foi circuncidado, Paulo colocou Abraão no mesmo estado dos
gentios, quando estes crêem, Paulo relembra a promessa que fora feita à semente de
Abraão, que seria pai de multidões. Abraão não foi meramente circuncidado ele creu, a
fé foi a base da sua justificação. Você pode ter o tipo sem ter a realidade, a pergunta é
que diferença isto faz. Eles apenas tinham a marca sem a realidade dela, apenas o que
era externo, mas o elo interior de relação com Abraão fora partido, Abraão havia crido,
os seus descendentes não estão dentro dos limites desta fé. A justiça de Abraão foi a
justiça da fé, mas a destes tentavam efetuar pela lei. Entoa a pergunta é: de quem
Abraão é pai? No sentido exterior de todo aquele que veio dele, mas nos sentido
específico da promessa de Deus de todo aqueles que crêem de todos aqueles que
seguem suas pegadas de fé. De um lado se Abraão é pai daqueles que só tem a
circuncisão de outro daqueles que tem a fé, que crêem, que seguiram a sua fé, dos
circuncisos, a quem se aplica a promessa? Aqueles que creram, que tem a fé que os une
Abraão (Gál.3:29 – o que são de Cristo são de Abraão e herdeiros segundo a promessa).
Paulo dá um golpe extraordinário em toda essa arrogância, para Paulo não há distinção,
todos são justificados pela fé (Gal. 6:13).

24
cap. 3:21-27 – é um sumário.Tudo o q é descrito antes está debaixo da lei, da ira de
Deus. ( 3:28) Justiça está relacionada com justiça, mesmo em termos humanos. A
justiça de Deus, no ponto de vista do homem, a de Deus não faz sentido.Aconteceu aqui
a justiça de Deus, uma nova era despontou, essa nova realização não tem nada a ver
com o homem, tudo o que o homem pode realizar está debaixo da ira, a mudança é
trazida por uma intervenção de Deus, esta nova era é agora governada pela justiça de
Deus, que gera um novo status, esta justiça está em oposição a qualquer forma de
pecado e também contra qualquer justiça própria, que vem das obras humanas.
(Julgamento pelas obras é avaliação da fé). Duas justiças são contrastadas, se é
justificado por uma não pode ser justificado por outra (a maior parte das idéias é tirada
de James Buchnam “Justification by faith”: exposição + clara da doutrina da
justificação pela fé: 329,330 “ 2 justiças contrastadas nessa sessão de romanos uma n
pode ser justificada... ou se adminem q elas sejam combinadas ou n há qualquer tipo de
combinação. Elas são irreconsiliáveis.” “The doctrine of justification”).
Justificação n depende do desempenho humano.
(Conversão é uma mudança de direção.)
Esforço investido.
Fim da aula

28/03/07
As duas apresentam dois métodos de apresentação que não podem ser conciliados. Se é
justificado pela justiça de Deus não pode ser justificado pela do homem e vice-versa.
Devemos notar que esta ênfase é colocada sobre a justiça de Deus, vv. 21,22,24,25 – “a
quem Deus colocou...mediante a fé”, 26, 30- “Deus é um só o qual justificará por fé...”
circunciso e o incircunciso., nesta seção não há forma de você negar que Paulo esteja
tratando de outra coisa que não seja sobre justificação pela fé, que tem ver com a nova
posição que é declarada em favor daquele que crê, posição que 100% está fundamentada
na justiça de Cristo. Aqui se fala da justificação.
cap. 4 - de romanos ilustram o conceito de justificação pela fé através de Abraão e Davi
como já vimos acima. Paulo destrói neste processo os quatro pilares do judaísmo:
- a lei: aderência à ela como norma de salvação;
- Abraão – como pai da raça e símbolo de justificação pelas obras e de vantagem
espiritual;
- circuncisão: como sinal externo superior da aliança.
Paulo destrói os 3 pilares: lei como método de salvação, Abrão pai da raça,
exterior.
Cap. 5 – ainda o apóstolo continua a falar de justificação. Aqui se fala de reconciliação.
“Temos paz com Deus...” paz que vem depois da reconciliação.
vv. 12-21 – as duas solidariedades.
Adão e Cristo representantes, tipos.
Adão e Cristo se erguem como representantes de duas eras. Paulo apresenta Adão
como cabeça da velha era, da era da morte. Cristo é a cabeça de uma nova era a era da
vida. O pecado entrou no mundo por um homem e a morte através deste. A cabeça de

25
um lado Adão(velha humanidade) Cristo( nova era). O q aconteça à cabeça acontece ao
corpo. O pecado entrou por meio de um homem. Desde adão o destino do homem tem
sido o de pertencer ou permanecer em escravidão do pecado. Qdo o homem vive no
pecado ele se ilude de q ele é livre p escolher. Através do segundo adão entrou a justiça
de Deus no mundo. Paulo não vê aquela velha humanidade como uma reunião de
indivíduos unido por um acaso, ele vê a humanidade como um todo orgânico ligado a
um único corpo a uma única cabeça Adão é um representante oficial da raça humana,
Adão tem significado como o cabeça da velha humanidade, bem como o cabeça da era
presente fora de Cristo (continua reinando na vida fora de cristo). Aquilo que envolve a
cabeça envolve o corpo todo, o que acontece a cabeça acontece a todo o corpo. A sorte
da humanidade foi determinada por um homem, Adão. Adão colocou todo mundo para
fora do Éden, em Cristo somos readmitidos. Desde adão o destino da raça humana tem
sido permanecer a escravidão, ao poderes da destruição. Quando o homem vive o
pecado se ilude pensando que é ele que está no controle, quem está no controle na
verdade é o pecado, que ele é livre para escolher. A maneira como vivemos é
evidencia de que o pecado esta no controle e o homem é seu escravo. A nossa
solidariedade esta lançada com Adão.
O homem é um escravo e o pecado é o mestre.
Paulo usa aqui dois verbos: “o pecado entrou” e a morte passou. Passou a todos os
homens e assumiu controle completo. Paulo vê os representantes de 2 era, 2 reinos.
Adão e Cristo protótipos. Há correspondência entre os dois e um contraste agudo entre
os dois.Dois representantes de duas era, por um lado Adão é um protótipo de Cristo,
existe uma correspondência entre os dois, por outro lado existe um agudo contraste
entre os dois. Em Adão todos foram contagiados e mortos e Cristo é a correspondência
sugerida por Paulo é que os dois são tipos, representantes. Adão é o cabeça no sentido
de que a humanidade foi perdida, e Cristo a humanidade foi restaurada. Em adão todos
os membros da raça foram contagiados, cristo é o cabeça de uma nova humanidade. Em
cristo um novo homem emerge das cinzas do velho. Cristo é infinitamente maior que
Adão. Adão é realmente o único que pode ser comparado com Cristo em relação a tipo,
mas não pode ser comparado com Cristo e a bênção que Cristo trouxe. Se por um lado
Paulo apresenta a morte e o domínio da tirania, Cristo não é de tirania, aquele que se
coloca sobre o Seu poder é livre. Não é você que quebra a lei é a lei que quebra você.
Cristo liberta você para você ser livre na vontade, porque nossa vontade se tornou
cativa. A bíblia fala do domínio de Cristo, mas não em termos de tirania, quando você é
escravo dele você é livre. Quando Paulo fala da morte, você está sob a tirania, quando
fala da justiça fala que os santos reinarão, só podem reinar aqueles que são livres.
Se o domínio da morte foi grande para o homem, a vida em Cristo é infinitamente
maior que a morte. A morte reina por meio de Adão, a vida reina por meio de Cristo.
Cristo entra se eu deixar, o diabo força a entrada. Quando aceito Cristo entro em estagio
de liberdade.
Pecado original – o q herdamos de Adão? Trabalho de pesquisa.
1- pecado original
2- n herdamos a culpa mas a tendência.
Teoricamente, todos estamos salvos, só que diariamente eu decido se quero ou não ser
salvo.
Pecado Original

26
Segundo a igreja católica nós recebemos a culpa do pecado, mas nós cremos que
Adão transferiu a propensão. Eles dizem q o pecado original é transmitido pelo sexo.
O que recebem os filhos de Adão. Duas idéias são populares.
1) culpa -
2) natureza caída, propensão – Det 24:16 “visito a maldade dos pais, nos filhos até à
terceira e quarta geração”; pecado não é apenas pessoal, mas moral. (PP, p. 306 “é
inevitável q os filhos sofram pelos erros dos pais...”– muito boa esta declaração
[importante]). O que é transmitido portanto é a inclinação, esta inclinação permanece
como tendência primária até que Cristo coloque uma nova semente, conversão. “A
queda afetou... o coração humano é escuro e frio...” Gn 2:7 – fomos criados à
imagem de Deus, contudo geraram filhos à sua imagem (Gn 5:23), os filhos já não
eram diretamente a imagem e semelhança de Deus, mas de Adão.
A queda afetou a orientação espiritual de cada um, embora não recebamos a culpa de
Adão, temos a tendência de seguir pela mesma direção que Ele seguiu, herdamos de
Adão uma orientação para o pecado, já nascemos nesta direção. O coração humano por
natureza é frio e escuro. Algumas pessoas até podem reivindicar que não foram afetadas
pelo vírus do pecado, esta foi a idéia central do iluminismo. Tal noção contradiz tanto a
revelação quanto a observação. Nos tornamos como um navio cujo leme está amarrado
na direção errada. O pecado é um tipo de amor que está centralizado no objeto errado.
Assim o plano da redenção pressupõe a universalidade do pecado, aqui todos nós todos
a mesma afinidade, nossa solidariedade (afinidade) está com Adão. É a idéia da
evolução que o homem está melhorando, mas a lei da entropia evidencia que tudo está
piorando inclusive o ser humano. Espiritualmente a verdade é a mesma, deixados por
nós mesmos cada dia nos tornamos pior, estamos nos desorganizando.
Você n se acostuma a romper c o pecado a não ser pela graça de Deus.

02/04/07

Ez. 18:20 aquele q pecar deve morrer.


Deut 24:16 – pecado é de caráter pessoal.
O capítulo mais profundo sobre a queda é o capítulo 3 de Gênesis onde é relatado o
pecado.
A justificação pela fé dividiu a Europa do século 16. Justificação n é um ato declaratório
mas um processo no qual o homem era analisado justo. O maior dos paradoxo era que
Deus acabava justificando o justo e n o ímpio. Alguém n era justificada porque Deus
assim queria mas pq a pessoa se tornou justa.
Depois de algumas décadas dessa compreensão de q deus justifica o imnpio a ig católica
reuniu o concilio de Trento p formular uma resposta oficial da igreja. ( de a 1563) tudo
o q se cria agora passou a ser oficial. A base da igreja é a fé e as obras. P roma justificar
significa fazer justo contrariando o q a Bíblia diz. “Se alguém disser que o homem é
justificado... seja anátema”.
Base  resultados (a fé gera obras mas este é um resultado não a base)
Rom. 6:22
O significado bíblico de Justificação na ig católica pode ser rastreado até Agostinho que
ensinava q Deus faz o homem justo para poder justifica-lo.
A bíblia usa palavras distintas para falar de justificação: PROPICIAÇÃO – vem da
palavra culto.

27
REDENÇÃO – mercado, ambiente comercial – onde se pagava um resgate para
conseguir a liberdade de um escravo.
RECONCILIAÇÃO – ambiente familiar, relacionamentos
JUSTIFICAÇÃO – legal, corte – conotação judicial.

Paulo X Tiago
Rm 3:28 o homem é justificado pela fé sem as obras // Tg 2:24 – o homem não é só
justificado pela fé mas pelas obras. ( o q é irracional n é o q a bíblia diz, mas o que é
irracional é aquilo q pensamos q a bíblia diz sobre um assunto).
Num confronto de evidencias temos q ver p onde as evidencias apontam.
Paulo cita como exemplo histórico Abraão, Rm 4:3. se isso fosse tudo o que o NT
disse sobre a questão isto estaria resolvido, contudo quando lemos Tiago a conclusão é
totalmente oposta. Mais sério ainda é que Tiago no contexto cita Abraão, e conclui algo
diferente. Como entender a questão.
Na disposta entre católicos e protestantes estes versos estão em contrafação. Ambos
os lados citam as escrituras, ambos estão em conflito.O conflito porém é apenas
aparente, numa primeira observação parece que existe uma contradição entre dois
pontos. Quem tem a verdade? Ambos citam as escritura os protestantes citam Romanos
e os católicos citam Tiago. A contradição é aparente. Rom 3:28 – o homem é justificado
pela fé- o q os protestantes acreditam.
Rm 3: 28 – diz que o ser humano é justificado pela fé independente das obras. Após
mencionar Abraão ele faz uma analogia ao trabalho, Paulo afirma que Deus justifica os
ímpios e não os justos // Rm 5:21. “Sendo pois justificados pela fé temos paz com Deus
por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” a igreja católica contradiz esta idéia, apelando
para Tiago e Tiago apela para Abraão.
O que fazer para resolver o problema?
1) Em primeiro lugar devemos observar a audiência – audiências diferentes podem
levar o escritor bíblico leva o autor a tratar a questão de maneira diferente. Paulo
estava tratando com uma audiência que tinha uma falsa compreensão das obras,
criam que elas tinham valor meritório. Tiago por outro lado está escrevendo para
uma audiência que tem uma falsa compreensão de fé, que criam que a fé é uma mera
aceitação intelectual, conhecimento.
Tg 2:14 e 19  se refere até os e demônios que tem o mesmo tipo de fé.
Fim da aula. 02/04/07

03/04/07
Dificuldades na igreja: 1) modelos; 2) audiência – obra e fé conceitos errados que as
pessoas têm por isso Paulo escreve aos Romanos. Falhamos aqui. A ig católica trouxe o
seu modelo.
2) Segundo lugar a palavra justificado não tem apenas um significado- em
Romanos o apóstolo usa a palavra dikaio para significar plenamente absolvido,

28
declarado justiço, colocado em uma posição correta de justiça. Uso com o
significado de significação forense.
Em Lc.7:35 – A sabedoria é justificada pelos seus filhos (significado - a sabedoria foi
vindicada pelos frutos que ela produz). Tiago responde à questão: como uma pessoa tem
fé verdadeira? A FÉ A QUE ELE SE REFERE É A Q PERMANECE NO NÍVEL DE
DISCURSO, A FÉ EM VÁRIOS NÍVEIS: credencia (crença) notitia (convicção)
fidúcia (compromisso). A fé se encarna nas obras, na prática. A fé para chegar às obras.
Justificado pela fé e julgado pelas obras. As obras são o resultado q demonstram q
alguém tem a fé verdadeira.
Uma má motivação pode envenenar o valor de um grande feito.
As obras q tem o resultado da fé tem valor.
Jesus também usa a palavra dikaioo, mas com significado diferente, evidentemente
ninguém diria que a sabedoria foi declarada justa, mas claramente que a sabedoria foi
considerada correta, pelos frutos que ela produz.
O que significaria justificado em Tiago? No 2: 4 – se alguém “disser”, será que essa
fé e que ele diz que ele tem pode salvá-lo, não é a fé que permanece no nível do
discurso, não esta falando da fé que está no nível intelectual. A fé verdadeira produz as
obras, as obras são frutos da fé, as obras não são a base da justificação mas são
resultados dela, é resultado e demonstração que tem uma fé verdadeira e genuína.
Diante da necessidade, se não fizemos nada a fé não passa de um hipocrisia, de uma
pretensão, Lutero dizia que a justificação é pela fé sozinha, mas a fé real nunca estará
sozinha porque vai gerar as obras. Errado dizer q existem 2 tipos de cristãos, aqueles
que têm fé e aqueles q têm as obras, e é errado dizer que q a fé existe independente das
obras ou vice-versa.
v. 18 – está dizendo que é errado assumir que existem dois tipos de cristãos, aqueles da
fé sozinha e aqueles que somente são das obras, assim como é falso assumir que fé e
obras podem existir de forma independentes, então a ironia do apostolo é evidente.
Afinal o único tipo de fé que é provada é aquela que leva as obras. Fé então não é só de
caráter intelectual apenas, o diabo também crê no shema (os ortodoxos criam nisto que
Deus é um), a crença intelectual coloca a pessoa no nível do diabo somente. É curiosos
que o tipo de fé que a igreja católica prega é esta, fé é crença. Tiago condena esta
definição intelectual, mas também é necessária uma parte prática. É claro que a fé inclui
um lado intelectual, de conhecimento na fé, mais tarde iremos tratar sobre este assunto,
mas o aspecto mais importante é fidúcia (compromisso): Um dos três elemento da fé:
- crença (credencia)
- convicção, (notitia)
- compromisso, (fidúcia)
(Na parábola dos trabalhadores, o q veio pelo final tinha um espírito de gratidaão
e de compromisso e disposição. Ele teve pena por não ter estado mais tempo para
trabalhar para esse Mestre. Esta foi a diferença entre ele e os q começaram a
trabalhar antes dele.)
Usando Abraão argumenta que a sua fé inspirou as suas obras.
v. 23- este texto demonstra que ele e Paulo estão de acordo. Paulo e Tiago se referem a
vida de Abraão sendo a base “creu Abraão”. Quando Paulo cita Abraão tira sua
referencia a ele de Gn 15 :6, e quando Tiago faz referencia a Abraão a Gn 22, entre

29
esses dois exemplo há pelo menos 20 anos de diferença. A fé de Abraão é vindicada
neste capítulo. Paulo não poderia ter citado Gn 22, pois Isaque nem tinha nascido ainda.
Assim Tiago diz que Abraão foi justificado pelas suas obras em sentido que demonstrou
as suas obras como resultado de sua fé, não em sentido que ele foi levado a um
relacionamento correto com Deus, mas que sua fé foi vindicada por suas obras.

Fim da aula do dia 03/04/07

04/04/07 – Não deu aula


Nos dias dos apóstolos igualavam a fé com conhecimento. As obras fluem da fé viva.
A fé n é meramente intelectual. Todo o judeu ortodoxo acreditava no SHEMA. Mas a
mera aceitação intelectual de um credo não pode ser chamada de fé. No ponto de vista
de Paulo, este tipo de fé iguala o homem aos demônios.
As pessoas não são só cabeça(mente), ação(mãos) ou sentimentos(coração). O ser
humano é um todo, por isso as obras são resultado da mente e sentimentos.
A fé de Abraão não foi aperfeiçoada pelas obras, mas ele fez as obras porque ele tinha
fé. (Quanto mais longe estamos de Deus maiores nos sentimos. À medida que nos
aproximamos de Deus, vemos quão grande Ele é e quão pequenos nós somos).
Tiago 4:17 – quem sabe o q é correto a fazer e não faz, comete pecado.
Devemos ser cumpridores da palavra e não meros ouvintes da mesma. Tg.1:22-
27
Em essência Paulo está escrevendo como um homem é justificado diante de
Deus, Tiago está escrevendo como uma pessoa está sendo justificada diante dos
homens. Tiago mostra com a fé verdadeira se comporta, assim a justificação diante de
Deus é pela fé sozinha, diante dos homens para tem que ter as obras. Paulo e Tiago
estão de acordo baseados no uso que cada um faz do uso da palavra justificado.
Concordam que a obediência não é a base da justificação, mas o resultado. Tiago não
contradiz a Paulo, se Paulo estivesse em contradição a Tiago, a Bíblia estaria em
contradição. Concordam que a fé genuína leva a uma vida transformada. Base da
justificação é diferente do resultado. A fé é a base e as obras são o resultado. Os
comentários evangélicos em geral dizem, “a falsa dedução que existe uma falsa radical
contradição entre Tiago e Paulo é devida a falha em ver que Tiago não esta usando a
palavra justificado............” (RVG Tasker; Tyndale – “The General Epistle of James”;
p. 67 e 68; Peter Lang, comentário das santas escrituras, pág. 87).
A epístola de Tiago tem esta orientação de mostrar o lado prático da fé, a importância
de se viver a fé. Tiago se refere e ilustra 2:1-9, prove uma ilustração adicional
mostrando como a fé se comporta. Em outras palavras, a verdadeira fé se materializa em
atos, toma forma em carne, sangue e osso. A verdadeira fé, dada circunstancias e tempo
mostra as obras.
2:14 – Fala do mesmo assunto.

Final da aula

10/04/07

30
Terminologia:
É importante que saibamos a origem das palavras e como elas são usadas para
explicar determinados contextos. A noção de justiça encontra ao seu significado
imediato o grupo de DIKE - a mais importante do grupo é DIKAIOSUNE
Obs: você somente vence com um argumento quando você convence (“vence com”),
quando você tenta forçar e empurrar suas idéias você vence sozinho, então você não
venceu.
A palavra mais importante em se tratando deste assunto é:
- dikaiousine: um estudo mais amplo destas palavras (Ketel o editor, por g. Schrenk
Dicionário Teológico do Novo Testamento, v. 2, 178-226). Norma para condita
humana – este era o sentido da palavra DIKAIOSUNE.Você primeiro tem um estudo de
como a palavra aparece no grego clássico, justo é uma pessoa que está de acordo com a
norma da justiça, mas como as palavras sofrem mudança semântica passou a atribuir um
caráter forense à palavra. Este termo começa a ganhar um princípio legislativo
básico. Deve-se notar o forte elemento forense em todos os níveis de desenvolvimento
semântico deste grupo de palavras, isto não pode ser perdido de vista quando se faz uso
da palavra no NT.
No NT dikaiousine é a palavra dominante: aparece no NT 91, das quais 57x em
Paulo, 8x nos sinóticos; 2x em João; 4x em Atos; 6 em Hebreus; 12 nas epistola
universais; 2x em apocalipse.
Na LXX aparece 254 x, nela o grupo das palavras do grupo de “dike” são usadas
para traduzir as palavras do grupo “sadaq”, o que indica uma forte corelação entre dike
– justiça, e sedeq, então se você estuda a palavra justiça no AT você tem uma boa idéia
do que significa no NT, o sentido de justiça que você tem no AT tem uma semelhança
muito grande com a palavra justiça no NT.
No AT “sedeq” indica uma conformidade com a norma, com a qual toda a conduta é
medida, por e.g. as balanças eram consideradas justas ou corretas, são descritas como
balanças de justiças (Lêv 19:36; Ez 45:10), as balanças estavam de acordo com uma
norma apropriada, o mesmo tipo de expressão é utilizada para descrever sacrifícios
quando estavam de acordo com o ritual (Sl 4:6; Dt 33:19; Sl 51:21), se conclui então
que a justiça tem a ver com uma norma exterior, quando esta em harmonia com o
propósito para qual ela foi criada, assim o homem justo é quando ele é aquilo que
deveria ser, o que Deus tencionou que ele fosse, quando ele fosse. ( David Hill,
Greek words and Hebrew meanings, pág.71). Embora o NT tenha sido escrito em grego
o pensamento por detrás dele é o hebraico. Mas o homem não consegue alcançar esta
justiça por obras, porque ele se empenha. A justiça não é um produto final do
procedimento correto, o conceito de justiça no NT é forense, tudo se resolve diante do
tribunal (Dt 25:1), resultado de um pronunciamento. “As idéias de certo e errado
entre os hebreus são idéias forenses, os hebreus sempre pensam acerca do que é
certo e errado como se fosse resolvida perante um juiz, para os hebreus de justiça
não é tanto uma qualidade moral, mas um status, uma condição. A palavra justo
significa simplesmente “em justiça”, enquanto isso ímpio significa impiedade”.
( W. R. Smith, The prophets of Israel, 1897, p 71)
O conceito de Justiça é forense. A absolvição ou condenação aparecem como resultado
de um pronunciamento.

31
No caso de Judá e Tamar o próprio Judá admite, a palavra usada é “SADEQAH”,ela é
mais justa que eu (Gn 38:26), não quer dizer que ela tinha uma força moral maior do
que o outro, mas a força do seu caso diante da lei do levirato, isto quer dizer que ela
estava em justiça em relação a Judá. Portanto o sentido de justiça forense é mostrando
muito cedo no texto bíblico. Ez 16:52
Quando a bíblia diz que Samaria e Sodoma são descritas como sendo mais justas que
Jerusalém, não tem nada a ver com moral aqui, mas com relação à sua conduta diante de
Deus. Conotação entre justiça e salvação – Estas estão juntas no AT.
Sedakah implica em relacionamento. Um homem é justo quando satisfaz as demandas
q são feitas sobre ele, em virtude de relacionamento.
Quando a bíblia fala de justiça está falando em termos de relacionamento.
Durante o período intertestamental, quando Israel esteve sobre a influencia das idéias
helenísticas, introduziu-se um novo conceito de justiça entre os judeus, que sofreu um
grande impacto. Eles usavam duas palavras para descrever a boa inclinação - méritos
(yetzer hatob) e má inclinação - trtansgressões (hatzer hara), no juízo Deus coloca em
uma balança o que foi feito dentro de uma ou de outra inclinação, as escola dos rabis
hiles (liberais), dizia que se o individuo não foi muito bem Deus completava a balança,
os shamais (conservadores) diziam que Deus cobrava rigorosamente. De acordo com a
esta idéia a nossa posição diante de Deus está em harmonia com predominância com
nossos atos ou propensões. O julgamento final é favorável ou negativo de acordo com
este acerto.O conceito de justiça do NT deve ser derivado do AT e n de conceito grego
de virtude. NO AT o homem justo é aquele q é aceito por Deus, q recebe o veredicto de
absolvição de Deus. Justiça no pensamento bíblico (hebraico), é um status legal
pronunciado pelo juiz e n uma condição de virtude.
Fim da aula

16/04/07
Paulo teve que lutar contra estas atitudes. Concluindo o conceito do novo testamento
é derivado do VT, não de qualquer conotação de virtude grega e qualquer outra justiça.
O homem justo no AT é aquele que é aceito perante Deus de acordo com uma
declaração. Justiça, portanto no pensamento bíblico é um status legal que tem que ver
com um pronunciamento de um juiz e não por uma condição de virtude (Atos 10:35;
Rm 3:22; 5:17; 9:30 e 31). Esta justiça é uma questão de relacionamento e não de
caráter ético.
O que significa ser justificado?
O que é alcançado pelo pronunciamento judicial de Deus? A igreja católica, em
resposta ao protestantismo, diz q o conceito de justificação não passa de uma ficção
legal Alguns reconhecem o significado forense de justificação outros interpretam apenas
como uma ficção legal, o pecado é somente tratado como justo, quando na verdade ele
não é justo (visão de católicos). Em um comentário de Romano A.C. Headlam, p. 36 diz
que a vida cristã começa com uma a ficção. Alguns dizem que justiça não pode ser
imputada, outros pensam que a única coisa que pode ser imputada é fé.
O pronunciamento de Deus tem a ver com considerar assegurar q o homem está num
status diferente. (DTNT, diz que forensicamente não significa como se o individuo fosse
justo, mas sendo justo de fato, pela sentença de Deus que é pronunciada em favor dele.

32
O homem q tem a “dikaiosine” é justo diante de Deus). Relacionamento então não é
uma ficção, realmente o pecador é considerado justo. 2Cor. 5:21- Cristo foi declarado
pecado de forma forense. (glorificação não é justificação). O veredicto mostra que um
individuo é justo. È Cristo que o torna justo.
George Ladd diz que justificação é oposto de condenação, quão perdida está uma
pessoa que é declarada perdida? Perdida de fato, assim também é uma pessoa que é
considerado justa. Quão real foi Cristo Se tornar pecado por nós? É só olhar para o
Getsêmani. Como pode Deus te declarar justo sendo que sou o que sou? Da mesma
forma que Deus era justo e foi declarado pecado, Jesus teve pecado sobre ele mas não
nele, e nós temos justiça sobre nós, mas não em nós. Cristo foi tratado como se
realmente fosse pecado, foi a cruz uma ficção? Não ele foi tratado com os horrores da
segunda morte, como maldição, os espinhos significam maldição. Se o fato de sermos
declarados justos é uma ficção, assim também seria a morte de Cristo (II Cor. 5:21 – de
forma real, morreu como pecador, separado de Deus, sua pecaminosidade foi
pecaminosidade forense, imputada a Ele, levando de forma semelhante aqueles que
estão nele tornaram-se justiça de Deus, algo tão concreto como sua morte). Quando a
bíblia diz que aqueles que creram nele foram feitos justiça de Deus é uma declaração de
justiça atribuída a você.
Fim da aula.

A Base e o instrumento da justificação (salvação):


1) A graça divina é a base para a da salvação – em frontal oposição à teologia rabínica
de seus daqueles dias que enfatizava a salvação pelas obras. Paulo confronta esta
idéia dizendo que: todos são pecadores.Pelas obras da lei ninguém será salvo. Paulo
argumentando com os judeus que criam na salvação pelas obras da lei, ele argumenta
que a lei é somente um instrumento condenação, ela traz a certeza da condenação. O
mesmo ensino é claro no livro de Gálatas 3:16. O fundamento da nossa aceitação não
é nem as nossas obras, nem a nossa fé, nem o que o e s faz dentro de nos, mas aquilo
que Ele fez por nós. A morte expiatória de Cristo fornece a base para a propiciação.
A justificação não é pela fé, mas através da graça através da fé, se fazemos esta
amputação diante de um auditório que não entende. Se fosse possível alguém ser salvo
pela lei, a morte de Cristo teria sido em vão. Justificação pela fé é uma amoutação da
verdade bíblica.
2) o instrumento tem que ver com a fé da justificação – enquanto a morte é a base, o
meio pelo qual nos apropriamos da oferta é a fé, o meio pelo qual a graça ou
salvação se torna eficaz. A fé significa aceitação desta obra de Deus em Cristo,
confiança plena nele. Paulo argumenta que se por um lado morte é resultado desta
luta humana por tentar viver pelos méritos próprios a vida consiste quando o ser
humano abandona seus méritos próprios e passa a viver pela graça divina. A
justificação é uma dádiva a ser recebida pela fé. Fé é transferência de confiança
completa nEle. Aspectos fundamentais em relação à fé.
O que é a fé? Pode ser vista em três níveis:
a) A fé é o meio e não a base.
b) A fé n é o elemento primário da justificação (salvação). Alguns passam a ter fé na
fé. Qdo o elemento primário – a graça – está fora da frase “justificação pela fé”,
então a porta está aberta à confusão. Não podemos produzir fé, mas podemos

33
alimentá-la. Espiritualmente falando, você é aquilo de que se alimenta. O termo
justificação pela fé leva a uma outra doutrina de obras, a fé passa a ser vista como
algo que podemos e devemos fazer para ser salvos, é um outro tipo de salvação pelas
obras.
c) A fé não tem mérito em si mesma. Não é um assentimento intelectual. EMUNA
PISTIS – Alta renuncia, dependência de Deus ou em Deus. Fé significa dependência
daquilo q é o Objeto da fé. Nada onde se agarrar se não no braço da onipotência. Para
o catolicismo, fé é compreensão intelectual das doutrinas da igreja. Lutero observa q
Paulo une “pela fé” com “através de Cristo”. A fé não vale pelo seu tamanho mas
pelo seu fundamento – Cristo.
Missão, Mensagem, Motivo, Método ---> tudo tem que estar ligado ao MESTRE.
Precisamos pregar a mensagem aos que estão noutras religiões para ampliar a
“possibilidade de compromisso. A verdade qdo n santifica endurece”
d) A fé pode ser considerada a parte humana da justificação, mas também é um dom
concedido por Cristo. Jô.12:32 – qdo for levantado da terra todos atrairei a Mim.
Temos que encontrar a Cristo. A fé n é parte de nós. Qdo dizemos q temos q
encontrar a Cristo, parece que é Ele quem está perdido, e não é isso. È exatamente o
contrário. Orar e arrepender-se n é algo que fazemos naturalmente. Ele nos buscou
primeiro. Ro.8:5 Ele nos amou qdo éramos inimigos ainda.
e) Idea errada: a fé contra as obras. A fé não é contra as obras. O único tipo de obras
das quais a fé se opõe são aquelas q são usadas para salvação.
Calvino e útero teinham idéias diferentes em relação Às obras: Lutero – 2 palavras;
Calvino – dizia q Deus só tinha 1 palavra. A lei era a face séria do evangelho. Deus n
pode justificar quem ele n pode santificar. Cumprindo a lei, vc está debaixo da graça.
As obras regeitadas são as que tem como função a salvação. Como método e n norma
de doutrina. A fé n é contra as obras, só c aquelas que são tidas como método de
salvação.
Fim da Aula

24/04/07

A fé tem 3 dimensões:

1) Fé notitia (notae): embora não seja sinônimo de conhecimento a fé não é vazia de


conhecimento, a fé tem um conteúdo intelectual, muitas vezes a ignorância passa
por fé. A fé tem um elemento racional. Não é ignorância nem superstição. Não
partilhamos da idéia do que não importa o que creiamos o importante é ser
sincero, mas pode-se ser sinceramente errado. O cristianismo não aceita a idéia:
“não importa no que eu creia, o que importa é que eu creia”. A fé verdadeira é
uma fé sincera, mas não é justificada quando tem um conteúdo errado. A fé inclui
conteúdo racional. Você não ama aquilo que você não conhece. Aqui entra a
importância do conhecimento doutrinário como conteúdo da fé, é claro que a
pregação do evangelho inclui outros elementos. Você pode ter fé em Baal, mas
isso não faz dele deus. Não podemos ter fé em nada, ela deve ter um conteúdo
inteligível e racional.

34
2) Fé assensus – que quer dizer assentimento intelectual (tudo aquilo que você aceita
da verdade), você tem convicção de que você está certo daquilo que você foi
informado. Fé verdadeira inclui assentimento intelectual, inclui certeza.
3) Fé fidúcia – compromisso com Cristo, mesmo sabendo pouco o indivíduo pode
ter fidúcia, além do elemento cognitivo, a fé envolve compromisso. O diabo que
conhe e treme nunca chega a este ponto. Dúvida é diferente de incredulidade. Fé
no aspecto mais simples é transferência de confiança, ao invés de depender de si
mesmo ou em outra pessoa ou coisa passa a confiar em Deus.
O problema é quando enfatizam só os dois primeiros em detrimento do terceiro ou o
terceiro em detrimento dos dois primeiros.
Cristo como Objeto da Fé:
A palavra fé é pequena, breve. Mas tem uma importância crucial para compreensão da
salvação. Heb11:3; 11:6; Rom. 14:23. O substantivo
Aspectos a Serem Observados em relação à Fé
1) A fé não é a base da salvação, a fé o meio.
O fundamento da justificação não é nada que se encontre dentro do homem, nem na
justiça, nem da atitude nem da vontade, mas do sac
2) a fé não é o elemento primário da justificação – se “justificação pela fé” está
implícito a graça mediante a fé tudo bem, senão há uma confusão, quando o
elemento primário desaparece da frase, dá-se a impressão que a fé pode realizara
aquilo que ela não pode realizar. A justificação pela fé leva a outro nível de
justificação pela obras.
3) a fé não é meritória em si mesma. Ela não pode ser mero assentimento intelectual,
algo somente da cabeça como os judeus e os católicos criam. Quando se analisa a
palavra fé no AT, “emuna” o justo viverá pela fé (emuna), ou no NT “pistis”,
normalmente estas palavras significam auto-renuncia, dependência de Deus. Fé
significa compreensão da nossa falta de méritos à vista de Deus, nada para se agarrar
(pistis, no grego clássico é usada para descrever um afogado que não tem nada para
se agarrar), fé não é nada mais do que ortodoxia (crer naquilo que é certo), mas é
mais que isso, é fidúcia, confiança pessoal na obra de Cristo, fé não é uma outra
faceta da justiça humana, é a mão nua.
4) A FÉ NÃO VALE PELO SEU TAMANHO, MAS PELO SEU OBJETO, SEU
FUDAMENTO. O camarada quer pular agarrando nas próprias botas.
5) A fé pode ser considerada a parte humana da justificação, mas a fé não é auto-gerada,
ela é um dom concedido por Cristo àqueles que o contemplam com oferta pelos
pecadores, quando eu for levantado da terra a todos atrairei a mim João 12:32. Rom
10:17, diz que a fé vem pelo ouvir, e ouvir a palavra de Deus, o lado humano é uma
resposta àquilo que Cristo fez por você e está fazendo. A fé depende dele desperta fé
em você. Podemos abafar a fé e destruí-la de acordo com as escolhas que fazemos no
dia-a-dia. Se você quer ter fé tem que permanecer pertos das vias de acesso ao céu, o
contato constante com Deus.
6) a fé não está em oposição às obras. As obras rejeitada no NT são as obras como
fundamento da salvação, como base da salvação, a lei que Paulo diz que foi abolida é
a lei como método da salvação, não da lei como norma de conduta, esta vai
permanece para sempre, o modo como você vive mostra a fé que você tem.

Fé – apesar do tamanho da palavra (duas letras e um acento), fé tem importância


extraordinária para a compreensão do plano da redenção.

35
Heb 11: ; Rom 14:23;
Pistis e pisteous aparece 240 vezes no NT
Fé aparece como conteúdo às vezes. Por exemplo fé entregue aos santos, Judas 3, I Tm
4:1 (fé como tendo conteúdo objetivo - doutrinário),
A fé é às vezes apresentada como um meio, um instrumento.
Tão importante quanto a fé possa ser, mas importante ainda é o objeto dela. Paulo diz
vindo a fé, - Gal.3:2 – Sinônimo do próprio Cristo. Não que não houvesse fé no AT,
mas Cristo havia vindo, o Objeto da fé. Não podemos ser considerados cristãos sem este
fundamento. Alguns objetos falsos têm surgido.
Muitas vezes muitos elementos foram escolhidos como base, ou objeto errado da
fé. Cristo é o objeto da fé (Atos 4:12). Um deles que satanás tem escolhido para ser
a base da fé é:
1) os sacramentos: Cardeal Gibbons diz que o sacramento é um objeto visível através
da qual a graça é outorgada (7 sacramentos têm a igreja católica, todos eles indicam
o ciclo da vida, desde o nascimento até a morte, a presença de Deus durante a sua
vida toda).Por exemplo quando a criança é batizada o problema do pecado está
resolvido, assim substituindo a Cristo. Toda mediação de Cristo é substituída pelos
sacramentos, toda a ministração de Cristo é obliterada.
Fim da Aula

2) Doutrinas – crêem que se tem a verdade, e está ou essa doutrina, citando textos
bíblicos provando que estão certos então crêem que estão seguros por terem fé
naquela doutrina, então nos tornamos como os judeus nos tempos de Cristo.
3) Obras: este chegou a ser o coração do judaísmo, tipicamente refletido na atitude do
fariseu, o engano é sutil porque as obras devem fazer parte da vida crista, mas nunca
podem ser a base da fé, não podemos fazer para ganhar o favor de Deus, isto já é seu.
A tragédia de fé nas obras é o exemplo do jovem rico (como posso fazer para herdar
a vida eterna? Para ser herdeiro tem que nascer na família, senão já perdeu a
oportunidade). O grande problema das obras é que leva a insegurança na redenção
porque como você pode ter a certeza de que já fez tudo ou do que aquilo que você
fez está certo. Chegou a ser o coração da religião judaica.

4) Sentimentos: crêem que a maneira ou indicação de sua aceitação por Deus tem que
ver com os sentimentos, os sentimentos dão a eles a idéia do avanço ou do
retrocesso. A gente não pode basear a vida em sentimentos, mas no valor daquilo que
Cristo fez. As emoções são mutáveis como as nuvens e não podem ser a base de
nossa fé. (Testemonies, v.5, p. 199). Os sentimentos são instáveis, mutáveis.
5) Caráter: O caráter é a única coisa que vamos levar para o céu. Caráter é o resultado
da união com Cristo, não uma cópia. Precisamos ser salvos do eu. Ser e parecer
andam juntos, eu tenho que parecer justa e ser justa. Caráter n tem q ver só c ser
vegetariano. Concentração exageradamente naquilo que devemos ser libertados.
6) Fé: A fé em si mesma n salva. É Cristo quem nos salva. Alguns têm fé na fé. A fé é a
mão c a qual nos agarramos a Cristo (EGW). Habilita-nos a ver o nosso próprio
egoísmo. Remove o nosso olhar de nós e o move para Cristo. Cristo é o único objeto
da fé, nada dos anteriores pontos. O centurião disse que n era digno de Jesus entrar
na sua casa. Ele sabia q um homem santo n poderia se relacionar c um gentio. Cristo
o Objeto da fé não o homem ou suas obras. N há nada q pareça tão débil e tão... e
confia por completo nos méritos do Salvador.

36
A Natureza da Fé
Confiança: Para a Igreja Católica a Fé é um assentimento intelectual em relação a
uma crença. O conceito bíblico de fé, neste conceito o elemento central é a confiança
em Deus. Se o primeiro passo do pecado foi desconfiança em Deus o primeiro passo em
direção de Deus é confiança Nele.A fé n é primariamente um arranjo legal, mas
dependência do Salvador. É a renúncia de tudo o q pode competir com Cristo. Fé é um
tipo de paixão da qual o homem passa a depender inteiramente. Lutero disse que Deus
estava mais interessado em perdoar seus pecados do que ele próprio em confessá-los.
Relacionamento: Um outro aspecto da fé é que ela é um relacionamento de fidelidade
com Deus. Para Paulo fé é uma pessoa. Fé é o oposto da rebelião, se a rebelião é a
alienação de Deus, então fé é o coração do relacionamento reconciliado com Deus.
Compromisso: A fé é um verdadeiro e total compromisso total com Deus. De acordo c
o livro aos Hebreus fé é mais algo q fazemos do que algo q temos. Fé á uma atividade
em lugar de uma posse. A fé é mais algo que nós fazemos do que algo que temos. A fé é
mais uma atividade do que uma possessão. Hebreus diz que pela fé Abel ofereceu o
melhor sacrifício, Noé construiu a arca. A crença torna-se fé no ponto da ação,
quando você decide agir mediante. Embora você não entenda e muitas vezes não sinta,
se compromete com ele. a única responsabilidade humana é não rejeitar, em vários
momentos da vida crista não rejeitar significa diferentes coisas. Fé é uma condição e
não um desempenho da nossa parte.

Fim da aula (05/04/07)

07/05/07
Graça transformadora de Deus: Qualquer pessoa que advogue um conceito de graça
barata, ele realmente não entendeu o significado bíblico de justificação, a norma divina
para o caráter se torna mais alta que qualquer fariseu antigo ou moderno possa pensar.
Verdadeira justificação não diminui a compreensão da lei e da obediência, mas amplia.
Justificação verdadeira é uma completa transformação da mente,mudança de
perspectiva com relação a:
a) Deus
b) Lei
c) Nós mesmos
d) Pecado. O pecado, por exemplo, que antes parecia tão agradável agora já não é, quem
você, reconhece que você não é nada, Deus que era um tirano talvez se torne um amigo,
a lei se torna um deleite. A mesma fé que traz a salvação em Cristo permite a vitória
sobre o pecado, no caminho da santificação Deus vai revelando coisas na vida que
precisam ser mudadas. Ao mesmo tempo que somos perdoados pela graça
experimentamos um novo nascimento (Jo 3:3 -7). Mudança real na vida daquele q
experimenta novo nascimento. É aquilo que Ele faz em nós. N sugere q passamos a
depositar nossa confiança enquanto somos transformados.
Se na justificação Deus faz algo por nós, na regeneração. Ao contrário, nossa
esperança estará ancorada na misericórdia de Deus não faz algo por nós, no Espírito

37
Santo, mas isso nunca sugere que passamos a colocar nossa confiança no quanto fomos
transformados (quando você está medindo o quanto você está avançando indica que
você ainda está centralizado em você mesmo). Voltar-se do pecado é o passo conhecido
em teologia como arrependimento, não é algo que nós acrescentamos à fé, mas parceiro
da fé. Se fé é visto como voltar-se para Cristo, o arrependimento é simultaneamente
voltar-se contra o pecado. Fé é voltar-se para Cristo e arrependimento é voltar as costas
ao pecado (volta-se do pecado).
Então fé passa a ser relacionamento com Deus. Justificação do ponto de vista bíblico
significa que a pessoa não está mais em relacionamento de pecado, de rebelião, tal
relacionamento traz a certeza da salvação. Ser justo significava q a pessoa estava tendo
um relacionamento correto com Deus. Deus nos adota e aquele q é adotado fica com o
mesmo status q os outros filhos (Jo 1:12). Salvação n ocorre isolada na vida daquele q a
experimenta. É como uma passagem do ponto de vista bíblico, das trevas para a luz, do
pecado para a vida eterna. Do serviço de Satanás para o serviço de Cristo. Justiça ´+é
uma palavra concertual para os judeus.
Fim da aula.
09/05/07
Os resultados da justificação:
Regeneração: Mat. 1:21. O pecado fez o homem culpado e depravou sua natureza, o
homem perdeu sua capacidade de funcionar, disfuncional e missão de Cristo, salvar o
povo do pecado. O homem perdeu a sua capacidade de atual de acordo com aquilo para
o qual foi criado. N é só declarar justo ou ímpio, mas tem q ver com a renovação da
própria natureza.
Objetivo: Aquilo que Deus fez pelo pecador. Subjetivo: Aquilo que Ele faz no homem.
Deus não está nos primeiros socorros. Aquele que começou o Seu trabalho em nós vai
terminar.
As escrituras usam várias imagens p descrever aqueles q se entregam a Ele: o Senhor
circuncidará o vosso coração; Coração de pedra p um de carne. O homem não desfruta
apenas uma nova relação, mas também de um novo coração (Dt 30:6; Ez 36: 26). O
novo testamento fala sobre a figura do novo nascimento, a nova vida (Rm 6:4), de que
estamos mortos para o pecado e vivos par Deus (Rom 6:11), nova criação (II Cor 5:17),
fala em termos de ressurreição (Ef 2:5). O termo teológico para descrever esta mudança
na vida do pecador é regeneração (palingenésia – um novo gênises)

No grego secular eles tinham o conceito circular da história (cíclico) eles usavam esta
palavra pra descrever o renascer, onde tudo parecia reviver. Para os gregos havia um
sistema circular de historia, tudo voltava a repetir-ser. A volta da vida depois de estar
morto. E os autores do novo testamente usam este conceito para expressar a preciosa
verdade (Ef 2:8, 3, II Cor 5:17). Palingenésia aparece apenas duas vezes no NT (Mat
19:28 regeneração de todas as coisas por altura da volta de Cristo. Rm 8:22 toda a terra
geme. Tito 3:4 e 5. [renovação do indivíduo]). Outro sinônimo de regeneração é novo
nascimento.O conceito pode aparecer sem ter a palavra palingenésia.

O pecado é uma doença que afeta nossa compreensão de uma maneira que não
enxergamos a questão que nos afeta. O pecado é o único tipo de doença que leva o
enfermo a correr do médico. O evangelho não é só um chamado à fé mas ao
arrependimento.

38
O arrependimento é o retorno do pecado a Deus (Mar 1:15 [preparo para a recepção do
reino de Deus – “reino de Deus” nos lábios de Cristo um lugar, mas basicamente um
relacionamento com a pessoa do rei, “se não nascermos de novo não podemos ver o
reino de Deus” tem gente que não pode ver os princípios deste reino, não pode ver
mesmo, está morto. Atos 2:38; 19:1-7. fé e arrependimento soa elementos inseparáveis,
um inclui o outro. Então se fé significa completa confiança com a pessoa de Cristo ,
arrependimento é a identificação com a mente de Cristo. Arrependimento é o preparo p
o recebimento de reino de Deus. At. 10:43;13:39 – Para remissão dos pecados,
antecedem ao perdão. Chamado ao arrependimento. Arrependimento identifica o
homem c a mente de Cristo em relação com Cristo.
Arrependimento vem do latim (repenitoere) – se associa essa palavra com penitência,
no português a palavra vem do latim e não do grego, no grego esta palavra é metanoia
= (meta além; nousmente), além da mente, depois da mente, arrependimento é
mudança da mente. Então literalmente a palavra significa mudança da mente entrada da
mente em outro caminho completamente novo. Ocorre 56 X no NT, descreve uma
mudança revolucionária da mente. O intelecto convencido, sentimentos transformados.
Quando você vem a Cristo você recebe uma nova identidade que não destrói a sua mas
está acima dela. Einstein disse que as pessoas merecem respeito porque faz parte da raça
humana. Quando você vem a Cristo representa uma nova fibra, tornando o corpo mais
forte. Para os gregos os sentimentos estão nos órgãos nobres do corpo, coração, fígado,
etc.
Arrependimento gera uma mudança em quatro elementos: mudança em relação a Deus,
do pecado, de nós próprios e da justiça. Quando Cristo chamou o homem ao
arrependimento não os chamou só para a tristeza para a mudança de vida. A mudança
primária do arrependimento é a falha com relação a Deus.
Repontere – fazer penitência, a ênfase é colocada sobre a experiência
emocional, o remorso em lugar de uma mudança de mente e do propósito. O latim
enfatiza autopunição.
Metanoein – mudança de mente.
Metamélomai; metamelesthai – experimentar remorso. Remorso é tristeza pela
conseqüência do pecado. Remorso não conduz à salvação (Mat 21:29 e 32; Mat 27:3).
Como os homens se arrependem? É o resultado a da ação do Espírito Santo
sobre a mente através da palavra de Deus, o homem não tem nenhum poder para efetuar
mudança a menos que Deus os capacite. Esta capacidade de nos libertar do seu pecado e
de seu poder não reside no homem. Arrependimento de Deus: mudança de plano.
Fim da Aula

Novo Nascimento:
João 3  a verdade não depende de fato estatístico, não foi porque Jesus falou de
conversão só uma vez que ela não exista, a mesma coisa ocorre com o dízimo. aquele
que não nascer de novo não poder ver, e não pode entrar. No novo nascimento
regeneração é indipensável no plano de Deus. Esta idéias desacreditad dois conceitos
populares:
1) o conceito otimista que veio nos desdobramentos do ilumismo, o homem é bom,
e pode se aperfeiçoar se tem as condições ideais. O pós-modernismo é a releitura
do que não foi cumprido no iluminismo. Esta nega a doutrina bíblica do pecado,
na verdade o que eles estão dizendo é que a religião está atrapalhando o homem
a ser aquilo que ele poderia ser.
2) Visão determinista, que o homem não pode mudar aquilo que acontece com ele.
mas Jesus não acreditava assim (viver com os porcos é o pior de nós e não o

39
melhor). Jesus falou do novo nascimento como algo possível. Deus está acima
das forcas deterministas, que Deus pode mudar as pessoas. Por isso estamos no
“negócio”da pregação.
A palavra traduzida nascer de novo = nascer de cima. Algumas versões como a
BJ, KJV, traduzem desta segunda maneira. É uma obra que vem de cima não há nada
que podemos fazer. O novo nascimento é mais o que Deus oferece do que aquilo que
você quer. Da mesma forma que a criação foi obra de Deus assim é o novo nascimento
(Ez 36:26), isto é obra de Deus, pois Ef 2:1, o homem natural está morto. Da concepção
ao nascimento você não teve participação nenhuma, a passagem das trevas para a luz, de
um lugar apertado para um amplo, é ação de Deus, a nossa participação é não colocar
obstáculos, esta ilustração não é ponto por ponto. A criação é pela palavra, assim ele nos
reviveu.
23/05/07
EGW  diz que requer mais poder, Deus levantar alguém da morte espiritual do
que da morte física. (R & R , 1 de Dez, 1901; DTN, 290). Existe relação entre o novo
nascimento e a cruz, Nicodemos foi tomado de surpresa, ele necessitava não de novas
obras, não de filiação a um novo partido que não a dos fariseus, Jesus lhe pede o que lhe
era impossível, diferente de tudo que ele já havia ouvido // (Jo 12:32 e 33 – olhando eles
viveriam). EGW diz que eles não podiam se salvar do veneno, mas deviam demonstrar
sua fé na provisão divina e demonstravam olhando para serpente (PP, 457). Como pode
um homem corrompido ser transformado contemplando a cruz? Assim, mesmo
contemplando (Parábolas Jesus, 127). A bíblia fala de novo coração, sendo q este n é
erradicado, mas Deus coloca novo princípio no coração.
Interessante que a bíblia não fala muito do novo nascimento, mas fala do que
aconteceu com aqueles que nasceram de novo. Qual a essência do novo nascimento.
Deus introduz na alma um novo princípio do alto. O velho homem não é totalmente
erradicado (Gl 5:16 e 17; (AA, 253)). A luta contra o mal n termina enquanto a vida
dura e Paulo sabia disso. A diferença entre o convertido e o não convertido não é que
um cai e outro não cai, mas a forma como que cada um se relaciona com o pecado, antes
nós gostávamos, agora fazemos como Pedro, choramos amargamente, sentimos tristeza
pelo pecado. O corolário da justificação é que em Cristo a vitória está assegurada (I Cor.
15:57 // Educação, p.54; Fp 3:20 e 21).
Reconciliação  basicamente um termo do NT. Traduz o verbo “katallasso”,
algumas vezes apo katallasso, ou do substantivo katalague, principais passagens que
ocorrem: Rm 5:10; II Co 5:17-21; Ef 2:11-19; Col. 1:19-22 – enfatiza a reconciliaçãio
dos que eram estranhos. As 2 últimas passagens são as q expressam melhor a idéia.
(reconciliação dos que eram estranhos, Cristo é a nossa paz, não ausência de guerra,
mas paz entre nós Deus). Essas passagens mostram que a reconciliação é um meio pela
qual a inimizade foi removida e agora estamos reconciliados. Reconciliação na bíblia é
sinônimo de paz. A diferença está na presença de Deus, ou seja, as dificuldades estão lá
mas a presença de Deus nos dá paz. Rom.5:1-11. Justificação como paralelismo de
reconciliação - 2cor. 5:18 e 21. P q fossemos feitos justiça de Deus e nEle fossemos
reconciliados com Ele.
Adoção  este relacionamento correto de ser um filho de Deus, esta experiência
da adoção ocorre simultaneamente com a justificação. No AT era uma prática regular
em função da poligamia, e em função também do levirato. No NT “huiothesia” =
colocar como filho (Rm 8:15; Gl 4:5 o alvo do chamado divinoi é a adoção, Ele nos
chamou para Ele; Ef 1:5). O alvo da predestinação divina é a adoção. Deus adotou para
si mesmo. Incrivelmente Deus desejou que pertencêssemos a Ele como seus filhos (I Jo
3:1 // Heb 2:11). A adoção costume também no mundo romano e, entre os romanos

40
(onde Paulo vivia) era algo comum, era feita numa questão de compra do pai real para o
pai adotivo, um outro aspecto é que o filho rompia completamente os laços com a antiga
família e ganhava direito com a nova família. A iniciativa está com Deus, no nosso
caso. Os débitos do filho adotado eram cancelados e se tornava herdeiro das riquezas do
pai como filhos de sangue. Os crentes também se tornam parte de uma nova família,
filhos do Pai celestial, então pelo E de Deus eles clama Abba - Rm 8:15; Gl 4:7. Eles
não se sentem mais criminosos em relação a um juiz, ou escravos diante de um mestre.
A adoção deles é uma promessa de adoção escatológica para um novo mundo (Rm.
8:23).
O problema da desobediência causa um problema com o filho e nunca com o
Pai, a confirmação do status de filho é uma resposta do próprio filho, ela não pode ser
imposta, assim como o céu não vai ser um lugar aprazível para quem não quer estar lá.
Uma coisa é sermos adotados, outra coisa é nos sentirmos adotados e agirmos como
alguém da família. O que Deus nos pede é para o nosso bem estar.
Fim da aula (23/05/07)

28/05/07
Santificação (O Indivisível Cristo)
Deus não justifica a quem não pode santificar.
A justiça imputada e a Comunicada. Aspecto judicial, justiça forense e de outro lado a
Comunicada q é um processo mecânico. Não podem ser separadas. Sem confusão e sem
separação. Há 2 erros possíveis:
1 – identifica justificação com santificação e fundir as duas sem ter diferença, o que é
errado. Eutiquianismo (confusão) e Nestorianismo (separação das 2 naturezas de
Cristo).
Salvação como um todo provê escape para a culpa da condenação de pecado.
Santificação trata com o poder de pecado, ou seja, nos tira do poder do pecado, nos
liberta dele. Glorificação nos tira de vez da presença do pecado – volta de Jesus.
Justificação é o primeiro passo(libertação da condenação).
Santificação – obra do Espírito Santo em nós – intrinsecamente, vem de fora para
dentro.
A justiça de Cristo é o título p o céu a santificação é a nossa adequação p o céu. Sem
justiça de Cristo n teríamos adaptação para a santidade. Santificação – para viver em
determinado ambiente, precisamos nos adequar a ele. A justificação é completa e a
santificação está em processo.
Lutero oferece uma clássica demonstração de unidade entre fé e amor - fé e amor =
completa substância do cristão. A fé é traz o homem a Deus. O amor leva Deus ao
homem.
Calvino – Se Cristo permanece fora de nós, nós ainda permanecemos separados Dele.
Nós n sonhamos com fé vazia de obras e nem sonhamos com a justificação sem ela (fé).
Somo Dele em Cristo Jesus – 1Cor.
Fim da aula
Significado Bíblico de santificação:
Paulo se refere aos membros de Corinto como “santos”, e aí havia incesto entre outras
coisas.
Na Bíblia somos convidados a sermos santos.
No AT encontramos para o termo santidade:
- o verbo: “Qadash”  aparece aproximadamente 170 vezes.
- o substantivo: “Qodesh”  aparece 470 vezes = santidade
- adjetivo: “Qadosh” quase 120 vezes = santo

41
No NT encontramos:
- o verbo: “hagiazo”  28 x, tornar santo santificar, consagrar
- o substantivo: “hagiasmos” 10 x
- o adjetivo: “hagios” 233 x = santo

Quando é o significado bíblico de santificação? Encontramos dois significados

1) santidade como um relacionamento, como um status  em um dos seus sentidos


básicos tem caráter relacional, não só adoção e regeneração tem um caráter relacional as
a santificação também tem. Significado básico = colocar à parte, separar. Neste sentido
a palavra santificação não possui conotação moral, a implicação moral ela emerge deste
aspecto relacional, mas em várias circunstancias o elemento moral não está evidente.
Exemplo: quando Deus diz que “sede santos porque eu sou santo”, é porque Deus é
separado dos outros deuses. Enquanto Deus é santo em si mesmo, o seu povo deve ser
santo em virtude do seu relacionamento com Ele, não somos santos por nós mesmos,
mas no aspecto relacional, esta santidade ela é inerente no novo relacionamento com
Deus. Por isso Israel foi chamada de nação santa (caráter relacional), assim é conosco,
permanecemos assim quando guardamos o contexto.

I Cor. 1:2  o mesmo caráter relacional é enfatizado. O tempo aqui é perfeito.


Ação completa no passado, com ação contínua no presente.
Neste aspecto a santificação é muito parecida com a justificação, obra de um
momento em que Deus te separa e coloca você à parte (I Cor 6:11), santificação aqui até
precede a justificação.
Outros textos indicam a santificação como um ato do passado (Ef 6:25-26).
II Tess. 2:1 
I Ped. 1:2  descreve os crentes como escolhidos Deus (a idéia de que algo
aconteceu no passado).

3) A santificação com sentido moral  este aspecto é que Ellen White diz que é uma
obra para a vida toda. Esse processo de santificação tendo a Cristo como norma.
Não somos quem deveríamos ser, mas também não somos o que éramos.
Santificação não é algo que acontece divorciado da vontade humana.
A partir da raiz, santificação (separado para pertencer [ação consagradora]), vem
a santificação (o processo moral de aperfeiçoamento, atividade transformadora que vai
tomando lugar [ação transformadora]).
Rm 6:  diz que o ser humano morreu para o pecado pelo poder da vida, ele
não vive para o seu domínio. O batismo está associado à maior crise da vida da pessoa
que é a morte. Esta morte definitiva toma lugar através do batismo, o futuro invadiu o
presente (em grande medida já fomos puxados para viver com Ele na atmosfera
celestial, viver como se já estivéssemos lá). Que diferença faz? Esta é pergunta. O
batismo é estar unidos com as coisas fundamentais da vida de Cristo, a morte e a
ressurreição.
Rm 6:1-14  oito vezes o apóstolo fala desta contraposição entre vida e morte.
Neste processo de santificação três elementos são básicos:
1) caminha numa nova vida (95x no NT – João 12:13; 8:12); nos escritos paulinos isso
fica mais claro na natureza ética da caminhada cristã, conduta que leva o selo da velha
ou nova era (segundo mundo / segundo o espírito [Ef 5:8; I Tes 4:1]).

42
2) não deixando o pecado reinar no corpo mortal, não ceder aos antigos desejos Rm
6:12  embora a soberania do pecado tenha sido quebrado o corpo ainda existe e ainda
pertence à velha era, embora o estejamos em uma nova era, o corpo mortal tem desejos
permanentes, e estas são as avenidas do pecado aonde ele tenta recuperar o seu controle
sobre os seus antigos súditos. Temos que vencer o pecado “remiah” , “pesha” (dolo).
Nós temos que nos livrar do dolo do pecado mas esta natureza nós levaremos até a
glorificação. “...os males externos despertam os interno e então a alma vaga nas
trevas...” a única forma de você continuar vencendo o pecado é exatamente pelo
instrumento que Deus libertou você (a graça), é anti-natural uma pessoa que se
converteu e está em Cristo não demonstrar os frutos do Espírito.
3) submissão de seus membros a Deus  Deus assume maiores áreas de controle na sua
vida. Um grande problema na santificação é que para ter um sentimento do que
alcançaram acabam rebaixando a noção do pecado (reduz à questão de ato) e coloca o
seu alvo muito baixo, quando nunca podemos abaixa-lo, Cristo é o nosso alvo. I Ped
1:5-7. essa compreensão torna o indivíduo mais humilde

Santificação e perfeição

Os perfeccionistas acreditam que existe uma entidade chamada justiça que você
pode ir acumulando mais e mais, obviamente se você se torna mais e mais justo uma
hora você não vai precisar mais de Cristo.
Um outra forma de entender a justiça comunicada é entende-la como
dependendo interinamente de Cristo , participação pela fé na justiça de Cristo, o que nos
é comunicada pelo Espírito, a justiça de Cristo em nenhum sentido é nossa, continua
sendo dele, ela é imputada, comunicada mas continua sendo dele.

Textos bíblicos e do Espírito de Profecia usados em favor do perfeccionismo

Mat. 5:48 

O grande problema da nossa compreensão destes textos é o contexto em que eles


foram ditos.
Este texto tem sido utilizado ao ponto de uns negarem a autenticidade do texto,
outros como pelágio que é isso literalmente. Porém aceitas com autênticas devem ser
analisadas como autentica.
Primeiro devemos entender os aspectos lingüísticos do texto:
1) Forma verbal: “sede vós perfeitos”- no português aprece no imperativo. Mas no
grego aparece em uma forma futura (sereis perfeitos), este fato de alguma forma quebra
a noção de que isso é um requisito para sermos aceitos por Deus.
“Perfeito”  Tamim= completo (AT – 85 x no AT). No NT “teleios”, significa
maturidade (alguém que está no processo de maturidade – Ex: para uma criança de dois
anos ela é perfeita). Perfeição absoluta como sinônimo de inpecaminosidade não espere
nesta vida. Rm 10:4 (“o fim [“teleios”] da lei é Cristo” , aqui quer dizer que Cristo é o
propósito da lei, sem Ele a lei não pode ser entendida. “Teleios” não é um chamada à
perfeição absoluta, mas há um novo relacionamento com Deus, quando Jesus disse ao
jovem rico que se ele abandonasse tudo seria perfeito, estava dizendo: “amadureça,
deixe de ser criança”).
Quem são as pessoas que são descritas como perfeitas no hebraico?
-tamim
Noé / Abraão / Jó / Davi

43
- shalem

A Bíblia diz que Davi era perfeito (no coração = atitude no seu relacionamento
com Deus). Tinha a disposição de deixar que Deus mostrasse suas falhas e a aceitava,
quando foi provado rasgou seu coração e suas vestes em testemunho do que havia
dentro dele. (Dolo = um indivíduo que tenta esconder o que é de fato).
Jó 42:6  atitude, era perfeito no seu relacionamento com Deus, e não em
pecaminosidade, se fosse perfeito e sem pecado porque iria se arrepender nas cinzas e
no pó.
Deus nunca é descrito em sua natureza, Calvino disse que não temos que saber a
natureza de Deus, mas que tipo de Deus que existe, muitas questões a respeito de Deus
não vem da teologia, vem da filosofia, como os cristãos foram no primeiro século foram
postos em contato com os meios helenísticos buscaram então “os ponto de contato” com
a filosofia, os cristão primitivos nesta tentativa foram à filosofia, então encontraram em
Platão a idéia de um ser supremo. Há vantagens em buscar pontos de contatos nas
crenças dos outros (evangelisticamente isso é muito bom). Os cristão primitivos,
apologistas gregos buscaram no mundo grego a visão de Deus (Paulo fez isso em
Atenas), os cristãos buscaram do mundo grego a noção de Deus, mas o problema é que
começaram a buscar a noção de Deus do mundo grego (um Deus transcendente,
impessoal...e etc.). Muitas pessoas tentam entender Deus a partir da sua idéia daquilo
que Deus é, do conceito que temos, então estamos limitando Deus dentro da minha
caixa (meus conceitos, minhas idéias). Na bíblia não temos definições de como Deus é
em si mesmo, mas temos apenas atributos, temos apenas revelação necessária e não
absoluta. Deus é perfeito em seus atributos, a sua sabedoria, a lei de Deus, mas o
próprio Deus em si não está em seu quadro.
Para entender a idéia de perfeccionismo muitos acabam então reclassificando o
pecado.

I Cor. 14:20 
I Cor 2: 6  comparação do comportamento adulto com o infantil
Heb 5:12 – 14 

Que tipo de perfeição? Adultos, em contraposição a criança. “Teleios” se


contrasta com meninos (maturidade, agir ao convite que Deus faz depois de ter
reconhecido quem somos) e não em termos de exatidão moral. Perfeito em Mateus.

2) Contexto – “Portanto” (conclusão do que apareceu antes) – sugere que você não deve
dividir o texto do seu contexto. Mateus 5:21 em diante Jesus apresenta suas famosas
antíteses que apresentou ao grupo que tinham uma noção errada da lei.
Ex: “Não matarás”  Jesus estava dizendo que pode-se violar o espírito do
mandamento sem violar a letra dele. Você não pode guardar a letra sem guardar o
espírito, mas o contrário não é verdade. Jesus está dizendo que palavras e atitudes
também matam, realmente há formas mais eficazes de destruir o ser humano. Também
está dizendo que a pureza emerge do coração, sem importar como é no exterior.
Jesus está pondo em elevo à altura daqueles que querem ser seus discípulos,
amar os inimigos e as outras coisas não é coisa para crianças mas somente para aqueles
que tem uma maturidade. Jesus está dando uma regra extraordinária, você age
independente de como as pessoas agem com você. A minha compreensão do perdão é
que me limita e não o meu perdão para o com outro (como muitos acreditam). Os
rabinos achavam que o perdão estava limitado a três vezes, Pedro vai além e acrescenta

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mais da metade 7 x e Jesus extrapola. A dívida que Jesus coloca é muito alta (10.000
talentos – na base de um denário nem que ele vivesse trinta vidas de 3.000 anos),
representa a nossa dívida para com Ele. O que nos ofende nesta história não é o fato de
que o cidadão está querendo receber o dinheiro dele, é a falha da atitude do outro em
perdoar. Quando eu não perdôo na verdade eu nem sei o que o perdão significa, nem sei
o quanto fui perdoado, quando Jesus vier a pergunta não vai ser teológica, mas prática, o
que fizemos para o nosso próximo, a pessoa não permitiu que Deus se aproximasse
suficiente para o transformar (por isso não sabem quando fizeram estas coisas).
Deus nos ordena a sermões compassivos, perfeição nos relacionamentos, sem
diferença, sem preconceitos, aqueles que tratam seu próximo com qualquer tipo de
indiferença revela sua imaturidade espiritual.
Mudança de outra natureza a partir de você ser outro nunca vai acontecer nesta
vida, a natureza que vai vencer é aquela que você vai alimentar.
Mateus 5:48 // Luc 6:36  perfeição é agir com misericórdia, maturidade cristã.
Apresenta-nos um alvo mais elevado, mais do que aquilo que podemos querer alcançar.
EGW, diz que se fôssemos ternos, bondosos, teríamos 100 conversões aonde há 1.
maravilhoso método que não pode ser melhorado. O maior método de evangelismo que
não pode ser melhorado.

24/05/06

É possível perfeição do cristão nesta vida?


- sim: levando-se em conta o conceito bíblico de perfeição, perfeição relativa (como
processo de maturidade, santificação progressiva [o que indica que o nível de hoje não
necessariamente satisfaz o de amanhã, o que Deus aceita de mim hoje não será aceitar
amanhã]). Sempre na caminhada cristã haverá sempre muita terra a ser conquistada.
- sim (ironicamente): se você reclassificou o pecado, se rebaixou a norma, interpretar
pecado como algo relacionado somente aos atos e não à natureza.
- não: se estamos falando de perfeição de algo de caráter absoluto, em
impecaminosidade, porque criatura será sempre criatura e criador continua sendo
sempre criador.

Citação de Ellen G. White como interpretadas pelo perfeccionismo:

(Maior Discurso de Cristo, p. 47)  “Cristo espera com anelante desejo a


manifestação de si mesmo na igreja quando o seu caráter for perfeitamente reproduzido
em seu povo, então ele virá para reclamar os que são seus” – a ênfase é coloca na
palavra reproduzir e é usado para falar de perfeição absoluta. Os perfeccionistas
infelizmente desconhecem o fato de que todo o pecado é imperfeição mas nem toda
imperfeição é pecado, quando ser fechar a porta da graça você não vai ser perfeito mas
isto não quer dizer que você vai ter pecado, isto não quer dizer que aquelas marcas
falhas de natureza humana.
Alguns tem usado as palavras perfeito e perfeitamente como perfeição absoluta,
insistindo que os cristãos devem ser uma réplica, pelágio tomou este tipo de rota,
entendia Mt 5:48 como Jesus exigindo absoluta perfeição.
Entendemos que ela não está falando de impecabilidade como Mt também não,
quatro parágrafos acima, entendendo o contexto: “o objeto da vida crista é produzir o
fruto, a reprodução do caráter de Cristo no crente, para que este manifeste o caráter e
para que isso possa reproduzir-se nos outros, o cristão...” – amor pelos outros assim
como Cristo viveu (Cristo como nosso modelo), o contexto fala de serviço ao próximo,

45
interesse na sua salvação, olvidar-se do eu. Quando analisamos o ensino total de EGW
quando falou de os cristãos refletir a vida de Cristo em sua vida nunca falou de
perfeição absoluta, Ela diz: que Deus demonstrou um amor que o homem não pode
igualar, contudo seremos reprovados se não o copiarmos segundo a capacidade que
Deus nos deu. (Testemonies, v. 2. p. 539).
Maior Discurso de Cristo, 170 – “não podemos igualar o exemplo mas podemos
copiá-lo” – cópia é sempre cópia.
Podemos ser perfeitos em nossa esfera como ele é perfeito na dele na nossa,
limitada. Como uma criança é na sua e um adulto é na sua. Em cada grau de
desenvolvimento (MDC 45-47). A nossa vida pode ser perfeito, a santificação é obra da
vida toda...se é obra da vida toda quando iremos chegar lá? perfeição de que ela fala é
relativa, perfeição em cada grau.
Ao afirmar que absoluta impecaminosidade é impossível isto não quer dizer que
você não deve se esforçar para buscá-la....entendeu?
Obs: A teologia é importante porque as idéias tem efeitos práticos.

29/06/05

Sumário:
Muitos pensam que existe uma justiça que é comunicada e que vai se tornando
nossa e acabamos nos tornando intrinsicamente justos, entoa quanto mais justiça temos
dentro de nós não precisamos mais de Cristo. Existe uma inseparabilidade entre o dom e
o doador, não há justiça se você não tem a Cristo a fonte da justiça (Jesus disse que Ele
era o pão, aquele que morria que Ele era a vida......).
Uma outra forma de vê-la é considerá-la ligada a Cristo, em nenhum sentido a
justiça de Cristo é nossa independente dele, tal justiça sempre pertencerá a Cristo de
modo que nunca pertencerá a nós, o problema da vida santificada não é resolvida
quando você diz que a justiça imputada é de Deus e a comunicada é sua e você é que
tem que desenvolvê-la, não! Ambas pertencem a Cristo, santificação é como a
humildade quando você diz que tem, perdeu! Tinha! Santificação não é algo produzido
pelos homens, quanto mais progredimos na santificação, mais dependemos de Deus,
santificação não é um processo no qual eu vou me independo de Cristo. Se a justificação
é a justiça creditada ao nosso favor, a santificação indica o senhorio de Cristo.
Podemos entender a santificação como perfume, você vai jogar futebol volte
fedido, não tem água, então você lembra do seu perfume, em cima do suor você joga o
perfume, não dá certo, o perfume tem que ser precedido pelo banho, santificação não
deve ser algo que tentamos disfarçar, é progressiva, não nega a necessidade de
crescimento.
I Tess 5:23  minha consagração deve ser contínua uma experiência da vida.
Santificação é como cuidar de um jardim, cuidar sempre, o tempo e as circunstâncias
sozinhas não vão cuidar do jardim. Como deixar a casa do Diabo, você quer destruir
tudo, é só não fazer nada. Assim não é suficiente entrar pela porta da justificação, não
tem um fim em si própria, não é um meio, é a porta de entrada, essas são experiência
com as quais iniciamos, mas nunca podemos deixar de crescer.
Assim a nossa contínua obra não é em direção da santificação, mas estamos
avançando em santificação.
B. Kauer disse: “se há alguma coisa clara nas escrituras é que na santificação
não há nunca nenhuma circunstância ou lugar para a exaltação própria.” EGW da cor à
essas palavras quando diz: “Deus não aceita o mais esplêndido serviço ao menos que o

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eu seja colocado sobre o altar como sacrifício santo, a raiz deve ser santa....” (Obreiros
Evangélico 371,323  fala sobre o orgulho).
O esforço cristão primário está concentrado em manter a unidade com Cristo,
manter essa união, ela surge no relacionamento com Cristo que foi começado na
justificação. Justificação não é um processo moral, é de permanecer com Cristo. Ao
invéz de lutar contra pecados acariciados, devemos lutar para permanecer com Cristo.

31/05/06

Um grande problema está na área do método: Ellen White afirma que o


testemunho foi dado porque o povo não se sentiu impressionado com a revelação que já
tinha (Testemunhos para igreja, v. 5, p. 666). Interessante é que esta citação está no
mesmo contexto que ela está discutindo perfeição cristã.
O problema é que as contradições podem ser aparentes, mas frequentemente as
citações são tiradas do seu contexto histórico ou literário, exemplo: “a transgressão de
um mandamento não vai permitir que ninguém é perfeito”, mas se formos ver a idéia
corrente na época era que santificação é uma coisa que pode ser conseguida sem esforço
algum, neste momento está sendo discutido um tipo de santificação que dela exigia
algumas declarações mais fortes.
O problema do método é que vamos a Ellen White, todo perfeccionistas vai a
Ellen White e não usa a Bíblia porque só com ela ele não pode sustentar sua opinião. O
problema é que pegamos primeiro, Ellen G. White e depois a Bíblia.

Vamos começar com a metodologia certa, indo primeiramente à Bíblia.

I Jo 3:8 e 9  [não comete pecado] // I Jo 1:8 [aquele que diz que não peca é
mentiroso]. Aparentemente contraditórias, podemos chegar a duas conclusões:
1) confuso
2) definição de pecado complexa  noção de que pecado é somente atos....vejamos I Jo
5:16 (há pecados que não são para morte).
Aqueles que estão vivendo sob estes tipos de pecado que os filhos de Deus
devem estar livres (que é o de rebelião, contra o E.S., a prática contínua). Os que nós
devemos abandonar são os pecados de morte, esta situação da qual o indivíduo não deve
ter pecado é o da morte, em João os filhos de Deus devem estar livres do pecado que é
para morte, algumas Bíblias já trazem uma definição hermenêutica correta (levando em
conta a sintaxe da palavra).
Os que nasceram de Deus, embora sejam “sinless” (sem pecado de rebelião),
não são sem o outro tipo de pecado. Como podemos saber que tipo de pecado a pessoa
que está cometendo? Não temos como saber, somente Deus.
Em tese a Bíblia apresenta pessoas que nunca sairão do ponto 0, que cometem
aquele tipo de pecado de rebelião, mas não sabemos quando podem passar ao ponto 9
ou 10.
Indo para Paulo, encontramos o mesmo quadro, somente com palavras
diferentes. Rom 6:2 e 11, afirma:
- sugere que Paulo está falando de algum tipo de impecabilidade
- outras vezes fala daqueles que foram libertados do pecado Rom 6: 22.
Parece que Paulo está falando de uma situação de impecabilidade. Contudo
Paulo não está dizendo que os cristãos não cometerão mais atos individuais do pecado,
mas que não são mais escravos do pecado, ele não os governa mais, não vivem mais
com a atitude do pecado, deste ponto de vista eles são impecaminosos. O pecado que

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Paulo fala que não tem mais domínio sobre nós é o mesmo de que João está falando, os
cristãos não se submetem mais ao pecado.
Então o vs. 6 e 14  é construído sobre o argumento que a pessoa está sob dois
relacionamentos:
- com pecado: rebelião
- de fé: aqueles que estão pela fé com eles, aqueles que estão mortos para a antiga
atitude (de rebelião do pecado). Andam em novidade de vida, não se submetem ao
pecado, neste aspecto são impecaminosos, não culpados do pecado de rebelião, no
mesmo sentido que João afirma, dos cristãos que não pecam, embora eles tenham
pecado o qual eles se arrependem eles não vivem em rebelião.
Rm 6:12  o nosso corpo ainda pertence à velha era e vai sempre pertencer
enquanto estivermos aqui.
Embora cristãos possam ter atitude correta de submissão a Deus, o corpo dele
está partido (o violino dele). Perfeitos por um lado e não perfeitos por outro.

01/06/06

Jonh Wesley observa: “há aqueles que amam a Deus de todo coração, mas
mesmo estes habitam num corpo destroçado, por isso não agem como deveriam, na falta
de um corpo melhor falham, não por um defeito de amor..... (aplain acconunt of
cristianity profession).
“A tentação então se torna pecado no ponto em que eu me torno consciente dela,
neste ponto eu posso escolher uma das duas alternativas: eu posso rejeitar a tentação
através do poder divino, ou posso escolher permanecer na tentação e acariciá-la.” (John
Wesley).
Agostinho orava: “Senhor torna-me perfeito mas não agora” – muitas vezes
oramos assim também.
Nas maiores tentações um único olhar sincero à Cristo ou pronunciar o seu nome
é suficiente para vencer o maligno, e isto pode ser feito em confiança e em Espírito
calmo.
“nenhum homem peca porque não tem a graça de Deus, mas porque não usa a
graça que tem”.

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05/06/06

A lei contra a qual Paulo combate é a lei como método de salvação


1º uso da lei: a lei foi dada por Deus para que as pessoas possam reconhecer o pecado,
o mostrar o homem a sua condição desesperados ser guiado a Cristo, a função da lei não
é a função da água. A água é representada pela graça, a lei é o espelho. O perdão dos
pecados não poderia ser melhor boa nova para alguém que compreende que tem
necessidade de perdão. O que Deus permitiu acontecer a Cristo na cruz não teria
necessidade se as pessoas não estão perdidas. A lei mostra a necessidade das demandas
da justiça. A lei prepara ao coração para a recepção do evangelho
2º uso da lei: a lei mantem a ordem geral na sociedade. Essa tem sido chamado o “uso
civil da lei”, por causa do pecado há necessidade da lei como motivação externa para
assegurar a devida ordem. De que lei estamos falando? As leis humanas refletem os
princípios da lei de Deus.
3º uso da lei: para Calvino este uso aplica-se somente aos cristãos, dizia ele que os
cristão necessitam somente de exortação. Para os cristãos, Calvino insistia, é necessário

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que a lei de Deus ilumina sempre o caminho dele. Forma de concórdia (precisamos de
estímulos externos para nos ajudar a fazer a vontade de Deus). A lei me diz o que fazer,
mas não como fazer (aqui dependemos da graça). A base da obedi6encia à lei em última
análise então depende da graça.
Lutero dizia que Deus tem duas palavras ao homem: “uma expressa na lei, e
outra expressa no evangelho”. Calvino dizia que Deus tem uma palavra só (no
evangelho). Não cremos nesta dicotomia que os evangélicos fazem sobre lei e graça.

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Resumo:

Deus não pode justificar aquele que Ele não pode santificar.
Justificação deve ser algo que deve acontecer a cada dia, renovando o seu
relacionamento com Deus. Podemos ter certeza da salvação? Claro! Esta certeza tem
que nos acompanhar, Jesus disse para a mulher: “a tua fé te salvou”; para Zaqueu: “hoje
veio salvação à sua casa”.
Escatologia não é um apelo para cruzarmos os braços, pois a escatologia invade
o presente, e aquilo que Deus tem preparado para nós é tão diferente das coisas que
acontecem neste mundo que não podemos ficar calados.
Salvação é um processo continua enquanto a vida continuar. Fui salvo, sou
salvo, estou sendo salvo, serei salvo. I Cor. 15:1,2; Heb 5:7.
Estamos salvos enquanto permanecemos em Cristo

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EGW  um minuto de erro pode trazer uma vida toda de arrependimento. Aqueles que
se afastam deliberadamente, quando quiserem voltar vão descobrir que cardos e
espinhos cresceram no caminho.

- “herói não é aquele que conquista muitas, é aquele que conquista uma só todos os
dias.”
- “seja tudo o que você pode ser, e faca o melhor o que você pode fazer.”
- “um homem que cai não é o mesmo que se levanta”
- “o pastor urbano”- livro
- “pessoas boas fazem coisas más” - livro
- O pecado é um tipo de amor que está centralizado no objeto errado.
- Depois de convertido depois que você peca isto não é o melhor de vc, é o pior.
- a fé não escusa você da obediência da lei, mas lhe dá uma nova motivação.
- O que é justificação pela fé? É lançar no pó a justiça do homem....” EGW (usar no
sermão).
- Justificação e Santificação não devem ser confundidas, contudo não devem ser
separadas.

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