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DÍZIMOS E OFERTAS:

Promessas de bênçãos sem medidas à


luz da Bíblia.

Pr. Bahia

Ministério canal de bênção renovada 2023


TEMA: DÍZIMOS E OFERTAS - Promessas de bênçãos sem medidas à luz da Bíblia.
TEXTOS. Gn 14: 20; Ml 3: 10.
Introdução:

O crente que é fiel nos dízimos e ofertas haverá de usufruir abundantemente das ricas
bênçãos que o Senhor o reservou em sua suficiência. Muitos crentes dizem que a prática do dízimo
foi só para a época da Lei, no Antigo Testamento. Hoje, nós estamos na época da graça, do Novo
Testamento, não precisamos dizimar. Tais pensamentos e atitudes não tem respaldo bíblico.

“... E Abraão deu-lhe o DÍZIMO DE TUDO”, Gn 14: 20.

“... fazei prova de MIM... diz o SENHOR... abrir as janelas do céu... derramar sobre vós
uma bênção tal que não haja lugar suficiente para a recolherdes”, Ml 3: 10.

1. OS DÍZIMOS E OFERTAS À LUZ DA BÍBLIA, Lv 27: 30-32; Ml 3: 10.

A prática dos dízimos e ofertas nas Igrejas canal de bênção e seus membros e
congregados, seguem os ensinamentos bíblicos, tanto do Antigo como do Novo Testamento.

1.1. Definições De Dízimos E Ofertas.

Dízimo, literalmente significa a décima parte de tudo que produzimos, dos nossos
rendimentos, antes de efetuarmos o pagamento de qualquer despesa. O dízimo não é nosso, é um
bem alheio que pertence a Deus. E se é Dele, nós temos que devolver aquilo que é seu por direito.
Ofertas são doações voluntárias, apresentadas a Deus em agradecimento pelo recebimento
dos favores Dele recebidos.

1.1.1. Termos hebraicos e gregos para dízimos e ofertas no Antigo e no Novo


Testamento.

1.1.1.1. Termos hebraicos para as palavras dízimos e ofertas:

a) Dízimos. Asar e Ma’aser. No Antigo Testamento encontramos duas palavras que definem o
dízimo. Asar, encontrada nos seguintes textos, Gn 28: 22; Dt 14: 22; 26: 12; 1 Sm 8: 15,17; Ne
10: 37,38. Ma’aser, encontrada em, Gn 14: 20; Lv 27: 30-32; Dt 12: 6,11,17; Ml 3: 8,10. Ambas
significam a “décima parte”.

b) Ofertas. Diversos termos definem a palavra oferta no Antigo Testamento. Um dos termos
hebraicos mais citados é minchãh, (que aparece mais de 200 vezes no Antigo Testamento) e
significa oferta, dom, presente ou sacrifício, Gn 4: 3; 32: 13-15; 43: 11; 1 Rs 10: 25; Jz 3: 15-
23; 2 Sm 8: 2. Outro termo é terûmãh, e significa oferta alçada, oferta ou oblação, é encontrado
cerca de 70 vezes no Antigo Testamento, Êx 25: 2; 35: 29; 36: 3; Lv 7: 16; 22: 18. Vejamos
alguns tipos de ofertas na Antiga Aliança:

● Oferta em Agradecimento. Era uma oferta oferecida a Deus pelos imerecidos favores por
Ele recebidos, Lv 3: 11.

● Oferta Voluntária. Era apresentada a Deus como agradecimento por uma bênção recebida e
tinha caráter de ações de graças, Lv 22: 23.

1.1.1.2. Termos gregos para as palavras dízimos e ofertas:


a) Dízimos. Dekatóo, apodekatóo, dekáte. Dekatóo significa dar a décima parte, dizimar e
aparece apenas duas vezes em Hebreus 7.6,9. Apodekatóo significa dar a décima parte, dizimar,
Mt 23: 23; Lc 11: 42; Hb 7: 5. Dekáte significa décimo, que aparece apenas em Hebreus 7:
2,4,8,9.

b) Ofertas. Prosporá, holokautõma, anathema. Prosporá significa literalmente, o ato de trazer,


levar, oferecimento, oferta, oblação. No Novo Testamento uma oferta sacrifical, alude ao (1)
sacrifício de Jesus, Ef 5: 2; Hb 10: 10,14; (2) as ofertas sob ou de acordo com a lei, At 21: 26;
Hb 10: 5,8; (3) as dádivas em espécie levadas aos judeus que passavam necessidade, At 24: 17;
(4) a apresentação dos próprios crentes (salvos dentre os gentios) a Deus, Rm 15: 16.
Holokautõma significa holocausto, oferta queimada. Anathema (não confundir com anátema)
significa dádivas. Denota dádiva colocada no templo, oferta votiva (votos), Lc 21: 5.

1.1.2. Entendendo a definição de dízimos.

a) É um dever de todo crente. “Trazei os dízimos à Casa do Tesouro (Igreja)”, isto é uma
responsabilidade de todo crente, (Ml 3: 10). É a entrega a Deus, amorosa e voluntária do que
possuímos. Isto é, os rendimentos dos 10%, 1 Co 4: 2.

b) É um ato de obediência, Ml 3: 8. É trazer a quantia devida, estipulada pela Bíblia, Lv 27:


30-32; Ml 3: 10.

c) É um ato de fé, Ml 3.10b: “E depois fazei prova de mim...”.

d) É um ato de amor com a obra de Deus, Ml 3.10. Nossas contribuições em dízimos e


ofertas são para promover o Reino de Deus, especialmente para ser aplicado na Obra de Deus, na
Igreja, no ministério, na disseminação do Evangelho pelo mundo (1 Co 9: 4-14; Fp 4: 15-18; 1
Tm 5: 17,18), e para ajudar os necessitados (Pv 19: 17; Gl 2: 10; 2 Co 8: 14; 9.2).

e) É um ato de gratidão ao Senhor, Sl 103:1-5; 1 Cr 29: 10-17. Têm-se saúde, bens


materiais, se temos alguma coisa, foi Deus quem os deu tudo, Dt 8: 18: ”... porque é Ele o que te
dá força para adquirires riquezas”. Os dízimos e as ofertas são meios materiais pelos quais
reconhecemos a soberania do Senhor sobre nossas finanças. O exemplo de Davi e sua gratidão a
Deus em ofertar ao Senhor, 1 Cr 29: 1-10.

2. ADORANDO A DEUS COM NOSSOS HAVERES (Riqueza, herança, fazenda,


posses).

Por que os Dízimos e ofertas são importantes?

2.1. Através das contribuições financeiras, honramos a Deus, Pv 3: 9,10.

2.2. Por meio das ofertas e dízimos, mostramos a Deus nossa alegria, 2 Co 9: 7.

2.3. Por intermédio do dar, expomos a Deus um coração voluntário, Êx 25: 1,2.

2.4. Através do ofertar, revelamos o nosso desprendimento, 2 Sm 24: 24.


3. DÍZIMOS NO ANTIGO TESTAMENTO.

A prática do dizimar está relacionada com a fé em Deus e com a separação da décima


parte dos bens ou possessões para o uso especial, de acordo com a ordem de Deus. Para tudo Deus
tem um PLANO.

● Para a criação;

● Para a construção da arca de Noé;


● Para a construção do tabernáculo;
● Para a construção do Templo de Salomão;
● Deus teve um plano para tudo que realizou;
● Deus tem também um plano financeiro para o sustento da sua obra. Encontramos esse projeto,
esse plano bem claro na Palavra de Deus.

Eis a evolução da prática do dízimo no curso da história bíblica do Antigo Testamento.


Antes da Lei, já encontramos alguns exemplos de entrega dos dízimos ao Senhor:

3.1. O Dízimo de Abraão, Gn 14: 18-24, Hb 7: 4.

A prática do dízimo é muito antiga. Podemos afirmar que é tão antiga quanto à raça
humana. Babilônios, gregos, romanos, árabes e outros povos pagavam o dízimo.

Antes da Lei, já encontramos alguns exemplos de entrega dos dízimos:

3.1.1. Características do dízimo de Abraão, Gn 14: 18-20.

Podemos considerar algumas características importantes na prática de dizimar de Abraão.

a) Voluntário. Ninguém pediu o dízimo a Abraão. Não foi pedido por Melquisedeque, mas
oferecido espontaneamente por Abraão. Não foi exigido pela lei, porque Abraão viveu 400 anos
antes da lei ser dado por Moisés.

b) Reconhecimento de sua mordomia. O fato de Abraão reconhecer a propriedade divina


sobre os seus bens levou-o a entregar o dizimo, Gn 14: 22. Enquanto o crente não se compenetrar
e compreender essa verdade, terá dificuldade para ser fiel nas coisas de Deus.

c) Um tributo de gratidão a Deus. Foi um ato de gratidão a Deus, pela vitória alcançada
contra os inimigos, Gn 14: 20.

d) Um ato de adoração. O dízimo de Abraão foi entregue ao sacerdote do Deus Altíssimo,


aquele que representava o próprio Deus. Quando o dízimo é devolvido em espírito de culto e
adoração a Deus, ganha um profundo significado para a alma do adorador.

e) Bênçãos e recompensas. Notemos ainda que Abraão foi abençoado por Deus, tanto
material como espiritualmente. Essa é a experiência através dos séculos, daqueles que têm sido
fiéis a Deus nos dízimos e ofertas.
3.2. Dízimo de Jacó, Gn 28: 18-22.

3.2.1. O dizimo e a adoração. O dízimo de Jacó também foi voluntário, por gratidão e
como um ato de adoração a Deus.

3.1.2. O dízimo e a experiência religiosa. O voto de dar o dízimo foi feito por Jacó depois
de uma profunda experiência espiritual.

3.1.3. O dízimo e a bênção de Deus. Jacó foi grandemente abençoado por Deus, como foi
seu pai Isaque e seu avô Abraão, que receberam bênçãos materiais e espirituais.

3.3. Os Dízimos Incorporados À Lei. 

Examinemos três das principais referências sobre os dízimos na Lei.

3.3.1. O dever de dizimar, Lv 27: 30-32, Dt 14: 22. Foi na Lei que Deus estabeleceu
princípios para a entrega dos dízimos. Nela foram incorporadas várias práticas já estabelecidas
pelo costume entre o povo de Deus. A Lei sancionou com a autoridade divina o costume antigo,
a prática do dízimo entre o povo de Israel. Uma coisa interessante é que a Lei determinava a
entrega da décima parte das sementes e de animais, anualmente. A Lei não requeria, não
contemplava (a tradição, sim) a décima parte das sementes usadas para o tempero, tais como
hortelã, endro ou arruda, cominho, Mt 23: 23; Lc 11: 42. Mas os fariseus, querendo ir mais além
da Lei, impressionar a Deus, preocupavam-se com o dízimo até mesmo em relação às menores
ervas, o qual era pago de acordo com os ditames da tradição, não da Lei de Moisés.

3.3.2. A finalidade do dízimo, Nm 18: 20-32. Esses textos bíblicos esclarecem a finalidade
do dízimo - o sustento e manutenção da obra do Senhor. A tribo de Levi não recebeu nenhuma
porção, herança da terra, quando esta foi dividida. Deveriam ser sustentadas pelas demais tribos,
para que se dedicassem inteiramente aos serviços sagrados.

3.3.3. Beneficência, Dt 14.22-29. Aqui se acrescenta a ideia de que o dízimo era também para
o amparo aos necessitados - estrangeiros, órfãos, viúvas, Dt 26: 12-15.

3.4. Uma Análise Da Entrega Dos Dízimos.

3.4.1. O que deveria ser dizimado. Os hebreus deveriam dizimar tanto dos bens agrícolas
como de animais, Lv 27: 30-32.

3.4.2. A quem eram entregues os dízimos. De acordo com a Lei, os dízimos deveriam ser
entregues aos sacerdotes e levitas constituídos para o ministério do culto, Nm 18: 21-32.

3.4.3. Onde deveria ser entregue os dízimos. Deus estabeleceu, pelo menos, dois locais
para a entrega dos dízimos: o Tabernáculo, durante a peregrinação no deserto; e o Templo de
Jerusalém, após a sua construção, Dt 12: 1-14; 14: 22-29; Ml 3: 10.

4. DÍZIMOS NO NOVO TESTAMENTO.


Tanto no Antigo como no Novo Testamento, o dízimo sempre fez parte do culto a Deus.
Portanto, nos dias de hoje o ato de dizimar é dever de todo o cristão.

4.1. Jesus E A Prática Do Dízimo, Mt 5: 17,18; 23.23.

Jesus não veio revogar, anular o dízimo, ele cumpriu toda a lei, Mt 5: 17. Ele aprendeu
todo o sistema de sacrifícios do judaísmo com seus pais, Lc 2: 21-24; Lv 12: 6-8. Não censurou
os Judeus na prática dos seus dízimos, Mt 23: 23; 9.13; Lc 11: 42; 18.12; Mt 5: 20. Jesus pagou
o imposto do templo, Mt 17: 24-27; Êx 30: 13. Ensinou sobre o pagamento dos impostos e a
entrega dos dízimos a Deus, Mt 22: 15-22.

4.2. O Dízimo Era Uma Prática Generalizada nos dias de Jesus.

Dirá alguém: “não há nenhum mandamento para dar o dízimo, no Novo Testamento”. De
fato, não há, nem haveria necessidade de tal instrução. Tratava-se de uma prática generalizada. Um
mandamento sobre o dízimo seria, no dizer do povo: “chover no molhado”, uma vez que essa
prática era normal, tanto entre os judeus como os crentes primitivos.
Em Hebreus 7: 1-10, Melquisedeque é figura de Cristo. Quando Abraão deu o dízimo a
Melquisedeque, estava entregando ao próprio Cristo. Jesus, pois, recebe dízimos até hoje dos
crentes fiéis, através da igreja que Ele instituiu e incumbiu da propagação do evangelho.
Outro aspecto que devemos observar dentro do Novo Testamento, é que o dízimo deve ser
usado no sustento do ministério sagrado, Mt 10: 10; Lc 10: 7; 1 Co 9: 7-14. O apóstolo Paulo fala
do dever que as igrejas têm de sustentarem condignamente os seus obreiros, missionários e
ministros do evangelho. No verso 14 o apóstolo conclui: “Assim ordenou também o Senhor aos
que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho”. Trata-se de uma ordem dada pelo próprio
Cristo, cuja autoridade precisa ser respeitada.
Do mesmo modo como foram sustentados os sacerdotes no Antigo Testamento, os
dízimos de hoje são aplicados na igreja, na manutenção da obra (água, luz, construções), na
divulgação do Evangelho de Jesus Cristo.

4.3. O Exemplo Da Igreja Primitiva, At 4: 32; 2 Co 8: 7.


Sem dúvida, o derramamento do Espírito Santo nos primórdios da Igreja Primitiva
quebrou as amarras da avareza e do egoísmo, e os crentes contribuíam alegremente com tudo
quanto tinham. Um crente realmente avivado tem o coração aberto para dar; para contribuir. É isso
o que vemos na Bíblia e na história dos avivamentos.
Após o dia de Pentecostes, a Igreja Primitiva promoveu um atendimento filantrópico aos
necessitados. Impulsionados pelo Espírito Santo aqueles primeiros crentes se uniram e
reconheceram a necessidade da mordomia e, diz a Bíblia: “e tinham tudo em comum”, At 4: 32-
35.

4.4. O Exemplo Da Igreja Da Macedônia, 2 Co 8: 1-9.

A igreja da Macedônia era constituída, na sua maioria, de crentes pobres materialmente,


mas rica em generosidade. Paulo solicita à igreja da Macedônia que contribua financeiramente
para ajudar à igreja em Jerusalém, e isto foi de modo maravilhoso aceito entre aqueles crentes.
Tinham o coração aberto para dar, por isto, também recebiam muitas bênçãos da parte de Deus.
Aqueles crentes foram tomados pelo amor fraternal que chegaram a contribuir com muito mais
que se esperava e do que podiam, movidos pelo amor.

4.5. A Contribuição Sistemática No Novo Testamento, 1 Co 16: 2-4.


A contribuição cristã deve obedecer a uma sistematização pessoal de cada crente. Note a
ordem exposta na Bíblia (no caso da igreja de Corinto): “no primeiro dia da semana” (ofertas
semanais); “cada um de vós” (todos têm responsabilidade no sustento da obra de Deus);
“ponha de parte” (prepare-se para fazer a contribuição, de modo consciente); “o que puder
juntar” (contribuição proporcional), portanto, o dízimo é a única proporção conhecida na Bíblia,
1 Co 16: 2. A contribuição no Novo Testamento dever ser:

a) Deve ser feita com alegria, 2 Co 9: 7. Essa alegria refere-se ao prazer de poder contribuir
para a obra e de ser participante dela.

b) Deve ser voluntária, e não por necessidade 2 Co 9: 7. Isso (“por necessidade”)


envolve obediência irracional e legalista. Contribuir para provar que contribui; não provém da
fé; não é ato voluntário, nem como algo que vem do profundo do coração.

c) Deve ser conforme o seu ganho real, 1 Co 16: 2. O dízimo é uma questão de fé e
obediência. A fé não dúvida das promessas do Senhor e a obediência propicia o cumprimento
dessas promessas divinas. Quando o crente recebe o seu salário mensal, quinzenal ou semanal,
deve, imediatamente, separar o que pertence ao Senhor. Não use o dinheiro do dízimo para outra
coisa, mas o entregue à “Casa do Senhor” para que nela haja mantimento, Ml 3: 10.

d) Deve ser feito com fidelidade. Um dos grandes tropeços espirituais de muitos crentes está
no fato de que, quando tudo transcorre bem na vida cotidiana, eles contribuem com seus dízimos,
mas quando vem às dificuldades, o dízimo é facilmente esquecido. A fidelidade para com Deus,
em relação ao dízimo, deve ser exercida em todas as circunstâncias da vida.

e) Deve ser feito com regularidade. Veja o que a Bíblia ensina: “No primeiro dia da
semana, ponha de parte o que puder ajuntar”, 1 Co 16: 2. O texto estabelece o princípio da
fidelidade com regularidade. Significa que a contribuição deve ser sistemática e regular; não de
forma esporádica e sujeita as contingências.

5. DESCULPAS INFUNDADAS DAQUELES QUE NÃO DIZIMAM.

Para não dizimar, alguns crentes usam algumas desculpas infundadas.

5.1. Não entrego o dízimo, mas dou ofertas. O dízimo é santo ao Senhor, Lv 27: 30-32;
Mt 3: 10. A Lei que ensina a dizimar não foi revogada. Oferta não é dízimo, é uma contribuição
voluntária, a parte do dízimo.

5.2. Eu administro o meu dízimo. Muitos crentes, em vez de entregarem os seus dízimos na
igreja, preferem enviar para outras pessoas, outros fins. Esta é uma prática que não tem apoio
bíblico. A Bíblia ordena: “Trazei... à casa do tesouro”. O dízimo deve ser entregue publicamente
na igreja, onde o crente é membro ou congregado. Os 10% pertencem ao Senhor. Os 90%
pertencem ao crente. Se o crente quer ajudar alguém ou uma instituição, que o faça com dos seus
90%, e não com os 10%, que pertencem ao Senhor, à Casa do Tesouro.

5.3. Não entrego o dízimo porque ganho pouco. Isto é injustificável. Sendo o dízimo
percentual, ele é proporcional... É cálculo justo, igual para todos (10%). Jesus não olha apenas o
que damos, mas o que nos sobra! (veja o caso da viúva pobre, ele percebeu que não lhe sobrou
nada). Lc 21: 1-4; Mt 25: 21,23.
5.4. Não entrego o dízimo porque não sobra. O dízimo deve ser as “primícias” para
Deus. Deve ser dado pela fé. Deus está em primeiro lugar, e deve ocupar o primeiro lugar em nossa
vida, e também no orçamento.

5.5. Não entrego o dízimo porque não concordo com a administração da igreja.
Ao entregarmos os dízimos ao Senhor, estamos entregando para Deus e manutenção de sua Obra.
Meu dever, meu culto a Deus é entregar o dízimo à casa do tesouro. Daí pra frente à
responsabilidade é do administrar da igreja, não compete a mim. Os administradores terão que
prestar contas da sua administração a Deus. E você prestará contas do dízimo que não entregou ao
Senhor. Devemos entregar os dízimos na igreja onde somos membros ou congregados.

Conclusão:

Não há uma distinção essencial entre o dízimo do Antigo e do Novo Testamento. No


primeiro, era parte da Aliança, para o povo que a ela pertencia e envolvia compromisso. Era um
princípio e valor espiritual, um privilégio concedido ao povo da antiga Aliança, jamais era uma
imposição de Deus. No Novo Testamento, não é diferente. Cada participante da Igreja de Cristo
tem um compromisso assumido através dos votos Sagrados feitos diante de Deus perante a sua
igreja. No Antigo Testamento, o dízimo era regido pela Lei, observando o princípio de culto, e
reconhecimento da soberania de Deus. No Novo Testamento o dízimo é impulsionado pelo amor,
pela devoção e desejo sincero da prática de culto e obediência aos princípios da Nova Aliança.
Portanto, quando se considera o caráter contínuo da Aliança, não é possível que uma pessoa
verdadeiramente regenerada, convertida, justificada e adotada como família da aliança, não se sinta
movida a uma verdadeira adoração ao autor, provedor e sustentador da Nova aliança: “Porque
dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!” (Rm 11: 36).

Referências Bibliográficas.

GILBERTO, Antonio et al. Teologia Sistemática Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
GONÇALVES. José. Revistas jovens e adultos, 1º trimestre. Rio de Janeiro. CPAD, 2012.
LIMA, Alexandre Rodrigues. Dízimos e ofertas à luz da Bíblia. 2. ed. Brasília: VP, 2009.
PEARLMAN, M. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. 8 ed. Miami: VIDA, 1984
SILVA, Antônio et al. Manual de doutrinas das Ass. De Deus. 6 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
STAMPS, D.C. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
THIESSEN, H.C. Palestras em Teologia Sistemática. 3 ed. São Paulo: IBR, 1994.

Pastor presidente Bahia

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