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Pr. Bahia
O crente que é fiel nos dízimos e ofertas haverá de usufruir abundantemente das ricas
bênçãos que o Senhor o reservou em sua suficiência. Muitos crentes dizem que a prática do dízimo
foi só para a época da Lei, no Antigo Testamento. Hoje, nós estamos na época da graça, do Novo
Testamento, não precisamos dizimar. Tais pensamentos e atitudes não tem respaldo bíblico.
“... fazei prova de MIM... diz o SENHOR... abrir as janelas do céu... derramar sobre vós
uma bênção tal que não haja lugar suficiente para a recolherdes”, Ml 3: 10.
A prática dos dízimos e ofertas nas Igrejas canal de bênção e seus membros e
congregados, seguem os ensinamentos bíblicos, tanto do Antigo como do Novo Testamento.
Dízimo, literalmente significa a décima parte de tudo que produzimos, dos nossos
rendimentos, antes de efetuarmos o pagamento de qualquer despesa. O dízimo não é nosso, é um
bem alheio que pertence a Deus. E se é Dele, nós temos que devolver aquilo que é seu por direito.
Ofertas são doações voluntárias, apresentadas a Deus em agradecimento pelo recebimento
dos favores Dele recebidos.
a) Dízimos. Asar e Ma’aser. No Antigo Testamento encontramos duas palavras que definem o
dízimo. Asar, encontrada nos seguintes textos, Gn 28: 22; Dt 14: 22; 26: 12; 1 Sm 8: 15,17; Ne
10: 37,38. Ma’aser, encontrada em, Gn 14: 20; Lv 27: 30-32; Dt 12: 6,11,17; Ml 3: 8,10. Ambas
significam a “décima parte”.
b) Ofertas. Diversos termos definem a palavra oferta no Antigo Testamento. Um dos termos
hebraicos mais citados é minchãh, (que aparece mais de 200 vezes no Antigo Testamento) e
significa oferta, dom, presente ou sacrifício, Gn 4: 3; 32: 13-15; 43: 11; 1 Rs 10: 25; Jz 3: 15-
23; 2 Sm 8: 2. Outro termo é terûmãh, e significa oferta alçada, oferta ou oblação, é encontrado
cerca de 70 vezes no Antigo Testamento, Êx 25: 2; 35: 29; 36: 3; Lv 7: 16; 22: 18. Vejamos
alguns tipos de ofertas na Antiga Aliança:
● Oferta em Agradecimento. Era uma oferta oferecida a Deus pelos imerecidos favores por
Ele recebidos, Lv 3: 11.
● Oferta Voluntária. Era apresentada a Deus como agradecimento por uma bênção recebida e
tinha caráter de ações de graças, Lv 22: 23.
a) É um dever de todo crente. “Trazei os dízimos à Casa do Tesouro (Igreja)”, isto é uma
responsabilidade de todo crente, (Ml 3: 10). É a entrega a Deus, amorosa e voluntária do que
possuímos. Isto é, os rendimentos dos 10%, 1 Co 4: 2.
2.2. Por meio das ofertas e dízimos, mostramos a Deus nossa alegria, 2 Co 9: 7.
2.3. Por intermédio do dar, expomos a Deus um coração voluntário, Êx 25: 1,2.
● Para a criação;
A prática do dízimo é muito antiga. Podemos afirmar que é tão antiga quanto à raça
humana. Babilônios, gregos, romanos, árabes e outros povos pagavam o dízimo.
a) Voluntário. Ninguém pediu o dízimo a Abraão. Não foi pedido por Melquisedeque, mas
oferecido espontaneamente por Abraão. Não foi exigido pela lei, porque Abraão viveu 400 anos
antes da lei ser dado por Moisés.
c) Um tributo de gratidão a Deus. Foi um ato de gratidão a Deus, pela vitória alcançada
contra os inimigos, Gn 14: 20.
e) Bênçãos e recompensas. Notemos ainda que Abraão foi abençoado por Deus, tanto
material como espiritualmente. Essa é a experiência através dos séculos, daqueles que têm sido
fiéis a Deus nos dízimos e ofertas.
3.2. Dízimo de Jacó, Gn 28: 18-22.
3.2.1. O dizimo e a adoração. O dízimo de Jacó também foi voluntário, por gratidão e
como um ato de adoração a Deus.
3.1.2. O dízimo e a experiência religiosa. O voto de dar o dízimo foi feito por Jacó depois
de uma profunda experiência espiritual.
3.1.3. O dízimo e a bênção de Deus. Jacó foi grandemente abençoado por Deus, como foi
seu pai Isaque e seu avô Abraão, que receberam bênçãos materiais e espirituais.
3.3.1. O dever de dizimar, Lv 27: 30-32, Dt 14: 22. Foi na Lei que Deus estabeleceu
princípios para a entrega dos dízimos. Nela foram incorporadas várias práticas já estabelecidas
pelo costume entre o povo de Deus. A Lei sancionou com a autoridade divina o costume antigo,
a prática do dízimo entre o povo de Israel. Uma coisa interessante é que a Lei determinava a
entrega da décima parte das sementes e de animais, anualmente. A Lei não requeria, não
contemplava (a tradição, sim) a décima parte das sementes usadas para o tempero, tais como
hortelã, endro ou arruda, cominho, Mt 23: 23; Lc 11: 42. Mas os fariseus, querendo ir mais além
da Lei, impressionar a Deus, preocupavam-se com o dízimo até mesmo em relação às menores
ervas, o qual era pago de acordo com os ditames da tradição, não da Lei de Moisés.
3.3.2. A finalidade do dízimo, Nm 18: 20-32. Esses textos bíblicos esclarecem a finalidade
do dízimo - o sustento e manutenção da obra do Senhor. A tribo de Levi não recebeu nenhuma
porção, herança da terra, quando esta foi dividida. Deveriam ser sustentadas pelas demais tribos,
para que se dedicassem inteiramente aos serviços sagrados.
3.3.3. Beneficência, Dt 14.22-29. Aqui se acrescenta a ideia de que o dízimo era também para
o amparo aos necessitados - estrangeiros, órfãos, viúvas, Dt 26: 12-15.
3.4.1. O que deveria ser dizimado. Os hebreus deveriam dizimar tanto dos bens agrícolas
como de animais, Lv 27: 30-32.
3.4.2. A quem eram entregues os dízimos. De acordo com a Lei, os dízimos deveriam ser
entregues aos sacerdotes e levitas constituídos para o ministério do culto, Nm 18: 21-32.
3.4.3. Onde deveria ser entregue os dízimos. Deus estabeleceu, pelo menos, dois locais
para a entrega dos dízimos: o Tabernáculo, durante a peregrinação no deserto; e o Templo de
Jerusalém, após a sua construção, Dt 12: 1-14; 14: 22-29; Ml 3: 10.
Jesus não veio revogar, anular o dízimo, ele cumpriu toda a lei, Mt 5: 17. Ele aprendeu
todo o sistema de sacrifícios do judaísmo com seus pais, Lc 2: 21-24; Lv 12: 6-8. Não censurou
os Judeus na prática dos seus dízimos, Mt 23: 23; 9.13; Lc 11: 42; 18.12; Mt 5: 20. Jesus pagou
o imposto do templo, Mt 17: 24-27; Êx 30: 13. Ensinou sobre o pagamento dos impostos e a
entrega dos dízimos a Deus, Mt 22: 15-22.
Dirá alguém: “não há nenhum mandamento para dar o dízimo, no Novo Testamento”. De
fato, não há, nem haveria necessidade de tal instrução. Tratava-se de uma prática generalizada. Um
mandamento sobre o dízimo seria, no dizer do povo: “chover no molhado”, uma vez que essa
prática era normal, tanto entre os judeus como os crentes primitivos.
Em Hebreus 7: 1-10, Melquisedeque é figura de Cristo. Quando Abraão deu o dízimo a
Melquisedeque, estava entregando ao próprio Cristo. Jesus, pois, recebe dízimos até hoje dos
crentes fiéis, através da igreja que Ele instituiu e incumbiu da propagação do evangelho.
Outro aspecto que devemos observar dentro do Novo Testamento, é que o dízimo deve ser
usado no sustento do ministério sagrado, Mt 10: 10; Lc 10: 7; 1 Co 9: 7-14. O apóstolo Paulo fala
do dever que as igrejas têm de sustentarem condignamente os seus obreiros, missionários e
ministros do evangelho. No verso 14 o apóstolo conclui: “Assim ordenou também o Senhor aos
que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho”. Trata-se de uma ordem dada pelo próprio
Cristo, cuja autoridade precisa ser respeitada.
Do mesmo modo como foram sustentados os sacerdotes no Antigo Testamento, os
dízimos de hoje são aplicados na igreja, na manutenção da obra (água, luz, construções), na
divulgação do Evangelho de Jesus Cristo.
a) Deve ser feita com alegria, 2 Co 9: 7. Essa alegria refere-se ao prazer de poder contribuir
para a obra e de ser participante dela.
c) Deve ser conforme o seu ganho real, 1 Co 16: 2. O dízimo é uma questão de fé e
obediência. A fé não dúvida das promessas do Senhor e a obediência propicia o cumprimento
dessas promessas divinas. Quando o crente recebe o seu salário mensal, quinzenal ou semanal,
deve, imediatamente, separar o que pertence ao Senhor. Não use o dinheiro do dízimo para outra
coisa, mas o entregue à “Casa do Senhor” para que nela haja mantimento, Ml 3: 10.
d) Deve ser feito com fidelidade. Um dos grandes tropeços espirituais de muitos crentes está
no fato de que, quando tudo transcorre bem na vida cotidiana, eles contribuem com seus dízimos,
mas quando vem às dificuldades, o dízimo é facilmente esquecido. A fidelidade para com Deus,
em relação ao dízimo, deve ser exercida em todas as circunstâncias da vida.
e) Deve ser feito com regularidade. Veja o que a Bíblia ensina: “No primeiro dia da
semana, ponha de parte o que puder ajuntar”, 1 Co 16: 2. O texto estabelece o princípio da
fidelidade com regularidade. Significa que a contribuição deve ser sistemática e regular; não de
forma esporádica e sujeita as contingências.
5.1. Não entrego o dízimo, mas dou ofertas. O dízimo é santo ao Senhor, Lv 27: 30-32;
Mt 3: 10. A Lei que ensina a dizimar não foi revogada. Oferta não é dízimo, é uma contribuição
voluntária, a parte do dízimo.
5.2. Eu administro o meu dízimo. Muitos crentes, em vez de entregarem os seus dízimos na
igreja, preferem enviar para outras pessoas, outros fins. Esta é uma prática que não tem apoio
bíblico. A Bíblia ordena: “Trazei... à casa do tesouro”. O dízimo deve ser entregue publicamente
na igreja, onde o crente é membro ou congregado. Os 10% pertencem ao Senhor. Os 90%
pertencem ao crente. Se o crente quer ajudar alguém ou uma instituição, que o faça com dos seus
90%, e não com os 10%, que pertencem ao Senhor, à Casa do Tesouro.
5.3. Não entrego o dízimo porque ganho pouco. Isto é injustificável. Sendo o dízimo
percentual, ele é proporcional... É cálculo justo, igual para todos (10%). Jesus não olha apenas o
que damos, mas o que nos sobra! (veja o caso da viúva pobre, ele percebeu que não lhe sobrou
nada). Lc 21: 1-4; Mt 25: 21,23.
5.4. Não entrego o dízimo porque não sobra. O dízimo deve ser as “primícias” para
Deus. Deve ser dado pela fé. Deus está em primeiro lugar, e deve ocupar o primeiro lugar em nossa
vida, e também no orçamento.
5.5. Não entrego o dízimo porque não concordo com a administração da igreja.
Ao entregarmos os dízimos ao Senhor, estamos entregando para Deus e manutenção de sua Obra.
Meu dever, meu culto a Deus é entregar o dízimo à casa do tesouro. Daí pra frente à
responsabilidade é do administrar da igreja, não compete a mim. Os administradores terão que
prestar contas da sua administração a Deus. E você prestará contas do dízimo que não entregou ao
Senhor. Devemos entregar os dízimos na igreja onde somos membros ou congregados.
Conclusão:
Referências Bibliográficas.
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