Meditacao Matinal Diaria 2023

2023, Ellen G.
White
Falar com Deus
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Todos os direitos em língua portuguesa reserva-

dos às Edições Vida Plena.
1ª Edição | Janeiro de 2023
Impresso em junho de 2022
5 000 exemplares
Printed in Brazil
Impresso na oficina gráfica
das Edições Vida Plena Supervisão geral: Joel Ramos da Silva
Gerente financeiro: Elson Wittmann Agoeiro
Rua Flor de Cactus, 140 Compilação: Antônio Machado de Souza, He-
CEP 08597-640 ber Lopes, Jony Santos, Dorval Fagundes e Na-
Itaquaquecetuba (SP) thiel Benício
Tradução, preparação de texto e revisão: Dor-
Telefone: val Fagundes
(11) 2198-1800 Projeto gráfico (capa): Emerson Freire
E-mail: Salvo indicações em contrário, a versão bíblica
redacao@emvp.com.br usada é a Almeida, Revista e Corrigida.
Prefácio
O
Espírito de Profecia diz que a “oração é o abrir do coração a Deus como
a um amigo. Não que isso seja necessário para que Deus saiba quem so-
mos, mas para nos habilitar a recebê-lO. A oração não faz Deus descer
até nós, mas nos eleva até Ele (Caminho a Cristo, p. 59).”
O ato de orar, em si, não tem valor algum. Existem várias religiões que ba-
seiam seu foco nas preces (a Deus ou a outras divindades), mas isso não é ga-
rantia de que essas orações alcançam de fato a Deus ou atingem algum objetivo
válido. A oração é uma ferramenta, e não passa disso. Usada adequadamente, é
a chave que abre os celeiros de bênçãos celestes. No entanto, existe a forma, o
local e a maneira certa de se aproximar do Criador.
A meditação deste ano traz respostas a todas essas perguntas e a muitos ou-
tros questionamentos.
A União Norte Brasileira, na Assembleia Reorganizadora de 2021, criou de
forma inédita o Departamento de Intercessão, que visa animar os irmãos e ami-
gos da igreja a buscarem a Deus pela oração e pela prece. Esse departamento
liderou uma equipe que efetuou ampla pesquisa nos textos publicados de Ellen
G. White pautados no tema da oração, da intercessão e de assuntos relaciona-
dos. O resultado dessa pesquisa se encontra nestas páginas, as quais certamente
tocarão a alma de todo o público reformista de fala portuguesa.
“Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo” (Marcos
13:33). De acordo com estas palavras de nosso Salvador, agora é o momento
mais adequado da história para orar e vigiar, pois ninguém sabe o tempo exato
do retorno do Filho de Deus.
Por isso, reúna diariamente sua família (ou leia sozinho, caso não tenha uma
família ou esteja distante da sua) e apreciem juntos os textos diários desta me-
ditação. Certamente as solenes mensagens deste livro ajudarão você a se apro-
ximar cada vez mais do querido Salvador.
— Edições Vida Plena —

Índice de tópicos mensais
Janeiro — Definindo a oração

Fevereiro — A importância da prece
Março — O mais poderoso recurso
Abril — “Entra no teu quarto”
Maio — A mãe no altar da intercessão
Junho — Oração e fé
Julho — A oração e a Palavra
Agosto — O lugar da prece na adoração
Setembro — Vidas dedicadas à oração
Outubro — A casa de oração
Novembro — Um povo que ora
Dezembro — A família no altar da intercessão
A
prece é a respiração da alma. É o segredo do poder espiritual. Nenhum
outro meio de graça a pode substituir sem prejuízo para a saúde da
alma. A oração põe a alma em contato imediato com a Fonte da vida e
fortalece os nervos e músculos da vida religiosa. Negligencie o ato de
orar ou a ele se entregue vez ou outra, segundo a conveniência, e você perderá
a firmeza em Deus. As faculdades espirituais perdem a vitalidade, e faltam saúde
e vigor à experiência religiosa. [...]
Como é maravilhoso poder orar com eficácia! Indignos e faltosos mortais
possuírem o poder de apresentar a Deus os seus pedidos! Que poder maior o
ser humano pode desejar do que este, de estar unido ao infinito Deus? O homem
fraco e errante tem o privilégio de falar com o Criador. Podemos proferir pala-
vras que cheguem ao trono do Rei do Universo. Podemos falar com Jesus ao ca-
minhar, e Ele diz: “Acho-Me à tua mão direita” (Salmos 16:8). — Mensagens aos
jovens, p. 250.
1º de janeiro Definindo a oração
Um amigo sempre à disposição

O homem que tem muitos amigos pode congratular-se, mas
há amigo mais chegado do que um irmão (Provérbios 18:24).
através da natureza, da revelação, da Providência e da influência do Espí-
É rito Santo que Deus nos fala. Mas isso não é suficiente; precisamos também
entregar-Lhe o nosso coração. A fim de que tenhamos vida e energia espi-
ritual, devemos ter uma relação viva com nosso Pai celestial. [...] Para co-
mungar com Deus, devemos ter alguma coisa para Lhe dizer a respeito da nossa
vida.
A oração é o abrir do coração a Deus como a um amigo. Não que isso seja
necessário para que Deus saiba quem somos, mas para nos capacitar a recebê-
lO. A oração não faz Deus descer até nós, mas nos eleva a Ele.
Quando esteve na Terra, Jesus ensinou Seus discípulos a orar. Ele os instruiu
a apresentar as necessidades diárias perante Deus e a lançar sobre Ele todas as
preocupações pessoais. A mesma certeza que lhes deu, de que suas petições se-
riam ouvidas, também nos é dada.
Quando esteve na Terra, o próprio Jesus estava em constante oração. O Sal-
vador Se identificou com nossas necessidades e fraquezas a ponto de Se tornar
um suplicante, buscando do Pai novos suprimentos de força a fim de que pu-
desse sair fortalecido para enfrentar os deveres e as provações. Ele é nosso
exemplo em todas as coisas. É um irmão em nossas fraquezas, pois “como nós,
em tudo foi tentado”, mas sendo Aquele que nunca pecou, Sua natureza se afas-
tava do mal. Suportava as lutas e torturas de um mundo cheio de pecado. Sua
humanidade fez da oração uma necessidade e um privilégio. Encontrava con-
forto e alegria na comunhão com o Pai. E se o Salvador da raça humana, o Filho
de Deus, sentia necessidade de orar, quanto mais deveriam frágeis e mortais
pecadores sentir a necessidade de constante e fervorosa oração. — Caminho a
Cristo, p. 94.
6 Meditação diária 2023 — Falar com Deus

Definindo a oração 2 de janeiro
O Deus que sempre socorre

Orai sem cessar (1 Tessalonicenses 5:17).
N
osso Pai celestial deseja derramar sobre nós a plenitude das bênçãos di-
vinas. É nosso privilégio beber em grande medida da fonte de amor ili-
mitado. É surpreendente notar que oramos tão pouco! Deus está pronto
e sempre disposto a ouvir a oração sincera do mais humilde de Seus fi-
lhos, e, apesar disso, hesitamos tanto em levar-Lhe nossas necessidades! O que
os anjos celestiais devem pensar desses pobres homens e mulheres, pessoas su-
jeitas à tentação, quando o coração de Deus, infinito em amor, inclina-se para
eles, pronto a lhes dar mais do que podem pedir ou pensar, e eles oram tão
pouco e têm uma fé tão pequenina? [...]
As trevas do maligno envolvem os que negligenciam a oração. As tentações
sussurradas pelo inimigo os levam a pecar; e tudo isso porque não se utilizam
dos privilégios que Deus lhes deu, os quais podem ser acessados pela oração.
Por que deveriam os filhos e filhas de Deus ser tão vagarosos em orar quando a
oração é a chave nas mãos do crente para abrir os depósitos do Céu, onde estão
guardados os ilimitados recursos da Onipotência? Sem oração constante e vigi-
lância persistente, corremos o risco de ficar cada vez mais descuidados e de nos
desviar do caminho reto. O adversário procura continuamente obstruir o cami-
nho para o trono de misericórdia a fim de que não consigamos alcançar, por
meio da súplica e fé, a graça e o poder para resistir à tentação. — Caminho a
Cristo, p. 95.
Meditação diária 2023 — Falar com Deus 7

3 de janeiro Definindo a oração
A grande necessidade humana

Se eu atender à iniquidade no meu coração, o Senhor não
me ouvirá (Salmos 66:18).
P
or si mesma, nossa grande necessidade é um argumento e intercede for-
temente por nós. Contudo, é necessário que busquemos ao Senhor para
que Ele opere essas coisas por nós. Ele diz: “Pedi, e dar-se-vos-á” (Mateus
7:7). E “Aquele que não poupou o Seu próprio Filho, antes, por todos nós O
entregou, porventura, não nos dará graciosamente com Ele todas as coisas?” (Ro-
manos 8:32).
Se nutrirmos o mal no coração, se conscientemente nos apegarmos a algum
pecado, o Senhor não nos ouvirá; mas a prece que vem do coração arrependido
e contrito será sempre aceita. Quando todos os erros conhecidos forem corrigi-
dos, podemos crer que Deus responderá nossos apelos. [...]
A certeza que Ele nos dá é ampla e ilimitada, e fiel é Aquele que prometeu.
Se não recebemos exatamente aquilo que pedimos no tempo desejado, mesmo
assim devemos crer que o Senhor nos ouve e que atenderá às nossas orações.
Somos tão falhos e nossa visão é tão curta que às vezes pedimos coisas que não
nos seriam uma bênção, e nosso Pai celestial amorosamente nos atende às ora-
ções dando-nos aquilo que é para o nosso maior bem, aquilo que nós mesmos
desejaríamos se recebêssemos o dom de enxergar todas as coisas do modo que
Deus as vê na realidade. Quando nossas orações ficam aparentemente sem res-
posta, devemos nos apegar à promessa, pois certamente chegará o momento de
serem atendidas, e receberemos a bênção de que mais precisamos. — Caminho
a Cristo, pp. 95 e 96.

4Definindo a oração
de janeiro
A persistência na oração
Perseverai em oração, velando nela com ação de graças
(Colossenses 4:2).
S
e dermos lugar a nossas dúvidas e medos, ou tentarmos resolver tudo
aquilo que não podemos ver claramente antes de ter fé, as perturbações
apenas aumentarão e se aprofundarão. Mas se nos voltarmos para Deus
do jeito que somos, convencidos do nosso desamparo e dependência; se
com humildade e confiante fé levarmos nossas necessidades Àquele cujo conhe-
cimento é infinito, que tudo vê em Sua criação e que tudo governa por Sua von-
tade e Palavra, então Ele atenderá nosso clamor e fará com que Sua luz brilhe
em nossa alma. Por meio da oração sincera, somos ligados com a mente do Infi-
nito. Pode ser que ao contemplarmos o rosto do nosso Redentor não vejamos
os fortes indícios de que Ele Se inclina sobre nós em compaixão e amor, mas é
isso que realmente acontece. Podemos não sentir o toque divino, mas Sua mão
compassiva e amorosa está sobre nós. [...]
Persistir em oração é a condição para receber a resposta. Devemos orar
sempre se quisermos crescer na fé e na experiência. Devemos ser persistentes
na oração (Romanos 12:12) e vigiar “com ações de graças” (Colossenses 4:2).
Pedro incentiva os crentes a serem “sóbrios a bem das vossas orações” (1 Pedro
4:7). Paulo orienta: “Sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela
oração e pela súplica, com ações de graça” (Filipenses 4:6). “Vós, porém, amados”,
diz Judas, “orando no Espírito Santo, guardai-vos no amor de Deus” (Judas 1:20 e
21). A oração incessante é a inquebrantável união da alma com Deus, para que
a vida que vem de Deus flua para a nossa vida; e, da nossa vida, pureza e santi-
dade fluam de volta para Deus. — Caminho a Cristo, pp. 97 e 98.

Como dar vida a uma oração?

Mas Pedro, fazendo-as sair a todas, pôs-se de joelhos e orou;
e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os
olhos e, vendo a Pedro, assentou-se (Atos 9:40).
C
omo crentes em Cristo, necessitamos de uma fé maior. Importa que seja-
mos mais fervorosos na oração. Muitos se perguntam sobre o porquê de
suas orações terem tão pouca vida, a fé ser tão fraca e vacilante e a vida
cristã ser tão sombria e incerta. Não temos jejuado e andado “de luto di-
ante do Senhor dos Exércitos?” [Isaías 58:6 e 7 é citado aqui]. Essa é a fórmula
receitada por Cristo para curar a alma desfalecida, duvidosa e tremente: que os
tristes, que andam se lamentando na presença de Deus, se levantem e ajudem
alguém que esteja em necessidade.
Toda igreja precisa do poder controlador do Espírito Santo, e é agora o
tempo de orar por ele. No entanto, o objetivo de Deus em todo o trabalho em
favor do homem é que o ser humano coopere com Ele. Por isso, o Senhor suplica
à igreja que tenha maior piedade, um senso mais justo de dever, uma compre-
ensão mais clara das próprias obrigações para com o Criador. Suplica-lhes que
sejam um povo puro, santificado e ativo. E a obra de auxílio cristão é um dos
meios de se conseguir isso, pois o Espírito é concedido a todos os que fazem o
serviço de Deus.
Todo tesouro celestial está à espera para ser sacado por toda alma que tra-
balha com Cristo. Quando os membros de nossa igreja iniciarem individual-
mente a tarefa que lhes é indicada, serão envolvidos por uma atmosfera muito
diferente. As atividades serão acompanhadas de bênçãos e poder. Experimen-
tarão um cultivo mais amplo do espírito e do coração. Será vencido o egoísmo
que paralisava a alma. A fé será um princípio vivo. As orações serão muito mais
fervorosas. Deus derramará sobre eles a vivificante e santificadora influência do
Espírito Santo, e isso os aproximará do reino de Deus. — Testemunhos seletos,
vol. 2, p. 504.

Intimidade com Deus

Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para
que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de ser-
mos ajudados em tempo oportuno (Hebreus 4:16).
A
inda que exista uma atmosfera contaminada ao nosso redor, não somos
obrigados a respirar esses fedores. Em vez disso, podemos viver no ar
puro do Céu. Poderemos fechar a porta para a imaginação impura e os
pensamentos não santificados se elevarmos o coração à presença de
Deus por meio da prece sincera. Aqueles cujo coração estiver aberto para rece-
ber o apoio e a bênção de Deus andarão em uma atmosfera mais santa do que a
da Terra e manterão comunhão constante com o Céu. [...]
Leve as necessidades, alegrias, tristezas, preocupações e temores a Deus.
Você não conseguirá sobrecarregá-lO nem deixá-lO cansado. [...] O coração di-
vino cheio de amor se enternece com nossas tristezas, até mesmo quando não
as pronunciamos. Entregue a Ele tudo que lhe perturba a mente. Nada é grande
demais para Deus suportar, pois Ele é que mantém os mundos e governa o uni-
verso. Nada daquilo que de alguma forma está ligado à nossa paz é pequeno de-
mais para que Ele não note. Não há um só capítulo da nossa existência que seja
demasiado escuro para que Ele não possa ler, nem dificuldade alguma tão com-
plicada que não possa resolver. Nenhuma calamidade poderá atingir o mais hu-
milde dos Seus filhos, ansiedade alguma que lhe perturbe a alma, nenhuma ale-
gria que possa ter, nenhuma oração sincera que lhe escape dos lábios sem que
seja observada pelo Pai celestial, ou sem que Lhe desperte imediato interesse.
As relações entre Deus e cada pessoa são tão íntimas e plenas que é como se não
houvesse nenhum outro ser humano por quem tivesse entregado o próprio Fi-
lho. — Caminho a Cristo, p. 100.

Entre o monte da oração e o convívio social

Falarei da magnificência gloriosa da tua majestade e das
tuas obras maravilhosas. E se falará da força dos teus feitos terríveis;
e contarei a tua grandeza (Salmos 145:5 e 6).
D
eus não espera que nos tornemos eremitas ou monges e que nos isole-
mos do mundo para depois nos interessarmos em atos de adoração.
Nossa vida deve ser igual à de Cristo, nos dividindo entre o monte da
oração e o contato com as multidões. Aquele que nada faz além de orar,
logo abandonará essa prática. As orações finalmente se tornarão uma formali-
dade rotineira. [...]
Sofremos uma perda quando negligenciamos o privilégio de nos reunir para
fortalecer e animar uns aos outros no serviço de Deus. As verdades da Palavra
perdem o encanto e a importância para nossa mente. Nosso coração deixa de
ser iluminado e comovido por Sua influência santificadora, e nossa espirituali-
dade declina. Perdemos muito em nossas relações como cristãos por falta de
simpatia entre nós. Aquele que se fecha em si mesmo não pode preencher a po-
sição que Deus lhe designou. O cultivo adequado dos elementos sociais de nossa
natureza desenvolve a simpatia de uns pelos outros e é uma forma de nos fazer
crescer e fortalecer para o serviço de Deus.
Se os cristãos estivessem unidos e falassem uns com os outros sobre o amor
de Deus e as preciosas verdades da redenção, a alma deles seria renovada e po-
deriam ajudar uns aos outros. Devemos aprender diariamente com o Pai celes-
tial, e sempre obter dEle uma nova experiência de graça; só então desejaremos
falar do amor divino. Ao assim fazermos, nosso próprio coração ficará confor-
tado e animado. Se pensarmos e falarmos mais de Jesus e menos do próprio eu,
teremos muito mais de Sua presença conosco. — Caminho a Cristo, p. 101.

Razões para amar a Deus

Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas peti-
ções sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e
súplicas, com ação de graças (Filipenses 4:6).
S
e pensássemos em Deus tantas vezes quantas percebemos os indícios do
cuidado divino por nós, teríamos Jesus sempre em nossos pensamentos e
nos deleitaríamos em falar dEle e em louvá-lO. Falamos de coisas materi-
ais porque nos interessamos por elas. Falamos de nossos amigos porque
os amamos; partilhamos nossas alegrias e tristezas com eles. Temos, no en-
tanto, razões muito maiores para amar mais a Deus do que aos amigos terres-
tres. Deveria ser a atitude mais natural do mundo fazer dEle o primeiro em to-
dos os nossos pensamentos, falar da bondade divina e contar aos outros do po-
der de Deus. [...]
Nossas atividades devocionais não deveriam se resumir a pedir e receber.
Não pensemos só naquilo que precisamos e nunca nas bênçãos que temos rece-
bido. Não costumamos orar muito, mas somos ainda mais reservados em dar
graças. Estamos continuamente recebendo as misericórdias divinas e, no en-
tanto, expressamos tão pouca gratidão e louvamos muito pouco a Deus pelo que
fez por nós.
No passado, Deus instruiu o povo de Israel ao se reunir para o culto ao Se-
nhor: “Lá, comereis perante o Senhor, vosso Deus, e vos alegrareis em tudo o
que fizerdes, vós e as vossas casas, no que vos tiver abençoado o Senhor, vosso
Deus” (Deuteronômio 12:7). Aquilo que é feito para a glória de Deus deve ser
feito com alegria, cânticos de louvor e ações de graça, não com tristeza e aspecto
sombrio. — Caminho a Cristo, pp. 102 e 103.

Uma defesa eficiente

E será que, antes que clamem, eu responderei; estando eles
ainda falando, eu os ouvirei (Isaías 65:24).
O
Céu ordenou a oração como um meio de alcançar o sucesso no conflito
contra o pecado e no desenvolvimento do caráter cristão. As influências
divinas que vêm em resposta à oração da fé produzirão na alma de quem
suplica tudo o que essa pessoa procura. Podemos pedir o perdão do pe-
cado, o Espírito Santo, a natureza cristã, sabedoria e fortaleza para realizar a
obra divina, ou seja, todos os dons que Ele prometeu, e a promessa é: “Recebe-
reis”.
Foi no monte com Deus que Moisés contemplou o modelo da maravilhosa
estrutura que devia ser o lugar de habitação da glória do Senhor. É no monte
com Deus, no lugar secreto da comunhão, que devemos contemplar o glorioso
ideal divino para a humanidade. Em todas as eras, pela comunicação com o Céu,
Deus tem cumprido o propósito divino por Seus filhos mediante o gradual des-
dobrar das doutrinas da graça no espírito deles. — Atos dos apóstolos, p. 564.
Na luta para alcançar o ideal de Deus para si, o cristão não deve se desespe-
rar. A perfeição moral e espiritual mediante a graça e o poder de Cristo é pro-
metida a todos. Jesus é a fonte de poder, a origem da vida. Ele nos leva à Palavra,
e da árvore da vida nos apresenta as folhas para a saúde de almas enfermas de
pecado. Ele nos leva ao trono de Deus, e põe em nossa boca uma oração pela
qual somos levados a íntimo contato com Ele mesmo. Em nosso benefício põe
em operação os instrumentos todo-poderosos do Céu. Em cada passo tocamos
o vivo poder. Deus não estabelece um limite para o progresso dos que desejam
ser “cheios do conhecimento da Sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência
espiritual” (Colossenses 1:9). — Atos dos apóstolos, p. 478.

Orando como Davi

Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e
cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Se-
nhor não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano (Sal-
mos 32:1 e 2).
A
oração de Davi após sua queda ilustra a natureza da verdadeira tristeza
pelo pecado. Seu arrependimento foi sincero e profundo. Não houve es-
forço para diminuir a própria culpa. Essa oração não foi inspirada pelo
desejo de escapar do castigo que o ameaçava. Davi tomou consciência da
grandeza da própria iniquidade, viu a contaminação da mente e passou a odiar
o pecado. Não orou somente pelo perdão, mas também por restauração. Passou
a desejar a alegria da santidade e a restauração da harmonia e da comunhão
com Deus. [...]
Um arrependimento como esse está além do nosso alcance; somente pode-
mos obtê-lo em Cristo, Aquele que subiu ao Céu e concedeu dons aos homens. É
precisamente nesse ponto que muitos erram e deixam de receber o auxílio que
Cristo lhes quer dar. Acham que não podem ir a Cristo sem que primeiro se ar-
rependam, e que o arrependimento preparará o caminho para o perdão dos pe-
cados. É verdade que o arrependimento vem antes do perdão dos pecados, pois
somente o coração quebrantado e contrito sentirá a necessidade de um Salva-
dor. Mas será que o pecador deve esperar até que tenha se arrependido para ir
a Jesus? Será que o arrependimento tem que ser um obstáculo entre o pecador
e o Salvador?
A Bíblia não ensina que o pecador precisa se arrepender antes de atender o
convite de Cristo: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados,
e Eu vos aliviarei” (Mateus 11:28). É a virtude que vem de Cristo que conduz ao
verdadeiro arrependimento. — Caminho a Cristo, p. 26.

Um privilégio diário
Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais
abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, se-
gundo o poder que em nós opera (Efésios 3:20).
C
onsagre-se a Deus pela manhã; faça disso a sua primeira atividade. E ore:
“Toma-me, ó Senhor, para ser Teu inteiramente. Deponho todos os meus
planos a Teus pés. Usa-me hoje para o Teu serviço. Fica comigo, e que
tudo o que eu fizer seja operado por Ti”. Essa é uma questão diária. Cada
manhã consagre-se a Deus para aquele dia. Entregue a Ele todos os planos para
saber se devem ser levados avante ou não, de acordo com o que a Providência
indicar. Assim, dia após dia você poderá entregar a vida nas mãos de Deus, e ela
será moldada cada vez mais segundo a vida de Cristo.
A vida em Cristo é de descanso. Pode não haver êxtase de sentimentos, mas
deve existir uma confiança constante e tranquila. A esperança não deve estar
em si mesmo, mas em Cristo. A fraqueza humana estará ligada à força dEle; a
ignorância à sabedoria divina; a fragilidade ao Seu eterno poder. [...] E ao amá-
lO, imitá-lO e depender inteiramente dEle é que você se transforma à seme-
lhança do Mestre. — Caminho a Cristo, p. 71.
Você se entregou a Deus para ser totalmente dEle, para O servir e Lhe obe-
decer, e aceitou a Cristo como Salvador. Você não pôde expiar os próprios peca-
dos nem conseguiu mudar o próprio coração. Contudo, ao se entregar a Deus,
creu que Ele fez tudo isso em seu favor por amor de Cristo. Você agora pertence
a Cristo pela fé, e pela fé deve crescer nEle pelo processo de dar e receber. Você
precisa entregar tudo — o coração, a vontade, o serviço — entregar a si mesmo
a Ele para obedecer em tudo o que Ele exige de você. Em troca, você recebe tudo
— Cristo, a plenitude de todas as bênçãos, para habitar no coração, para ser sua
força, sua justiça, um constante ajudador a fim de que receba poder para obe-
decer. — Refletindo a Cristo, p. 251.

A necessidade de oração diária

O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas
necessidades em glória, por Cristo Jesus (Filipenses 4:19).
S
e quisermos desenvolver um caráter que Deus aceita, precisamos formar
hábitos corretos em nossa vida religiosa. A oração diária é tão essencial ao
crescimento na graça e à própria vida espiritual, como o alimento físico o
é ao bem-estar do corpo. Devemos nos acostumar a erguer muitas vezes
os pensamentos a Deus em oração. Se a mente vagueia, façamos com que volte.
Por decidido esforço, o hábito finalmente tornará isso fácil. Nem por um mo-
mento podemos nos separar de Cristo com segurança. — Santificação, p. 93.
O Senhor precisa de homens e mulheres que reflitam a luz de um piedoso
exemplo na vida diária. Homens e mulheres devem expressar por palavras e
atos que Cristo habita no coração. Ele exige de homens e mulheres de oração
que, ao lutarem a sós com Deus, alcancem a vitória sobre o eu, e então saiam
para compartilhar com outros aquilo que receberam da Fonte do poder. Deus
aceita aqueles que crucificam o eu, e os torna vasos de honra. Nas mãos dEle,
são como o barro nas mãos do oleiro, e Deus executa a vontade divina por inter-
médio deles. — Signs of the Times, 9 de abril de 1902.
Não há tempo para orar? Não há tempo para dizer ao Senhor: “Precisas man-
ter-me pelo Teu poder”? Deixar o Senhor fora de vista não diminuirá os proble-
mas, mas os multiplicará. O Espírito é tão essencial nas atividades seculares
como é no lugar onde se costuma fazer oração. Aquilo de que todos nós neces-
sitamos é buscar ao Senhor, e a graça do cristão será vista pelas pessoas. Todos
os que O buscam reconhecem que Jesus é um socorro muito presente em todo
o tempo de necessidade. — Filhas de Deus, p. 62.

O segredo da força de Jesus

E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar à parte. E,
chegada já a tarde, estava ali só (Mateus 14:23).
A
força de Cristo se centralizava na oração. [...] Ele Se retirava para os bos-
ques ou montanhas, afastando-Se do mundo e de tudo o mais. Estava a
sós com o Pai. Com intenso fervor derramava súplicas e empenhava toda
a energia da mente em segurar a mão do Infinito. Quando novas e gran-
des provas surgiam, retirava-Se para a solidão dos montes e passava a noite in-
teira orando ao Pai celestial.
Como Cristo é nosso exemplo em tudo, se O imitarmos na oração fervorosa
e insistente a Deus para buscar forças no nome dAquele que nunca cedeu às
tentações de Satanás a fim de resistirmos às astúcias do vil inimigo, não seremos
vencidos por ele. — The Youth’s Instructor, abril de 1873.
O jovem que encontra prazer na leitura da Palavra de Deus e nos momentos
de oração, será constantemente refrigerado por goles da fonte da vida. Atingirá
elevadas alturas de excelência moral e uma intensidade de ideias que os outros
não podem conceber. A comunhão com Deus estimula os bons pensamentos, as
nobres aspirações, percepções claras da verdade e elevados objetivos de ação.
[...] A resistência obtida em oração a Deus nos preparará para os deveres diários.
— The Youth’s Instructor, 18 de agosto de 1898.
Existe poderosa força na oração. Nosso grande adversário está sempre bus-
cando distanciar de Deus a pessoa aflita. Satanás teme muito mais um apelo ao
Céu por parte do mais humilde dos santos do que os decretos dos gabinetes ou
as ordens dos reis. — Signs of the Times, 27 de outubro de 1881.

Um poder que fortalece

Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira
a minha alma por Ti, ó Deus! (Salmos 42:1).
R
odeado por tentações diárias, sofrendo constante oposição por parte dos
líderes do povo, Cristo sabia que precisava fortalecer Sua humanidade
pela oração. Para ser uma bênção aos homens, precisava comungar com
Deus suplicando energia, perseverança e firmeza. Assim mostrou aos
discípulos onde ficava a fonte da força. Sem essa diária comunhão com Deus,
nenhum ser humano pode alcançar poder para o serviço. É privilégio de cada
um se entregar ao amante Pai celestial, com todas as provas e tentações, triste-
zas e desapontamentos pessoais. Ninguém que faça de Deus um confidente pes-
soal cairá presa do inimigo.
“Não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas
fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Che-
guemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar mi-
sericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (He-
breus 4:15 e 16). [...]
Dedique-se aos momentos de oração e exame de consciência. Separe um
tempo diário para o estudo das Escrituras e a comunhão com Deus. Assim você
obterá força espiritual e crescerá em graça e favor para com Deus. Somente Ele
pode encaminhar corretamente os nossos pensamentos. Somente Ele pode nos
dar ambições nobres e moldar nosso caráter à semelhança divina. Se nos apro-
ximarmos de Deus pela oração sincera, Ele nos encherá a mente com elevados
e santos propósitos e sincero anseio por pureza e pensamentos limpos. [...]
Ele comunica as mais ricas bênçãos aos que O servem de coração puro. En-
sina todo aquele que abre o coração às instruções divinas e obedece à voz de
Deus. — The Review and Herald, 10 de novembro de 1910.

O remédio para o coração

Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração,
porque dele procedem as saídas da vida (Provérbios 4:23).
S
er dedicado em guardar o coração é algo essencial a um saudável cresci-
mento na graça. Pensamentos e paixões pecaminosos habitam o coração
em seu estado natural. Ao ser submetido a Cristo, precisa ser purificado
de toda contaminação pelo Espírito. Isso não pode ser feito sem o consen-
timento da pessoa.
Após ser purificado, é dever do crente conservar o coração puro. Muitos
pensam que a religião de Cristo não exige o abandono dos pecados diários e a
destruição de hábitos que mantêm a alma escravizada. Renunciam a algumas
coisas que a consciência condena, mas deixam de representar a Cristo na vida
diária. Não introduzem no lar a semelhança com Cristo. Não demonstram cui-
dado atento na escolha das palavras. Quase sempre falam de modo irritado, im-
paciente, dizendo coisas que despertam as piores paixões no coração humano.
Essas pessoas precisam da presença permanente de Cristo na vida. Apenas na
força dEle é que vão conseguir controlar as palavras e as ações. Precisamos in-
sistir na oração a fim de guardar a mente e ser incansáveis em pedir ajuda ao
trono da graça. Os que proferem o nome de Cristo devem se aproximar de Deus
com fervor e humildade, suplicando auxílio. O Salvador nos mandou que orás-
semos sem cessar. O cristão não pode estar sempre de joelhos, mas os pensa-
mentos e desejos podem estar sempre ligados ao Céu. Se falássemos menos e
orássemos mais, a confiança em nós mesmos se dissiparia. — The Youth’s Ins-
tructor, 5 de março de 1903.
As afeições devem se concentrar em Deus. Contemple a grandeza, a miseri-
córdia e as excelências dEle. Aceite a bondade, o amor e a perfeição de caráter
divinos e deixe o coração ser cativado por eles. — The Review and Herald, 29 de
março de 1870.

O lugar especial
Buscai o Senhor e o Seu poder, buscai perpetuamente a Sua
presença (1 Crônicas 16:11).
R
eserve um ambiente para a oração particular. Jesus tinha lugares especi-
ais para comunhão com Deus, e devemos separar o nosso. Precisamos
nos isolar com frequência em algum canto, por humilde que seja, onde
possamos nos encontrar a sós com Deus. [...]
No lugar secreto de oração, onde olho algum senão o de Deus pode nos ver,
nenhum ouvido senão o dEle pode escutar, temos a oportunidade de exprimir
nossos mais íntimos desejos e anseios ao Pai de infinita piedade. E no sossego e
silêncio da alma, aquela voz que jamais deixa de atender à súplica da necessi-
dade humana, falará ao nosso coração. [...]
A alma que se volta para Deus em busca de ajuda, apoio e poder por meio de
diária e fervorosa oração, terá aspirações nobres, percepções claras da verdade
e do dever, altos propósitos de ação e uma contínua fome e sede de justiça. Man-
tendo comunhão com Deus, seremos habilitados a compartilhar com outros,
pelo convívio, a luz, a paz e a serenidade que reinam em nosso coração. A força
obtida pela prece a Deus, unida ao dedicado esforço em exercitar a mente na
reflexão e no cuidado, prepara a pessoa para os deveres diários e mantém o es-
pírito em paz em todas as circunstâncias. — O maior discurso de Cristo, pp. 84 e
85.
Os que confiam na própria justiça ao invés de confiar na justiça de Cristo,
perderão o prêmio. Serão pesados nas balanças do santuário e achados em falta.
Todo aquele que procura a preciosa dádiva da vida eterna deve desconfiar da
própria força e, com muita prece, lançar o próprio coração desvalido sobre
Cristo. — Signs of the Times, 1º de dezembro de 1890.

Nossa única esperança

Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpá-
veis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual
resplandeceis como astros no mundo (Filipenses 2:15).
[S
atanás] imprime na mente a ilusão de que não existe um diabo pessoal,
e as pessoas que creem nisso não se esforçam para resistir e combater o
que não existe, e os pobres e cegos mortais finalmente adotam este pen-
samento: “Tudo que existe está certo”. Não reconhecem regra alguma que
possa lhes controlar a conduta. Satanás leva muitos a crerem que a oração a
Deus é inútil e apenas uma formalidade. Ele sabe muito bem como a meditação
e a oração são necessárias a fim de manter os seguidores de Cristo despertos
para resistir à astúcia e aos enganos satânicos. Suas ciladas desviarão a mente
desses importantes hábitos com o objetivo de que a alma não se apoie no Todo-
Poderoso em busca de auxílio e forças para resistir aos ataques do mal. — Men-
sagens aos jovens, p. 59.
Nada a não ser profunda experiência individual nos capacitará a resistir à
prova das angústias e tentações que teremos de enfrentar na luta cristã. Quase
sempre nos sentimos bem quando tudo corre suavemente, mas quando as dú-
vidas atacam a alma e Satanás cochicha sugestões infernais, a defesa desaparece
e logo cedemos às seduções do tentador, mal fazendo um esforço para enfrentá-
lo e expulsá-lo. Ter bons impulsos não é suficiente. A alma deve se fortalecer
pela oração e pelo estudo das Escrituras. — Signs of the Times, 26 de outubro de
1904.
Cristo é nossa única esperança. Vá a Deus em nome dAquele que deu a vida
pelo mundo. Descanse na eficácia do sacrifício expiatório. Demonstre que a ale-
gria e o amor divinos habitam em você, e que por isso a sua alegria é completa.
— Manuscrito 24, 1904.

A atitude correta na oração

Assim como o Pai, que vive, Me enviou, e igualmente Eu vivo
pelo Pai, também quem de Mim se alimenta por Mim viverá (João
6:57).
N
ossa vida deve estar ligada à vida de Cristo, receber dEle continuamente,
participando dEle, o Pão vivo que desceu do Céu, e aproveitar uma fonte
sempre fresca, que sempre entrega abundante tesouro. Se tivermos o
Senhor sempre diante de nós e deixarmos o coração transbordar em
ações de graças e louvores a Ele, teremos contínuo frescor em nossa vida religi-
osa. Nossas orações terão a forma de uma conversa com Deus, como se estivés-
semos falando com um amigo. Ele nos falará pessoalmente de Seus mistérios.
Com muita frequência seremos tomados por uma agradável e alegre sensação
da presença de Jesus. Quando Ele Se aproximar para interagir conosco, como
fazia com Enoque, nosso coração quase sempre arderá. Quando essa for real-
mente a experiência do cristão, sua vida revelará simplicidade, mansidão, bran-
dura e humildade de coração que manifestarão a todos com quem se relaciona
que essa pessoa esteve com Jesus e dEle aprendeu.
Naqueles que a possuem, a religião de Cristo se revelará um princípio vitali-
zante e penetrante, uma energia viva, ativa e espiritual. Surgirão a força, o fres-
cor e a alegria da juventude perpétua. — Parábolas de Jesus, pp. 128-130.
A atitude lógica é expor nossos desejos ao sábio Pai celeste e então confiar
totalmente nEle, em perfeita segurança. Sabemos que Deus nos ouve se pedi-
mos em harmonia com a vontade divina. Contudo, é errado insistir em nossas
petições sem um espírito submisso. Nossas orações não devem tomar a forma
de uma ordem, mas de uma súplica. — A ciência do bom viver, p. 230.

Oração = “Hora de agir”

Então, Me invocareis, e ireis, e orareis a Mim, e Eu vos ouvirei
(Jeremias 29:12).
H
á duas espécies de oração — a formal e a da fé. A repetição de frases
prontas e rotineiras quando o coração precisa de Deus, é oração formal.
[...] Devemos ser extremamente cuidadosos em todas as nossas orações
para expressar os desejos do coração e dizer apenas o que pretende-
mos. Todas as palavras lindas, mas vazias, não equivalem a um único desejo
santo. As orações mais elaboradas não passam de repetições inúteis se não ex-
pressam os verdadeiros sentimentos da alma. No entanto, a oração que parte
de uma alma sincera, quando se expressam os desejos simples do coração, as-
sim como pediríamos um favor a um amigo terrestre esperando ser atendidos,
essa é a oração da fé. [...]
Após fazer nossas preces, na medida do possível devemos nós mesmos
atendê-las, e não esperar que Deus faça por nós aquilo que está ao nosso alcance
fazer. O auxílio divino é reservado para todos que o pedem, mas precisa ser
combinado ao esforço, aspiração e energia humanos. Assim, não poderemos
atingir os limites do Céu sem que andemos até lá. Não seremos mantidos pelas
orações de outras pessoas quando nós mesmos não oramos, pois Deus não re-
servou tal ajuda para nós. [...] Os traços desagradáveis de nosso caráter não são
removidos nem substituídos pelos traços puros e amáveis se não nos esforça-
mos para eliminá-los. [...]
Em nosso empenho para imitar o modelo fornecido por Deus, riscaremos
linhas tortas. [...] Mesmo assim, não afrouxemos os esforços. [...] O fracasso mo-
mentâneo deve nos levar a buscar um apoio mais forte em Cristo. — Bible Echo,
novembro de 1887.

A vontade de Deus em nós

Desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque
Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, se-
gundo a Sua boa vontade (Filipenses 2:12 e 13).
F
ale das bênçãos de Deus. Misture [...] o máximo de satisfação à vida.
Quando outros começam a questionar e criticar, decidamo-nos — ou pelo
silêncio ou mudando o rumo da conversa — a eliminar todas as palavras
que não forem sábias. Devemos continuar buscando a presença do Se-
nhor mediante prece e súplica humildes, fazendo todo esforço para vigiar os lá-
bios de modo a não pronunciarmos palavras tolas, com sabor de descrença.
Devemos falar de fé, agindo exatamente de acordo com a graça que pedimos
ao Senhor. Assim, preparamos nossa salvação quando tentamos ajudar e salvar
os que estão em dificuldade por meio de palavras fiéis e atos bondosos. É Deus
quem opera em nós o desejo de seguir e executar Sua vontade. O finito e o infi-
nito devem se unir na realização da obra que precisa ser feita. Deus Se dispôs a
nos conceder força, alegria, prazer e felicidade por meio de nosso Salvador.
Quando estamos nEle, não dizemos nada que prejudique a imagem de outros.
Lembremo-nos de que todos temos uma sombra em nossa experiência. Fa-
çamos o máximo para levar alegria e esperança à vida de outros. Que bênção
isso seria para essas pessoas. Por sua vez, elas dirão palavras de animação a ou-
tros para levar a luz do Sol a esses corações. Ao realizarmos essa obra, seremos
capacitados a reconhecer que o Senhor ouve nossas orações porque agimos em
harmonia com elas, cumprindo todo dever para com Deus e para conosco mes-
mos. Realizaremos nossa obra numa atitude mental de gratidão e prece, mas
pela fé reivindicaremos a promessa: “Pedi e recebereis” (João 16:24), “buscai e
encontrareis” (Mateus 7:7). — Carta 87, 1900.

Poder além da medida

Estai em mim, e eu, em vós; como a vara de si mesma não
pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não
estiverdes em mim (João 15:4).
P
recisamos nos achegar a nosso Ajudador, Aquele que é infinito em sabe-
doria. Ele é nosso Pastor e nosso grande Médico-Missionário e conhece
as aflições pelas quais os crentes passarão sobre a Terra. [...] Foi tentado
em todos os pontos como nós somos tentados. Não nos esqueçamos de
que quando Cristo enfrentou o tentador, nosso Mestre havia assumido a seme-
lhança da humanidade. Ele é nosso Restaurador, o Aperfeiçoador de Sua aliança
com os agentes humanos que dependem dEle como Príncipe e Redentor. [...]
Cada vitória que conquistou em Sua humanidade também nos torna possí-
vel obter a vitória por recebê-lO e nEle crer. “Mas, a todos quantos O receberam,
deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus” (João 1:12). Cada vitória que Ele
conquistou na humanidade nos garante os genuínos frutos. Cada ataque frus-
trado de Satanás marca a ocasião de uma vitória para a humanidade.
Sim, encontraremos resposta para nossas orações porque Deus operará de
forma a superar muito além da medida nossas mais elevadas expectativas. Que
precioso testemunho daremos então de Deus. Que honra seremos para a ver-
dade de Sua Palavra. Seremos capazes de dizer: “Esperei confiantemente pelo Se-
nhor; Ele Se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro. Tirou-me
de um poço de perdição, de um tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma
rocha e me firmou os passos. [...]” (Salmos 40:1-4). — Carta 87, 1900.

Persistindo em oração
Bem-aventurado o homem que me dá ouvidos, velando às
minhas portas cada dia, esperando às ombreiras da minha en-
trada (Provérbios 8:34).
A
igreja necessita ser de novo gerada para uma viva esperança “pela res-
surreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptí-
vel, incontaminável, e que se não pode murchar” (1 Pedro 1:3 e 4). Quando
a igreja despertar para a realidade do que precisa ser feito neste mundo,
os membros sentirão angústia de alma pelos que não conhecem a Deus e que
em ignorância espiritual não podem compreender a verdade para este tempo.
Altruísmo e sacrifício precisam ser misturados em toda a nossa experiência.
Precisamos orar e vigiar em oração para que não haja incoerência em nossa
vida. [...]
A igreja não se rebaixará enquanto os membros buscarem auxílio do trono
da graça para não falharem ao cooperar na grande obra de salvar as almas que
se encontram à beira da ruína. Os membros de uma igreja ativa e trabalhadora
compreendem que usam o jugo de Cristo e puxam a carga ao lado dEle. — Men-
sagens escolhidas, vol. 1, p. 117.
O universo celeste aguarda instrumentos consagrados por meio dos quais
Deus possa Se comunicar com Seu povo, e por meio deste com o mundo. [...] Se
os ministros de Deus cooperarem com Ele, o Senhor estará com eles de maneira
marcante, da mesma forma que esteve com Seus discípulos no passado.
A igreja não vai despertar para a própria responsabilidade? Deus anseia co-
municar o Espírito do maior Missionário que o mundo já conheceu aos que tra-
balham num espírito de consagração altruísta e disposta ao sacrifício. Quando
o povo de Deus receber esse Espírito, sairá virtude deles. — Manuscrito 59,
1898.

Por que devemos continuar suplicando?

Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas gran-
des e firmes, que não sabes (Jeremias 33:3).
N
em sempre compreendemos que a santificação que tanto desejamos e
pela qual oramos com tanta intensidade atua pela verdade. Contudo, a
providência de Deus muitas vezes age do modo que menos esperamos.
Quando procuramos alegria, surge sofrimento. Quando esperamos paz,
frequentemente sentimos desconfiança e dúvida porque nos achamos mergu-
lhados em provas que não podemos evitar. Nessas provas é que recebemos res-
postas a nossas orações. Para sermos purificados, o fogo da aflição deve brilhar
sobre nós, e nossa vontade deve ser levada à conformidade com a vontade de
Deus. [...]
Nossas súplicas para que sejamos semelhantes à imagem de Cristo podem
não ser respondidas exatamente como desejamos. Podemos ser testados e pro-
vados, pois Deus sabe que é melhor nos colocar num curso de disciplina essen-
cial antes que sejamos súditos preparados para as bênçãos que ansiamos. Não
deveríamos nos desanimar e dar lugar à dúvida por pensar que nossas orações
não são notadas. Devemos nos segurar firmemente em Cristo e deixar nosso
caso com Deus para que Ele responda às nossas orações a Seu próprio modo.
[...]
Os planos de Deus são sempre os melhores, mas nem sempre conseguimos
entendê-los. A perfeição do caráter somente pode ser obtida por trabalho duro,
conflito e dedicação. [...]
Como são inestimavelmente preciosos os dons de Deus — as graças do Es-
pírito —, e não recuaremos do processo de prova e teste, por mais penoso e hu-
milhante que seja. Como o caminho para o Céu seria fácil se não houvesse abne-
gação ou cruz! [...] O Céu na verdade seria muito fácil. — Carta 9, 1873.

Como a oração secreta é preciosa!

Confiai nEle, ó povo, em todos os tempos; derramai perante
Ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio (Salmos 62:8).
U
m profundo senso de nossa necessidade e um grande desejo de receber
as coisas que pedimos devem caracterizar nossas orações, do contrário
não serão ouvidas. Contudo, não devemos nos cansar de pedir só porque
não recebemos resposta imediata. [...]
Deus nos honrou demonstrando o grande valor que nos atribui. Somos com-
prados por um preço — o precioso sangue do Filho de Deus. Quando as pessoas
que Ele adquiriu seguirem conscienciosamente a Palavra do Senhor, a bênção
divina repousará sobre elas em resposta a suas orações. “Ainda assim, agora
mesmo diz o Senhor: Convertei-vos a Mim de todo o vosso coração; e isso com je-
juns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e
convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque Ele é misericordioso, e compassivo, e
tardio em irar-Se, e grande em beneficência” (Joel 2:12 e 13). — The Review and
Herald, 9 de fevereiro de 1897.
Na oração secreta a pessoa deve se mostrar tal qual é aos olhos investigado-
res de Deus. [...] Como a oração secreta é preciosa — a pessoa interagindo dire-
tamente com Deus! A oração secreta só deve ser ouvida pelo Deus que ouve ora-
ções. Nenhum ouvido curioso deve ter acesso ao assunto dessas súplicas. A alma
deve se expandir para Deus com calma e fervor, e suave e permanente será a
influência que virá dAquele que vê em segredo, cujo ouvido está atento à oração
que provém da alma. A pessoa que mantém comunhão com Deus mediante fé
simples atrairá raios divinos de luz que a fortalecerão e susterão no conflito com
Satanás. — The Youth’s Instructor, 3 de novembro de 1898.

A oração contrata nosso Advogado

Ora, nós sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se
alguém é temente a Deus, e faz a sua vontade, a esse ouve (João
9:31).
D
igamos que você peque depois de ter sido perdoado, depois de ter se
tornado um filho de Deus. Precisa entrar em desespero? Não, pois João
escreve: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis.
Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o
justo” (1 João 2:1). Jesus está nas cortes celestiais intercedendo junto ao Pai em
nosso favor. Ele apresenta nossas orações misturadas ao precioso incenso de
Seu próprio mérito para que sejam aceitáveis ao Pai. Acrescenta fragrância a
elas, e o Pai nos ouve porque pedimos tudo de que necessitamos, e nos torna-
mos um aroma de vida para vida uns com os outros.
Jesus veio sofrer em nosso favor para que pudesse nos comunicar Sua jus-
tiça. Só há um meio de escape para nós: tornando-nos participantes da natureza
divina. [...]
Jesus declara: “Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no Meu trono, as-
sim como também Eu venci, e Me sentei com Meu Pai no Seu trono” (Apocalipse
3:21).
Jesus envolveu os seres humanos com Sua humanidade, e uniu a divindade
à humanidade. Isso traz poder moral ao homem pelos méritos de Jesus. Os que
professam Seu nome devem se santificar por Sua graça para que possam exer-
cer uma influência santificadora sobre todos aqueles com quem se comunicam.
— The Review and Herald, 1º de março de 1892.

Quero aprender a orar, Senhor

Senhor, ensina-nos a orar (Lucas 11:1).
F
alta fé a muitas orações. Muitos usam certa forma de palavras, mas não
há real insistência. Essas orações são duvidosas, indecisas, pois não tra-
zem alívio aos que as fazem nem conforto ou esperança aos outros. Em-
prega-se a forma da oração, mas falta o espírito, mostrando que o supli-
cante não sente necessidade do que diz. [...]
Não faça orações insinceras, mas sentidas, fervorosas, que expressem a
fome da alma quanto ao Pão da Vida. Se orássemos mais em particular, sería-
mos capazes de orar de forma mais inteligente em público. Seria o fim das ora-
ções vacilantes e hesitantes. E quando nos dirigíssemos a nossos irmãos no
culto público, poderíamos aumentar o interesse da reunião, pois levaríamos co-
nosco alguma coisa da atmosfera do Céu, e nosso culto seria uma realidade, e
não uma simples forma. [...]
A vida da alma depende da comunhão habitual com Deus, quando se expres-
sam as necessidades e o coração se abre para receber novas bênçãos. A gratidão
flui de lábios não fingidos e o refrigério recebido de Jesus se manifesta em pala-
vras e atos de ativa beneficência e devoção pública. Há amor por Jesus no cora-
ção, e onde o amor existe, não será reprimido, mas expressado. A oração parti-
cular mantém essa vida interior. O coração que ama a Deus desejará se relacio-
nar com Ele e nEle descansará em santa confiança.
Aprenda a orar de forma inteligente, exprimindo os pedidos com clareza e
exatidão. Ore como se quisesse mesmo orar. “A oração feita por um justo pode
muito em seus efeitos” (Tiago 5:16). — The Review and Herald, 22 de abril de
1884.

Preciso de momentos especiais de oração

Vinde, adoremos e prostremo-nos! Ajoelhemos diante do Se-
nhor que nos criou (Salmos 95:6).
C
risto deixou bem claro aos discípulos que eles precisavam de momentos
especiais de devoção. [...] Os períodos noturnos que o Salvador passava
na montanha ou no deserto orando eram necessários para O prepararem
para as provas que teria de enfrentar nos dias seguintes. Sentia a necessi-
dade de refrigerar e fortalecer a alma e o corpo para que pudesse vencer as ten-
tações de Satanás. E os que se esforçam por viver a vida de Jesus sentirão essa
mesma necessidade. [...]
Cristo Se comprometeu a ser nosso substituto e penhor, e Ele a ninguém
despreza. Sua obediência nos concede um inesgotável fundo de perfeita obedi-
ência. No Céu os Seus méritos, abnegação e sacrifício se acumulam como in-
censo a ser oferecido junto com as orações de Seu povo. Quando as sinceras e
humildes orações do pecador sobem ao trono de Deus, Cristo as relaciona com
os méritos de Sua vida de perfeita obediência. Nossas orações são perfumadas
por esse incenso. [...] Lembrem-se todos de que os mistérios do reino de Deus
não podem ser aprendidos pelo raciocínio lógico.
A verdadeira fé e a oração verdadeira — como são poderosas! A oração do
fariseu não valia nada, mas as cortes do alto ouviram a do publicano porque ele
demonstrou grande confiança ao se apoderar da Onipotência. O próprio eu não
dava ao publicano nada além de um sentimento de vergonha. Isso deve ocorrer
com todos os que buscam a Deus. A fé e a oração são os dois braços com que o
suplicante necessitado abraça o Amor infinito. — The Review and Herald, 30 de
outubro de 1900.

Investigando a nós mesmos em oração

Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós, e,
orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses,
não choveu sobre a terra. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e
a terra produziu o seu fruto (Tiago 5:17 e 18).
O
servo vigiava enquanto Elias orava. Seis vezes ele voltou da vigilância di-
zendo: “Não há nada — nenhuma nuvem, nenhum sinal de chuva”. Mas o
profeta não se desanimou nem desistiu. Continuou a recapitular a pró-
pria vida para ver onde havia deixado de honrar a Deus. [...] À medida
que investigava o coração, parecia que diminuía mais, tanto na própria estima
quanto aos olhos de Deus. Parecia que o próprio eu não era nada e que Deus era
tudo, e quando ele chegou ao ponto de renunciar ao próprio eu enquanto se
apegava ao Salvador como a única força e justiça, veio a resposta. O servo voltou
dizendo: “Eis aqui uma pequena nuvem, como a mão de um homem, subindo do
mar” (1 Reis 18:44). — The Review and Herald, 26 de maio de 1891.
Temos um Deus cujo ouvido não está fechado às nossas súplicas, e se Lhe
provamos a palavra, Ele honrará nossa fé. Quer que misturemos todos os nos-
sos interesses aos dEle, e assim poderá nos abençoar com segurança, pois desse
modo não tomaremos a glória para nós ao recebermos a bênção, mas oferece-
remos todo o louvor a Deus. Nem sempre Ele atende nossas orações da primeira
vez que clamamos, pois se assim agisse nos sentiríamos no direito a todas as
bênçãos e favores que nos concedesse. Em vez de investigar o coração para ver
se nutríamos qualquer mal ou se aceitávamos qualquer pecado, podíamos nos
tornar relaxados e deixar de compreender nossa dependência dEle. [...]
Elias se humilhou até chegar a uma condição em que não poderia tomar
para si a glória. Esse é o estado sob o qual o Senhor ouve a oração, pois assim
Lhe daremos o louvor. [...] Unicamente Deus é digno de ser glorificado. — The
Review and Herald, 27 de março de 1913.

A oração nas emergências

Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário
que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é
galardoador dos que o buscam (Hebreus 11:6).
D
eus sempre operou em favor de Seu povo nos momentos extremos,
quando havia menos probabilidade de evitar a ruína. As intenções dos
ímpios e dos inimigos da igreja estão sujeitas ao poder divino e à Provi-
dência que tudo domina. Ele pode mover o coração dos governantes e
desviar a ira dos rebeldes e dos inimigos que aborrecem a Deus, a verdade e a
Seu povo. Para Ele, isso é tão fácil quanto desviar a corrente dos rios, se assim
achar conveniente. A oração move o braço da Onipotência. Aquele que mantém
as estrelas nas órbitas, e cuja palavra controla as ondas do grande abismo, atu-
ará em favor de Seu povo se os crentes pedirem com fé. Limitará as forças das
trevas até que a advertência tenha sido proclamada ao mundo, e todos que a
aceitarem estejam preparados para o conflito. — Testemunhos seletos, vol. 2, p.
153.
Deus concede o tempo de graça a todos a fim de que se prepararem para
aquela ocasião [o tempo de angústia]. Jacó venceu porque era dedicado e deci-
dido. Sua vitória é uma prova do poder da oração constante. Se os mensageiros
que levam a última e solene advertência ao mundo orassem fervorosamente e
com fé, como fez Jacó, seriam tidos na conta de príncipes, com poder para ven-
cer junto a Deus e aos homens. — O grande conflito, pp. 620 e 621.

O valor do coração humilde e contrito

Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e
súplicas, com jejum, pano de saco e cinza. Orei ao Senhor, meu
Deus, e confessei (Daniel 9:3 e 4).
C
om fé fundada na segura Palavra da profecia, Daniel buscou do Senhor o
imediato cumprimento dessas promessas [Daniel 9:2]. Pediu que a honra
de Deus fosse mantida. Ao suplicar, identificou-se plenamente com os que
não tinham atendido ao propósito divino, confessando os pecados dessas
pessoas como se fossem dele mesmo. — Profetas e reis, pp. 554 e 555.
Que oração foi aquela que que os lábios de Daniel proferiram! Que grande
humilhação de alma ela revela! O calor do fogo celeste acompanhou as palavras
que subiam a Deus. O Céu respondeu àquela oração enviando a Daniel um men-
sageiro. Hoje as orações feitas da mesma forma também serão ouvidas por
Deus. “Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tiago 5:16). Como fogo
desceu do Céu nos tempos antigos e consumiu o sacrifício sobre o altar assim
que a oração havia sido feita, do mesmo modo o fogo celeste penetrará nossa
alma em resposta a nossas orações. A luz e o poder do Espírito Santo serão nos-
sos. [...]
Por acaso não temos uma necessidade tão grande como a de Daniel, de in-
vocar o Senhor? Dirijo-me aos que creem que vivemos no último período da
história da Terra. Insisto com vocês para que se preocupem com nossas igrejas,
nossas escolas e instituições. O Deus que ouviu a oração de Daniel ouvirá a nossa
se a Ele nos chegarmos em arrependimento. Nossas necessidades são igual-
mente urgentes, nossas dificuldades igualmente grandes, e precisamos da
mesma intensidade de propósito a fim de que, com fé, possamos transferir
nosso peso de angústia para o grande Portador. Há necessidade de que os cora-
ções sejam comovidos tão profundamente hoje como o foram quando Daniel
orou. — The Review and Herald, 9 de fevereiro de 1897.

Invocarei a Deus na angústia

E invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorifi-
carás (Salmos 50:15).
O
Senhor diz: “Invoca-Me no dia da angústia” (Salmos 50:15). Convida-nos
a Lhe expormos nossas angústias e deficiências, e nossa necessidade de
auxílio divino. Insiste para que perseveremos em oração. Assim que sur-
girem dificuldades, devemos apresentar-Lhe nossas petições sinceras e
abertas. Pela oração contínua demonstramos nossa forte confiança em Deus. O
senso de nossa necessidade nos leva a orar com fervor, e nossas súplicas mo-
vem o Pai celestial. [...]
Se dedicarmos a vida a Seu serviço, nunca enfrentaremos situações para as
quais Deus não tenha tomado providência. Qualquer que seja nossa situação,
temos um Guia para nos conduzir; quaisquer que sejam nossas perplexidades,
temos um conselheiro infalível; quaisquer que sejam nossas aflições, privações
ou solidão, temos um Amigo compassivo. Se em nossa ignorância dermos pas-
sos errados, Cristo não nos abandona. Ouviremos Sua voz clara e distinta: “Eu
sou o caminho, e a verdade, e a vida” (João 14:6). “Livrará ao necessitado quando
clamar, como também ao aflito e ao que não tem quem o ajude” (Salmos 72:12).
O Senhor declara que é honrado por aqueles que se aproximam dEle e O
servem fielmente. “Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em Ti;
porque ele confia em Ti” (Isaías 26:3). O braço do Todo-Poderoso está estendido
para nos conduzir avante, sempre avante. “Avance”, diz o Senhor, “e enviarei
ajuda a você. Para a glória de Meu nome é que você pede e Eu concederei”. — Pa-
rábolas de Jesus pp. 173 e 174.

1º de fevereiro A importância da prece
Em contato com o Infinito

Então disse o Senhor a Moisés: Sobe a mim ao monte, e fica
lá; e dar-te-ei as tábuas de pedra e a Lei, e os mandamentos que
tenho escrito, para os ensinar (Êxodo 24:12).
E
nquanto empenhados em nosso trabalho diário, devemos erguer a alma
ao Céu em oração. Essas silenciosas preces sobem como incenso perante
o trono da graça, e o inimigo é confundido. O cristão cuja mente está as-
sim firmada em Deus não pode ser vencido. Nenhuma arte maligna pode
lhe destruir a paz. Todas as promessas da Palavra de Deus, todo o poder da
graça divina, todos os recursos de Jeová estão empenhados em lhe garantir o
livramento. Foi assim que Enoque andou com Deus, e Deus era com ele — um
socorro presente em todas as ocasiões de necessidade. [...]
A prece é a respiração da alma. É o segredo do poder espiritual. Nenhum
outro meio de graça a pode substituir sem prejuízo para a saúde da alma. A ora-
ção põe a alma em contato imediato com a Fonte da vida e fortalece os nervos e
músculos da vida religiosa. Negligencie o ato de orar ou a ele se entregue vez ou
outra, segundo a conveniência, e você perderá a firmeza em Deus. As faculdades
espirituais perdem a vitalidade, e faltam saúde e vigor à experiência religiosa.
[...]
Como é maravilhoso poder orar com eficácia! Indignos e faltosos mortais
possuírem o poder de apresentar a Deus os seus pedidos! Que poder maior o
ser humano pode desejar do que este, de estar unido ao infinito Deus? O homem
fraco e errante tem o privilégio de falar com o Criador. Podemos proferir pala-
vras que cheguem ao trono do Rei do Universo. Podemos falar com Jesus ao ca-
minhar, e Ele diz: “Acho-Me à tua mão direita” (Salmos 16:8). — Mensagens aos
jovens, p. 250.

A importância da prece 2 de fevereiro
Deus atende aos sinceros

Por isso, vos digo que tudo o que pedirdes, orando, crede que
o recebereis e tê-lo-eis (Marcos 11:24).
P
odemos ter comunhão com Deus em nosso coração e andar na compa-
nhia de Cristo. Quando ocupados nas tarefas diárias, podemos exprimir o
desejo de nosso coração de modo que nenhum ser humano consiga ouvir,
mas essas palavras não enfraquecerão em silêncio nem se perderão.
Coisa alguma pode sufocar o desejo da alma. Ele se ergue acima do tumulto das
ruas, acima do barulho das máquinas. É com Deus que estamos falando, e Ele
ouve nossa prece.
Peça, e você receberá. Peça humildade, sabedoria, ânimo, uma maior pro-
porção de fé. Toda oração sincera será respondida. Talvez você não receba exa-
tamente aquilo que deseja, ou ao tempo em que espera, mas virá na forma e na
época que melhor há de suprir sua necessidade. Nem sempre Deus responde,
segundo a expectativa, às orações que você oferece na solidão, em cansaço, em
provação, mas sempre para o seu bem. — Obreiros evangélicos, pp. 254, 255 e
258.
Entre os perigos destes últimos dias, a única segurança dos jovens se encon-
tra numa crescente vigilância e oração. O jovem que encontra prazer na leitura
da Palavra de Deus e no momento de oração será continuamente refrigerado
pela fonte da vida. Atingirá um nível de excelência moral e uma amplitude de
ideias que outros não podem conceber. A comunhão com Deus estimula os bons
pensamentos, aspirações nobres, claras percepções da verdade e elevados de-
sígnios de ação. Os que assim se ligam a Deus são por Ele reconhecidos como
Seus filhos e filhas. Estão continuamente chegando mais alto, mais alto ainda,
obtendo mais claras visões de Deus e da eternidade até que o Senhor os torna
condutos de luz e sabedoria para o mundo. — Mensagens aos jovens, p. 95.

3 de fevereiro A importância da prece
A oração no tempo do fim

Enquanto ela [Ana] continuava a orar diante do Senhor, Eli
observava sua boca (1 Samuel 1:12).
nosso dever sempre estudar a maneira em que podemos atender à oração
É de Cristo, de que Seus discípulos sejam um assim como Ele e o Pai são um.
Preciosas são as lições que se podem aprender por manter diante de nós a
oração de nosso Salvador e fazer a nossa parte para cumprir Seu desejo. —
Obreiros evangélicos, p. 447.
Estamos vivendo no período mais solene da história deste mundo. O destino
das imensas multidões da Terra está prestes a se decidir. Nosso próprio bem-
estar futuro e a salvação de outras almas dependem do caminho que agora se-
guimos. Necessitamos ser guiados pelo Espírito da verdade. Todo seguidor de
Cristo deve fervorosamente indagar: “Senhor, que queres que eu faça?” Necessi-
tamos nos humilhar perante o Senhor com jejum e oração e meditar muito na
Palavra, especialmente nas cenas do juízo. Devemos buscar agora uma experi-
ência profunda e viva nas coisas de Deus. Não temos um momento a perder.
Acontecimentos de grande importância estão a ocorrer à nossa volta. Estamos
no terreno encantado de Satanás. Não durmam, sentinelas de Deus, pois o ad-
versário está perto, de emboscada, pronto para saltar sobre vocês a qualquer
momento, caso se tornem negligentes e sonolentos. — O grande conflito, p. 601.
O tema da redenção é de suma importância, e só os de mente espiritual po-
dem discernir sua profundidade e significado. É nossa segurança, nossa alegria
pensar sobre as verdades do plano da salvação. Fé e oração são necessárias para
podermos contemplar as coisas profundas de Deus. Nosso espírito se acha tão
ligado a ideias estreitas que captamos apenas pontos de vista limitados da ex-
periência que é nosso privilégio obter. — The Review and Herald, 5 de novem-
bro de 1908.

Oração é poder
Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja confiança é o
Senhor (Jeremias 17:7).
I
rmãos, suplico-lhes que procedam tendo em vista unicamente a glória de
Deus. Que a confiança de vocês esteja no poder dEle, e que a graça divina
seja a sua força. Pelo estudo das Escrituras e fervorosa oração busquem en-
tender com clareza o dever, e em seguida cumpram-no com fidelidade. [...]
Os pequenos incidentes da vida diária muitas vezes passam sem que os note-
mos, mas esses pequenos detalhes é que formam o caráter. Todo acontecimento
da vida é de grande importância para o bem ou para o mal. — Testemunhos se-
letos, vol. 1, pp. 580 e 581.
Oh! Que nosso coração seja profundamente impressionado com a importân-
cia de viver vida santa a fim de que o mundo reconheça que estivemos com Je-
sus e dEle aprendemos! [...] Os homens de oração é que são homens de poder.
Eles serão habilitados a conduzir pecadores à ceia das bodas do Cordeiro. —
The Review and Herald, 24 de novembro de 1904.
A salvação de almas e os interesses do reino de Deus são assuntos da mais
alta importância. Que objeto existe que exige maior ardor do que a salvação de
almas e a glória de Deus? Há nisto considerações que não podem ser apreciadas
levemente. São de tanta relevância como a eternidade. Acham-se em jogo desti-
nos eternos. [...] O zelo cristão levará [as pessoas] à fervorosa prece e humilha-
ção, bem como à fidelidade nos deveres domésticos. Gentileza, amor, benevo-
lência e compaixão se manifestarão no círculo familiar, os quais são sempre
fruto do zelo cristão. — Testemunhos seletos, vol. 1, p. 236.

Ore pelos enfermos

Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente?
Cante louvores (Tiago 5:13).
N
o cuidado dos doentes é comum dar muita atenção a itens de menor im-
portância ao mesmo tempo em que se esquece das grandes verdades
salvadoras do evangelho necessárias ao paciente, que ajudariam tanto
à alma quanto ao corpo. Quando você negligencia a oração pelos enfer-
mos, acaba privando o enfermo de grandes bênçãos, pois os anjos de Deus estão
à espera para ajudá-lo em resposta a esses pedidos. — Medicina e salvação, p.
195.
Nos campos novos há necessidade de muita oração e trabalho prudente.
Precisam-se de homens que não apenas preguem sermões, mas tenham expe-
riência no mistério da piedade e sejam capazes de atender às necessidades ur-
gentes do povo — que avaliem a importância da própria posição como servos
de Jesus e carreguem com satisfação a cruz que Ele lhes ensinou a levar. —
[Precisa-se de alguém que reconheça] a importância da obra, que mantenha
para com a igreja e para com o mundo uma relação semelhante à que Cristo
cultivou. [Alguém] que trabalhe incansavelmente para conduzir pecadores a
uma vida mais nobre e mais elevada a fim de que eles alcancem a recompensa
do vencedor. Os lábios dessa pessoa são tocados com a brasa viva do altar, e
exalta a Jesus como a única esperança do pecador. Quem o ouve sabe que ele
tem se achegado a Deus em oração fervorosa e eficaz. O Espírito Santo repousa
sobre ele, e sente o fogo vital e celestial, que o capacita a comparar as coisas es-
pirituais com as espirituais. Recebe poder para derrubar as fortalezas de Sata-
nás. Ao apresentar o amor de Deus, o coração é tocado, e muitos são levados a
perguntar: “Que é necessário que eu faça para me salvar?” (Atos 16:30). — Atos
dos apóstolos, p. 329.

A falta de oração é perigosa

Então, clamam ao Senhor na sua tribulação, e ele os livra das
suas angústias. Faz cessar a tormenta, e acalmam-se as ondas. En-
tão, se alegram com a bonança; e ele, assim, os leva ao porto de-
sejado (Salmos 107:28-30).
R
emovam toda manifestação de importância pessoal, pois isso não pode
ajudar em nada na obra; contudo, imploro que valorizem ao máximo o
próprio caráter, pois vocês foram comprados por preço infinito. Sejam
cuidadosos, dedicados à oração, mantendo o foco. Misturar o santo e o
profano é algo que não pode passar pela mente de vocês. — Conselhos sobre
educação, p. 145.
Assim que o irmão D. passa a alimentar ideias erradas, começa a perder a fé
e a questionar a obra do Espírito que há tantos anos vem se manifestando entre
nós. Ele não é homem capaz de guardar consigo o que crê ser luz especial sem a
comunicar a outros. Por isso não é seguro dar-lhe influência que o capacite a
abalar outras mentes. [...] O inimigo tem grande poder sobre as mentes que não
estejam fortalecidas pela oração nem firmadas na verdade bíblica.
Existem mil tentações disfarçadas, preparadas para os que têm a luz da ver-
dade, e a única segurança para qualquer um de nós está em não receber ne-
nhuma nova doutrina, nenhuma interpretação nova das Escrituras sem antes
encaminhá-la à consideração dos irmãos de experiência. Apresentem-na a eles
com espírito humilde e pronto para aprender, fazendo fervorosa oração. Final-
mente, se não virem luz nisso, atendam a opinião deles, porque “na multidão de
conselheiros há sabedoria” (Provérbios 11:14). — Testemunhos seletos, vol. 2, p.
105.

A única defesa contra a obra de Satanás

Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis
apagar todos os dardos inflamados do maligno (Efésios 6:16).
S
atanás trabalha a todo momento, mas poucos fazem ideia de sua atividade
e discrição. O povo de Deus deve estar preparado para resistir ao perverso
inimigo. É essa resistência que apavora o diabo. Ele conhece melhor do
que nós o limite do próprio poder, e como pode ser vencido facilmente se
lhe resistirmos e o enfrentarmos. [...] Portanto, o passo de Satanás é silencioso,
traiçoeiro e camuflado. Ele não se atreve a aparecer abertamente para não des-
pertar as energias adormecidas do cristão, pois nesse caso o crente recorreria a
Deus.
O inimigo está se preparando para a última campanha contra a igreja. Ocul-
tou-se das vistas de tal forma que muitos mal creem em sua existência, quanto
mais na espantosa atividade e poder que desenvolve. [...]
O homem é escravo de Satanás, por natureza inclinado a lhe seguir as suges-
tões e cumprir as ordens. Não tem poder em si mesmo para resistir ao mal de
modo eficaz. É só à medida que Cristo habita nele pela fé, influenciando os de-
sejos e fortalecendo-o com poder do alto, que o homem pode se atrever a enca-
rar tão terrível inimigo. Qualquer outro meio de defesa é totalmente inútil. É só
por meio de Cristo que o poder de Satanás é limitado. Esta é uma verdade im-
pressionante, que todos devem compreender: Satanás está constantemente
ocupado, indo de um lado a outro, para cima e para baixo pela Terra inteira,
buscando a quem possa tragar. Mas a fervorosa oração da fé derrotará os mai-
ores esforços dele. Irmãos, tomem “o escudo da fé, com o qual podereis apagar
todos os dardos inflamados do maligno” (Efésios 6:16). — Testemunhos seletos,
vol. 2, p. 106.

A iniciativa de pedir conselho e agir

Ó tu que ouves a oração, a ti virão todos os homens (Salmos
65:2).
O
s que se encontram no campo de batalha têm que sofrer alguma exposi-
ção ao perigo e correr alguns riscos. Não devem sempre pensar que só
podem agir sob ordens diretas do quartel-general. Têm que fazer o me-
lhor que podem sob todas as circunstâncias, aconselhando-se uns com
os outros, com muita oração fervorosa, para que Deus lhes conceda sabedoria.
É preciso unir forças. — Carta 14, 1887.
Quanto à proclamação da mensagem em grandes cidades, há muitos tipos
de trabalho para os diferentes dons dos obreiros. Alguns devem atuar em certas
atividades e outros noutras. [...] Como coobreiros de Deus, devem procurar se
harmonizar uns com os outros. É preciso haver frequentes conselhos e fervo-
rosa e sincera cooperação. Contudo, todos devem pedir a Jesus que lhes dê sa-
bedoria, sem dependerem apenas e somente dos homens para receber orienta-
ção. — Testemunhos para a igreja, vol. 9, p. 109.
Como obreiros, devemos nos aconselhar uns com os outros sobre assuntos
difíceis. É correto um irmão pedir o conselho de um companheiro. Depois de
fazermos isso, também é nosso privilégio nos ajoelharmos para suplicar sabe-
doria e orientação divinas. No entanto, é um erro lamentável quando só uma
voz humana exerce um poder controlador. — Carta 186, 1907.
Como obreiros, busquemos o Senhor em conjunto. Nada podemos fazer de
nós mesmos. Porém, podemos fazer todas as coisas mediante Cristo. O propó-
sito de Deus é que sejamos um auxílio e bênção um ao outro, e que sejamos for-
tes no Senhor e na força do Seu poder. [...] Deus vive e reina, e nos dará todo o
auxílio de que necessitarmos. Em todas as ocasiões é nosso privilégio receber
força e animação de Sua bendita promessa: “Minha graça te basta” (2 Coríntios
12:9). — Historical Sketches, p. 129.

O amor de Cristo demonstrado pelas orações

Outro anjo, que trazia um incensário de ouro, aproximou-se e
ficou em pé junto ao altar. A ele foi dado muito incenso para ofe-
recer com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro di-
ante do trono. E da mão do anjo subiu diante de Deus a fumaça
do incenso com as orações dos santos (Apocalipse 8:3 e 4).
O
Senhor está especialmente interessado nas famílias de Seus filhos aqui
de baixo. Anjos oferecem a fumaça do incenso perfumado em favor dos
santos que oram. Portanto, que a oração de cada família suba ao Céu,
tanto pela manhã quanto na hora calma do pôr do sol, em nosso favor,
apresentando a Deus os méritos do Divino Mestre. Todo dia o universo celeste
anota cada casa em que se ora. — Manuscrito 19, 1900.
Comecemos a trabalhar com aqueles que ainda não têm recebido luz. “É-Me
dado todo o poder no Céu e na Terra”, declara o Salvador, “eis que Eu estou con-
vosco todos os dias” (Mateus 28:18 e 20). [...] Deus fará o trabalho se Lhe forne-
cermos os instrumentos. Deve haver entre nós muito mais oração e muito me-
nos espírito de incredulidade. Devemos cada vez mais erguer as normas pe-
rante o mundo. Precisamos lembrar que Cristo estará sempre ao nosso lado ao
concedermos liberdade aos cativos e o pão da vida aos famintos. Ao nos man-
termos alerta para a urgência e importância de nossa obra, a salvação divina
será revelada de maneira muito notável. — Testemunhos para a igreja, vol. 9, p.
107.
O amor que Cristo demonstrou por nós é sem rival. Como era zeloso o Seu
trabalho! Quantas vezes esteve sozinho em oração fervorosa pelas encostas das
montanhas ou no retiro do horto, derramando Suas súplicas com forte clamor
e lágrimas! Com que persistência insistia nas petições pelos pecadores! Mesmo
na cruz esqueceu dos próprios sofrimentos em Seu grande amor por aqueles a
quem veio salvar. — Testemunhos seletos, vol. 2, p. 126.

O poder da oração insistente

E tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis (Ma-
teus 21:22).
J
acó venceu porque foi decidido e determinado. Sua experiência comprova o
poder da oração insistente. É agora que devemos aprender a lição da prece
que vence, de uma fé que não cede. As maiores vitórias da igreja de Cristo ou
do cristão em particular não são as que são conquistadas pelo talento ou edu-
cação, pela riqueza ou favor dos homens. São as vitórias ganhas na sala de audi-
ência de Deus, quando uma fé cheia de ardor e agonia se apodera do braço forte
da oração.
Aqueles que não estiverem dispostos a abandonar todo o pecado e buscar
fervorosamente a bênção de Deus, não a obterão. Mas todos os que se apodera-
rem das promessas de Deus, como fez Jacó, e forem tão fervorosos e dedicados
como ele o foi, alcançarão o mesmo sucesso. — Patriarcas e profetas, p. 203.
Os obreiros devem conservar o pensamento constantemente elevado a
Deus em oração. Eles nunca estão sozinhos. Se têm fé em Deus, se reconhecem
que lhes cabe a obra de dar ao povo a luz de assuntos bíblicos, então desfrutam
constantemente da companhia de Cristo. — Manual do colportor, pp. 51 e 52.
Só os que vivem a oração de Cristo, colocando-a em prática, resistirão à
prova que há de vir sobre todo o mundo. Os que exaltam a si mesmos se colocam
sob o poder de Satanás, preparando-se para aceitar os enganos do mal. A Pala-
vra do Senhor a Seu povo é que devem erguer a norma mais e mais alto. Se obe-
decermos a essa ordem, Ele trabalhará conosco e nossos esforços serão bem-
sucedidos. Receberemos ricas bênçãos do alto em nossa obra e acumularemos
tesouros ao lado do trono de Deus. — O colportor evangelista, p. 12.

Orando por uma experiência mais profunda

Orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espí-
rito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os
santos (Efésios 6:18).
A
os nossos colportores, a todos aqueles a quem Deus concedeu talentos
para cooperar com Ele, direi: “Orem! Por favor, orem por uma experiên-
cia mais profunda! Saiam com o coração suavizado pelo estudo das pre-
ciosas verdades que Deus nos deu para este tempo. Bebam grandes go-
les da água da salvação para que a mente de vocês se torne uma fonte viva a fluir
para matar a sede das almas que estão a perecer. Assim, Deus dará sabedoria
que os capacitará a comunicá-la devidamente. Fará de vocês condutos para co-
municar as bênçãos celestes. Auxiliará vocês a revelar os atributos divinos e a
transmitir aos outros a sabedoria e o conhecimento que primeiro concedeu a
vocês”. — Testemunhos seletos, vol. 2, p. 539.
A humilde e fervorosa prece faz mais em favor da propagação de nossos li-
vros do que os embelezamentos mais caros que há no mundo. Se os obreiros
prestarem atenção ao que é verdadeiro, vivo e real; se orarem pelo Espírito
Santo, crerem nEle e nEle confiarem, o poder divino se derramará sobre eles em
correntes celestiais fortes, que produzirão corretas e duradouras impressões
no coração humano. Portanto, orem e trabalhem, e trabalhem e orem, e o Se-
nhor atuará por vocês. — Testemunhos seletos, vol. 2, p. 538.
Satanás está no encalço de vocês. Ele é um oponente astuto, e o espírito ma-
ligno que vocês encontram no trabalho é inspirado por ele. Aqueles a quem ele
controla repetem as palavras dele. Se pudesse ser rasgado o véu que cobre os
olhos dessas pessoas, elas veriam Satanás empregando todas as armadilhas
possíveis para fazê-las desistir da verdade. Para salvar almas desses enganos,
uma oração humilde como a de Cristo terá muito mais poder do que muitas pa-
lavras sem oração. — O colportor evangelista, p. 81.

Orem, por favor, orem!

Para que não sejamos vencidos por Satanás, porque não ig-
noramos os seus ardis (2 Coríntios 2:10 e 11).
N
ão consigo suportar o pensamento de que a maior parte dos jovens de
hoje não alcançará a vida eterna! Ah, que os sons da música instrumen-
tal silenciem e que eles deixem de gastar tanto tempo precioso desfru-
tando dessas fantasias. Oh! Que dediquem menos tempo à roupa e con-
versas inúteis e apresentem fervorosas e angustiantes orações a Deus para al-
cançarem uma experiência saudável. Há grande necessidade de um profundo
exame de consciência à luz da Palavra de Deus. Que cada um faça a pergunta:
“Sou uma pessoa correta ou meu coração é corrupto? Renasci em Cristo ou tenho
ainda um coração carnal revestido de roupas bonitas?”
Apresentem-se diante do tribunal de Deus e vejam se, à luz divina, vocês
possuem qualquer pecado secreto, qualquer iniquidade, qualquer ídolo que
ainda não foi sacrificado. Orem! Sim, por favor, orem como nunca oraram para
que não sejam iludidos pelas astúcias de Satanás.
É impossível firmar demais o alicerce da esperança de vida eterna. [...]
Mesmo que as pessoas ao nosso redor sejam frívolas e estejam empenhadas na
busca dos prazeres e da loucura, nossa cidade está no Céu, onde aguardamos o
Salvador. Devemos nos dirigir a Deus em busca de perdão e paz, de justiça e
perfeita santidade. — Testemunhos para a igreja, vol. 2, pp. 143-145.
Expulsem o pecado do coração, pois ele causou a morte do Filho de Deus. —
The Review and Herald, 22 de julho de 1884.
Queridos jovens, Jesus morreu não para salvar vocês com os pecados, mas
dos pecados. — The Youth’s Instructor, 15 de julho de 1897.

Orando pelo sangue de Cristo

Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou
ouro, [...] mas com o precioso sangue de Cristo, como de um Cor-
deiro imaculado e incontaminado (1 Pedro 1:18 e 19).
V
ocês não podem se salvar do poder do tentador, mas ele treme e foge
quando insistimos nos méritos daquele precioso sangue. — Testemu-
nhos para a igreja, vol. 5, p. 317.
O Senhor ama vocês. Ele é mais precioso para vocês do que qualquer
laço terrestre, do que qualquer objeto aqui da Terra. Pensem em como podem
se manter bem pertinho dAquele que é a força e a eficiência de vocês. Não an-
dem sob a sombra da cruz, mas do lado luminoso dela, onde o Sol da Justiça
pode brilhar no coração de vocês. — Carta 10, 1894.
Precisamos ter acesso livre ao sangue expiatório de Cristo. Temos de consi-
derar isso como o mais precioso privilégio, a bênção suprema, sempre garan-
tida ao pecador. E como temos aproveitado tão pouco esse grande dom! Como
essa corrente é tão profunda, vasta e contínua! Há repouso, há descanso, há a
vivificante influência do Espírito Santo a toda pessoa sedenta de santidade, e
depois disso haverá o santo, tranquilo e feliz andar com Cristo, a preciosa comu-
nhão com Ele! Aí sim, oh, aí sim é que poderemos dizer compreensivelmente
com João: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29). Falem
disso e orem por isso. Seja esse o tema do cântico sagrado — ser lavado e puri-
ficado. O crente implora esse amor, e por essa virtude é que está diante do trono
de Deus perdoado, justificado e santificado. [...] Esse purificador benefício é que
dá força e vigor à fé, poder à oração e felicidade em alegre obediência. — Carta
87, 1894.

Orando com o mais intenso fervor

Os mansos verão isto e se agradarão; o vosso coração viverá,
pois que buscais a Deus (Salmos 69:32).
O
h! Que Jesus habite no coração sustentando, fortalecendo e confortando.
É privilégio de vocês ser dia a dia carregados com rica medida do Santo
Espírito e receber ampla visão da importância e do objetivo da mensa-
gem que estamos proclamando ao mundo. O Senhor está disposto a re-
velar coisas maravilhosas da Lei para vocês. Demorem-se prostrados diante
dEle em humildade de coração. Orem com o máximo fervor por compreensão
dos tempos em que vivemos, por mais plena concepção de Seu desígnio e por
maior eficiência em salvar almas. [...]
É importante considerarmos o que brevemente há de vir à Terra. Não esta-
mos em tempo de futilidades ou de andar atrás dos próprios interesses. Se os
tempos de agora deixarem de impressionar seriamente nosso espírito, o que
nos poderá impressionar? [...] As Escrituras não exigem uma obra mais pura e
santa do que a que temos visto?
Precisam-se agora de homens de compreensão esclarecida. Deus convida os
que estão dispostos a ser controlados pelo Espírito Santo para que liderem uma
obra de completa reforma. Vejo uma crise diante de nós, e o Senhor convoca os
obreiros para ficarem a postos. Toda alma deve estar agora num nível mais pro-
fundo, mais genuíno de consagração a Deus que durante os anos passados. [...]
Tenho sido profundamente impressionada por cenas que vi há pouco tempo
durante a noite. Parecia haver em muitos lugares uma grande obra de reaviva-
mento. Nosso povo atendia prontamente ao chamado de Deus. [...] E nós, não
Lhe atenderemos ao chamado? Não limparemos nossas lâmpadas e agiremos
como homens que aguardam a vinda de seu Senhor? O tempo atual exige por-
tadores de luz, exigem ação imediata. — Mensagens escolhidas, vol. 2, pp. 399-
402.

Preciso orar a todo momento

Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do
Onipotente descansará (Salmos 91:1).
O
caminho para o trono de Deus está sempre livre e aberto. Vocês não po-
dem estar sempre de joelhos orando, mas suas preces silenciosas podem
subir constantemente a Deus pedindo força e direção. Quando tentados
— pois isso certamente acontecerá —, vocês podem se refugiar no es-
conderijo do Altíssimo. Os braços eternos estarão por baixo de vocês. — Conse-
lhos sobre saúde, p. 362.
Atendamos ao convite especial de Deus, que nos espera para nos dar as
boas-vindas à Sua sala de audiência. [...] Podemos atingir a maior intimidade e
comunhão com Deus. — O maior discurso de Cristo, p. 131.
Ore com o coração humilde. Busque muitas vezes ao Senhor em oração. No
lugar secreto, sozinho, os olhos veem a Jesus e o ouvido se abre para Ele. Em
seguida, você sai do lugar secreto de oração para se abrigar à sombra do Onipo-
tente. Tentações virão, mas você se aproximará cada vez mais de Jesus e porá a
mão sobre a dEle. Daí em diante, você atinge uma rica experiência, descansando
em Seu amor e alegrando-se na misericórdia divina. A tristeza, as perplexidades
e angústias se foram, e você se alegra em Jesus Cristo. A alma fica rápida em ou-
vir a voz do Pai, e entra logo em comunhão com Deus. Toda a crítica é expulsa,
todo o julgar a outros é eliminado. Não há luta pela superioridade. [...]
Oh, que alegria experimentamos no serviço de Deus! Que paz, que contenta-
mento e repouso! Membros da família real, filhos do celeste Rei! “Ainda não é
manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele Se manifestar, se-
remos semelhantes a Ele; porque assim como é O veremos” (1 João 3:2). Com tal
esperança, com tal parentesco, com todas essas grandes e preciosas possibili-
dades, nossa fé não deveria alcançar muito mais do que tem alcançado? Não de-
veríamos ser inspirados com esperança e ânimo tais que não fraquejem diante
de quaisquer dificuldades? — Carta 110, 1893.

Como posso ser semelhante a Jesus?

Aquele que diz que está nEle também deve andar como Ele
andou (1 João 2:6).
T
emos usado o título de cristão. Sejamos leais a esse nome. Ser cristão é
ser semelhante a Cristo. Quer dizer seguir a Cristo através de renúncias,
erguendo bem alto o Seu estandarte de amor, honrando-O por palavras
e atos altruístas. Na vida do cristão verdadeiro não existe coisa alguma
do próprio eu, pois ele está morto. [...]
Paulo se apropriou da graça de Cristo pela fé, e essa graça lhe supriu as ne-
cessidades da vida. Ele recebeu o dom celestial pela fé e o comunicou aos cora-
ções que ansiavam pela luz. Essa é a experiência de que precisamos. [...] Ore pe-
dindo essa fé. Lute para possuí-la. Creia que Deus a concederá a você. [...]
Aprenda com Aquele que disse: “Sou manso e humilde de coração” (Mateus
11:29). Ao aprender dEle, você encontrará descanso. Dia a dia alcançará uma
experiência nas coisas divinas, dia a dia compreenderá a grandeza da salvação
e da glória de estar unido a Ele. Aprenderá constantemente a como viver de
modo semelhante a Cristo, e todo o momento você se tonará mais semelhante
ao Salvador.
Se morrermos para o próprio eu, se ampliarmos nossa noção acerca do que
Cristo pode ser para nós e do que nós podemos ser para Ele, se nos unirmos uns
aos outros pelos laços da convivência cristã, Deus atuará com grande poder em
nós. Desse modo, seremos santificados pela verdade. Seremos de fato escolhi-
dos de Deus e controlados pelo Seu Espírito. Cada dia da vida nos será precioso
porque nele veremos uma oportunidade para usar os dons que nos foram con-
fiados a fim de praticar o bem a outros. — The Review and Herald, 30 de maio
de 1907.

Preciso orar por capacidade para fazer a obra

Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos ou-
tros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em
seus efeitos (Tiago 5:16).
O
h, como a obra que nos foi confiada é solene e importante! Como são vas-
tos os resultados dela! De que modo obteremos força e sabedoria neces-
sárias para realizá-la? Do mesmo modo que Daniel buscou ao Senhor,
também devemos buscá-lO. Declara o profeta: “Eu dirigi o meu rosto ao
Senhor Deus, para O buscar com oração, e rogos, e jejum, e pano de saco, e cinza”
(Daniel 9:3). Devemos buscar ao Senhor com humildade e contrição, confes-
sando nossos pecados e nos aproximando uns dos outros em íntima união. Ir-
mãos e irmãs, orem; por favor, orem pelo amor que têm por si mesmos e por
outros. [...]
Ao buscarmos sinceramente ao Senhor, Ele alumiará o caminho à nossa
frente. Por toda parte ao nosso redor há portas abertas para o serviço. Estude-
mos com oração o trabalho a ser feito, e então nos dediquemos a ele com plena
certeza de fé. Devemos trabalhar tranquilos e humildes, com a mansidão e hu-
mildade de Cristo, reconhecendo que há um tempo de prova à nossa frente, e
que sempre precisaremos da graça celestial para saber como tratar com mentes
alheias. É o obreiro paciente, humilde e dedicado que terá resultados a apresen-
tar. Como um povo e como indivíduos, nosso sucesso não depende de algaris-
mos, nem de posição, nem de realizações intelectuais, mas de andar e trabalhar
com Cristo.
Agora é tempo de unir forças recorrendo à Fonte de todo o poder para cla-
mar em alta voz e não nos determos, para desfazer as nuvens de trevas a fim de
que a luz do Céu possa ser revelada. — The Review and Herald, 29 de abril de
1909.

Não posso parar de crescer

Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas
velhas já passaram; eis que tudo se fez novo (2 Coríntios 5:17).
O
nde está o fervor, a devoção a Deus que corresponde à grandeza da ver-
dade que professamos crer? O amor do mundo, o amor de algum pecado
predileto tem privado a alma do amor da oração e de meditar nas coisas
sagradas. Existe uma rotina formal de cultos, mas onde está o amor de
Jesus? A espiritualidade tem enfraquecido. Há de essa insensibilidade, essa la-
mentável decadência se perpetuar? A chama da lâmpada da verdade continuará
a enfraquecer até se extinguir na escuridão só porque não foi abastecida nova-
mente com o óleo da graça? — Testemunhos seletos, vol. 2, p. 210.
Muitos [...] atuam vez ou outra, mas não dão um testemunho vivo da experi-
ência pessoal na vida cristã [...]. Em vez disso, nota-se a mesma velha rotina, as
mesmas expressões na oração e nos comentários. Suas preces não têm aspectos
novos; não exprimem maior crescimento nas coisas de Deus nem fé mais fervo-
rosa e viva. [...] Não são cristãos que crescem. Têm pontos de vista e planos limi-
tados e não há para eles expansão da alma nem valiosos ganhos aos tesouros do
crescimento cristão. Suas faculdades não foram treinadas nesse sentido. Não
aprenderam a olhar aos homens e às coisas como Deus as vê, e em muitos casos
o afeto não santificado prejudicou almas e atrapalhou grandemente a causa de
Deus. É terrível a paralisação espiritual que predomina. Muitos levam uma vida
cristã de aparência e afirmam que os próprios pecados foram perdoados, mas
não têm qualquer conhecimento real de Cristo, assim como o pecador [impeni-
tente]. — Testemunhos seletos, vol. 2, p. 97.

Se eu orar muito, vou receber muito

Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos
por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e
de estar em pé diante do Filho do homem (Lucas 21:36).
D
edique-se intensamente à oração. [...] Ao despertar pela manhã, reúna
todos os membros da família, como fazia Abraão, e os convide a buscar
a Deus com você. Se as atividades o têm pressionado demais e o chamam
a todo o momento para o trabalho, então existe ainda maior necessidade
de tomar tempo para orar, para apresentar súplicas ao trono da graça a fim de
garantir o cuidado protetor, o auxílio, a misericórdia e a bênção de Deus. [...]
O Senhor pode fazer muito por você, mesmo no trabalho. Basta pedir, e Ele
pode enviar anjos para guardarem você de acidentes, de fraturas ou de perda
da vida e de bens materiais. [...] [Mas] Ele não pode derramar ricas bênçãos sem
que você coopere com os planos divinos. Ele diz: “Aos que Me honram, honrarei”
(1 Samuel 2:30).
Orar três vezes ao dia é tão apropriado, tão fundamental para nós como foi
para Daniel. A oração é a vida da alma, o alicerce do crescimento espiritual. Em
seu lar, diante da família e diante dos empregados, você deve testemunhar desta
verdade. E quando aparecer a oportunidade de encontrar seus irmãos na igreja,
divulgue a necessidade de manter aberto o canal de comunicação entre Deus e
a alma. Diga que Deus lhes responderá as orações se tiverem ânimo e voz para
orar. Peça para que não negligenciem os deveres religiosos. Aconselhe os ir-
mãos a orar. Se quisermos achar, precisamos buscar. Se quisermos receber, pre-
cisamos pedir. E se quisermos que a porta se abra para nós, precisamos bater.
— Signs of the Times, 10 de fevereiro de 1890.

Oração constante é uma bênção

Por isso, todo aquele que é santo orará a ti, a tempo de te po-
der achar; até no transbordar de muitas águas, estas não lhe che-
garão (Salmos 32:6).
N
ós também precisamos de um tempo para meditação, oração, e para re-
ceber conforto espiritual. Não valorizamos como devíamos o poder e
eficiência da oração. A prece e a fé farão o que nenhum poder da Terra
conseguirá realizar. [...]
As tentações a que nos expomos todos os dias fazem da oração uma neces-
sidade. Os perigos nos assaltam em todo caminho. Os que procuram arrancar
os outros do vício e da ruína estão particularmente expostos à tentação pelo
constante contato com o mal. Por isso, precisam se apegar fortemente a Deus
para não se corromperem. Rápidos e decisivos são os passos que conduzem os
humanos de um lugar elevado e santo para outro mais baixo. De repente se to-
mam decisões que determinam o destino eterno. Uma fraqueza não vencida
deixa a pessoa desamparada. Um mau hábito ainda não enfrentado com firmeza
se fortalecerá até se tornar como correntes de aço, prendendo totalmente a
alma.
O motivo por que tantos se veem desamparados em meio à tentação é não
terem o Senhor sempre diante dos olhos. Quando permitimos que nossa comu-
nhão com Deus se quebre, ficamos indefesos. Todos os bons objetivos e boas
intenções não capacitarão você a resistir ao mal. Você precisa ser um homem
[ou mulher] de oração. Suas súplicas não devem ser fracas, ocasionais e apres-
sadas, mas fervorosas, insistentes e constantes. Não é preciso estar sempre ajo-
elhado para orar. Cultive o hábito de falar com o Salvador quando a sós, quando
estiver caminhando e quando estiver ocupado com os trabalhos diários. Que o
coração se eleve a todo instante, em silêncio, suplicando auxílio, luz, força e co-
nhecimento. — A ciência do bom viver, pp. 510 e 511.

Preciso tanto da oração quanto do ar

Ora o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz
em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Es-
pírito Santo (Romanos 15:13).
Q
ue cada respiração seja uma prece. Como obreiros de Deus, devemos al-
cançar os homens onde eles estão, rodeados de trevas, atolados no vício e
corrompidos. Porém, se fixarmos o olhar nAquele que é o nosso Sol e a
nossa proteção, o mal que nos rodeia não manchará nossa alma. [...]
É um erro grave negligenciar a adoração pública a Deus. Os privilégios do
culto divino não devem ser vistos como algo sem importância. Com frequência
os que cuidam dos doentes ficam impossibilitados de aproveitar esses privilé-
gios, mas devem ser cuidadosos em não deixar de frequentar a casa de oração
sem motivo justo. No cuidado dos doentes, mais do que em qualquer outra ocu-
pação secular, o sucesso depende do espírito de consagração e altruísmo com
que o trabalho é feito. Os que assumem responsabilidades precisam se colocar
onde possam ser profundamente impressionados pelo Espírito de Deus. [...]
Em nossa vida diária, devemos demonstrar que temos paz e descanso no
Senhor. Essa paz no coração surgirá na fisionomia. Dará à voz uma força con-
vincente. A comunhão com Deus aparecerá no caráter e na vida. Os homens ve-
rão em nós, como nos primeiros discípulos, que estivemos com Jesus. — A ciên-
cia do bom viver, p. 512.

Deus é que deve ser meu conselheiro

Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o en-
quanto está perto (Isaías 55:6).
A
o enfrentar dificuldades, muitos pensam que devem procurar algum
amigo terrestre para contar-lhe as perplexidades e lhe pedir socorro.
Sob circunstâncias difíceis, a descrença enche o coração e o caminho pa-
rece sombrio. Contudo, o poderoso e eterno Conselheiro está sempre ao
lado, convidando você a confiar totalmente nEle. [...]
Nos negócios, nas amizades das horas de lazer e no casamento, empreenda
todas as relações sociais da sua vida com fervorosa e humilde oração. Desse
modo você demonstra que honra a Deus, e assim Deus honrará você. Ore
quando se sentir abatido. Em ocasiões de desânimo, não diga nada a ninguém.
Não encha de sombras o caminho do próximo, mas conte tudo a Jesus. — A ci-
ência do bom viver, p. 513.
perderão o prêmio. Serão pesados nas balanças do santuário, e achados em
falta. Todo aquele que luta pela preciosa dádiva da vida eterna deve desconfiar
da própria força e, com muita oração, lançar a alma desvalida sobre Cristo. Há
muito pouco estudo da Palavra de Deus em busca de clara orientação para o
caminho da vida. A maioria dos que professam crer em Cristo tem apenas ideias
superficiais do que forma o caráter cristão. [...] Se você se apegar pela fé à justiça
de Cristo, então não descuide dos pensamentos, das palavras e dos atos. Estude
muito e ore muito para que, assim como Cristo lhe indicou o caminho, também
por Sua graça conserve você nesse caminho. Pois somos “guardados pelo poder
de Deus, mediante a fé” (1 Pedro 1:5). — Signs of the Times, 1º de dezembro de
1890.

Preciso estar com Deus no monte

E subiu Moisés a Deus, e o Senhor o chamou do monte, di-
zendo: Assim falarás à casa de Jacó e anunciarás aos filhos de Is-
rael (Êxodo 19:3).
D
eus nos diz: “Sobe a Mim, ao monte” (Êxodo 24:12). Antes de Moisés po-
der ser o instrumento de Deus na libertação de Israel, Deus lhe destinou
quarenta anos de comunhão com Ele na solidão das montanhas. Antes
de levar a mensagem de Deus a Faraó, o profeta falou com o Anjo na
sarça ardente. Antes de receber a Lei de Deus como representante do povo do
Senhor, Deus o chamou ao monte onde contemplou a glória divina. [...] Antes de
abandonar, com a sua vida, a missão de guia de Israel, Deus o chamou ao cume
do Pisga, e fez passar sob seus olhos a glória da terra prometida.
Antes que os discípulos partissem para a sua missão, Jesus os chamou ao
monte. Antes do poder e glória do Pentecoste, veio a noite de comunhão com o
Salvador, o encontro num monte da Galileia, a cena de despedida sobre o Monte
das Oliveiras, com a promessa dos anjos, e os dias de oração e comunhão no
cenáculo. Quando Jesus Se preparava para alguma grande prova ou para al-
guma obra importante, afastava-Se para a solidão dos montes e passava a noite
orando ao Pai. Uma noite de oração veio antes da consagração dos apóstolos, do
sermão da montanha, da transfiguração, da agonia da sala do juízo e da cruz, e
da glória da ressurreição. — A ciência do bom viver, p. 509.

Tirando boas coisas do tesouro do coração

Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o
vosso coração (Mateus 6:21).
N
ão são pequenas as obrigações que recaem sobre nós. Nosso senso de
dependência nos levará para mais perto de Deus, e nosso senso do de-
ver e nossas fervorosas orações nos empurrarão ao esforço: fé, obras e
constante oração. Poder! Poder! Nossa grande súplica é por poder infi-
nito! Ele está à nossa espera. Só temos de obtê-lo. É aceitar o que Deus afirma;
agir pela fé; firmar-nos fortemente nas promessas; lutar pela recepção da graça
de Deus. A sabedoria secular não é essencial; o gênio não é necessário; a elo-
quência pode ser rara, mas Deus ouve a prece do coração abatido e contrito, e
quando Ele ouve não há obstáculos sobre a Terra que possam impedir. O poder
de Deus nos tornará eficientes. — Carta 35, 1878.
Importa haver constante e intensa luta da alma contra as más imaginações
do espírito. Precisa haver firme resistência à tentação para pecar por pensa-
mento e atitude. A mente precisa ser protegida de toda mancha pela fé nAquele
que é capaz de guardar você de cair. Devemos meditar nas Escrituras, pensando
de modo equilibrado e inocente nas coisas que dizem respeito à nossa salvação
eterna. A infinita misericórdia e amor de Jesus, o sacrifício feito em nosso favor,
exigem a mais séria e solene reflexão. [...] Considerando constantemente os as-
suntos celestes, nossa fé e amor se tornarão mais vigorosos. Nossas orações se-
rão cada vez mais aceitáveis a Deus porque estarão repletas de fé e amor. Serão
mais inteligentes e fervorosas. — The Review and Herald, 12 de junho de 1888.
Quando a mente se acha assim cheia, [...] o crente em Cristo estará pronto
para tirar boas coisas do tesouro do próprio coração. — The Youth’s Instructor,
7 de junho de 1894.

Quem busca, encontra

Peça-a, porém, com fé, não duvidando; porque o que du-
vida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lan-
çada de uma para outra parte (Tiago 1:6).
A
oração e a fé são aliadas íntimas e precisam ser estudadas juntas. Na ora-
ção da fé há uma ciência divina, e todo aquele que deseja ter sucesso na
obra precisa compreender essa ciência. [...]
[Jesus] deixa bem claro que o nosso pedido deve estar de acordo com
a vontade de Deus; devemos pedir as coisas que Ele prometeu, e tudo aquilo que
recebemos deve ser usado no cumprimento da vontade divina. Se as condições
forem cumpridas, a promessa é certa.
Podemos pedir o perdão do pecado, o Espírito Santo, um temperamento
cristão, sabedoria e força para fazer a obra divina, ou qualquer dom que Ele te-
nha prometido. Em seguida devemos crer que recebemos e agradecer a Deus
por ter recebido. Não precisamos esperar por qualquer indício visível da bên-
ção. O dom está na promessa. Podemos nos dedicar a nosso trabalho com a cer-
teza de que Deus pode e vai cumprir o que prometeu, e de que o dom — que nós
já possuímos! — surgirá quando mais precisarmos dele. [...]
Era nas horas de oração solitária que Jesus recebia sabedoria e poder em
Sua vida terrestre. Que os jovens imitem o exemplo dEle procurando, ao alvore-
cer e ao crepúsculo, uns momentos tranquilos para a comunhão com o Pai ce-
lestial. E ergam o coração a Deus o dia todo. [...]
Em muitos sentidos, parece que uma intensidade nunca vista está se apode-
rando do planeta. Há uma força terrível que absorve o corpo, o espírito e a alma
nos divertimentos, no ganhar dinheiro, nas lutas pelo poder, na própria batalha
pela existência. Em meio dessa corrida louca, Deus está falando. Ele nos ordena
parar e ir a um canto tranquilo para ter comunhão com Ele. “Aquietai-vos e sabei
que Eu sou Deus” (Salmos 46:10). — Educação, pp. 257-260.

Sem o Espírito Santo não haverá sucesso

E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele
de dia e de noite, ainda que tardio para com eles? (Lucas 18:7).
P
odemos ter seguido por muito tempo no caminho estreito, mas não é se-
guro usar isso como prova de que continuaremos nele até ao fim. Se te-
mos andado com Deus na comunhão do Espírito é porque O temos pro-
curado todo dia pela fé. Recebemos das duas oliveiras o azeite dourado
que flui pelos tubos de ouro. Mas quem cultiva o espírito e o hábito de orar não
pode pensar que vai receber o azeite dourado da bondade, paciência, coragem,
delicadeza e amor. [...]
Para os que pedem, o tempo em que vivemos será o tempo do Espírito
Santo. Peça a bênção dEle. É hora de sermos mais dedicados em nossa devoção.
Recebemos o trabalho duro, mas feliz e glorioso, de revelar Cristo aos que
estão em trevas. Somos chamados a divulgar as verdades especiais para este
tempo. O derramamento do Espírito Santo é essencial para tudo isso. Devemos
orar por Ele. O Senhor espera que Lhe peçamos esse dom. Ainda não nos dedi-
camos de todo o coração a essa tarefa.
Que posso dizer a meus irmãos em nome do Senhor? Quantos esforços te-
mos empreendido de acordo com a luz que o Senhor nos deu? Não podemos
depender da forma ou do maquinismo externo. O que precisamos é da vivifica-
dora influência do Santo Espírito de Deus. “Não por força nem por poder, mas
pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zacarias 4:6). Ore sem cessar e
vigie, trabalhando de acordo com as orações que tem feito. Ao orar, creia, confie
em Deus. Estamos na época da chuva serôdia, quando o Senhor concederá libe-
ralmente o Seu Espírito. Seja fervoroso em oração e vigie no Espírito. — The
Review and Herald, 2 de março de 1897.

Sem pedir, não há auxílio do alto

Nada tendes, porque não pedis (Tiago 4:2).
N
ão podemos sobreviver sem a graça de Deus. Precisamos de auxílio do
alto se quisermos resistir às inúmeras tentações de Satanás e escapar
das suas armadilhas. Entre a escuridão que nos cerca, precisamos ter
luz de Deus para revelar as armadilhas e laços do erro, do contrário se-
remos pegos. Devemos aproveitar a oportunidade para orar a sós e no altar da
família. Muitos precisam aprender a orar. [...]
A oração é tanto um dever como um privilégio. Precisamos da ajuda que só
Deus pode dar, e ela não virá sem que a peçamos. Se temos tanta certeza da pró-
pria justiça a ponto de não sentirmos nossa necessidade do auxílio de Deus, não
teremos essa ajuda quando mais dela precisarmos. Se somos independentes e
presunçosos demais para nos lançar mediante oração fervorosa, todo dia, sobre
os méritos de um Salvador crucificado e ressurgido, seremos abandonados às
tentações de Satanás. [...]
A oração fervorosa, sincera [...] traria força e graça para resistir aos poderes
das trevas. Deus quer abençoar. Está mais disposto a dar o Espírito Santo aos
que O pedem do que os pais em dar presentes aos filhos. Mas muitos não sentem
a própria necessidade. Não compreendem que nada podem fazer sem o auxílio
de Jesus. [...]
Os que quiserem receber as bênçãos do Senhor, precisam preparar eles
mesmos o caminho pela confissão do pecado, humilhação diante de Deus com
sincero arrependimento, e fé nos méritos do sangue de Cristo. — The Review
and Herald, 24 de julho de 1883.

A mais urgente necessidade

E buscar-Me-eis e Me achareis quando Me buscardes de
todo o vosso coração (Jeremias 29:13).
U
m ressurgimento da verdadeira piedade entre nós é a maior e a mais ur-
gente de todas as nossas necessidades. Buscá-lo deve ser nossa primeira
ocupação. É preciso haver dedicado esforço para obter a bênção do Se-
nhor, não porque Deus não esteja disposto a concedê-la, mas porque es-
tamos despreparados para recebê-la. Nosso Pai celeste está mais disposto a dar
Seu Espírito Santo àqueles que O pedem do que os pais terrestres estão a dar
bons presentes aos filhos. Contudo, devemos cumprir as condições estipuladas
por Deus em Sua promessa mediante confissão, humilhação, arrependimento e
fervorosa oração. Só assim Ele nos concederá a bênção. [...]
Os antigos porta-bandeiras sabiam o que significava resistir com Deus em
oração e desfrutar do derramamento do Espírito. Mas essas pessoas estão
saindo de cena, e quem tem surgido para preencher a vaga delas? Qual é o es-
tado das novas gerações? São pessoas convertidas a Deus? Estamos atentos à
obra que ocorre no santuário celeste ou estamos à espera de algum poder esti-
mulante que desça sobre a igreja e a desperte? Temos esperança de ver a igreja
inteira reavivada? Essa época nunca chegará.
Existem pessoas não convertidas na igreja, que não se unirão em fervorosa,
persistente oração. Precisamos entrar na obra individualmente. Precisamos
orar mais e falar menos. A iniquidade é abundante, e o povo deve ser ensinado
a não se contentar com uma aparência de piedade sem o espírito e o poder dela.
Se planejarmos esquadrinhar o próprio coração, removendo pecados e corri-
gindo as más tendências, nossa alma não inchará com a vaidade. Desconfiare-
mos do eu, possuindo um senso permanente de que nossa suficiência está em
Deus. — Mensagens escolhidas, vol. 1, p. 122.

1º de março O mais poderoso recurso
O preparo para receber a chuva temporã

E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém,
na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de po-
der (Lucas 24:49).
E
m obediência à ordem de Cristo, [os discípulos] aguardaram em Jerusa-
lém o cumprimento da promessa do Pai: o derramamento do Espírito.
Contudo, não aguardaram ociosos. O registro relata que “estavam sempre
no templo, louvando e bendizendo a Deus” (Lucas 24:53). Reuniram-se
também para apresentar seus pedidos ao Pai em nome de Jesus. Sabiam que
tinham um representante no Céu, um advogado junto ao trono de Deus. [...]
Ao trazerem à lembrança as palavras que Cristo lhes havia dito antes de Sua
morte, [os discípulos] entenderam mais completamente o significado delas.
Verdades esquecidas voltavam à mente, e as repetiam uns aos outros. Condena-
vam a si mesmos por não terem compreendido o Salvador. Como num desfile,
cena após cena da maravilhosa vida do Mestre passou perante eles. Meditando
naquela vida pura, santa, sentiram que nenhum trabalho seria duro demais, ne-
nhum sacrifício muito grande desde que pudessem testemunhar da amabili-
dade do caráter de Cristo na própria vida. Oh! Se pudessem reviver os passados
três anos — pensavam —, como teriam agido de modo diferente! Se pudessem
apenas ver o Mestre outra vez, com que intensidade procurariam expressar o
profundo amor que sentiam por Ele e a enorme tristeza por O terem ferido com
uma palavra ou ato de incredulidade!
No entanto, estavam consolados com o pensamento de que haviam sido per-
doados. E decidiram que, tanto quanto possível, compensariam a incredulidade
passada confessando corajosamente o nome dEle perante o mundo. — Atos dos
apóstolos, pp. 35 e 36.

O mais poderoso recurso 2 de março
O Espírito purifica o templo da alma

Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará
em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lem-
brar de tudo quanto vos tenho dito (João 14:26).
O
s discípulos oraram com intenso fervor a fim de serem capacitados a se
aproximar dos homens para lhes dizer palavras que os levassem a
Cristo. Pondo de parte todas as diferenças, toda a luta pelo primeiro lu-
gar, uniram-se em íntima comunhão cristã. Aproximaram-se mais e
mais de Deus, e ao fazerem isso sentiram que uma associação tão íntima com
Cristo era um privilégio. A tristeza tomava o coração deles ao se lembrarem de
quantas vezes O haviam magoado por terem sido lentos em compreender, fa-
lhos em alcançar as lições que, para o próprio bem deles, o Mestre tentava ensi-
nar.
Esses dias de preparo foram de profundo exame de coração. Os discípulos
sentiram a necessidade espiritual e suplicaram do Senhor a santa unção que os
prepararia para a obra de salvar almas. Não suplicaram essas bênçãos apenas
para si. Sentiam a responsabilidade que assumiam nessa obra de salvação de
almas. Compreendiam que o evangelho devia ser proclamado ao mundo, e soli-
citavam o poder que Cristo havia prometido. [...]
“E cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo
lugar; e de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetu-
oso, e encheu toda a casa em que estavam assentados” (Atos 2:1 e 2). — Atos
dos apóstolos, p. 37.
Perceba que só depois que os discípulos se uniram perfeitamente, quando
não brigavam mais pelo primeiro lugar, é que o Espírito foi derramado. [...] O
Espírito dAquele que morreu para dar vida aos pecadores animava toda a con-
gregação de crentes. — E recebereis poder, p. 287.

3 de março O mais poderoso recurso
Efeitos da plenitude do Espírito

Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; por-
que, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu
for, vo-lo enviarei (João 16:7).
S
obre os discípulos que aguardavam orando, o Espírito desceu com uma
plenitude que alcançou cada coração. O Ser infinito Se revelou em poder à
igreja. Era como se essa influência estivesse sendo contida por séculos, e
agora o Céu se alegrasse em poder derramar sobre a igreja as riquezas da
graça do Espírito. E sob a influência do Espírito palavras de penitência e confis-
são se misturavam a cânticos de louvor por pecados perdoados. Ouviam-se pa-
lavras de gratidão e de profecia. Todo o Céu se inclinou para contemplar a sabe-
doria do incomparável e incompreensível amor. Abismados pela admiração, os
apóstolos exclamaram: “Nisto está a caridade!” (1 João 4:10). Apoderaram-se do
dom que lhes foi repartido. Em seguida, o que ocorreu? A espada do Espírito, de
novo afiada com poder e banhada pelos relâmpagos do Céu, abriu caminho atra-
vés da incredulidade. Milhares se converteram num dia. [...]
“E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pou-
saram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começa-
ram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falas-
sem” (Atos 2:3 e 4). Assumindo a forma de línguas de fogo, o Espírito Santo re-
pousou sobre a assembleia. Isso era um símbolo do dom concedido aos discípu-
los na época, o qual os capacitava a falar com fluência línguas com as quais
nunca haviam entrado em contato. A aparência de fogo significava o zelo fervo-
roso com que os apóstolos trabalhariam, e o poder que acompanharia a obra
deles. — Atos dos apóstolos, pp. 38 e 39.

O poder do testemunho do Espírito

Com grande poder os apóstolos davam testemunho da res-
surreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante
graça (Atos 4:33).
Q
ual foi o resultado do derramamento do Espírito no dia de Pentecostes?
As boas-novas de um Salvador ressuscitado alcançaram as partes mais
longínquas do mundo habitado. À medida que os discípulos proclamavam
a mensagem da graça redentora, os corações se entregavam ao poder da
mensagem. A igreja viu conversos chegando de todas as direções. Apostatados
se convertiam outra vez. Pecadores se uniam aos crentes em busca da Pérola de
grande preço. Alguns que haviam sido os mais duros inimigos do evangelho se
tornavam agora seus campeões. [...] Cada cristão via no próximo uma revelação
do amor e benevolência divinos. Só um interesse dominava, um elemento de
estímulo absorvia os demais. A ambição dos crentes era revelar a semelhança
do caráter de Cristo e trabalhar pelo desenvolvimento de Seu reino. [...]
As atividades deles atraíram à igreja homens escolhidos que, recebendo a
Palavra da verdade, consagraram a vida à obra de levar a outros a esperança
que enchia seu coração com paz e alegria. Nada os impedia, nem ameaças os
intimidavam. [...]
Deus pode atuar de um modo muito poderoso quando os homens se entre-
gam ao controle do Espírito. [...]
Quanto mais íntima é a caminhada dos crentes com Deus, tanto mais claro e
poderoso é o testemunho do amor do Redentor e da Sua graça salvadora. Os
homens e mulheres que através dos longos séculos de perseguição e prova des-
frutaram em larga escala da presença do Espírito na vida, permaneceram como
sinais e maravilhas no mundo. Revelaram diante dos anjos e dos homens o
transformador poder do amor que redime. — Atos dos apóstolos, pp. 48 e 49.

Orando por novos suprimentos

Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conheci-
mento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura
completa de Cristo (Efésios 4:13).
[O
s discípulos] Eram levados a lutar com todas as faculdades dadas por
Deus a fim de alcançar a estatura de homens e mulheres em Cristo Je-
sus. Diariamente oravam por novos suprimentos de graça para que pu-
dessem subir mais e mais na escala da perfeição. Sob a operação do Es-
pírito Santo, mesmo os mais fracos, ao exercitarem fé em Deus, aprendiam a
melhorar as faculdades obtidas e a se tornarem santificados, refinados e eno-
brecidos. [...]
O tempo passado não efetuou nenhuma mudança na promessa dada por
Cristo ao partir, de que enviaria o Espírito Santo como Seu representante. Não
é por qualquer limitação da parte de Deus que as riquezas de Sua graça não
fluem para a Terra em favor dos homens. Se o cumprimento da promessa não é
visto como poderia ser é porque a promessa não é apreciada como deveria. [...]
Já que esse é o meio pelo qual receberemos poder, por que não sentimos
fome e sede do dom do Espírito? Por que não falamos sobre ele, não oramos por
ele e não pregamos a seu respeito? O Senhor está mais disposto a dar o Espírito
Santo àqueles que O servem do que os pais a dar bons presentes aos filhos. Cada
obreiro devia fazer um pedido diário a Deus pelo batismo do Espírito. Grupos
de obreiros cristãos precisam se reunir para suplicar auxílio especial, sabedoria
celestial a fim de que saibam como planejar e executar de modo sábio. Especial-
mente devem orar para que Deus batize Seus embaixadores escolhidos nos
campos missionários com uma rica medida do Seu Espírito. A presença do Es-
pírito com os obreiros de Deus dará à proclamação da verdade um poder que
nenhuma honra ou glória do mundo conseguiria dar. — Atos dos apóstolos, pp.
50 e 51.

A força e o sustento da alma

E os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo
(Atos 13:52).
O
Espírito Santo habita no consagrado obreiro de Deus onde quer que ele
esteja. As palavras dirigidas aos discípulos também o são a nós. O Con-
solador é tanto nosso quanto deles. O Espírito concede a força que sus-
tenta a alma que se empenha e luta em todas as emergências, em meio
ao ódio do mundo e ao reconhecimento dos próprios fracassos e erros. Em tris-
tezas e aflições, quando o panorama se mostra sombrio e o futuro aterrorizante,
e nos sentimos desamparados e sós, é tempo de o Espírito Santo conceder con-
forto ao coração em resposta à oração da fé.
Não é prova categórica de que um homem é cristão o manifestar ele êxtases
espirituais sob circunstâncias extraordinárias. Santidade não é êxtase, mas é in-
teira entrega da vontade a Deus, é viver por toda a palavra que sai da boca de
Deus, é fazer a vontade de nosso Pai celestial, é confiar em Deus na provação,
tanto nas trevas quanto na luz, é andar pela fé e não pela vista, é apoiar-se em
Deus com indiscutível confiança, descansando em Seu amor. [...]
A natureza do Espírito Santo é um mistério. Os homens não a podem expli-
car porque o Senhor não a revelou. Podem-se reunir passagens da Escritura e
dar a elas um significado humano com base em pontos de vista fantasiosos, mas
a aceitação desses pontos de vista não fortalecerá a igreja. Com relação a tais
mistérios — profundos demais para a compreensão humana! —, o silêncio é
ouro. — Atos dos apóstolos, pp. 51 e 52.

A herança de Cristo aos discípulos

Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, bati-
zando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (Mateus
28:19).
O
s discípulos começaram a perceber a natureza e o alcance da obra. De-
viam proclamar ao mundo as maravilhosas verdades que lhes foram
confiadas por Cristo. [...]
O Espírito Santo ainda não havia Se manifestado plenamente, pois
Cristo ainda não tinha sido glorificado. A mais abundante transmissão do Espí-
rito só ocorreu depois da ascensão de Cristo. [...] Antes de os discípulos poderem
cumprir os deveres oficiais para com a igreja, Cristo soprou sobre eles Seu Es-
pírito. Estava confiando a eles uma santíssima herança, e desejava impressioná-
los com o fato de que sem o Espírito Santo era impossível realizar essa obra. —
O Desejado de todas as Nações, p. 805.
A mente deve ser mantida desperta com trabalho novo, dedicado e fervo-
roso. Como se consegue isso? O poder do Espírito Santo deve purificar os pen-
samentos e limpar a alma da contaminação moral. Os hábitos corrompedores
não só desonram a alma, mas estragam a mente. [...] Quando os professores e
alunos dedicarem a Deus alma, corpo e espírito e purificarem os pensamentos
pela obediência às leis divinas, receberão continuamente novo estoque de força
física e mental. Então haverá ardentes anseios por Deus e fervorosas orações
para entender tudo com clareza. A função e a obra do Espírito Santo não estão
no fato de que as pessoas O usam, como muitos entendem; pelo contrário, o Es-
pírito Santo é que as usa, moldando, adaptando e santificando cada faculdade
do crente. — Fundamentos da educação cristã, p. 227.

Essa promessa também nos pertence

Porque na mesma hora vos ensinará o Espírito Santo o que vos
convenha falar (Lucas 12:12).
S
ob a guia do Espírito Santo, o estudo profundo e sincero da Palavra pro-
porcionará a você o maná fresco, e o mesmo Espírito tornará isso eficaz. O
esforço feito pelos jovens a fim de disciplinar a mente em busca de eleva-
dos e santos ideais será recompensado. Os que se esforçam com persis-
tência nesse sentido, aplicando a mente à tarefa de compreender a Palavra de
Deus, estão prontos para ser colaboradores de Deus. — Conselhos sobre educa-
ção, p. 150.
Cristo prometeu o dom do Espírito Santo à igreja, e essa promessa nos per-
tence da mesma forma que pertencia aos primeiros discípulos. [...] Não pode-
mos usar o Espírito Santo, mas Ele é que deve Se servir de nós. Mediante o Es-
pírito Deus opera em Seu povo “tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua
boa vontade” (Filipenses 2:13). Mas muitos não se entregarão a isso. Querem
dirigir a si mesmos. É por isso que não recebem o dom celeste. Somente os que
esperam com humildade em Deus, que estão atentos à guia e à graça divinas, é
que receberão o Espírito. O poder de Deus aguarda que O peçam e O recebam.
— O Desejado de Todas as Nações, p. 672.
A eficiência do Espírito Santo é que torna útil o ministério da Palavra.
Quando Cristo fala por intermédio do pastor, o Espírito Santo prepara o coração
dos ouvintes para receber a Palavra. O Espírito Santo não é um servo, mas um
poder que controla. Ele faz com que a verdade brilhe no espírito, e fala através
de toda palestra em que o pastor se entrega à operação divina. — Obreiros evan-
gélicos, p. 155.

Eu preciso suplicar pelo Espírito Santo

Pois, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos
filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que
Lho pedirem? (Lucas 11:13).
D
evemos orar com tanto fervor pela descida do Espírito Santo quanto os
discípulos oraram no dia de Pentecostes. Se precisavam do poder do Es-
pírito naquele tempo, quanto mais nós hoje. Todo tipo de doutrinas fal-
sas, heresias e enganos tem desviado o pensamento humano, e sem o
auxílio do Espírito nossos esforços por apresentar a verdade divina serão inú-
teis. — The Review and Herald, 10 de fevereiro de 1903.
Deus deseja renovar Seu povo pelo dom do Espírito Santo, batizando-os de
novo com o amor divino. Não há necessidade de uma escassez do Espírito na
igreja. Após a ascensão de Cristo, o Espírito Santo desceu sobre os discípulos
crentes, que estavam a esperar e orar, com uma plenitude e poder que alcançou
cada coração. No futuro, a Terra será iluminada com a glória de Deus. Uma santa
influência brilhará no mundo, partindo daqueles que são santificados pela ver-
dade. A Terra será rodeada com uma atmosfera de graça. O Espírito Santo atu-
ará em corações humanos, tomando do tesouro de Deus e revelando-o aos ho-
mens. — The Review and Herald, 23 de novembro de 1905.
Cristo declarou que a divina influência do Espírito estaria com os Seus se-
guidores até o fim do tempo. Porém, a promessa não é apreciada como deveria
ser, e por isso o cumprimento dela não é visto como poderia ser. [...] Assuntos
de pouca importância ocupam a atenção, e, apesar de oferecido em infinita ple-
nitude, falta o poder divino, que é necessário ao crescimento e prosperidade da
igreja, e que traria consigo todas as outras bênçãos. — The Review and Herald,
30 de abril de 1908.

Como o Espírito atua?

Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça
e do juízo (João 16:8).
por meio da poderosa atuação do Espírito Santo que o governo de Satanás
É será vencido e dominado. É o Espírito Santo que convence do pecado e o

expulsa da alma com a permissão do ser humano. Uma nova lei passa a do-
minar a mente, a saber: a Lei da liberdade. [...] Por meio da atuação do Es-
pírito Santo, [Jesus] ergue a mente de sua deterioração, firmando-a na realidade
eterna. Pelos méritos de Cristo o homem pode usar as mais nobres faculdades
do ser e expulsar o pecado da alma. — The Review and Herald, 25 de abril de
1893.
O Espírito Santo é o Consolador, o Consolador de vocês. Será que o Espírito
deixou de cumprir Sua parte na obra? Se sim, vocês não merecem reprovação.
Mas a promessa é garantida e firme. Quando dizem que não têm fé em Deus,
vocês O estão tornando um mentiroso, e demonstram com isso que não têm
confiança na obra do Espírito Santo, que sempre está disposto a nos ajudar em
nossas fraquezas. Ele sempre está à porta esperando por vocês, sempre ba-
tendo pedindo entrada. Deixem-nO entrar. Tudo que vocês têm a fazer é colocar
a vontade ao lado do Senhor. Vocês precisam da promessa, mas a perfeita con-
fiança deve estar no poder Infinito que está por detrás dessa promessa. Digam:
“Sou do Senhor. Eu creio.” Apaguem da alma toda dúvida. Tenham fé em Deus.
Ele ama vocês. Nunca, nunca duvidem ou desconfiem dEle. — Manuscrito 80,
1893.

O Espírito converte
Todos, atônitos e perplexos, interpelavam uns aos outros: Que
quer isto dizer? (Atos 2:12).
D
evemos orar pela entrega do Espírito como um remédio para as almas
doentes pelo pecado. Se a igreja precisa estar convertida, por que não
nos prostramos diante do trono da graça, como representantes da
igreja, e com coração submisso e espírito contrito suplicamos fervoro-
samente pelo derramamento do Espírito Santo lá do Alto sobre nós? [...]
Alguns tratam o Espírito como um hóspede inconveniente, que não é bem-
vindo, recusando receber o rico dom, recusando reconhecê-lO, dEle se desvi-
ando e O condenando como fanatismo. Quando o Espírito Santo opera no
agente humano, não nos pergunta sobre a melhor forma de atuar. Frequente-
mente Se move de modo inesperado. Cristo não veio como os judeus imagina-
vam; não veio de maneira que os glorificasse como nação. [...]
Os judeus se recusaram a receber a Cristo porque Ele não veio de acordo
com a expectativa deles. As ideias humanas eram consideradas infalíveis por-
que eram muito antigas. Hoje a igreja está exposta ao mesmo perigo — o de que
as ideias de homens finitos determinem a forma exata em que o Espírito Santo
deve descer e se manifestar. Embora não queiram reconhecê-lo, alguns já o têm
feito. E pelo fato de o Espírito não vir para exaltar o homem ou confirmar as
errôneas teorias humanas, mas para convencer o mundo do pecado, da justiça
e do juízo, muitos se afastarão dEle. [...] O Espírito Santo não bajula o homem
nem atua segundo qualquer ideia humana.
Humanos finitos e pecaminosos não devem comandar o Espírito Santo.
Quando Ele vier reprovar por meio de qualquer instrumento humano que Deus
escolher, é o dever do homem ouvir e obedecer-Lhe a voz. — The Ellen G. White
1888 Materials, vol. 4, pp. 1540 e 1541.

Não posso entristecer o Espírito

E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais sela-
dos para o dia da redenção (Efésios 4:30).
O
s que resistem ao Espírito de Deus, ofendendo-O até que vá embora, não
sabem aonde Satanás os poderá levar. Quando o Espírito Santo Se afasta
do homem, este tomará certas atitudes imperceptíveis que antigamente
via como pecados claros. [...] Seguirá passo a passo as pegadas de Sata-
nás. [...] Tais almas consideram a Satanás como companheiro favorito para tor-
cer as palavras ditas e entendê-las sob uma falsa luz.
Quando alguém entristece o Espírito de Deus a ponto de O forçar a Se retirar,
todo apelo feito pelos servos do Senhor é inexpressivo para essa pessoa. Tor-
cerá toda palavra. Debochará e zombará das mais solenes advertências bíblicas
que a fariam tremer se não tivesse sido enganada por instrumentos satânicos.
Todo apelo é inútil. Não presta atenção a repreensões e conselhos. Despreza to-
das as súplicas do Espírito e desobedece aos mandamentos de Deus que antiga-
mente defendia e exaltava. [...]
É essencial viver de toda Palavra de Deus; do contrário, a velha natureza se
fortalecerá constantemente. É o Espírito Santo, a graça redentora da verdade na
alma, que une os seguidores de Cristo uns aos outros e a Deus. Só Ele pode ex-
pulsar a inimizade, a inveja e a incredulidade. Santifica todas as afeições. Recu-
pera a alma desejosa e voluntária do poder de Satanás para Deus. Esse é o poder
da graça. É um poder divino. Sob essa influência há uma mudança dos velhos
hábitos, costumes e práticas que quando nutridos separam a alma de Deus. E a
obra da santificação prossegue na pessoa, avançando e se ampliando constan-
temente. — The Review and Herald, 12 de outubro de 1897.

O que é o pecado contra o Espírito Santo?

Por isso, vos declaro: Todo pecado e blasfêmia serão perdoa-
dos aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdo-
ada (Mateus 12:31).
Q
uero dirigir estas palavras a quem tem recebido luz, privilégios, advertên-
cias e apelos, mas não tem feito um esforço decidido para se entregar com-
pletamente a Deus. Desejo advertir você a que tenha medo de pecar con-
tra o Espírito Santo, ficando então entregue aos próprios caminhos,
caindo em insensibilidade moral e nunca mais obtendo perdão. Por que você
aceitaria continuar sendo educado na escola de Satanás para seguir uma ten-
dência que impossibilite todo arrependimento e reforma? Por que se recusaria
a aceitar os apelos da misericórdia? Por que diria: “Deixe-me em paz” até que
Deus seja forçado a atender a esse pedido só porque você quer que seja assim?
Quem resiste ao Espírito de Deus pensa que algum dia no futuro vai se arre-
pender, quando estiver pronto para dar um passo decisivo em direção à re-
forma. O problema é que nesse tempo o arrependimento estará fora de alcance.
A escuridão de quem se recusa a andar na luz enquanto a luz brilha sobre ele
será proporcional ao conhecimento e aos privilégios oferecidos.
Ninguém precisa entender que o pecado contra o Espírito Santo é algo mis-
terioso e inexplicável. O pecado contra o Espírito Santo é a persistente recusa
em atender aos convites para arrependimento. [...] No entanto, que ninguém fi-
que desanimado com essa exposição do assunto. Todo aquele que está empe-
nhado em fazer a vontade do Mestre não precisa se desencorajar. Espere em
Deus. O Senhor Jesus demonstrou que tem infinito apreço por você. Ele deixou
o trono real, as cortes reais, revestiu Sua divindade com a humanidade e sofreu
uma morte horrorosa sobre a cruz do Calvário para que você pudesse ser salvo.
— The Review and Herald, 29 de junho de 1897.

O Espírito Santo está me esperando

Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito pe-
netra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus (1 Coríntios
2:10).
O
Espírito Santo está sempre à espera para realizar a obra divina no cora-
ção humano. [...]
Era muito difícil para os discípulos de Cristo manterem as lições do
Mestre separadas das tradições e princípios dos rabinos, escribas e fari-
seus. Os ensinos que os discípulos tinham sido orientados a respeitar como a
voz de Deus lhes dominavam o espírito, moldando os sentimentos. Os discípu-
los não poderiam ser uma luz viva e brilhante enquanto não se libertassem da
influência dos dizeres e mandamentos humanos, e as palavras de Cristo se gra-
vassem no profundo da mente e do coração, como verdades distintas, como pe-
dras preciosas, para serem apreciadas, amadas e praticadas.
Jesus veio ao mundo, levou uma vida santa e morreu para deixar à igreja
uma valiosa herança. Fez dos discípulos os depositários das mais preciosas dou-
trinas para que estas fossem colocadas nas mãos de Sua igreja sem mistura al-
guma com os erros e as tradições de homens. Revelou-Se a eles como a Luz do
mundo, como o Sol da justiça. E prometeu-lhes o Consolador, o Espírito Santo, a
quem o Pai enviaria em Seu nome. — Signs of the Times, 16 de novembro de
1891.
“Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros” (João 14:18). O divino Es-
pírito que o Redentor do mundo prometeu enviar é a presença e o poder de
Deus. Ele não deixará Seu povo neste planeta sem a graça, para ser perseguido
pelo inimigo de Deus e afligido pela opressão do mundo, mas voltará para eles.
— Signs of the Times, 23 de novembro de 1891.

Deus quer a minha cooperação

Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo,
que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós
mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois,
a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a
Deus (1 Coríntios 6:19 e 20).
U
m poder acima e fora do homem deve atuar nele para que sólidas vigas
sejam introduzidas no edifício de seu caráter. A presença de Deus deve
permanecer no santuário interior da alma. “Que ligação há entre o san-
tuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente,
como Ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão
o Meu povo” (2 Coríntios 6:16). “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o
Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o
destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado” (1 Coríntios 3:16
e 17). [...]
O homem não constrói em si mesmo uma habitação para o Espírito. Por isso,
se não houver cooperação da vontade humana com a divina, o Senhor nada po-
derá fazer por ele. O Senhor é o grande Obreiro-Mestre, mas mesmo assim o
instrumento humano precisa cooperar com o Obreiro Divino, senão o edifício
celestial não será completado. Todo o poder é de Deus, e toda a glória deve re-
tornar para Deus; por outro lado, toda a responsabilidade recai sobre o instru-
mento humano, pois Deus nada pode fazer sem a cooperação humana. — The
Review and Herald, 25 de outubro de 1892.

O Espírito Santo me guiará

Agora, compelido pelo Espírito, estou indo para Jerusalém,
sem saber o que me acontecerá ali (Atos 20:22).
T
odo servo de Deus deve ser guiado pelo Espírito. Não pertence ao ho-
mem a direção dos próprios passos. Nossa estrada, por mais acidentada
que seja, foi traçada pelo Senhor, e devemos andar nela. — Manuscrito
42, 1901.
A promessa do Espírito também nos pertence, assim como pertencia aos
primeiros discípulos. Hoje Deus capacitará homens e mulheres com poder do
alto, assim como preparou os que no dia de Pentecostes ouviram as palavras de
salvação. Agora mesmo Seu Espírito e graça estão ao alcance de todos quantos
deles necessitam e que exigem o cumprimento da promessa. — Testemunhos
para a igreja, vol. 8, pp. 18-20.
Ensinem os filhos que eles têm o privilégio de receber diariamente o ba-
tismo do Espírito Santo. — Orientação da criança, pp. 69 e 70.
Os que são estudantes dedicados da Palavra, seguindo a Cristo com humil-
dade de alma, não irão a extremos. O Salvador nunca foi a extremos, nunca per-
deu o domínio próprio, nunca violou as leis do bom gosto. Sabia quando convi-
nha falar e quando ficar quieto. Estava sempre no controle de Si mesmo. [...]
Os que seguem o exemplo de Cristo não serão extremistas. Cultivarão a
calma e o domínio próprio. A paz que se manifestava na vida de Cristo também
se revelará neles. — Obreiros evangélicos, p. 314.
Santa influência brilhará para o mundo da parte daqueles que estão santifi-
cados pela verdade. [...] O Espírito Santo tem de atuar no coração humano para
apresentar as coisas de Deus. — Testemunhos para a igreja, vol. 9, p. 40.

O dom mais completo que existe

E Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho,
dando-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós (Atos 15:8).
A
ntes de Se oferecer como a vítima sacrificial, Cristo buscou o mais efetivo
e completo dom para conceder a Seus seguidores, um dom que disponi-
bilizaria os ilimitados recursos da graça.
O Espírito já andava no mundo antes dessa época. Desde o próprio
início da obra da redenção Ele vinha atuando no coração humano. Mas en-
quanto Cristo estava na Terra, os discípulos não desejavam nenhum outro au-
xiliador. Só depois que estivessem privados da presença dEle é que sentiriam a
necessidade do Espírito, e só então Ele viria.
O Espírito Santo é o representante de Cristo, mas despojado da personali-
dade humana e independente dela. Limitado pela humanidade, Cristo não po-
deria estar em toda parte em pessoa. Por isso, era do interesse dos discípulos
que Ele fosse para o Pai e enviasse o Espírito como Seu sucessor na Terra. Assim
ninguém estaria em vantagem pela própria situação ou por contato pessoal com
Cristo. O Salvador seria acessível a todos através do Espírito. Nesse sentido, es-
taria mais intimamente ligado a eles do que se não tivesse voltado ao Céu.
Em toda época e lugar, em todas as dores e aflições, quando o panorama se
apresenta sombrio e o futuro cheio de perplexidade e nos sentimos desampa-
rados e sós, Deus enviará o Consolador como uma resposta à oração da fé. As
circunstâncias podem nos separar de todos os amigos terrestres, mas nada,
nem mesmo a distância, pode nos separar do celeste Consolador. Onde quer que
estejamos, aonde quer que vamos, Ele Se encontra sempre à nossa direita para
apoiar, sustentar, erguer e animar. — O Desejado de Todas as Nações, pp. 668-
671.

Uma obra individual

Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é res-
peitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amá-
vel, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum
louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento (Filipenses
4:8).
C
ada um de nós tem uma obra a fazer por si: preparar a mente, ser sóbrio
e vigiar em oração. A mente precisa ser controlada com firmeza para que
pense em temas que fortaleçam as faculdades morais. Os jovens devem
começar bem cedo a cultivar hábitos corretos de pensamento. Devemos
educar a mente para que pense de maneira sadia, e não permitir que se demore
em coisas más. [...]
Quando Deus atua no coração por Seu Santo Espírito, o homem deve coope-
rar com Ele. Os pensamentos precisam ser controlados, restringidos, impedidos
de vasculhar e explorar aquilo que só tende a enfraquecer e poluir a alma. Os
pensamentos devem ser puros, e limpas as meditações do coração, de modo que
as palavras sejam agradáveis ao Céu e úteis aos que nos rodeiam. Cristo disse
aos fariseus: “Raça de víboras, como podem vocês, que são maus, dizer coisas
boas? Pois a boca fala do que está cheio o coração. O homem bom, do seu bom
tesouro, tira coisas boas, e o homem mau, do seu mau tesouro, tira coisas más. Mas
Eu lhes digo que, no dia do juízo, os homens haverão de dar conta de toda palavra
inútil que tiverem falado. Pois por suas palavras você será absolvido, e por suas
palavras será condenado” (Mateus 12:34-37, Nova Versão Internacional).
No Sermão da Montanha Cristo apresentou aos discípulos os princípios de
vasto alcance da Lei de Deus. Ele ensinou aos ouvintes que os pensamentos é
que quebravam a Lei mesmo antes que o mau desejo fosse praticado. Temos a
obrigação de controlar nossos pensamentos e de submetê-los à Lei de Deus. —
The Review and Herald, 12 de junho de 1888.

Ó Deus, eu preciso de um coração puro

Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro em
mim um espírito inabalável (Salmos 51:10).
“C
ria em mim um coração puro”. É assim que se começa direito, no pró-
prio alicerce do caráter cristão, pois da mente é que procedem as fon-
tes da vida. Se todos, pastores e povo, cuidassem para que o coração
estivesse em paz com Deus, veríamos resultados muito maiores do
esforço aplicado. [...]
Se todo filho de Deus O buscasse com mais fervor e dedicação, haveria maior
crescimento na graça. Cessariam as brigas; os crentes teriam o mesmo senti-
mento e teriam o mesmo propósito, e a pureza e o amor predominariam na
igreja. [...]
Assim como o perdão, o arrependimento é dom de Deus por meio de Cristo.
A influência do Espírito Santo é que nos convence do pecado e nos leva a sentir
necessidade de perdão. Somente os contritos é que são perdoados, mas é a
graça do Senhor que faz o coração se arrepender. Ele conhece todas as nossas
fraquezas e deficiências, e nos ajudará. Ouvirá a oração da fé, mas a sinceridade
da prece só pode ser demonstrada por nossos esforços para nos colocar em har-
monia com o grande padrão moral que testará o caráter de todas as pessoas.
Precisamos abrir o coração à influência do Espírito e sentir Seu poder trans-
formador. A razão por que você não recebe mais da ajuda salvadora de Deus é
que o canal de comunicação entre o Céu e a sua alma está bloqueado pela mun-
danidade, pelo amor à exibição e pelo desejo de alcançar o primeiro lugar. En-
quanto alguns se adaptam cada vez mais aos costumes e regras do mundo, de-
veríamos estar moldando nossa vida segundo o Modelo divino. E o nosso Deus,
que honra os acordos, nos concederá as alegrias da salvação e nos manterá com
Seu Espírito. — The Review and Herald, 24 de junho de 1884.

Permanece comigo, ó Espírito!

Permanecei em Mim, e Eu permanecerei em vós. Como não
pode o ramo produzir fruto de si mesmo se não permanecer na vi-
deira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em
Mim (João 15:4).
A
quele que realmente está desejoso de saber o que é a verdade não pode
permanecer na ignorância, pois a preciosa verdade recompensa o pes-
quisador dedicado. Precisamos sentir o poder convertedor da graça de
Deus, e insisto com todos os que têm fechado o coração ao Espírito de
Deus para que abram a porta e supliquem fervorosamente: “Permanece co-
migo!” Por que não nos curvaríamos diante do trono da graça divina para supli-
car que o Espírito de Deus seja derramado sobre nós como o foi sobre os discí-
pulos? Sua presença abrandará nosso coração insensível e nos encherá de ale-
gria e contentamento, transformando-nos em canais de bênção.
O Senhor quer que cada um de Seus filhos seja rico na fé, e essa fé é o resul-
tado da atuação do Espírito Santo na mente. [...] Ele faz brilhar a luz na alma dos
que procuram cooperar com Deus, dando-lhes eficiência e sabedoria para rea-
lizar Sua obra.
O Espírito Santo nunca desampara uma alma que está olhando para Jesus.
Ele pega do que pertence a Cristo e entrega àquele que procura. E se o olhar se
mantiver fixo em Jesus, a obra do Espírito não cessará até que a alma seja mol-
dada à Sua imagem. Pela graciosa influência do Espírito, o pecador é transfor-
mado na mente e em propósito até se tornar um com Cristo. Seu amor a Deus
aumenta. Sente fome e sede de justiça, e o contemplar a Cristo o transforma de
glória em glória, de caráter em caráter, e se torna mais e mais semelhante a seu
Mestre. — Signs of the Times, 27 de setembro de 1899.

Preciso sentir fome e sede do Espírito

Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para
nós, eles ministravam estas coisas que agora vos foram anuncia-
das por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pre-
garam o evangelho; para as quais coisas os anjos desejam bem
atentar (1 Pedro 1:12).
C
risto declarou que a divina influência do Espírito deveria estar com Seus
seguidores até o fim. Mas como essa promessa não é devidamente apre-
ciada, por isso também não a vemos se cumprindo mais amplamente. A
promessa do Espírito é assunto em que pouco se pensa; por isso, o resul-
tado é este — secura, escuridão, decadência e morte espirituais. [...]
A falta do Espírito é que deixa o ministério evangélico tão fraco. Pode haver
erudição, talento, eloquência ou qualquer dom natural ou adquirido, mas sem a
presença do Espírito de Deus nenhum coração será tocado, pecador algum será
ganho para Cristo. [...]
Por que não temos fome nem sede do dom do Espírito, visto que esse é o
meio pelo qual haveremos de receber poder? Por que não falamos sobre Ele,
não oramos por Ele e não pregamos a Seu respeito? O Senhor está mais disposto
a nos dar o Espírito Santo do que os pais terrestres a dar bons presentes aos
filhos. [...]
A presença do Espírito com os obreiros de Deus dará à proclamação da ver-
dade um poder que nenhuma honra ou glória do mundo conseguiria dar. O Es-
pírito concede a força que sustenta a alma que se empenha e luta em todas as
emergências, em meio ao ódio do mundo e ao reconhecimento dos próprios fra-
cassos e erros. — Testemunhos seletos, vol. 3 pp. 212 e 213.

Por que minha igreja está tão fraca e abatida?

Pois João batizou com água, mas dentro de poucos dias vo-
cês serão batizados com o Espírito Santo (Atos 1:5).
O
zelo por Deus levou os discípulos a darem testemunho da verdade com
grande poder. Não deveria esse mesmo zelo nos levar à ardente decisão
de contar a história do amor redentor de Cristo e dEste crucificado? O
Espírito de Deus não virá hoje em resposta à oração fervorosa, perseve-
rante, a fim de encher os homens de poder para o serviço? Por que, então, a
igreja se acha tão fraca e abatida? [...]
Se todos os que professam o Seu nome estivessem produzindo frutos para
Sua glória, a semente do evangelho seria espalhada rapidamente ao mundo in-
teiro! Depressa a última seara amadureceria e Cristo voltaria para recolher o
precioso grão. [...]
Quando o Espírito Santo controlar a mente dos membros de nossa igreja,
será vista uma norma mais alta na linguagem, no ministério, na espiritualidade.
Os membros da igreja serão refrigerados pela água da vida, e os obreiros reve-
larão no espírito, nas palavras e nos atos o próprio Cristo, o único Chefe para
quem trabalham, e se animarão uns aos outros para avançar no glorioso traba-
lho de finalização em que se empenharam. Haverá grande aumento na unidade
e no amor, que comprovarão ao mundo que Deus enviou Seu Filho para morrer
pela redenção dos pecadores. A verdade divina será exaltada; e ao brilhar como
uma lâmpada acesa, poderemos compreendê-la com maior, muito maior cla-
reza. — Testemunhos para a igreja, vol. 8, p. 211.

Preciso aprender esta oração

Não me repulses da Tua presença, nem me retires o Teu Santo
Espírito. Restitui-me a alegria da Tua salvação e sustenta-me com
um espírito voluntário. Então, ensinarei aos transgressores os Teus
caminhos, e os pecadores se converterão a Ti (Salmos 51:11-13).
Q
ue oração é essa! Como é evidente que os pecadores na família não devem
ser tratados com indiferença, mas que o Senhor os considera como a aqui-
sição de Seu sangue! Em toda família onde há pessoas não convertidas, o
empenho dos que conhecem ao Senhor deve ser trabalhar com sabedoria
pela conversão delas. O Senhor certamente abençoará os esforços dos pais ao
procurarem, em Seu temor e amor, salvar as almas dos familiares. O Senhor Je-
sus espera ser benigno. [...]
Portanto, compreendam todos os membros da família que a obra deve co-
meçar no coração. O coração tem de ser dominado para se tornar contrito pelo
poder criador e regenerador do Espírito Santo. [...]
A promessa do Senhor é: “Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis
purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos puri-
ficarei. Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de
vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o Meu
Espírito e farei que andeis nos Meus estatutos, guardeis os Meus juízos e os ob-
serveis” (Ezequiel 36:25-27).
Quando o Espírito do Senhor opera no coração dos pais, as orações e lágri-
mas deles subirão à presença de Deus e suplicarão fervorosamente, receberão
graça e sabedoria do Céu e serão capazes de trabalhar pelos filhos não conver-
tidos. Quando o Espírito se manifesta no lar, também será levado à igreja, e os
que são missionários no lar também se tornarão instrumentos para Deus na
igreja e no mundo. As instituições que Deus estabeleceu produzirão um modelo
muito diferente. — The Review and Herald, 14 de março de 1893.

Preciso do Espírito em minha casa

Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabi-
lidade, bondade, fidelidade (Gálatas 5:22).
P
ais e mães, como poderei encontrar palavras para descrever a grande
responsabilidade de vocês? Pelo caráter que têm revelado aos filhos, vo-
cês os estão educando para servir a Deus ou para servir ao próprio eu. [...]
Os pais precisam da proteção de Deus e da Palavra. Se não atendem
aos conselhos da Palavra, se não fazem da Bíblia o conselheiro e a norma da
vida, os filhos se tornarão descuidados e andarão nos caminhos da desobediên-
cia e incredulidade. Cristo levou uma vida de trabalho e altruísmo e sofreu uma
morte horrorosa para que pudesse dar um exemplo do espírito que deve inspi-
rar e dominar Seus seguidores. Quando os pais tentam ser semelhantes a Cristo
na vida doméstica, eles espalharão influências celestiais entre os membros da
família.
Deus deve ser honrado pelo sacrifício de oração e louvor em todo lar cristão,
de manhã e à noite. Em cada alvorecer e entardecer fervorosas orações devem
subir a Deus pedindo Sua bênção e orientação. Será que o Senhor do Céu des-
prezará tais lares e não deixará ali alguma bênção? É claro que não! Anjos ou-
vem as manifestações de louvor e a oração de fé, e levam os pedidos Àquele que
serve no santuário em favor de Seu povo e apresenta os próprios méritos por
eles. A oração genuína se apega à Onipotência e alcança a vitória para os seres
humanos. Ajoelhado, o crente obtém forças para resistir à tentação. — The Re-
view and Herald, 1º de fevereiro de 1912.

O Espírito Santo também opera nas crianças

Então, Lhe trouxeram algumas crianças para que as tocasse,
mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, vendo isto, indig-
nou-Se e disse-lhes: Deixai vir a Mim os pequeninos, não os emba-
raceis, porque dos tais é o reino de Deus. [...] Então, tomando-as
nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava (Marcos 10:13-
16).
D
eus quer que toda criança novinha seja um filho [e filha] Seu, adotado
em Sua família. Ainda que de pouca idade, as crianças podem ser mem-
bros da família da fé e ter uma experiência preciosíssima. Podem possuir
um coração terno e pronto a receber impressões duradouras. Podem ex-
pandir o coração em confiança e amor a Jesus, e viver para o Salvador. Cristo
fará delas pequenos missionários. Toda a tendência do pensamento delas pode
ser mudada de modo que o pecado não pareça algo atrativo, que deva ser des-
frutado, mas sim evitado e odiado.
As criancinhas e os que são de maior idade tirarão bênçãos desta instrução,
e simplificando assim o plano da salvação os professores receberão tão grandes
bênçãos quanto os alunos. O Espírito Santo gravará as lições no espírito moldá-
vel das crianças a fim de que possam aprender as simples ideias da verdade bí-
blica. E o Senhor proporcionará a essas crianças uma experiência nos ramos
missionários. Ele sugerirá tendências de pensamentos a elas que até mesmo os
próprios professores não têm. As crianças que são bem ensinadas serão teste-
munhas da verdade. — Conselhos aos professores, pais e estudantes, pp. 169 e
170.
Trabalhe para salvar os filhos de serem afogados nas influências contami-
nadoras e corruptoras do mundo, como se esse esforço fosse salvar sua própria
vida. — Orientação da criança, p. 309.
Deve-se contratar um professor que eduque as crianças nas verdades da Pa-
lavra de Deus, que são tão essenciais para estes últimos dias, e que é muito im-
portante que elas compreendam. Uma grande prova está para chegar: será so-
bre a obediência ou a desobediência aos mandamentos de Deus. — The Review
and Herald, 2 de julho de 1908.

O Espírito Santo também atua nos jovens

Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu cora-
ção nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfa-
zem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que
de todas estas coisas Deus te pedirá conta (Eclesiastes 11:9).
R
ecebemos a certeza de que Deus nos abençoará e nos tornará uma bên-
ção; e isso é nossa luz, nossa alegria e triunfo. Quando os jovens compre-
enderem o que é ter o favor e o amor de Deus no coração, começarão a
perceber o valor dos privilégios adquiridos por sangue, e dedicarão suas
capacidades a Deus, procurando com todas as forças dadas pelo Senhor aumen-
tar os talentos a serem usados no serviço do Mestre.
A única segurança para nossos jovens neste tempo de pecado e crime é ter
viva ligação com Deus. Devem aprender como buscar a Deus a fim de que sejam
cheios de Seu Santo Espírito e procedam como se estivessem a par de que todo
o exército celestial os contempla com atento interesse, prontos a socorrê-los do
perigo e em tempos de necessidade. Os jovens devem ser protegidos contra a
tentação por meio de avisos e instruções. Devem aprender quais são os incenti-
vos apresentados na Palavra de Deus. É preciso descrever o perigo de darem
um passo nos atalhos do mal. Devem ser educados a respeitar os conselhos de
Deus nos Seus sagrados oráculos. Devem ser ensinados de tal maneira que to-
mem uma posição definida contra o mal e decidam evitar qualquer caminho em
que não possam ter a companhia de Jesus nem a Sua bênção. — The Review and
Herald, 21 de novembro de 1893.

O Espírito Santo também dirige a colportagem

Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei,
e quem há de ir por Nós? Disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim
(Isaías 6:8).
T
rabalhe com simplicidade e o Senhor cooperará com você, colportor. O
Espírito Santo impressionará o espírito das pessoas assim como impres-
siona a mente daqueles que ouvem o discurso de ministros encarregados
por Deus, que pregam a Palavra. O mesmo ministério de santos anjos
acompanha aquele que se dedica à venda de livros para a instrução da verdade
às pessoas.
Homens e mulheres podem trabalhar com eficiência nesse setor desde que
sintam no coração que estão realizando a obra do Senhor ao servir às almas que
não conhecem a verdade presente. Estão soando a nota de advertência nos ca-
minhos e atalhos a fim de preparar um povo para o grande dia de Deus, que está
prestes a vir sobre o mundo. Não temos tempo a perder. Precisamos incentivar
essa obra. Quem vai sair agora a campo com nossas publicações? Leiam o capí-
tulo 6 de Isaías e tirem lições dele para si. [...]
Essa representação [descrita no capítulo 6 de Isaías] será praticada repeti-
das vezes se os colportores se aproximarem de Cristo levando Seu jugo e dEle
aprendendo diariamente a como levar mensagens de paz e conforto aos aflitos
e desanimados. Impregnando-os com Seu próprio Espírito, Cristo o grande Mes-
tre os capacita a realizar boa e importante obra. — Bible Echo, 18 de setembro
de 1899.

O Espírito Santo traz esclarecimento espiritual

Depois destas coisas, vi descer do Céu outro anjo, que tinha
grande autoridade, e a Terra se iluminou com a sua glória (Apoca-
lipse 18:1).
D
ia após dia escorre para a eternidade, deixando-nos cada vez mais perto
do fim do tempo da graça. Hoje devemos orar como nunca para que o
Espírito Santo nos seja mais abundantemente concedido, e devemos es-
perar que Sua santificadora influência desça sobre os obreiros para que
aqueles por quem trabalham saibam que eles estiveram com Jesus e aprende-
ram com Ele. Precisamos como nunca de visão espiritual para poder ver à dis-
tância e perceber as ciladas e as intenções do maligno e, como atalaias fiéis, de-
clarar o perigo. Precisamos de poder do alto para compreender, tanto quanto
possível à mente humana, os grandes temas do cristianismo e seus princípios
de longo alcance. [...]
Os que estão sob a influência do Espírito de Deus não serão fanáticos, mas
calmos e firmes, sem extravagância. Que todos aqueles em cujo caminho a luz
da verdade brilhou de maneira clara e distinta sejam cuidadosos com o modo
como divulgam paz e segurança. Sejam cuidadosos com a influência que exer-
cem hoje. [...]
Jesus anseia conceder em grande medida a capacitação celestial a Seu povo.
[...] Após a ascensão de Cristo, quando o Espírito desceu de acordo com a pro-
messa, como um vento veemente e impetuoso, enchendo todo o cenáculo em
que os discípulos estavam reunidos, qual foi o resultado? Milhares se converte-
ram num dia.
Temos ensinado, temos esperado que um anjo desça do Céu, que a Terra
seja iluminada com a sua glória, quando contemplaremos uma colheita de al-
mas semelhante à que foi testemunhada no dia de Pentecostes. — The Missio-
nary Home, 1º de novembro de 1893.

O fim do tempo se aproxima

O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem!
Aquele que tem sede, venha, e quem quiser receba de graça a
água da vida (Apocalipse 22:17).
O
tempo de graça não durará muito mais. Deus está retirando da Terra Sua
mão controladora. Por longo tempo tem falado a homens e mulheres
pela atuação do Espírito Santo, mas eles não atendem ao apelo. Agora
está falando a Seu povo e ao mundo por meio de Seus castigos. O tempo
desses castigos é uma época de misericórdia para os que ainda não tiveram a
chance de aprender o que é a verdade. O Senhor os contemplará com ternura.
Seu coração compassivo se enternece, e a Sua mão ainda está estendida para os
salvar. Receberá no aprisco seguro um grande número de pessoas que nestes
últimos dias vão ouvir a verdade pela primeira vez. [...]
O mundo está cheio de confusão, e em breve um grande terror tomará conta
dos seres humanos. O fim está muito próximo. Nós, que conhecemos a verdade,
devemos estar preparados para o que está prestes a arrebentar sobre o mundo
como esmagadora surpresa.
Como um povo, precisamos preparar o caminho do Senhor sob a soberana
direção do Espírito Santo. O evangelho deve ser proclamado em sua pureza. A
correnteza de águas vivas deve se aprofundar e se alargar em seu curso. [...]
A mensagem que tanta importância tem para os habitantes da Terra será
ouvida e compreendida. Os homens perceberão a verdade. A obra progredirá
mais e mais até que a Terra inteira seja advertida. Só depois virá o fim. — The
Review and Herald, 22 de novembro de 1906.

O Espírito é nossa vida espiritual

E aquele que guarda os Seus mandamentos nEle está, e Ele
nele. E nisto conhecemos que Ele está em nós: pelo Espírito que
nos tem dado (1 João 3:24).
O
Espírito Santo é o sopro da vida espiritual na alma. A comunicação do
Espírito é a transmissão da vida de Cristo. Reveste o que O recebe com
os atributos de Cristo. — O Desejado de Todas as Nações, p. 805.
O Espírito Santo entra no coração que não se vangloria de coisa al-
guma. O amor de Jesus encherá o vácuo produzido pelo esvaziamento do pró-
prio eu. — The Review and Herald, 2 de junho de 1896.
O Espírito Santo tem de estar sempre presente com aquele que crê. Precisa-
mos levar em conta o fato de que o Consolador deve permanecer em nós. Se
compreendermos individualmente essa verdade, nunca nos sentiremos sós.
Quando assaltados pelo inimigo, quando oprimidos pela tentação, devemos
apoiar em Deus a nossa fé, pois temos a garantia da Palavra de que nunca sere-
mos deixados a lutar sozinhos. Toda pessoa cujos pecados foram perdoados é
preciosa aos olhos de Deus — mais preciosa que o mundo inteiro. Foi comprada
a um custo infinito, e Cristo nunca abandonará aquele por quem morreu. — The
Youth’s Instructor, 13 de dezembro de 1894.
Cristo é representado pelo Espírito Santo; e quando esse Espírito é apreci-
ado, quando os que são controlados pelo Espírito comunicam a outros a energia
que os possui, é tocada a corda que eletriza o ser todo. Quem dera que todos
compreendêssemos que os recursos divinos são ilimitados! — The SDA Bible
Commentary [E. G. White Comments], vol. 6, p. 1053.

O Espírito é o último recurso

Não extingais o Espírito (1 Tessalonicenses 5:19).
M
as Coré e seus companheiros rejeitaram a luz até se tornarem tão ce-
gos que mesmo as mais notáveis manifestações de Seu poder não fo-
ram suficientes para os convencer. Consideraram todas elas como
operações humanas ou satânicas. [...] Foi esse ato que confirmou a con-
denação deles. Haviam cometido o pecado contra o Espírito Santo, um pecado
que leva o coração do homem a se endurecer de fato contra a influência da graça
divina. [...] É mediante a operação do Espírito Santo que Deus Se comunica com
o homem, e aqueles que conscientemente consideram essa operação como
sendo satânica, bloqueiam o conduto que estabelece comunicação entre a alma
e o Céu.
Deus opera pela manifestação de Seu Espírito para reprovar e convencer o
pecador, mas se a obra do Espírito é finalmente rejeitada, não há mais nada que
Deus possa fazer pela alma. Esse é o último recurso da misericórdia divina. O
transgressor se desliga de Deus, e o pecado não tem remédio para curar a si
mesmo. Não há uma reserva adicional de poder pela qual Deus possa agir para
convencer e converter o pecador. “Deixa-o” (Oseias 4:17), é a ordem divina. En-
tão, “já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma certa expectação horrível
de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários” (Hebreus 10:26 e 27).
Diz a Escritura: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração, como
ocorreu na rebelião, durante o tempo da provação no deserto” (Hebreus 3:7 e 8).
— Patriarcas e profetas, pp. 404 e 405.

“Entra no teu quarto” 1º de abril
A verdadeira oração exige sinceridade

E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos al-
guma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve (1 João 5:14).
U
ma profunda intuição de nossa necessidade e um grande desejo de rece-
ber aquilo que pedimos devem caracterizar nossas orações, caso contrá-
rio não serão ouvidas. [...] Não precisamos nos agitar à procura de uma
sensação intensa, mas devemos elevar nossos pedidos, com calma e per-
sistência, ao trono da graça. [...]
Deus nos honrou muito ao revelar o grande valor com que nos considera.
Fomos comprados por um preço: o precioso sangue do Filho de Deus. Quando
as pessoas por Ele adquiridas seguirem conscienciosamente a Palavra do Se-
nhor, a bênção divina descerá sobre eles como resposta a suas orações. “Ainda
assim, agora mesmo diz o Senhor: Convertei-vos a Mim de todo o vosso coração; e
isso com jejuns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não as vos-
sas vestes, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque Ele é misericordioso, e
compassivo, e tardio em irar-Se, e grande em beneficência” (Joel 2:12 e 13). —
The Review and Herald, 9 de fevereiro de 1897.
Na oração secreta a pessoa deve se revelar tal qual é aos olhos investigado-
res de Deus. [...] Como a oração secreta é preciosa — a pessoa interagindo dire-
tamente com Deus! A oração secreta só deve ser ouvida pelo Deus que ouve ora-
ções. Nenhum ouvido curioso deve ter acesso ao assunto dessas súplicas. A alma
deve se expandir para Deus com calma e fervor, e suave e permanente será a
influência que virá dAquele que vê em segredo, cujo ouvido está atento à oração
que provém da alma. A pessoa que mantém comunhão com Deus mediante fé
simples atrairá raios divinos de luz que a fortalecerão e susterão no conflito com
Satanás. — The Youth’s Instructor, 3 de novembro de 1898.

2 de abril “Entra no teu quarto”
Não posso abandonar a oração secreta

Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo (Tiago 5:16).
A
igreja de Deus compõe-se de vasos grandes e pequenos. [...] Ele não es-
pera que os vasos menores tenham a mesma capacidade dos maiores,
mas espera que o retorno seja de acordo com o que o ser humano tem, e
não de acordo com o que não tem. Faça o que está ao seu alcance, e Deus
aceitará os seus esforços. [...]
Por favor, tome cuidado para não negligenciar a oração secreta e o estudo
da Palavra de Deus. Essas são as armas contra aquele que procura impedir você
de avançar em direção ao Céu. A primeira negligência da oração e do estudo da
Bíblia facilita a segunda negligência. [...]
Por outro lado, toda resistência contra a tentação facilita a próxima resistên-
cia. Toda negação do próprio eu facilita a próxima negação de si mesmo. Toda
vitória conquistada prepara o caminho para a próxima vitória. [...]
Quando você errar, quando cair em tentação, não pense que não poderá
orar, que não seria digno de ir ao Senhor. [...] Com braços estendidos Ele está à
espera para dar as boas-vindas ao filho pródigo. Vá até Ele e fale dos próprios
erros e fracassos. [...] Você passará por aflições. É assim que o Senhor remove a
aspereza do caráter. Não reclame, pois o descontentamento deixa a aflição mais
difícil de aguentar. [...] Cristo conhece a intensidade das tentações que atingem
você, mas também conhece sua capacidade de resistência. A mão dEle está sem-
pre estendida em compassiva ternura a todo filho sofredor. Ele diz ao tentado,
ao desanimado: “Meu filho, por quem Eu sofri e morri, você não consegue confiar
em Mim?” “A tua força será como os teus dias” (Deuteronômio 33:25). — The
Youth’s Instructor, 26 de junho de 1902.

“Entra no teu quarto” 3 de abril
Quero ser um obreiro aprovado por Deus

Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e
vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto perma-
neça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai
ele vos conceda (João 15:16).
O
verdadeiro obreiro de Deus luta com Ele em oração e se dedica com in-
tenso fervor à obra de salvar pessoas perdidas. Não tenta se vangloriar
por palavras ou atos, mas simplesmente deseja ganhar pessoas para a
causa. Deus declara que o cristão mais puro, mais manso e mais seme-
lhante a uma criança é o melhor obreiro que Ele tem, o mais poderoso na bata-
lha pelos pecadores. [...] O ser humano que mais sente a própria necessidade de
sabedoria divina, que implora o poder celestial, é o que sairá da comunhão com
Cristo para conversar com humanos prestes a morrer nos próprios pecados; e
pelo fato de estar ungido com o Espírito do Senhor, terá êxito onde o educado
pastor pode ter falhado. [...]
Deus espera que você, como instrumento humano, cumpra o dever da me-
lhor maneira possível, e Ele mesmo dará o crescimento. Se os agentes humanos
cooperassem com os seres divinos, milhares de pessoas seriam salvas. O Espí-
rito Santo daria vislumbres de Jesus a dedicados obreiros a fim de os capacitar
para todo conflito, para os elevar e fortalecer, tornando-os mais que vencedo-
res. [...] O Senhor prometeu que onde dois ou três estivessem reunidos em Seu
nome, Ele estaria no meio deles. Os que se reúnem para orar recebem a unção
do Santo. Há grande necessidade de oração secreta, mas também é necessário
que vários cristãos se reúnam para enviar orações fervorosas a Deus. Jesus está
presente nesses pequenos grupos onde o amor pelas pessoas se aprofunda no
coração e onde o Espírito Santo aplica Suas poderosas energias para que instru-
mentos humanos se ponham em atividade com o fim de salvar os que estão per-
didos. Jesus sempre [...] Se esforçou para impressionar os discípulos com o fato
de que o Espírito Santo precisa iluminar, restaurar e santificar a mente. — The
Review and Herald, 30 de junho de 1896.

Onde está minha força?

Na caridade, no espírito, na fé, na pureza (1 Timóteo 4:12).
C
om respeito às tentações dos jovens, foi-me mostrado que Satanás está
sempre no encalço deles tentando desviar seus pés inexperientes, e os jo-
vens parecem desconhecer as armadilhas dele. Não ficam alerta como de-
veriam contra as ciladas do diabo. Esse inimigo está sempre atento, sem-
pre à espera, e quando os jovens deixam de guardar o próprio coração, aí é que
Satanás os controla e usa armadilhas contra eles. A oração secreta é a força do
cristão. Ele não pode viver e prosperar no Senhor sem constante vigilância e
fervorosa prece. [...]
Jesus deve ser o centro de nossas afeições, mas Satanás tentará desviá-las
das coisas celestiais e colocá-las sobre objetos que não merecem nossa atenção
e amor. [...] As melhores e maiores afeições dos homens do mundo são dedica-
das a objetos de nenhum valor. A mente dos jovens, quando deixada sem con-
trole, é dirigida num sentido que satisfaça a própria natureza corrompida. Os
jovens relaxam a vigilância e a precaução e concedem afeto uns aos outros, têm
amigos especiais, confidentes especiais, e quando esses amigos se reúnem com
eles, Jesus nem ao menos é mencionado. A conversa não é sobre a vida cristã,
acerca de Cristo, sobre o Céu, mas trata de assuntos inúteis. [...] Desconhecem as
armadilhas do diabo, e quando chegam à idade de doze, catorze, quinze e dezes-
seis anos já se julgam adultos capazes de escolher o próprio caminho e de se
conduzir com propriedade e precaução. — Manuscrito 10, 1863.
Jesus ama os jovens. Ele morreu para salvá-los. [...] Ah, se apenas soubessem
quanto Deus os ama! Ele quer torná-los bons e puros, nobres, bondosos e cor-
teses para que sempre vivam com os puros e santos anjos por toda a eternidade.

Sou uma carta viva

Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida
e lida por todos os homens (2 Coríntios 3:2).
A
inda que uma igreja se componha de pessoas pobres, iletradas e desco-
nhecidas, se elas forem membros de fé e oração, sua influência será sen-
tida pelo tempo e a eternidade. [...] Serão exemplos de sinceridade e de
zeloso fervor em executar os planos de Deus para a salvação das pessoas.
Os pobres e ignorantes, se quiserem, podem se tornar alunos na escola de
Cristo, e Ele lhes ensinará a verdadeira sabedoria. A vida de meiga e infantil con-
fiança, de verdadeira piedade, de religião verdadeira, será eficaz em influenciar
a outros. As pessoas altamente estudadas têm a tendência de confiar mais nos
próprios conhecimentos teóricos do que em Deus. Quase sempre deixam de
buscar o conhecimento dos caminhos de Deus pela luta fervorosa com Ele na
oração secreta, apoderando-se, pela fé, das promessas divinas. — Mensagens es-
colhidas, vol. 1, p. 26.
Viver assim pela Palavra de Deus significa a entrega a Ele de toda a nossa
vida. Haverá um contínuo senso de necessidade e dependência, uma atração da
alma para Deus. A prece é uma necessidade, pois é a vida da alma. A oração em
público tem o seu lugar, mas a comunhão secreta com Deus é que sustenta a
vida da alma. [...]
Era nas horas de oração solitária que Jesus, na vida terrestre, recebia sabe-
doria e poder. Sigam os jovens o Seu exemplo, procurando na aurora e ao anoi-
tecer uns momentos tranquilos para a comunhão com o Pai celestial. E durante
o dia todo ergam o coração a Deus. — Educação, pp. 257-260.

Preciso buscar a ovelha perdida

E, se porventura a encontra, em verdade vos digo que maior
prazer sentirá por causa desta do que pelas noventa e nove que
não se extraviaram (Mateus 18:13).
H
á uma ovelha perdida, o menor número que pode ser contado; mas, ape-
sar disso, [Jesus] apresenta o pastor deixando as noventa e nove para ir
às montanhas em busca da ovelha que se perdeu. Nesse caso, por que
os filhos e as filhas de Deus são tão frios de coração, tão indiferentes às
pessoas que perecem ao redor? Por que os membros da igreja são tão tendentes
a largar o peso todo sobre os ombros do pastor? [...]
Cristo deu uma obra a todo ser humano, e esforços pessoais precisam ser
feitos para salvar os que perecem. O obreiro tem de passar muito tempo em
oração secreta, pois essa obra exige grande sabedoria na ciência de salvar pes-
soas. [...] [Cristo] Confiou à igreja uma mordomia da verdade sagrada, e a obra
da igreja é levar avante a missão divina de salvar o mundo. [...] Há uma quanti-
dade enorme de ovelhas extraviadas e perdidas que morreram nos solitários
desertos do pecado só porque ninguém foi buscá-las e trazê-las de volta ao
aprisco. Jesus usa a parábola de uma ovelha perdida para mostrar a necessidade
de procurar os que se afastaram dEle, pois uma vez estando perdida, a ovelha
nunca encontra o caminho de volta ao aprisco sem a ajuda de alguém. Ela pre-
cisa ser buscada, tem de ser levada de volta ao redil. [...]
Os perdidos estão por toda parte ao nosso redor, morrendo, deploravel-
mente negligenciados. Mas são valiosos para Deus, pois constituem a aquisição
do sangue de Cristo. — The Review and Herald, 30 de junho de 1896.

O poder de uma mãe que ora

Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre, o
seu galardão (Salmos 127:3).
S
e as mães apenas sentissem a importância de sua missão, se dedicariam
muito à oração secreta, apresentando seus filhos a Jesus, implorando so-
bre eles Suas bênçãos e suplicando sabedoria para desincumbir-se reta-
mente de seus sagrados deveres. Aproveite a mãe toda oportunidade para
ajustar e moldar a disposição e hábitos de seus filhos. [...]
A mãe deve assumir a própria obra com coragem e energia, confiando sem-
pre no divino auxílio em todos os seus esforços. Jamais deve descansar tranquila
até que veja nos filhos uma constante elevação de caráter, até que tenham um
objetivo mais nobre na vida que apenas buscar a própria satisfação. — Signs of
the Times, 25 de maio de 1882.
É impossível calcular o poder da influência de uma mãe que ora. Ela reco-
nhece Deus em todos os caminhos. Leva os filhos diante do trono da graça e os
apresenta a Jesus, suplicando sobre eles as bênçãos divinas. A influência dessas
orações é para esses filhos como “fonte de vida”. Essas preces, oferecidas em fé,
são o sustento e a força da mãe cristã. — Good Health, julho de 1880.
Não há como valorizar demais o poder das orações de uma mãe. Aquela que
se ajoelha ao lado do filho ou da filha em suas dificuldades de infância, nos peri-
gos da juventude, só vai saber no juízo que influência suas orações exerceram
sobre a vida dos filhos. Se estiver ligada pela fé ao Filho de Deus, a terna mão da
mãe pode afastar o filho do poder da tentação, pode conter a filha de cair em
pecado. Quando a paixão está lutando para dominar, o poder do amor, a influên-
cia calmante, fervente e determinada da mãe pode fazer a balança pender para
o lado certo. — Signs of the Times, 16 de março de 1891.

A sós no quarto de oração

O Senhor está perto de todos os que o invocam, de todos os
que o invocam com sinceridade (Salmos 145:18).
“S
e, vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto
mais vosso Pai, que está nos Céus, dará bens aos que Lhe pedirem?” (Ma-
teus 7:11). Esses presentes nos são concedidos livremente por Deus.
Oh, como nossa fé é fraca; caso contrário, estaríamos de posse das ri-
cas e gloriosas promessas de Deus! Faz parte da natureza dEle nos conceder dá-
divas. Onisciente e onipotente, Ele dará com generosidade a todos os que Lhe
pedirem com fé. Ele é mais misericordioso, mais terno, mais paciente e amante
do que qualquer pai ou mãe terrestres. Ele nos atrai a Si com palavras ternas,
para que tenhamos ânimo e confiança. [...]
Chamado segundo o desígnio de Deus, separado pela graça divina, investido
da justiça de Cristo, embebido do Espírito Santo, oferecendo o sacrifício de um
coração quebrantado e contrito, o crente verdadeiro é de fato um representante
do Redentor.
Sobre esse adorador Deus olha com alegria. [...]
Todas as coisas são possíveis ao que crê. Ninguém que vá ao Senhor com
sinceridade de coração ficará desapontado. É incrível o fato de que podemos
orar com eficácia e que mortais indignos e errantes tenham o poder de apresen-
tar a Deus os próprios pedidos!
Que poder mais elevado seria possível ao homem pedir do que este, de estar
unido ao Deus infinito? O frágil e pecaminoso ser humano tem o privilégio de
falar com o Criador. Pronunciamos palavras que alcançam o trono do Rei do
universo. Intimamente desabafamos o desejo de nosso coração. Então saímos e
andamos com Deus, como fez Enoque. — The Review and Herald, 30 de outubro
de 1900.

Preciso de um lugar secreto para oração

Na minha aflição clamei ao Senhor; gritei por socorro ao meu
Deus. Do seu templo ele ouviu a minha voz; meu grito chegou à
sua presença, aos seus ouvidos (Salmos 18:6).
Q
uando Jesus andou na Terra, ensinou Seus discípulos a orar. Ele os orien-
tou a apresentar a Deus suas necessidades diárias e a entregar ao Senhor
todas as suas ansiedades. A mesma certeza que deu aos discípulos, de que
as suas orações seriam atendidas, também nos é dada. — Caminho a
Cristo, p. 93.
ouvido algum senão o dEle pode escutar, temos a oportunidade de expressar
silêncio da alma, aquela voz que jamais deixa de responder ao clamor da neces-
sidade humana, falará ao nosso coração.
À medida que fizermos de Cristo nosso companheiro diário, sentiremos que
as forças de um mundo invisível estão a nos envolver, e pelo contemplar a Jesus
seremos transformados à Sua imagem. [...]
pírito em paz em todas as circunstâncias. — O maior discurso de Cristo, pp. 84 e
85.

10 abril “Entra no teu quarto”
Altar de intercessão
Moisés construiu um altar e chamou-lhe: O Senhor é minha
bandeira (Êxodo 17:15).
M
uitas vezes pessoas me fazem perguntas com respeito a algumas dou-
trinas teóricas, que não me sinto com nenhuma liberdade para res-
ponder. Às vezes respondo aos que me fazem essas perguntas: “Vocês
têm a Palavra. Se o Senhor quiser que conheçam esse assunto, vocês en-
contrarão a resposta na Palavra de Deus, e não vão precisar me consultar. Se al-
cançarmos o Céu, lá poderemos compreender os assuntos que não são claros
aqui.”
Estudemos as grandes verdades das Escrituras; elas são suficientes para for-
çar nosso intelecto ao máximo de sua capacidade. [...]
Ah, será que conhecemos a Deus como deveríamos? Que conforto, que ale-
gria sentiríamos se aprendêssemos diariamente as lições que Ele deseja nos en-
sinar. Devemos conhecê-lO por métodos práticos. Seria uma bênção para nós se
passássemos mais tempo em oração secreta relacionando-nos pessoalmente
com o Pai celestial. — The Review and Herald, 15 de agosto de 1907.
Alguns dos que afirmam ser seguidores de Cristo sabem que estão pecando
contra Deus e arruinando a saúde, mas são escravos das próprias paixões cor-
ruptas. Sentem um peso na consciência e cada vez têm menos disposição para
se aproximarem de Deus pela oração secreta. Podem até conservar a aparência
da religião enquanto estão completamente separados da graça de Deus na alma.
Não têm apego ao serviço divino, nenhuma confiança em Deus, não vivem para
Sua glória, não têm nenhum prazer em Suas ordenanças e não sentem qualquer
alegria nEle. — An Appeal to Mothers, p. 25.

Preciso orar mais em pensamento

A Ele clamei com os lábios; com a língua o exaltei (Salmos
66:17).
A
oração secreta enquanto as mãos estão ocupadas no serviço; a oração
enquanto caminhamos; a oração à noite, fazendo sempre subir a Deus os
desejos do coração, essa é nossa única segurança. [...]
Cristo, que era sem pecado, a quem o Espírito Santo foi concedido
sem medida, reconhecia a todo momento a própria dependência de Deus e bus-
cava novos suprimentos da Fonte de poder e sabedoria. Nesse caso, quanto
mais não deve o homem finito e errante sentir necessidade de auxílio divino a
cada hora e a cada momento! — The Review and Herald, 8 de novembro de
1887.
Tempos virão em que a igreja será despertada pelo poder divino, e isso cau-
sará fervorosa atividade, pois o vivificante poder do Espírito Santo inspirará os
membros a saírem e buscarem almas para Cristo. Mas quando essa atividade se
manifestar, os mais fervorosos obreiros só estarão seguros se confiarem em
Deus por meio de constante e fervorosa oração. Sentirão a necessidade de fazer
fervorosas súplicas para que, pela graça de Cristo, sejam salvos de caírem em
orgulho no trabalho ou de transformarem as atividades num salvador. Têm de
olhar a Jesus constantemente a fim de que reconheçam que é o poder dEle que
faz a obra, e isso os capacite a render a Deus toda a glória. Seremos chamados a
fazer os mais decididos esforços para ampliar a obra de Deus, e a oração ao Pai
celestial será muitíssimo necessária. Será preciso empenhar-se em oração se-
creta, em família e na igreja. — The Review and Herald, 4 de julho de 1893.

Preciso entender melhor a fé

Por isso jejuamos e suplicamos essa bênção ao nosso Deus, e
ele nos atendeu (Esdras 8:23).
A
verdadeira fé assimila a bênção prometida e por ela suplica antes de re-
cebê-la e experimentá-la. Pela fé devemos enviar nossas petições ao in-
terior do segundo véu [do santuário celeste] e fazer com que nossa fé se
apodere da bênção prometida e por ela suplique como sendo nossa. De-
vemos então crer que recebemos a bênção porque nossa fé se apoderou dela, e,
segundo a Palavra, é nossa. “Tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis
e tê-lo-eis” (Marcos 11:24). É fé, é pura fé crer que recebemos a bênção mesmo
antes de vê-la. Quando a bênção prometida se cumpre e é desfrutada, a fé cessa.
No entanto, muitos pensam que têm muita fé quando participam amplamente
do Espírito Santo, e que não podem ter fé a não ser que sintam o poder do Espí-
rito. Essas pessoas confundem a fé com as bênçãos que a acompanham. O tempo
em que deveríamos exercer de fato a fé é aquele em que nos sentimos privados
do Espírito. Quando densas e escuras nuvens parecem pairar sobre a cabeça,
esse é o momento de fazer com que a fé viva penetre a escuridão e dissolva as
nuvens. [...]
Deveríamos dedicar muito tempo à oração particular. Cristo é a videira e nós
as varas. E se desejamos crescer e florescer, devemos continuamente extrair
seiva e nutrição da Videira viva, porque separados da Videira não temos forças.
— Primeiros escritos, p. 73.

A oração me incentiva
Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o teste-
munho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem, ou de
sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus
Cristo e este crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor
que eu estive entre vós (1 Coríntios 2:1-3).
T
empos virão em que a igreja será despertada pelo poder divino, e isso
causará fervorosa atividade, pois o vivificante poder do Espírito Santo
inspirará os membros a saírem e buscarem almas para Cristo. Mas
quando essa atividade se manifestar, os mais fervorosos obreiros só es-
tarão seguros se confiarem em Deus por meio de constante e fervorosa oração.
Sentirão a necessidade de fazer fervorosas súplicas para que, pela graça de
Cristo, sejam salvos de caírem em orgulho no trabalho ou de transformarem as
atividades num salvador. Têm de olhar a Jesus constantemente a fim de que re-
conheçam que é o poder dEle que faz a obra, e isso os capacite a render a Deus
toda a glória. Seremos chamados a fazer os mais decididos esforços para am-
pliar a obra de Deus, e a oração ao Pai celestial será muitíssimo necessária. Será
preciso empenhar-se em oração secreta, em família e na igreja. [...]
À medida que a atividade aumenta e somos bem-sucedidos em fazer a obra
que tem de ser realizada, não devemos esquecer que há o perigo de confiarmos
em planos e métodos humanos. Haverá a tendência de orar menos e exercer
menos fé. Corremos o perigo de perder a noção de nossa dependência de Deus,
o Único que pode fazer com que nosso trabalho tenha sucesso. Se bem que essa
seja a tendência, que ninguém pense que o ser humano deve fazer menos. Pelo
contrário, ele precisa é fazer mais através da aceitação do celeste dom, o Espírito
Santo. — The Review and Herald, 4 de julho de 1893.

Preciso produzir mais frutos

A fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Se-
nhor, para que ele seja glorificado (Isaías 61:3).
O
s cristãos devem ser como Cristo. Devem ter o mesmo espírito, produzir
a mesma influência e ter a mesma dignidade moral que Ele tinha. Os idó-
latras e de coração corrompido precisam se arrepender e voltar para
Deus. Os que são orgulhosos e hipócritas devem humilhar o eu, arrepen-
der-se e tornar-se mansos e humildes de coração. Os que têm a mente voltada
para as coisas do mundo precisam fazer com que os laços do coração soltem o
lixo a que estavam apegados e se firmem em Deus. Precisam voltar a mente para
as coisas espirituais. [...]
Deus envia os Seus servos com uma mensagem àqueles que professam ser
seguidores de Cristo. Alguns desses são filhos de Deus só no nome e rejeitam a
advertência. O Senhor capacitou os humanos com um maravilhoso poder de ra-
ciocínio. Aquele que fez a árvore produzir uma colheita de bons frutos também
fez o homem capaz de produzir os preciosos frutos da justiça. Ele plantou o ho-
mem em Sua horta, e carinhosamente cuidou dele e esperou que produzisse
fruto. Na parábola da figueira Cristo diz: “Há três anos venho procurar fruto” (Lu-
cas 13:7).
Com que ansiedade vigiamos uma árvore ou planta predileta esperando que
ela recompense nosso cuidado produzindo botões, flores e frutos. Ficaremos
muito desapontados se virmos apenas folhas. Assim, com que maior ansiedade
e meigo interesse nosso Pai celestial não observa o crescimento espiritual da-
queles que criou à Sua própria imagem, e pelos quais concordou entregar o pró-
prio Filho para que pudessem ser exaltados, enobrecidos e glorificados. — Tes-
temunhos para a igreja, vol. 5, pp. 249-251.

Não posso me tornar um mau servo

Ainda assim, agora mesmo diz o Senhor: Convertei-vos a mim
de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com
pranto (Joel 2:12).
A
quele mau servo que no coração diz: “Meu Senhor tarde virá” (Mateus
24:48) professa estar esperando a Cristo. É um “servo” que só se dedica
ao serviço de Deus na aparência enquanto o coração está entregue a Sa-
tanás. Diferente dos zombadores, não nega a verdade abertamente, mas
pela conduta revela o desejo que sente, de que a vinda do Senhor seja adiada. O
orgulho o torna descuidado para com os interesses eternos. Adota as normas
do mundo e se adapta às práticas e costumes seculares. O egoísmo, o orgulho e
as ambições mundanas o controlam. Temendo que seus irmãos saiam na van-
tagem, rebaixa os esforços deles e lhes ataca os motivos. É assim que ele “es-
panca seus conservos”. Conforme vai se distanciando do povo de Deus, se une
ainda mais aos ímpios. É encontrado comendo e bebendo “com os temulentos
[bêbados]” (Mateus 24:49). Ou seja, se associa ao mundo, cujo espírito compar-
tilha. Desse modo se embala numa segurança carnal e é vencido pela negligên-
cia, indiferença e preguiça.
A causa exata do mal foi a negligência da vigilância e da oração secreta, e isso
naturalmente deu lugar à negligência de outros deveres religiosos. Essas atitu-
des prepararam o caminho para todos os pecados seguintes. Cada cristão é ata-
cado pelas seduções do mundo, pelas exigências da natureza carnal e por tenta-
ções diretas de Satanás. Ninguém está livre disso. Não importa qual tenha sido
a nossa experiência, não importa o quanto nossa posição seja elevada, precisa-
mos vigiar e orar a todo momento. Se não formos diariamente guiados pelo Es-
pírito de Deus, seremos dirigidos por Satanás. — Testemunhos seletos, vol. 2, pp.
14 e 15.

A diferença entre a oração formal e a sincera

Quando orares, não sejas como os hipócritas (Mateus 6:5).
O
s fariseus tinham horas separadas para a oração, e com frequência acon-
tecia de estarem fora quando o momento de orar chegava. Paravam
onde estivessem, e ali em voz alta repetiam as orações formais. Um culto
desse tipo, prestado apenas para glorificação própria, despertou severa
crítica da parte de Jesus. No entanto, Ele não desanimou a oração em público,
pois Ele mesmo orou com os discípulos e na presença da multidão. Contudo, Ele
ensina que a oração íntima, particular, não deve ser feita em público. Na prece
individual nossas súplicas não devem alcançar os ouvidos de ninguém mais
além do Deus que ouve as orações. Nenhum ouvido curioso deve ter acesso a
tais informações. [...]
“Ora a teu Pai, [...] que está oculto” (Mateus 6:6). Em nome de Jesus, podemos
nos achegar à presença de Deus com confiança infantil. Homem algum precisa
servir de mediador. Por Jesus temos a oportunidade de abrir o coração a Deus
como a alguém que nos conhece e nos ama.
nenhum ouvido senão o dEle pode escutar, temos a oportunidade de exprimir
silêncio da alma, aquela voz que jamais deixa de atender à súplica da necessi-
dade humana, falará ao nosso coração.
“O Senhor é muito misericordioso e piedoso” (Tiago 5:11). Ele aguarda com
ansiedade e incansável amor ouvir as confissões do perdido a fim de lhe aceitar
o arrependimento. Espera ver qualquer resposta de gratidão de nossa parte, as-
sim como uma mãe anseia o sorriso de reconhecimento do amado filho. — O
maior discurso de Cristo, pp. 84 e 85.

Em busca de auxílio
Olharam para ele, e foram iluminados; e os seus rostos não fi-
carão confundidos (Salmos 34:5).
A
queles que buscam ao Senhor em segredo, contando-Lhe as próprias ne-
cessidades e pedindo auxílio, não suplicarão inutilmente. “Teu Pai, que vê
em secreto, te recompensará publicamente” (Mateus 6:6). À medida que
fizermos de Cristo nosso companheiro diário, sentiremos que as forças
de um mundo invisível nos rodeiam, e pelo contemplar a Jesus seremos trans-
formados à Sua imagem. [...]
pírito em paz em todas as circunstâncias.
Se nos achegarmos a Deus, Ele colocará em nossos lábios uma palavra para
proferirmos de volta a Ele mesmo, ou seja, um louvor ao Seu nome. Ele nos en-
sinará o acento da canção dos anjos — ações de graças a nosso Pai celestial. Em
todo ato da vida se manifestarão a luz e o amor de um Salvador a residir em nós.
As perturbações externas não atingem uma vida que se entrega pela fé ao Filho
de Deus. — O maior discurso de Cristo, pp. 85 e 86.

A oração do íntimo
Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos e os seus ouvi-
dos estão atentos à sua oração, mas o rosto do Senhor volta-se
contra os que praticam o mal (1 Pedro 3:12).
D
evemos orar em família; mas, acima de tudo, não devemos negligenciar
a oração secreta, pois é ela que mantém nossa vida espiritual. É impos-
sível que a espiritualidade de uma pessoa floresça se ela negligenciar a
oração. Não bastar orar nos cultos em família e em público. Sozinho,
abra o coração aos olhos examinadores de Deus. A oração particular deve ser
ouvida unicamente por Ele — Aquele que ouve todas as orações. Nenhum ou-
vido curioso deve ter acesso a essas súplicas em que a alma entrega o próprio
fardo. Na oração secreta a pessoa está livre das influências do ambiente e da
agitação. Com toda calma, mas com fervor, busca a Deus. Suave e permanente
será a influência que vem dAquele que vê o segredo, e cujo ouvido está aberto
para ouvir a prece que vem do íntimo. Pela fé calma e singela a alma mantém
comunhão com Deus e absorve raios de luz divina que a fortalecerão e mante-
rão durante o conflito contra Satanás. Deus é nossa fortaleza. [...]
Não há momentos nem lugares inadequados para se erguer a Deus uma
prece. Não há nada que possa nos impedir de elevar a mente numa oração sin-
cera. Entre as multidões da rua ou durante uma transação comercial podemos
elevar a Deus um pedido, suplicando a direção divina, como fez Neemias
quando estava para apresentar seu desejo ao rei Artaxerxes. Onde quer que nos
encontremos podemos manter uma ligação íntima com Deus. Devemos deixar
a porta do coração constantemente aberta, erguendo sempre a Jesus o convite
para vir habitar nossa alma como Hóspede celestial. — Caminho a Cristo, pp. 98
e 99.

Qual é a essência da religião?

De manhã ouves, Senhor, o meu clamor; de manhã te apre-
sento a minha oração e aguardo com esperança (Salmos 5:3).
O
rar corretamente é pedir a Deus, com fé, exatamente o que você precisa.
Vá ao seu quarto ou a um lugar isolado, e peça socorro ao Pai, por amor
a Jesus. Há poder na prece emitida por um coração que está a par da pró-
pria fraqueza, mas que anseia sinceramente a força que vem de Deus. A
oração sincera e fervorosa será ouvida e atendida.
Vá a Deus, que é forte e gosta de ouvir Seus filhos orando. E ainda que você
se sinta muito fraco e algumas vezes seja vencido pelo inimigo porque negligen-
ciou a primeira ordem de nosso Salvador: “Vigie e não abandone a luta”, faça
esforços mais fortes do que antes. Não se desanime. Lance a si mesmo aos pés
de Jesus, que foi tentado e sabe como ajudar os que são tentados. — Exaltai-O,
p. 369.
Não relaxe na oração particular, pois ela é a essência da religião. Com sincera
e fervorosa prece, suplique pureza de alma. Suplique de modo tão ardente e fer-
voroso como você faria se a própria existência mortal estivesse em risco. Per-
maneça diante de Deus até que surjam anseios inexprimíveis quanto à própria
salvação e você alcance a doce certeza do perdão dos pecados. [...]
Que nenhuma tarefa diária afaste você disso. Separe tempo para orar; e
quando estiver orando, creia que Deus ouve. Misture fé às suas preces. Nem
sempre você alcançará resposta imediata, mas é nesse caso que a fé deve atuar.
Você é provado para ver se confiará em Deus e se possui fé viva e inabalável.
“Fiel é o que vos chama, o qual também o fará” (1 Tessalonicenses 5:24). — Tes-
temunhos para a igreja, vol. 1, pp. 163 e 167.

Uma porta aberta

No recôndito da Tua presença, Tu os esconderás das tramas
dos homens, num esconderijo os ocultarás da contenda de lín-
guas (Salmos 31:20).
H
á eterna sabedoria num “Assim diz o Senhor”. Apesar de a Palavra de
Deus ser tão pouco praticada, ela é o único remédio para a cura dos ma-
les individuais e nacionais. Os humanos não podem se ajoelhar nas ruas
e nos mercados para oferecer orações a Deus, mas nunca se esqueça,
por onde quer que você ande, que há um Deus a quem recorrer em busca de
sabedoria. [...]
Enoque andou com o Deus invisível. Nos lugares mais movimentados da
Terra, um Companheiro celeste andava com ele. Tenha isto em mente, você que
está obedecendo à verdade com amor: os seres humanos mais ocupados são os
que têm a maior necessidade de sempre manter a Deus diante de si. [...]
Leve Deus com você a todos os lugares. A porta está aberta para todo filho e
filha do Senhor. Ele não está longe da pessoa que O busca. A razão por que tantos
são abandonados a si mesmos em lugares de tentação é que eles não põem o
Senhor sempre diante dos olhos. Nos ambientes em que menos se pensa em
Deus é aonde mais se precisa levar a lâmpada da vida. Se Deus estiver fora da
vista, se nossa fé e comunhão com Ele forem interrompidas, nos encontraremos
em terrível perigo. A integridade não se manterá.
O Altíssimo é nosso Ajudador, nosso Amparo. Ele tomou providências para
que nenhuma pessoa que confia nEle seja vencida pelo inimigo. Cristo está tão
verdadeiramente com Seus filhos quando estes são forçados a se relacionar de
algum modo com o mundo como quando se reúnem em Sua casa para O adora-
rem. — Manuscrito 97, 1898.

Também preciso de um retiro de oração

Ouve, Senhor, a minha oração, dá ouvidos à minha súplica;
responde-me por tua fidelidade e por tua justiça (Salmos 143:1).
N
o momento em que Filipe o chamou, Natanael havia se retirado para um
bosque tranquilo a fim de meditar sobre a declaração de João [Batista]
e as profecias relativas ao Messias. [...] Filipe sabia que seu amigo estava
examinando as profecias, e enquanto Natanael orava debaixo de uma
figueira, Filipe o surpreendeu no retiro. Haviam orado juntos várias vezes nesse
lugar discreto, escondidos pela folhagem.
Filipe [...] disse: “Vem, e vê. Jesus viu Natanael vir ter com Ele, e disse dele:
Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo!” (João 1:46 e 47). Sur-
preendido, exclamou Natanael: “De onde me conheces Tu? Jesus respondeu, e
disse: Antes que Filipe te chamasse, te vi Eu, estando tu debaixo da figueira”
(João 1:48).
Isso bastou. O divino Espírito que havia dado testemunho a Natanael em sua
solitária oração sob a figueira também falou com ele agora nas palavras de Jesus.
Se bem que em dúvida e de algum modo cedendo ao preconceito, mesmo assim
Natanael havia ido até Jesus com o sincero desejo de conhecer a verdade, e
agora esse anseio foi saciado. Sua fé foi mais abrangente do que a daquele que o
havia conduzido a Jesus. Respondeu: “Rabi, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de
Israel” (João 1:49).
Se Natanael tivesse confiado na direção dos rabinos, nunca encontraria Je-
sus. Foi apenas vendo e conferindo por si mesmo que se tornou discípulo. Assim
acontece no caso de muitos hoje em dia, a quem o preconceito impede de acei-
tarem o bem. Como o resultado seria diferente se apenas fossem eles mesmos
conferir! Enquanto confiar na liderança da autoridade humana ninguém che-
gará a um conhecimento da verdade que salva. Da mesma forma que Natanael,
precisamos conferir por nós mesmos a Palavra de Deus e orar pela iluminação
do Espírito Santo. — O Desejado de Todas as Nações, p. 141.

Preciso ir ao lugar secreto do Altíssimo

Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na an-
gústia; livrá-lo-ei e o glorificarei (Salmos 91:15).
D
e vez em quando os homens se refugiam no lugar secreto do Altíssimo,
à sombra do Todo-Poderoso. Ficam ali por algum tempo e o resultado
se mostra nas boas ações. Em seguida, a fé falha, interrompe-se a comu-
nhão e a obra daquela vida se dissipa. — Educação, pp. 80 e 81.
Em muitos sentidos, parece que uma intensidade nunca vista está se apode-
rando do planeta. Há uma força terrível que absorve o corpo, o espírito e a alma
nos divertimentos, no ganhar dinheiro, nas lutas pelo poder, na própria batalha
pela existência. Em meio dessa corrida louca, Deus está falando. Ele nos ordena
parar e ir a um canto tranquilo para ter comunhão com Ele. “Aquietai-vos e sabei
que Eu sou Deus” (Salmos 46:10). — Educação, pp. 257-260.
Como a oração secreta é preciosa — a pessoa interagindo diretamente com
Deus! A oração secreta só deve ser ouvida pelo Deus que ouve orações. Nenhum
ouvido curioso deve ter acesso ao assunto dessas súplicas. [...] A pessoa que
mantém comunhão com Deus mediante fé simples atrairá raios divinos de luz
que a fortalecerão e susterão no conflito com Satanás. — The Youth’s Instructor,
3 de novembro de 1898.
Se tivermos o Senhor sempre diante de nós e deixarmos o coração transbor-
dar em ações de graças e louvores a Ele, teremos contínuo frescor em nossa vida
religiosa. Nossas orações terão a forma de uma conversa com Deus, como se es-
tivéssemos falando com um amigo. Ele nos falará pessoalmente de Seus misté-
rios. Com muita frequência seremos tomados por uma agradável e alegre sen-
sação da presença de Jesus. — Parábolas de Jesus, pp. 129 e 250.

Murmurando uma oração

Contudo, o Senhor mandará de dia a sua misericórdia, e de
noite a sua canção estará comigo: a oração ao Deus da minha
vida (Salmos 42:8).
P
or meio de Cristo podemos apresentar nosso pedidos ao trono da graça.
Indignos como somos, podemos obter toda bênção espiritual por inter-
médio dEle. — Testemunhos para a igreja, vol. 5, p. 221.
Revele seus anseios e pedidos ao Criador. Ele jamais afasta alguém
que recorre a Ele com coração contrito. Nenhuma oração sincera se perde. Em
meio aos estribilhos do coro celestial, Deus ainda ouve o clamor do mais fraco
dos seres humanos. Derrame o anseio do coração em segredo, sussurre uma
prece enquanto segue o caminho, e essas palavras vão atingir o trono do Mo-
narca do universo. Elas não são audíveis aos ouvidos humanos, mas não mor-
rem no silêncio nem se perdem em meio ao tumulto da lida diária. Nada pode
sufocar o desejo da alma, pois ele sobe acima do barulho das ruas e do tumulto
do povo para chegar às cortes celestiais. É com Deus que você fala e sua oração
é atendida. — Parábolas de Jesus, p. 174.
Cristo é o elo de ligação entre Deus e o homem. Prometeu interceder pesso-
almente. Põe toda a virtude de Sua justiça ao lado de quem suplica. Intercede
pelo ser humano, e este, carente de auxílio divino, intercede por si mesmo na
presença de Deus usando a influência dAquele que deu a própria vida pela vida
do mundo. Ao reconhecermos perante Deus o nosso apreço aos méritos de
Cristo, nossas intercessões recebem fragrância. Ao nos aproximarmos de Deus
pela virtude dos méritos do Redentor, Cristo nos põe bem junto a Si, envol-
vendo-nos com Seu braço humano ao mesmo tempo em que com o braço divino
alcança o trono do Infinito. — Testemunhos seletos, vol. 3, pp. 93 e 94.

Necessito de vigilância e oração

Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade,
o espírito está pronto, mas a carne é fraca (Mateus 26:41).
Q
uando homens e mulheres se entregam às agitadas atividades da vida e
são pressionados por grandes ansiedades, não têm como viver ajoelha-
dos. Por outro lado, mesmo no comércio há um vigia presente em todo
tempo para testemunhar cada negociação, e os livros do Céu registram
como fraude cada centavo de lucro ilegal. [...]
Apesar de todas as tentações que surgem nos negócios comerciais da vida,
todo homem que ame e tema a Deus tem a oportunidade de saber como se re-
fugiar no esconderijo do Altíssimo, onde há segurança. [...]
Tudo que o Senhor exige é a disposição para andar no Seu caminho. Se hou-
ver um coração puro, ele verá a Deus e sentirá Seu poder de guardá-lo mesmo
em meio ao tumulto da mais apressada e agitada multidão, desde que o dever
exija que esteja ali. [...] Em semelhantes lugares, todo aquele que realmente re-
cebeu a Cristo crendo que é seu Salvador pessoal, leva a luz da vida. [...]
Não devemos ter uma religião que só nos sirva em situações convenientes.
A religião que só funciona quando tudo anda bem certamente falhará quando
mais necessária for e nos ambientes mais difíceis. A religião da Bíblia exige que
a luz do evangelho continue brilhando em ambientes desfavoráveis — na praça,
no escritório, na oficina — exatamente da mesma forma que nos lugares onde
há reuniões de oração. Os mais puros princípios cristãos podem ser mantidos
em qualquer lugar. Amando a Cristo e nEle crendo como nosso Salvador pes-
soal, podemos invocar Sua graça, Sua proteção e cuidado onde quer que ande-
mos. — Manuscrito 194, 1898.

Deus não é insensato

E fortalecerei a casa de Judá, e salvarei a casa de José, e tor-
narei a plantá-los, porque me apiedei deles; e serão como se os
não tivera rejeitado; porque eu sou o Senhor, seu Deus, e os ouvirei
(Zacarias 10:6).
S
e dedicarmos a vida a Seu serviço, nunca enfrentaremos situações para as
quais Deus não tenha tomado providência. Qualquer que seja nossa situa-
ção, temos um Guia para nos conduzir; quaisquer que sejam nossas per-
plexidades, temos um conselheiro infalível; quaisquer que sejam nossas
aflições, privações ou solidão, temos um Amigo compassivo. Se em nossa igno-
rância dermos passos errados, Cristo não nos abandona. Ouviremos Sua voz
clara e distinta: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (João 14:6). “Livrará ao
necessitado quando clamar, como também ao aflito e ao que não tem quem o
ajude” (Salmos 72:12).
A igreja de Deus compõe-se de vasos grandes e pequenos. [...] Ele não espera
que os vasos menores tenham a mesma capacidade dos maiores, mas espera
que o retorno seja de acordo com o que o ser humano tem, e não de acordo com
o que não tem. Faça o que está ao seu alcance, e Deus aceitará os seus esforços.
[...]
Por favor, tome cuidado para não negligenciar a oração secreta e o estudo
da Palavra de Deus. Essas são as armas contra aquele que procura impedir você
de avançar em direção ao Céu. A primeira negligência da oração e do estudo da
Bíblia facilita a segunda negligência. [...]
Por outro lado, toda resistência contra a tentação facilita a próxima resistên-
cia. Toda negação do próprio eu facilita a próxima negação de si mesmo. Toda
vitória conquistada prepara o caminho para a próxima vitória. [...] Ninguém
pode procurar ser semelhante a Cristo sem se tornar cada vez mais nobre e mais
verdadeiro. — Mensagens aos jovens, p. 97.

Tenho estado alerta?

Ouve a minha oração, Senhor; escuta o meu grito de socorro;
não sejas indiferente ao meu lamento. Pois sou para ti um estran-
geiro, como foram todos os meus antepassados (Salmos 39:12).
P
recisamos nos dedicar muito à oração se quisermos fazer progresso na
vida espiritual. Quando a mensagem da verdade começou a ser procla-
mada, como orávamos! Quantas vezes se ouvia a voz de súplica no
quarto, no celeiro, no pomar ou na mata! Quantas horas passávamos em
fervorosa oração, dois ou três juntos suplicando a promessa. Com frequência se
ouvia o som de choro e depois a voz de ação de graças e o cântico de louvor. O
dia de Deus está agora mais perto do que quando cremos a princípio, e devemos
ser mais dedicados, mais zelosos e mais fervorosos do que naqueles primeiros
dias. Nossos perigos são maiores agora do que naquela época. — Testemunhos
para a igreja, vol. 5, pp. 161 e 162.
Era nas horas de oração solitária que Jesus recebia sabedoria e poder em
Sua vida terrestre. Que os jovens imitem o exemplo dEle procurando, ao alvore-
cer e ao crepúsculo, uns momentos tranquilos para a comunhão com o Pai ce-
lestial. E ergam o coração a Deus o dia todo. — Educação, p. 259.
Que as gloriosas concepções de Deus possuam sua mente. Una a própria
vida à vida de Jesus por meio de laços ocultos. Aquele que fez a luz brilhar na
escuridão também deseja brilhar em sua alma para transmitir o conhecimento
da glória de Deus na face de Jesus Cristo. O Espírito Santo tomará das coisas de
Deus e as revelará a você. [...] Cristo conduzirá você às bordas do Infinito, onde
poderá contemplar a glória além do véu e revelar aos homens a habilidade dA-
quele que vive eternamente para interceder por nós. — Parábolas de Jesus, p.
149.

Irei confessar tudo a Deus

Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos
perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça (1 João 1:9).
C
onfesse os seus pecados a Deus — o único que pode perdoá-los — e suas
faltas uns aos outros. Se você ofendeu a um amigo ou vizinho, reconheça
o seu erro, e a pessoa ofendida tem o dever de perdoar você liberalmente.
Depois você deve buscar o perdão de Deus, pois a pessoa a quem você
feriu é propriedade de Deus. Quando você a ofendeu, pecou contra o seu Criador
e Salvador. [...]
A confissão verdadeira é sempre de caráter específico e reconhece pecados
específicos. Alguns pecados podem ser do tipo que devem ser levados unica-
mente a Deus; outros devem ser confessados às pessoas que foram por eles
ofendidas; outros ainda podem ser de caráter público, devendo por isso mesmo
ser confessados publicamente. Mas toda confissão deve ser clara e objetiva, ci-
tando os pecados dos quais a pessoa é culpada. — Caminho a Cristo, pp. 37 e 38.
Deus será mais bem glorificado se confessarmos a corrupção secreta e na-
tural do nosso coração apenas a Jesus do que se abrirmos esses segredos ao ho-
mem falível e sujeito a erro, que não pode julgar com justiça a menos que o co-
ração esteja constantemente imbuído do Espírito de Deus. [...] Não relate a ou-
vidos humanos aquilo que somente Deus deve ouvir. — Testemunhos para a
igreja, vol. 5, p. 645.
A confissão, que é o desabafo íntimo da alma, chegará ao Deus de infinita
piedade. — Caminho a Cristo, p. 38.
Seus pecados podem ser como uma montanha, mas se você humilhar o co-
ração e confessar os pecados confiando nos méritos de um Salvador crucificado
e ressurgido, Ele perdoará e purificará você de toda a injustiça. — Atos dos após-
tolos, p. 566.

Que grande privilégio eu tenho!

Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que
a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada
(Tiago 1:5).
privilégio de todo crente primeiro falar com Deus no lugar secreto de ora-
É ção e depois, como porta-voz do Senhor, falar com os outros. A fim de ter-
mos algo a transmitir aos outros, primeiro temos de receber luz e bênção
diárias. [...]
Quando você se prostra em súplica perante Deus e em humildade e contri-
ção apresenta o pedido com lábios sinceros, perderá todo pensamento em si
mesmo. Sua mente se preenche do pensamento acerca do que ela precisa ter a
fim de formar um caráter semelhante ao de Cristo. [...]
Como essa confiança agrada ao Mestre! Ele Se deleita em ouvir a súplica sin-
cera e persistente! Com graça maravilhosa e enobrecedora, o Senhor santifica o
suplicante humilde dando-lhe poder para realizar os deveres mais difíceis. Tudo
que você fizer será feito como ao Senhor, e isso eleva e santifica a mais humilde
função. Concede nova dignidade a cada palavra e ato e une o mais humilde
obreiro, o mais pobre dos servos de Deus aos mais gloriosos anjos das cortes
celestes. [...]
Os filhos e filhas de Deus têm uma grande obra a fazer no mundo. Devem
aceitar a Palavra de Deus como conselheiro e comunicá-la a outros. Devem es-
palhar luz. Todos os que receberam o enxerto da Palavra serão fiéis em trans-
mitir essa Palavra aos outros. Falarão as palavras de Cristo. No diálogo e no
comportamento darão prova de diária conversão aos princípios da verdade. Es-
ses crentes serão um espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens, e Deus será
glorificado neles. — The Review and Herald, 4 de março de 1909.

Não devo dar glória aos homens

Bendiga o Senhor a minha alma! Ó Senhor, meu Deus, tu és
tão grandioso! Estás vestido de majestade e esplendor! (Salmos
104:1).
P
aulo queria imprimir na mente dos pastores e do povo o motivo que le-
vou o evangelho a ser confiado a homens fracos e faltosos: é para que o
homem não receba a honra devida somente a Deus, mas que Deus receba
toda a glória. O embaixador não deve parabenizar a si mesmo, nem tomar
para si a honra do sucesso, nem sequer dividir a honra com Deus, como se pela
própria força tivesse realizado a obra. Explicações complicadas e argumentati-
vas de doutrinas dificilmente imprimem no ouvinte o senso da necessidade e
do perigo. Por outro lado, explicações simples e curtas vindas de um coração
abrandado e suavizado pelo amor de Cristo serão como a sementinha de mos-
tarda, a que o próprio Cristo comparou Suas declarações da verdade divina. Ele
lança na alma a energia vital do Espírito para fazer a semente germinar e pro-
duzir fruto.
Meus irmãos, vocês ficarão atentos para que nenhuma glória seja dada ao
ser humano? Reconhecerão que é Cristo que faz a obra no coração e não o pró-
prio homem? Vocês, meus irmãos do pastorado, suplicarão a sós com Deus em
oração secreta pela presença e poder divinos? Não se atrevam a pregar outro
sermão enquanto não souberem pela própria experiência o que Cristo significa
para vocês. Com corações santificados pela fé na justiça de Cristo, aí sim pode-
rão pregar a Cristo e exaltar o Salvador ressurgido perante os ouvintes. Com co-
ração submisso e enternecido pelo amor de Jesus, vocês podem dizer: “Eis o Cor-
deiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1:29). — Testemunhos para
ministros e obreiros evangélicos, pp. 154 e 155.

A oração secreta me liga à Videira Viva

Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em mim, e eu nele,
este dá muito fruto, porque sem mim nada podereis fazer (João
15:5).
T
enho visto frequentemente que os filhos do Senhor negligenciam a ora-
ção, especialmente a oração secreta, e isso com frequência; que muitos
não exercem aquela fé que têm o privilégio e o dever de exercer, espe-
rando muitas vezes receber aquele sentir que unicamente a fé pode tra-
zer. [...]
A verdadeira fé assimila a bênção prometida e por ela suplica antes de re-
cebê-la e experimentá-la. [...] É fé, é pura fé crer que recebemos a bênção mesmo
nuvens. [...]
A verdadeira fé se baseia nas promessas contidas na Palavra de Deus, e ape-
nas aqueles que obedecem a essa Palavra podem suplicar suas gloriosas pro-
messas. [...]
— Vida e ensinos, p. 126.

A mãe no altar da intercessão 1º de maio
Mãe, cuide do órfão e do necessitado

Porque eu livrava o miserável, que clamava, como também
o órfão que não tinha quem o socorresse (Jó 29:12).
A
té que a morte seja tragada pela vitória haverá órfãos que exigem cui-
dado, que sofrerão mais que os outros se a terna compaixão e o amorável
cuidado dos membros de nossas igrejas não se manifestarem em favor
deles. O Senhor nos ordena que recolhamos “em casa os pobres desabri-
gados”. O cristianismo precisa substituir pai e mãe para com esses desampara-
dos. A compaixão pela viúva e o órfão manifestada em oração e obras subirá em
memória diante de Deus para ser afinal recompensada. — The Review and He-
rald, 27 de Junho de 1893.
Crianças sem pai e sem mãe são postos nos braços da igreja, e Cristo diz a
Seus seguidores: “Tomem essas crianças desamparadas, cuidem delas para Mim
e vocês receberão para isso um salário.” Tenho visto muito egoísmo manifestado
nessas coisas. A menos que haja alguma evidência especial de que eles próprios
serão beneficiados pela adoção em sua família dos que necessitam de lares, al-
guns se esquivam, e respondem: “Não!”. Não parecem saber ou se preocupar
com o fato de os tais estarem salvos ou perdidos. Pensam que isso não lhes diz
respeito. Como Caim, perguntam: “Sou eu guardador de meu irmão?” Não estão
dispostos a se darem ao incômodo ou ao sacrifício pelos órfãos, e indiferente-
mente entregam-nos aos braços do mundo, que, às vezes, está mais disposto a
recebê-los do que esses professos cristãos. No dia de Deus se pedirá contas por
esses a quem o Céu lhes deu a oportunidade de salvar. Mas desejavam ser des-
culpados, e não desejavam empenhar-se na boa obra a não ser que daí resul-
tasse proveito para si. Tem sido mostrado a mim que os que recusam essas
oportunidades de fazer bem ouvirão de Jesus: “Sempre que o deixastes de fazer
a um destes Meus pequeninos, a Mim o deixastes de fazer.” — Testemunhos para
a igreja, vol. 2, p. 33.

2 de maio A mãe no altar da intercessão
Bênçãos para a mãe responsável

O fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória
deles é para confusão deles mesmos, que só pensam nas coisas
terrenas (Filipenses 3:19).
O
s pais precisam compreender a própria responsabilidade. O mundo está
cheio de laços para os pés da juventude. Multidões são atraídas por uma
vida de egoísmo e prazeres sensuais. Não podem discernir os perigos
ocultos nem o terrível fim do caminho que se parece com o da felicidade.
Mediante a condescendência com o apetite e a paixão, desperdiçam as energias,
e milhões se arruínam tanto para este mundo como para o mundo futuro. Os
pais devem lembrar que os filhos enfrentarão essas tentações. Mesmo antes do
nascimento da criança deve começar o preparo que a habilitará a combater com
êxito na luta contra o mal.
A responsabilidade repousa especialmente sobre a mãe. Ela, de cujo sangue
a criança se nutre e se forma fisicamente, comunica-lhe também influências
mentais e espirituais que tendem a formar-lhe a mente e o caráter. Foi Joque-
bede, a hebreia que fervorosa na fé não temeu “o mandamento do rei” (Hebreus
11:23), a mãe de Moisés, libertador de Israel. Foi Ana, a mulher de oração e es-
pírito abnegado, inspirada pelo alto, que deu à luz Samuel, a criança divina-
mente instruída, juiz incorruptível, fundador das escolas sagradas de Israel. Foi
Isabel, a prima e amiga especial de Maria de Nazaré, que gerou o precursor do
Messias. — A ciência do bom viver, pp. 371 e 372.

A mãe no altar da intercessão 3 de maio
Mãe, você é uma grande missionária

Levantam-se seus filhos, e chamam-na bem-aventurada;
como também seu marido, que a louva (Provérbios 31:28).
Q
uando pais de família saem para o trabalho e deixam a esposa presidindo
o lar, ela presta um serviço tão importante quanto o do marido. Enquanto
o marido é missionário lá fora, ela também o é em casa, superando muitas
vezes o marido quanto aos cuidados, preocupação e trabalhos com que
tem de arcar. Sua obra [...] é sagrada e importante. O marido lá fora pode ser
altamente honrado pelos homens enquanto a fiel obreira em casa ficará privada
dessa recompensa. Mas se ela se empenhar pela felicidade da família, esfor-
çando-se por formar caracteres à imagem divina, os anjos escreverão seu nome
junto ao dos maiores missionários do mundo. Deus não vê as coisas como se
apresentam à visão humana finita. [...]
O mundo está cheio de influências corrompedoras. A moda e os costumes
exercem um forte poder sobre os jovens. Se a mãe falha no dever de instruir,
guiar e restringir, os filhos naturalmente aceitarão o mal e se desviarão do bem.
Que toda a mãe vá muitas vezes ao Salvador com a oração: “Ensina-nos, o que
faremos pela criança?” Atenda ela à instrução que Deus dá em Sua Palavra, e re-
ceberá sabedoria conforme a necessitar. [...]
Que toda a mãe sinta serem inapreciáveis os seus momentos; sua obra será
provada no dia solene do ajuste de contas. Ali se entenderá finalmente que mui-
tos dos fracassos e crimes de homens e mulheres resultaram da ignorância ou
negligência daquelas mulheres cujo dever era guiar os pés infantis no caminho
direito. Ali se verá então que muitos que têm abençoado o mundo com a luz da
inteligência, da verdade ou da santidade devem os princípios fundamentais de
sua influência e êxito a uma mãe cristã que orava. — Conselhos para a igreja, pp.
146 e 147.

Sábios conselhos de uma mãe que ora

Pelo que todo aquele que é santo orará a ti, a tempo de te
poder achar; até no transbordar de muitas águas, estas a ele não
chegarão (Salmos 32:6).
V
ocês, meus filhos, entregaram o coração um ao outro da mesma forma
como o deram inteiramente e sem reservas a Deus. [...]
Meu filho, guarde-se e em nenhum momento manifeste a menor in-
clinação que lembre um espírito ditatorial e arbitrário. Haverá recom-
pensa em cuidar de suas palavras antes de dizê-las. Isso será mais fácil do que
retratá-las ou apagar sua impressão depois. Fale sempre bondosamente. Sua-
vize os tons da voz. Permita que somente amor, bondade e mansidão sejam ex-
pressos em seu semblante e em sua voz. Faça disso uma atividade que difunda
raios de luz, mas nunca permita que fique uma nuvem. Ema [a esposa] será tudo
que você quiser caso seja cauteloso e não lhe der nenhum motivo para sentir-se
aflita, perturbada e duvidar da genuinidade de seu amor. Vocês próprios podem
conquistar a felicidade ou perdê-la. Através do esforço para sujeitar a própria
vida à Palavra de Deus, podem tornar correto, nobre, elevado e agradável o ca-
minho da vida um para o outro.
Estejam dispostos a ceder. Edson [filho da autora], ceda algumas vezes em
seu julgamento. Não seja duro, mesmo se o seu procedimento lhe parecer sen-
sato. Você deve ser complacente, paciente, bondoso, sensível, compassivo e edu-
cado, mantendo as pequenas cortesias da vida, os atos afetuosos, a ternura, as
palavras cordiais e encorajadoras. Que as bênçãos de Deus repousem sobre vo-
cês, meus filhos, é a oração de sua mãe.
De sua querida mamãe. — Cartas a jovens namorados, p. 17.

Mãe, peça a guia do Espírito

Confirmando o ânimo dos discípulos, exortando-os a perma-
necer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no
Reino de Deus (Atos 14:22).
U
nidos e em oração, devem pai e mãe enfrentar a solene responsabilidade
de guiar corretamente os filhos. É principalmente sobre a mãe que recai
a tarefa do ensino dos filhos; no entanto, o pai não deve se absorver de
tal maneira nos negócios da vida ou no estudo dos livros que não possa
ter tempo de estudar a natureza e necessidade dos filhos. Deve auxiliar no des-
cobrir meios pelos quais eles possam conservar-se ocupados com trabalho útil
e agradável às suas disposições variadas. [...]
A mãe deve sentir sua necessidade da guia do Espírito Santo para que ela
mesma possa ter uma experiência genuína de submissão ao caminho e vontade
de Deus. Então pela graça de Cristo pode ser uma instrutora sábia, gentil e amo-
rável. Fazer o trabalho como deve ser feito exige talento, perícia e cuidado per-
severante, ponderado. Isso exige desconfiança de si mesma e oração fervorosa.
Procure toda mãe cumprir com esforço constante as suas obrigações. Leve ela
os seus pequeninos a Jesus nos braços da fé, confessando a Ele sua grande ne-
cessidade e rogando sabedoria e graça. Fervorosa, paciente e corajosamente
deve ela procurar aperfeiçoar suas habilidades a fim de poder usar correta-
mente as mais elevadas faculdades do espírito ao ensinar seus filhos. — Conse-
lhos aos professores, pais e estudantes, pp. 127 e 128.

Quero a bênção de Ana!

E votou um voto, dizendo: Senhor dos Exércitos! Se benigna-
mente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembra-
res, e da tua serva te não esqueceres, mas à tua serva deres um fi-
lho varão, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e sobre
a sua cabeça não passará navalha (1 Samuel 1:11).
D
urante os primeiros três anos de vida do profeta Samuel, sua mãe lhe
ensinou cuidadosamente a distinguir entre o bem e o mal. Por meio de
todo objeto familiar de que estava rodeado ela procurou levar-lhe os
pensamentos para o Criador. Cumprindo o voto de dar o filho ao Senhor,
com grande abnegação ela o colocou sob o cuidado de Eli, o sumo sacerdote, a
fim de ser educado para o serviço da casa de Deus. — Orientação da criança,
197.
De Siló, Ana voltou silenciosamente para o seu lar em Ramá, deixando o me-
nino Samuel a fim de ser educado para o serviço da casa de Deus sob a instrução
do sumo sacerdote. Desde o primeiro despontar da inteligência do filho, ela o
ensinou a amar e reverenciar a Deus e a considerar-se como sendo do Senhor.
Por meio de todas as coisas conhecidas que o cercavam, procurou ela elevar
seus pensamentos ao Criador. Depois de separada do filho, a preocupação da
fiel mãe não cessou. Cada dia ele era objeto de suas orações. Cada ano ela lhe
fazia com as próprias mãos uma túnica para o serviço, e subindo com o esposo
para adorar em Siló, dava ao menino essa lembrança de seu amor. Cada fibra da
pequena túnica era tecida com uma oração para que ele fosse puro, nobre e ver-
dadeiro. Não pedia grandezas mundanas para o filho, mas suplicava fervorosa-
mente que ele pudesse alcançar aquela grandeza a que o Céu dá valor — que
honrasse a Deus e abençoasse a seus semelhantes. — Patriarcas e profetas, 572.

O poder de uma mãe que ora é indizível!

Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, per-
severai na oração (Romanos 12:12).
S
e as mães apenas sentissem a importância de sua missão, se dedicariam
muito à prece secreta, apresentando seus filhos a Jesus, implorando sobre
eles Suas bênçãos e suplicando sabedoria para desincumbir-se adequada-
mente de seus sagrados deveres. Aproveite a mãe toda oportunidade para
ajustar e moldar a disposição e hábitos de seus filhos. Vigie ela cuidadosamente
o desenvolvimento do caráter, reprimindo traços que são demasiado proemi-
nentes e encorajando os que são fracos. Faça ela de sua própria vida um puro e
nobre exemplo para seu precioso rebanho.
A mãe deve assumir sua obra com coragem e energia, confiando sempre no
divino auxílio em todos os seus esforços. Jamais deve descansar satisfeita até
que veja em seus filhos uma gradual elevação de caráter, até que eles tenham
na vida um objetivo mais alto que meramente buscar a própria satisfação.
É impossível calcular o poder da influência de uma mãe que ora. Ela reco-
nhece Deus em todos os seus caminhos. Leva os filhos ante o trono de graça e
os apresenta a Jesus, suplicando sobre eles Suas bênçãos. Para esses filhos, a in-
fluência dessas orações é como “fonte de vida”. Essas orações oferecidas em fé
são o sustento e a força da mãe cristã. Negligenciar o dever da oração com nos-
sos filhos é perder uma das maiores bênçãos ao nosso alcance, um dos maiores
auxílios em meio às dificuldades, cuidados e fardos de nossa suprema tarefa. —
Good Health, julho de 1880.

A preocupação das mães

E andando dizia assim: Meu filho [...], meu filho [...], meu filho
[...]! Quem me dera que eu morrera por ti, [...] meu filho, meu filho!
(2 Samuel 18:33)
V
ocê deve tomar tempo para falar e orar com seus pequenos, e não deve
permitir que nada interrompa essa ocasião de comunhão com Deus e
com seus filhos. Poderá até dizer às visitas: “Deus me deu uma obra a fa-
zer, e não disponho de tempo para conversar agora.” É necessário que
você compreenda que tem uma obra a fazer para o tempo e a eternidade. Sua
primeira obrigação é para com os filhos.
Nossos filhos vêm antes das visitas, antes de qualquer outra consideração.
[...] O cuidado devido a eles em seus primeiros anos não admite negligência. Não
há na vida deles tempo em que essa regra possa ser esquecida.
Não deixe de dar atenção aos filhos para que possa fazer sala às visitas, mas
ensine-os a se portarem em silêncio e respeito na presença dos convidados. —
Fundamentos do lar cristão, p. 111.
O poder das orações de uma mãe não pode ser demasiadamente estimado.
Aquela que se ajoelha ao lado do filho ou filha em suas dificuldades da infância,
nos perigos de sua adolescência, só saberá no juízo a influência de suas orações
sobre a vida dos filhos. Se ela estiver, pela fé, associada ao Filho de Deus, sua
terna mão de mãe poderá afastar o filho do poder da tentação, poderá conter a
filha de cair em pecado. Quando a paixão estiver lutando para dominar, o poder
do amor, a influência restritora, fervorosa e determinada da mãe poderá fazer a
balança pender para o lado do direito. — Signs of the Times, 16 de março de
1891.

Seja como a mãe de John Huss

E disse-lhe Deus: Porquanto pediste esta coisa e não pediste
para ti riquezas, nem pediste a vida de teus inimigos, mas pediste
para ti entendimento, para ouvir causas de juízo; eis que fiz se-
gundo as tuas palavras (1 Reis 3:11 e 12).
A
ntes dos dias de Huss surgiram na Boêmia homens que se levantaram
para condenar abertamente a corrupção na igreja e a depravação do
povo. Seus trabalhos despertaram interesse que se estendeu ampla-
mente. Levantaram-se os temores da hierarquia e iniciou-se a persegui-
ção contra os discípulos do evangelho. Obrigados a fazer o culto nas florestas e
montanhas, os soldados os perseguiam, e muitos foram mortos. Depois de al-
gum tempo decretou-se que todos os que se afastassem do culto romano de-
viam ser queimados. Mas enquanto os cristãos entregavam a vida, olhavam à
frente para a vitória de sua causa. Um dos que “ensinavam que a salvação só se
encontra pela fé no Salvador crucificado”, declarou ao morrer: “A fúria dos inimi-
gos da verdade agora prevalece contra nós, mas não será para sempre; alguém
dentre o povo comum se levantará sem espada nem autoridade, e contra ele não
poderão prevalecer.” — Wylie. O tempo de Lutero estava ainda muito distante,
mas já se erguia alguém cujo testemunho contra Roma abalaria as nações.
João Huss era de humilde nascimento, e cedo ficou órfão pela morte do pai.
Sua piedosa mãe, considerando a educação e o temor de Deus como a mais va-
liosa das posses, procurou garantir essa herança ao filho. Huss estudou na es-
cola da província, passando depois para a Universidade de Praga, onde teve ad-
missão gratuita como estudante pobre. Sua mãe o acompanhou na viagem. Vi-
úva e pobre, não possuía dádivas nem riquezas seculares para conceder ao filho,
mas ao se aproximarem da grande cidade, ajoelhou-se ao lado do jovem sem pai
e invocou a bênção do Pai celestial sobre ele. Mal imaginava aquela mãe como
sua oração seria respondida. — O grande conflito, p. 98.

O Redentor cuida das mães

Porque para mim tenho por certo que as aflições deste
tempo presente não são para comparar com a glória que em nós
há de ser revelada (Romanos 8:18).
O
compassivo Redentor tem vigiado sobre vocês com amor e simpatia,
pronto para ouvir suas orações e dar-lhes a assistência de que precisam.
Ele conhece o fardo de todo coração materno, o melhor amigo das mães
em cada emergência. Seus braços eternos sustentam a mãe fiel e te-
mente a Deus. Quando esteve na Terra, teve uma mãe que lutou muito com a
pobreza, com ansiedade e perplexidades, e simpatiza com cada mãe cristã em
seus cuidados e ansiedades. Aquele Salvador que percorreu uma longa cami-
nhada para aliviar o ansioso coração de uma mãe cuja filha estava possessa de
um espírito maligno, ouvirá a oração das mães e lhes abençoará os filhos.
Aquele que devolveu à viúva o único filho que a morte havia levado para a
sepultura, Se sente tocado hoje pelo ai das mães que perderam filhos. Aquele
que derramou lágrimas de simpatia junto à sepultura de Lázaro e devolveu a
Marta e a Maria seu irmão já enterrado; que perdoou Maria Madalena; que não
Se esqueceu de Sua mãe quando em agonia suspenso na cruz; que apareceu às
mulheres em pranto e as tornou mensageiras da primeira boa notícia do Salva-
dor ressuscitado — Ele é o melhor amigo da mulher hoje e está pronto a ajudá-
la nas relações da vida. — The Signs of the Times, 9 de Setembro de 1886.

Que seria das mães sem o auxílio divino?

Como príncipe, lutou com o anjo e prevaleceu; chorou e lhe
suplicou; em Betel o achou, e ali falou conosco (Oseias 12:4).
V
ocês não podem criar os filhos como gostariam sem o auxílio divino, pois
a natureza caída de Adão sempre luta pelo controle. O coração deve ser
preparado para os princípios da verdade a fim de que se enraízem na
alma e encontrem alimento na vida. — The Review and Herald, 25 de Ou-
tubro de 1892.
Os pais podem compreender que ao seguirem a direção de Deus na educa-
ção dos filhos receberão ajuda do alto. Recebem mais benefício, pois enquanto
ensinam, aprendem. Seus filhos alcançarão vitórias mediante o conhecimento
que tiverem adquirido na observância do caminho do Senhor. São capacitados
a vencer tendências naturais e hereditárias para o mal. — The Review and He-
rald, 6 de Junho de 1899.
Trabalho algum pode se comparar ao da mãe cristã. Ela assume as tarefas
com a intuição do que significa criar os filhos no temor e admoestação do Se-
nhor. Não raro sentirá que sua carga é mais pesada do que ela pode levar; e
como é precioso então o privilégio de levá-la em oração ao seu simpatizante Sal-
vador. Ela pode colocar o fardo a Seus pés e em Sua presença encontra forças
que a sustentarão e lhe darão alegria, coragem, esperança e sabedoria nas horas
mais difíceis. Como é doce para a mãe fatigada a consciência de que tem tal
Amigo para todas as dificuldades! Se as mães fossem a Cristo mais frequente-
mente e nEle confiassem mais plenamente, seu fardo seria mais leve e elas en-
contrariam descanso para a alma. — The Signs of the Times, 13 de Setembro de
1877.

A mãe virtuosa vence pela oração

Agora, pois, minha filha, não temas; tudo quanto disseste te
farei, pois toda a cidade do meu povo sabe que és mulher virtu-
osa (Rute 3:11).
E
xiste um Deus em cima no Céu, e a luz e glória do Seu trono repousam
sobre a fiel mãe enquanto ela se esforça por educar os filhos para resisti-
rem à influência do mal. Nenhuma outra obra pode se comparar à sua em
importância. Ela não tem, como o artista, de pintar na tela uma bela
forma, nem tem, como o escultor, de formatá-la no mármore. Não tem, como o
escritor, de expressar um nobre pensamento em eloquentes palavras, nem
como o músico, de exprimir em melodia um belo sentimento. Entretanto, cabe-
lhe gravar na alma humana, com o auxílio divino, a imagem de Deus. — A ciência
do bom viver, p. 377.
Que a mulher compreenda a santidade de sua obra, e na força e temor de
Deus assuma a missão de sua vida. Eduque os filhos a fim de que sejam úteis
neste mundo e estejam aptos para o mundo melhor. Dirigimo-nos a mães cris-
tãs. Apelamos a que sintam a responsabilidade de mães e vivam não para se sa-
tisfazerem a si mesmas, mas para glória de Deus. Cristo não agradava a Si
mesmo, mas tomava sobre Si o papel de servo. — Testemunhos para a igreja,
vol. 3, p. 565.
O mundo está repleto de influências corrompedoras. A moda e os costumes
exercem um forte poder sobre os jovens. Se a mãe falha em seu dever de ins-
truir, guiar e restringir, os filhos naturalmente aceitarão o mal e se desviarão do
bem. Que toda a mãe vá muitas vezes ao Salvador com a oração: “Ensina-me o
que devo fazer pelas crianças!” Obedeça à instrução que Deus dá em Sua Palavra
e receberá sabedoria de acordo com a necessidade. — Patriarcas e profetas, 573.

Mãe, suplique a Deus por paciência

Porque eu era filho de meu pai, tenro e único em estima di-
ante de minha mãe (Provérbios 4:3).
M
uitas vezes no dia ela ouve o chamado de “Mãe! Mãe!”. Primeiro é a voz
de uma criança preocupada, depois a de outra. Em resposta, ela pre-
cisa se desdobrar para atender a tais pedidos. Um está em dificuldade
e precisa da cabeça sábia da mãe para livrá-lo dos problemas. Outro
está tão feliz com alguma descoberta que deseja que a mãe a veja, pensando que
ela ficará tão contente quanto ele. [...]
Mas quase sempre a paciência da mãe se sobrecarrega com essas numero-
sas pequenas provas que quase não parecem dignas de atenção. Mãos arteiras
e pés inquietos criam uma grande quantidade de trabalho e perplexidade para
a mãe. Ela tem de segurar firme as rédeas do domínio próprio, pois do contrário
sairão de seus lábios palavras de impaciência. Com frequência ela chega quase
a perder a cabeça, mas uma oração silenciosa a seu misericordioso Redentor lhe
acalma os nervos e ela volta a se controlar revelando calma dignidade. Ela fala
com voz calma, mas custa esforço restringir palavras ásperas e controlar senti-
mentos de revolta que, se expressos, destruiriam sua influência, a qual exigiria
tempo readquirir.
A percepção das crianças é veloz, e elas notam o tom amorável e paciente da
ordem ditatorial e inquieta que seca o orvalho do amor e a afeição no coração
dos filhos. A verdadeira mãe cristã não afastará de si os filhos pela impaciência
e falta de compreensivo amor. — The Signs of the Times, 13 de Setembro de
1877.

Conforto pelo óbito de um filho

Isto é a minha consolação na minha angústia, porque a tua
Palavra me vivificou (Salmos 119:50).
Q
uando você relatou a experiência, ou seja, o falecimento de seu filho, e de
como você se prostrou em oração submetendo a vontade à providência
do Pai celestial deixando com Ele a solução do caso, meu coração de mãe
se comoveu profundamente. Passei por experiência semelhante a essa
pela qual você acaba de passar.
Aos dezesseis anos, meu filho mais velho ficou doente. Seu caso foi conside-
rado grave, e ele nos chamou para junto do leito e disse: “Papai, Mamãe, vai ser
duro para vocês se separarem de seu filho mais velho. Se o Senhor achar por bem
poupar minha vida por amor de vocês, então ficarei satisfeito. Se for para meu bem
e para glória de Seu nome que minha vida se encerre agora, direi: ‘Bem está, mi-
nha alma’. Papai, vá a sós, e Mamãe, vá também a sós e orem. Assim vocês recebe-
rão uma resposta de acordo com a vontade do meu Salvador, a quem vocês amam
e eu também.” [...]
Fizemos como ele havia pedido, e nossas orações foram em todos os pontos
semelhantes às orações que você fez. Não recebemos evidência de que nosso
filho se restabeleceria. Ele faleceu pondo a inteira confiança de sua vida em Je-
sus nosso Salvador. Sua morte foi para nós um duro golpe, mas também foi uma
vitória mesmo diante da morte, pois sua vida estava escondida com Cristo em
Deus. [...]
Antes da morte de meu filho mais velho, meu bebê adoeceu de morte. Ora-
mos pensando que o Senhor nos pouparia nosso queridinho, mas fechamos
seus olhinhos na morte e o colocamos para descansar em Jesus até que o Doa-
dor de vida venha despertar os Seus preciosos entes queridos para a gloriosa
imortalidade. — Mensagens escolhidas, vol. 2, pp. 258 e 259.

Conforto pela ausência de entes queridos

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai
das misericórdias e o Deus de toda consolação (2 Coríntios 1:3).
P
erdi meu esposo e sei por experiência o tamanho da sua tristeza. Mas
olhando para Jesus você encontrará encorajamento. Que você receba a
bênção do Senhor cada dia. Minha prezada irmã, que o Senhor a abençoe
e a sustenha.
Está escuro demais para enxergar agora [para escrever], de modo que lhe
darei boa-noite. Seja a mais animosa possível por amor a seus filhos. — Carta
167, 1905.
Queridos filhos: vou escrever-lhes algumas linhas. Queríamos tanto poder
estar aí e chorar e nos ajoelhar em oração com vocês. Não querem vocês, cada
um por si, buscar ao Senhor e servi-lO? Vocês poderão ser grande bênção à sua
mãe ao não fazerem coisa alguma que entristeça o coração dela. O Senhor Jesus
receberá vocês se Lhe entregarem o coração. Façam tudo que for possível para
aliviar os cuidados e dores de sua mãe.
O Senhor prometeu ser Pai dos órfãos. Se vocês Lhe entregarem o coração,
Ele lhes dará poder para se tornarem filhos e filhas de Deus. Se os filhos mais
velhos aliviarem a mãe por assumirem o máximo possível de responsabilidades
e tratarem bondosamente as crianças menores, ensinando-as a procederem
bem e não aborrecerem a mãe, o Senhor os abençoará grandemente.
Entreguem o coração ao amante Salvador, e façam apenas aquilo que é agra-
dável à Sua vista. Não façam nada que entristeça sua mãe. Lembrem-se de que
o Senhor ama vocês, e que cada um de vocês pode se tornar membro da família
de Deus. Se forem fiéis aqui, vocês reencontrarão seu pai quando Ele vier nas
nuvens do céu, e novamente se tornarão uma família unida.
Com amor. — Carta 165, 1905.

Primeiro orar, depois punir e restaurar

Vinde, e tornemos para o Senhor, porque ele despedaçou e
nos sarará, fez a ferida e a ligará (Oseias 6:1).
C
onverse primeiro com os filhos. Esclareça com exatidão os erros deles e
os convença de que não apenas pecaram contra você, mas contra Deus.
Com o coração cheio de piedade e de tristeza pelos filhos que erram, ore
com eles antes de corrigi-los. Assim verão que você não os pune apenas
por causa do incômodo, ou porque deseja descarregar neles o próprio nervo-
sismo, mas devido ao senso do dever, para o seu bem, e eles a amarão e respei-
tarão. — The Signs of the Times, 10 de Abril de 1884.
Essa prece poderá causar tal impressão no espírito deles que verão que você
não é insensata. E se os filhos virem que você não é injusta, você alcançou
grande vitória. Essa é a obra que deve ser feita em seu círculo familiar nestes
últimos dias. — Manuscrito 73, 1909.
Não ameace os filhos com a ira de Deus caso cometam um erro; antes leve-
os a Cristo em oração. — Manuscrito 27, 1893.
Antes de ocasionar dor física a uma criança, se você é um pai ou uma mãe
crente revele o amor que tem por seus pequenos, que são sujeitos a errar. Ajoe-
lhe-se diante de Deus com o filho e apresente diante do Redentor, que é cheio
de simpatia, as próprias palavras dEle: “Deixai vir os pequeninos a Mim e não os
impeçais, porque dos tais é o reino de Deus.” Marcos 10:14. Essa oração trará an-
jos à sua casa. Seu filho não se esquecerá dessas experiências, e a bênção de
Deus repousará sobre tal instrução, levando-o a Cristo. Quando as crianças com-
preendem que os pais estão procurando ajudá-las, elas aplicam suas energias
na devida direção. — Conselhos aos professores, pais e estudantes, 117, 118.

Busque conselho com uma mãe amorosa

Ajuda-me, Senhor, Deus meu! Salva-me segundo a tua miseri-
córdia (Salmos 109:26).
A
o me ajoelhar perante Deus em oração por esta bênção, foi-me apresen-
tado o dever de orar numa reunião pública [...] e me esquivei ao dever
temendo que ficaria frustrada se tentasse orar. [...]
Nesse estado de espírito permaneci por três semanas sem um raio
de luz que penetrasse a espessa nuvem escura ao meu redor. [...] Depois disso
abri minha alma à minha devotada mãe. Ela me disse que eu não estava perdida
e me aconselhou a procurar o pastor Stockman, que pregava então para o povo
do advento em Portland. Tive grande confiança nele, pois era um dedicado e
amado servo de Cristo. Suas palavras me impressionaram e me deram espe-
rança. Voltei ao lar e de novo me apresentei perante o Senhor e prometi-Lhe que
faria e sofreria qualquer coisa se me fosse dado ter os sorrisos de Jesus nova-
mente. Recebi o mesmo dever outra vez. [...] E depois que dois ou três haviam
orado, antes que me desse conta disso abri a boca em oração, e as promessas de
Deus me pareceram como pérolas preciosíssimas que só deviam ser recebidas
pelos que as suplicassem.
Ao orar, o fardo e a agonia de alma que por tanto tempo eu havia experimen-
tado me deixaram, e as bênçãos de Deus vieram sobre mim como suave orvalho.
Dei glória a Deus pelo que eu sentia, mas queria ainda mais. Eu não me daria por
satisfeita até que estivesse repleta da plenitude de Deus. Inexprimível amor por
Jesus encheu minha alma. Onda após onda de glória rolaram sobre mim até que
meu corpo se endureceu. Tudo desapareceu à minha volta, exceto Jesus e a gló-
ria, e eu nada sabia do que se passava ao redor. — Primeiros escritos, pp. 11 e
12.

Mãe, ordene sua casa

Porque eu o tenho conhecido, que ele há de ordenar a seus
filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do
Senhor, para agirem com justiça e juízo (Gênesis 18:19).
A
mãe é o instrumento de Deus para tornar cristã sua família. Deve ela ser
o exemplo de religião bíblica, mostrando como sua influência deve nos
controlar nas atividades e prazeres da vida diária, ensinando os filhos
que somente pela graça podem ser salvos, através da fé, e que isso é um
dom de Deus. Esse constante ensinamento do que Cristo é para nós e para eles,
Seu amor, Sua bondade, Sua misericórdia, revelados no grande plano da reden-
ção, fará impressão sagrada e santificada sobre a alma. [...]
Que a mulher compreenda a santidade de sua obra, e na força e temor de
Deus assuma a missão de sua vida. Eduque os filhos a fim de que sejam úteis
neste mundo e estejam aptos para o mundo melhor. Dirigimo-nos a mães cris-
tãs. Apelamos a que sintam sua responsabilidade como mães e vivam não para
satisfazerem a si mesmas, mas para glória de Deus. Cristo não Se agradou a Si
mesmo, mas tomou sobre Si a forma de servo. — Ser mãe — O que é?, pp. 13 e
14.

Um pai alheio compromete o esforço da mãe

Mas para vós que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça
e salvação trará debaixo das suas asas; e saireis e crescereis como
os bezerros do cevadouro (Malaquias 4:2).
S
ubmissão, amor e gratidão a Deus conservam o brilho do Sol no coração,
ainda que o dia possa estar bem nublado. O altruísmo e a cruz de Cristo
estão diante do irmão. Erguerá você a cruz? Seus filhos têm sido abençoa-
dos pelas orações da mãe deles. Eles têm amado a religião. Têm se esfor-
çado para resistir à prova e manter uma vida de oração. Às vezes têm tentado
muito arduamente, mas seu exemplo diante deles, seu amor e devoção ao
mundo e sua dedicação excessiva aos negócios têm removido a mente deles das
coisas espirituais e a desviado novamente para a Terra. Satanás tem estado no
encalço deles para os levar novamente a amar o mundo e as coisas mundanas.
Eles têm gradualmente perdido a confiança em Deus, negligenciado a oração
particular e os deveres religiosos, e têm perdido interesse pelas coisas sagradas.
Prezado irmão [nome omitido], você cometeu grande erro ao dedicar a este
mundo a sua ambição. Você é exigente e às vezes impaciente; algumas vezes
exige demais de seu filho. Ele ficou desanimado. Em casa tem sido trabalho, tra-
balho, trabalho, desde o amanhecer até à noite. Sua grande fazenda tem acarre-
tado cuidados extras e responsabilidades para a sua casa. Você tem falado sobre
negócios, pois os negócios são a prioridade em sua mente, e “a boca fala do que
está cheio o coração” (Lucas 6:45). Seu exemplo na família tem exaltado a Cristo
e Sua salvação acima dos interesses agrícolas e seu desejo de ganho? Se os filhos
perderem a vida eterna, o sangue da alma deles certamente terá manchado as
roupas do pai. — Testemunhos para a igreja, vol. 4, p. 47.

O pai tem de ajudar a mãe no lar

Quando encontrares algum ninho de ave no caminho, em al-
guma árvore ou no chão, com passarinhos, ou ovos, e a mãe
posta sobre os passarinhos ou sobre os ovos, não tomarás a mãe
com os filhos (Deuteronômio 22:6).
A
mãe cumpriu fielmente o seu dever. Ela ouvirá o “bem está” ao levantar-
se na manhã da ressurreição. Sua primeira indagação será quanto a seus
filhos, que foram objeto de suas orações durante a parte final de sua vida.
Você poderá apresentá-los com belo caráter que os qualifiquem moral-
mente para a sociedade dos anjos, ou estarão contaminados e maculados pelas
corrupções deste mundo? Serão achados “participantes da natureza divina”, li-
vres “da corrupção, que, pela concupiscência, há no mundo”? (2 Pedro 1:4). Serão
colunas polidas à semelhança de um palácio; ou haverão de ser achados aman-
tes do mundo, amaldiçoados com o espírito de avareza, e suas brilhantes e no-
bres qualidades sepultadas no esquecimento?
Sua conduta [como pai] muito fará para determinar o destino futuro de seus
filhos. Se você continuar a exaurir suas faculdades mentais em preocupações e
planejamentos mundanos, permanecerá para eles como uma pedra de tropeço.
Eles veem que, ainda que professe cristianismo, você não obteve qualquer pro-
gresso espiritual, mas está moralmente atrofiado. Isso é verdade. Sua mente
tem se concentrado nas coisas terrenas; e, como resultado, desenvolveu grande
força nessa direção. Decididamente, você é um negociante mundano, mas Deus
planejou que você usasse sua habilidade e influência em uma ocupação mais
elevada.
Você está fascinado e cegado pelo deus deste mundo. Oh, que terrível insen-
satez o domina! Você poderá reunir tesouros terrenos, mas serão destruídos na
grande conflagração. Se retornar agora ao Senhor, empregar seus talentos de
recursos e influência para a Sua glória e enviar antecipadamente seu tesouro
para o Céu, não enfrentará uma perda total [mas salvação eterna]. — Testemu-
nhos para a igreja, vol. 4, p. 48.

A mãe cristã é uma missionária no lar

Enganosa é a graça, e vaidade, a formosura, mas a mulher
que teme ao Senhor, essa será louvada (Provérbios 31:30).
Q
uerida irmã: Foi-me mostrado que você tem certas faltas e deve sentir a
importância de corrigi-las a fim de que desfrute a bênção de Deus. Muitas
das provas que lhe sobrevieram foram provocadas por sua liberdade de
falar. Você julga ser uma virtude falar abertamente e dizer às pessoas cla-
ramente o que pensa delas e de seus atos. Chama a isso de franqueza, mas é ab-
soluta descortesia e desperta a reação daqueles com quem você entra em con-
tato. Se os outros a tratassem da mesma forma, seria além do que você pode
suportar. Os que estão acostumados a falar aberta e severamente aos outros
não se agradam em receber o mesmo tratamento. [...]
Ao dedicar-se totalmente a detalhes dos negócios, está roubando de si
mesma tempo para meditação e oração e privando os filhos do paciente cuidado
e atenção que eles têm o direito de reivindicar da mãe. Pensa que pode apres-
sar-se com as muitas tarefas mais fácil e mais rápido do que pode paciente-
mente ensinar os filhos a executá-las para você. Contudo, seria muito melhor
pôr certas responsabilidades sobre eles e instruí-los a serem úteis. Isso os enco-
rajaria e os ocuparia, bem como a aliviaria em parte. [...]
A primeira e grande ocupação de sua vida é ser uma missionária no lar. Re-
vista-se de humildade, paciência, tolerância e amor, realizando o trabalho que
Deus lhe ordenou, e que ninguém mais pode fazer por você. É um trabalho pelo
qual será responsabilizada no dia da retribuição. A bênção de Deus não pode
repousar sobre um lar mal disciplinado. A bondade e a paciência devem reinar
no lar para torná-lo feliz. — Testemunhos para a igreja, vol. 4, pp. 136-138.

Mãe, Deus vai ajudá-la a vencer!

Ajuda-me, Senhor, Deus meu! Salva-me segundo a tua miseri-
córdia (Salmos 109:26).
M
inha irmã, se pudesse ver a si mesma como Deus a vê, ficaria claro em
sua mente que sem uma completa conversão você não poderá entrar
no reino de Deus. Se tivesse em mente que com a medida com que me-
dir os outros você será também medida, seria mais cautelosa em sua
conversa e mais moderada e perdoadora em sua disposição. Cristo veio ao
mundo para sujeitar toda resistência e autoridade a Si, mas Ele não reivindica
obediência pela força do argumento ou pela voz de comando; Ele andou fazendo
o bem, e ensinou a Seus seguidores as coisas que pertencem à sua paz. [...]
Você tem abrigado ressentimento contra o seu marido e contra outros que
a ofenderam, mas tem deixado de perceber onde errou e tornou as coisas piores
pela própria atitude errada. Seu espírito tem sido amargo contra aqueles que
lhe fizeram injustiça, e seus sentimentos têm se extravasado em reprovação e
censura. Isso lhe deu alívio momentâneo a seu sobrecarregado coração, mas
deixou uma cicatriz duradoura sobre a alma. A língua é um pequeno membro,
mas você cultivou seu uso impróprio até que isso se transformou num fogo con-
sumidor.
Todas essas coisas têm contribuído para impedir seu progresso espiritual.
Mas Deus vê quão difícil para você é ser paciente e perdoadora, e Ele sabe como
Se compadecer e ajudar. Ele quer que você reforme a vida e corrija seus defeitos.
Deseja que seu espírito resoluto e inflexível seja quebrado por Sua graça. — Tes-
temunhos para a igreja, vol. 4, pp. 138 e 139.

Mãe, seja menos rigorosa e exigente

O homem iracundo levanta contendas; e o furioso multiplica
as transgressões (Provérbios 29:22).
V
ocê permite que as circunstâncias lhe afetem em demasia. Deixe que vi-
gilância e oração diárias sejam sua salvaguarda. Então os anjos de Deus
estarão ao seu redor para lançar luz clara e preciosa sobre sua mente e
sustê-la com força celestial. Sua influência sobre os filhos e sua atitude
para com eles devem ser de molde a atrair esses santos visitantes à sua habita-
ção para que possam ajudá-la em seus esforços de tornar a família e o lar aquilo
que Deus gostaria que fossem. Quando você experimenta lutar independente-
mente na própria força, os anjos celestiais são repelidos e se retiram pesarosos
para longe de você, deixando-a lutar sozinha. [...]
Você é muito rigorosa e exigente, e tem frequentemente lidado com eles
quando agitada e irada. Isso tem quase destruído o laço dourado de amor que
une o coração deles ao seu. Você deve impressionar sempre seus filhos com o
fato de que os ama, que está trabalhando para o seu interesse, que a felicidade
deles lhe é muito preciosa, que pretende fazer apenas o que for para o bem de-
les.
Deve satisfazer seus pequenos desejos sempre que for razoável fazê-lo. Sua
casa atual permite apenas pouca variedade de recreação à inquieta mente juve-
nil dos filhos; e cada ano a dificuldade aumenta. No temor de Deus, sua primeira
consideração deve ser para com os filhos. Como mãe cristã, as obrigações para
com eles não são simples nem pequenas; e a fim de atendê-los apropriadamente
você deve pôr de lado algumas outras responsabilidades e dedicar tempo e
energia a essa tarefa. O lar dos filhos deve ser para eles o lugar mais desejável e
feliz do mundo, e a presença da mãe deve ser a maior atração. — Testemunhos
para a igreja, vol. 4, pp. 139 e 140.

O exemplo da mãe se reproduz nos filhos

Que tendes vós, vós que dizeis esta parábola acerca da terra
de Israel, dizendo: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos
filhos se embotaram? (Ezequiel 18:2)
O
que deve ser mais deplorado com respeito à sua conduta é que seus er-
ros e enganos estão sendo reproduzidos nos filhos. [Nome omitido] está
se dedicando demais à leitura; as faculdades mentais dela estão sendo
prejudicadas permanentemente por seguir o seu exemplo. [...]
Os hábitos formados na juventude, ainda que possam mais tarde na vida ser
um pouco modificados, quase nunca se alteram em sua essência. Sua vida in-
teira tem sido moldada pelo legado de caráter que lhe foi transmitido no nasci-
mento. [...] A graça de Deus pode vencer essas tendências más; mas que batalha
precisa ser empreendida! [...]
A disciplina errada da mãe quando tem sido capaz de cuidar deles e por se-
rem deixados tanto tempo sem os cuidados dela, quase os arruinou. Contudo,
mesmo agora uma conduta firme e sem desvios produzirá grande melhoria ne-
les; eles não estão fora de controle, embora seja bastante difícil fazer deles o que
poderiam ter sido caso os pais agissem corretamente. Se desejar, a mãe pode
ver o resultado da conduta que seguiu ou pode corrigir-se e tentar desfazer o
erro. O caminho no qual os filhos estão agora entrando pode conduzi-los à vir-
tude ou ao vício, à honra ou à infâmia, ao Céu ou ao inferno. A influência de uma
mãe de oração e temente a Deus sobreviverá à eternidade. Ela pode morrer,
mas sua obra continuará. — Testemunhos para a igreja, vol. 4, pp. 499 e 500.

A conduta da mãe pode ser determinante

Mas o Senhor disse a Satanás: O Senhor te repreende, ó Sata-
nás, sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreende; não é
este um tição tirado do fogo? (Zacarias 3:2).
A
graça não é herdada. Um pai muito mau pode ter um filho piedoso; um
pai cristão pode gerar um filho desviado. Que as mães tomem sobre si os
fardos que se tornaram duplamente pesados por causa das atitudes do
chefe da família. Isso torna bem claro o seu dever, de fazer sua luz brilhar
no lar onde Satanás está atuando para assumir o controle dos filhos. Ele os terá?
Que se erga o espírito missionário diante da emergência e diga: “Não, não. Meus
filhos, embora tenham um pai mundano, foram comprados pelo sangue de Cristo.
Sou mãe deles. Buscarei o Senhor com fé e humildade de modo que Ele não apenas
salve estas crianças, mas também leve o pai delas ao arrependimento.” Não peça
nem implore a simpatia de seu marido e de seus filhos, antes viva simplesmente
a vida de Cristo. Em palavras, em espírito, em caráter, em mansidão, em paciên-
cia e longanimidade, em alegria de espírito seja como uma placa de sinalização
a apontar a direção, o caminho que conduz ao Céu.
Seja testemunha de Cristo. Exemplifique a força da esperança cristã que está
dentro do véu. Demonstre que essa âncora a sustenta em todas as circunstân-
cias. Torne o seu lar agradável e alegre. É em Jesus que você precisa repousar a
todo momento. Obtenha força de Jesus. Ele lhe concederá o que for solicitado
com sinceridade. Se você O buscar de todo o coração, certamente O encontrará.
— Testemunhos sobre conduta sexual, adultério e divórcio, p. 45.

O campo missionário da mãe

Eis-me aqui, com os filhos que me deu o Senhor (Isaías 8:18).
N
ão se esquive de suas responsabilidades. Seja diariamente uma missio-
nária no lar. Não apenas ensine seus filhos desde a infância, mas tam-
bém os treine. Mantenha um firme e persistente controle sobre eles.
Você deve não apenas dizer-lhes o que precisam fazer, mas com toda a
habilidade possível faça com que o ambiente ao redor deles seja favorável, se-
meando-lhes no coração as preciosas sementes do amor e espírito de Jesus. Em-
bora Satanás utilize o pai dessas crianças para contrariar o trabalho que você
tem realizado, não se desanime; não desista da luta. Faça aquilo que deseja que
eles façam. Trate seu esposo com bondade em todos os momentos e em todas
as ocasiões e prenda os filhos ao próprio coração com laços de amor. Esse é o
seu trabalho; essa é a responsabilidade que lhe cabe desempenhar. Não fale das
suas lutas domésticas a ninguém senão a Jesus; derrame-as em Seus ouvidos.
[...]
Deus não convoca as mães a se afastarem da obra missionária doméstica,
levando-as a deixar os filhos sob o controle de influências desmoralizantes e pe-
rigosas para a alma. Porventura não estão os filhos sob necessidade de trabalho
missionário? Não merecem os filhos os mais fervorosos esforços, apresentados
em oração? [...] Que ela, após anos de aparente fracasso, teste outros métodos,
buscando o conselho de Deus. [...]
Tem você sentido que sua sorte é pesada, queixando-se e murmurando?
Ora, se você não conseguiu ajuda com tais atitudes, tente outra conduta. Fale de
modo bondoso; seja alegre. [...]
Digo uma vez mais, que não está de acordo com as obras de Deus que a mãe
deixe o esposo e filhos a fim de se empenhar naquilo que ela considera um tra-
balho mais elevado. Assuma plenamente os deveres que estão exatamente em
seu caminho. — Testemunhos sobre conduta sexual, adultério e divórcio, p. 46.

Mãe, os filhos são seu campo missionário!

Eles são meus filhos, que Deus me tem dado aqui. E ele disse:
Peço-te, traze-mos aqui, para que os abençoe (Gênesis 48:9).
S
into-me triste quando recebo cartas de mães indagando: “Devo deixar
meus filhos para realizar a obra missionária?” No temor e amor de Deus
respondo: Seja missionária em casa. Eduque-se nos caminhos e recursos
da Bíblia para poder ser obreira bem-sucedida no próprio lar, pois os que
aí vivem precisam ser salvos, já que são pecadores. Não abandone seu posto de
dever por ser desagradável. Existem hoje muitos mártires vivos, que sofrem em
silêncio, que confiam em Deus quando são vitimados pelos abusos das más lín-
guas e que são atormentados e feridos por ásperas e severas acusações, e cuja
sorte parece ser a de viver e sofrer, recebendo conforto unicamente de Jesus,
que é a fonte de sua força. Tais pessoas são missionárias. São os nobres de
Cristo, e seus nomes se encontram escritos no Livro da Vida do Cordeiro.
Lembre-se de que Jesus conhece tudo — cada tristeza, cada pesar; Ele não
permitirá que você desfaleça, pois Seus braços estão por baixo de você. Poderá
ser uma luz para toda a vizinhança se for na verdade paciente, bondosa, tole-
rante. Com essas palavras, minha irmã, considere respondidas as suas pergun-
tas. — Manuscrito 9, 1868.

Mãe, jamais se esqueça do Salvador

A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o
Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo. Jesus disse-lhe:
Eu o sou, eu que falo contigo (João 4:25 e 26).
essencial que você deposite sua confiança em Deus. Lamento que o lugar
É em que mora tenha tão pouco estímulo religioso. Muitos lhe dirão palavras
de simpatia, mas serão incapazes de trazer conforto ao coração anelante e
faminto, que se encontra ferido e muito necessitado do bálsamo curador.
Jamais esqueça que o seu Salvador vive e reina. Seu apego às promessas divinas
precisa ser forte. Mestres humanos na fé cristã são poucos.
Você por certo tem se sentido desencorajada e talvez tenha cedido à tenta-
ção de negligenciar seus deveres religiosos, evitando carregar a cruz da vida
cristã; talvez tenha consentido em ser guiada por princípios e sentimentos mun-
danos; pode ser que haja negligenciado a oração e o confessar a Cristo. Se isso
aconteceu, evite isso a todo custo. Lembre-se das palavras de Cristo: “Sereis Mi-
nhas testemunhas” (Atos 1:8). Sua luz talvez tenha oscilado, mas graças a Deus
ainda não é tarde demais, mesmo agora, para reconhecer as exigências que o
Senhor tem sobre você.
Você é propriedade de Jesus Cristo. Ele a comprou ao infinito preço de Si
mesmo. Você Lhe pertence por criação e por redenção. Embora por vezes lhe
tenha parecido incerta a esperança de um Céu, deve saber em quem confiar. Sua
esperança de alcançar o Céu deve repousar unicamente nos méritos de Jesus
Cristo. Você pode adquirir agora uma viva experiência nas coisas de Deus. Con-
templando a Jesus pela fé, confiando em Seus méritos, as dúvidas acerca de Seu
amor desaparecerão como a névoa diante do Sol matutino. — Testemunhos so-
bre conduta sexual, adultério e divórcio, pp. 47 e 48.

Ó mãe, não abandone o lar!

Estas filhas são minhas filhas, e estes filhos são meus filhos, e
este rebanho é o meu rebanho, e tudo o que vês meu é; e que fa-
rei, hoje, a estas minhas filhas ou aos filhos que tiveram? (Gênesis
31:43).
J
amais, sob nenhuma circunstância, nem mesmo por aparência, consinta em
abandonar o caminho traçado para os resgatados do Senhor. Seja decidida,
inamovível nas obrigações cristãs para com seu Deus. [...]
Insisto em que você cumpra as obrigações cristãs para com Deus. Se no
raio de uma centena de quilômetros não existir uma única pessoa para guardar
o sábado em sua companhia, esteja segura de que todo o universo celestial sim-
patiza com você. Cristo, o seu Salvador, e os anjos celestiais estão à sua volta. Se
você clamar a Deus em todo momento de necessidade, Ele será o seu ajudador.
Pratique a verdade em seu lar. “Sereis Minhas testemunhas”, diz o Senhor (Atos
1:8).
Não sou capaz de lhe escrever mais. Se você ama o pai de seus filhos, viva a
vida de uma mulher cristã em todos os momentos e sob todas as circunstâncias.
Se você houvesse procedido assim, Deus haveria atuado em seu favor. Mas se
você tem satisfeito a si mesma e desagradado o Pai celestial, como o Senhor
pode agir por você?
Que o Senhor a ajude exatamente agora, minha querida, pobre e tentada
irmã, na escolha do caminho correto. Que Ele a ajude a conceder a seu esposo e
filhos um testemunho de que você é na prática uma cristã, de que ama a Deus,
de que ama a Jesus, Aquele que deu Sua vida por você. Assim como for o seu dia,
será também a sua força. [Veja Deuteronômio 33:25.] — Carta 76, 1896.

Mãe, sua recompensa final está a caminho!

Une-te, pois, a Deus, e tem paz, e, assim, te sobrevirá o bem
(Jó 22:21).
O
pai frequentemente chega com um ar satisfeito e orgulhosamente passa
em revista o que realizou durante o dia. Suas observações mostram que
ele espera agora ser servido pela mãe, pois ela não fez muita coisa exceto
cuidar dos filhos, preparar o alimento e manter a casa em ordem. Ela não
fez trabalho produtivo, não comprou nem vendeu; não fez trabalho de agricul-
tor no preparo do solo; não trabalhou em mecânica — logo não pode estar can-
sada. Ele critica, censura e impõe como se fosse o senhor da criação. E isso é o
mais difícil para a esposa e mãe, porque ela de fato se cansou muito em seu
posto de dever durante o dia, e, no entanto, não pôde ver o que fez e está can-
sada de verdade.
Pudesse o véu ser afastado para que o pai e a mãe vissem, da mesma forma
que Deus vê, a obra do dia e como os olhos infinitos dEle comparam a obra de
um com a do outro, e ficariam chocados pela revelação celestial. O pai olharia o
seu trabalho sob uma luz mais modesta enquanto a mãe ganharia nova coragem
e energia para continuar trabalhando com sabedoria, perseverança e paciência.
Agora ela conhece o seu valor. Enquanto o pai trata com coisas que devem pe-
recer e passar, a mãe trata com o desenvolvimento de mentes e caracteres, tra-
balhando não apenas para o tempo, mas para a eternidade. [...]
Que cada mãe compreenda como os seus deveres e responsabilidades são
grandes, e como será igualmente grande a recompensa da fidelidade. — Funda-
mentos do lar cristão, pp. 101-103.

Mãe, receba a recompensa!

Então, dirá o Rei [às] que estiverem à sua direita: Vinde, [ben-
ditas] de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está prepa-
rado desde a fundação do mundo (Mateus 25:34)
Q
uando o juízo se assentar e os livros se abrirem; quando o grande Juiz pro-
nunciar o “muito bem” (Mateus 25:21) e puser a coroa de glória imortal na
fronte do vencedor, muitos erguerão essas coroas à vista do universo reu-
nido e apontando à sua mãe dirão: “Ela me fez tudo quanto sou mediante a
graça de Deus. Seus ensinos, suas orações foram abençoados quanto à minha sal-
vação eterna.” — Mensagens aos jovens, p. 330.
[A mãe] exerce no lar um poder mais decisivo do que o pastor no púlpito, ou
mesmo o rei no trono. O dia de Deus revelará quanto o mundo deve a piedosas
mães pelos homens que foram inflexíveis defensores da verdade e reforma —
homens que foram corajosos para fazer e ousar, e que permaneceram inabalá-
veis em meio a provas e tentações; homens que escolheram em primeiro lugar
os elevados e santos interesses da verdade e da glória de Deus, e a honra terrena
ou a própria vida em segundo. — Exaltai-O, p. 393.
Ao se erguerem as crianças imortais de seu empoeirado leito, imediata-
mente seguirão caminho, voando para os braços maternos. Todos se reencon-
trarão para nunca mais se separarem. Muitos dos pequeninos, porém, não terão
mãe ali. Em vão esperaremos ouvir o arrebatador cântico de triunfo por parte
da mãe. Os anjos acolherão essas crianças sem mãe e as conduzirão para junto
da árvore da vida.
Jesus lhes coloca a auréola de luz sobre a cabecinha. Conceda Deus que a
querida mãe Eva ali esteja, para que as pequeninas asas dessas criancinhas se
dobrem no alegre colo da mãe. — Mensagens escolhidas, vol. 2, pp. 259 e 260.

1º de junho Oração e fé
Fé e oração — os braços da alma

Aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de
fé (Hebreus 10:22).
O
ração e fé são os braços com que a alma se agarra ao pescoço do infinito
amor e segura a mão do poder infinito. [...] A recém-nascida fé em Cristo
é revelada pela oração e pelo louvor. A oração é um alívio e um conforto
para a alma aflita. O suplicante sincero e humilde junto ao trono da graça
pode saber que está comungando com Deus pelo modo divinamente designado,
e que é seu privilégio compreender o que Deus significa para a pessoa crente.
— O cuidado de Deus, p. 282.
O cristão é convidado a levar a Deus os fardos em oração para se firmar bem
perto de Cristo pelos laços de uma viva fé. O Senhor nos autoriza a orar, decla-
rando que ouvirá as preces dos que confiam em Seu infinito poder. Ele será hon-
rado por aqueles que a Ele se achegam, que fazem fielmente Seu serviço. “Tu
conservarás em paz aquele cuja mente está firme em Ti; porque ele confia em Ti”
(Isaías 26:3). O braço da Onipotência está estendido para nos guiar e nos con-
duzir avante, e avante ainda. “Avancem”, diz o Senhor; “Eu compreendo o caso e
lhes mandarei auxílio. Continuem a orar. Tenham fé em Mim. É pela glória de Meu
nome que vocês pedem e receberão. Serei honrado diante daqueles que esperam
ver o fracasso de vocês. Pelo contrário, verão o triunfo glorioso da verdade.” “Tudo
o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis” (Mateus 21:22).— Nossa alta vo-
cação, p. 125.
Fé verdadeira, verdadeira oração — como são fortes! — The Review and
Herald, 30 de outubro de 1900.

Oração e fé 2 de junho
Atenderei à atração de Cristo

Alcançando o fim da vossa fé, a salvação da alma (1 Pedro
1:9).
D
evemos ser achados nEle não tendo nossa própria justiça, mas a justiça
que é em Cristo. Então, no nome que é acima de todo nome, o único
nome dado entre os homens pelo qual devemos ser salvos, exija a pro-
messa de Deus dizendo: “Senhor, perdoa meu pecado; ponho minhas
mãos na Tua para me auxiliares, e preciso dessa Mão, ou do contrário morrerei.
Eu agora creio.” [...]
Quando você se entrega à atração de Cristo e se une a Ele, manifesta fé sal-
vadora. Falar de coisas religiosas de modo casual, orar por bênçãos espirituais
sem verdadeira fome de alma e viva fé, pouco vale. A multidão admirada que se
acotovelava junto a Jesus não recebeu desse contato nenhuma bênção de poder
vital. Mas quando a mulher pobre e sofredora, que por doze anos era inválida e
em sua grande necessidade estendeu a mão e tocou a orla de Suas vestes, sentiu
a virtude que a curou. Seu toque foi de fé, e Cristo reconheceu esse toque. Sabia
que virtude havia saído dEle, e Se voltando para a multidão, perguntou: “Quem
é que Me tocou?” (Lucas 8:45). Surpresos com a pergunta, os discípulos respon-
deram: “Mestre, a multidão Te aperta e Te oprime, e dizes: Quem é que Me tocou?
E disse Jesus: Alguém Me tocou, porque bem conheci que de Mim saiu virtude. En-
tão, vendo a mulher que não podia ocultar-se, aproximou-se tremendo, e, pros-
trando-se ante Ele, declarou-Lhe diante de todo o povo a causa por que Lhe havia
tocado, e como logo sarara. E Ele lhe disse: Tem bom ânimo, filha, a tua fé te sal-
vou; vai em paz” (Lucas 8:45-48). — Mensagens escolhidas, vol. 1, p. 334.

3 de junho Oração e fé
Senhor, concede-me o dom da vista espiritual

E Jesus, falando, disse-lhe: Que queres que te faça? E o cego
lhe disse: Mestre, que eu tenha vista (Marcos 10:51).
A
penas quando o pecador sente a necessidade de um Salvador é que o co-
ração se expande em busca dAquele que o pode ajudar. Quando Jesus
andava entre os homens, eram os doentes que queriam um médico. [...]
O cego Bartimeu espera à beira da estrada; por muito tempo ele tem
aguardado o momento de ver a Cristo.
Multidões que enxergam passam para lá e para cá, mas não sentem o desejo
de ver a Jesus. Um olhar de fé tocaria o amorável coração do Mestre e levaria a
elas o benefício de Sua graça, mas elas ignoram a doença e pobreza da própria
vida e não sentem necessidade de Cristo. O mesmo não acontecia com o pobre
cego. Sua única esperança se concentrava em Cristo. Enquanto espera, ouve
passos e indaga ansiosamente: “Que ruído é esse que ouço de gente que passa?” E
os transeuntes respondem: “É Jesus de Nazaré que passa.” Com a urgência de
intenso desejo, exclama: “Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim!” (Marcos
10:47). As pessoas tentam calá-lo, mas ele clama ainda com mais força: “Filho de
Davi, tem misericórdia de mim!” (Marcos 10:48). Esse apelo foi ouvido, e sua fé
perseverante foi recompensada. Não somente a vista física foi restaurada, mas
também os olhos do entendimento se abriram. [...]
Os sofredores e aflitos que buscavam a Cristo como seu ajudador ficavam
encantados com a divina perfeição, a beleza da santidade que Lhe irradiavam
do caráter. — The Review and Herald, 15 de março de 1887.
Os que recebem a Cristo pela fé também receberão o poder de se tornarem
filhos de Deus. — The SDA Bible Commentary [E. G. White Comments], vol. 1, p.
1110.

Oração e fé 4 junho
Quero compreender a verdadeira fé

Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e
a prova das coisas que se não veem (Hebreus 11:1).
N
ão é essencial ao exercício da fé que os sentimentos provoquem muita
emoção. Para sermos ouvidos por Deus, também não é necessário que
nossas súplicas sejam barulhentas ou expressas com movimentos físi-
cos.
É verdade que Satanás com frequência cria conflitos de dúvida e tentação no
coração do suplicante de modo que gritos e lágrimas saem dele involuntaria-
mente, e também é verdade que o senso de culpa de quem se arrependeu é às
vezes tão profundo que o arrependimento normal lhe causa uma agonia que
encontra desabafo em gritar e gemer, supondo que o compassivo Salvador o
ouve com piedade. Jesus, porém, jamais deixa de responder a silenciosa oração
da fé. Aquele que simplesmente aceita a Deus em Sua Palavra e anseia ligar-se
ao Salvador, receberá Sua bênção como recompensa. — Signs of the Times, 31
de maio de 1877.
Fé não é sentimento. [...] A verdadeira fé não se acha de maneira alguma ali-
ada à presunção. Somente aquele que tem a verdadeira fé é que está seguro con-
tra a presunção, pois esta é a falsa fé de Satanás.
A fé exige as promessas de Deus e produz frutos de obediência. A presunção
também reivindica as promessas, mas as usa como fez Satanás, para desculpar
o pecado. A fé teria levado nossos primeiros pais a confiar no amor de Deus e a
obedecer aos Seus mandamentos. A presunção os induziu a transgredir Sua Lei,
acreditando que Seu grande amor os haveria de salvar das consequências do
pecado. Não é fé que leva alguém a suplicar o favor do Céu sem cumprir as con-
dições sob as quais é garantida a misericórdia. A fé genuína se baseia nas pro-
messas e medidas das Escrituras. — Obreiros evangélicos, p. 260.

Preciso ter uma experiência pessoal com Deus

De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus
(Romanos 10:17).
A
s verdades da Palavra de Deus suprem a grande necessidade prática do
homem — a conversão da alma pela fé. Esses grandes princípios não de-
vem ser julgados puros nem santos demais para serem introduzidos na
vida diária. São verdades que atingem o Céu e abrangem a eternidade,
mas sua influência vital deve ser misturada à experiência humana. Devem im-
pregnar todas as coisas importantes e mínimas da vida. — Parábolas de Jesus,
pp. 100 e 101.
Há uma prova, a qual todos têm acesso, desde os mais educados até os mais
simples, e pela qual podem verificar se a Bíblia tem origem divina: a prova da
experiência. Consiste em constatar por nós mesmos a veracidade da Sua Pala-
vra e a confiabilidade das Suas promessas. Deus nos convida: “Descubram por si
mesmos como o Senhor é bom!” (Salmos 34:8, Nova Versão Internacional). Em
vez de confiar no que os outros dizem, nós mesmos devemos fazer a prova. Deus
garante: “Peçam e vocês receberão” (João 16:24, Nova Versão Internacional). Ele
cumprirá Suas promessas. Elas nunca falharam e jamais falharão. — Caminho a
Cristo, pp. 111 e 112.
Nosso Salvador quer que você mantenha íntima relação com Ele para que
Ele possa fazer você feliz. Quando a bênção de Cristo repousar sobre nós, deve-
mos oferecer ações de graças e louvor ao Seu amado nome. Mas você diz: “Se
apenas eu pudesse ter a certeza de que Ele é meu Salvador!” Bem, que tipo de
evidência você quer? [...] Não seria melhor você se apoderar das santas promes-
sas divinas e aplicá-las a si mesmo, lançando todas as suas cargas sobre elas?
Isso sim é fé. — The Review and Herald, 29 de julho de 1890.

Quando a verdadeira fé atua?

O justo viverá pela sua fé (Habacuque 2:4).
T
enho visto frequentemente que os filhos do Senhor negligenciam a ora-
ção, especialmente a oração secreta, e isso com frequência; que muitos
não exercem aquela fé que têm o privilégio e o dever de exercer, espe-
rando muitas vezes receber aquele sentir que unicamente a fé pode tra-
zer. [...]
A verdadeira fé assimila a bênção prometida e por ela suplica antes de re-
cebê-la e experimentá-la. [...] É fé, é pura fé crer que recebemos a bênção mesmo
nuvens. [...]
A verdadeira fé se baseia nas promessas contidas na Palavra de Deus, e ape-
nas aqueles que obedecem a essa Palavra podem suplicar suas gloriosas pro-
messas. [...]
— Vida e ensinos, p. 126.

Minha maior necessidade agora

Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a jus-
tiça, a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão (1 Ti-
móteo 6:11).
F
omos cortados como pedras brutas da pedreira do mundo pela talhadeira
da verdade e colocados na oficina de Deus. Quem tem genuína fé em
Cristo como seu Salvador pessoal verificará que a verdade realiza uma
obra definida por ele. [...]
Se vocês, sendo humanos e maus, “sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos,
quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que Lho pedirem?” Lucas
11:13. O Espírito Santo, Seu próprio representante, é o maior de todos os dons.
Todas as “boas coisas” (Mateus 7:11) se acham compreendidas nesse dom. O
próprio Criador não pode nos dar algo maior ou melhor. Quando rogamos ao
Senhor que tenha piedade de nós em nossa aflição e nos guie por Seu Santo Es-
pírito, Ele nunca rejeitará nossa prece; deu Sua própria vida para que aqueles
que nEle creem não pereçam, mas tenham a vida eterna. [...]
A obra de Cristo no coração não destrói as faculdades humanas. Cristo di-
rige, fortalece, enobrece e santifica as faculdades da alma. É por meio da comu-
nhão pessoal com Ele que somos habilitados a representar Seu caráter perante
o mundo. — Manuscrito 32, 1884.
Pois bem, irmãos, precisamos de fé; precisamos educar a alma na fé; preci-
samos que todo passo seja um passo de fé; precisamos de fé nesse sacrifício que
foi efetuado por nós. [...] É a fé que opera pelo amor que é demonstrada por Jesus
Cristo na cruz do Calvário. É o amor que Ele tem tido por minha alma. Preciso
erguer os fardos dEle. Preciso ensinar outros a como saírem do estado pecami-
noso em que eu me encontrava e apossarem-se, com fé viva, da justiça que há
em Cristo Jesus. Essa é a única maneira pela qual o pecador pode ser salvo. —
Fé e obras, p. 72.

O “eu” é um barco perigoso para confiar

Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem,
para que Se arrependa; porventura, diria Ele e não o faria? Ou fa-
laria e não o confirmaria? (Números 23:19).
O
s que sempre estão falando de dúvidas e exigindo mais provas para dis-
sipar a nuvem de incredulidade, não têm construído sobre a Palavra. Sua
fé repousa em circunstâncias e se baseia em sentimentos. Mas o senti-
mento, por mais agradável que seja, não é fé. A Palavra de Deus é o ali-
cerce sobre o qual nossas esperanças têm de se erguer rumo ao Céu.
É triste demais alguém ter a dúvida como doença crônica, mantendo sempre
os pensamentos em si mesmo. Enquanto contemplar o próprio eu, enquanto
este for o tema do pensamento e conversação, você não pode esperar uma con-
formidade com a imagem de Cristo. O eu não é seu salvador. Não existe ne-
nhuma virtude redentora dentro de você. O “eu” é um barco danificado demais
para que sua fé suba nele. Se confiar nele, com certeza você naufragará. Pule no
bote salva-vidas! Essa é a sua única salvação. Jesus é o Comandante desse bote,
e Ele jamais perdeu um passageiro. — Carta 11, 1897.
Lance uma única semente de dúvida e estará além do poder humano ar-
rancá-la. Só Deus pode removê-la do coração. [...]
Deus nos apresentou Seu grande campo de promessas, e por elas devemos
alcançar a fé, a esperança e o amor. A igreja pode brilhar por essas graças e apre-
sentar ao mundo uma viva representação da justiça de Cristo. A fé viva se agarra
à mão do poder divino. A fé é uma âncora da alma, segura e firme, e que penetra
até ao interior do véu. Diz João: “Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”
(1 João 5:4). — Manuscrito 23.

Como posso fortalecer minha fé?

Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus
(Gálatas 3:26).
F
alar de religião vez ou outra, orar sem ter a alma faminta e uma fé viva,
para nada aproveita. A fé geral em Cristo, que O aceita apenas como o Sal-
vador do mundo, nunca trará cura à alma. A fé que opera salvação não é
uma simples concordância espiritual com a verdade. Quem espera saber
tudo antes de exercer fé não pode receber a bênção de Deus. Não basta crer no
que se diz acerca de Cristo, mas devemos crer nEle. A única fé que nos benefici-
ará é a que abraça a Jesus como Salvador pessoal, que se apropria dos méritos
dEle. Muitos têm a fé como uma opinião. A fé salvadora é um ajuste pelo qual
aqueles que recebem a Cristo se unem a Deus em um pacto. Fé verdadeira é
vida. Uma fé viva significa crescimento de vigor, confiança segura pela qual a
alma se torna uma força vitoriosa. — O Desejado de Todas as Nações, p. 347.
Fé verdadeira é a que recebe a Cristo como Salvador pessoal. Deus deu Seu
Filho unigênito para que eu, crendo nEle, “não pereça, mas tenha a vida eterna”
(João 3:16). Quando me aproximo de Cristo, segundo a Sua Palavra, devo crer
que recebo Sua graça salvadora. A vida que agora vivo, devo viver “na fé do Filho
de Deus, o qual me amou e Se entregou a Si mesmo por mim” (Gálatas 2:20). — A
ciência do bom viver, p. 62.

Minha fé precisa se tornar uma âncora

Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é mani-
festo o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele Se
manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é O
veremos. E qualquer que nEle tem esta esperança purifica-se a si
mesmo, como também Ele é puro (1 João 3:2 e 3).
A
qui os olhos da fé contemplam a Deus, não às coisas que agora são visí-
veis. A fé vive na expectativa de um bem futuro e percebe vantagens
inexprimíveis no dom celestial. A esperança da vida futura é parte essen-
cial da fé cristã. Quando permitimos que atrativos mundanos se insi-
nuem entre a alma e Deus, veremos exclusivamente o mundo. [...]
Nossa fé aumenta ao contemplarmos a Jesus, que é o centro de tudo que é
atraente e amorável. Quanto mais contemplarmos o celestial, tanto menos ve-
remos de atrativo naquilo que é terrestre. Quanto mais constantemente fixar-
mos o olhar da fé em Cristo, em quem se polarizam nossas esperanças de vida
eterna, tanto mais nossa fé crescerá; nossa esperança se fortalece, nosso amor
se torna mais ardoroso e intenso com a compreensão de nosso discernimento
espiritual, e nossa inteligência religiosa cresce. Mais e mais reconhecemos a po-
sitiva reivindicação de Deus sobre nós, para nos purificar dos costumes e práti-
cas de um mundo que não conhece a Deus nem a Jesus Cristo, a quem Ele en-
viou.
Quanto mais contemplarmos a Cristo, quanto mais falarmos de Seus méri-
tos e de Seu poder, tanto mais plenamente refletiremos Sua imagem em nosso
caráter e tanto menos entregaremos nossa mente e afeições à paralisadora in-
fluência do mundo. [...]
Deixe que a fé atravesse a sombra infernal de Satanás e se concentre em Je-
sus, nosso sumo sacerdote, que por nós penetrou no interior do véu. Sejam
quais forem as nuvens que obscureçam o céu, quaisquer que sejam as tempes-
tades que se levantem em volta da alma, essa âncora resiste firme, e podemos
estar certos da vitória. Com os olhos da fé você pode ver a Terra distante. —
Carta 30, 1893.

Quero confiar mais em tempo de prova

Lança o teu cuidado sobre o Senhor, e Ele te susterá; nunca
permitirá que o justo seja abalado (Salmos 55:22).
O
cuidado do Senhor envolve todos os Seus filhos. Ele ama a todos e não
faz diferença, a não ser que tem a mais terna misericórdia para com as
pessoas que são chamadas a carregar os mais pesados fardos da vida. Os
filhos de Deus devem enfrentar provas e dificuldades. Mas devem acei-
tar seu destino com ânimo lembrando que, para cada item que o mundo lhes
tira, o próprio Deus os indenizará com os melhores favores.
É quando chegamos a circunstâncias difíceis que Ele revela Seu poder e sa-
bedoria em resposta à humilde oração. Confie nEle como em um Deus que ouve
e responde à oração. — A ciência do bom viver, p. 199.
Com a contínua mudança de circunstâncias também surgem alterações em
nossa experiência, e por essas mudanças ou ficamos frustrados ou deprimidos.
Mas circunstâncias diferentes não têm poder para mudar a relação de Deus
para conosco. Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente, e nos pede que tenha-
mos confiança incondicional em Seu amor. [...]
Você pode considerar seus planos perfeitos, mas Deus talvez entenda ser
preciso que você sofra decepções a fim de que seus planos se harmonizem com
os dEle. O conselho divino é sempre o melhor. Ele vê e sabe todas as coisas. Nós
nem sempre vemos tudo do mesmo modo que Ele. [...] Tome posição ao lado da
Palavra de Deus. O que quer que aconteça, mantenha firme o princípio de sua
confiança até o fim. — Carta 150, 1903.

Fé preciosa
Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que co-
nosco alcançaram fé igualmente preciosa pela justiça do nosso
Deus e Salvador Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas,
pelo conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor. Visto como
o Seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e pie-
dade, pelo conhecimento dAquele que nos chamou por Sua gló-
ria e virtude (2 Pedro 1:1-3).
“F
é igualmente preciosa” (2 Pedro 1:1) [...] é uma fé genuína. Não é in-
frutífera. Fé verdadeira e salvadora é um tesouro precioso, de inesti-
mável valor. Não é superficial. O justo vive pela fé uma vida verda-
deiramente espiritual, semelhante à de Cristo. É pela fé que se dão os
passos, um de cada vez, na escada do progresso. Importa cultivar a fé. Ela une a
natureza humana à divina.
A vida de obediência a todos os mandamentos de Deus é uma vida de pro-
gresso, de contínuo avanço. À medida que os eleitos preciosos obtêm crescente
compreensão da obra mediadora de Jesus Cristo, veem e apreendem as ricas
promessas que nos vêm pela justiça de Cristo. Quanto mais recebem da graça
divina, tanto mais atuam no plano de adição.
“Graça e paz” serão multiplicadas “pelo conhecimento de Deus e de Jesus,
nosso Senhor” (2 Pedro 1:2). Aí está a fonte de todo poder espiritual, e a fé pre-
cisa estar em contínuo exercício, pois toda vida espiritual vem de Cristo. O co-
nhecimento de Deus inspira fé nEle como o único veículo para transmitir bên-
çãos à alma, elevando-a, enobrecendo-a, refinando-a à medida que — pelo co-
nhecimento de Deus — ela leva a pessoa a grande obtenção de glória e virtude.
“Visto como o Seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade,
pelo conhecimento dAquele que nos chamou por Sua glória e virtude” (2 Pedro
1:3). — Manuscrito 13, 1884.

A fé nominal é inútil
Porque Eu, o Senhor, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e
te digo: não temas, que Eu te ajudo (Isaías 41:13).
N
estas últimas semanas tenho tido uma profunda intuição das promessas
de Deus e da esperança do crente. A Bíblia nunca me pareceu tão repleta
de ricas gemas de promessas como nestas últimas semanas. Parece que
o orvalho do Céu está pronto a descer sobre nós para nos refrigerar se
apenas nos apropriarmos das promessas. Jamais poderemos vencer nossas
próprias tendências naturais sem o auxílio do Céu, e o precioso Jesus Se coloca
bem ao nosso lado para nos ajudar nesta obra. [...]
Grande coisa é crer em Jesus. Ouvimos muitos dizerem: “Creia! creia! tudo
que você tem que fazer é crer em Jesus.” Mas por outro lado, também temos o
direito de indagar: “O que esse crer abrange? O que ele compreende?” Existem
entre nós muitos que têm uma fé nominal, mas não a introduzem no caráter. [...]
Temos de ter aquela fé que opera por amor e purifica a alma a fim de que essa
crença em Cristo nos leve a pôr de lado tudo que seja ofensivo à Sua vista. A
menos que tenhamos essa fé que atua, ela de nada nos valerá. [...] Existem hoje
muitos que poderiam estar muito mais adiantados se tivessem possuído essa fé.
[...]
Temos que aprender individualmente essa lição de confiança especial em
nosso Salvador. Devemos confiar em nosso Pai celestial justamente como uma
criança confia em seus pais terrestres, e crer que Ele está realizando nosso bem
em todas as coisas [...].
Posso confiar em meu Salvador; Ele me salva hoje. E enquanto luto para su-
perar as tentações do inimigo, Ele me dá graça para vencer. — Manuscrito 5,
1886.

Obediência é a causa ou o fruto da fé?

Anulamos, pois, a Lei pela fé? De maneira nenhuma! Antes es-
tabelecemos a Lei (Romanos 3:31).
A
fé não é um sedativo; muito pelo contrário, é um estimulante. Contem-
plando o Calvário, nossa mente não foca no descumprimento do dever,
mas cria a fé que irá atuar para purificá-la de todo o egoísmo. — The
Review and Herald, 24 de janeiro de 1893.
Há dois erros contra os quais os filhos de Deus, especialmente os que há
pouco tempo confiam em Sua graça, devem especificamente se precaver. O pri-
meiro, [...] é o de levar em conta as próprias obras, confiando em qualquer coisa
que possam fazer para se harmonizarem com Deus. Quem tenta se tornar santo
pelas próprias obras, guardando a Lei, tenta o impossível. [...]
O erro contrário e não menos perigoso é o de que a crença em Cristo isente
o homem da obediência à Lei de Deus. Visto como só pela fé é que nos tornamos
participantes da graça de Cristo, nossas obras não têm nada que ver com nossa
redenção.
Mas note aqui que a obediência não é simples concordância externa, mas
sim o serviço de amor. A Lei de Deus é uma expressão de Sua própria natureza;
é uma concretização do grande princípio do amor, que é o fundamento do go-
verno divino no Céu e na Terra. [...] É só a fé que, em vez de nos dispensar da
obediência, nos torna participantes da graça de Cristo, a qual nos habilita a pres-
tar obediência. — Caminho a Cristo, pp. 59-61.

A fé só é genuína se existirem obras

Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me
a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas mi-
nhas obras (Tiago 2:18).
A
parte que o homem tem a desempenhar na salvação é crer em Jesus
Cristo como um perfeito Redentor, não para outros, mas para si mesmo.
Cristo confere Sua perfeição e justiça ao pecador crente quando este
se afasta do pecado e se volta da transgressão para a obediência aos manda-
mentos. — The Review and Herald, 23 de maio de 1899.
Se bem que Deus possa ser justo e, no entanto, justifique o pecador pelos
méritos de Cristo, nenhum homem pode pôr em si as vestes da justiça de Cristo
enquanto comete pecados conhecidos ou negligencia simples deveres. — The
O apóstolo Tiago viu que dificuldades se levantariam ao se apresentar o as-
sunto da justificação pela fé, por isso se esforçou por mostrar que a genuína fé
não pode existir sem as obras correspondentes. [...] Assim a fé genuína realiza
uma obra genuína no crente. A fé e a obediência levam a uma experiência sólida
e valorosa.
A presunçosa fé que não atua por amor e deixa de purificar o coração não
justifica ninguém. “Vede”, diz o apóstolo, “que o homem é justificado pelas obras,
e não somente pela fé” (Tiago 2:24). Abraão creu em Deus. Como sabemos que
ele creu? Suas obras comprovaram o caráter da fé que tinha, e essa fé lhe foi
imputada por justiça.
Necessitamos nestes dias da fé de Abraão para iluminar as trevas em nosso
redor, impedindo o afável brilho do amor de Deus e retendo o crescimento es-
piritual. Nossa fé deve ser fecunda em boas obras, porque a fé sem as obras é
morta. — The SDA Bible Commentary [E. G. White Comments], vol. 7, p. 936.

Fé que atua
E seja achado nEle, não tendo a minha justiça que vem da
Lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem
de Deus, pela fé (Filipenses 3:9).
U
ma coisa é ler e ensinar a Bíblia, e outra é, pela prática, ter enxertados no
caráter seus princípios vivificadores e santificantes. [...] “Pela graça sois
salvos, por meio da fé” (Efésios 2:8). A mente deve ser educada a exercer
fé em vez de nutrir dúvida, suspeita e inveja. Temos muito a tendência
de achar impossível superar os obstáculos. Ter fé nas promessas de Deus, andar
pela fé, avançar sem ser controlado pelas circunstâncias, é lição difícil de apren-
der. Entretanto é fundamental que todo filho de Deus aprenda essa lição. A
graça de Deus por Cristo deve sempre ser nutrida, pois nos é concedida como
único meio de nos aproximarmos de Deus. [...]
A fé mencionada na Palavra de Deus exige uma vida em que a fé em Cristo
seja um princípio vivo e ativo. É a vontade de Deus que a fé em Cristo seja aper-
feiçoada por obras. Ele relaciona a salvação e a vida eterna dos que creem a es-
sas obras, e por meio delas provê a disseminação da luz da verdade a todos os
países e a todos os povos. Tal é o fruto da atuação do Espírito de Deus.
Mostramos nossa fé em Deus obedecendo aos Seus mandamentos. A fé é
sempre expressa em palavras e atos. Produz resultados práticos, pois é ele-
mento essencial à vida. A vida moldada pela fé desenvolve a resolução de andar
e avançar seguindo as pisadas de Cristo. — The Review and Herald, 17 de março
de 1910.
Fomos cortados como pedras brutas da pedreira do mundo pela talhadeira
da verdade e colocados na oficina de Deus. Quem tem genuína fé em Cristo
como seu Salvador pessoal verificará que a verdade realiza uma obra definida
por Ele. — Manuscrito 32, 1894.

Não posso desistir!

Porém ele disse: Não Te deixarei ir, se me não abençoares
(Gênesis 32:26).
V
ocê que tem prazer em falar dos erros dos outros, desperte e olhe para o
próprio coração. Tome a Bíblia e vá a Deus em oração fervorosa. Peça
que o ensine a conhecer a si mesmo, a compreender a própria fraqueza,
os próprios pecados e loucuras à luz da eternidade. [...] Humildemente
envie essa súplica a Deus e não descanse, nem de dia nem de noite, até que possa
dizer: “Ouçam o que o Senhor fez por mim”; até que possa dar um vivo testemu-
nho e falar de vitórias alcançadas. [...]
Precisamos da perseverança de Jacó e da inabalável fé revelada por Elias.
Vez após outra Elias mandou o servo ver se alguma nuvem surgia, mas não via
nada. Afinal, depois de sete vezes o servo voltou com a palavra: “Eis aqui uma
pequena nuvem, como a mão de um homem, subindo do mar” (1 Reis 18:44). Elias
duvidou naquele momento e disse: “Não acredito. Vou esperar até que o céu fique
escuro?” Não, mas declarou: “É hora de partirmos”. Arriscou tudo em cima da-
quele sinal de Deus e enviou seu mensageiro à frente para dizer a Acabe que
havia ruído de abundante chuva.
É de uma fé como essa que precisamos, de uma fé que persiste e não desiste.
Diz-nos a Inspiração que Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós.
O Céu ouviu sua oração. Orou para que cessasse a chuva e ela cessou. Pediu de-
pois que chovesse, e voltou a cair. E por que não suplicar ao Senhor em prol de
Seu povo hoje? Ah, que o Senhor nos imbua de Seu Espírito! Ah, que se afaste a
cortina para que entendamos o mistério da piedade! — The Review and Herald,
9 de janeiro de 1900.

Ele não nos chama para depois nos abandonar

Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta
é a vitória que vence o mundo: a nossa fé (1 João 5:4).
A
vida cristã deve ser de fé, vitória e alegria em Deus. — O grande conflito,
pp. 477 e 478.
Jesus não nos chama a segui-lO para depois nos abandonar. Se con-
sagrarmos a vida a Seu serviço, nunca seremos colocados numa situação
para a qual o Senhor não haja tomado providências. Seja qual for nossa situação,
temos um Guia para dirigir o caminho; sejam quais forem as perplexidades, te-
mos um infalível Conselheiro; qualquer que seja a dor, a privação ou a solidão,
temos um Amigo que sente conosco. Se em nossa ignorância dermos passos er-
rados, Cristo não nos deixa. [...] “Ele livrará ao necessitado quando clamar, como
também ao aflito e ao que não tem quem o ajude” (Salmos 72:12). — Obreiros
evangélicos, pp. 262 e 263.
A fé nos capacita a ver para além dos fardos e cuidados do presente ao
grande futuro, quando tudo quanto agora nos traz perplexidade será esclare-
cido. A fé vê Cristo como nosso Mediador, à direita de Deus. A fé contempla as
mansões que Cristo foi preparar para aqueles que O amam. A fé vê as vestes e a
coroa preparadas para o vencedor, e escuta o cântico dos remidos. — Obreiros
evangélicos, pp. 259 e 260.
Devemos pleitear muito com nosso amorável Pai celestial. [...] Devemos crer
em Deus, confiar nEle, e assim fazendo glorificamos Seu nome. — Testemunhos
para a igreja, vol. 2, p. 319.
As forças daqueles que com fé amam e servem a Deus serão renovadas dia
a dia. — Obreiros evangélicos, p. 262.

Fé que não cede

Tu, Senhor, guardarás em perfeita paz aquele cujo propósito
está firme, porque em ti confia (Isaías 26:3).
T
emos o privilégio e o dever de receber luz do Céu para percebermos as
armadilhas de Satanás e obtermos força para lhe resistir ao poder. Pro-
videnciou-se apoio para entrarmos em contato íntimo com Cristo e rece-
bermos a proteção constante dos anjos. Nossa fé precisa atingir o interior
do véu onde Cristo entrou por nós. Precisamos nos apegar com maior firmeza
às promessas infalíveis de Deus. Precisamos ter fé que não será negada, fé que
se apegará ao invisível, fé firme, que não cede. Essa espécie de fé nos trará a
bênção do Céu para a vida. A luz da glória de Deus que brilha na face de Cristo
pode brilhar em nós e se refletir sobre todos que nos rodeiam, de forma que se
diga de nós: “Vós sois a luz do mundo” (Mateus 5:14). E é essa ligação com Cristo,
e apenas essa, que pode trazer a luz ao mundo. Sem esse vínculo, a Terra ficaria
em completa escuridão. [...] Quanto maior for a escuridão, tanto mais forte deve
ser a claridade da luz que brilhará da fé e do exemplo cristãos.
O fato de a descrença reinar e a iniquidade aumentar em torno de nós não
deve nos levar ao enfraquecimento da fé nem à perda do ânimo. [...] Se apenas
buscarmos a Deus de todo o coração, se trabalharmos com todo o zelo a que nos
propusermos e crermos com fé inabalável, a luz do Céu brilhará sobre nós como
o fez sobre o dedicado Enoque. — The Review and Herald, 23 de outubro de
1888.

O toque da fé
Contudo, Jesus insistiu: Alguém Me tocou, porque senti que de
Mim saiu poder (Lucas 8:46).
A
multidão que se acotovelava em volta de Cristo não mantinha união viva
com Ele pela fé verdadeira. Mas uma mulher pobre, que havia sofrido por
muitos anos e gastou todos os recursos com médicos sem experimentar
melhora — mas só piora! —, concluiu que se pudesse se aproximar dEle
para poder tocar na borda do Seu manto, seria curada. Cristo compreendeu
tudo que acontecia com ela, e Se posicionou de modo que ela pudesse ter a opor-
tunidade tão desejada. Ele usou esse ato para diferenciar o toque da verdadeira
fé daquele contato casual dos que se acotovelavam em volta dEle, que estavam
ali por mera curiosidade.
Quando a mulher estendeu a mão e tocou a borda de Seu manto, pensou que
ninguém notaria esse toque discreto. Mas Cristo o percebeu, e reagiu à sua fé
com o poder de cura. Imediatamente ela notou que estava curada, e o Senhor
Jesus não deixou semelhante fé passar despercebida. Voltou-Se depressa e per-
guntou: “Quem Me tocou?” Todos os discípulos estavam bem achegados a Ele, e
Pedro disse: “Mestre, as multidões Te apertam e Te oprimem e dizes: Quem Me
tocou? Contudo, Jesus insistiu: Alguém Me tocou, porque senti que de Mim saiu po-
der” (Lucas 8:45 e 46).
Quando a mulher viu que não podia se ocultar, aproximou-se trêmula e se
prostrou a Seus pés, contando a história toda. Havia sofrido por doze anos, mas
logo que os dedos tocaram a borda de Suas vestes, sarou. Disse-lhe Jesus: “Tem
bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz” (Lucas 8:48). O simples toque da
fé foi recompensado. — Carta 130, 1898.
A fé que consegue nos levar em vital contato com Cristo, exprime de nossa
parte suprema preferência, perfeita confiança, consagração inteira. [...] Opera na
vida do seguidor de Cristo verdadeira obediência aos mandamentos de Deus,
pois amor a Deus e amor aos homens será o resultado da vital ligação com
Cristo. — Mensagens escolhidas, vol. 1, p. 334.

Quem pouco espera, pouco alcança

Seja-vos feito segundo a vossa fé (Mateus 9:29).
A
fé é o meio de ligação entre a fraqueza humana e o poder divino. [...] Te-
mos de procurar fortalecer nossa fé. A envolvente iniquidade não deve
diminuir nossa fé e amor a Deus por um momento nem enfraquecer
nossa confiança em Suas seguras promessas, do contrário alguma
grande ventania de tentações nos arrancará do alicerce certo. Temos grande
obra a fazer, e precisamos de maior fé. [...] Pela comunhão com Deus nossa fé
será fortalecida, e a prova de nossa fé pode revelar um determinado triunfo. —
Carta 24, 1888.
Esperamos muito pouco, e por isso recebemos de acordo com a nossa fé.
Não devemos nos apegar a nossos próprios caminhos, nossos planos, nossas
ideias. [...]
O maior peso que temos de carregar nesta vida é o próprio eu. A menos que
aprendamos na escola de Cristo a ser mansos e humildes, perderemos precio-
sas oportunidades e privilégios de nos familiarizarmos com Jesus. O próprio eu
é o bem mais difícil que nos é dado administrar. Ao lançarmos fora nossas car-
gas, não nos esqueçamos de depor aos pés de Cristo o próprio eu. Entregue-se
às mãos de Jesus a fim de ser moldado e afeiçoado por Ele, para que você se
torne um vaso honroso. Suas tentações, ideias e sentimentos têm de ser todos
colocados aos pés da cruz. Então você estará pronto a ouvir as palavras de ins-
trução divina. Jesus lhe dará a beber da água que procede do rio de Deus. Sob a
branda e terna influência de Seu Espírito sua frieza e indiferença desaparecerão.
Cristo será em você uma fonte de água saltando para a vida eterna. — Carta 57,
1887.

Tudo é possível pela fé

Tudo é possível ao que crê (Marcos 9:23).
O
s justos sempre receberam auxílio do Céu. Quantas vezes não tem o ini-
migo de Deus unido forças e sabedoria para destruir o caráter e a in-
fluência de umas poucas pessoas que confiavam em Deus! Mas, porque
o Senhor as ajuda, ninguém conseguiu vencê-las. [...] Separe-se dos ído-
los e do mundo, e o mundo não separará você de Deus. Cristo o nosso Salvador
está ao seu lado e é todo-suficiente. “NEle habita [...] toda a plenitude” (Colossen-
ses 2:9). Os cristãos têm o privilégio de saber que Cristo verdadeiramente está
naqueles que são da verdade. “Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (2
João 5:4). “Tudo é possível ao que crê” (Marcos 9:23); e tudo quanto quisermos,
orando, se crermos que receberemos, nos será dado. (Marcos 11:24.) Essa fé
penetra as mais escuras nuvens e revela raios de luz e de esperança ao coração
aflito e desanimado. A ausência dessa fé e dessa esperança é que produz perple-
xidade, temores aflitivos e suspeita de males. Deus fará grandes coisas por Seu
povo ao porem nEle toda a sua confiança. — Testemunhos para a igreja, vol. 2,
pp. 139 e 140.
Pela fé os filhos de Deus “venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram
promessas, fecharam as bocas dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam
ao fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram
em fugida os exércitos dos estranhos” (Hebreus 11:33 e 34). E pela fé devemos
alcançar hoje os mais altos propósitos de Deus para nós. — Profetas e reis, p.
157.

Pela fé posso conseguir grandes coisas

No demais, irmãos, rogai por nós, para que a Palavra do Se-
nhor tenha livre curso e seja glorificada, como também o é entre
vós (2 Tessalonicenses 3:1).
C
ontinue olhando para Jesus, fazendo orações silenciosas com fé, apode-
rando-se da força de Deus, não importando se você tem sentimentos su-
aves ou não. Avance de modo decidido, como se cada uma das orações
feitas tivesse sido acolhida pelo trono de Deus e atendida por Aquele cu-
jas promessas nunca falham. Prossiga no caminho, cantando e louvando a Deus
no coração, mesmo quando opresso por uma sensação de peso e tristeza. Digo
como alguém que sabe, que a luz virá, a alegria será seu salário, e as névoas e
nuvens se dissiparão. E você passará do poder opressor das sombras e trevas
para a clara luz de Sua presença.
Se expressássemos mais a nossa fé, se nos alegrássemos mais nas bênçãos
que sabemos possuir — a grande misericórdia, paciência e amor de Deus —,
teríamos maior força diariamente. As preciosas palavras pronunciadas por
Cristo, o Príncipe de Deus, afirmam que nosso Pai celestial está mais disposto a
dar o Espírito Santo aos que Lhe pedem do que os pais terrestres a dar bons
presentes aos filhos. Você não acha que essas palavras transmitem uma certeza
e poder que deveriam ter grande influência sobre nós? [...]
Vigie tão fielmente como o fez Abraão, para que os corvos ou quaisquer aves
de rapina não desçam sobre o sacrifício e a oferta que você ofereceu a Deus.
Você deve controlar cada pensamento de dúvida para não permitir que ele veja
a luz do dia pela pronúncia. A luz sempre foge das palavras que honram os po-
deres da escuridão. A vida de nosso Senhor deve se manifestar diariamente em
nós. — Mensagens escolhidas, vol. 2, p. 243.

Garantia celestial
Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á
(Mateus 7:7).
O
h, se cada um apenas conhecesse por experiência própria quanto do pro-
metido descanso celestial pode ser concedido à alma agora mesmo pela
oração sincera! Se alguém não aprendeu essa lição, teria sido melhor que
não tivesse aprendido nenhuma outra na vida até que pudesse dominá-
la por completo na escola de Cristo. [...]
Não se torne descuidado, separando-se da Fonte de sua força. Cuide os pen-
samentos e as palavras, procurando glorificar a Deus em todas as coisas que fi-
zer. Quanto mais perto estiver da cruz, tanto mais claramente você verá os ini-
gualáveis atrativos de Jesus e o incomparável amor que Ele manifestou ao ser
humano caído. [...]
Não permita que a pressão das atividades separe você de Deus, pois se você
precisa de conselho, clara reflexão e ideias bem definidas, o momento é agora,
quando há muito trabalho a ser feito. É agora que você precisa separar tempo
para orar a fim de que tenha fé crescente e implícita confiança no conselho do
Médico por excelência. Suplique ajuda dEle. Quanto mais difícil for a obra, ore
com mais frequência.
Oh, que assunto para meditação, que o homem, depravado e perdido em sua
condição natural, pode ser restaurado e salvo pela bondosa ajuda que Cristo lhe
dá pelo evangelho. O amor de Jesus na alma expulsará o inimigo que está pro-
curando se apoderar do homem. Toda provação suportada com paciência, toda
bênção recebida com gratidão, toda tentação fielmente resistida, deixará você
mais forte em Jesus Cristo. Toda essa graça pode ser obtida pela oração da fé.
Apodere-se da força do alto. Até mesmo Jesus, quando Se preparava para
alguma grande prova, Se refugiava na solidão das montanhas e passava a noite
em oração ao Pai. — Carta 11, 1886.

O contato direto com Jesus

Porque dizia consigo mesma: Se eu apenas lhe tocar a veste,
ficarei curada. E Jesus, voltando-Se e vendo-a, disse: Tem bom
ânimo, filha, a tua fé te salvou. E, desde aquele instante, a mulher
ficou sã (Mateus 9:21 e 22).
A
multidão deslumbrada que se comprimia bem junto a Cristo não rece-
beu força vital nenhuma do contato direto com Ele. Mas quando a mu-
lher pobre e sofredora em grande necessidade esticou a mão e tocou a
orla das roupas de Jesus, sentiu virtude curadora em si. Seu toque era o
toque da fé. Cristo o reconheceu e decidiu então dar a todos os Seus seguidores
uma lição que sobrevivesse até o fim do tempo. [...]
Jesus fixou o olhar naquela que tinha agido assim. Ela ficou apreensiva. Es-
tava cheia de alegria, mas será que havia ultrapassado o limite? Sabendo o que
havia experimentado, aproximou-se a tremer e jogou-se aos pés de Jesus con-
tando-Lhe toda a verdade. Cristo não a reprovou. Disse-lhe com brandura: “Vai
em paz e sê curada deste teu mal” (Marcos 5:34).
Jesus diferenciou o toque casual do contato da fé. A oração e a pregação sem
o exercício da fé viva em Deus, serão inúteis. Mas o toque da fé nos abre a casa
do tesouro do poder e da sabedoria, e assim, por meio de instrumentos de barro
Deus realiza as maravilhas de Sua graça.
Nossa grande necessidade hoje é essa fé viva. Precisamos saber que Jesus é
verdadeiramente nosso, que Seu Espírito nos está purificando e enobrecendo o
coração. Se os seguidores de Cristo tivessem fé genuína, com humildade e amor,
que obra poderiam realizar! Que fruto se veria para a glória de Deus! — The
Review and Herald, 13 de dezembro de 1887.

Fé no poder de Jesus
Mas, no presente, demonstrou a sua justiça, a fim de ser justo e
justificador daquele que tem fé em Jesus (Romanos 3:26).
O
que assistirá você em toda dificuldade e prova é a fé viva no poder de
Jesus Cristo, não fé na própria eficiência e sabedoria. Espere paciente-
mente, vigie, ore e se apegue firmemente às promessas. Não importa o
quanto os inimigos tenham ferido e perturbado sua alma, perdoe-os, e
mantendo fé em Cristo verá que Ele é para você como a sombra de uma grande
Rocha numa terra quente. [...]
Não consegue participar dos sofrimentos de Cristo? Não consegue aguentar
ver o próprio nome desprezado como mau e sofrer a perda de interesses secu-
lares? [...] Não se deixe amargurar e separar de Jesus. Ele ama você. Confie total-
mente nEle. — Carta 32, 1894.
Meu irmão, suplico que desvie a atenção de si mesmo para Cristo e então
viva. Ponha a confiança nAquele que ama os instrumentos humanos. Que sua
dependência esteja totalmente em Cristo. Ele é capaz de salvar completamente
todos que vão a Ele. Crê que Jesus perdoará todas as suas transgressões e todos
os seus pecados. Humilhe-se como uma criancinha, e Cristo o receberá, abenço-
ará e fortalecerá. Não pense nem fale em descrença, mas tome a Deus pela Pa-
lavra e entregue-se em Suas mãos para ser ensinado e guiado por Ele. [...]
Conforte o próprio coração, meu irmão, crendo que o Senhor anseia que seja
salvo, e que você é filho dEle. Não pense que sua mente deve estar num certo
estado de sentimento sobre se você foi ou não aceito por Deus. Sua fé não deve
repousar em sentimento, mas nas promessas de Deus. [...] Creia, oh, creia na Pa-
lavra do Senhor e caminhe pela fé, não pela vista! Consagre-se novamente a
Deus. Seja leal e verdadeiro a um “Assim diz o Senhor”, e permaneça firme na
liberdade que Cristo concedeu a você. — Carta 388, 1907.

É preciso orar com fé em todos os momentos

E disse o Senhor: Se tivésseis fé como um grão de mostarda, di-
ríeis a esta amoreira: Desarraiga-te daqui e planta-te no mar, e ela
vos obedeceria (Lucas 17:6).
C
omo é difícil exercer fé viva quando andamos em trevas e desânimo, mas
esse é exatamente o tempo em que devemos exercê-la. “No entanto”, dirá
alguém, “nessas ocasiões eu não tenho disposição para orar com fé.” Então
você vai permitir que Satanás alcance a vitória simplesmente por não
sentir que precisa resistir a ele? Quando ele vir que você tem a maior necessi-
dade do auxílio divino, buscará afastá-lo de Deus por todos os meios. Se conse-
guir mantê-lo afastado da Fonte de fortaleza, ele sabe que você andará em tre-
vas e pecado. Não existe pecado maior que o da incredulidade. E quando existe
incredulidade no coração, há o perigo de ela ser expressa. Os lábios devem ser
guardados como que com freio e rédea para que, ao exprimir essa descrença,
não somente você exerça influência prejudicial sobre outros, mas você mesmo
também se coloque em terreno inimigo. [...]
Temos o privilégio de levar conosco as credenciais de nossa fé — o amor, a
alegria e a paz. Ao assim fazer, poderemos apresentar os poderosos argumentos
da cruz de Cristo. Quando aprendemos a andar pela fé e não por sentimentos,
alcançaremos de Deus o auxílio justamente quando dele necessitarmos, e Sua
paz nos encherá o coração. Foi essa vida simples de obediência e confiança que
Enoque viveu. Se aprendermos esta lição da confiança simples, poderemos tam-
bém receber o testemunho que ele recebeu, de haver agradado a Deus. — His-
torical Sketches, pp. 132 e 133.
Se entregarmos a Deus a guarda de nossa vida no exercício da fé viva, Suas
promessas não nos irão faltar, pois não existe obstáculo algum para elas além
da nossa falta de fé. — Signs of the Times, 14 de novembro de 1892.

Às vezes, parece tão difícil confiar em Deus

Mas fiel é o Senhor, que vos confortará e guardará do ma-
ligno (2 Tessalonicenses 3:3).
Q
uantos existem que atravessam a vida sob uma nuvem de sentimento de
condenação! Não creem na Palavra de Deus. Não têm fé de que Ele fará o
que disse. Muitos que anseiam ver outros descansarem no amorável per-
dão de Cristo, eles mesmos não descansam nele. Assim, como poderão le-
var outros a revelar uma fé simples e infantil no Pai celestial, se medem o amor
dEle pelos sentimentos que têm?
Confiemos totalmente na Palavra de Deus lembrando de que somos Seus fi-
lhos e filhas. Eduquemo-nos de modo a crer em Sua Palavra. Ferimos o coração
de Cristo pela dúvida quando Ele deu tão grande prova do próprio amor. Ele
entregou a vida para nos salvar. [...]
Contemple a Cristo. Demore-se no amor e misericórdia dEle. Isso encherá a
mente de desprezo por tudo que é pecaminoso e inspirará em você um intenso
desejo pela justiça de Cristo. Quanto mais claro contemplarmos o Salvador,
tanto mais claro perceberemos nossos defeitos de caráter. Confesse os pecados
a Cristo, e com verdadeiro arrependimento coopere com Ele removendo esses
pecados. Creia que eles estão perdoados. A promessa é categórica: “Se confes-
sarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos pu-
rificar de toda a injustiça” (1 João 1:9). Tenha certeza de que a Palavra de Deus
não falhará. Fiel é O que prometeu. É tanto um dever crer que Deus cumprirá
Sua Palavra e perdoará você, como o é confessar os próprios pecados. [...]
Olhe constantemente para Jesus. Contemple-O, cheio de graça e verdade. Ele
fará passar diante de você a Sua bondade ao mesmo tempo em que esconde
você na fenda da rocha. Assim você será capacitado a suportar a visão dAquele
que é invisível, e pelo contemplar você será transformado. — The Review and
Herald, 28 de fevereiro de 1907.

Não cansemos de esperar em Deus

Bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do
Senhor (Lamentações 3:26).
E
xistem preciosas promessas nas Escrituras para os que esperam no Se-
nhor. Todos queremos uma resposta imediata a nossas orações, e somos
tentados a ficar desanimados se nossa oração não é atendida imediata-
mente. Ora, minha experiência tem me ensinado que isso é grande erro.
A demora serve como uma bênção especial. Nossa fé tem a oportunidade de
passar pela prova para ver se é verdadeira, sincera ou instável como as ondas
do mar. Devemos nos amarrar ao altar com as fortes cordas da fé e do amor e
permitir que a paciência cumpra sua obra perfeita. A fé se fortalece mediante
contínuo exercício. — Carta 37, 1892.
Você precisa orar mais e com fé. Não é certo orar e depois se afastar de-
pressa, como se sentisse medo de receber uma resposta. Deus não debochará
de você. Se vigiar em oração, se crer que vai receber as coisas que pede e per-
manecer crendo sem nunca perder a paciência, Ele responderá. Isso é vigiar em
oração. Guarde a oração da fé em expectativa e esperança. Misture certeza a ela
e não seja incrédulo, mas crente. A fervorosa oração do justo jamais se perde.
Talvez a resposta não venha conforme você imaginou, mas virá, porque a Pala-
vra de Deus está empenhada nisso. — Carta 26, 1880.
Precisamos de um calmo confiar em Deus. Essa necessidade é urgente. Não
é o barulho e o ruído que fazemos no mundo o que prova nossa utilidade. Vejam
como Deus atua silenciosamente! [...] Os que desejam trabalhar com Deus ne-
cessitam de Seu Espírito cada dia; necessitam andar e trabalhar com mansidão
e humildade, sem procurar realizar coisas extraordinárias, satisfeitos apenas
por fazer o trabalho que lhes surge à mão, e por cumpri-lo de maneira satisfató-
ria. — Manuscrito 24, 1887.

A arte simples de confiar em Deus

Confiai no Senhor perpetuamente; porque o Senhor Deus é
uma rocha eterna (Isaías 26:4).
E
le é a grandeza, poder, glória, vitória e majestade. Não limitemos o Santo
de Israel.
Que fonte é essa a que podemos recorrer em todo tempo de prova; o
coração não pode ter maus pressentimentos! O homem é errante, tei-
moso, rebelde e desafiador, mesmo da própria divindade, mas o Senhor é bon-
doso, paciente e compassivo. Tem a Seu dispor o Céu na Terra e conhece justa-
mente o que necessitamos, mesmo antes de Lhe apresentarmos nossas neces-
sidades e desejos.
Só podemos enxergar uma pequena distância à nossa frente. “Todas as coi-
sas estão nuas e patentes aos olhos dAquele com quem temos de tratar” (Hebreus
4:13). Ele nunca fica confuso. Habita acima da confusão e das discórdias da
Terra, e todas as coisas estão abertas à Sua divina investigação; e lá da grande e
calma eternidade Ele pode comandar o que em Sua providência considera ser o
melhor.
Se tivéssemos de planejar por nós mesmos, cometeríamos enganos. Nossos
preconceitos, fraquezas, erros e ignorância se tornariam claros em muitos sen-
tidos. Mas a obra é do Senhor; a causa é dEle; nunca deixa Seus obreiros sem a
direção divina. [...]
Por pesados que sejam os fardos, lance-os sobre o Senhor. Aquele que
guarda Israel não cochila nem dorme. Descanse em Deus. Aquele cuja mente
está firme em Deus é mantido em paz.
Às vezes parece que você não pode dar outro passo. Então espere e saiba
que “Eu sou Deus”. “Esforça-te e tem bom ânimo, não pasmes, nem te espantes,
porque o Senhor, teu Deus, é contigo por onde quer que andares” (Josué 1:9).
[...] Precisamos nutrir a fé. — Carta 19e, 1892.
Você precisa aprender a simples arte de confiar na Palavra de Deus, e então
terá um terreno firme sob os pés. — The Youth’s Instructor, 18 de agosto de
1886.

1º de julho A oração e a Palavra
Ler a Bíblia e orar como Jesus

O menino crescia e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria;
e a graça de Deus estava sobre ele (Lucas 2:40).
P
assada na pobreza, a infância de Jesus não foi contaminada pelos hábitos
artificiais de uma época corrupta. Trabalhando no banco de carpinteiro,
cumprindo as responsabilidades da vida doméstica, aprendendo as li-
ções da obediência e do trabalho, encontrava recreação entre as cenas da
natureza, obtendo conhecimento enquanto buscava compreender os mistérios
do mundo natural. Estudava a Palavra de Deus, e as horas de maior felicidade
para Ele eram aquelas em que podia Se afastar do cenário de trabalho para ir ao
campo meditar nos vales tranquilos, a entreter comunhão com Deus na encosta
da montanha ou entre as árvores da floresta. O alvorecer com frequência O en-
contrava em algum lugar retirado meditando, examinando as Escrituras ou em
oração. Com cânticos saudava a luz da manhã. Alegrava as horas de labor com
hinos de gratidão, e levava a alegria celeste ao cansado e ao abatido.
Durante Seu ministério, Jesus viveu em grande parte ao ar livre. Suas via-
gens de um lugar a outro eram feitas a pé, e muito de Seu ensino foi transmitido
também ao ar livre. Ao preparar os discípulos, Se retirava muitas vezes da con-
fusão da cidade para um lugar tranquilo nos campos, mais em harmonia com as
lições de simplicidade, fé e altruísmo que lhes desejava ministrar. [...]
Cristo gostava de reunir o povo em torno de Si sob o azul dos céus, numa
encosta coberta de relva ou à margem de um lago. Ali, rodeado pelas obras por
Ele mesmo criadas, conseguia tirar a atenção deles das coisas artificiais para
focá-la nas naturais. No crescimento e desenvolvimento da natureza, revelava
os princípios do próprio reino. — A ciência do bom viver, p. 56.

A oração e a Palavra 2 de julho
A oração é fundamental para quem vai se casar

Quem encontra uma esposa acha uma coisa boa; e al-
cança o favor do Senhor (Provérbios 18:22).
“D
o Senhor vem a mulher prudente” (Provérbios 19:14). [...]
Estude a Palavra com oração. Sob essa diretriz, a jovem deve rece-
ber como companheiro para a vida alguém que possua traços de
caráter puros e vigorosos, que seja dedicado, honesto e tenha as-
pirações, que ame e tema a Deus. Por sua vez, procure o jovem para lhe ficar ao
lado aquela que esteja capacitada a assumir a devida parte dos encargos da vida,
cuja influência o enobreça e refine, fazendo-o feliz com seu amor.
Por mais cuidado e sabedoria demonstrados por alguém antes de entrar no
casamento, poucos casais se encontram totalmente unidos no momento da ce-
rimônia matrimonial. A real união dos dois em matrimônio é obra dos anos fu-
turos.
Quando o recém-casado par enfrenta a vida com sua carga de perplexidade
e cuidado, desaparece aquele romance com o qual tantas vezes a imaginação
reveste o casamento. Marido e mulher ficam conhecendo o caráter um do outro
como não era possível na situação anterior. E esse é um período realmente crí-
tico da vida. A felicidade e utilidade de toda a vida futura do casal dependem de
seguirem agora o procedimento correto. Muitas vezes descobrem no outro fra-
quezas e defeitos jamais imaginados, mas os corações que o amor uniu desco-
brirão também qualidades até então desconhecidas. Que todos procurem des-
cobrir as virtudes e não os defeitos. — A ciência do bom viver, p. 360.

3 de julho A oração e a Palavra
Desamparado, mas invencível

Escondi a tua Palavra no meu coração, para eu não pecar
contra ti (Salmos 119:11).
D
iga ao tentado que não olhe às circunstâncias, à fraqueza do próprio eu
ou ao poder da tentação, mas sim ao poder da Palavra de Deus. Toda a
força dela nos pertence. [...] Muitos dos que têm sido vencidos pela ten-
tação são humilhados por seus fracassos e sentem ser inútil tentar se
aproximar de Deus, mas esse pensamento é uma armadilha do inimigo. Quando
pecam e sentem que não podem orar, diga-lhes que esse é o momento de orar.
Talvez se encontrem envergonhados e profundamente humilhados [...]. Porém
Aquele que é fiel e justo perdoará seus pecados, purificando essas pessoas de
toda injustiça.
Coisa alguma é aparentemente mais desamparada e ao mesmo tempo mais
invencível do que a alma que sente o próprio vazio e confia totalmente nos mé-
ritos do Salvador. Pela oração, pelo estudo da Palavra, pela fé em Sua constante
presença, a mais fraca das criaturas humanas pode viver em contato com o
Cristo vivo, e Ele a segurará com uma mão que nunca a soltará.
Toda pessoa que permanece em Cristo pode se apropriar dessas preciosas
promessas. Ela pode dizer: “Eu, [...] esperarei no Senhor; Esperarei no Deus da
minha salvação; O meu Deus me ouvirá. Ó inimiga minha, não te alegres a meu
respeito; Ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei; Se morar nas trevas, o Se-
nhor será a minha luz. Tornará a apiedar-Se de nós, Subjugará as nossas iniqui-
dades E lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar” (Miqueias
7:7, 8 e 19). — A ciência do bom viver, p. 182.

A oração pode vencer a doença e a morte

Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou
firme, como quem vê aquele que é invisível (Hebreus 11:27).
F
requentemente privado do sono, negligenciando mesmo a alimentação,
afastado em grande parte dos prazeres sociais e dos privilégios religiosos,
a vida do médico parece se achar sob contínua sombra. A aflição que ele
vê, os dependentes mortais ansiando auxílio, seu contato com os depra-
vados lhe ferem o coração e o empurram quase a ponto de lhe destruir a confi-
ança na humanidade.
Na luta com a doença e a morte, suas energias são provadas ao máximo da
resistência. A reação ocasionada por esse terrível esforço prova o caráter no li-
mite. É aí que a tentação tem maior poder. O médico, mais que qualquer outro
profissional, necessita de domínio próprio, pureza de espírito e daquela fé que
se apega ao Céu. Por amor dos outros e de si próprio não pode permitir em si o
desprezo à lei física. A negligência nos hábitos desta vida tende à negligência nas
coisas morais.
Em todas as circunstâncias, a única segurança do médico é agir por princí-
pio, fortalecido e enobrecido por um firme propósito baseado unicamente em
Deus. Ele deve se manter na excelência moral do caráter divino. Dia a dia, hora
a hora, momento a momento deve viver como diante do Invisível. Como Moisés,
deve resistir “como vendo o Invisível” (Hebreus 11:27).
Quanto mais urgentes os deveres e maiores as responsabilidades, tanto
maior necessidade de poder divino o médico tem. [...] Mais que todos os outros
homens, ele deve, por meio da oração e do estudo das Escrituras, colocar-se sob
a proteção de Deus. Deve viver em constante comunhão com os princípios da
verdade, da justiça e da misericórdia que revelam os atributos de Deus na alma.
— A ciência do bom viver, p. 136.

Enviando mensagens e cartas com oração

Pois, se de todo te calares agora, de outra parte se levanta-
rão socorro e livramento para os judeus, mas tu e a casa de teu
pai perecereis; e quem sabe se não foi para tal tempo como este
que chegaste ao reino? (Ester 4:14).
M
inhas irmãs, não se cansem de distribuir nossa literatura. Essa é uma
tarefa na qual todas vocês podem se empenhar com sucesso desde
que estejam unidas a Deus. Antes de se aproximarem de amigos e vi-
zinhos ou de escrever cartas missionárias [também e-mails e mensa-
gens de texto], ergam o coração a Deus numa prece. Quem quer que com hu-
milde coração tome parte nessa obra está educando a si mesmo como obreiro
aceitável na vinha do Senhor. — The Review and Herald, 10 de dezembro de
1914. [Colchetes do tradutor.]
Desejo dizer a esses nossos amigos que esperam logo partir de nós para ou-
tras terras: “Lembrem-se de que vocês podem derrubar a mais decidida oposi-
ção se tomarem interesse pessoal nas pessoas que vão encontrar. Cristo mani-
festou interesse pessoal em homens e mulheres enquanto viveu na Terra. Era
um médico-missionário aonde quer que andasse. Devemos sair fazendo o bem,
tal como Ele fez. Somos instruídos a alimentar os famintos, vestir os nus e con-
fortar os tristes.”
As irmãs podem fazer muito para alcançar o coração [de outros] e abrandá-
lo. Aonde quer que andem, trabalhem em simplicidade. Se estão num lar onde
há crianças, deem atenção a elas, fazendo-as sentir-se amadas. Se uma delas está
doente, ofereçam-se para aplicar algum tratamento; ajudem a mãe sobrecarre-
gada de cuidados e ansiosa a aliviar a criança sofredora. — The Review and He-
rald, 11 de novembro de 1902.

Preciso ser mais ativo e orar mais

Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do
mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da
vida (João 8:12).
R
egozije-se em Deus. Cristo é luz e nEle não há escuridão. Olhe para a luz.
Acostume-se a cantar os louvores de Deus. Faça feliz a vida de outros.
Esse é seu primeiro trabalho. Ele fortalecerá os melhores traços de cará-
ter. Abra as janelas da alma para o Céu e deixe o sol da justiça de Cristo
entrar. De manhã, ao meio-dia e à noite encha o coração com os brilhantes raios
da luz do Céu. — The Review and Herald, 7 de abril de 1904.
Recentemente em horas da noite minha alma foi impressionada pelo Santo
Espírito com o pensamento de que se o Senhor há de vir logo como cremos, de-
vemos ser mais ativos ainda em levar a verdade perante o povo do que o fomos
nos anos passados.
Nessa ligação minha mente retornou às atividades dos irmãos adventistas
em 1843 e 1844. Nessa época havia muita visitação de casa em casa, e as pes-
soas faziam incansáveis esforços para advertir o povo sobre o que estava escrito
na Palavra de Deus. Ainda mais esforços deviam fazer agora do que o fizeram
aqueles que proclamaram tão fielmente a mensagem do primeiro anjo. Estamos
nos aproximando rapidamente do fim da história da Terra, e ao compreender-
mos a verdade de que Jesus sem dúvida logo virá, nos despertaremos e traba-
lharemos como nunca antes. Somos convidados a fazer soar um alarme para o
povo. — General Conference Bulletin, 27 de maio de 1913, p. 164.

A fidelidade dos da casa de César

Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um
vaso escolhido, para levar o meu nome perante os gentios, e os
reis, e os filhos de Israel (Atos 9:15).
O
zelo e fidelidade de Paulo e seus cooperadores, não menos que a fé e obe-
diência desses conversos [da casa de Nero] ao cristianismo sob circuns-
tâncias tão desalentadoras constituem uma repreensão à negligência e
falta de fé do ministro de Cristo. O apóstolo e seus colaboradores pode-
riam entender que seria inútil chamar ao arrependimento os servos de Nero,
sujeitos como se achavam a violentas tentações, rodeados por empecilhos tre-
mendos e expostos à mais terrível oposição. Mesmo que fossem convencidos da
verdade, como poderiam obedecer a ela? Mas Paulo não raciocinou assim. An-
tes apresentou em fé o evangelho a essas almas, e entre os que ouviram houve
alguns que decidiram obedecer a qualquer preço. Independentemente dos obs-
táculos e perigos, aceitaram a luz e confiaram em que Deus os ajudaria a fazer a
luz deles brilhar para outros. [...]
Há alguns que são tentados a fazer das circunstâncias uma desculpa para
não testemunhar de Cristo? Considerem então a circunstância dos convertidos
da casa de César expostos à depravação do imperador e à perversidade da corte.
Dificilmente podemos imaginar circunstâncias mais desfavoráveis para uma
vida religiosa, e que acarretam maior sacrifício ou oposição do que as que en-
frentaram esses conversos. No entanto, mantiveram sua fidelidade em meio a
dificuldade e perigos. [...]
Aquele cujo coração está determinado a servir a Deus encontrará oportuni-
dade para testemunhar dEle. As dificuldades não terão força para impedir
aquele que está determinado a buscar primeiro o reino de Deus e Sua justiça.
Na força conquistada pela oração e estudo da Palavra, ele buscará a virtude e
abandonará o vício. — Atos dos apóstolos, p. 467.

Pela oração, preciso vencer o desânimo

E levantarei sobre elas pastores que as apascentem, e nunca
mais temerão, nem se assombrarão, e nem uma delas faltará, diz
o Senhor (Jeremias 23:4).
O
que ensina a Palavra precisa, ele mesmo, viver em consciente e contínua
comunhão com Deus pela oração e estudo da Palavra, pois nela está a
fonte da força. [...] É fraco demais o apego que os embaixadores de Cristo
muitas vezes têm pelas realidades eternas. Se os homens andarem com
Deus, Ele os esconderá no abrigo da Rocha. Assim abrigados, podem ver a Deus
tal como Moisés O viu. Pelo poder e luz que Ele comunica podem compreender
e realizar mais do que seu finito julgamento havia considerado possível.
A cilada de Satanás funciona melhor contra os que se sentem deprimidos.
Quando o desencorajamento procura derrotar o pastor, exponha ele perante
Deus as próprias necessidades. Quando os céus estavam como bronze sobre
Paulo é que ele confiou mais amplamente em Deus. Mais que a maioria dos ho-
mens, ele conhecia o significado da aflição, mas preste atenção ao seu grito de
triunfo quando, sitiado pelas tentações e conflitos, seus pés se apressavam
rumo ao Céu: “A nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso
eterno de glória mui excelente; não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas
que se não veem” (2 Coríntios 4:17 e 18). [...]
O pastor deve se misturar livremente com aqueles por quem trabalha a fim
de se familiarizar com eles e saber como adaptar seus ensinos às necessidades
deles. Havendo pregado um sermão, a obra do pastor apenas começou. Há um
trabalho pessoal para ele fazer. Deverá visitar o povo em seus lares, falando e
orando com eles em fervor e humildade. — Atos dos apóstolos, p. 364.

Sem oração não conseguirei entender a Bíblia

E Jesus respondeu: Antes que Filipe te chamasse, te vi Eu es-
tando tu debaixo da figueira (João 1:47 e 48).
N
ão há nada melhor para fortalecer a inteligência do que o estudo das Es-
crituras. Nenhum outro livro é tão poderoso para elevar os pensamen-
tos e revigorar as faculdades mentais como as grandes e enobrecedoras
verdades da Bíblia. Se a Palavra de Deus fosse estudada como se deve,
as pessoas teriam uma mente mais esclarecida, um caráter mais nobre e uma
vontade mais determinada, qualidades raramente encontradas em nossos dias.
É muito pequeno, porém, o benefício que se tira de uma leitura apressada
das Escrituras. Alguém pode ler a Bíblia inteira e ainda assim deixar de reconhe-
cer sua beleza ou compreender o sentido profundo e oculto que ela encerra. [...]
Não conseguimos entender a Bíblia a menos que o seu estudo seja acompa-
nhado de oração e cuidadosa atenção. Algumas partes das Escrituras são de fato
tão claras que ninguém pode deixar de entendê-las. Mas existem outras partes
cujo sentido não está na superfície, de modo que podem não ser compreendidas
na primeira leitura. Nesse caso, é preciso comparar passagem com passagem,
pesquisar e refletir sobre o assunto, sempre com oração. Um estudo realizado
dessa forma será ricamente recompensado. [...]
A Bíblia nunca deve ser estudada sem oração. Antes de abrir suas páginas,
devemos pedir a iluminação do Espírito Santo, e nos será dada. Quando Nata-
nael veio conhecer Jesus, o Salvador exclamou: “Aí está um verdadeiro israelita,
em quem não há falsidade”. Natanael perguntou: “De onde [o Senhor] me co-
nhece?” Ao que Jesus respondeu: “Eu o vi quando você ainda estava debaixo da
figueira, antes de Filipe o chamar” (João 1:47 e 48). — Caminho a Cristo, p. 90.

Pregar mais o evangelho me levará à oração

No sábado saímos portas afora para a beira do rio, onde jul-
gávamos haver um lugar de oração e, sentados, falávamos às
mulheres ali reunidas (Atos 16:13).
D
eus poderia ter encarregado os anjos celestiais de pregarem a mensa-
gem do evangelho e de realizarem todo esse amoroso trabalho em favor
do próximo. Poderia ter utilizado outros meios para pôr em prática o
Seu plano de Salvação. Mas, em Seu grande amor, preferiu nos tornar
colaboradores Seus, juntamente com Cristo e os anjos. Ele fez isso para que pu-
déssemos receber as bênçãos, a alegria e o progresso espiritual que vem como
resultado desse trabalho de amor. [...]
Se você fizer o que Cristo ordenou a Seus seguidores, e anunciar o evangelho
levando outras pessoas a aceitar o Salvador, sentirá a necessidade de uma ex-
periência ainda mais profunda, e de um conhecimento mais amplo das coisas
divinas. Você terá fome e sede de fazer a vontade de Deus (Mateus 5:6). Pedirá
ao Senhor para que sua fé seja fortalecida, e ela será. Beberá grandes goles da
fonte da salvação (Isaías 12:3). As oposições e provações o levarão a ler mais a
Bíblia, e a orar mais. Você continuará a crescer na graça e no conhecimento do
Senhor e Salvador Jesus Cristo (2 Pedro 3:18). Como resultado, desenvolverá
uma rica experiência cristã.
A atitude de trabalhar abnegadamente pelos outros faz com que o caráter se
torne profundo, firme e amável. Também traz paz e felicidade para aquele que
desenvolve essa atitude. A pessoa sente o desejo de ser mais útil. Não resta mais
lugar para a preguiça nem para o egoísmo. As pessoas que exercitam, assim, as
graças cristãs, crescerão e se tornarão mais fortes no trabalho de Deus. — Ca-
minho a Cristo, p. 81.

Vou abrir meu íntimo a Deus em oração

Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e
conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum cami-
nho mau e guia-me pelo caminho eterno (Salmos 139:23 e 24).
C
risto está disposto a nos libertar do pecado, mas não fará isso contra a
nossa vontade. E, se a nossa vontade, pela desobediência persistente, ficar
inteiramente inclinada para o mal e não tivermos mais o desejo de ficar
livres nem houver vontade de aceitar a graça de Deus, Ele nada poderá
fazer em nosso favor. [...]
Deus conhece as intenções, desejos e propósitos [do seu coração]. Vá até Je-
sus com o coração manchado, do jeito que está agora. Faça como Davi: abra to-
das as portas do seu íntimo Àquele que pode ver tudo, e então peça: “Examina-
me, ó Deus, e conhece meu coração; prova-me e vê meus pensamentos. Mostra-me
se há em mim algo que Te ofende e conduze-me pelo caminho eterno” (Salmos
139:23 e 24, Nova Versão Transformadora). [...]
Não tente enganar a si mesmo. Seja tão sincero nesse ponto como se a sua
vida estivesse em perigo. Essa é uma questão que tem que ser resolvida entre
você e Deus, e é uma decisão de consequências eternas. Uma esperança vazia,
baseada apenas em suposições, não salva ninguém.
Estude a Palavra de Deus com oração. Esse Livro apresenta, na parte que
trata da Lei de Deus (Êxodo 20:2-17) e da vida de Cristo (os Evangelhos de Ma-
teus, Marcos, Lucas e João), os grandes princípios de “uma vida santa, sem a qual
ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12:14, NVT). É a Bíblia que nos convence de
que somos pecadores, e nos apresenta com clareza o caminho da vida eterna.
Escute-a como se fosse a voz do próprio Deus falando diretamente ao seu cora-
ção. — Caminho a Cristo, p. 35.

A oração pode vencer a dúvida

Mas ele disse: Antes, bem-aventurados os que ouvem a Pala-
vra de Deus e a guardam (Lucas 11:28).
H
á muitas coisas aparentemente difíceis ou obscuras que Deus vai tornar
claras e simples àqueles que procuram entendê-las com essa atitude
humilde. Mas sem a orientação do Espírito Santo, corremos constante-
mente o risco de distorcer as Escrituras ou de interpretá-las erronea-
mente. Muitas vezes, a forma como a leitura da Bíblia é feita não traz nenhum
proveito. Em muitos casos, essa leitura chega a ser mesmo prejudicial. Quando
a Palavra de Deus é aberta sem reverência e sem oração, quando os pensamen-
tos e as afeições não estão fixos em Deus nem em harmonia com a Sua vontade,
a mente fica obscurecida pela dúvida. Isso faz com que o próprio estudo da Bí-
blia contribua para fortalecer a descrença. [...]
Por mais que as pessoas não admitam, a verdadeira causa para a dúvida e a
incredulidade é, na maioria dos casos, o amor ao pecado. Os ensinamentos e as
restrições da Palavra de Deus não agradam ao coração orgulhoso e amante do
pecado, de modo que as pessoas que não estão dispostas a obedecer às exigên-
cias da Bíblia são as primeiras a duvidar da sua autoridade. Se quisermos, po-
rém, obter o conhecimento da verdade, devemos ter o sincero desejo de co-
nhecê-la, e o coração estar disposto a obedecê-la. Todos os que, com essa ati-
tude, estudarem a Bíblia, encontrarão não só numerosas provas de que ela é a
Palavra de Deus, mas também uma compreensão das suas verdades, que po-
dem torná-los sábios para a salvação (2 Timóteo 3:15). [...]
Em vez de questionar e criticar coisas que você ainda não entende, ande na
luz do conhecimento que já possui e receberá maior conhecimento. Pela graça
de Cristo, cumpra todos os deveres que já conhece, e receberá poder para com-
preender e cumprir aqueles sobre os quais ainda tem dúvida. — Caminho a
Cristo, p. 113.

A Bíblia e a oração podem guiar os noivos

Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem má-
cula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os
julgará (Hebreus 13:4).
I
nstituído por Deus, o casamento é uma ordenança sagrada, e nunca se pode
dar esse passo em espírito de egoísmo. Aqueles que pensam em tomar essa
decisão, devem considerar solenemente e com oração sua importância e
buscar conselho divino a fim de saberem se estão seguindo um rumo em
harmonia com a vontade de Deus. [...]
Se há qualquer assunto que deveria ser considerado com calma reflexão e
juízo esclarecido é a questão do casamento. Se há momento mais adequado em
que se necessita da Bíblia como uma conselheira, é antes de dar um passo que
ligue pessoas por toda a vida. [...] É aqui que os jovens mostram menos inteli-
gência do que em qualquer outro assunto; é aqui que se recusam a ouvir razões.
A questão do casamento parece ter sobre eles um poder enfeitiçante. — Funda-
mentos da educação cristã, p. 103.
Muitos estão navegando num porto perigoso. Precisam de um piloto, mas
desprezam receber o auxílio de que tanto precisam porque pensam serem com-
petentes para dirigir o próprio barco e deixam de ver que ele está prestes a se
chocar contra um recife oculto, o qual poderá levar ao naufrágio a embarcação
da fé e da felicidade. [...] A menos que sejam dedicados estudantes dessa Palavra,
cometerão erros graves, os quais lhes mancharão a própria felicidade e a de ou-
tros tanto para a vida presente quanto para a futura. — Fundamentos da educa-
ção cristã, p. 100.
Se homens e mulheres têm o hábito de orar duas vezes ao dia antes de pen-
sar em casamento, devem fazê-lo quatro vezes quando consideram dar esse
passo. O casamento é algo que influenciará e afetará sua vida tanto neste mundo
quanto no futuro. — O lar adventista, p. 70.

Proteção contra as ciladas do diabo

Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes per-
manecer firmes contra as ciladas do Diabo (Efésios 6:11).
A
s Escrituras declaram que numa ocasião em que os anjos de Deus se
apresentaram perante o Senhor, Satanás também estava entre eles (Jó
1:6), mas não para se curvar perante o Rei eterno, a sim para desenvol-
ver as más intenções contra os justos. Com o mesmo objetivo ele compa-
rece quando os homens se congregam para o culto a Deus. Já que ninguém o vê,
ele se empenha ao máximo para controlar o espírito dos adoradores. Seme-
lhante a um hábil general, formula antecipadamente os planos. Vendo o mensa-
geiro de Deus examinando as Escrituras, toma nota do assunto a ser apresen-
tado ao povo. Depois emprega todo o seu engano e astúcia no sentido de ajustar
as circunstâncias para que a mensagem não atinja aqueles a quem ele está en-
ganando a respeito do ponto que vai ser pregado. [...]
Satanás bem sabe que vencerá com seus ataques a todos quantos puder le-
var a negligenciar a oração e o estudo das Escrituras. Para isso inventa toda ar-
madilha possível para ocupar a mente. Sempre houve uma classe que, mos-
trando-se embora muito piedosa, em vez de prosseguir no conhecimento da
verdade, faz da religião uma desculpa para investigar algum defeito de caráter
ou erro de fé naqueles com quem não concordam. Tais pessoas são a mão di-
reita de Satanás. [...]
A Palavra de Deus é clara com todos os que a estudam com coração devoto.
Toda alma verdadeiramente sincera virá à luz da verdade. [...] E nenhuma igreja
poderá progredir na santificação a menos que seus membros estejam fervoro-
samente em busca da verdade como de um tesouro escondido. — O grande con-
flito, pp. 519-521.

Vou distribuir literatura com oração

Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do
firmamento; e os que converterem a muitos para a justiça, como
as estrelas sempre e eternamente (Daniel 12:3).
preciso agora desenvolver como nunca a grande e maravilhosa obra da úl-
É tima mensagem angélica. O mundo deve receber a luz da verdade por meio
do ministério evangelizador da Palavra em nossos livros, folhetos e revis-
tas. Nossas publicações devem mostrar que o fim de todas as coisas está às
portas. Tenho recebido a incumbência de dizer à nossa editora: “Erga o estan-
darte cada vez mais alto. Proclame a terceira mensagem angélica a fim de que ela
seja ouvida por todo o mundo. Faça ver que ‘aqui estão os que guardam os man-
damentos de Deus e a fé de Jesus’ (Apocalipse 14:12). Que a nossa literatura pro-
clame a mensagem, como um testemunho para todo o mundo.”
Nossos obreiros devem agora ser animados a dar a primeira atenção aos li-
vros que tratem das evidências de nossa fé — livros que ensinem as doutrinas
da Bíblia e preparem um povo que há de ficar em pé nos tempos decisivos que
estão diante de nós. Havendo levado um povo à luz da verdade por meio do tra-
balho de instruções bíblicas acompanhado de oração e pelo sábio uso de nossas
publicações, devemos ensiná-los a se tornarem obreiros na Palavra e na dou-
trina. Devemos animá-los a espalhar os livros que tratam de assuntos bíblicos
— livros cujos ensinamentos preparem um povo para resistir à prova tendo cin-
gidos os lombos com a verdade e acesas as lâmpadas. — Conselhos aos professo-
res, pais e estudantes, p. 172.

Orarei para trabalhar com as crianças

Então Manoá orou ao Senhor: Senhor, eu te imploro que o ho-
mem de Deus que enviaste volte para nos instruir sobre o que fazer
com o menino que vai nascer (Juízes 13:8).
N
ão pense que a Bíblia se tornará um livro maçante para as crianças. Sob
a direção de um professor prudente, a Palavra se tornará cada vez mais
desejável. Elas a verão como o pão da vida que nunca envelhecerá. Nela
há um frescor e beleza que atraem e encantam as crianças e os jovens.
[...]
O Espírito de Deus, santo e educador, está em Sua Palavra. Uma luz nova e
preciosa resplandece de cada página. [...] Aquele Espírito gosta de Se dirigir às
crianças para desvendar a elas os tesouros e belezas da Palavra. As promessas
proferidas pelo grande Mestre cativarão os sentidos e animarão a alma da cri-
ança com uma força espiritual que é divina. A mente receptiva desenvolve uma
familiaridade com as coisas divinas que será como uma fortaleza contra as ten-
tações do inimigo.
É importante a obra dos professores. Eles devem fazer da Palavra a sua me-
ditação. [...] Quando o professor confiar em Deus e orar, o Espírito de Cristo virá
sobre ele, e Deus atuará pelo Espírito Santo na mente do estudante. O Espírito
enche a mente e o coração com esperança, coragem e pensamentos da Bíblia,
que serão comunicados ao aluno. As palavras de verdade crescerão em impor-
tância, assumindo uma extensão e plenitude de sentido com que ele jamais so-
nhou. A beleza e virtude da Palavra de Deus têm influência transformadora so-
bre o espírito e o caráter; as centelhas do amor divino cairão na alma das crian-
ças como uma inspiração. Podemos levar a Cristo centenas e milhares de crian-
ças se trabalharmos por elas. — Conselhos aos professores, pais e estudantes, p.
172.

Estudo e oração preparam os jovens

E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão,
filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim,
Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordei-
ros (João 21:15).
O
s pais e professores não entendem a grandeza da obra a eles dada na
educação dos jovens. A experiência dos filhos de Israel foi escrita a nós,
“para quem já são chegados os fins dos séculos” (1 Coríntios 10:11). Como
no tempo deles, hoje também o Senhor quer que os filhos sejam transfe-
ridos das escolas em que prevalecem influências mundanas e se matriculem em
nossas próprias escolas, onde se faz da Palavra de Deus o fundamento da edu-
cação.
Se há tempo em que devamos trabalhar com ardor, é hoje. O inimigo está
atacando de todos os lados, semelhante a uma inundação. Apenas o poder de
Deus pode salvar nossos filhos de serem varridos pela maré do mal. A respon-
sabilidade que repousa sobre os pais, professores e membros da igreja, de faze-
rem sua parte em cooperação com Deus, é tão grande que não pode ser ex-
pressa por palavras. [...]
Nas cenas finais da história deste mundo muitas dessas crianças e jovens
encherão o povo de admiração pelo testemunho que vão dar em favor da ver-
dade, o qual será transmitido de modo simples, mas com espírito e poder. Eles
aprenderam o temor do Senhor, e um cuidadoso estudo da Bíblia acompanhado
de oração lhes suavizou a alma.
Em breve muitas crianças serão revestidas do Espírito Santo, e farão na pro-
clamação da verdade ao mundo uma obra que, quando esse momento chegar,
não pode ser tão bem-feita pelos membros mais velhos das igrejas. — Conselhos
aos professores, pais e estudantes, p. 167.

A dicção clara e audível é muito importante

Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como
obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a
Palavra da verdade (2 Timóteo 2:15).
S
into-me penalizada ao ver como o dom da linguagem é tão pouco apreci-
ado. Na leitura da Bíblia, em oração, ao testemunhar em reuniões, como a
dicção clara e audível é importante! Por outro lado, perde-se tanto no culto
de família quando a pessoa que ora em voz alta curva a cabeça e fala em
voz baixa e fraca! [...]
Quando você fala de temas divinos, por que não usa tons claros, manifes-
tando que tem certeza daquilo que fala, e que não se envergonha de erguer a
bandeira dAquele a quem serve? Por que não ora como quem tem a consciência
livre de ofensa e como alguém que pode se aproximar do trono da graça humil-
demente, mas com santa ousadia, erguendo mãos santas? Não se curve, co-
brindo o rosto como se tivesse algo a esconder. Pelo contrário, erga os olhos ao
santuário celeste, onde Cristo, o Mediador, Se acha perante o Pai para apresen-
tar as nossas súplicas misturadas aos Seus próprios méritos e imaculada justiça,
como um agradável incenso. [...]
Cristo ilustra a disposição divina para abençoar como a de um pai que quer
satisfazer o pedido de um filho. Ele diz: “E qual o pai dentre vós que, se o filho
lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou também, se lhe pedir peixe, lhe dará por
peixe uma serpente? Ou também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião?
Pois, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais
dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que Lho pedirem?” (Lucas 11:11-
13). — Conselhos aos professores, pais e estudantes, pp. 241 e 242.

O estudo dedicado da Bíblia é fundamental

Ora, depois de muito tempo veio o senhor daqueles servos, e
fez contas com eles (Mateus 25:19).
S
omente aquela educação que leva ao conhecimento do valor dado por
Deus à humanidade é sadia e essencial. Deve-se ensinar aos alunos de nos-
sas escolas que eles são preciosos aos olhos de Deus, que foram compra-
dos por infinito preço. Eles precisam compreender a importância de em-
pregar devidamente toda faculdade do ser. Precisam revestir-se de Cristo, e en-
tão todas as suas energias serão empregadas em perseverante e esforçado tra-
balho em Seu serviço.
Ensinem os alunos a ajudarem os que precisam de ânimo e incentivo. Ao
buscarem ajudar a outros, eles mesmos crescerão “na graça e conhecimento de
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pedro 3:18), e sua eficiência aumentará.
[...] Os cristãos só cumprirão o desígnio de Deus a seu respeito se crescerem em
conhecimento e devolverem a Deus em zeloso serviço os dons que receberam.
As verdades da Palavra de Deus não são apenas sentimento, mas declara-
ções do Altíssimo. Aquele que aplica essas verdades na própria vida se torna
nova criatura em todo sentido. Ele não recebe novas faculdades mentais, mas
são removidas as trevas que devido à ignorância e ao pecado lhe confundiram
o entendimento.
As palavras: “E vos darei um coração novo” (Ezequiel 36:26) querem dizer:
“E lhes darei uma nova compreensão”. Essa mudança de perspectiva é sempre
seguida de um claro entendimento do dever cristão, do entendimento da ver-
dade. A clareza com que vemos a verdade será proporcional à compreensão que
tivermos da Palavra de Deus. Aquele que aplica dedicada atenção às Escrituras
e as estuda com oração obterá um claro entendimento e um perfeito discerni-
mento, como se ao voltar-se para Deus houvesse atingido um mais elevado grau
de inteligência. — Conselhos aos professores, pais e estudantes, p. 451.

A oração me faz entender a Bíblia

Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e
são elas que dão testemunho de mim (João 5:39).
“E
xaminai as Escrituras” (João 5:39), foi a instrução do Mestre. Muitos
têm perdido muito por negligenciarem esse dever. Quando exami-
namos a Palavra de Deus, os anjos nos envolvem, refletindo brilhan-
tes raios de luz sobre as páginas sagradas. As Escrituras apelam para
o ser humano como tendo a capacidade de escolher entre o certo e o errado;
elas falam em termos de advertência, de reprovação, de súplica e de encoraja-
mento. — The Review and Herald, 4 de março de 1884.
Cada filho de Deus deve ser entendido nas Escrituras e capaz de mostrar
nossa posição na história deste mundo, acompanhando o cumprimento das
profecias. A Bíblia foi escrita tanto para as pessoas simples quanto para as eru-
ditas, e é acessível à compreensão de todos. As grandes verdades sobre que re-
pousa o dever do homem para com o semelhante e o Criador são claramente
reveladas, e os que realmente desejam a verdade não precisam errar. O cami-
nho não é deixado na incerteza, como se estivéssemos numa encruzilhada sem
saber que caminho tomar. A verdade é nosso guia; é para nós como uma coluna
de nuvem durante o dia e à noite como uma coluna de fogo.
As muitas opiniões contraditórias que surgem com referência ao que a Bí-
blia ensina não se originam na confusão e obscuridade do livro em si, mas na
cegueira e preconceito da parte dos leitores e intérpretes. Os homens deixam
de lado as claras afirmações da Bíblia para seguirem a própria compreensão
pervertida. Orgulhando-se das próprias capacidades intelectuais, passam por
alto a singeleza da verdade. Desprezam o manancial de águas vivas para beber
das venenosas correntes do erro. — Conselhos sobre a escola sabatina, p. 25.

A fervorosa oração pode vencer o preconceito

Não extingais o Espírito; não desprezeis as profecias, mas
ponde tudo à prova. Retende o que é bom (1 Tessalonicenses
5:19-21).
C
om vivo interesse e fervorosa oração, vá à Palavra de Deus para saber o
que é a verdade tendo o mesmo espírito manifestado por Natanael ao su-
plicar sinceramente ao Senhor que lhe desse o conhecimento da verdade.
Todo pesquisador sincero será iluminado como o foi Natanael. [...]
“Filipe achou Natanael e disse-lhe: Havemos achado Aquele de quem Moisés
escreveu na Lei e de quem escreveram os Profetas: Jesus de Nazaré, Filho de
José. Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?” (João 1:45 e 46).
Preconceito e incredulidade surgiram no coração de Natanael. Filipe não tentou
combater esses sentimentos, mas disse: “Ao ver Natanael se aproximando, disse
Jesus: Aí está um verdadeiro israelita, em quem não há falsidade. Perguntou Na-
tanael: De onde me conheces? Jesus respondeu: Eu o vi quando você ainda es-
tava debaixo da figueira, antes de Filipe o chamar. Então Natanael declarou:
Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!” (João 1:46-49, Nova Versão
Internacional).
Com que facilidade Natanael se convenceu! E com que prazer contemplou
Jesus aquela fé sincera! [...] Deus nunca honra a incredulidade nem a dúvida.
Quando Ele fala, Sua Palavra deve ser reconhecida e cumprida nas ações diárias.
E se estiver em viva união com Deus, o coração do homem reconhecerá a voz
que vem do Céu. — Conselhos sobre educação, p. 27.

Quem ora sempre recebe nova luz

Buscai no livro do Senhor e lede; nenhuma dessas coisas fa-
lhará, nem uma nem outra faltará; porque a sua própria boca o
ordenou, e o seu espírito mesmo as ajuntará (Isaías 34:16).
Q
uem está em viva comunhão com o Sol da Justiça sempre receberá nova
luz sobre a Palavra de Deus. Ninguém deve chegar à conclusão de que não
há mais verdades a serem reveladas. O que busca a verdade com diligên-
cia e oração encontrará preciosos raios de luz que ainda hão de brilhar da
Palavra de Deus. Muitas gemas ainda estão ocultas e devem ser reunidas para
se tornarem propriedade do povo remanescente de Deus. Mas a luz não é dada
apenas para fortalecer a igreja, mas para iluminar os que estão em trevas. O
povo de Deus deve anunciar os louvores dAquele que os chamou da escuridão
para Sua maravilhosa luz. Cristo declarou aos discípulos: “Vós sois a luz do
mundo” (Mateus 5:14), e a missão da luz é brilhar e dissipar as trevas.
Oh, que professores e alunos sejam o que o Senhor designou que fossem ao
dar por eles a vida a fim de que se tornem filhos e filhas de Deus e conquistem a
imperecível coroa de glória! — Testimonies on Sabbath School Work, pp. 53 e 54.
Quando o pesquisador da verdade abre a Bíblia para ler com reverência as
palavras de Deus possuído do ardente desejo de saber “o que diz o Senhor” (Mi-
queias 6:1), receberá luz e graça e exaltará as maravilhas da Lei divina. Não con-
siderará a Lei de Jeová como um peso, mas como os graciosos mandamentos
dAquele que é todo sabedoria e compaixão. [...]
Muitos conhecem tão pouco acerca da Bíblia, que sua fé é instável. Removem
os marcos antigos, e as falsidades e ventos de doutrina os levam para cá e para
lá. — Testimonies on Sabbath School Work, p. 12.

O estudo e a oração abrem meu entendimento

Desvenda os meus olhos, para que veja as maravilhas da Tua
Lei (Salmos 119:18).
M
uitas passagens das Escrituras que homens cultos consideram misté-
rios ou passam por alto como merecendo pouca importância estão
cheias de conforto para aquele que aprende na escola de Cristo. Uma
das razões por que muitos teólogos não têm melhor compreensão da
Bíblia é que fecham os olhos para as verdades que não querem praticar. A com-
preensão da Bíblia não depende tanto da força intelectual empregada no estudo
quanto da sinceridade de propósito e do verdadeiro desejo de conhecer a ver-
dade.
A Bíblia nunca deve ser estudada sem oração. Só o Espírito Santo é capaz de
nos fazer sentir a importância daquelas coisas que são fáceis de compreender e
de nos proteger de alterar as verdades de difícil compreensão. — Testimonies
on Sabbath School Work, pp. 121 e 122.
Jesus recebia diariamente conhecimentos da grande biblioteca que é a na-
tureza, animada e inanimada. Aquele que criou todas as coisas, e que por Sua
poderosa Palavra surgiram montes e vales, rios e árvores, era agora um filho da
humanidade e estudava as lições que Sua própria mão tinha escrito nas folhas,
flores e matas. Durante Seu ministério, as parábolas que usava para ensinar li-
ções da verdade nos mostram como, durante os anos em que permaneceu des-
conhecido, Seu espírito Se abria à suave influência da natureza e Se deleitava em
armazenar os ensinos espirituais tirados de tudo o que O rodeava na vida diária.
O significado das palavras divinas se desdobrava gradualmente a Jesus en-
quanto meditava buscando compreender o motivo das coisas, assim como qual-
quer jovem pode fazer. — Conselhos sobre a escola sabatina, p. 40.

Tentações resistidas pela oração e estudo

Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim po-
derosas em Deus para destruição das fortalezas (2 Coríntios 10:4).
A
s tentações parecem muitas vezes irresistíveis porque, pela negligência
da oração e do estudo da Bíblia, o tentado não relembra prontamente as
promessas de Deus para poder enfrentar a Satanás com as armas das
Escrituras. Entretanto, os anjos estão ao redor dos que são dóceis ao en-
sino de Deus; e em tempos de grandes provas eles hão de lembrar-lhes as ver-
dades de que necessitam. — Testimonies on Sabbath School Work, pp. 121 e 122.
Assim como Jesus, toda criança pode obter conhecimento das palavras da
natureza e das páginas da Palavra de Deus. Ao procurarmos pela santa Palavra
nos familiarizar com nosso Pai celestial, anjos se aproximarão de nós, nossa
mente será fortalecida, nosso caráter elevado e enobrecido, e seremos mais se-
melhantes ao Salvador. E, ao contemplarmos a formosura e sublimidade das
obras da natureza, nossas afeições se voltam para Deus. Ainda que o coração se
atemorize e o espírito seja vencido, a alma se fortalece por entrar em contato
com o Infinito mediante as maravilhosas obras criadas. A comunhão com Deus
por meio da oração humilde desenvolve e fortalece as faculdades mentais e mo-
rais, e as espirituais se desenvolvem pelo cultivo de pensamentos acerca das
coisas espirituais.
Os que se consagram a Deus de corpo, espírito e alma, purificando os pensa-
mentos pela obediência da Lei divina, continuamente receberão nova providên-
cia de poder físico e mental. Haverá sincero anseio por Deus e fervorosa prece
pedindo claro entendimento para discernir o encargo e a operação do Espírito
Santo. Não somos nós que devemos usar o Espírito Santo, mas Ele é que deve
nos usar moldando cada faculdade nossa. — Conselhos sobre a escola sabatina,
p. 40.

Quem ensina deve orar muito

Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras
desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; por-
que o tempo está próximo (Apocalipse 1:3).
P
ara fazermos a vontade de Deus, precisamos examinar Sua Palavra
pondo toda capacidade a nós confiada nessa tarefa para podermos co-
nhecer Sua doutrina. Devemos ser dedicados na oração e fervorosos no
serviço simples e sincero para Deus. Os que se empenham como profes-
sores da escola sabatina devem sentir fome e sede da verdade divina para trans-
mitir esse espírito aos que estão sob seu cuidado, levando-os a buscar a verdade
como a tesouros escondidos. Não queremos nossas escolas sabatinas dirigidas
de maneira a fabricar alunos hipócritas, pois isso não pode promover os inte-
resses da verdadeira religião. — Testimonies on Sabbath School Work, p. 76.
Em todo verdadeiro ensino o elemento pessoal é indispensável. Ao ensinar,
Cristo tratava individualmente com os homens. Foi pelo trato e convívio pessoal
que Ele preparou os doze. Era em particular, e muitas vezes a um único ouvinte,
que dava preciosas instruções. Ao honrado rabino, no encontro noturno no
Monte das Oliveiras, à desprezada mulher junto ao poço de Jacó abriu Ele os
mais ricos tesouros, pois descobriu nesses ouvintes o coração apto a ser impres-
sionado, a mente aberta, o espírito pronto para receber.
Mesmo a multidão que tantas vezes Lhe dificultava os passos não era para
Cristo uma massa indistinta de seres humanos. Falava diretamente a cada alma
e apelava a cada coração. Observava a fisionomia dos ouvintes, percebia o sem-
blante iluminado, o olhar instantâneo e sensível que indicava ter a verdade atin-
gido a alma e, assim, em Seu próprio coração vibrava uma corda correspon-
dente de alegre simpatia. — Educação, pp. 231 e 232.

O que alguém é tem mais peso que as palavras

Assim falai, e assim procedei, como devendo ser julgados
pela Lei da liberdade (Tiago 2:12).
H
á uma eloquência mais poderosa do que a das meras palavras na tran-
quila e coerente vida do puro e verdadeiro cristão. O que o ser humano
é tem mais influência do que aquilo que diz.
Os guardas que haviam sido enviados a Jesus voltaram dizendo que
jamais tinham ouvido algum homem falar assim. Mas o segredo estava em que
jamais homem algum tinha vivido da forma com que Ele vivia. Se a vida dEle
tivesse sido outra, não poderia ter falado como falou. Suas palavras levavam
força convincente porque brotavam de um coração puro e santo, cheio de amor,
simpatia, benevolência e verdade.
É nosso caráter e prática que determinam nossa influência sobre o próximo.
A fim de convencer os outros acerca do poder da graça de Cristo, devemos ter
sentido o Seu poder em nosso próprio coração e vida. O evangelho que apresen-
tamos para a salvação das almas deve ser o evangelho pelo qual nós mesmos
somos salvos. Só por uma fé viva em Cristo como Salvador pessoal é que é pos-
sível influenciar um mundo incrédulo. Se quisermos retirar os pecadores da
forte corrente, devemos firmar os pés sobre a Rocha, Jesus Cristo.
O brasão do cristianismo não é um sinal externo. Não consiste em portar
uma cruz ou coroa, mas sim estar contido em tudo o que revela a união do ho-
mem com Deus. Pelo poder da graça manifestado na transformação do caráter,
o mundo será convencido de que Deus enviou Seu Filho como Redentor. Ne-
nhuma influência que possa rodear a alma tem mais poder do que a de uma vida
altruísta. O mais forte argumento em favor do evangelho é um cristão que sabe
amar e é amável. — A ciência do bom viver, pp. 469 e 470.

Não orar pode me fazer perder a Cristo

Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou
manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. Pois o
meu jugo é suave e o meu fardo é leve (Mateus 11:28).
C
omo o sangue do cordeiro morto protegeu os lares de Israel, do mesmo
modo o sangue de Cristo é que salvaria a alma [de José e Maria] [...]. Só
havia virtude nos símbolos e cerimônias quando eles levavam os adora-
dores a ir a Cristo como seu Salvador pessoal. [...]
Quando José e Maria voltaram sozinhos de Jerusalém com Jesus, Ele espe-
rava chamar sua atenção às profecias referentes aos sofrimentos do Salvador.
Sobre o Calvário, procurou aliviar a dor de Sua mãe. Estava agora pensando
nela. Maria tinha que testemunhar Sua última agonia, e Jesus desejava que ela
Lhe compreendesse a missão a fim de que conseguisse se fortalecer para resistir
quando a espada houvesse de traspassar sua alma. Assim como Jesus havia se
separado dela e por três dias O procurou aflita, da mesma forma Ele estaria no-
vamente perdido para ela por três dias quando fosse oferecido pelos pecados
do mundo. E ao ressurgir do sepulcro, a tristeza dela se transformaria outra vez
em júbilo. Mas como ela teria aguentado melhor a angústia da visão da morte
do Filho se houvesse compreendido as Escrituras para as quais Ele tanto havia
procurado atrair seus pensamentos!
Se José e Maria tivessem firmado a mente em Deus pela meditação e oração,
teriam avaliado a santidade do depósito que lhes era confiado, e não teriam per-
dido de vista a Jesus. Pela negligência de um dia perderam o Salvador; contudo,
levaram três dias de ansiosas buscas para O reencontrarem. Isso também vale
para nós. Por conversas inúteis, por maledicência ou negligência da oração po-
demos perder num dia a presença do Salvador e talvez gastemos muitos dias de
dolorosa busca tentando achá-lO para reconquistar a paz que perdemos. — O
Desejado de Todas as Nações, p. 83.

Ele é meu exemplo no estudo e na oração

E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de
Deus e dos homens (Lucas 2:52).
D
esde que os pais de Jesus O reencontraram no templo, o modo de agir do
Jovem se tornou misterioso para eles. Ele não entrava em discussão, mas
o exemplo que dava era uma lição constante.
Parecia como alguém separado. Sua felicidade se encontrava nas ho-
ras em que estava a sós com Deus e a natureza. Sempre que podia desfrutar
desse privilégio, afastava-Se do cenário de trabalho e ia para o campo, à encosta
da montanha, aos verdes vales ou às árvores da floresta para meditar e entreter
comunhão com Deus. O nascer do Sol com frequência O encontrava em algum
lugar isolado meditando, examinando as Escrituras ou em oração. Dessas horas
quietas Ele voltava para casa a fim de retomar Seus deveres e dar exemplo de
paciente atividade.
A vida de Cristo foi marcada pelo respeito e amor à Sua mãe. Maria acredi-
tava de fato que a santa Criança era o tão longamente prometido Messias. Po-
rém não se atrevia a exprimir essa fé. Pela sua existência terrestre, também par-
tilhou dos sofrimentos do Filho. Com dor testemunhava as provações que O ata-
cavam na infância e juventude. Por justificar o que sabia ser direito naquilo que
Ele fazia, via-se ela própria em situações difíceis. Pensava nas relações domésti-
cas e na terna boa vontade da mãe em torno dos filhos como fundamentais para
a formação do caráter. Os filhos e filhas de José sabiam disso e, aproveitando-se
da ansiedade dela, procuravam corrigir as atitudes de Jesus segundo a ideia de-
les.
Maria argumentava muitas vezes com Jesus e insistia em que Se confor-
masse com as práticas dos rabinos. Contudo, Ele não podia ser convencido a
mudar os hábitos de contemplar as obras de Deus e buscar aliviar os sofrimen-
tos dos homens ou mesmo dos mudos animais. — O Desejado de Todas as Na-
ções, p. 91.

Se eu orar, Deus me mostrará o caminho

Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob
as Minhas vistas, te darei conselho (Salmos 32:8).
T
odo indivíduo deve procurar, por meio de fervorosa oração, conhecer a
Palavra de Deus por si mesmo e depois colocá-la em prática. Unicamente
pondo sua confiança em Deus dia a dia, e não no braço de carne, é que
qualquer pessoa obterá a experiência essencial para cumprir a oração de
Cristo: “E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a
Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3). Essa é a lição dada a toda pessoa que
começou o novo ano. Em todas as suas preocupações seculares, em todos os
cuidados e ansiedades, espere no Senhor. Não confie em príncipes nem nos fi-
lhos dos homens só porque estão em posições de responsabilidade. [...]
Ele quer que você se alegre e O louve todo dia pelo privilégio que lhe é con-
cedido nas palavras de Cristo: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobre-
carregados, e Eu vos aliviarei” (Mateus 11:28). Exponha seu caso perante o Se-
nhor, e seja lá quais forem suas ansiedades e aflições, seu espírito se fortalecerá
para poder resistir. O caminho se abrirá diante de você para que consiga se ver
livre do embaraço e da dificuldade. Não precisa ir à cidade mais próxima nem
aos confins da Terra para aprender qual rumo a seguir. Confie em Deus como
seu Auxiliador hoje, e Ele conduzirá tudo como quem sabe melhor. — Manus-
crito 15, 1897.

Preciso orar para desenvolver meus talentos

Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu,
como bons despenseiros da multiforme graça de Deus (1 Pedro
4:10).
Q
uantos dos dons de Deus têm sido mal aplicados porque aqueles que os
receberam não tinham o fervor do amor de Cristo na alma! Há grande ne-
cessidade de que cada um faça o que está ao seu alcance. Há os que teriam
usado com toda a prudência os talentos recebidos se tivessem sido deixa-
dos a se debater e a confiar nas próprias capacidades. Mas se tornaram possui-
dores de recursos e perderam o incentivo para cultivar os talentos e se desen-
volver ao máximo por comunicarem o que tinham. A abundância de dinheiro os
estragou, impedindo que cumprissem fielmente a própria mordomia. [...]
Deus dá mais do que dinheiro a Seus mordomos. O talento de comunicação
que você tem é um dom. O que você tem transmitido dos dons de Deus por pa-
lavras e terna simpatia? Tem permitido que seu dinheiro vá para as fileiras do
inimigo a fim de arruinar aqueles a quem você tem procurado agradar? Além
disso, o conhecimento da verdade também é um talento. Há muitas pessoas na
escuridão que poderiam ser iluminadas por palavras verdadeiras e fiéis de sua
parte. Há corações ansiosos por simpatia que estão perecendo longe de Deus.
Sua empatia poderia ajudá-los. [...]
A primeira tarefa a ser realizada por todos os crentes é examinar as Escritu-
ras com a mais fervorosa oração para que tenham aquela fé que opera pelo
amor e purifica a alma de todo resquício de egoísmo. — Manuscrito 42, 1898.

A oração faz parte da minha santificação

Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da
Terra (Colossenses 3:2).
Q
uando se permitiu por muito tempo que a mente só se demorasse em coi-
sas aqui desta Terra, é difícil mudar os hábitos de pensamento. Aquilo que
com demasiada frequência os olhos veem e os ouvidos ouvem atrai a aten-
ção e absorve o interesse. Porém, se quisermos entrar na cidade de Deus
e contemplar a Jesus em Sua glória, precisamos nos acostumar a contemplá-lO
com o olhar da fé nesta vida. [...]
A santificação é uma obra diária. Ninguém se engane com a crença de que
Deus o perdoará e abençoará enquanto está pisando a pés um de Seus requisi-
tos. A prática intencional de um pecado conhecido silencia a voz do Espírito e
separa a pessoa de Deus. [...]
Se nutrirmos a ira, a concupiscência, a cobiça, o ódio, o egoísmo ou qualquer
outro pecado, nos tornaremos servos do pecado. [...] Se servirmos ao pecado,
não poderemos servir a Cristo. O crente sentirá as provocações do pecado, pois
a carne batalha contra o Espírito. Contudo, por outro lado o Espírito batalha
contra a carne mantendo uma luta constante. É aí que a ajuda de Cristo é neces-
sária. A fraqueza humana se une à força divina [...].
Se quisermos desenvolver um caráter que Deus possa aceitar, precisamos
formar hábitos corretos em nossa vida religiosa. A oração diária é tão essencial
ao crescimento na graça e mesmo à própria vida espiritual como o alimento fí-
sico é para o bem-estar do corpo. Devemos nos acostumar a erguer muitas ve-
zes os pensamentos a Deus em oração. Se a mente vagueia, precisamos trazê-la
de volta. Por esforço dedicado, o hábito finalmente se estabelecerá e tornará
isso fácil. — The Review and Herald, 15 de novembro de 1887.

O lugar da prece na adoração 1º de agosto
Adoração a Deus por meio do canto

Cantai louvores a Deus, cantai louvores; cantai louvores ao
nosso Rei, cantai louvores (Salmos 47:6).
A
música vocal é um dos dons de Deus aos homens, um instrumento que
não pode ser superado ou igualado quando o amor divino inunda a alma.
— Mensagens escolhidas, vol. 3, p. 335.
Como parte do culto, o canto é um ato de adoração tanto quanto a
prece. — Mensagens aos jovens, p. 292.
A voz humana que canta a música de Deus vinda de um coração cheio de
reconhecimento e ações de graças é incomparavelmente mais agradável a Ele
do que a melodia de todos os instrumentos de música já inventados pelas mãos
humanas. — Evangelismo, p. 506.
O canto não deve ser feito apenas por algumas pessoas. Todos [...] devem ser
incentivados a tomar parte no serviço de canto. — Evangelismo, p. 507.
Quando os seres humanos cantam com o espírito e o entendimento, os mú-
sicos celestiais pegam o tom e se unem ao cântico de ações de graças. — Evan-
gelismo, p. 507.
[Os seres celestiais] se deleitam em ouvir os simples cantos de louvor ento-
ados em tom natural. Os cânticos em que cada palavra é pronunciada clara-
mente, em tom harmonioso, são os que eles se unem a nós em cantar. Eles to-
mam o estribilho cantado de coração com o espírito e o entendimento. — Evan-
gelismo, pp. 510 e 511.
Deus é glorificado por hinos de louvor vindos de um coração puro, cheio de
amor e devoção para com Ele. — Evangelismo, p. 510.
Assim, eduquemos o coração e os lábios a cantar o louvor de Deus por Seu
incomparável amor. — A ciência do bom viver, p. 181.
Que o louvor e ações de graças se expressem em hinos. Quando tentados,
em vez de expressar nossos sentimentos, ergamos pela fé um hino de graças a
Deus. — A ciência do bom viver, p. 182.

2 de agosto O lugar da prece na adoração
Os cânticos de louvor a Deus na vida de Jesus

E, tendo cantado o hino, saíram para o Monte das Oliveiras
(Marcos 14:16).
Q
uando Cristo era uma criança [...], os cânticos que Sua mãe O havia ensi-
nado a cantar Lhe surgiam na mente e Ele erguia a voz em louvor. — Me-
dicina e salvação, p. 65.
[Jesus] recebia cada manhã com o cantar de hinos de louvor. Ouvia o
melodioso canto dos pássaros louvando o Criador e Sua voz se unia à deles em
alegres hinos de louvor e agradecimento. — Vida de Jesus, p. 39.
Os moradores de Nazaré muitas vezes ouviam Sua voz erguendo-se em lou-
vor e ações de graças a Deus. Mantinha comunhão com o Céu por meio de cân-
ticos, e quando os companheiros se queixavam do cansaço do trabalho, a doce
melodia de Seus lábios os animava. — O Desejado de Todas as Nações, p. 49.
Jesus enfrentava a tentação em Sua vida terrestre com um cântico. Muitas
vezes, quando ouvia palavras cortantes e cáusticas, outras vezes em que a at-
mosfera em redor dEle se tornava carregada de tristeza, descontentamento,
desconfiança e temor opressivo, ouvia-se o Seu canto de fé e santa animação. —
Educação, p. 166.
Em Seu discurso aos discípulos, Jesus não fez nenhuma referência triste a
Seus próprios sofrimentos e morte [...]. Antes de deixar o cenáculo, o Salvador
dirigiu os discípulos num hino de louvor [...]. Sua voz se fez ouvir, não nos acen-
tos de uma dolorosa lamentação, mas nas jubilosas notas da aleluia pascoal. [...].
Depois do hino, saíram. Atravessaram as ruas, saindo pela porta da cidade em
direção ao Monte das Oliveiras. — O Desejado de Todas as Nações, p. 593.
Nossas vozes devem ser ouvidas com mais frequência em louvor e gratidão
a Deus. O louvor divino deve estar continuamente em nossos corações e lábios.
— The Review and Herald, 22 de maio de 1900.

O lugar da prece na adoração 3 de agosto
O que a música no lar expressa?

Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para
ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles (Pro-
vérbios 22:6, Nova Versão Internacional).
D
eus deseja que o lar seja o local mais feliz da Terra, o próprio símbolo do
lar celestial. — O lar adventista, p. 102.
Que haja cântico no lar de hinos que sejam suaves e puros e haverá
menos palavras de censura e mais de animação, esperança e alegria. —
O lar adventista, p. 167.
Que as queridas criancinhas sejam levadas a Jesus. Em linguagem simples,
transmita a elas as palavras da verdade. Cante para elas hinos atrativos, alegres,
que revelem o amor de Cristo. Leve os filhos a Jesus, pois Ele ama as criancinhas.
— Fundamentos do lar cristão, p. 57.
Pela manhã, antes de sair de casa para o trabalho do dia, reúna [...] os filhos
em volta de si, e curvando-se perante Deus entregue-os ao Seu paternal cuidado.
Passados os cuidados do dia, reúna a família para fazer uma prece de gratidão e
erguer hinos de louvor em reconhecimento pelo divino cuidado no decorrer do
dia que termina. — A ciência do bom viver, p. 284.
Ensinemos as crianças [...] a respeitar e obedecer à Lei de Deus. — Funda-
mentos do lar cristão, p. 15.
Moisés orientou os israelitas a inserir as palavras da Lei em música. En-
quanto os filhos mais velhos tocavam instrumentos, os mais novos marchavam
cantando em concerto o hino dos mandamentos de Deus. [...]. Se era essencial
que Moisés incorporasse os mandamentos em canto sagrado, [...] como é impor-
tante hoje ensinar a nossos filhos a Palavra de Deus! [...]. Façamos tudo quanto
nos é possível para fazer música em nossa casa, para que Deus possa aí entrar.
— Evangelismo. pp. 499 e 500.

A importância das conferências

Aquele que oferece sacrifício de louvor Me glorificará (Salmos
50:23).
T
rês vezes por ano exigia-se dos judeus que se reunissem em Jerusalém
para fins religiosos. — O Desejado de Todas as Nações, p. 447.
A festa dos tabernáculos era a reunião final do ano. Deus pretendia
que o povo refletisse em Sua bondade e misericórdia nessa ocasião. Essa
festa não era apenas a ação de graças pela colheita, mas uma celebração do pro-
tetor cuidado de Deus sobre Israel no deserto. [...]
Aos primeiros raios da aurora, os sacerdotes faziam soar longa e penetran-
temente as trombetas de prata, e as trombetas em resposta e as alegres aclama-
ções do povo de suas cabanas, ecoando por montes e vales, saudavam o dia da
festa. — O Desejado de Todas as Nações, pp. 448 e 449.
O templo era o centro da alegria geral [...]. Ali, enfileirados de ambos os lados
da escada de mármore branco do sagrado edifício, o coro dos levitas dirigia o
serviço de cântico. A multidão dos adoradores agitando ramos de palma e
murta unia a voz aos acordes e repetia o coro; e, novamente, a melodia era can-
tada por vozes próximas e distantes até que as colinas ao redor ecoavam o lou-
vor. — O Desejado de Todas as Nações, p. 448.
Por acaso algum de nós tem considerado devidamente o quanto temos por
agradecer? Temos lembrado que as misericórdias do Senhor se renovam cada
manhã e que Sua fidelidade dura para sempre? Reconhecemos nossa depen-
dência dEle e exprimimos gratidão por todos os Seus favores? — Testemunhos
seletos, vol. 2, p. 108.

A música que vem da alma

Preparado está o meu coração, ó Deus, preparado está o
meu coração; cantarei, e darei louvores (Salmos 57:7).
A
música só é aceitável a Deus quando o coração é consagrado, enterne-
cido e santificado por Sua docilidade. [...]
Aparelhamento luxuoso, ótimo canto e música instrumental na igreja
não convidam o coro angélico a cantar. [...] Cristo espera fruto, princípios
de bondade, simpatia e amor. [...] Pode uma congregação ser a mais pobre da
Terra, sem música nem ostentação exterior, mas se ela possuir esses princípios,
os membros poderão cantar, pois a alegria de Cristo está em sua alma, e eles
podem dedicar esse canto como oferenda a Deus. — Evangelismo, p. 512.
Como se pode esperar que aqueles que não têm nenhum interesse na Pala-
vra de Deus, que nunca leram Sua Palavra com sincero desejo de compreender
as sagradas verdades, cantem com o espírito e entendimento? Como pode seu
coração estar em harmonia com as palavras do canto sagrado? Como o coro ce-
leste pode se unir a uma música que é meramente uma forma? — Evangelismo,
p. 509.
Os que se reúnem para adorá-lO devem afastar de si toda coisa má. A menos
que O adorem em espírito e em verdade e na beleza da Sua santidade, essa reu-
nião será inútil. Se o coração está limpo e santificado, e os membros da igreja
são participantes da natureza divina, sairá um poder da igreja que crê na ver-
dade, o qual produzirá melodia no coração. Os homens e as mulheres não con-
fiarão assim em sua música instrumental, mas no poder e graça de Deus que
proporcionarão plenitude de alegria. — Manuscrito 157, 1899.

Um novo canto de adoração ao Cordeiro

E cantavam um como cântico novo diante do trono [...] e
ninguém podia aprender aquele cântico, senão os 144 mil que fo-
ram comprados da Terra (Apocalipse 14:3).
N
o mar cristalino diante do trono [...], com o Cordeiro sobre o Monte Sião,
“tendo harpas de Deus”, estão os 144 mil e ouve-se [...] “uma voz de har-
pistas, que tocavam com as suas harpas”. — O grande conflito, p. 648.
Sobre o mar de vidro, os 144 mil ficaram em quadrado perfeito. —
Primeiros escritos, p. 16.
E cantavam um “cântico novo diante do trono [...]”. É o hino de Moisés e do
Cordeiro — hino de livramento. Ninguém a não ser os 144 mil pode aprender
aquele canto, pois é o da experiência deles. — O grande conflito, pp. 648 e 649.
Com a própria mão direita Jesus põe a coroa de glória sobre a cabeça dos
vencedores. [..] Cada mão recebe a palma do vencedor e a harpa resplandecente.
Então, quando os anjos dirigentes desferem as notas, todas as mãos deslizam
com maestria sobre as cordas da harpa, tirando-lhes suave música em ricos e
melodiosos acordes. — O grande conflito, pp. 645 e 646.
Todo o Céu se enche com preciosa música e com cânticos de louvor ao Cor-
deiro. — Visões do Céu, p. 142.
Haverá ali música [...] que ouvidos mortais jamais ouviram nem o espírito
humano concebeu. — Eventos finais, p. 300.
Ela é indescritível. É melodia celestial, divina. — Testemunhos seletos, vol. 1,
p. 45.

A natureza também louva o Criador

Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a
obra das suas mãos (Salmos 119:1).
E
m cada botão de flor que se abre e em cada folha que cresce está escrita
a mensagem: “Deus é amor” (1 João 4:8). Os adoráveis pássaros que en-
chem o ar com seus alegres cantos; as delicadas flores que, com seu colo-
rido perfeito, espalham o seu perfume pela atmosfera; as elevadas árvo-
res da floresta com sua exuberante folhagem de um tom verde vivo — todas
essas coisas expressam tanto o cuidado amoroso do nosso Pai Celestial quanto
o desejo que Ele tem de tornar Seus filhos felizes. — Caminho a Cristo, p. 10.
Desde o solene ribombar do trovão e o incessante bramir do antigo oceano,
aos festivos cânticos que deixam as florestas palpitantes de melodia, as milhares
de vozes da natureza O louvam. — A ciência do bom viver, p. 299.
“Naquele dia você dirá: Eu Te louvarei, Senhor! Pois estavas irado contra
mim, mas a Tua ira desviou-se, e Tu me consolaste. Deus é a minha salvação;
terei confiança e não temerei. O Senhor, sim, o Senhor é a minha força e o meu
cântico; Ele é a minha salvação! Com alegria vocês tirarão água das fontes da
salvação. Naquele dia vocês dirão: Louvem ao Senhor, invoquem o Seu nome;
anunciem entre as nações os Seus feitos, e façam-nas saber que o Seu nome é
exaltado. Cantem louvores ao Senhor, pois Ele tem feito coisas gloriosas, sejam
elas conhecidas em todo o mundo. Gritem bem alto e cantem de alegria, habi-
tantes de Sião, pois grande é o Santo de Israel no meio de vocês” (Isaías 12:1-6,
Nova Versão Internacional). — Mensagens escolhidas, vol. 2, p. 244.

A natureza é um vislumbre da glória de Deus

Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que
foi feito se fez (João 1:3).
D
a próxima vez que você ficar cheio de admiração por ter encontrado um
cenário de beleza deslumbrante em algum recanto da Terra, pense no
mundo futuro. Um mundo em que a natureza nunca mais será obscure-
cida pela sombra da maldição. Um mundo no qual as pessoas nunca
mais vão envelhecer, ficar doentes ou morrer. Imagine que você está agora no
lar dos salvos, a Terra restaurada. Imaginou? Ela será mais gloriosa do que os
seus mais férteis pensamentos podem imaginar. Nos variados traços divinos
que transparecem na natureza, o que contemplamos é apenas um pálido reflexo
da glória de Deus. Está escrito: “Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, e mente
nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que O amam” (1 Coríntios
2:9, Nova Versão Transformadora).
Os poetas e as pessoas que estudam a natureza têm muito que dizer sobre o
mundo natural. Mas são os cristãos que podem apreciar melhor as belezas da
Terra. Isso é porque eles não só reconhecem nelas a mão do Pai Celestial, mas
também percebem em cada flor, arbusto ou árvore as provas do amor divino.
Ninguém pode apreciar plenamente o significado das montanhas e dos vales,
dos rios e dos mares, se não virem nessas coisas uma expressão do amor de
Deus pela família humana. — Caminho a Cristo, pp. 86 e 87.

Adoremos o Criador
Adorai Aquele que fez o Céu, e a Terra, e o mar, e as fontes
das águas (Apocalipse 14:7).
O
dever de adorar a Deus se baseia no fato de que Ele é o Criador, e que
todos os outros seres devem a existência a Ele. E onde quer que se apre-
sente, na Bíblia, o direito divino à reverência e adoração acima dos deu-
ses dos pagãos, enumeram-se as provas de Seu poder criador. — Exaltai-
O, p. 45.
Nosso Deus, o Criador dos Céus e da Terra, declara: “Aquele que oferece sa-
crifício de louvor Me glorificará.” Todo o Céu se une em louvar a Deus. Aprenda-
mos agora o cântico dos anjos, a fim de o podermos cantar quando nos unirmos
a suas gloriosas fileiras. Digamos com o salmista: “Louvarei ao Senhor durante a
minha vida; cantarei louvores ao meu Deus enquanto viver.” “Louvem-Te a Ti, ó
Deus, os povos; louvem-Te os povos todos” (Salmos 146:2; 67:3). — Testemunhos
seletos, vol. 2, 112.
“Aquele que oferece sacrifício de louvor”, diz o Criador, “Me glorificará” (Sal-
mos 50:23). Todos os habitantes do Céu se unem a louvar a Deus. Aprendamos
o cântico dos anjos aqui e agora para que o possamos entoar quando nos unir-
mos a suas fileiras resplandecentes. Digamos com o salmista: “Louvarei ao Se-
nhor durante a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus enquanto viver” (Sal-
mos 146:2). “Louvem-Te a Ti, ó Deus, os povos; louvem-Te os povos todos” (Salmos
67:5). — Patriarcas e profetas, p. 201.

Libertos para o louvor

Cantarei ao Senhor, porque triunfou gloriosamente (Êxodo
15:1).
E
ste cântico e o grande livramento que ele comemora produziram uma
impressão que nunca se dissiparia da memória do povo hebreu. De sé-
culo em século os profetas e cantores de Israel o reproduziam testifi-
cando que Jeová é a força e livramento daqueles que nEle confiam.
Aquele cântico não pertence só ao povo judeu. Ele aponta, no futuro, à destrui-
ção de todos os adversários da justiça e à vitória final do Israel de Deus. [...]
“Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Teu nome dá glória, por amor da Tua
benignidade e da Tua verdade” (Salmos 115:1). Tal era o espírito que estava no
cântico do livramento de Israel e é o espírito que deveria habitar no coração de
todos os que amam e temem a Deus. Libertando nossas almas do cativeiro do
pecado, Deus operou para nós um livramento maior do que o dos hebreus no
Mar Vermelho. [...] Devemos louvar a Deus pela bem-aventurada esperança que
nos expõe o grande plano da redenção; devemos louvá-lO pela herança celestial
e por Suas ricas promessas; louvá-lO pelo fato de que Jesus vive para interceder
por nós. — A maravilhosa graça de Deus, p. 356.

Quando a Terra se une ao Céu em louvores

Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor. Louvai ao Senhor!
(Salmos 150:6).
A
igreja de Deus na Terra se une à do Céu. Cada ser celestial toma interesse
nos santos que na Terra se reúnem para adorar a Deus. Eles ouvem na
corte celestial os testemunhos dos crentes. O louvor e ações de graças
dos adoradores na Terra, repetidos em seus cânticos divinos, repercu-
tem no Céu seu louvor e alegria porque Cristo não morreu inutilmente pelos
caídos filhos de Adão.
Oh, que todos pudessem compreender o quanto a Terra e o Céu estão pró-
ximos! Sem que os filhos de Deus na Terra o percebam, anjos de luz se tornam
os seus companheiros. E a menos que o homem resista ao Espírito Santo para a
própria ruína eterna, será guardado por seres celestiais enquanto houver espe-
rança.
Portanto, ao nos reunirmos sábado após sábado, cantemos louvores Àquele
que nos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz. Dediquemos a adoração
de nossa alma Àquele que nos amou e em Seu precioso sangue nos lavou dos
pecados. Seja ela expressa em linguagem simples em cada hino de louvor! Sejam
nossas orações ditadas pelo Espírito de Deus! Ao ser pregada a Palavra da vida,
testemunhemos de coração que a aceitamos como uma mensagem vinda de
Deus. Isso pode parecer antiquado, mas será uma oferta de ação de graças pelo
pão da vida proporcionado à alma faminta. Essa resposta à inspiração do Espí-
rito Santo será uma força para a sua própria alma e incentivo a outros. Será de
algum modo a evidência de que existem na casa de Deus pedras vivas que emi-
tem luz. — Testemunhos para a igreja, vol. 6, pp. 366 e 367.

Suas obras O coroam

Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia
a obra das Suas mãos (Salmos 19:1).
O
Criador deu abundantes evidências de que o Seu poder é ilimitado, de
que Ele pode estabelecer e destruir reinos. Ele sustenta o mundo pela
Palavra do Seu poder. Fez a noite, enfileirando as brilhantes estrelas no
firmamento. Chama-as todas pelo nome. Os céus proclamam a glória de
Deus, e o firmamento anuncia as obras das Suas mãos, mostrando aos homens
que este pequeno mundo é apenas um pontinho na criação de Deus. — Exaltai-
O, p. 48.
Os habitantes dos mundos não caídos olham com piedade e repulsa para o
orgulho e convencimento humano. Os ricos e os honrados do mundo não são os
únicos que glorificam a si mesmos. Muitos que professam reverenciar a Deus
falam da própria sabedoria e poder. Agem como se Deus lhes devesse favores,
como se Ele não pudesse levar avante a obra sem a ajuda dessas pessoas. Olhem
para os céus estrelados, e com admiração e respeito estudem as maravilhosas
obras de Deus. Pensem na sabedoria que Ele manifesta ao manter perfeita or-
dem no vasto universo e na insignificante razão que o homem tem para se van-
gloriar de suas realizações. [...]
Tudo o que o homem tem — a vida, os meios de subsistência, a felicidade e
inúmeras outras bênçãos que dia a dia chegam até ele —, provém do Pai das
luzes. O homem é devedor de tudo aquilo que orgulhosamente declara possuir.
Deus dá Suas preciosas dádivas para que sejam usadas no Seu serviço. Toda
partícula da glória do êxito humano pertence a Deus. É sua multiforme sabedo-
ria que é manifestada nas obras dos homens, e a Ele pertence o louvor. — Exal-
tai-O, p. 49.

Preciso orar mais do que cantar

Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o
tempo (Marcos 13:33).
C
om ardente anseio o povo de Deus aguarda os sinais de seu Rei prestes a
vir. À medida que o povo militante insiste com suas petições perante
Deus, os céus brilham com o raiar do dia eterno. Qual melodia dos cânti-
cos angelicais soam a seus ouvidos as palavras: “O auxílio vem.” A voz de
Cristo vem das portas entreabertas: “Eis que Eu estou com vocês. Não temam.
Pelejei o combate em seu favor, e em Meu nome vocês são mais do que vencedores.”
— O grande conflito (ed. condensada), p. 275.
Ao preparar os discípulos, Ele Se retirava muitas vezes da confusão da ci-
dade para um lugar tranquilo nos campos, como mais em harmonia com as li-
ções de simplicidade, fé e abnegação que lhes desejava ensinar. — Conselhos so-
bre saúde, p. 162.
Orem mais do que cantem. Não têm vocês mais necessidade de oração do
que de cânticos? Rapazes e moças, Deus os chama a trabalhar, trabalhar para
Ele. Efetuem inteira mudança em sua conduta. Vocês podem realizar uma obra
que os que atuam em palavra e doutrina não podem fazer. É-lhes possível alcan-
çar uma classe além do alcance da influência do pastor. — Testemunhos para a
igreja, vol. 1, 513.
Ao que nos amou e em Seu precioso sangue nos lavou dos pecados, dedique-
mos a adoração de nossa alma. Seja o amor de Cristo a preocupação dos que
pregam a Palavra! Seja ela expressa em linguagem simples em cada hino de lou-
vor! Sejam nossas orações ditadas pelo Espírito de Deus! Ao ser pregada a Pala-
vra da vida, testemunhemos de coração que a aceitamos como uma mensagem
vinda de Deus. — Conselhos para a igreja, p. 245.

A adoração pública
Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor
(Salmos 122:1).
um erro grave negligenciar a adoração pública de Deus. Os privilégios do
É culto divino não devem ser superficialmente considerados. […] Os que de-
sempenham responsabilidades precisam se colocar onde possam ser pro-
fundamente impressionados pelo Espírito de Deus. Você deve ansiar mais
do que ninguém pelo auxílio do Espírito Santo e pelo conhecimento de Deus,
tanto mais quanto sua posição de confiança é de maior responsabilidade que a
dos outros. [...] A energia recebida pela comunhão com Deus unida ao ardente
esforço de educar o espírito em hábitos ponderados e cautelosos preparam
para os deveres de cada dia e conservam o espírito em paz em todas as circuns-
tâncias, mesmo nas piores.
A simples audição de sermões sábado após sábado, a leitura da Bíblia de
ponta a ponta ou sua explicação versículo a versículo não nos valerá de nada,
nem aos que nos ouvem, se não vivermos as verdades da Bíblia em nossa expe-
riência habitual. O entendimento, a vontade e os afetos devem ser submetidos
ao domínio da Palavra de Deus. Então, pela obra do Espírito Santo os preceitos
da Palavra se tornarão princípios de vida.
Quando você pede ao Senhor que o ajude, honre o Salvador crendo que re-
ceberá a bênção. Todo o poder e toda a sabedoria estão à nossa disposição. Nada
mais temos a fazer do que pedir. — A ciência do bom viver (ed. condensada), pp.
231 e 232.

Evangelizando com louvores

E disse-lhe: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda
criatura (Marcos 16:15).
H
á poder no ministério do canto. Os alunos que aprenderam a cantar su-
aves hinos evangélicos com melodia e clareza podem atuar muito bem
como cantores evangelistas. Encontrarão muitas oportunidades de usar
o talento que Deus lhes deu levando melodia e raios de luz a muitos so-
litários lugares escurecidos pela tristeza e aflição cantando para pessoas que ra-
ramente têm o privilégio de ir à igreja. — Beneficência social, p. 75.
[Jesus] frequentemente expressava a alegria que Lhe enchia o coração can-
tando salmos e hinos celestiais. Muitas vezes os moradores de Nazaré ouviam
Sua voz se erguendo em louvor e ações de graças a Deus. Estabelecia comunhão
com o Céu através de cânticos, e quando os companheiros se queixavam da fa-
diga do trabalho eram animados pela doce melodia de Seus lábios. Podia se di-
zer que Seu louvor afugentava os anjos maus, e como um incenso, enchia de fra-
grância o lugar em que Se achava. O espírito dos ouvintes era redirecionado dos
interesses terrestres para o lar celestial. — Música — Sua influência na vida do
cristão, p. 14.
Somos peregrinos e estrangeiros em viagem para uma pátria superior, isto
é, a celestial. Ali todo orgulho, toda acusação, todo engano pessoal terminarão
para sempre. Toda máscara será removida e “havemos de vê-lO como Ele é”. Ali
os nossos cânticos captarão o tema inspirador, e louvor e ações de graça subirão
a Deus. — Mensagens escolhidas, vol. 2, 487.
Rapazes e moças, Deus os chama para trabalhar, trabalhar para Ele. Efetuem
inteira mudança na conduta. Vocês podem realizar uma obra que os que atuam
em palavra e na doutrina não podem fazer. É-lhes possível alcançar uma classe
fora do alcance da influência do pastor. — Testemunhos para a igreja, vol. 1, 513.

O louvor renova a fé
Sobrevieram, porém, uns judeus de Antioquia e de Icônio que,
tendo convencido a multidão, apedrejaram a Paulo e o arrasta-
ram para fora da cidade, cuidando que estava morto (Atos
14:19).
A
s atividades de Paulo e Barnabé em Listra foram subitamente reprimi-
das pela maldade de “uns judeus de Antioquia e de Icônio”. Chegando em
Listra, esses judeus logo alcançaram êxito em inspirar o povo com o
mesmo amargo espírito que atuava em suas próprias mentes. Com pala-
vras de mistificação e calúnia, os que recentemente haviam considerado Paulo
e Barnabé como seres divinos foram convencidos de que, na realidade, os após-
tolos eram piores que assassinos e dignos de morte. [...]
Rendendo-se à influência do mal, os listrianos se deixaram possuir por uma
fúria satânica e, apoderando-se de Paulo, o apedrejaram sem misericórdia. O
apóstolo imaginou que finalmente morreria. O martírio de Estêvão e a parte
cruel que ele havia desempenhado na ocasião lhe vieram vividamente ao espí-
rito. Coberto de feridas e desfalecido de dor, ele caiu, e a multidão enfurecida o
arrastou “para fora da cidade, cuidando que estava morto” (Atos 14:19).
Nessa hora escura e de prova o grupo de crentes de Listra, que se converteu
à fé de Jesus pelo trabalho de Paulo e Barnabé, permaneceu firme e leal; e agora,
diante do perigo e zombaria, mostraram sua lealdade reunindo-se com tristeza
ao redor daquele que imaginavam estar morto.
Qual não foi sua surpresa quando em meio a seus lamentos o apóstolo subi-
tamente ergueu a cabeça e se levantou com o louvor de Deus nos lábios! Reju-
bilaram-se com inexprimível alegria e louvaram a Deus com renovada fé. —
Atos dos apóstolos, pp. 101 e 102.

Para que Ele seja glorificado

O Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque o Senhor
me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a res-
taurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos
e a abertura de prisão aos presos (Isaías 61:1).
T
odos os anjos celestiais estão ao serviço do humilde e crente povo de
Deus; — e quando o exército de obreiros do Senhor entoa cânticos de
louvor aqui na Terra, o coro celestial se une a eles no louvor a Deus e a
Seu Filho. — Atos dos apóstolos, p. 85.
Dediquemos a adoração de nossa alma ao que nos amou e em Seu precioso
sangue nos lavou dos pecados. Que a preocupação dos que pregam a Palavra
seja o amor de Cristo! Expressem-no em linguagem simples em cada hino de
louvor! Sejam nossas orações ditadas pelo Espírito de Deus! Ao ser pregada a
Palavra da vida, testemunhemos de coração que a aceitamos como uma mensa-
gem vinda de Deus. — Conselhos para a igreja, p. 245.
Em nossas reuniões devocionais, nossa voz deve exprimir a nossa adoração
ao Pai celeste mediante oração e louvor. Neste mundo de pecado e ignorância,
o dom da Palavra é na verdade precioso, assim como a melodia da voz humana
quando consagrada ao louvor. — Conselhos aos professores, pais e estudantes, p.
245.
Que a Palavra de Cristo habite em vocês abundantemente em toda a sabe-
doria, ensinando e admoestando uns aos outros com salmos, hinos e cânticos
espirituais, cantando ao Senhor com graça em seu coração. E o que quer que
façam por palavras e obras, façam tudo em nome do Senhor Jesus, dando por
Ele graças a Deus Pai. — Santificação, p. 97.

“Quem canta seus males espanta!”

Antes do amanhecer me levanto e suplico o teu socorro; na
tua Palavra depositei a minha esperança. Fico acordado nas vigí-
lias da noite, para meditar nas tuas promessas (Salmos 119:147 e
148).
Q
uando o povo militante de Deus insiste em suplicar perante o Senhor, o
véu que os separa do invisível parece prestes a se retirar. Os céus se ilumi-
nam com o raiar do dia eterno, e como uma melodia de cânticos angelicais
soam ao ouvido as palavras: “Permaneçam firmes na fidelidade. O auxílio
vem.” Cristo, o todo-poderoso Vencedor, oferece a Seus soldados cansados uma
imperecível coroa de glória; e vem a Sua voz das portas entreabertas: “Eis que
Eu estou convosco. Não temais.” — O grande conflito, p. 632.
Quando outros são impacientes, mal-humorados e queixosos porque o eu
não foi vencido, comece a cantar alguns dos cânticos de Sião. Enquanto Cristo
estava trabalhando no banco de carpinteiro, se outros se aproximassem dEle
procurando levá-lO à impaciência, Ele Se punha a cantar algum dos belos sal-
mos, e antes que se dessem conta do que estavam fazendo, já estavam cantando
com Ele, influenciados, por assim dizer, pelo poder do Espírito Santo que ali es-
tava. — O lar adventista, p. 442.
“Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7).
Nossa única segurança está em não darmos lugar ao diabo, pois suas sugestões
e desígnios são sempre para nosso prejuízo. [...] Nossa única segurança é rejeitar
com firmeza a primeira insinuação. [...] Por meio dos méritos de Cristo, Deus nos
deu suficiente graça para resistir a Satanás e ser mais que vencedores. — Nossa
alta vocação, p. 90.

O verdadeiro adorador e o amor ao próximo

Pois toda a Lei se cumpre numa só palavra, a saber: Amarás
ao teu próximo como a ti mesmo (Gálatas 5:14).
A
formação do caráter é a obra mais importante que já foi confiada a seres
humanos, e o seu dedicado estudo nunca foi tão importante como hoje.
Jamais qualquer geração passada teve de enfrentar crises tão momento-
sas; nunca antes moços e moças foram confrontados por perigos tão
grandes como os de agora.
Assim se estabelece a disputa pela supremacia, e se mantém o estudo exces-
sivo que em tantos casos destrói a saúde e incapacita para a utilidade. Em mui-
tos outros, o desejo de superação conduz à desonestidade, e alimentando a am-
bição e o descontentamento, ele amargura a vida e ajuda a encher o mundo com
esses espíritos inquietos, turbulentos, que são uma contínua ameaça à socie-
dade. — Educação, pp. 225 e 226.
O adorador de Deus verá que não consegue nutrir uma só fibra da raiz do
egoísmo. Ele não pode cumprir seu dever para com Deus e ao mesmo tempo
oprimir o semelhante. O segundo princípio da Lei é como o primeiro: “Amarás
o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:39). “Faze isto e viverás” (Lucas
10:28). Essas são as palavras de Jesus Cristo, das quais não pode haver afasta-
mento por parte de qualquer homem, mulher, ou jovem que queira ser cristão
fiel. É a obediência aos mandamentos de Deus que molda o caráter segundo a
semelhança divina. [...] — Filhos e filhas de Deus, p. 52.
Em cada geração e país, o verdadeiro fundamento e modelo para a formação
do caráter tem sido o mesmo. A Lei divina: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo
o teu coração [...] e ao teu próximo como a ti mesmo” (Lucas 10:27) — grande
princípio manifestado no caráter e vida de nosso Salvador — é o único funda-
mento certo e o único guia seguro. — Educação, p. 228.

Conversão infantil
Escrevei para vós outros este cântico e ensinai-o aos filhos de
Israel; ponde-o na sua boca, para que este cântico me seja por
testemunha contra os filhos de Israel (Deuteronômio 31:19).
O
grande Pastor de Israel está a dizer ainda: “Deixai vir a Mim os pequeni-
nos e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus” (Lucas 18:16).
Ensinem os filhos que a juventude é a melhor época para buscar ao Se-
nhor. [...]
A religião ajuda as crianças a estudar melhor e a fazer trabalho mais fiel.
Uma menina de doze anos deu com simplicidade a prova de que era cristã. “Eu
não gostava de estudar, mas de brincar. Era preguiçosa na escola e muitas vezes
não sabia as lições. Para agradar a Deus, agora aprendo bem cada lição. Quando
os professores não me observavam, era peralta e fazia travessuras para entreter
as outras crianças. Agora desejo agradar a Deus me comportando bem e obede-
cendo aos regulamentos escolares. Era egoísta em casa e não gostava de dar re-
cados. Aborrecia-me quando mamãe me chamava das brincadeiras para ajudá-la
no trabalho. Agora tenho verdadeira alegria em auxiliar mamãe de qualquer
modo e mostrar-lhe que a amo”. [...]
Pais, façam a si mesmos a solene pergunta: “Temos educado nossos filhos […]
para serem missionários em favor de Cristo e saírem fazendo o bem?” Pais crentes,
seus filhos terão de se empenhar em decisivas batalhas pelo Senhor no dia do
conflito, e enquanto conseguem vitórias para o Príncipe da Paz podem estar al-
cançando triunfos para si mesmos. Mas se não têm sido criados no temor do
Senhor, […] não terão nenhum poder moral e cederão aos poderes terrestres
que pretendem exaltar-se a si mesmos acima do Deus do Céu, estabelecendo
um falso sábado para tomar o lugar do sábado de Jeová. — Orientação da cri-
ança, pp. 321-323.

O culto familiar é um muro ao redor dos filhos

Um cordeiro oferecerás pela manhã, e o outro cordeiro ofere-
cerás à tardinha (Êxodo 29:39).
P
ais e mães: Cada manhã e noite reúnam os filhos ao redor de si, e com
humilde petição elevem a Deus o coração, suplicando-Lhe auxílio. Seus
queridos acham-se expostos à tentação. Contratempos diários atraves-
sam o caminho dos jovens e idosos. Os que quiserem viver vida paciente,
amorosa e alegre, precisam orar. Só recebendo auxílio constante de Deus, pode-
remos alcançar a vitória sobre o próprio eu. — Conselhos para a igreja, p. 154.
Ao nos guiar nosso Redentor às fronteiras do Infinito resplandecente com a
glória de Deus, podemos aprender o assunto dos louvores e ações de graças do
coro celestial em redor do trono; e despertando-se o eco do cântico dos anjos
em nossos lares terrestres, os corações serão levados para mais perto dos can-
tores celestiais. A comunhão do Céu começa na Terra. Aqui aprendemos a nota
tônica de Seu louvor. — Educação, p. 168.
Contudo, neste tempo de terrível perigo alguns que professam ser cristãos
não celebram culto doméstico. Não honram a Deus no lar nem ensinam os filhos
a amá-lO e temê-lO. Muitos se afastaram tanto dEle que se sentem sob conde-
nação ao se aproximar de Deus. Não podem chegar-se “com confiança ao trono
da graça” (Hebreus 4:16), “levantando mãos santas, sem ira nem contenda” (1
Timóteo 2:8). Não desfrutam viva comunhão com Deus. Têm a forma de pie-
dade, mas sem o poder.
Pela sincera e fervorosa oração devem os pais construir um muro em torno
dos filhos. Devem suplicar, com plena fé, que Deus entre eles habite, e santos
anjos os guardem, a eles e aos filhos, do poder cruel de Satanás. — Conselhos
para a igreja, p. 155.

Educando o pequeno adorador

Ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentados em vossa
casa, e andando pelo caminho, e deitando-vos, e levantando-
vos (Deuteronômio 11:19).
A
mais bela obra já empreendida por homens e mulheres é lidar com espí-
ritos jovens. O máximo cuidado deve ser tomado na educação da juven-
tude para variar de tal maneira a instrução que desperte as nobres e ele-
vadas faculdades da mente. Pais e mestres acham-se igualmente inaptos
para educar devidamente as crianças se não aprenderem primeiro a lição do
domínio de si mesmos, a paciência, a tolerância, a brandura e o amor. [...]
Há tempo para instruir as crianças e tempo para educar a juventude, e é es-
sencial que essas duas coisas sejam combinadas em alto grau na escola. As cri-
anças podem ser preparadas para o serviço do pecado ou para o serviço da jus-
tiça. A educação em tenra idade lhes molda o caráter tanto na vida secular
quanto na religiosa. Diz Salomão: “Instrui o menino no caminho em que deve an-
dar, e até quando envelhecer, não se desviará dele” (Provérbios 22:6). Esta lin-
guagem é categórica. Esta instrução recomendada por Salomão é dirigir, educar
e desenvolver. Para que os pais e mestres façam essa obra, devem eles próprios
compreender “o caminho” em que a criança deve andar. Isto abrange mais que
mero conhecimento de livros. Envolve tudo quanto é bom, virtuoso, justo e
santo. Compreende a prática da temperança, da piedade, bondade fraternal e
amor para com Deus e de uns para com os outros. A fim de atingir esse objetivo
é preciso dar atenção à educação física, mental, moral e religiosa da criança. —
Testemunhos seletos, vol. 1, 315.
A luz que brilha da cruz do Calvário revela a obra que precisa ser efetuada
de modo diligente e vigilante enquanto durar o tempo. — Carta 134, 1901.

A importância da música na vida das crianças

E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração;
e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e
andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te (Deuteronô-
mio 6:6 e 7).
A
história dos cânticos da Bíblia está repleta de sugestões quanto aos usos
e benefícios da música e do canto. A música é muitas vezes pervertida
para servir a fins maus e assim se torna um dos meios mais sedutores de
tentação. Porém, se for corretamente empregada, é um precioso dom de
Deus destinado a elevar os pensamentos a coisas mais altas e nobres, a inspirar
e enaltecer a alma. — Mensagens aos jovens, p. 291.
O canto é um dos meios mais eficazes para gravar a verdade espiritual no
coração. Muitas vezes as palavras do canto sagrado abriram as fontes do arre-
pendimento e da fé. — Evangelismo, p. 500.
Unam-se aos filhos à noitinha e pela manhã no culto a Deus, lendo Sua Pala-
vra e cantando Seu louvor. Ensinem-nos a repetir a Lei de Deus. [...]
Como parte do culto, o canto é um ato de adoração tanto quanto a prece. Na
verdade, muitos hinos são orações. Se a criança é ensinada a compreender isso,
ela pensará mais no significado das palavras que canta e será mais sensível à
sua influência.
À medida que nosso Redentor nos dirige rumo ao limite do Infinito cheio da
glória de Deus, podemos captar os temas de louvor e ações de graças do coro
celestial ao redor do trono; e quando o eco do cântico dos anjos é despertado
em nossos lares terrestres, os corações serão atraídos para mais perto dos can-
tores celestiais. A comunhão do Céu começa na Terra. Aqui aprendemos a nota
tônica de seu louvor. — Mensagens aos jovens, p. 292.

A responsabilidade das mães

Pode uma mulher esquecer-se de seu filho de peito, de ma-
neira que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda
que esta se esquecesse, eu, todavia, não me esquecerei de ti (Isa-
ías 49:15).
A
mãe cristã deve estar bem atenta para discernir os perigos que cercam
seu filho. Guardará a própria alma numa atmosfera pura e santa; regu-
lará seu temperamento e princípios pela Palavra de Deus e cumprirá fi-
elmente seu dever vivendo acima de mesquinhas tentações que sempre
a assaltarão. — Carta 69, 1896.
A responsabilidade repousa especialmente sobre a mãe. Ela, de cujo sangue
a criança se nutre e se forma fisicamente, comunica-lhe também influências
mentais e espirituais que tendem a formar a mente e o caráter. — A ciência do
bom viver, p. 372.
Quando Cristo […] era tentado, os cânticos que havia aprendido com Sua
mãe Lhe vinham à mente, e Ele erguia a voz em louvor. E antes de os compa-
nheiros se darem conta, estavam também cantando com Ele.
O dia de Deus revelará quanto o mundo deve a mães piedosas pelos homens
que têm sido inflexíveis advogados da verdade e da reforma — homens que têm
se mostrado ousados no aventurar-se, que permaneceram inamovíveis em
meio a provas e tentações; homens que preferiram os altos e santos interesses
da verdade e a glória de Deus a honras mundanas ou à própria vida. Mães, este-
jam alerta para o fato de que sua influência e exemplo estão afetando o caráter
e o destino de seus filhos; e em vista de sua responsabilidade, desenvolva uma
mente bem equilibrada e um caráter puro, que reflitam unicamente o verda-
deiro, o bom e o belo. — Signs of the Times, 9 de setembro de 1886.

A influência do pai
Os teus filhos como plantas de oliveira, ao redor da tua mesa
(Salmos 128:3).
O
pai pode exercer sobre os filhos uma influência que será mais forte que
os atrativos do mundo. Ele deve estudar a disposição e caráter dos mem-
bros de seu pequeno círculo a fim de poder compreender suas necessi-
dades e perigos, e assim estar preparado para reprimir o erro e encora-
jar o direito. [...]
Seja qual for o caráter de sua atividade, não é tão importante assim para lhe
servir de desculpa por negligenciar a obra de educar e preparar os filhos a fim
de se manterem no caminho do Senhor.
Pais [...], combinem o afeto com a autoridade, a bondade e simpatia com a
firme restrição. Dediquem a seus filhos algumas horas de lazer; relacionem-se
com eles; juntem-se a eles em seus trabalhos e brinquedos e atraiam a atenção
deles para você. Cultive a camaradagem, especialmente com os meninos. Assim
vocês se tornarão uma forte influência para o bem. — O lar adventista, pp. 221
e 222.
Se os pais desejam educar os filhos para serem amáveis, jamais devem se
dirigir a eles de maneira brutal. Os anjos de Deus estão sempre perto das crian-
ças, e esse tom alto e ríspido de impaciência não agrada aos ouvidos celestiais.
— O lar adventista, p. 432.
Aqueles que compreenderam a verdade, sentiram sua importância e tive-
ram experiência nas coisas de Deus devem ensinar a sã doutrina aos filhos. En-
tão familiarizem os filhos com os grandes pilares de nossa fé [...] Essas coisas
deveriam ser explicadas aos filhos em linguagem simples, fácil de ser entendida,
e conforme avançam em anos, as lições devem ser adaptadas à sua crescente
capacidade até que os fundamentos da verdade tenham sido lançados ampla e
profundamente. — Testemunhos para a igreja, vol. 5, 330.

Torne o lar alegre e feliz

Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exerci-
tam a paz (Tiago 3:18).
N
unca se esqueça de que você deve tornar o lar alegre e feliz para si e para
os filhos ao absorver os atributos do Salvador. Se você introduzir a
Cristo no lar, perceberá a diferença entre o bem e o mal. Estará apto a
ajudar os filhos a serem árvores de justiça que dão os frutos do Espírito.
— Carta 29, 1902.
O lar pode ser simples, mas também pode ser sempre um lugar em que se
digam palavras alegres e se pratiquem atos de bondade, onde a cortesia e o
amor são hóspedes constantes. — The Review and Herald, 9 de julho de 1901.
Administre as regras do lar com sabedoria e amor e não com vara de ferro.
As crianças reagirão à regra do amor com uma obediência voluntária. Elogie os
filhos sempre que puder. Alegre a vida deles ao máximo. [...] Mantenha a maciez
do terreno do coração exprimindo amor e afeto, preparando-o assim para a se-
mente da verdade. Lembre-se de que o Senhor concede não somente nuvens e
chuva à terra, mas a linda e risonha luz solar, fazendo com que a semente ger-
mine e apareçam as flores. Lembre-se de que as crianças necessitam não apenas
de repreensão e correção, mas também de animação e elogio, a grata satisfação
das boas palavras. — Conselhos aos professores, pais e estudantes, p. 114.
Não se desentendam dentro da família. [...] É de brandura e paz que precisa-
mos em nossos lares. — Manuscrito 9, 1893.

Um lar exemplar
Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos
seus caminhos (Salmos 128:1).
O
lar embelezado pelo amor, a simpatia e a ternura é um lugar que os anjos
gostam de visitar, e onde Deus é glorificado. A influência de um lar cris-
tão cuidadosamente protegido nos anos da infância e juventude é a mais
segura salvaguarda contra as corrupções do mundo. Na atmosfera de
um lar assim as crianças aprenderão a amar tanto a seus pais terrestres quanto
ao Pai celestial. — Manuscrito 126, 1903.
Os jovens necessitam desde a infância de uma firme barreira erguida entre
eles e o mundo para que a influência corrompedora deste não os afete. — Con-
selhos aos professores, pais e estudantes, p. 119.
Toda família cristã deve demonstrar ao mundo o poder e a excelência da in-
fluência cristã. Os pais devem avaliar a responsabilidade de manter o lar livre
de toda mancha de maldade moral. — The Review and Herald, 9 de outubro de
1900.
A santidade perante Deus deve impregnar o lar. Pais e filhos devem se edu-
car para cooperar com Deus. Devem pôr seus hábitos e práticas em harmonia
com os planos divinos. — Carta 9, 1904.
As relações de família devem ter uma influência santificadora. Os lares cris-
tãos estabelecidos e dirigidos em harmonia com o plano de Deus são um mara-
vilhoso auxílio para formar o caráter cristão. Pais e filhos devem se unir para
oferecer amorável serviço Àquele que, unicamente, pode guardar puro e nobre
o amor humano. — Manuscrito 16, 1896.
A primeira obra a ser feita no lar cristão é ver que o Espírito de Deus aí ha-
bite, que todo membro da família seja capaz de tomar sua cruz e seguir aonde
Jesus o conduzir. — Manuscrito 17, 1891.

A religião como parte da educação do lar

Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, es-
colhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos
pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em
cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor
(Josué 24:15).
R
eligião em família consiste em criar os filhos na doutrina e admoestação
do Senhor. Cada membro da família deve ser nutrido pelas lições de
Cristo, e o interesse de cada alma deve ser cuidadosamente guardado a
fim de que Satanás não os engane e os afaste com seduções para longe
de Cristo. — Manuscrito 24b, 1894.
A religião no lar é terrivelmente negligenciada. Homens e mulheres mos-
tram o maior interesse em missões estrangeiras. Doam generosamente para
essa causa e procuram acalmar a consciência na suposição de que o ato de doar
para a causa de Deus redime a própria negligência de dar um exemplo correto
no lar. Mas o lar é seu campo especial, e nenhuma desculpa é aceita por Deus
pela negligência desse campo. — Signs of the Times, 23 de agosto de 1899.
A razão por que a juventude de agora não é mais inclinada para o mundo
espiritual é que a educação dela é defeituosa. Não se exerce para com os filhos
verdadeiro amor quando se lhes permite tolerar paixões ou quando a desobe-
diência às determinações de vocês, pais, é deixada sem punição. Quando a haste
é torta, a árvore também cresce torta. — Testemunhos para a igreja, vol. 2, p.
701.
Para que a esperança de que a religião influencie a sociedade possa se cum-
prir, a religião deve influenciar primeiro o lar. Se os filhos forem ensinados em
casa a amar a Deus e a temê-lO, quando saírem para o mundo estarão prepara-
dos para educar suas próprias famílias para Deus, e assim o princípio da ver-
dade será implantado na sociedade e exercerá influência marcante no mundo.
A religião não deve estar separada da educação do lar. — Signs of the Times, 8
de abril de 1886.

A religião no lar vem antes da religião na igreja

E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que
podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo
Jesus (2 Timóteo 3:15).
N
o lar é posto o fundamento da prosperidade da igreja. As influências que
regem a vida no lar são levadas para a vida da igreja; portanto os deve-
res eclesiásticos devem começar no lar. — Signs of the Times, 1º de se-
tembro de 1898.
Os pais cometem um terrível erro quando negligenciam a obra de dar a seus
filhos instrução religiosa pensando que tudo ficará bem no futuro, e que ao se
tornarem mais velhos estarão ansiosos por uma experiência religiosa. Pais, vo-
cês não veem que se não plantarem a preciosa semente da verdade, do amor e
de atributos celestiais no coração, Satanás semeará o campo da alma com joio?
— Signs of the Times, 6 de agosto de 1912.
Quando tivermos um bom lar religioso, teremos boas reuniões religiosas.
Guardem a fortaleza do lar. consagrem a família a Deus, e então falem e ajam em
casa como cristãos. Sejam bondosos, misericordiosos e pacientes no lar, sa-
bendo que são mestres. Cada mãe é uma professora, e toda mãe deve ser tam-
bém uma aluna na escola de Cristo a fim de aprender a como ensinar e moldar
corretamente os filhos. — Manuscrito 70.
Onde há falta de religião no lar, a profissão de fé é inútil. Muitos estão enga-
nando a si mesmos por pensar que o caráter será transformado na vinda de
Cristo, mas não haverá conversão de alma em Sua vinda. Temos que nos arre-
pender de nossos defeitos de caráter aqui, e pela graça de Cristo precisamos
vencê-los enquanto dura o tempo de graça. Este é o lugar em que nos prepara-
mos para a família do Alto. — Signs of the Times, 14 de novembro de 1892.

Uma família fiel na mordomia divina

Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de
toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros, e transbordarão
de vinho os teus lagares (Provérbios 3:9 e 10).
O
dinheiro não nos pertence; também não nos pertencem casas e terras,
quadros e mobília, vestidos e luxos. Somos peregrinos e forasteiros, e te-
mos apenas garantidas as coisas necessárias à saúde e à vida. Recebe-
mos as bênçãos seculares em confiança para sermos testados com o fim
de ver se seremos bons mordomos das riquezas eternas. Se somos achados fiéis
a Deus, então receberemos aquela possessão adquirida que deve ser nossa: gló-
ria, honra e imortalidade. — Carta 8, 1889.
“Cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prospe-
ridade” (1 Coríntios 16:2). Cada membro da família, do mais velho ao mais jo-
vem, pode tomar parte nesta obra de beneficência. O plano de doação sistemá-
tica se mostrará uma proteção para cada família contra as tentações de gastar
recursos com itens desnecessários, e especialmente se mostrará uma bênção
para os ricos, guardando-os de investir em extravagâncias.
Cada semana as exigências de Deus para as famílias são trazidas à mente
mediante cada um dos membros que executam na íntegra o plano. E ao nega-
rem a si mesmos alguma futilidade a fim de ter meios que levar ao tesouro, são
impressas sobre o coração lições altruístas de valor para glória de Deus. Uma
vez por semana cada um é confrontado com os fatos da semana passada — a
renda que ele poderia ter tido se tivesse sido econômico, e os meios que não
possui porque gastou desnecessariamente. A consciência é despertada, por as-
sim dizer, diante de Deus, e o acusa ou o elogia. Ele aprende que se quiser pos-
suir paz de mente e o favor de Deus, deve comer, beber e vestir para Sua glória.
— Testemunhos para a igreja, vol. 3, p. 412.

Preciso ser uma bênção para a vizinhança

E, finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compas-
sivos, amando os irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afá-
veis (1 Pedro 3:8).
Q
uando a religião se manifesta no lar, sua influência será sentida na igreja e
na vizinhança. Mas alguns que professam ser cristãos conversam com os
vizinhos sobre as próprias dificuldades domésticas. Contam as próprias
dores de modo a atraírem simpatia. Porém, é grande erro derramar afli-
ções aos ouvidos de outros, especialmente quando muitos de nossos desgostos
são fabricados e existem devido a nossa vida irreligiosa e nosso caráter defeitu-
oso. — Signs of the Times, 14 de novembro de 1892.
Precisamos de mais pais alegres e cristãos radiantes. Achamo-nos demasi-
ado fechados em nós mesmos. Quase sempre as palavras bondosas e animado-
ras e o sorriso alegre são negados a nossos filhos e aos oprimidos e desanima-
dos.
Pais, sobre vocês repousa a responsabilidade de serem portadores de luz
[...]. Brilhem como luzes no lar, iluminando o caminho que seus filhos têm de
percorrer. Ao agirem assim, sua luz brilhará para os que estão lá fora. — The
De todo lar cristão deve brilhar uma santa luz. O amor deve se revelar nas
ações e proceder de toda relação doméstica, demonstrando-se numa bondade
consciente, numa cortesia gentil, altruísta. Há lares em que esse princípio é pra-
ticado, onde Deus é adorado e onde reina o mais verdadeiro amor. As orações
da manhã e da noite sobem a Deus desses lares como se fosse um incenso suave,
e Suas misericórdias e bênçãos descem sobre os suplicantes como o orvalho da
manhã. — Patriarcas e profetas, p. 144.

1º de setembro Vidas dedicadas à oração
Enoque
E andou Enoque com Deus; e não se viu mais, porquanto
Deus para si o tomou (Gênesis 5:24).
E
noque era um santo homem. Servia a Deus com coração sincero. Com-
preendeu a corrupção da família humana e se separou dos descendentes
de Caim, criticando-os por sua grande maldade. [...] O justo Enoque era
tão afligido pelo crescente mal que não se associava com os ímpios diari-
amente, temendo ser afetado pela infidelidade deles e pelo fato de que os pen-
samentos deles não considerassem a Deus com a santa reverência que era de-
vida ao Seu exaltado caráter. O coração de Enoque se agitava ao testemunhar
diariamente como pisavam a autoridade de Deus. Decidiu se separar deles e
gastar muito tempo sozinho, quando se dedicava à reflexão e oração. Esperava
diante do Senhor e orava para conhecer Sua vontade mais perfeitamente a fim
de poder cumpri-la. — História da redenção, p. 58.
Foi pela oração e comunhão com Deus que Enoque foi capacitado a escapar
da corrupção que pela concupiscência há no mundo. [...] Temos de andar com
Deus. Exige-se de nós a separação do mundo, pois não podemos nos manter li-
vres dessa poluição a menos que sigamos o exemplo do fiel Enoque. [...]
Há muita gente fraca como a água, que podia ter uma inesgotável fonte de
força. O Céu está pronto para nos beneficiar a fim de podermos ser fortes em
Deus e alcançar a completa estatura de homens e mulheres em Cristo Jesus.
Qual foi o progresso de vocês no poder espiritual durante o último ano? Quem
dentre vocês alcançou uma preciosa conquista após outra até que a inveja, o or-
gulho, a malícia, os ciúmes e o egoísmo tenham sido varridos, e somente as gra-
ças do Espírito permanecido: mansidão, paciência, bondade, amor? Deus nos
ajudará apenas se nos apegarmos ao auxílio providenciado. — The Review and
Herald, 9 de janeiro de 1900.

Vidas dedicadas à oração 2 de setembro
Devo ser um pregador tal qual Noé

Esta é a história da família de Noé: Noé era homem justo, ínte-
gro entre o povo da sua época; ele andava com Deus (Gênesis
6:9).
A
fé genuína de Noé se combinou com as obras que condenaram o mundo.
Ele não apenas pregava a verdade presente apropriada àquele tempo,
mas punha em prática todo sermão. Mesmo se nunca tivesse erguido a
voz em advertência, suas obras e seu santo caráter entre os corrompidos
e perversos teriam sido sermões condenatórios para os descrentes e deprava-
dos daquela época. Ele se portava com paciência e mansidão semelhantes às de
Cristo quando confrontado por insultos, zombarias e escárnios. Ouvia-se muitas
vezes sua voz em oração a Deus em busca do poder e da ajuda divinos para que
pudesse cumprir todos os mandamentos do Senhor. Isso exercia um poder que
condenava os descrentes. — Manuscrito 17, 1885.
Consideraram-no louco; riram e zombaram dele, mas ainda assim Noé con-
tinuou a obra de construção da arca segundo a orientação de Deus. Quando Noé
deu a última mensagem àquela era degenerada, deram-lhe as costas para ridi-
cularizá-lo quando ele estava diante do povo falando. Tinham ouvido as orações
de Noé, as quais dia após dia subiam em favor deles, e com o coração condoído
lhes apresentou a última mensagem. — Manuscrito 86, 1886.

3 de setembro Vidas dedicadas à oração
Deus quer que eu interceda como Abraão

E chegou-se Abraão, dizendo: Destruirás também o justo com
o ímpio? Longe de Ti que faças tal coisa, que mates o justo com o
ímpio. [...] Não faria justiça o Juiz de toda a Terra? (Gênesis 18:23 e
25).
A
braão tinha honrado a Deus, e o Senhor o honrou dando-lhe parte em
Seus conselhos e revelando-lhe Seus propósitos.
“Ocultarei Eu a Abraão o que faço?” disse o Senhor. [...] E o homem de
fé suplicou pelos habitantes de Sodoma. Uma vez ele os havia salvado
com a espada, mas agora se esforçava por salvá-los pela oração. [...] Com pro-
funda reverência e humildade insistiu na súplica. [...] Sendo ele mesmo pecador,
rogava pelos pecadores. Esse é o espírito que todos os que se aproximam de
Deus devem possuir. Contudo, Abraão manifestava a confiança de uma criança
que suplica ao amado pai. Aproximou-se do mensageiro celeste e insistiu fervo-
rosamente com o pedido. [...]
O amor pelas almas que pereciam inspirava a prece de Abraão. Ao mesmo
tempo em que os pecados daquela cidade corrupta o revoltavam, ele desejava
que os pecadores pudessem ser salvos. O profundo interesse que mantinha por
Sodoma mostra a ansiedade que devemos experimentar pelos impenitentes.
Devemos alimentar ódio contra o pecado, mas piedade e amor pelo pecador.
À nossa volta existem almas que descem a uma ruína tão irremediável e ter-
rível como aquela que recaiu sobre Sodoma. Cada dia o tempo de graça de al-
guém se encerra. A todo instante alguém passa para além do alcance da miseri-
córdia. E onde estão as vozes de aviso e súplica mandando o pecador fugir dessa
condenação terrível? Onde estão as mãos estendidas para o fazerem retroceder
do caminho da morte? Onde estão os que com humildade e fé perseverante su-
plicam junto a Deus por ele? — Patriarcas e profetas, pp. 139 e 140.

Minha oração deve ser como a de Isaque

E Isaque saíra a orar no campo, à tarde; e levantou os seus
olhos, e olhou, e eis que os camelos vinham (Gênesis 24:63).
I
saque foi altamente honrado por Deus, que o pôs como herdeiro das pro-
messas pelas quais o mundo deveria ser abençoado. Entretanto, aos qua-
renta anos de idade se sujeitou ao ensino paterno quando Abraão incumbiu
um servo experiente e conhecedor da vontade Deus para lhe escolher uma
esposa. E o resultado daquele casamento, conforme as Escrituras o apresentam,
é um quadro terno e belo de felicidade doméstica. [...]
Que diferença entre a atitude de Isaque e a que é praticada pelos jovens de
hoje, mesmo entre os que se dizem cristãos! Os jovens quase sempre acham que
a entrega de suas afeições é uma questão na qual só o eu deveria ser consultado,
e que nem Deus nem os pais deveriam interferir de qualquer modo nesse as-
sunto. Muito antes de atingirem a idade de homens ou mulheres adultos, já se
acham competentes para fazerem a própria escolha sem o auxílio dos pais. Al-
guns anos de vida conjugal com frequência bastam para lhes mostrar onde er-
raram, mas infelizmente é quase sempre tarde demais para impedir os terríveis
resultados. A mesma falta de prudência e autocontrole que marcaram a escolha
precipitada também levam à piora do quadro a ponto de a relação matrimonial
se tornar um jugo de sofrimento. Muitos fizeram assim fracassar não só a pró-
pria felicidade nesta vida, mas a esperança na vida futura.
Se há um assunto que deve ser cuidadosamente considerado e para o qual
se deve procurar o conselho de pessoas mais velhas e experientes, é o do casa-
mento. Se a Bíblia já foi alguma vez necessária como conselheira, se a direção
divina em algum tempo deveria ser procurada em oração, é antes de dar um
passo que liga pessoas entre si para toda a vida. — Patriarcas e profetas, pp. 173
e 175.

Alcançando a vitória de Jacó

Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; porque
tens lutado com Deus e com os homens e tens prevalecido (Gê-
nesis 32:28).
F
oi pela fé e oração que Jacó, de homem fraco e pecador, se tornou um prín-
cipe com o auxílio de Deus. — A ciência do bom viver, p. 511.
A experiência de Jacó contém muitas lições valiosas para nós. Deus
ensinou a ele que não poderia nunca obter a vitória na própria força, mas
que precisava lutar com Deus por forças do alto.
Jacó lutou com o Anjo a noite inteira. Por fim o Oponente o enfraqueceu com
um toque na coxa. [Jacó] Estava agora inválido e sofrendo a dor mais aguda, mas
não relaxaria os esforços. Arrependido e dominado, apegou-se ao Anjo [...] su-
plicando uma bênção. Precisava ter a certeza de que seu pecado havia sido per-
doado. Sua determinação ficou mais forte, a fé mais sincera e perseverante até
o fim. O Anjo tentou Se desvencilhar dele e insistiu: “Deixa-me ir, porque já rom-
peu o dia”, mas Jacó respondeu: “Não Te deixarei ir se me não abençoares” (Gê-
nesis 32:26). — Manuscrito 2, 1903.
Como cristãos, cada dia temos necessidade de nova e viva experiência. Pre-
cisamos aprender a confiar em Jesus, a crer nEle e entregar tudo ao Seu cuidado.
Mediante a fé em Deus na oração, Jacó se elevou, de um homem de fraquezas e
defeitos que era, a um príncipe com Deus. Saiu vitorioso pela fé. Deus é onipo-
tente. O homem é finito. Em conversa com Deus podemos Lhe expor o que há
de mais secreto na alma — pois Ele sabe tudo a esse respeito —, mas não deve-
mos expor ao homem. — Carta 11, 1886.

Alcançando a fidelidade de José

José é um ramo frutífero, ramo frutífero junto à fonte; seus ga-
lhos se estendem sobre o muro (Gênesis 49:22).
E
ntão os pensamentos [de José] se voltaram para o Deus de seu pai. Na
meninice tinha sido ensinado a amá-lO e temê-lO. Muitas vezes ouviu na
tenda do pai a história da visão que Jacó havia tido ao deixar sua morada
como exilado e fugitivo. [...] E aprendeu acerca do amor do Deus que pro-
videnciou um Redentor aos homens. Todas essas lições preciosas apareciam
agora vividamente diante dele. José cria que o Deus de seus pais seria o seu pró-
prio Deus. Ali mesmo se entregou completamente ao Senhor e orou para que o
Guarda de Israel estivesse com ele na terra do exílio.
Sua alma vibrou diante da elevada decisão de se mostrar fiel a Deus, de agir
em todas as circunstâncias como cabia a um súdito do Reino do Céu. Serviria ao
Senhor com total dedicação. Enfrentaria as provações de seu destino com cora-
gem e cumpriria fielmente todo o dever. A experiência de um dia foi o ponto
decisivo na vida de José. Sua terrível calamidade o transformou de um menino
mimado em um homem ponderado, corajoso e senhor de si. [...]
A prosperidade marcante que acompanhava todos os negócios confiados a
José não era resultado de um milagre direto, mas sim porque o dedicado traba-
lho, o zelo e a energia que manifestava eram recompensados pela bênção divina.
José considerava o próprio sucesso como resultado do favor de Deus. — Patri-
arcas e profetas, pp. 213 e 214.

A maravilhosa experiência de Joquebede!

Pela fé Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus
pais, porque viram que era um menino formoso; e não temeram o
mandamento do rei (Hebreus 11:23).
[J
oquebede] conseguiu esconder a criança por três meses. Então, achando
que não conseguiria mais conservá-la sem perigo, preparou uma pequena
arca de junco e a impermeabilizou com betume e piche. Assim, pondo nela
a criança, colocou-a entre os juncos à margem do rio. Não se atreveu a ficar
para vigiá-la com receio de que a vida da criança e a dela mesma se perdessem,
mas a irmã [de Moisés], Miriã, ficou por perto aparentemente alheia, mas obser-
vando ansiosa para ver o que seria do irmãozinho. E havia outros vigias. As ora-
ções fervorosas da mãe haviam confiado o filho ao cuidado de Deus. Assim, an-
jos invisíveis pairavam sobre o humilde lugar de descanso do menino. Eles en-
caminharam a filha de Faraó até ali. O pequeno cesto atraiu a atenção dela, e
quando viu a linda criança que estava dentro, captou a história num instante. As
lágrimas do menino lhe despertaram a compaixão, e seu sentimento de pena se
estendeu à mãe desconhecida que precisou recorrer a tal meio para preservar
a vida do precioso pequerrucho. Decidiu salvá-lo adotando-o como seu próprio
filho.
Deus ouviu as orações da mãe e recompensou a fé dela. Com profunda gra-
tidão deu início à sua tarefa, agora sem perigos e feliz. Aproveitou fielmente a
oportunidade a fim de educar o filho para Deus. [...] Esforçou-se por impregnar
o espírito [de Moisés] com o temor de Deus e com o amor à verdade e justiça, e
fervorosamente orou para que o menino pudesse se preservar de toda a in-
fluência corrompedora. Mostrou-lhe a loucura e o pecado da idolatria, e cedo o
ensinou a se curvar e a orar ao Deus vivo, que unicamente poderia ouvi-lo e au-
xiliá-lo em toda a emergência. — Patriarcas e profetas, pp. 243 e 244.

Moisés
Moisés disse ainda: Rogo-te que me mostre a tua glória
(Êxodo 33:18).
E
nquanto os anos se passavam e [Moisés] vagueava com os rebanhos nos
lugares solitários pensando na situação difícil de seu povo, reconsiderava
o tratamento de Deus para com seus pais e as promessas que eram a he-
rança da nação escolhida, e suas orações por Israel subiam dia e noite.
Anjos celestiais derramavam luz sobre ele. Sob a inspiração do Espírito Santo
escreveu ali o livro do Gênesis. Os longos anos passados nas solidões do deserto
foram ricos de bênçãos não somente para Moisés e seu povo, mas para o mundo
em todos os séculos futuros. — Patriarcas e profetas, p. 251.
Animado pelo próprio sucesso, Moisés se aventura um pouco mais. Possu-
ído por uma santa ousadia, avança até alcançar um ponto incompreensível para
pobres seres humanos. Pela oração, o servo de Deus vai se aproximando mais e
mais do Senhor, e agora [faz] um pedido que nenhum mortal havia ousado apre-
sentar: “Rogo-Te que me mostres a Tua glória.” Deus afastaria o Seu servo agora
por causa dessa aparente presunção? Vem pela terceira vez a resposta: “Farei
passar toda a Minha bondade diante de ti” (Êxodo 33:19). [...]
A mais brilhante inteligência, o mais dedicado estudo e a mais elevada elo-
quência não poderão nunca substituir a sabedoria e o poder de Deus naqueles
que assumem responsabilidades ligadas à Sua causa. [...] Deus tomou todas as
providências para que os obreiros tenham a ajuda que só Ele pode dar. Se per-
mitirem que o próprio trabalho seja atropelado, empurrado e confuso de modo
que não tenham tempo para a meditação devocional ou a oração, certamente
cometerão erros. — Manuscrito 6, 1879.

Farei de Deus o meu guia, assim como Josué

Ele atenderá à oração do desamparado, e não desprezará a
sua oração (Salmos 102:17).
Q
uando Josué viu a cidade de Jericó e suas fortificações, elevou o coração a
Deus numa prece, pois as aparências eram contra ele. [...] Se os olhos dele
tivessem sido abertos, teria visto a hoste celestial presente para derrubar
os muros de Jericó e colocar a cidade nas mãos do povo de Deus. Agora
com total confiança Josué pôde seguir as instruções e confiar ao Senhor o pró-
prio fardo, que era tão grande e desconcertante! — Manuscrito 134, 1899.
O Senhor tem um grande trabalho a ser feito em nosso mundo. Ele deu a
cada homem a própria tarefa. Entretanto o homem não deve fazer da humani-
dade um guia se não quiser se extraviar. Isso é sempre inseguro. [...] Qual foi a
vitória de Josué? Ele meditava na Palavra de Deus de dia e de noite. A Palavra
do Senhor veio a ele pouco antes de haver atravessado o Jordão. [...] Esse foi o
segredo da vitória dele. Josué fez de Deus o seu guia. [...]
Os que mantêm posição de conselheiros devem ser homens altruístas, ho-
mens de fé, homens de oração, homens que não ousem confiar na própria sabe-
doria humana, mas busquem intensamente a luz e o entendimento quanto à
melhor maneira de conduzir suas atividades. Josué, o comandante de Israel,
buscou nos livros de Moisés com diligência pela orientação dada por Deus —
Suas ordens, reprovações e restrições — a fim de não agir de modo imprudente.
— The SDA Bible Commentary [E. G. White Comments], vol. 2, p. 993.
Sua única esperança está na misericórdia de Deus, sua única defesa será a
oração. Como Josué pleiteou diante do Anjo, assim a igreja remanescente, com
coração quebrantado e fervorosa fé, pleiteará o perdão e livramento por meio
de Jesus, seu Advogado. — The Review and Herald, 8, 9, e 23 de janeiro de 1908.

Preciso suplicar como Ana

E votou um voto, dizendo: Senhor dos Exércitos! Se benigna-
mente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembra-
res, e da tua serva te não esqueceres, mas à tua serva deres um fi-
lho varão, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e sobre
a sua cabeça não passará navalha (1 Samuel 1:11).
E
lcana, levita do Monte Efraim, era homem de riqueza e influência, e um
dos que amavam e temiam ao Senhor. Sua esposa, Ana, era mulher de
piedade fervorosa. Meiga e humilde, seu caráter se destacava por um
grande ardor e fé elevada. A bênção que todo hebreu buscava com tanta
ansiedade não havia ainda chegado a esse bom casal; seu lar não se alegrava
com uma voz infantil. [...]
Ana fez um voto solene de que, caso seu pedido fosse satisfeito, dedicaria o
filho a Deus mesmo antes de nascer. Aproximando-se da porta do tabernáculo,
[...] “orou, e chorou abundantemente”. Contudo, mantinha comunhão com Deus
em silêncio, sem proferir nenhuma palavra. Naqueles tempos ruins, essas cenas
de adoração eram muito raras. [...] Eli, o sumo sacerdote, observando Ana, pen-
sou que estivesse dominada pelo vinho. [...] disse com severidade: “Até quando
estarás tu embriagada? Aparta de ti o teu vinho.” [...]
Ana respondeu brandamente: “Não, senhor meu, eu sou uma mulher atri-
bulada de espírito; [...] porém tenho derramado a minha alma perante o Senhor.
[...]”
O sumo sacerdote ficou profundamente comovido, pois era homem de Deus,
e em lugar de repreensão pronunciou uma bênção: “Vai em paz; e o Deus de Is-
rael te conceda a tua petição que Lhe pediste.”
A oração de Ana foi atendida; recebeu a dádiva que tão decididamente havia
suplicado. Olhando para o filho, chamou-o Samuel — “pedido a Deus”. — Patri-
arcas e profetas, p. 570.

Davi se preocupou com o futuro

Não me rejeites no tempo da velhice; não me desampares,
quando se for acabando a minha força (Salmos 71:9).
D
avi suplicou ao Senhor que não o abandonasse na velhice. E por que orou
assim? Ele viu que muitos dos idosos à sua volta eram infelizes porque a
idade ampliava os traços errados do caráter. Se eram por natureza ava-
rentos e cobiçosos, essas tendências pioravam mais ainda na idade
avançada. Se fossem ciumentos, irritantes e impacientes, ficavam especial-
mente piores nesse sentido na velhice. — The SDA Bible Commentary [E. G.
White Comments], vol. 3, p. 1148.
Davi se afligia ao ver que reis e nobres que pareciam ter o temor de Deus
enquanto estavam no vigor da juventude se tornavam desconfiados de seus me-
lhores amigos e parentes quando atingiam uma idade avançada. Temiam toda
hora que houvesse motivos egoístas nas manifestações de interesse dos amigos
para com eles. Eram sempre mais dispostos a ouvir as sugestões e conselhos
enganosos de estranhos contra aqueles em quem deviam confiar. [...] E alguns
eram de tal modo controlados pelos ciúmes e a cobiça que assassinavam os pró-
prios filhos.
Davi observava que, se bem que a vida de alguns tivesse sido justa enquanto
eram jovens, pareciam perder o autocontrole quando atingiam a velhice. Sata-
nás lhes acessava o espírito e os controlava, deixando-os inquietos e desconten-
tes. [...]
Davi ficou profundamente abalado e aflito ao pensar nos anos futuros
quando estivesse velho. Temia que Deus o deixasse exposto à desonra dos ini-
migos do Senhor, e que ele mesmo ficasse tão infeliz quanto outros idosos cuja
conduta havia observado. Com o coração aflito, orou fervorosamente: “Não me
rejeites no tempo da velhice; não me desampares, quando se for acabando a mi-
nha força” (Salmos 71:9). — Testemunhos seletos, vol. 1, pp. 172 e 173.

A força da prece de Salomão

Não passo de uma criança. [...] Dá, pois, ao Teu servo cora-
ção compreensivo para julgar a Teu povo (1 Reis 3:7 e 9).
A
linguagem usada por Salomão quando em oração a Deus diante do an-
tigo altar de Gibeão revela sua humildade e forte desejo de honrar a
Deus. Ele sentia que sem o divino auxílio para cumprir as responsabili-
dades que pendiam sobre si estaria tão ao desamparo como uma crian-
cinha. Sabia que lhe faltava discernimento, e foi o senso de sua grande necessi-
dade que o levou a buscar de Deus sabedoria. [...]
Os que hoje ocupam posições de responsabilidade devem procurar apren-
der a lição ensinada pela prece de Salomão. Quanto mais alto o cargo que um
homem ocupa, quanto maior a responsabilidade, mais ampla será a influência
que exerce e maior sua necessidade de dependência de Deus. Deve sempre se
lembrar que com o chamado para o trabalho vem o chamado para andar de
modo prudente perante os companheiros. — Profetas e reis, pp. 30 e 31.
Seria bom para nós estudarmos cuidadosamente a prece de Salomão e con-
siderar cada ponto em que dependia ele receber as ricas bênçãos que o Senhor
estava pronto a dar. [...]
Deus aprovou a prece de Salomão. E Ele hoje ouvirá e aprovará as orações
daqueles que com fé e humildade clamam a Ele por ajuda. Ele certamente res-
ponderá à oração fervorosa de alguém que quer ser preparado para o serviço.
Em resposta, dirá: “Eis-Me aqui. Que queres que Eu faça por ti? [...]”. Aquele que
guiou a mente de Salomão a orar daquela forma ensinará Seus servos hoje a
orar por aquilo de que precisam. — The SDA Bible Commentary [E. G. White
Comments], vol. 2, p. 1026.

Serei insistente como Ezequias

Grande é o Santo de Israel no meio de ti (Isaías 12:6).
N
um tempo de grave perigo nacional, quando as tropas da Assíria invadi-
ram as terras de Judá e parecia como se nada pudesse livrar Jerusalém
de total destruição, Ezequias reuniu as forças do seu reino para resistir
com inquebrantável coragem aos opressores pagãos e confiar no poder
de Jeová para livrar. [...]
A crise por tanto tempo aguardada finalmente chegou. As forças da Assíria,
avançando de vitória em vitória, apareceram na Judeia. Confiantes no sucesso,
os líderes dividiram as forças em dois exércitos, um dos quais devia enfrentar o
exército egípcio ao sul enquanto o outro devia sitiar Jerusalém. A única espe-
rança de Judá estava agora em Deus. [...]
Deus respondeu às orações de Seus servos. A Isaías foi dada a mensagem
para Ezequias: “Assim diz o Senhor: Não temas as palavras que ouviste, com as
quais os servos do rei da Assíria Me blasfemaram. Eis que meterei nele um es-
pírito, e ele ouvirá um arruído, e voltará para a sua terra; à espada o farei cair na
sua terra” (2 Reis 19:6 e 7). [...]
Quando o rei de Judá recebeu as cartas ofensivas [contra Deus e a nação],
levou-as ao templo e “as estendeu perante o Senhor” (2 Reis 19:14), e orou com
forte fé pelo auxílio do Céu para que as nações da Terra soubessem que o Deus
dos hebreus ainda vivia e reinava. A honra de Jeová estava em jogo; só Ele po-
deria trazer livramento. [...]
Nessa mesma noite veio o livramento. “Saiu o anjo do Senhor e feriu no ar-
raial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil deles” (2 Reis 19:35). — Profetas
e reis, pp. 180-185.

Josafá
Ah! Deus nosso, porventura, não os julgarás? Porque em nós
não há força perante esta grande multidão que vem contra nós,
e não sabemos nós o que faremos; porém os nossos olhos estão
postos em Ti (2 Crônicas 20:12).
J
osafá era um homem de coragem e valor. Durante anos vinha fortalecendo
seus exércitos e suas cidades fortificadas. Ele estava bem-preparado para en-
frentar praticamente qualquer inimigo, mas não confiou no braço da carne
nessa crise. [...]
Em pé no recinto do templo perante o povo, Josafá derramou a alma em ora-
ção pleiteando as promessas de Deus e confessando a fragilidade de Israel. [...]
Com confiança podia Josafá dizer ao Senhor: “Nossos olhos estão postos em
Ti.” Durante anos ele havia ensinado o povo a confiar nAquele que nos séculos
passados havia tantas vezes salvado Seus escolhidos de completa destruição, e
agora, quando o reino estava em perigo, Josafá não ficou sozinho. “Todo o Judá
estava em pé perante o Senhor, como também as suas crianças, as suas mulheres,
e os seus filhos” (2 Crônicas 20:13). Unidos jejuaram e oraram; unidos pleitea-
ram com o Senhor para que pusesse seus inimigos em confusão a fim de que o
nome de Jeová fosse glorificado. [...]
Deus foi a força de Judá nessa crise, e é Ele a força de Seu povo hoje. Não
devemos confiar em príncipes ou pôr o homem no lugar de Deus. Devemos lem-
brar que os seres humanos são falíveis e falhos, e que Aquele que tem todo o
poder é nossa forte torre de defesa. Em qualquer emergência devemos sentir
que a batalha é Sua. Seus recursos são ilimitados, e as aparentes impossibilida-
des farão que a vitória seja ainda maior. — Profetas e reis, pp. 198-200 e 202.

Ó Senhor, abre meus olhos também!

Orou Eliseu e disse: Senhor, peço-Te que lhe abras os olhos
para que veja. O Senhor abriu os olhos do moço, e ele viu que o
monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eli-
seu (2 Reis 6:17).
D
isposto a se livrar de uma vez por todas do profeta, o rei da Síria orde-
nou: “Vai, e vê onde ele está, para que envie, e mande trazê-lo”. O profeta
estava em Dotã, e ao saber disso o rei “enviou para lá cavalos, e carros, e
um grande exército, os quais vieram de noite, e cercaram a cidade. E o
moço do homem de Deus se levantou mui cedo, e saiu, e eis que um exército tinha
cercado a cidade com cavalos e carros”.
Aterrorizado, o servo de Eliseu procurou-o com a notícia: “Ai, meu senhor,
que faremos?”.
“Não temas”, foi a resposta do profeta, “porque mais são os que estão co-
nosco do que os que estão com eles” (2 Reis 6:16). E então, para que o próprio
servo pudesse ver isso, “orou Eliseu e disse: Senhor, peço-Te que lhe abras os
olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, viu; e eis que o monte
estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu” (2 Reis 6:17). Entre
o servo de Deus e a multidão dos inimigos armados estava um grupo circun-
dante de anjos celestiais. Eles tinham vindo com grande poder, não para des-
truir nem para exigir homenagem, mas para acampar em volta e servir aos de-
sajudados e fracos servos do Senhor.
Quando o povo de Deus estiver em apuros e aparentemente não houver es-
cape para eles, somente o Senhor deverá ser sua dependência. — Profetas e reis,
p. 257.

Mantendo a mesma dedicação de Esdras

Enquanto Esdras estava orando e confessando, chorando
prostrado diante do templo de Deus, uma grande multidão de is-
raelitas, homens, mulheres e crianças, reuniram-se em volta dele.
Eles também choravam amargamente (Esdras 10:1).
N
a hora do sacrifício da tarde, Esdras se levantou e uma vez mais rasgou
os vestidos e o próprio manto e se pôs de joelhos esvaziando a alma em
súplica ao Céu. Estendendo as mãos ao Senhor, exclamou: “Meu Deus!
Estou confuso e envergonhado, para levantar a Ti a minha face, meu Deus;
porque as nossas iniquidades se multiplicaram sobre a nossa cabeça, e a nossa
culpa tem crescido até aos céus.” [...]
Esse foi o início de uma maravilhosa reforma. Com infinita paciência e tato
e com uma cuidadosa consideração pelos direitos e o bem-estar de cada pessoa
envolvida, Esdras e seus companheiros se esforçaram para levar o arrependido
Israel ao caminho certo. Acima de tudo, ele era um mestre da Lei, e ao dar aten-
ção pessoal ao exame de cada caso, procurou impressionar o povo com a santi-
dade dessa Lei e as bênçãos a serem obtidas pela obediência.
Onde quer que Esdras trabalhasse surgia um reavivamento no estudo das
Sagradas Escrituras. Ele designou mestres para instruir o povo; exaltou e hon-
rou a Lei do Senhor. Incentivou o estudo dos livros dos profetas, e as passagens
que anunciavam a vinda do Messias trouxeram esperança e conforto a muitos
corações tristes e cansados.
Milhares de anos se passaram desde que Esdras “tinha preparado o seu co-
ração para buscar a Lei do Senhor e para a cumprir” (Esdras 7:10), mas esse in-
tervalo de tempo não diminuiu a influência de seu exemplo piedoso. Ao longo
dos séculos, o registro de sua vida consagrada inspirou a muitos com a determi-
nação de “buscar a Lei do Senhor para a cumprir”. — Profetas e reis, pp. 620-623.

Preciso da confiança e dedicação de Neemias

Quando ouvi essas coisas, sentei-me e chorei. Passei dias la-
mentando-me, jejuando e orando ao Deus dos céus (Neemias
1:4).
N
eemias e Artaxerxes se encontraram face a face. O primeiro era um
servo filho de uma raça oprimida, o segundo era rei do grande império
do mundo. Entretanto, infinitamente maior do que a diferença de posi-
ção era a distância moral que os separava. Neemias havia aceitado o
convite do Rei dos reis: “Que se apodere da Minha força e faça paz comigo: sim,
que faça paz comigo” (Isaías 27:5). A silenciosa oração que elevou ao Céu era a
mesma que vinha oferecendo por muitas semanas para que Deus respondesse
sua súplica. E agora, encontrando coragem no pensamento de que tinha um
Amigo onisciente e onipotente que operaria por ele, o homem de Deus revelou
ao rei o desejo de ser por algum tempo dispensado de seu cargo na corte para
receber autorização a fim de reconstruir os lugares destruídos de Jerusalém,
tornando-a mais uma vez uma cidade forte e protegida. Desse pedido depen-
diam resultados notáveis para a cidade e a nação judaica. “E”, disse Neemias, “o
rei as concedeu segundo a boa mão de Deus sobre mim” (Neemias 2:8). —
Southern Watchman, 8 de março de 1904.
Precisamos hoje de vários Neemias na igreja; não de homens apenas capa-
zes de pregar e orar, mas de homens cujas preces e sermões sejam dirigidos por
firme e sincero propósito. O procedimento seguido por esse patriota hebreu no
cumprimento de seus planos devia ser ainda adotado pelos pastores e dirigen-
tes. — Southern Watchman, 29 de março de 1904.

Aprendendo a enfrentar a morte, como Ester

Então, lhes disse Mordecai que respondessem a Ester: Não
imagines que, por estares na casa do rei, só tu escaparás entre to-
dos os judeus (Ester 4:13).
N
os tempos antigos, o Senhor operou de maneira maravilhosa através de
mulheres consagradas que se uniram à Sua obra ao lado de homens que
Ele havia escolhido para O representarem. Ele usou mulheres para al-
cançar grandes e decisivas vitórias. Em ocasiões de emergência, mais de
uma vez Ele as conduziu à vanguarda e operou por meio delas para a salvação
de muitas vidas. Por intermédio da rainha Ester, o Senhor efetuou um poderoso
livramento a favor de Seu povo. Numa ocasião em que parecia que nenhum po-
der os poderia salvar, Ester e as mulheres associadas a ela enfrentaram o pro-
blema por meio de jejum, oração e atitude imediata, trazendo salvação a seu
povo. — Special Testimonies, Série B, nº 15, pp. 1 e 2.
A crise que Ester enfrentou exigia ação fervorosa e imediata, mas tanto ela
quanto Mardoqueu sentiam que a menos que Deus operasse poderosamente
em seu favor, esses esforços seriam inúteis. Assim Ester tomou tempo para co-
munhão com Deus, a fonte de sua força. “Vá”, mandou ela dizer a Mardoqueu,
“reúna todos os judeus que vivem na cidade de Susã e façam jejum por mim. Não
comam nem bebam durante três dias e três noites. Eu e minhas servas também
faremos jejum. Depois disso vou me apresentar ao rei. Se for preciso morrer, mor-
rerei” (Ester 4:16, Versão Pastoral). — Profetas e reis, pp. 600 e 601.
Este momento crítico exige que toda casa e escola, todo pai, professor e cri-
ança sobre quem a luz do evangelho tem brilhado faça a pergunta dirigida à ra-
inha Ester naquela ocasião especial da história de Israel: “Quem sabe se você não
se tornou rainha exatamente para esta ocasião?” (Ester 4:14, Versão Pastoral).
— Educação, p. 263.

Quem busca a Deus recebe esperança

Cura-me, Senhor, e serei curado; salva-me, e serei salvo, pois
tu és aquele a quem eu louvo (Jeremias 17:14).
O
s exércitos de Nabucodonosor estavam prestes a atacar os muros de
Sião. Milhares estavam morrendo numa última e desesperada tentativa
de defender a cidade. Além disso, muitos outros milhares estavam mor-
rendo de fome e doenças. O destino de Jerusalém estava já selado. As tor-
res opressoras das forças inimigas estavam já passando pelos muros. [...]
A oração do profeta foi graciosamente respondida. “A Palavra do Senhor a
Jeremias” nessa hora de prova, quando a fé do mensageiro da verdade estava
sendo provada pelo fogo, foi: “Eu sou o Senhor, o Deus de toda a carne; seria qual-
quer coisa maravilhosa para Mim?” (Jeremias 32:26 e 27). [...]
Mais tarde, em resposta à oração de Seu servo, o Senhor declarou com res-
peito àqueles sobre quem Seus castigos estavam caindo:
“Vejam! Eu os reunirei de todos os países por onde os espalhei na Minha ira,
na Minha cólera e no Meu grande furor. Vou trazê-los de volta para este lugar, e
os farei morar tranquilos. Então eles serão o Meu povo e Eu serei o Deus deles.
Vou dar-lhes um só coração e um só modo de se comportar, para que Me temam
a vida inteira, para felicidade deles e dos filhos que vierem depois. Farei com
eles uma aliança eterna e nunca deixarei de fazer-lhes o bem. Colocarei no co-
ração deles o Meu temor para que não se afastem de Mim. O Meu prazer será
fazer que eles sejam felizes. Vou plantá-los de maneira estável nesta terra, com
todo o Meu coração e com toda a Minha alma” (Jeremias 32:37-41, Versão Pas-
toral). — Profetas e reis, p. 472.

Daniel
Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada,
entrou em sua casa (ora, havia no seu quarto janelas abertas da
banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e
orava, e dava graças, diante do seu Deus, como também antes
costumava fazer (Daniel 6:10).
E
mbora Daniel trabalhasse há muito tempo na obra de Deus, e existisse a
declaração celestial de que era “mui amado”, agora ele se apresentava pe-
rante Deus como um pecador expondo com ardor a grande necessidade
do povo que amava. Sua oração era eloquente em sua simplicidade e in-
tensamente fervorosa. Leia a súplica dele:
“Agora, Deus nosso, ouve a oração e as súplicas do Teu servo e, por causa da
Tua honra, faze brilhar a Tua face sobre o teu templo destruído. Meu Deus, in-
clina Teu ouvido e escuta-me; abre os olhos e vê a desolação e olha para a cidade
sobre a qual foi invocado o Teu nome, porque não é confiando em nossa justiça
que Te pedimos misericórdia, mas sim na Tua imensa compaixão.
“Ouve, Senhor! Perdoa, Senhor! Atende, Senhor! E começa a agir sem de-
mora, por causa da Tua honra, meu Deus, pois o Teu nome foi invocado sobre
esta cidade e sobre o teu povo” (Daniel 9:4-9, 16-19, Versão Pastoral).
O Céu se curvou para ouvir a fervente súplica do profeta. — Profetas e reis,
p. 555.
Orem como o fez Daniel — três vezes por dia a sós com Deus. Confessem
todos os pecados que cometeram, todos os erros que praticaram. [...] Diz Deus:
“Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para ser-
des curados” (Tiago 5:16). Dessa maneira vocês construirão barreiras entre si
mesmos e o pecado. Andarão em harmonia com Deus. Ele mesmo Se compro-
meteu a ouvir e a atender suas sinceras orações. Ele garante que lhes perdoará
e os aceitará. Já pensaram no poder que vocês terão com essa certeza? O Senhor
está perto de todos os que O invocam — perto para responder e abençoar. —
Carta 134, 1901.

Preciso da experiência de Jonas

E orou Jonas ao Senhor, seu Deus, das entranhas do peixe. E
disse: Na minha angústia clamei ao Senhor, E Ele me respondeu;
Do ventre do inferno gritei, E Tu ouviste a minha voz (Jonas 1:1 e 2).
P
or fim, Jonas aprendeu que “a salvação vem do Senhor” (Salmos 3:8). Com
penitência e o reconhecimento da graça salvadora de Deus, veio o livra-
mento. Deus libertou Jonas dos perigos do profundo abismo e o soltou
sobre a terra seca. — Profetas e reis, p. 269.
Confuso, humilhado e incapaz de compreender o propósito de Deus em pou-
par Nínive, apesar disso Jonas havia cumprido a missão de advertir a grande
cidade; e embora o acontecimento predito não tivesse se concretizado, a men-
sagem de advertência não vinha de ninguém menos que de Deus. E ela cumpriu
o propósito para o qual Deus a havia mandado. A glória de Sua graça se revelou
entre os pagãos. Os que há muito tempo estavam sentados em “trevas e sombra
da morte, presos em aflição e em ferro”, “clamaram ao Senhor na sua angústia, e
Ele os livrou das suas necessidades. Tirou-os das trevas e sombra da morte, e que-
brou as suas prisões. [...] Enviou a Sua Palavra, e os sarou, e os livrou da sua des-
truição” (Salmos 107:10, 13, 14 e 20).
A lição é para os mensageiros de Deus hoje, quando as cidades das nações
se encontram tão verdadeiramente em necessidade do conhecimento dos atri-
butos e propósitos do verdadeiro Deus quanto os ninivitas do passado. — Pro-
fetas e reis, pp. 273 e 274.

Senhor, cura minha incredulidade!

Mas o anjo lhe disse: Zacarias, não temas, porque a tua ora-
ção foi ouvida (Lucas 1:13).
D
entre os fiéis de Israel, que há muito tempo esperavam a vinda do Mes-
sias, surgiu o precursor de Cristo. O idoso sacerdote Zacarias e sua es-
posa Isabel eram “ambos justos perante Deus” (Lucas 1:6) e em sua vida
tranquila e santa brilhava a luz da fé como uma estrela entre a escuridão
daqueles dias maus. [...]
Zacarias habitava nas “montanhas da Judeia”, mas subiu a Jerusalém para
servir por uma semana no templo, que era algo exigido dos sacerdotes duas ve-
zes ao ano. [...]
Enquanto estava diante do altar de ouro, no lugar santo, [...] de repente per-
cebeu a presença divina. [...] Ele vinha orando há anos pela vinda do Redentor,
e agora que o Céu enviou um mensageiro para anunciar que essas orações se-
riam em breve atendidas, a misericórdia de Deus lhe parecia grande demais
para crer. [...]
Zacarias expressou dúvidas sobre as palavras do anjo. Por isso não deveria
falar outra vez até que elas se cumprissem. “Todavia”, disse o anjo, “ficarás mudo
[...] até o dia em que estas coisas se cumprirem, porque não creste nas minhas pa-
lavras, que a seu tempo se hão de cumprir”. [...]
Logo após o nascimento do filho prometido, a língua do pai se soltou, “e fa-
lava louvando a Deus. E veio temor sobre todos os seus vizinhos, e em todas as
montanhas da Judeia foram divulgadas todas essas coisas. E todos os que as ou-
viam as conservavam em seu coração, dizendo: Quem será, pois, este menino?”
Tudo isso tendia a chamar a atenção de todos para a vinda do Messias, para a
qual João [Batista] deveria preparar o caminho. — O Desejado de Todas as Na-
ções, pp. 97-99.

Quero ser libertado como Pedro

Pedro, então, ficou detido na prisão, mas a igreja orava inten-
samente a Deus por ele (Atos 12:5).
a última noite antes da execução [de Pedro]. Um poderoso anjo é enviado
É do Céu para libertá-lo. Os fortes portões que trancavam o santo de Deus se

abrem sem o auxílio de mãos humanas. O anjo do Altíssimo passa e as por-
tas se fecham silenciosamente atrás dele. Ele entra na cela, e ali se encontra
Pedro, dormindo o sono tranquilo da confiança perfeita.
A luz que envolve o anjo enche a cela, mas não acorda o apóstolo. Só quando
ele sente o toque da mão do anjo [...] é que acorda o suficiente para ver a cela
iluminada pela luz celeste, assim como um anjo de grande glória em pé diante
dele. Automaticamente obedece à ordem, e como ergueu as mãos ao se levantar,
torna-se meio consciente de que as algemas lhe caíram dos pulsos. [...]
O apóstolo se dirigiu imediatamente à casa onde seus irmãos estavam reu-
nidos e engajados em fervorosa oração por ele. “Enquanto Pedro batia na porta
do portão, uma menina chamada Rode veio atender. E quando ela conheceu a
voz de Pedro, não abriu o portão por causa do júbilo, mas entrou correndo e
contou que Pedro estava diante do portão. E eles disseram a ela: Tu estás louca.
Mas ela afirmava sem parar que era assim mesmo. Então disseram: É o seu anjo.
Mas Pedro continuou a bater, e ao abrirem a porta e o virem, ficaram admirados.
Mas ele, acenando-lhes com a mão para que se calassem, contou-lhes como o
Senhor o havia tirado da prisão”. E Pedro “partiu e foi para outro lugar”. Alegria
e louvor encheram o coração dos crentes porque Deus tinha ouvido e atendido
suas orações e libertado Pedro das mãos de Herodes. — Atos dos apóstolos, pp.
147-149.

Meu perfeito modelo na oração

O Senhor Jeová me deu uma língua erudita, para que eu
saiba dizer, a seu tempo, uma boa palavra ao que está cansado.
Ele desperta-me todas as manhãs, desperta-me o ouvido para
que ouça como aqueles que aprendem (Isaías 50:4).
M
editando sobre a vida de Cristo e o caráter de Sua missão, raios de luz
brilharão mais claramente a cada tentativa de descobrir a verdade.
Cada novo estudo revelará algum ponto de interesse mais profundo
do que os anteriores. O assunto é inesgotável. O estudo da encarnação
de Cristo, de Seu sacrifício propiciatório e de Sua mediação ocuparão o espírito
do estudante dedicado enquanto o tempo durar, e contemplando o Céu com
seus inumeráveis anos, dirá: “Grande é o mistério da piedade” (1 Timóteo 3:16).
Cristo recebia constantemente do Pai para que pudesse nos comunicar. “A
palavra que ouvistes”, disse Ele, “não é Minha, mas do Pai que Me enviou” (João
14:24). “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir” (Mateus
20:28). Vivia, meditava e orava não para Si mesmo, mas para os outros. Depois
de passar horas com Deus, apresentava-Se manhã após manhã para comunicar
aos homens a luz do Céu. Cada dia recebia novo batismo do Espírito Santo. Nas
primeiras horas do novo dia o Senhor O despertava de Seu repouso, e Sua alma
e lábios eram ungidos com graça para que a pudesse transmitir a outros. Ele
recebia as palavras diretamente das cortes celestes, palavras que pudesse
transmitir oportunamente aos cansados e oprimidos. — Parábolas de Jesus, pp.
134 e 139.

A importância do suprimento diário de graça

De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus levan-
tou-se, saiu de casa e foi para um lugar deserto, onde ficou
orando (Marcos 1:35).
N
enhuma outra vida já foi tão sobrecarregada com trabalho e responsa-
bilidade quanto a de Jesus; entretanto, com que frequência orava!
Quanto era constante Sua comunhão com o Pai! [...] Como uma pessoa
identificada conosco, participante de nossas necessidades e fraquezas,
dependia inteiramente de Deus, e no lugar oculto de oração buscava força di-
vina a fim de poder sair fortalecido para o dever e a prova. Jesus suportou lutas
e torturas de alma num mundo de pecado. Em comunhão com Deus podia ali-
viar as dores que O esmagavam. Ali encontrava conforto e alegria.
Em Cristo, o grito da raça humana chegava até o Pai de infinita piedade.
Como homem, suplicava ao trono de Deus até que Sua humanidade fosse de tal
modo saturada com a corrente celestial ao ponto de estabelecer ligação entre a
humanidade e a divindade. [...]
Em todos quantos se acham sob a direção de Deus deve-se ver uma vida que
não se harmonize com o mundo, seus costumes ou práticas; e todos têm de ter
experiência pessoal em obter conhecimento da vontade divina. Precisamos ou-
vir individualmente Sua voz a nos falar ao coração. [...] Somente assim se pode
encontrar o verdadeiro descanso. E essa é a preparação eficaz para todo traba-
lho que se realiza para Deus. Por entre a multidão apressada e a tensão das fe-
bris atividades da vida, a alma que assim se refrigera será circundada por uma
atmosfera de luz e paz. A vida compartilhará fragrância e há de revelar um di-
vino poder que atinge o coração dos homens. — O Desejado de Todas as Nações,
pp. 362 e 363.

Senhor, ensina-me a orar

E ele lhes disse: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o
teu nome; venha o teu Reino (Lucas 11:2).
N
osso Salvador ofereceu a oração do Senhor duas vezes, primeiro à mul-
tidão no Sermão da Montanha, e outra vez, meses mais tarde, apenas
aos discípulos. Por um breve período ficaram ausentes de seu Senhor
quando, ao voltarem, O encontraram absorvido pela comunhão com
Deus. Como se não os tivesse notado, continuou a orar em voz alta. Um brilho
celeste emanava da face do Salvador. Parecia estar de fato diante da presença
do Invisível. E havia um vivo poder em Suas palavras — o poder de alguém que
fala com Deus.
O coração dos discípulos foi profundamente abalado enquanto escutavam.
Já haviam notado que Jesus passava longas horas sozinho em comunhão com o
Pai. Passava os dias servindo às multidões que se aglomeravam ao redor dEle e
desmascarando os traiçoeiros enganos dos rabinos, e essa incessante atividade
O deixava muitas vezes tão esgotado que Sua mãe e irmãos, e até mesmo os dis-
cípulos, temiam que perdesse a vida. Porém, ao retornar das horas de oração
que encerravam o cansativo dia, percebiam a expressão de paz na fisionomia
dEle, a sensação de refrigério que parecia emanar de Sua presença. Era de horas
passadas com Deus que Ele saía toda manhã para levar aos homens a luz do Céu.
Os discípulos haviam chegado a ligar essas horas de oração com o poder de Suas
palavras e obras. Agora, enquanto ouviam as súplicas dEle, sentiam o coração
se enchendo de respeito e humildade. Quando acabou de orar, foi com certa
convicção da profunda necessidade própria que suplicaram: “Senhor, ensina-
nos a orar” (Lucas 11:1). — O maior discurso de Cristo, p. 103.

Preciso vigiar e orar com Jesus

Então, chegou Jesus com eles a um lugar chamado Ge-
tsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou
além orar (Mateus 26:36).
P
erto da entrada do jardim, Jesus deixou todos os discípulos, exceto três,
ordenando-lhes que orassem por si mesmos e por Ele. Com Pedro, Tiago
e João entrou nos recessos isolados do horto. Esses três discípulos eram
os companheiros mais próximos de Cristo. Eles Lhe viram a glória no
monte da transfiguração; tinham visto também Moisés e Elias conversando com
Ele; ouviram a voz do Céu; agora, em Sua grande luta, Cristo desejava a presença
deles perto de Si. Muitas vezes passaram a noite com Ele nesse retiro. [...] Mas
agora desejava que passassem a noite orando com Ele. [...]
Afastou-Se um pouco deles — não tanto que não O pudessem ver e ouvir —
e caiu prostrado ao solo. Sentia que o pecado O estava separando do Pai. O
abismo era tão imenso, negro e profundo que Sua alma estremeceu diante dele.
Mas não deve exercer Seu poder divino para escapar a essa agonia. Como ho-
mem, deve sofrer as consequências do pecado humano. Como homem, deve su-
portar a ira de Deus contra a transgressão. [...]
Aquele que sempre tinha palavras de simpatia [para os discípulos] estava
agora mergulhado numa agonia sobre-humana e desejava ver que eles também
estavam orando por Ele e por si mesmos. [...]
Levantando-se com doloroso esforço, cambaleou até o lugar onde havia dei-
xado Seus companheiros. Mas Ele “os achou dormindo”. Se Ele os tivesse encon-
trado orando, teria se sentido aliviado. Se eles tivessem buscado refúgio em
Deus para que os instrumentos satânicos não os dominassem, Ele teria sido
consolado pela inabalável fé deles. Contudo, não deram atenção à repetida ad-
vertência: “Vigiai e orai” (Mateus 26:41). — O Desejado de Todas as Nações, pp.
485 e 486.

Jesus no Getsêmani
Então, lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até à
morte; ficai aqui e vigiai comigo (Mateus 26:38).
A
princípio, [os discípulos] ficaram muito preocupados ao ver o Mestre, ge-
ralmente tão calmo e contido, lutando com uma tristeza que estava além
da compreensão. Tinham orado enquanto ouviam os fortes clamores do
Sofredor. Não pretendiam abandonar seu Senhor, mas pareciam parali-
sados por uma sonolência da qual poderiam ter se livrado se continuassem su-
plicando a Deus. Não compreendiam a necessidade de vigilância e fervorosa
prece para resistir à tentação. [...]
Mas os discípulos confiavam em si mesmos. Não contemplaram o poderoso
Consolador como Cristo os havia aconselhado a fazer. Assim, quando o Salvador
mais precisava de sua empatia e orações, os encontrou adormecidos. Até Pedro
estava dormindo. [...]
O Redentor passou noites inteiras orando por Seus discípulos para que sua
fé não desfalecesse. [...]
Os discípulos acordaram com a voz de Jesus, mas mal O reconheceram por
causa da angústia que Lhe tomava o rosto. Dirigindo-Se a Pedro, Jesus disse: “Si-
mão, dormes? Não podeis velar comigo uma hora? Vigiai e orai para que não en-
treis em tentação. O espírito realmente está pronto, mas a carne é fraca”. A fra-
queza dos discípulos despertou a simpatia de Jesus, pois temia que eles não fos-
sem capazes de suportar a prova que os atingiria quando Ele mesmo fosse tra-
ído e morto. Não os repreendeu, mas disse: “Vigiai e orai para que não entreis
em tentação”. Mesmo em Sua grande agonia, estava procurando desculpar a fra-
queza deles. “O espírito realmente está pronto”, disse Ele, “mas a carne é fraca”.
(Marcos 14:37 e 38). — O Desejado de Todas as Nações, p. 689.

Preciso contemplar a agonia de Cristo por mim

Indo um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto em
terra e orou (Mateus 26:39)
N
ovamente o Filho de Deus foi tomado por uma agonia sobre-humana, e
desmaiado e exausto cambaleou de volta ao lugar da luta anterior. Seu
sofrimento foi ainda pior do que antes. Quando a agonia da alma O pre-
encheu, “Seu suor era como grandes gotas de sangue caindo ao chão”. Os
ciprestes e as palmeiras foram as únicas testemunhas silenciosas de Sua angús-
tia. Dos galhos frondosos caía pesado orvalho sobre Sua silhueta ferida, como se
a natureza chorasse sobre seu Autor, que lutava sozinho contra os poderes das
trevas.
Pouco tempo antes, Jesus havia permanecido como um poderoso cedro, re-
sistindo à tempestade de oposição que se abateu furiosamente sobre Ele. Von-
tades decididas e corações cheios de malícia e sutileza haviam se esforçado em
vão para confundi-lO e dominá-lO. Ele Se destacava em majestade divina como
o Filho de Deus. Mas agora era como uma cana açoitada e vergada pela tempes-
tade furiosa. Ele havia Se aproximado da conclusão de Sua obra como um con-
quistador, tendo obtido a cada passo a vitória sobre os poderes das trevas.
Como alguém já glorificado, havia assumido unidade com Deus. Em acentos ina-
baláveis derramou canções de louvor. Havia falado aos discípulos com palavras
de coragem e ternura. Agora era o momento do poder das trevas. Agora Sua voz
se erguia no ar parado da noite, e não em tom de triunfo, mas cheia de angústia
humana. Os discípulos sonolentos ouviram as palavras do Salvador: “Ó Meu Pai,
se este cálice não pode passar de mim sem que eu o beba, seja feita a Tua vontade”
(Mateus 26:42). — O Desejado de Todas as Nações, pp. 689 e 690.

Ah, a comunhão íntima com Jesus...

Assim como Tu Me enviaste ao mundo, também Eu os enviei
ao mundo. E por eles Me santifico a Mim mesmo, para que tam-
bém eles sejam santificados na verdade (João 17:18 e 19).
C
risto declarou que Se santificou a Si mesmo para que nós pudéssemos ser
santificados. Tomou sobre Si nossa natureza e Se tornou um modelo im-
pecável para os homens. Não cometeu nenhum engano para que nós tam-
bém nos tornássemos vitoriosos a fim de, como vencedores, entrarmos
em Seu reino. [...] Aquela oração foi em nosso favor; cremos no testemunho dos
discípulos de Cristo. Ele orou para que Seus discípulos fossem um como Ele e o
Pai eram um, e essa união entre os crentes deve ser como testemunho ao
mundo de que Ele nos enviou e para que demonstremos a evidência de Sua
graça.
Devemos ser conduzidos a uma comunhão sagrada com o Redentor do
mundo. Temos que ser um com Cristo assim como Ele e o Pai são um. Que ma-
ravilhosa mudança experimenta o povo do Senhor ao entrar em comunhão com
o Filho de Deus! Temos que ter nosso gosto, nossas inclinações, ambições e pai-
xões, tudo isso sob controle e em harmonia com a mente e o espírito de Cristo.
Essa é a própria obra que o Senhor deseja que façamos em benefício dos que
creem nEle. Nossa vida e a atitude que assumirmos devem ter um poder trans-
formador no mundo.
A graça de Cristo deve realizar uma maravilhosa transformação na vida e no
caráter daquele que a recebe, e se formos verdadeiramente discípulos de Cristo,
o mundo verá que o poder divino fez alguma coisa por nós, pois embora esteja-
mos no mundo, não somos daqui. — The Review and Herald, 2 de julho de 1889.

1º de outubro A casa de oração
Aceitarei a obra de Deus

Deus, do meio da sarça, o chamou e disse: Moisés, Moisés! Ele
respondeu: Eis-me aqui! Deus continuou: Não te chegues para cá;
tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa
(Êxodo 3:4 e 5).
A
hora da libertação de Israel havia chegado. [...] Liderando seus rebanhos
um dia perto de Horebe, “o monte de Deus”, Moisés viu um arbusto em
chamas, [...] mas parecia não se consumir. [...] Uma voz vinda da chama o
chamou pelo nome. Com os lábios trêmulos, respondeu: “Eis-me aqui”.
Foi advertido a não se aproximar irreverentemente: “Tira os sapatos de teus pés;
porque o lugar em que estás é terra santa.” [...]
Enquanto Moisés esperava em reverente temor diante de Deus, as palavras
continuaram: “Certamente vi a aflição do Meu povo que está no Egito. [...] En-
viar-te-ei a Faraó, para que faças sair do Egito o Meu povo, os filhos de Israel”.
Moisés viu diante de si dificuldades que pareciam insuperáveis. [...]
A ordem divina dada a Moisés o achou desconfiado de si mesmo, lento de
falar e tímido. Ele ficou impressionado com a sensação da própria incapacidade
de ser um porta-voz de Deus para Israel. Mas tendo uma vez aceitado a obra,
entrou nela de todo o coração, colocando toda a confiança no Senhor. A gran-
deza de sua missão exigiu as melhores faculdades de sua mente. Deus abençoou
sua pronta obediência e ele se tornou eloquente, esperançoso, seguro de si e
bem apto para a maior obra já confiada a homens. Esse é um exemplo do que
Deus faz para fortalecer o caráter daqueles que confiam nEle plenamente e se
entregam sem reservas aos Seus mandamentos. — Patriarcas e profetas, pp.
251-255.

A casa de oração 2 de outubro
Senhor, ajuda-me a ser mais reverente!

Deus é sobremodo tremendo na assembleia dos santos e te-
mível sobre todos os que O rodeiam (Salmos 89:7).
O
utra preciosa graça que deve ser cuidadosamente cultivada é a reverên-
cia. A verdadeira reverência para com Deus é inspirada por uma percep-
ção da infinita grandeza divina e pela consciência de Sua presença. Esse
senso do Invisível deve impressionar profundamente o coração de toda
criança. É preciso ensiná-la a considerar como sagrados a hora e o ambiente das
orações e cerimônias do culto público porque Deus está ali. E ao manifestar-se
reverência na atitude e no porte, o sentimento que a inspira se aprofunda.
Bom seria aos jovens e adultos estudar, ponderar e muitas vezes repetir
aquelas palavras das Santas Escrituras que mostram como o lugar marcado
pela presença especial de Deus deve ser visto. [...]
Jacó, depois de contemplar a visão dos anjos, exclamou: “Na verdade o Se-
nhor está neste lugar, e eu não o sabia” (Gênesis 28:16). — Educação, pp. 242 e
243.
Alguns consideram ser sinal de humildade orar a Deus de maneira comum,
como se estivessem falando com um ser humano. Eles profanam Seu nome mis-
turando desnecessária e irreverentemente em suas orações as palavras “Deus,
Todo-Poderoso”. Elas são palavras tremendas e sagradas, que nunca deveriam
passar pelos lábios exceto em tom submisso e com sentimento de respeito. [...]
Nossas orações devem estar cheias de ternura e amor. Ao nos afligirmos em
busca de uma compreensão mais profunda e ampla do amor do Salvador, cla-
maremos a Deus por mais sabedoria. Se em algum tempo já houve necessidade
de orações e sermões que comovessem a alma, o momento é agora. O fim de
todas as coisas está às portas. Oh! se pudéssemos, como devemos, ver a neces-
sidade de buscar ao Senhor de todo o coração, então O haveríamos de achar. —
Obreiros evangélicos, pp. 176 e 177.

3 de outubro A casa de oração
Aumentando a reverência
Guardareis os meus sábados e reverenciareis o meu santuário.
Eu sou o Senhor (Levítico 19:30).
A
reverência é muito necessária na juventude desta época. Fico alarmada
ao ver crianças e jovens, filhos de pais religiosos, tão descuidados com a
ordem e respeito que devem ser mantidos na casa de Deus. Enquanto os
servos de Deus apresentam as palavras de vida ao povo, alguns estão
lendo, outros cochichando e rindo. Seus olhos estão pecando ao desviar a aten-
ção daqueles ao seu redor. Esse hábito, se não for controlado, crescerá e influ-
enciará os outros.
As crianças e os jovens nunca devem sentir que é motivo de orgulho ser in-
diferente e descuidado nas reuniões em que Deus é adorado. Deus vê todo pen-
samento ou ação irreverente, o qual é registrado nos livros do Céu. [...]
Não tenham tão pouca reverência pela casa e pela adoração a Deus a ponto
de conversarem uns com os outros durante o sermão. Se aqueles que cometem
essa falta pudessem ver os anjos de Deus olhando para eles e anotando seus
atos, ficariam tomados por vergonha e aversão a si mesmos. Deus quer ouvintes
atentos. Foi enquanto os homens dormiam que o inimigo semeou joio.
Nada que seja sagrado, nada que pertença ao culto de Deus deve ser tratado
com descuido e indiferença. Quando se profere a Palavra da vida, você deve se
lembrar de que está ouvindo a voz de Deus por Seu servo escolhido. Não perca
essas palavras por falta de atenção; se forem atendidas, talvez impeçam que
seus pés se desviem por caminhos errados. — Mensagens aos jovens, p. 266.

O Senhor está no Seu santo templo

Acordado, pois, Jacó do seu sono, disse: Na verdade o Se-
nhor está neste lugar, e eu não o sabia (Gênesis 28:16).
A
verdadeira reverência a Deus se origina no senso de Sua infinita gran-
deza e na noção de Sua presença. Essa percepção do Invisível deve im-
pressionar profundamente cada coração. O momento e o lugar de oração
são sagrados porque Deus está ali. E ao ser a reverência manifestada em
atitude e comportamento, o sentimento que a inspira se aprofundará. “Santo e
tremendo é o Seu nome” (Salmos 111:9), declara o salmista. Os anjos cobrem o
rosto quando pronunciam esse nome. Com que reverência então, nós que so-
mos pecadores e caídos, não devemos tomá-lo em nossos lábios!
Bem fariam idosos e jovens em ponderar as palavras das Escrituras que
mostram como deve ser considerado o lugar marcado pela especial presença de
Deus. “Tira os teus sapatos”, ordenou Ele a Moisés junto à sarça ardente, “porque
o lugar em que tu estás é terra santa” (Êxodo 3:5). — Profetas e reis, pp. 48 e 49.
Deus é altíssimo e santo; e, para a humilde alma crente, Sua casa na Terra, o
lugar em que Seu povo se reúne para adorá-lO, é a porta do Céu. O cântico de
louvor, as palavras proferidas pelos ministros de Cristo, são instrumentos de-
signados por Deus para preparar um povo para a igreja de cima, para aquele
mais elevado culto de adoração em que nada do que é impuro ou não santifi-
cado poderá ter parte. — Educação, p. 242.

Como devo considerar o ambiente de oração?

Mas o Senhor está no Seu santo templo; cale-se diante dEle
toda a Terra (Habacuque 2:20).
P
ara a alma crente e humilde, a casa de Deus na Terra é como que a porta
do Céu. Os hinos de louvor, a oração, a palavra transmitida pelos embai-
xadores do Senhor, são os meios que Deus proveu para preparar um
povo para a assembleia lá do alto, para aquela reunião sublime à qual
coisa nenhuma que contamine poderá ser admitida. [...]
Houve uma grande mudança, mas não para melhor, nos hábitos e costumes
do povo com relação ao culto religioso. Os itens sagrados e preciosos, destina-
dos a prender-nos a Deus, estão quase perdendo a influência sobre nosso espí-
rito e coração, sendo rebaixados ao nível do que é comum. [...]
A casa é o santuário da família, e o quarto ou a floresta o lugar mais íntimo
para o culto individual, mas a igreja é o santuário da congregação. Devem existir
aí regulamentos quanto ao tempo, lugar e maneira do culto. Nada do que é sa-
grado, nada do que está ligado ao culto divino deve ser tratado com negligência
ou indiferença. Para que os homens possam verdadeiramente glorificar a Deus,
importa que em sua associação de ideias façam distinção entre o que é sagrado
e o que é profano. Os que têm ideias amplas, nobres pensamentos e aspirações,
são os que têm vínculos que fortalecem todos os pensamentos sobre as coisas
divinas. Felizes os que possuem um santuário, luxuoso ou simples, seja no meio
de uma cidade ou entre as cavernas das montanhas, no humilde quarto particu-
lar ou nalgum deserto. Se for esse o melhor lugar que podem destinar a esse fim,
Deus o santificará pela Sua presença e será considerado santidade ao Senhor
dos exércitos. — Testemunhos seletos, vol. 2, p. 194.

Preparando a mente antes do culto

Torna-te, pessoalmente, padrão de boas obras. No ensino,
mostra integridade, reverência (Tito 2:7).
E
nsinem os filhos a honrá-los porque a Lei de Deus exige deles esse dever.
Se vocês permitirem aos filhos considerar levianamente a vontade de vo-
cês e deixarem de dar atenção às leis da casa, vocês aprovarão o pecado
e permitirão ao diabo trabalhar do modo que ele quer. E eles levarão a
mesma desobediência, falta de reverência e amor-próprio para a vida religiosa
e a igreja. E os livros do Céu atribuem o começo de todo esse mal à negligência
dos pais. — The Review and Herald, 14 de abril de 1885.
Se faltam alguns minutos para o começo do culto, os crentes devem se en-
tregar à devoção e meditação silenciosa, elevando a alma numa prece ao Senhor
para que o culto se torne para eles uma bênção especial, operando a convicção
e conversão em outras almas. Devem lembrar-se de que mensageiros do Céu
estão presentes ali. É comum perdermos muito da suave comunhão com Deus
pela nossa falta de quietude e por não nos entregarmos à reflexão e prece. O
estado espiritual da alma necessita muitas vezes ser investigado, e o espírito e
o coração serem elevados para o Sol da Justiça. Se ao entrarem na casa de oração
os crentes o fizessem com a devida reverência, lembrando-se de que se acham
ali na presença do Senhor, seu silêncio resultaria num testemunho eloquente.
Os cochichos, risos e conversas, que seriam permitidos em qualquer outro lu-
gar, não devem ser admitidos na casa em que Deus é adorado. A mente deve
estar preparada para ouvir a Palavra de Deus a fim de que esta possa exercer a
devida influência e impressionar adequadamente a alma. — Testemunhos sele-
tos, vol. 2, p. 195.

A santidade do nome de Deus

Por isso, recebendo nós um reino inabalável, retenhamos a
graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reve-
rência e santo temor (Hebreus 12:28).
preciso demonstrar reverência pelo nome de Deus. Jamais esse nome deve
É ser proferido levianamente, precipitadamente. Mesmo na prece, sua repe-

tição frequente e desnecessária deve ser evitada. “Santo e tremendo é o Seu
nome” (Salmos 111:9). Quando pronunciam esse nome, os anjos cobrem o
rosto. Com que reverência então devemos nós, que somos decaídos e pecado-
res, tomá-lo nos lábios! — Educação, p. 243.
Jamais as Escrituras devem ser citadas numa piada ou para reforçar algo en-
graçado. “Toda a Palavra de Deus é pura” (Provérbios 30:5), “como prata refi-
nada em forno de barro e purificada sete vezes” (Salmos 12:6). — Educação, pp.
243 e 244.
Deve-se ensinar às crianças a respeitar cada palavra que procede da boca de
Deus. Os pais sempre devem engrandecer os preceitos da Lei do Senhor diante
dos filhos, mostrando obediência a essa Lei ao viverem eles mesmos sob o do-
mínio de Deus. Que os pais se entreguem ao senso da santidade da Lei, e isso
certamente transformará o caráter, convertendo a alma. — The Review and He-
rald, 10 de maio de 1898.
Cristãos professos tomam parte em festividades e cenas de divertimentos
que degradam a religião de Jesus Cristo. É impossível que essas pessoas que
usufruem das numerosas reuniões sociais e festivas da igreja somente por pra-
zer tenham um amor ardente e sagrada reverência por Jesus. As palavras de
alerta e instruções divinas não têm nenhuma repercussão na sua mente. Se
Cristo entrasse na reunião daqueles que estão envolvidos em brincadeiras e di-
vertimentos inúteis, será que a solene melodia de Sua voz se ouviria em bênção
dizendo: “Paz seja nesta casa”? Como o Salvador do mundo desfrutaria dessas
cenas de alegria e loucura? — No deserto da tentação, pp. 78 e 79.

O perigo da irreverência no culto

Ouvi-o, e o meu íntimo se comoveu, à sua voz, tremeram os
meus lábios; entrou a podridão nos meus ossos, e os joelhos me va-
cilaram, pois, em silêncio, devo esperar o dia da angústia, que virá
contra o povo que nos acomete (Habacuque 3:16).
O
pastor deve entrar na casa de oração com uma compostura digna e so-
lene. Ao chegar ao púlpito, deve se inclinar em silenciosa oração e pedir
fervorosamente a assistência de Deus. Que impressão isso causa! A sole-
nidade se apoderará de toda congregação. O pastor dela está ali se co-
municando com Deus, encomendando-se a Ele antes de ousar apresentar-se di-
ante dela. Uma profunda solenidade invade tudo e a todos, e isso atrai os anjos
de Deus para bem perto. De cabeça inclinada, cada um dos congregados deve se
unir ao pregador em silenciosa oração e suplicar a Deus que abençoe a reunião
com a presença divina imprimindo virtude à palavra compartilhada por lábios
humanos. [...]
Quando a Palavra é exposta vocês devem se lembrar, irmãos, de que é a voz
de Deus que está falando com vocês por meio de Seu servo. Ouçam com atenção.
Não cochilem nessa hora, porque assim fazendo é possível que nesse momento
vocês deixem de ouvir exatamente as palavras que mais precisem ouvir — pa-
lavras que, se atendidas os livrariam de andar por algum caminho errado. [...]
Às vezes é uma criança que desvia de tal modo a atenção dos ouvintes que a
semente preciosa não cai em terreno fértil para produzir fruto. Outras vezes são
os rapazes e moças que demonstram tão pouco respeito pela casa de Deus que
se entretêm a conversar durante a pregação. Se eles pudessem perceber os an-
jos que os estão observando e anotando o seu procedimento, ficariam verme-
lhos de vergonha e odiariam a si mesmos. Deus quer ouvintes atentos. Foi en-
quanto os homens dormiam que Satanás aproveitou para semear o joio. — Tes-
temunhos seletos, vol. 2, p. 196.

A reverência continua após o culto

Portanto, o que for prudente guardará, então, silêncio, por-
que é tempo mau (Amós 5:13).
A
o ser a bênção pronunciada, todos devem se manter quietos, como te-
mendo ficar sem a paz de Cristo. Em seguida saiam todos sem se atrope-
lar e evitem falar em voz alta, portando-se como na presença de Deus e
lembrando-se de que Seus olhos investigam a todos. Ninguém deve pa-
rar nos corredores para encontros e tagarelice, impedindo a passagem dos ou-
tros que tentam sair. Os arredores externos da casa de oração devem se carac-
terizar por uma grande solenidade, e os crentes devem evitar transformá-los
num lugar de encontro com os amigos para trocarem frases corriqueiras ou tra-
tarem de negócios. Tais coisas não convêm na casa de Deus. Ele e os anjos têm
sido desonrados pela maneira irreverente com que os crentes se comportam
nalgumas igrejas, produzindo ecos com suas gargalhadas e fazendo ruído com
os pés.
Pais, exaltem o padrão do cristianismo no espírito dos filhos; ajudem-nos a
misturar a pessoa de Jesus na própria experiência; ensinem-nos a ter o maior
respeito pela casa de Deus e a compreender que quando entram ali devem fazê-
lo com o coração comovido, ocupando-se com pensamentos como estes: “Deus
está aqui e esta é a Sua casa. Devo alimentar pensamentos puros e guiar-me pelos
mais santos propósitos. Não devo conservar orgulho, inveja, ciúme, suspeitas, ódio
ou engano em meu coração porque estou na presença de Deus. Este é o lugar onde
Deus vem ter com Seu povo e o abençoa. O Altíssimo e Santo, que habita na eterni-
dade, me vê, investiga meu coração e lê meus mais secretos pensamentos e atos de
minha vida.” — Testemunhos seletos, vol. 2, p. 197.

Minha responsabilidade para com meus filhos

Educando-nos para que, renegadas a impiedade e as pai-
xões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e pie-
dosamente (Tito 2:12).
I
rmãos, não seria bom vocês meditarem um pouco sobre este assunto repa-
rando na maneira com que têm se comportado na casa de Deus e nos esfor-
ços que têm feito por preceito e exemplo a fim de cultivar nos filhos a reve-
rência? Vocês atribuem grandes obrigações ao pregador, responsabili-
zando-o pela alma dos filhos, mas vocês mesmos têm se esquecido do próprio
dever como pais e mestres de, como Abraão, ordenar sua casa após si para que
os filhos e netos guardem o caminho do Senhor. O próprio exemplo de vocês e
a frouxa disciplina que mantêm é que têm corrompido seus filhos e filhas, e ape-
sar dessa grave falha na educação doméstica, vocês ainda entendem que o pas-
tor é quem deve combater sua influência e realizar o milagre de educar o cora-
ção de seus filhos no caminho da virtude. [...]
A responsabilidade pesa sobre os pais; então será que vão querer aceitar a
missão de que Deus os incumbiu e cumpri-la com fidelidade? Vão querer avan-
çar e se empenhar num espírito humilde, paciente e perseverante para eles
mesmos atingirem o elevado padrão levando os filhos com eles? Não admira
que nossas igrejas estejam fracas e não reine nelas a reverência profunda que
as deveria caracterizar. Nossos atuais hábitos e costumes, que desonram a Deus
e tornam comuns as coisas divinas, nos são contrários. Foi-nos confiada uma
verdade sagrada, difícil e santificadora; e se nossos hábitos e práticas não se
conformarem a ela, pecaremos contra uma grande luz e nossa culpa será cor-
respondente. A justiça retributiva de Deus há de ser mais tolerável para os gen-
tios do que para nós no dia do juízo. — Testemunhos seletos, vol. 2, p. 198.

Ainda mais zelosos que os hebreus

Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que
vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos
céus (Mateus 5:16).
verdade que a reverência pela casa de Deus está quase aniquilada. Não se
É percebe mais a diferença entre o sagrado e o comum [...]. Será que não tem
havido uma causa para a falta de fervorosa piedade em nossas famílias?
Não é porque o alto exemplo da religião tem caído no pó? Deus deu regras
de ordem perfeitas e exatas ao Seu antigo povo. Será que o caráter divino mu-
dou? Ele ainda não é o grande e poderoso Deus que governa no Céu dos céus?
[...] Temos motivos até para ser mais atenciosos e reverentes em nossa adora-
ção do que os próprios judeus. [...]
O ambiente dedicado a Deus não deve ser uma sala onde se fazem negócios
mundanos. Se as crianças se reunirem para adorar a Deus numa sala que du-
rante a semana serve como escola ou depósito, elas serão mais que humanas se
não tiverem pensamentos sobre seus estudos ou coisas que aconteceram du-
rante a semana misturados aos assuntos devocionais. A educação e o preparo
dos jovens devem ser de tal forma que exalte as coisas sagradas e encoraje a
pura devoção a Deus em Sua casa. Muitos que professam ser filhos do Rei celes-
tial não têm verdadeiro apreço pela santidade das coisas eternas. Quase todos
precisam ser ensinados a se comportar na casa de Deus. Os pais não devem ape-
nas ensinar, mas ordenar aos filhos que entrem no santuário com sobriedade e
reverência. — Testemunhos seletos, vol. 2, p. 199.

A reverência começa no coração

E temeu e disse: Quão terrível é este lugar! Este não é outro lu-
gar senão a casa de Deus; e esta é a porta dos Céus (Gênesis
28:17).
A
consciência do poder e da sabedoria de Deus, bem como da nossa inca-
pacidade de compreender Sua grandeza deve promover em nós um es-
pírito de humildade. Devemos abrir Sua Palavra com reverência, como
se estivéssemos em Sua presença. Ao lermos a Bíblia, a razão deve reco-
nhecer uma autoridade superior a si mesma, e o coração e a inteligência devem
se curvar perante o grande EU SOU.
Existem muitas coisas aparentemente difíceis ou obscuras, as quais Deus
tornará claras e simples aos que busquem entendê-las. Por outro lado, sem a
orientação do Espírito Santo estaremos continuamente sujeitos a distorcer as
Escrituras ou a interpretá-las de modo errado. Muitas vezes a leitura da Bíblia
não surte efeito positivo nenhum. Em muitos casos, essa leitura é até prejudicial.
Quando a Palavra de Deus é aberta sem reverência e oração, quando os pensa-
mentos e as afeições não estão centralizados em Deus nem em harmonia com
Sua vontade, a mente fica obscurecida pelas dúvidas. [...]
A fim de chegar à verdade, devemos ter um desejo sincero de conhecer a
verdade. O coração tem que estar disposto a obedecer a Deus. Todos os que es-
tudarem a Bíblia com esse espírito encontrarão abundantes evidências de que
ela é a Palavra de Deus e poderão obter uma compreensão de suas verdades
que os tornará sábios para a salvação. — Caminho a Cristo, p. 70.

Jamais criticarei o sermão

O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o ho-
mem mau do mau tesouro tira coisas más (Mateus 12:35).
A
mente delicada e sensível dos jovens obtém sua avaliação da obra dos
servos de Deus pelo modo como os pais tratam o assunto. Muitos chefes
de família fazem do culto motivo de críticas em casa, aprovando algumas
coisas e condenando outras. Assim a mensagem de Deus aos homens é
criticada e questionada, e se faz dela um assunto de leviandade. [...]
Mas os livros de registro celestial descrevem com escrita infalível a verda-
deira causa. Os pais não são convertidos nem estão em harmonia com o Céu ou
com a obra celestial. Suas ideias baixas e comuns da santidade do ministério e
do santuário de Deus se misturaram na educação dos filhos. É bom perguntar
se alguém que esteve por anos sob essa influência destrutiva da instrução no lar
terá algum dia uma sensível reverência e alta consideração pelo ministério de
Deus e pelos instrumentos que Ele indicou para a salvação de almas. Esses as-
suntos devem ser tratados com reverência, com linguagem apropriada e com
boa sensibilidade para que você possa mostrar a todos com quem se associa que
considera a mensagem dos servos do Senhor como vindo do próprio Deus para
você.
Pais, tenham cuidado com o exemplo e com as ideias que vocês transmitem
aos filhos. A mente deles é sensível e recebe facilmente as impressões. Em rela-
ção ao serviço do santuário, se o orador tiver algum defeito, pense duas vezes
antes de mencioná-lo. Fale apenas do bom trabalho que ele faz, das boas ideias
que apresenta, às quais você deve prestar atenção como se viessem de um em-
baixador de Deus. — Testemunhos seletos, vol. 2, p. 200.

Os pais não podem ser como Eli

Quanto a mim, porém, sou como a oliveira verdejante, na
Casa de Deus; confio na misericórdia de Deus para todo o sempre
(Salmos 52:8).
E
li era sacerdote e juiz em Israel. Ocupava as posições mais elevadas e de
maior responsabilidade que havia entre o povo de Deus. [...] Mas, embora
tivesse sido designado para governar o povo, não governava a própria
casa. Ele era um pai transigente. Amando a paz e a comodidade, não exer-
cia autoridade para corrigir os maus hábitos e paixões dos filhos. Em vez de con-
frontá-los ou castigá-los, submetia-se à vontade deles e os deixava seguir o pró-
prio caminho. [...]
A maldição desse mal foi visível nas corrupções e males que marcaram a
conduta daqueles filhos. Eles não apreciavam devidamente o caráter de Deus
nem a santidade de Sua Lei. Para eles o serviço divino era algo comum. Desde a
infância haviam se acostumado ao santuário e aos seus serviços, mas em vez de
se tornarem mais reverentes, perderam toda a intuição da santidade e signifi-
cação dele. O pai não corrigiu a falta de reverência para com a própria autori-
dade nem reprimiu o desrespeito deles pelos serviços solenes do santuário, e
quando chegaram à maioridade estavam cheios dos frutos mortíferos do ceti-
cismo e da rebelião.
Não há maior desgraça para os lares do que permitir que os jovens sigam o
próprio caminho por eles escolhido. Quando os pais tomam em consideração
todo gosto dos filhos e transigem com aquilo que sabem não ser para o bem
deles, os filhos logo perdem todo o respeito pelos pais, toda a consideração pela
autoridade de Deus e do homem, e a vontade de Satanás passa a conduzi-los
como escravos. — Patriarcas e profetas, pp. 575, 576 e 579.

Ambiente solene, roupa adequada

Eu, o Senhor disse: Será assim, e o farei; não tornarei atrás e
não pouparei, nem me arrependerei; conforme os teus caminhos
e conforme os teus feitos, te julgarão, diz o Senhor Jeová (Ezequiel
24:14).
S
into-me muitas vezes triste quando entro na casa em que Deus é adorado
e vejo ali homens e mulheres vestidos de forma desalinhada. Se o coração
e o caráter se revelassem pelo exterior, não haveria nada de divino nessas
pessoas. Elas não têm exata compreensão da ordem, da decência e da
compostura que Deus exige dos que se chegam à Sua presença a fim de adorá-
lO. Que impressões esse comportamento exercerá sobre os incrédulos e a ju-
ventude que têm rápida compreensão e está pronta a tirar conclusões de tudo
que vê?
Na mente de muitos não há maior santidade na casa de Deus do que em
qualquer outro ambiente comum. Muitos entram na casa de Deus com a roupa
suja e desarrumada, e nem o chapéu tiram. Essas pessoas não reconhecem que
vêm se encontrar com Deus e os santos anjos nesse lugar. Precisa-se urgente-
mente de uma reforma radical em todas as nossas igrejas. Os próprios pastores
precisam ter ideias mais elevadas e revelar maior sensibilidade nesse sentido.
É um aspecto da obra que tem sido muito negligenciado. Por causa de sua irre-
verência na atitude, no traje e comportamento e sua falta de verdadeiro espírito
de devoção, Deus muitas vezes tem afastado Seu rosto dos que se reúnem para
o culto.
Todos deveriam ser ensinados a se vestir com limpeza e decência sem, con-
tudo, exagerarem nos enfeites externos, pois isso é inadequado na casa de Deus.
Deve-se evitar toda exibição em matéria de roupa porque isso serviria apenas
para despertar mais irreverência. É comum a atenção das pessoas se dirigir so-
bre essa ou aquela peça de roupa de alguém, e desse modo surgem pensamen-
tos inadequados no coração dos adoradores. — Testemunhos seletos, vol. 2, p.
202.

A reverência também se estende à roupa

Sim, que saístes a ver? Um homem vestido de roupas finas?
Ora, os que vestem roupas finas assistem nos palácios reais (Ma-
teus 11:8).
N
ão devia haver nenhum relaxamento e falta de limpeza naqueles que
compareciam diante do Senhor quando fossem à Sua santa presença. E
por que isso? Qual era o objetivo de todo esse cuidado? Era apenas para
recomendar o povo a Deus? Era meramente para obter Sua aprovação?
Deus é que deve ser o objeto exclusivo de nossos pensamentos e adoração;
qualquer coisa que tenda a desviar a mente de Seu culto solene e sagrado cons-
titui uma ofensa a Ele. A exibição de enfeites como laços, fitas e penachos, bem
como ouro ou prata, é uma espécie de idolatria que não deve estar associada ao
culto sagrado de Deus, onde os olhos de cada adorador só devem ter em vista a
Sua glória. [...] A igreja deve também fazer da Bíblia sua norma de vida nesse
aspecto, e os pais fariam bem em meditar seriamente nesse assunto. Se virem
os filhos se inclinando para a moda, devem, como Abraão, organizar com deci-
são a própria casa de acordo com os princípios divinos. Em vez de vincular os
filhos ao mundo, devem uni-los a Deus. Que ninguém desonre a casa de Deus
com enfeites espalhafatosos. Deus e os anjos estão ali presentes. O Santo de Is-
rael assim Se manifestou por meio de Seu apóstolo: “O enfeite delas não seja o
exterior, no frisado dos cabelos, no uso de joias de ouro, na compostura de vestidos;
mas o homem encoberto no coração; no incorruptível trajo de um espírito manso
e quieto, que é precioso diante de Deus” (1 Pedro 3:3 e 4). — Testemunhos seletos,
vol. 2, p. 202.

Preciso ensinar os inexperientes na fé

Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio ainda; ensina
ao justo, e ele crescerá em prudência (Provérbios 9:9).
Q
uando uma nova igreja é deixada na ignorância desses pontos, o pastor
negligenciou o dever e terá de dar conta a Deus das impressões que se es-
tabeleceram. A menos que se transmitam aos crentes ideias exatas acerca
do culto verdadeiro e da verdadeira reverência para com Deus, predomi-
nará entre eles a tendência de ver o sagrado no mesmo nível do comum. [...]
O apóstolo Paulo descreve a obra dos embaixadores de Deus como sendo
seu objetivo apresentar todo homem perfeito em Cristo Jesus. Os que abraçam
a verdade de origem divina devem ser educados, enobrecidos e santificados por
ela. Será preciso um rigoroso esforço para atingir a estatura de homens perfei-
tos em Cristo. As pedras rudes, cheias de asperezas, que saem das pedreiras,
têm de ser desbastadas e polidas para que fiquem lisas e belas.
Estamos numa época que se destaca pela superficialidade do trabalho, faci-
lidade de métodos e pela exibição de uma santidade diferente daquela que é
aprovada por Deus. Todo o atalho no caminho, toda doutrina que não estabele-
cer a Lei divina como padrão de caráter, é algo falso. O aperfeiçoamento do ca-
ráter exige empenho de uma vida, sendo impossível por parte dos que não esti-
verem dispostos a prosseguir para ele a passos lentos e penosos, da maneira
determinada por Deus. Não devemos permitir nenhum passo errado nesse sen-
tido, mas temos de crescer dia a dia nAquele que é nossa cabeça — Cristo. —
Testemunhos seletos, vol. 2, p. 203.

Não se pode fazer de tudo na casa de Deus

Guarda o pé, quando entrares na Casa de Deus; chegar-se
para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não
sabem que fazem mal (Eclesiastes 5:1).
D
eve haver um lugar sagrado como o antigo santuário onde Deus Se en-
contre com Seu povo. Esse ambiente não deve ser usado como sala para
lanches ou negócios, mas simplesmente para o culto a Deus. [...] Por essa
razão é que o santuário dedicado a Deus não deve se tornar um ambi-
ente comum. Sua santidade não deve se confundir ou misturar com os senti-
mentos comuns de cada dia nem com a vida comercial. Deve haver solene e res-
peitoso temor sobre os adoradores ao entrarem no santuário. E eles devem
abandonar todos os pensamentos comuns e mundanos, pois é um ambiente em
que Deus manifesta Sua presença. É como se fosse a sala de audiência do grande
e eterno Deus. Por isso o orgulho e a paixão, a divergência e a presunção, o ego-
ísmo e a cobiça, que Deus diz ser idolatria, são impróprios para esse lugar. —
Manuscrito 23, 1886.
Pais, é dever de vocês ter total controle sobre os filhos, controlando todas as
paixões e mau gênio deles. E se as crianças comparecem às reuniões, ensinem-
nas a compreenderem onde estão: que não estão em casa, mas no lugar em que
Deus Se reúne com Seu povo. Devem ser mantidas quietas e afastadas de toda a
brincadeira, e assim Deus voltará o Seu rosto a fim de Se encontrar com vocês e
abençoá-los.
Caso se observe ordem na assembleia dos santos, a verdade produzirá me-
lhor efeito sobre todos os ouvintes. A tão necessária solenidade será cultivada e
haverá na verdade um poder para impressionar as profundezas da alma, e os
ouvintes não serão acometidos por uma paralisia letal. — The Review and He-
rald, 19 de setembro de 1854.

A reverência também abrange o lar

E te alegrarás por todo o bem que o Senhor, teu Deus, te tem
dado a ti e a tua casa, tu, e o levita, e o estrangeiro que está no
meio de ti (Deuteronômio 26:11).
[P
ais,] Mostrem às crianças que a verdadeira reverência se revela pela
obediência. Deus não ordenou nada que não seja essencial, e não há ou-
tro modo que Ele considere tão agradável para manifestar reverência
como o de obedecer àquilo que Ele ordenou.
A mãe é a rainha do lar, e os filhos são os súditos dela. Deve governar a casa
com sabedoria, na dignidade de sua posição. Sua influência no lar deve ser su-
blime; sua palavra, lei. Se é cristã, alcançará o respeito dos filhos sob o governo
de Deus. Diga aos filhos exatamente o que você quer exigir deles. Assim eles
compreenderão que a palavra da mãe deve ser obedecida. Desse modo você os
ensina a respeitar os mandamentos de Deus, que positivamente declaram:
“Faça isto ou não faça”.
Poucos pais começam devidamente cedo a ensinar os filhos a obedecer. Ge-
ralmente se permite que a criança tenha vantagem sobre os pais aos dois ou três
anos, os quais deixam de discipliná-la por pensarem que é muito novinha para
aprender a obedecer. Mas em todo esse tempo o eu está se fortalecendo no pe-
queno ser, e cada dia ele dificulta ainda mais a tarefa dos pais de alcançarem o
controle. Desde muito novinhas as crianças têm condições de compreender o
que se diz a elas com clareza e simplicidade, e por uma conduta bondosa e cui-
dadosa podem ser ensinadas a obedecer. Nunca as permitam demonstrar des-
respeito para com vocês. Nunca deixem de reprimir a rebeldia nelas. O futuro
bem-estar da criança exige disciplina bondosa e amável, porém firme. — Conse-
lhos aos professores, pais e estudantes, pp. 111 e 112.

A reverência começa no meu íntimo

Vós que temeis o Senhor, louvai-o; glorificai-o, vós todos, des-
cendência de Jacó; reverenciai-o, vós todos, posteridade de Israel
(Salmos 22:23).
T
odos devem se apoiar em Deus no desamparo e na própria necessidade
cotidiana. Devem se revelar humildes, vigilantes e piedosos. Louvor e
ação de graças devem fluir em gratidão e sincero amor a Deus. [...]
Deve haver um conhecimento inteligente de como se aproximar de
Deus em reverência e santo respeito com amor devocional. Há uma crescente
falta de reverência para com o nosso Criador, um crescente desrespeito pela Sua
grandeza e majestade. Mas Deus nos fala nestes últimos dias. Ouvimos Sua voz
na tempestade, no ribombar do trovão. Ouvimos das calamidades que Ele per-
mite nos terremotos, nas inundações e nos elementos destruidores que levam
tudo à sua frente. Ouvimos de navios que naufragam no oceano tempestuoso.
Com as famílias que têm recusado reconhecê-lO, às vezes Deus fala pelo tur-
bilhão e pela tempestade, outras vezes face a face como falou com Moisés. Nou-
tros casos sussurra Seu amor à confiante criancinha e ao idoso ancião de cabelos
brancos. E a sabedoria terrestre se torna sábia ao contemplar o invisível.
Que todos cubram o rosto ao ouvirem a voz mansa e delicada, que se segue
ao turbilhão e à tempestade que deslocam as rochas, porque Deus está muito
perto. Que se escondam em Jesus Cristo, pois Ele é o seu esconderijo. Sua mão
ferida cobrirá a fenda da rocha enquanto o humilde suplicante prostrado espera
para ouvir o que o Senhor diz ao Seu servo. — Manuscrito 84b, 1897.

A comunhão amplia minha reverência

Esquadrinha o Senhor todos os corações e entende todas as
imaginações dos pensamentos; se O buscares, será achado de ti;
porém, se O deixares, rejeitar-te-á para sempre (I Crônicas 28:9).
V
ocês terão de dar contas a Deus pelos pensamentos, palavras, tempo e
atitudes. [...]
Os que não gostam de ter a Deus nos pensamentos aqui neste mundo,
os que consideram cansativo estar em sujeição a Deus nesta vida, jamais
desfrutarão da companhia de Cristo na vida futura. Os próprios itens que aqui
escolhem e amam para agradarem a si mesmos é que educarão os gostos, de
modo que a disciplina celestial pareceria maçante. Deixem que a própria vida
de vocês se submeta à disciplina de Deus. [...]
Aquele que criou o homem, que pagou tão alto preço por sua redenção, é
grandemente desonrado quando o ser humano prefere um nível baixo, terreno,
uma vida inútil e vulgar. [...] Todos os que se contentam em dar as costas ao co-
nhecimento que os faria sábios para salvação nesta vida e na futura, e que acei-
tam as coisas terrenas, inúteis, são pessoas que matam a sede do coração com
água salobra quando Jesus Cristo os convida: “Se alguém tem sede, que venha a
Mim e beba” (João 7:37).
Que o coração de vocês se deixe absorver pela meditação das gloriosas ver-
dades contidas na Palavra de Deus e assim vocês não terão o constante desejo
de ter algo que não possuem. Desprezarão os pensamentos vulgares e fúteis.
Estarão sempre procurando satisfazer a elevada norma de virtude e santidade
que o evangelho apresenta. Buscarão mais altas realizações na vida divina. Con-
versem com Deus por meio da Palavra. Isso elevará toda a natureza de vocês. —
Contemplando o elevado ideal que Ele propôs, vocês serão erguidos a uma
atmosfera pura e santa — a própria presença de Deus. Ali permanecendo, uma
luz partirá de vocês, a qual iluminará a todos com quem se associam. — Carta
10, 1894.

A verdade divina me transforma

E Moisés era fiel, em toda a casa de Deus, como servo, para
testemunho das coisas que haviam de ser anunciadas (Hebreus
3:5).
O
Senhor deseja que todos se lembrem de que o serviço de Deus é algo
puro e santo, e que aqueles que aceitam a verdade precisam ser purifi-
cados no temperamento, na natureza, no coração, na conversação, no
vestuário e no lar de modo que os anjos de Deus, invisíveis a eles, ve-
nham servir aos que herdarão a salvação.
Todos os que se unem à igreja devem revelar uma transformação de caráter
que demonstre reverência pelas coisas sagradas. Toda a sua vida deve ser mol-
dada de acordo com o aprimoramento de Cristo Jesus. Os que se unem à igreja
devem ser suficientemente humildes para receber instruções sobre os pontos
em que têm sido negligentes, e em que podem e devem mudar. [...]
Os cristãos serão julgados pelo fruto que produzem na obra reformatória.
Todo cristão genuíno mostrará o que a verdade do evangelho tem operado por
ele. Aquele que passou a ser um filho de Deus deve desenvolver hábitos de de-
cência e limpeza. Todo ato, por pequeno que seja, tem influência. O Senhor de-
seja tornar cada ser humano um instrumento por meio do qual Cristo possa ma-
nifestar Seu Espírito Santo. De modo algum os cristãos devem ser descuidados
ou indiferentes quanto à aparência exterior. Devem vestir-se com decência e
elegância, mas sem luxo e enfeites extravagantes. Devem ser puros por dentro
e por fora. — Testimonies to Southern Africa, p. 87.

Não posso tomar o nome de Deus em vão

Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão, porque o
Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão
(Êxodo 20:7).
V
i que o santo nome de Deus devia ser usado com reverência e temor. Al-
guns se reúnem e usam as palavras “Deus Todo-Poderoso” durante a ora-
ção de maneira irrefletida e descuidada, o que desagrada ao Senhor. Es-
sas pessoas não possuem o senso de Deus ou da verdade, caso contrário
não falariam tão irreverentemente do grande e terrível Deus que breve as jul-
gará no último dia. Disse o anjo: “Não juntem essas palavras, pois terrível é o Seu
nome.” Os que compreendem a grandeza e a majestade de Deus tomarão o Seu
nome nos lábios com santo respeito. Ele habita na luz inacessível; nenhum ho-
mem pode vê-lO e continuar vivo. Vi que esses assuntos precisarão ser compre-
endidos e corrigidos antes que a igreja possa progredir. — Primeiros escritos, p.
122.
Mesmo a igreja, que deveria ser a coluna e o fundamento da verdade, tem
animado o amor egoísta do prazer. Quando é preciso angariar dinheiro para fins
religiosos, a que meios muitas igrejas recorrem? A bazares, ceias, leilões, até
mesmo rifas e armadilhas semelhantes. Muitas vezes o lugar consagrado ao
culto de Deus é profanado por comidas e bebidas, vendas e compras e toda sorte
de diversões. O respeito à casa de Deus e a reverência a Seu culto são diminuídos
no espírito dos jovens. As barreiras da restrição própria são enfraquecidas.
Apela-se para o egoísmo, o apetite, o amor à exibição e eles se fortalecem à me-
dida que se transige com eles. — Parábolas de Jesus, p. 54.

Jovens, reverenciem a Deus

Aleluia! Louvai o nome do Senhor; louvai-o, servos do Senhor,
vós que assistis na Casa do Senhor, nos átrios da casa do nosso
Deus (Salmos 135:1 e 2).
A
juventude não percebeu que só podem manter a liberdade e a luz atra-
vés do altruísmo, constante vigilância e oração e contínua dependência
dos méritos do sangue de Cristo. Quando Deus sopra o Espírito Santo so-
bre a alma, a vontade e as faculdades do ser humano reagem a essa in-
fluência. Os que permanecem em Jesus serão felizes, bem-humorados e alegres
em Deus. Uma suave delicadeza marcará a voz, as ações expressarão reverência
pelas coisas espirituais e eternas, e haverá música, jubilosa música em seus lá-
bios — música irradiada do trono de Deus. Esse é o mistério da piedade, dificil-
mente explicado e nem por isso menos sentido e usufruído. Um coração rebelde
e revoltado pode fechar as portas a todas as doces influências da graça de Deus
e a toda alegria no Espírito Santo, mas os caminhos da sabedoria são caminhos
aprazíveis, “e todas as suas veredas, paz” (Provérbios 3:17). Quanto mais intima-
mente nos acharmos ligados a Cristo, mais nossas palavras e ações revelarão o
poder enternecedor e transformador de Sua graça. [...]
Deus vê todo pensamento ou ato irreverente, o qual é registrado nos livros
do Céu. Ele nos diz: “Eu conheço as tuas obras” (Apocalipse 2:19). Nada está es-
condido aos Seus olhos pesquisadores. Se você formou no mínimo grau que seja
o hábito de desatenção e indiferença na casa de Deus, exercite as faculdades
para o corrigir, e mostre que sabe respeitar a si mesmo. Pratique a reverência
até que ela se torne parte de você. — Mensagens aos jovens, p. 265.

Quando Deus deixa de ser nosso guia...

Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém
que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou
maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda
comais (1 Coríntios 5:11).
O
governo de Israel era conduzido em nome e pela autoridade de Deus. O
trabalho de Moisés, o dos setenta anciãos, dos príncipes e juízes era sim-
plesmente pôr em prática as leis que Deus havia dado; eles não tinham
autoridade para estabelecer leis para a nação. Essa foi e continuou a ser
a condição da existência de Israel como povo escolhido. De tempos em tempos
Deus enviava homens inspirados para instruírem o povo e guiá-lo na execução
das leis.
O Senhor previu que Israel desejaria um rei, mas não concordou com qual-
quer mudança nos princípios sobre os quais a nação havia sido fundada. O rei
devia ser representante do Altíssimo. Deus devia ser reconhecido como o Líder
da nação, e Sua Lei executada como a lei suprema do país. A princípio, quando
os israelitas se estabeleceram em Canaã, reconheciam os princípios da teocracia
e a nação prosperou sob o governo de Josué.
Mas o aumento da população e as relações com outros países produziram
uma mudança. O povo adotou muitos dos costumes dos vizinhos pagãos e assim
sacrificou em grande medida o próprio caráter santo. Gradualmente perderam
a reverência para com Deus e deixaram de apreciar a honra de ser Seu povo
escolhido. Atraídos pelo esplendor e exibição dos reis gentios, se cansaram da
própria simplicidade. Rivalidades e inveja surgiram entre as tribos. Disputas in-
ternas as enfraqueceram; estavam continuamente expostas à invasão dos ini-
migos, e o povo passou a crer que, a fim de manter a posição que tinham entre
as nações, as tribos deveriam se unir sob um forte governo central. Afastando-
se da obediência à Lei de Deus, desejaram libertar-se do governo de seu divino
Soberano; e assim o pedido para terem um rei se espalhou por todo o Israel. —
Patriarcas e profetas, p. 603.

Digno é o Senhor
Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra
e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua
vontade vieram a existir e foram criadas (Apocalipse 4:11).
O
alto preço pago por nossa salvação, o infinito sacrifício feito por nosso
Pai Celestial ao entregar Seu único Filho para morrer em nosso lugar,
deveria nos ajudar a ter uma plena compreensão do que Deus espera
que nos tornemos por meio de Cristo. Ao contemplar a altura, a profun-
didade e a largura do amor de Deus pela humanidade condenada à morte, o ins-
pirado apóstolo João se encheu de adoração e reverência. E não podendo en-
contrar linguagem apropriada para expressar a grandeza desse amor, chamou
a atenção do mundo para ele: “Vejam como é grande o amor do Pai por nós! O
Seu amor é tão grande que somos chamados filhos de Deus” (1 João 3:1). Como
isso valoriza o ser humano!
Pelo pecado, os seres humanos se tornaram escravos de Satanás. Mas pela
fé no sacrifício do Salvador, eles podem voltar a ser filhos de Deus. Ao tomar
sobre si a natureza humana, Cristo leva a humanidade a outro nível: põe os seres
humanos caídos numa condição em que, pela ligação com Ele, podem se tornar
dignos de ser chamados “filhos de Deus” — Caminho a Cristo, p. 15.
O dever de adorar a Deus se baseia no fato de que Ele é o Criador, e que a Ele
todos os outros seres devem a existência. E onde quer que Seu direito à reve-
rência e adoração se apresente na Bíblia, enumeram-se as provas de Seu poder
criador acima dos deuses dos pagãos. [...] E os seres santos que adoram a Deus
nos Céus declaram porque Lhe é devida sua homenagem: “Digno és, Senhor, de
receber glória, e honra, e poder porque Tu criaste todas as coisas” (Apocalipse
4:11). — O grande conflito, p. 436.

Preparando-se para comparecer perante Deus

E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é
o Senhor dos Exércitos; toda a Terra está cheia da sua glória (Isaías
6:3).
O
Senhor deu então a Moisés orientações claras quanto ao preparo do
povo para Ele Se aproximar deles a fim de ouvirem o anúncio de Sua Lei,
não por anjos, mas por Ele mesmo. [...]
Exigiu-se do povo que interrompessem os trabalhos e cuidados se-
culares, e que tivessem pensamentos devocionais. Deus exigiu também que la-
vassem as próprias roupas. Ele não é menos detalhista agora do que foi na
época. É um Deus de ordem e exige que Seu povo sobre a Terra hoje observe
hábitos de estrita limpeza. [...]
“Marcarás limites ao povo em redor, dizendo: Guardai-vos que não subais
ao monte nem toqueis o seu termo; todo aquele, que tocar no monte, certa-
mente morrerá. Nenhuma mão tocará nele: porque certamente será apedrejado
ou asseteado; quer seja animal, quer seja homem, não viverá; soando a buzina
longamente, então subirão ao monte” (Êxodo 19:12 e 13). Essa ordem era ne-
cessária para impressionar a mente daquele povo rebelde com uma profunda
veneração a Deus, o autor e autoridade de suas leis. — História da redenção, p.
139.
Jeová, o Ser eterno, existente por Si mesmo, incriado, sendo o originador e
mantenedor de todas as coisas, é o único que tem direito a reverência e culto
supremos. Proíbe-se ao homem conceder a qualquer outro objeto o primeiro
lugar nas afeições ou serviço. O que quer que alimentemos que tenda a diminuir
nosso amor para com Deus ou se incompatibilize com o culto a Ele devido, disso
fazemos um deus. — Patriarcas e profetas, p. 305.

Vestuário exclusivo para o culto

Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ata-
viem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e
com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso (1 Timóteo 2:9).
E
xiste, porém, uma classe de pessoas que está sempre batendo na tecla do
orgulho do vestuário, que são relaxadas quanto ao próprio traje, e que
julgam virtude andar sujas e se vestirem sem ordem nem bom gosto. A
roupa delas muitas vezes parece como se tivesse voado e descido sobre
a pessoa. São imundas, e mesmo assim estão sempre falando contra o orgulho.
[...]
Os Dez Mandamentos pronunciados do Sinai por Jeová não podem perma-
necer no coração de pessoas de hábitos desordenados, sujos. Se o Israel antigo
não podia nem mesmo ouvir a proclamação daquela Lei santa a menos que ti-
vessem obedecido à ordem de Jeová de lavar as próprias vestes, como poderá
essa Lei sagrada ser escrita no coração de pessoas que não são limpas no corpo,
na roupa ou no lar? É impossível. [...] A casa de Deus é desonrada por semelhan-
tes adeptos da fé. Todos os que se reúnem aos sábados para adorar a Deus de-
vem, se possível, ter uma roupa correta, adequada, distinta, para usar na casa de
culto. É desonra para o sábado, para Deus e Sua casa que os que têm o sábado
como o santo dia do Senhor, digno de honra, usem nesse dia a mesma roupa que
usaram durante a semana trabalhando na lavoura quando podem obter outra.
Se há pessoas merecedoras, as quais de todo o coração querem honrar ao Se-
nhor do sábado e o culto divino e que não podem obter uma muda de roupa,
que aqueles que têm condições deem de presente a esses adoradores um terno
para o sábado a fim de que apareçam na casa de Deus com vestuário limpo e
adequado. — Mensagens escolhidas, vol. 2, p. 474.

Mais cuidado com a roupa do sábado!

Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edifica-
dos casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de ofere-
cerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de
Jesus Cristo (1 Pedro 2:5).
A
lguns entendem que, para efetuar a separação do mundo que a Palavra
de Deus exige, devem negligenciar o vestuário. Há uma classe de irmãs
que pensa estarem praticando o princípio da não-conformidade com o
mundo usando no sábado um gorro comum e a mesma roupa que vesti-
ram durante a semana, aparecendo assim na reunião dos santos para se entre-
garem à adoração a Deus. E alguns homens que se consideram cristãos veem a
questão do vestuário sob o mesmo ponto de vista. Reúnem-se com o povo de
Deus no sábado com a roupa poeirenta, encardida, tendo até mesmo claros ras-
gões, e vestida de maneira negligente. Essas pessoas, se tivessem um compro-
misso de encontro com um amigo rico do mundo e desejassem ser especial-
mente favorecidas por ele, se esforçariam para irem ao compromisso com a me-
lhor roupa que pudessem obter, pois esse amigo poderia se sentir ofendido se
o visse com o cabelo despenteado e as roupas sujas e em desordem. Mas essas
pessoas pensam que não importam a roupa nem o aspecto pessoal quando se
reúnem aos sábados para adorar o grande Deus. Reúnem-se na casa de Deus,
que é como Sua sala de audiência, onde anjos celestiais estão presentes, com
pouco respeito ou reverência, como demonstram sua pessoa e suas roupas.
Todo o seu aspecto simboliza o caráter desses homens e mulheres. — Mensa-
gens escolhidas, vol. 2, p. 475.

O respeito pelo sábado

Desprezaste as minhas coisas santas e profanaste os meus sá-
bados (Ezequiel 22:8).
A
casa de Deus é profanada e o sábado é violado pelos filhos de observa-
dores do sábado. Eles correm pelo templo, brincam, conversam e mani-
festam mau humor nas próprias reuniões em que os santos se reúnem
para glorificar a Deus e adorá-lO na beleza da santidade. O lugar que de-
via ser santo, onde devia reinar sagrado silêncio e onde devia haver perfeita or-
dem, asseio e humildade, se torna uma Babilônia e um lugar em que reina con-
fusão, desordem e desleixo. Isso é suficiente para excluir a Deus de nossas reu-
niões e fazer com que Sua ira se acenda para que Ele não tenha prazer em sair
com os exércitos de Israel a fim de batalhar contra os inimigos. [...]
Acima de tudo, cuide de seus filhos no sábado. Não permita que o violem,
pois você mesmo o violará se permitir que os filhos o façam. Quando você per-
mite que os filhos brinquem no sábado, Deus o considera transgressor dos man-
damentos. Está transgredindo o Seu sábado. — Manuscrito 3, 1854.
“A importância do sábado como memória da criação consiste em conservar
sempre presente o verdadeiro motivo de se render culto a Deus” — porque Ele
é o Criador e nós Suas criaturas. “O sábado, portanto, está no fundamento
mesmo do culto divino, pois ensina esta grande verdade da maneira mais im-
pressionante, e nenhuma outra instituição faz isso. O verdadeiro fundamento
para o culto divino, não apenas o daquele que se realiza no sétimo dia, mas de
todo o culto, encontra-se na distinção entre o Criador e Suas criaturas. Este fato
fundamental jamais poderá se tornar ultrapassado e jamais deverá ser esque-
cido.” — História do sábado, J. N. Andrews. — O grande conflito, p. 438.

A recompensa dos fiéis

E ouvi a toda a criatura que está no Céu, e na Terra, e de-
baixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles
há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, se-
jam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo
o sempre (Apocalipse 5:13).
T
odos os tesouros do universo estarão abertos ao estudo dos remidos de
Deus. Não sendo mais mortais, voam incansavelmente para mundos dis-
tantes — mundos que se entristeceram profundamente com o espetá-
culo da aflição humana e entoaram canções de alegria com as notícias de
uma alma resgatada. Com júbilo indizível, os filhos da Terra entram na alegria e
na sabedoria dos seres não caídos. Compartilham os tesouros de conhecimento
e compreensão adquiridos por eras e mais eras na contemplação da obra de
Deus. Com visão clara contemplam a glória da criação — sóis, estrelas e siste-
mas, todos na ordem designada circulando ao redor do trono da Divindade. So-
bre todas as coisas, desde a menor até a maior, está escrito o nome do Criador,
e se demonstram em todas as riquezas de Seu poder.
E os anos da eternidade, à medida que passam, trarão revelações mais ricas
e ainda mais gloriosas de Deus e de Cristo. À medida que o conhecimento pro-
gride, o amor, a reverência e a felicidade também aumentam. Quanto mais os
homens aprenderem de Deus, maior será sua admiração por Seu caráter. [...]
O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não existem mais. Todo o
universo está limpo. Um ritmo de harmonia e júbilo ressoa através da vasta cri-
ação. Daquele que criou tudo fluem vida, luz e contentamento através dos reinos
do espaço ilimitado. Do menor átomo ao maior mundo, todas as coisas, anima-
das e inanimadas, em sua beleza sem sombras e alegria perfeita declaram que
Deus é amor. — O grande conflito, p. 678.

Um povo que ora 1º de novembro
A postura correta na oração

Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso
Senhor Jesus Cristo (Efésios 3:14).
T
enho recebido cartas me perguntando sobre a postura adequada ao se
fazer oração ao Soberano do universo. De onde veio a ideia de que vocês
devem ficar em pé quando oram a Deus? Pediram a alguém que por cerca
de cinco anos estudou em Battle Creek que fizesse a oração antes de eu
falar ao povo. Mas quando o vi se pondo em pé enquanto os lábios se prepara-
vam para proferir oração a Deus, minha alma foi levada no íntimo a lhe dar uma
repreensão pública. Chamando-o pelo nome, disse-lhe: “Prostre-se de joelhos!”
Esta é sempre a posição apropriada. “E apartou-Se deles cerca de um tiro de pe-
dra; e, pondo-Se de joelhos, orava” (Lucas 22:41).
“Mas Pedro fazendo-as sair a todas, pôs-se de joelhos e orou, e voltando-se
para o corpo disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e vendo a Pedro, as-
sentou-se” (Atos 9:40).
“E, havendo dito isto, pôs-se de joelhos, e orou com todos eles” (Atos 20:36).
“E, havendo passado ali aqueles dias, saímos e seguimos nosso caminho,
acompanhando-nos todos, com suas mulheres e filhos, até fora da cidade; e, pos-
tos de joelhos na praia, oramos” (Atos 21:5). — Mensagens escolhidas, vol. 2, p.
311.

2 de novembro Um povo que ora
Prostrado diante de Deus

Fiquei prostrado perante o Senhor durante aqueles quarenta
dias e quarenta noites porque o Senhor tinha dito que ia destruí-los
(Deuteronômio 9:25).
Q
uando em oração a Deus, a posição indicada é estar ajoelhado. Exigiu-se
esse ato de culto dos três hebreus cativos na Babilônia. Mas tal ato era uma
veneração que só devia ser prestada a Deus, o Soberano do mundo, o Do-
minador do universo. E esses três hebreus se recusaram a dar essa honra
a qualquer ídolo, mesmo que fosse de ouro puro. Ao fazer isso, para todos os
efeitos estariam se ajoelhando perante o rei da Babilônia. Recusando-se a fazer
como o rei havia mandado, sofreram o castigo e foram lançados na fornalha de
fogo ardente. Mas Cristo veio pessoalmente e andou com eles no meio do fogo e
nada de mal lhes aconteceu.
Tanto no culto público quanto no particular é nosso dever nos ajoelhar di-
ante de Deus quando Lhe dirigimos nossas súplicas. Essa atitude revela nossa
dependência dEle.
Na dedicação do templo Salomão estava em pé a olhar para o altar. No átrio
do templo havia uma base de metal, e depois de subir sobre ela ficou em pé e
ergueu as mãos ao Céu, abençoando a enorme congregação, e todo o povo de
Israel estava em pé. [...]
A longa oração que ele fez ali era apropriada para o momento. Foi inspirada
por Deus, respirando os sentimentos da mais elevada piedade combinada com
a mais profunda humildade. — Mensagens escolhidas, vol. 2, p. 312.

Um povo que ora 3 de novembro
Nem sempre ajoelhado

Então, disse o Senhor a Josué: Levanta-te! Por que estás pros-
trado assim sobre o teu rosto? (Josué 7:10).
N
ão há tempo nem lugar impróprios para se erguer a Deus uma prece. [...]
Entre a multidão da rua ou em meio de uma transação comercial, pode-
mos elevar a Deus um pedido rogando a direção divina, como Neemias
fez quando apresentou uma súplica perante o rei Artaxerxes.
Podemos falar com Jesus no caminho e Ele diz: “Estou ao seu lado direito”.
Podemos nos relacionar com Deus em nosso coração e andar na companhia de
Cristo. Quando empenhados em nossos trabalhos diários, podemos transmitir
o desejo de nosso coração de maneira inaudível aos ouvidos humanos, mas es-
sas palavras não se perderão em silêncio nem morrerão. Coisa alguma pode su-
focar o desejo da alma. Ele se ergue acima do tumulto das ruas, acima do baru-
lho das máquinas. É a Deus que estamos falando, e nossa oração é ouvida. —
Para orar não é necessário que você sempre esteja ajoelhado. Cultive o há-
bito de falar com o Salvador quando a sós, enquanto caminha e quando ocupado
com os trabalhos diários. — A ciência do bom viver, p. 511.

Cuidado com o espírito de irreverência

Sucedeu, pois, que, acabando Salomão de fazer ao Senhor
esta oração e esta súplica, estando de joelhos e com as mãos es-
tendidas para os céus, se levantou de diante do altar do Senhor (1
Reis 8:54).
A
o se reunirem para adorar a Deus, não deixem de se ajoelharem diante
dEle. Que esta ação demonstre que toda a alma, corpo e espírito estão
submissos ao Espírito de verdade. Quem tem examinado a Palavra com
dedicação à procura de exemplos e guia a esse respeito? [...] Aconselho a
todos os que frequentam escolas na América do Norte ou em qualquer outro
lugar a que não absorvam o espírito de irreverência. Compreendam por si mes-
mos que espécie de educação vocês precisam para poderem ensinar outros a
obter aptidão de caráter que suportará a prova que em breve virá a todos que
vivem neste mundo. Convivam com os cristãos mais sólidos. Não escolham pro-
fessores nem alunos pretensiosos, mas apenas aqueles que demonstram a mais
profunda piedade, aqueles que têm um espírito de inteligência das coisas de
Deus.
Estamos vivendo em tempos perigosos. Os adventistas do sétimo dia fazem
a profissão de ser o povo que guarda os mandamentos de Deus, mas estão per-
dendo o espírito devocional. Esse espírito de reverência para com Deus ensina
aos homens a maneira de se aproximarem do Criador: com consagração e reve-
rência; não pela fé em si mesmos, mas num Mediador. Assim o homem está se-
guro sob todas as circunstâncias em que se encontre. O homem deve vir ao
apoio da misericórdia de joelhos prostrados, como um súdito da graça, um su-
plicante. E ao receber benefícios diariamente da mão de Deus, deve sempre aca-
lentar gratidão na alma e expressá-la por palavras de agradecimento e louvor
por esses favores imerecidos. — Mensagens escolhidas, vol. 2, p. 314.

Os olhos que nunca cochilam nem dormem

Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel (Sal-
mos 121:4).
O
s anjos têm guardado o caminho do crente durante toda a sua vida, e ele
não tem visto muitas das ciladas das quais foi liberto. E por isso ele deve
reconhecer em cada prece o serviço que Deus lhe presta nessa proteção
e vigilância feitas por olhos que jamais cochilam e nunca dormem. [...]
Deve haver um conhecimento inteligente de como se aproximar de Deus em
reverência e santo respeito com amor devocional. Há uma crescente falta de re-
verência para com o nosso Criador, um crescente desrespeito pela Sua grandeza
e majestade. Mas Deus nos fala nestes últimos dias. Ouvimos Sua voz na tem-
pestade, no ribombar do trovão. Ouvimos das calamidades que Ele permite nos
terremotos, nas inundações e nos elementos destruidores que levam tudo à sua
frente. Ouvimos de navios que naufragam no oceano tempestuoso. — Mensa-
gens escolhidas, vol. 2, p. 316.
Com as famílias que têm recusado reconhecê-lO, às vezes Deus fala pelo tur-
bilhão e pela tempestade, outras vezes face a face como falou com Moisés. Nou-
tros casos sussurra Seu amor à confiante criancinha e ao idoso ancião de cabelos
brancos. E a sabedoria terrestre se torna sábia ao contemplar o invisível.
Que todos cubram o rosto ao ouvirem a voz mansa e delicada que se segue
ao turbilhão e à tempestade que deslocam as rochas porque Deus está muito
perto. Que se escondam em Jesus Cristo, pois Ele é o seu esconderijo. Sua mão
ferida cobrirá a fenda da rocha enquanto o humilde suplicante prostrado espera
para ouvir o que o Senhor diz ao Seu servo. — Manuscrito 84b, 1897.

Não há lugar impróprio para a oração

Num daqueles dias, Jesus saiu para o monte a fim de orar, e
passou a noite orando a Deus (Lucas 6:12).
C
risto ia ao encontro das pessoas onde elas estavam, e expunha a elas as
grandes verdades relacionadas com o Seu reino. Ao ir de lugar em lugar,
abençoava e confortava os sofredores e curava os enfermos. Esse é o
nosso trabalho. Pequenos grupos devem sair para fazer a obra que Cristo
indicou aos Seus discípulos. Enquanto trabalham como evangelistas, eles po-
dem visitar os doentes, orar com eles e se necessário tratá-los, não com drogas,
mas com os remédios providos pela natureza. — Conselhos sobre saúde, p. 501.
Em todo esforço em cada lugar no qual a verdade é apresentada, há neces-
sidade de opiniões diferentes, de dons diferentes, e que diversos planos e méto-
dos de trabalho se conjuguem para o mesmo fim. Todos devem fazer questão
de aconselhar-se uns com os outros e de orar juntos. — Carta 66, 1886.
Nem sempre podemos estar de joelhos em oração, mas o caminho para o
trono da graça está sempre aberto. Enquanto empenhados em trabalho ativo,
podemos suplicar auxílio; e Aquele que nos não decepciona nos promete: “E re-
cebereis.” O cristão pode encontrar tempo para orar, e o encontrará. [...] Todos
os que realmente desejarem poderão encontrar um lugar para comunhão com
Deus, onde nenhum ouvido pode ouvir senão aquele que se encontra atento às
súplicas dos fracos, aflitos e necessitados — Aquele que observa mesmo a
queda de um pequenino pardal. Diz Ele: “Mais valeis vós do que muitos passari-
nhos” (Mateus 10:31). — Health, Philanthropic, and Medical Missionary Work,
pp. 13-16.

A vida cristã produz alegria

Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos
(Filipenses 4:4).
T
enhamos confiança em Deus. Abram caminho pelas sombras que Sata-
nás lança à frente e segurem o braço de Jesus, o Poderoso. Coloquem seu
caso nas mãos dele. Orem assim: “Senhor, apresento-Te minha petição.
Em Ti ponho minha confiança e rogo a bênção que será para minha utili-
dade presente e futura e para meu eterno bem.” Ao se erguerem da prece, creiam!
Quando o inimigo vier com escuridão, cantem sobre a fé e falem de fé, e verão
que cantaram e falaram até alcançarem a luz.
“Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos” (Filipenses
4:4). Os que cumprem isso têm uma vida de alegria. Nenhuma palavra desagra-
dável procede dos lábios deles ou da atmosfera que lhes envolve a alma, pois
não se julgam melhores que os outros. Escondam-se em Jesus Cristo; enquanto
fizerem isso a verdade de Deus sempre os capacitará para a vida futura, imortal.
Tendo confiança no Poderoso, a confiança de vocês não será emprestada, mas
será sua propriedade. — Manuscrito 91, 1901.
Deus chama os que estão ociosos em Sião a que se levantem e atuem. Não
darão eles ouvidos à voz do Mestre? Ele quer obreiros de oração, fiéis, que se-
meiem sobre todas as águas. Os que assim trabalham ficarão surpreendidos ao
verificar que as provas suportadas com decisão em nome e na força de Jesus
darão firmeza à fé e renovarão o ânimo. — Testemunhos seletos, vol. 1, p. 464.

A corrente de ouro
Por isso, também pode salvar totalmente os que por Ele se
chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles (He-
breus 7:25).
O
que a intercessão significa? É a corrente de ouro que liga o homem finito
ao trono do infinito Deus. O ser humano para cuja salvação Jesus morreu
se dirige insistentemente ao trono de Deus, e sua súplica é levada por
Jesus, que o comprou com o próprio sangue. Nosso grande Sumo Sacer-
dote coloca Sua justiça sobre o suplicante sincero e a oração de Cristo se mistura
à do suplicante humano.
Cristo recomendou a Seu povo que orasse sem cessar. Isso não quer dizer
que sempre estamos de joelhos, mas que a prece deve ser como a respiração da
alma. Nossas silenciosas petições, não importa onde estejamos, devem subir a
Deus, e Jesus nosso Advogado intercede por nós erguendo com o incenso de Sua
justiça os nossos pedidos ao Pai. [...]
O Senhor não deixa que Seus filhos aflitos, provados, sejam vítimas das ten-
tações de Satanás. Pertence a vocês o privilégio de confiar em Jesus. Os Céus es-
tão cheios de ricas bênçãos, e temos o privilégio de ter em nós a alegria de Cristo
para que nossa felicidade seja completa. Se não temos é porque não pedimos ou
porque não oramos com fé, crendo que seremos abençoados com a influência
especial do Espírito Santo. As suaves influências do Espírito Santo são comuni-
cadas ao que verdadeiramente busca por meio da mediação de Cristo. [...] Ele
pode salvar perfeitamente. — Carta 13, 1894.

Uma mensagem especial

Quando os tinham tirado para fora, disse um deles: Escapa-te,
salva tua vida; não olhes para trás de ti, nem te detenhas em toda
esta planície; escapa-te lá para o monte, para que não pereças
(Gênesis 19:17).
O
Senhor vive e reina. Logo Ele Se erguerá em majestade para abalar terri-
velmente a Terra. Uma mensagem especial deve agora ser proclamada
— mensagem que penetrará a escuridão espiritual e convencerá e con-
verterá almas. “Escapa-te por tua vida”, é o apelo a ser feito aos que se
demoram no pecado. Devemos agora levar esse caso muitíssimo a sério. Não
temos um momento a perder em críticas e acusações. Que aqueles que fizeram
isso no passado se prostrem de joelhos em oração e reparem como estão
usando as próprias palavras e planos para substituir as palavras e planos de
Deus. — Testemunhos para a igreja, vol. 8, p. 36, 1904.
Deus muitas vezes leva os homens a uma crise para lhes mostrar a própria
fraqueza e apontar-lhes a fonte da força. Se orarem e vigiarem em oração, lu-
tando com bravura, seus pontos fracos se tornarão os pontos fortes. A experi-
ência de Jacó encerra muitas valiosas lições para nós. Deus ensinou a Jacó que
na própria força jamais alcançaria a vitória, que teria de lutar com Deus em
busca de força do alto. — Manuscrito 2, 1903.
perderão o prêmio. Serão pesados nas balanças do santuário e achados em falta.
Todo aquele que procura a preciosa dádiva da vida eterna deve desconfiar da
própria força e, com muita prece, lançar o próprio coração desvalido sobre
Cristo. [...] Não deixe de olhar para o Salvador erguido na cruz, e ao olhar creia e
viva, pois pela fé no sacrifício expiatório você pode ser justificado pela redenção
que há em Cristo Jesus. — Signs of the Times, 1º de dezembro de 1890.

Vigiar! Vigiar! Vigiar!

Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa;
se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã,
para que, vindo de improviso não vos ache dormindo. E as coisas
que vos digo digo-as a todos: Vigiai! (Marcos 13:35-37).
A
gora é o tempo em que não podemos desviar os olhos espirituais de
Cristo Jesus nem por um instante. [...]
Esteja atento à furtiva aproximação do inimigo, vigie os antigos hábi-
tos e inclinações naturais para que não se desenvolvam; force-os a retro-
ceder e vigie; force-os a recuar cem vezes se for preciso. Vigie os pensamentos
e os planos para que não se tornem egoístas e egocêntricos. Vigie e ore para que
você não caia em tentação. Vigie as pessoas que Cristo adquiriu com Seu sangue.
Vigie as oportunidades para fazer bem a elas.
Assim como Maria, precisamos nos sentar aos pés de Jesus para dEle apren-
der, tendo escolhido aquela melhor parte, a que jamais nos será tirada. Como
Marta, precisamos ser sempre abundantes na obra do Senhor. As mais altas re-
alizações cristãs só podem ser alcançadas mediante muito uso dos joelhos em
oração sincera. [...] Uma única fibrazinha da raiz do egoísmo que permaneça na
mente brotará quando menos se espera, e assim muitos serão contaminados.
— Carta 36, 1894.
Estamos no país de um inimigo. Aquele que foi expulso do Céu desceu à
Terra com grande poder. Com toda armadilha e astúcia possíveis procura levar
pessoas à escravidão. A menos que estejamos constantemente atentos, caire-
mos fácil presa de seus inúmeros enganos.
Somos mordomos, a quem nosso Senhor ausente confiou o cuidado de Sua
casa e de Seus interesses, a serviço dos quais Ele veio ao mundo. Retornou ao
Céu deixando-nos encarregados deles, e deseja que vigiemos e esperemos, pre-
parando-nos para Sua vinda. Sejamos fiéis ao nosso legado a fim de que Ele,
vindo inesperadamente, não nos encontre dormindo. — Carta 5, 1903.

Tire as sandálias dos pés

E disse: Não te chegues para cá; tira os teus sapatos de teus
pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa (Êxodo 3:5).
A
linguagem sofisticada é imprópria para a oração, seja a súplica feita no
púlpito, no círculo da família ou em particular. Especialmente quem ora
em público deve usar linguagem simples para que os outros possam en-
tender o que diz e também se unirem ao pedido.
É a oração de fé, que vem do coração, que é ouvida no Céu e atendida na
Terra. Deus compreende as necessidades humanas. Sabe o que desejamos antes
de Lhe pedirmos. Ele vê o conflito da alma com a dúvida e a tentação. Observa a
sinceridade de quem suplica. Aceita a humilhação da alma e sua aflição. “Mas eis
para quem olharei”, declara Ele, “para o pobre e abatido de espírito e que treme
diante da Minha Palavra” (Isaías 66:2).
Temos o privilégio de orar com confiança, e o Espírito dita nossas súplicas.
Devemos declarar com simplicidade nossas necessidades ao Senhor e exigir Sua
promessa com tal fé que os que se acham na congregação notem que temos
aprendido a vencer com o Senhor em oração. Serão animados a crer que a pre-
sença do Senhor se acha na assembleia e abrirão a alma para receber as bênçãos
dEle. Sua fé em nossa sinceridade aumentará e ouvirão atentamente as instru-
ções dadas. [...]
Oh, se pudéssemos, como devemos, ver a necessidade de buscar ao Senhor
de todo o coração! Então O encontraríamos. Que Deus ensine Seu povo a orar.
Que os professores em nossas escolas e os pastores em nossas igrejas apren-
dam diariamente na escola de Cristo. Assim eles orarão fervorosamente e seus
pedidos serão ouvidos e satisfeitos. Então a Palavra será proclamada com po-
der. — Obreiros evangélicos, p. 177.

O que inspira a verdadeira reverência?

E, perto do sacrifício da tarde, me levantei da minha aflição,
havendo já rasgado a minha veste e o meu manto, e me pus de
joelhos, e estendi as minhas mãos para o Senhor, meu Deus (Esdras
9:5).
A
verdadeira reverência para com Deus é inspirada por um sentimento de
Sua infinita grandeza e de Sua presença. Todo coração deve ser profun-
damente impressionado com esse sentimento do Invisível. A hora e o lu-
gar da oração são sagrados porque Deus Se encontra ali, e ao manifestar-
se reverência em atitude e maneiras, o sentimento que inspira essa reverência
se tornará mais profundo. “Santo e tremendo é o Seu nome” (Salmos 111:9), de-
clara o salmista. Ao proferirem esse nome os anjos cobrem o rosto. Com que
reverência, pois, devemos nós, caídos e pecadores, tomá-lo nos lábios!
Bom seria para idosos e jovens meditarem nas palavras da Escritura que
mostram como o lugar marcado pela presença especial de Deus deve ser res-
peitado.
“Tira os teus sapatos de teus pés”, ordenou Ele junto à sarça ardente, “por-
que o lugar em que tu estás é terra santa” (Êxodo 3:5). Jacó, depois de contem-
plar a visão dos anjos, exclamou: “O Senhor está neste lugar, e eu não o sabia. [...]
Este não é outro lugar senão a casa de Deus; e esta é a porta dos Céus” (Gênesis
28:16 e 17). [...]
Não se exigem orações tagarelas, com caráter de sermão, e que são inade-
quadas em público. Uma oração curta feita com fervor e fé abrandará o coração
dos ouvintes, mas durante as orações longas eles esperam impacientemente,
como se desejassem que cada palavra fosse o final da prece. — Obreiros evangé-
licos, p. 179.

Deus fará grandes coisas por nós

Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre
muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor (Mateus 25:21).
O
Senhor está disposto a fazer grandes coisas por nós. Não obteremos a
vitória pelo número, mas pela completa entrega da vida a Jesus. Temos
de ir avante em Sua força, confiando no poderoso Deus de Israel. [...] Você
nunca deve ser surpreendido, nunca deve estar sem a armadura. Esteja
pronto para qualquer emergência, para qualquer chamada do dever. [...] O ar-
gumento só por si não é suficiente. Deus precisa ser buscado de joelhos; você
deve sair para encontrar o povo no poder e a influência do Espírito Santo. [...]
Deus quer que você seja alguém pronto para o momento, exatamente como os
soldados que compunham o exército de Gideão. — The Review and Herald, 1º
de julho de 1884.
No dia do julgamento final, quando for dada a recompensa a cada um de
acordo com as obras, é seu privilégio ver pessoas redimidas para as quais você
foi o instrumento de ajuda. Imagine-as se aproximando e dizendo: “Você me er-
gueu do desânimo.” E o Mestre dirá: “Bem está, servo bom e fiel, [...] entra no gozo
do teu Senhor” (Mateus 25:21). — Carta 348, 1908.
O Senhor mantém uma lista completa de obreiros, e na história bíblica nos
deu o nome de alguns. Entre os que foram mordomos fiéis se encontram
Abraão, José, Moisés, Elias, Daniel, Neemias, João e Paulo. [...] Os obreiros da vi-
nha do Senhor têm o exemplo dos bons de todos os séculos para estimulá-los e
animá-los no amor de Deus a se entregarem ao ministério dos anjos, à simpatia
de Jesus e à esperança de ganhar almas preciosas para brilharem como estrelas,
eternamente, em sua coroa de glória. — The Review and Herald, 6 de janeiro de
1885.

Sem fé não há resposta

Segunda vez foi Jesus a Caná da Galileia, onde da água fi-
zera vinho. E havia ali um nobre, cujo filho estava enfermo em Ca-
farnaum (João 4:46).
A
quele que abençoou o nobre de Cafarnaum está também desejoso de nos
abençoar. Porém, assim como o aflito pai, somos muitas vezes levados a
buscar a Jesus pelo desejo de algum bem terrestre, e fazemos depender
nossa confiança em Seu amor do atendimento de nossas súplicas. [...]
O nobre queria ver sua oração atendida antes de crer, mas teve de aceitar a
Palavra de Jesus, de que seu pedido já havia se cumprido. Também devemos
aprender essa lição. Devemos crer não porque vejamos ou sintamos que Deus
nos ouve. Temos de confiar nas promessas dEle. Quando nos chegamos a Ele
com fé, toda súplica penetra o coração de Deus. Após pedir Suas bênçãos, deve-
mos crer que as recebemos devemos e agradecê-lO porque as temos recebido.
Então vamos ao cumprimento do dever certos de que a bênção terá lugar
quando mais dela necessitarmos. — O Desejado de Todas as Nações, p. 200.
A fé usa a própria Palavra para confiar em Deus, não buscando compreender
a significação das difíceis experiências que ocorrem. Porém, há muitos que pos-
suem pequena fé. [...] E as dificuldades que encontram, em lugar de os conduzir
para Deus, os separam dEle porque despertam inquietação e queixas. Será que
essas pessoas agem bem ao ser assim incrédulas? Jesus é amigo delas. Todo o
Céu se acha empenhado em seu bem-estar, e o medo e as queixas só ofendem o
Espírito Santo. — Obreiros evangélicos, p. 261.

Os jovens precisam de oração e simpatia

E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão,
filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim,
Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordei-
ros (João 21:15).
E
m vez de criticar e condenar o próximo, diga: “Devo trabalhar para minha
própria salvação. Se coopero com Aquele que deseja salvar a minha alma,
devo me vigiar cuidadosamente, afastar de minha vida tudo o que é mau,
vencer todo o defeito, tornar-me nova criatura em Cristo. Por isso, em lu-
gar de enfraquecer os que lutam contra o mal, irei fortalecê-los com palavras
animadoras.” Somos indiferentes demais para com os outros. Esquecemos mui-
tas vezes que nossos companheiros de trabalho têm necessidade de força e ani-
mação. Tenha o cuidado de garantir seu interesse e simpatia a eles. Ajude-os
pela oração e faça-os saber que têm orado por eles. — A ciência do bom viver,
pp. 485-493.
Mesmo que se tenha feito alguma coisa em favor da educação e preparo re-
ligioso da juventude, ainda há uma grande falha. Muitos precisam ser animados
e ajudados. Não se faz o trabalho pessoal que a necessidade exige. Não são ape-
nas os ministros que têm negligenciado a solene obra de salvar a juventude; os
membros da igreja terão de prestar contas ao Mestre por sua indiferença e ne-
gligência do dever.
O Senhor não é glorificado quando [os jovens] são negligenciados e despre-
zados. Eles precisam ser educados, disciplinados e pacientemente instruídos. A
juventude precisa mais do que um preparo casual, mais do que uma palavra de
animação casual. Precisam de uma obra dedicada, cuidadosa, reforçada pela
oração. Só uma pessoa cujo coração se ache cheio de amor e simpatia será capaz
de conquistar esses jovens aparentemente descuidados e indiferentes. — Testi-
monies on Sabbath School Work, pp. 114 e 115.

Sem oração e insistência não ganharei almas

Então, ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pe-
cadores a ti se converterão (Salmos 51:13).
L
embro-me de que quando o poder convertedor de Deus veio sobre mim
em minha juventude eu desejava que todos alcançassem a mesma bênção
que eu havia alcançado, e não conseguia sossegar enquanto não houvesse
falado com todos sobre isso. Comecei a dialogar com minhas jovens ami-
gas e fui à casa delas para falar de minha experiência, de como o Salvador era
precioso para mim, e quanto eu desejava servi-lO e ansiava para que elas tam-
bém O servissem. Assim pude falar da preciosidade de Cristo e dizer a elas: “Vo-
cês não gostariam de se ajoelhar comigo em oração?” Algumas se curvavam e
outras ficavam sentadas na cadeira, mas em seguida todas estavam de joelhos e
podíamos orar juntas por horas até que a última dissesse: “Creio que Jesus per-
doou os meus pecados.” Algumas vezes o Sol nascia antes que abandonássemos
a luta. Há um grande poder em Jesus. — Manuscrito 10, 1888.
A razão de tantos não alcançarem êxito é confiarem demais em si mesmos e
não sentirem a positiva necessidade de estar em Cristo quando saem para bus-
car e salvar o perdido. Enquanto não tiverem o Espírito de Cristo e ensinarem a
verdade como ela é em Jesus, não realizarão muito. [...]
As primeiras obras da igreja apareceram quando os crentes procuraram os
amigos, parentes e conhecidos e, com coração transbordante de amor, conta-
ram a história do que Jesus era para eles, e do que eles eram para Jesus. — Tes-
temunhos para ministros e obreiros evangélicos, pp. 167 e 168.

A autocrítica é uma grande virtude

Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos
a vós mesmos. Ou não sabeis, quanto a vós mesmos, que Jesus
Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados (2 Coríntios
13:5).
S
e todos os cristãos professos usassem suas faculdades investigadoras para
ver que males há neles mesmos para corrigirem em vez de falar dos erros
alheios, existiria na igreja hoje uma condição muito mais saudável. [...]
O Senhor está experimentando e provando Seu povo. Vocês podem ser
duros e críticos o quanto quiserem com o próprio caráter defeituoso, mas sejam
bondosos, misericordiosos e corteses para com os outros. Indaguem todos os
dias: “Sou absolutamente íntegro ou tenho coração falso?” Supliquem ao Senhor
que os salve de todo engano nesse ponto. Acham-se nisso envolvidos interesses
eternos. Ao passo que tantos desejam honras e anseiam por lucro, busquem vo-
cês ansiosamente a certeza do amor de Deus e clamem: “Quem me mostrará
como garantir minha vocação e eleição?”
Satanás estuda cuidadosamente os pecados básicos dos homens, e depois
começa seu trabalho de os seduzir e enlaçar. Estamos no auge da tentação, mas
há vitória para nós se corajosamente lutarmos as batalhas do Senhor. Todos es-
tão em perigo, mas se andarem humilde e dedicadamente, sairão do processo
de prova mais preciosos que o ouro puro, sim, do que o ouro fino de Ofir. Se
forem relaxados e negligenciarem orar, serão como o sino que tine e o címbalo
que soa. — Conselhos para a igreja, p. 182.

Quando o jejum e a oração são apropriados

Mas esta espécie só sai pela oração e pelo jejum (Mateus
17:21).
O
s nove discípulos estavam ainda pensando no duro fracasso que enfren-
taram, e ao se verem mais uma vez a sós com Jesus perguntaram: “Por
que nós não pudemos expulsar o espírito mau?” Jesus lhes respondeu:
“Por causa de vossa pouca fé; porque em verdade vos digo, que se tiverdes
fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá — e há
de passar; e nada vos será impossível. Mas esta espécie de demônios não se expulsa
senão pela oração e pelo jejum” (Mateus 17:19-21). [...]
As palavras de Cristo com respeito à Sua morte haviam produzido tristeza e
dúvida. E a escolha dos três discípulos para acompanharem Jesus ao monte ati-
çou os ciúmes dos outros nove. Em vez de fortalecerem a fé pela prece e medi-
tação nas palavras de Cristo, remoeram os próprios desânimos e insultos pes-
soais. Foi nesse estado de escuridão que entraram em conflito com Satanás.
Para terem sucesso num combate assim, precisavam pôr mãos à obra com
espírito muito diferente. Sua fé devia ser fortalecida por fervorosa oração, jejum
e humilhação de alma. Deviam esvaziar-se de si mesmos e encher-se com o Es-
pírito e o poder de Deus. Somente a súplica fervorosa, perseverante a Deus, feita
com fé — fé que leva a esperar com inteira confiança nEle, consagrando-se sem
reservas à Sua obra — pode ser eficaz para trazer aos homens o auxílio do Es-
pírito Santo na batalha contra os principados e as potestades, os príncipes das
trevas deste século, as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais.
“Se tiverdes fé como um grão de mostarda”, disse Jesus, “direis a este monte:
Passa daqui para acolá — e há de passar” (Mateus 17:20). — O Desejado de To-
das Nações, pp. 429-431.

O jejum que agrada a Deus

Teu Pai, que vê em segredo, te recompensará publicamente
(Mateus 6:6).
O
verdadeiro jejum não é um serviço meramente formal. A Escritura des-
creve o jejum preferido por Deus: “que soltes as ligaduras da impiedade,
que desfaças as ataduras do jugo [...] que deixes livres os quebrantados
[ou oprimidos] e despedaces todo o jugo [...];” “abrires a tua alma ao fa-
minto, e fartares a alma aflita” (Isaías 58:6 e 10). Aí se expõe o próprio espírito
e caráter da obra de Cristo. Toda a Sua vida foi um sacrifício pela salvação do
mundo. Quer jejuando no deserto da tentação quer comendo com os publicanos
no banquete de Mateus, estava dando a vida pela redenção dos perdidos. Não
em inúteis lamentações, em simples humilhação do corpo e multidão de sacrifí-
cios é que se encontra o verdadeiro espírito de devoção, mas se revela na en-
trega do próprio eu em voluntário serviço para Deus e o homem.
Jesus mostrou em que consiste a justiça, e indicou Deus como fonte dela.
Voltou-Se então para os deveres práticos. Ao dar esmolas, orar e jejuar, disse
Ele, que nada seja feito com o intuito de atrair atenção ou louvores para o eu. Dê
em sinceridade, para benefício do pobre sofredor. Na oração, que a alma inte-
raja com Deus. Ao jejuar, não ande de cabeça baixa, a mente ocupada consigo
mesmo. O coração do fariseu é um solo árido e inútil, em que nenhuma semente
de vida divina pode crescer. Aquele que mais completamente se entrega a Deus
é quem mais aceitável serviço presta, pois mediante a comunhão com Ele os ho-
mens se tornam coobreiros dEle em manifestar-Lhe o caráter através da huma-
nidade. A adoração prestada em sinceridade de coração tem grande recom-
pensa. — O Desejado de Todas as Nações, pp. 278 e 312.

O perigo da justiça própria

Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos e inteligentes em
sua própria opinião! (Isaías 5:21).
F
oi isso que se demonstrou a ruína dos judeus, e será a de muitas almas em
nossos próprios dias. Há milhares a cometer o mesmo erro dos fariseus a
quem Cristo reprovou no banquete de Mateus. Em lugar de abandonar
certa ideia nutrida, ou rejeitar algum ídolo de opinião, muitos recusam a
verdade descida do Pai da luz. Confiam em si mesmos, e dependem da própria
sabedoria, e não compreendem sua pobreza espiritual. [...]
Uma religião legal nunca poderá conduzir almas a Cristo, pois não tem o
amor nem a presença de Cristo. Jejuar ou orar quando se está tomado por um
espírito de justificação própria é uma abominação aos olhos de Deus. A solene
assembleia para o culto, a rotina das cerimônias religiosas, a humilhação ex-
terna, o sacrifício imposto mostram que quem pratica essas coisas se considera
justo e com títulos ao Céu, mas tudo é engano. Nossas próprias obras jamais po-
derão comprar a salvação. [...]
A justiça de Cristo é para eles um vestido sem uso, uma fonte intacta. A esses
é dito: “Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira caridade. Lembra-
te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não,
brevemente a ti verei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrepende-
res” (Apocalipse 2:4 e 5). — O Desejado de Todas as Nações, p. 280.

Vou orar pedindo um coração amoroso

Para que Cristo habite, pela fé, no vosso coração; a fim de,
estando arraigados e fundados em amor (Efésios 3:17).
S
e crermos em Cristo e fizermos Sua vontade não nos exaltando a nós mes-
mos, mas andando em humildade de espírito, certamente o Senhor estará
conosco. [...] Ore para que Ele lhe dê um coração de carne, um coração que
sinta as tristezas dos outros, que possa ser tocado com os ais humanos.
Ore para que Ele lhe dê um coração que não lhe permita fazer pouco caso das
viúvas e dos órfãos. Ore para que tenha sentimentos de misericórdia para com
os pobres, os doentes e aflitos. Ore para que possa amar a justiça e odiar o roubo,
não tendo preferência ao conceder favores, a não ser a consideração dos casos
dos necessitados e infelizes. Então as promessas registradas em Isaías 58 se
cumprirão com você. — Carta 24, 1889.
É sempre humilhante ter alguém os próprios erros apontados por outros.
Ninguém deveria piorar a prova de outros com censuras desnecessárias. Nin-
guém já foi conquistado por repreensões, mas muitos têm sido repelidos dessa
forma e levados a endurecer o coração contra as convicções. Um espírito suave,
uma maneira delicada e cativante pode salvar o afastado e encobrir uma multi-
dão de pecados. — A ciência do bom viver, p. 166.
Os que afirmam crer em Cristo devem representar a Jesus em obras de bon-
dade e misericórdia. Esses jamais saberão, até o dia do julgamento, que bem têm
feito em seguir o exemplo do Salvador. — Carta 140, 1908.
Se nos humilhássemos perante Deus e fôssemos bondosos, corteses, com-
passivos e piedosos, haveria uma centena de conversões à verdade onde agora
há apenas uma. — Testemunhos para a igreja, vol. 9, p. 189.

As mulheres podem alcançar corações

A mulher bondosa conquista o respeito (Provérbios 11:16).
M
inhas irmãs, não se cansem de distribuir nossa literatura. Essa é uma
tarefa na qual todas vocês podem se empenhar com sucesso se apenas
estiverem ligadas a Deus. Antes de se aproximarem dos amigos e vizi-
nhos ou antes de escreverem mensagens missionárias, ergam o cora-
ção a Deus numa prece. Toda a que com coração humilde toma parte nessa obra
está se educando como obreira aceitável na vinha do Senhor. — The Review and
Herald, 10 de dezembro de 1914.
As irmãs podem fazer muito para alcançar o coração e suavizá-lo. Onde quer
que estejam, minhas irmãs, trabalhem em simplicidade. Se estiverem num lar
onde há crianças, deem atenção a elas. Demonstrem que as amam. Se uma delas
estiver doente, ofereçam-se para tratá-la; ajudem a mãe sobrecarregada de cui-
dados, ansiosa, a aliviar sua criança sofredora. — The Review and Herald, 11 de
novembro de 1902.
Essa é a obra especial que está agora diante de nós. Toda nossa oração e je-
jum serão inúteis a menos que nos empenhemos nessa obra. Sobre nós repou-
sam sagradas obrigações. Nosso dever é claramente exposto. O Senhor nos fa-
lou por meio do Seu profeta (Isaias 58). Os pensamentos do Senhor e os Seus
caminhos não são o que mortais cegos e egoístas creem que são ou desejam que
sejam. O Senhor olha para o coração. Se aí habita o egoísmo, Ele o sabe. Podemos
procurar esconder de nossos irmãos e irmãs nosso verdadeiro caráter, mas
Deus o conhece. Não se pode esconder nada dEle. — Testemunhos para a igreja,
vol. 2, p. 33.

Oremos pelo controle do apetite

Pois o que faço, não o entendo; porque o que quero, isso não
pratico; mas o que aborreço, isso faço (Romanos 7:15).
impossível aos que condescendem com o apetite atingirem a perfeição
É cristã. — Testemunhos para a igreja, vol. 2, p. 400.

A santificação não é meramente uma teoria, uma emoção ou uma
forma de expressão, mas um princípio vivo, ativo, preenchendo a vida dia-
riamente. Ela exige que nossos hábitos no comer, beber e vestir garantam a con-
servação da saúde física, mental e moral para que possamos apresentar ao Se-
nhor nosso corpo — não uma oferta corrompida por maus hábitos errôneos,
mas — “um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (Romanos 12:1). — The
Se o homem alimentar de boa vontade a luz que Deus lhe dá em misericór-
dia acerca da reforma de saúde, pode ser santificado mediante a verdade e ca-
pacitado para a imortalidade. Contudo, se menosprezar essa luz e viver em vio-
lação da lei natural, terá de pagar o preço. — Testemunhos para a igreja, vol. 3,
p. 162.
Nossa única esperança de reconquistar o Éden está no firme domínio pró-
prio. Se o poder da condescendência com o apetite era tão forte sobre os ho-
mens que o divino Filho de Deus teve de suportar um jejum de quase seis sema-
nas em favor do homem para quebrar as garras da condescendência, que tarefa
se apresenta ao cristão! Entretanto, por mais intensa que a luta seja, ele pode
vencer. Pelo auxílio daquele poder divino que resistiu às mais ferozes tentações
que Satanás podia inventar, ele também pode ter sucesso absoluto na guerra
contra o mal e poderá ter na fronte a coroa do vencedor, no reino de Deus no
final. — Conselhos sobre o regime alimentar, p. 167.

Nada pode vencer a alma que se apega a Jesus

E rogo não somente por estes, mas também por aqueles que
pela sua Palavra hão de crer em mim (João 17:20).
F
ale com o povo de maneira a inspirar ânimo. Eleve-os a Deus em oração.
Muitos dos que foram tentados e vencidos são humilhados por seus fra-
cassos e sentem ser inútil tentar uma reaproximação de Deus, mas esse
pensamento é sugestão do inimigo. Quando pecaram e sentem que não
podem orar, diga-lhes que esse é o melhor momento para orar. Talvez se encon-
trem envergonhados e profundamente humilhados. Entretanto, ao confessa-
rem os pecados, Aquele que é fiel e justo os perdoará e os purificará de toda
injustiça.
Coisa alguma é aparentemente mais desamparada e, na realidade, mais in-
vencível, do que a alma que sente o seu vazio e confia inteiramente nos méritos
do Salvador. Pela oração, pelo estudo de Sua Palavra, pela fé em Sua constante
presença, a mais fraca das criaturas humanas pode viver em contato com o
Cristo vivo, e Ele a segurará com uma mão que nunca a soltará. — A ciência do
bom viver, pp. 181 e 182.
Cada um de nós pode ver que há um poder cooperando com nossos esforços
pela vitória. Por que então os humanos não utilizam o auxílio providenciado por
Cristo para os enobrecer e elevar? Por que se destroem pela satisfação do ape-
tite pervertido? Por que não se erguem na força de Jesus e saem vitoriosos em
Seu nome? Jesus ouvirá a mais fraca oração que fizermos. Ele Se compadece da
fraqueza de cada alma. Aquele que é poderoso para salvar tem condições de au-
xiliar a cada um. Aponto Jesus Cristo, o Salvador do errante, quem unicamente
pode dar a vocês o poder para superar cada ponto. — Temperança, p. 114.

Ele me dá forças para as provas futuras

Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do Ma-
ligno (João 17:15).
O
Senhor olha para o Seu povo tentado e provado com piedade, compaixão
e terno empenho. Por algum tempo Ele permitirá que os opressores
triunfem sobre os que conhecem os santos mandamentos de Deus. Con-
cede a todos a mesma oportunidade que foi garantida ao primeiro
grande rebelde para demonstrar o espírito que os leva a agir. É o desígnio de
Deus que cada um seja tentado e provado para ver se será leal ou não às leis que
governam o reino do Céu. Até o fim Deus permite que Satanás revele o próprio
caráter como mentiroso, acusador e assassino. Assim o triunfo final do Seu povo
será mais claro, mais glorioso, mais inteiro e completo. [...]
Aproximamo-nos da mais importante crise que já se abateu sobre o mundo.
Se não estivermos bem despertos e vigilantes ela se aproximará de nós como
um ladrão. Satanás está se preparando para agir secretamente por seus agentes
humanos. [...]
Talvez tenhamos de suplicar aos conselhos legislativos com mais determi-
nação pelo direito de exercer avaliação independente e de adorar a Deus de
acordo com as regras de nossa consciência. Assim, em Sua providência Deus de-
terminou que as cobranças de Sua santa Lei sejam apresentadas aos homens
que estão em cargos da mais alta autoridade. Porém, quando fizermos tudo que
está ao nosso alcance como homens e mulheres que não desconhecem os ardis
de Satanás, não devemos manifestar nenhum sentimento de amargura. Preci-
samos orar constantemente pelo auxílio divino. Só Deus pode prender os qua-
tro ventos até que os anjos selem os servos do Senhor na fronte. — Mensagens
escolhidas, vol. 3, pp. 414 e 415.

Apresente em oração cada plano a Deus

Pois eu bem sei os planos que estou projetando para vós, diz o
Senhor; planos de paz, e não de mal, para vos dar um futuro e
uma esperança (Jeremias 29:11).
A
negligência da oração leva os homens a confiar na própria força e abre a
porta à tentação. Em muitos casos a imaginação é seduzida por pesqui-
sas científicas, e os homens se vangloriam porque têm consciência das
próprias faculdades. As ciências que tratam da mente humana são muito
louvadas. Elas são boas no devido lugar, mas Satanás se apodera delas como
poderosos instrumentos para enganar e destruir as almas. Suas artes são acei-
tas como vindas do Céu, e ele recebe assim o culto que tanto busca. O mundo,
que pensa ser tão beneficiado pela frenologia1 e o magnetismo animal [mesme-
rismo],2 nunca foi tão corrupto como agora. Por meio dessas ciências a virtude
é destruída e as bases do espiritismo são lançadas. — The Signs of the Times, 6
de novembro de 1884.
Não podemos ter agora uma fé fraca; não podemos estar seguros se manti-
vermos uma atitude desatenta, indolente, de inatividade. [...] Apresente cada
plano a Deus com jejum, com humildade de alma diante do Senhor Jesus, e en-
tregue seus caminhos ao Senhor. A promessa segura é: “Ele endireitará as tuas
veredas.” Seus recursos são infinitos. O Santo de Israel, que chama os anjos ce-
lestes pelo nome e mantém as estrelas do céu na posição indicada, Ele mesmo
cuida de vocês. [...]
Deixo esta questão para vocês avaliarem, pois tenho me preocupado e per-
turbado quanto aos perigos que atacam a todos os que estão em Battle Creek,
temendo que procedam imprudentemente e deem vantagem ao inimigo. E isso
não precisa acontecer, pois se andarmos humildemente com Deus, estaremos
seguros. — Carta 45, 1893.
1
Frenologia: É uma pseudociência, ultrapassada atualmente, que alega que a forma do crânio indica
as faculdades e aptidões mentais de uma pessoa.
2
Magnetismo animal ou mesmerismo: Pseudociência que cria na força natural, invisível, de todos os
seres vivos, que podia, inclusive, curar.

Vou confiar em Deus até o fim

Quanto o oriente está longe do ocidente, tanto tem ele afas-
tado de nós as nossas transgressões (Salmos 103:12).
Q
ue o pecado do orgulho seja afastado, que todas as superfluidades do ves-
tuário sejam vencidas e se exerça arrependimento para com Deus por
causa do tirânico roubo a Ele infligido pela retenção de dinheiro que devia
fluir para o tesouro a fim de manter a obra de Deus nos campos missioná-
rios. Seja a obra de reforma, de verdadeira conversão, exposta com insistência
diante do povo. Que nossas obras e comportamento correspondam à obra atual,
para que possamos dizer: “Imitem-me, assim como tenho imitado a Cristo.” En-
tristeçamos a alma diante de Deus pela humilhação, jejum e prece, arrependi-
mento do pecado e afastamento dele. — Mensagens escolhidas, vol. 2, p. 379.
O fato de que homens que querem ser obedientes a Deus têm posto tanta
confiança na compaixão e auxílio humanos me aflige, pois tantas vezes isso leva
à decepção. Mas Deus, o Deus vivo, é imutável. É o mesmo Salvador bondoso,
terno, misericordioso e amante ontem, hoje e eternamente. Satanás trabalha
agora com todo o poder sem desprezar nenhum meio capaz de perturbar algum
espírito a fim de ver homens de longa experiência cometerem erros. Jesus, po-
rém, é irrepreensível. [...] Em Deus há total segurança. Ore, ore, ore e ore com fé.
Então confie a Deus a guarda de sua vida. Ele protegerá até aquele dia aquilo
que você Lhe confiar. [...] Ande humildemente com Deus. O Senhor vê toda tris-
teza, toda aflição, toda prova que rodeia o ser humano, e sabe como aplicar bem
o bálsamo. — Carta 126, 1895.

Muito menos de mim e muito mais de Jesus

De tarde, de manhã e ao meio-dia me queixarei e me lamen-
tarei; e ele ouvirá a minha voz (Salmos 55:17).
P
or semanas não tenho conseguido dormir antes das 3:30. Minha mente
se encontra muito preocupada quanto à nossa condição como um povo.
Devíamos estar muito à frente de qualquer outro povo da Terra, pois te-
mos mais luz e conhecimento, o que nos coloca em maior responsabili-
dade de promover essa luz e não apenas professar a verdade, mas praticá-la.
Quando fazemos assim, estamos seguindo a Cristo, que é a luz do mundo. E se
nós como um povo não estamos continuamente nos elevando, espiritualizando-
nos mais e mais, estamos nos tornando como os fariseus — confiantes na pró-
pria justiça — ao passo que não fazemos a vontade de Deus.
Importa que estejamos mais perto de Deus. Precisamos introduzir muito
menos de nós e muito mais de Jesus Cristo e Sua graça em nossa vida diária.
Vivemos num importante período da história deste mundo. O fim de tudo está
às portas; o relógio se aproxima rapidamente da meia-noite. Em breve se ouvirá
no Céu: “Está cumprido” (Apocalipse 21:6). [...]
Que nossos testemunhos se avivem, e que nos apeguemos mais firmemente
a Deus. Não posso deixar de orar a uma, às duas e às três horas da manhã para
que o Senhor opere no coração do povo. Penso no Céu interessado na obra que
está em andamento na Terra. Anjos ministradores aguardam ao pé do trono
para obedecerem instantaneamente à ordem de Jesus Cristo a fim de atender
toda oração feita em sinceridade, com fé viva. Penso em como muitos dos que
professam a verdade a veem como separada da própria vida. Não introduzem
no próprio coração o poder santificador, refinador e espiritualizante dela. —
Mensagens escolhidas, vol. 2, p. 377.

Privilégios incluem responsabilidades

A justiça exalta as nações, mas o pecado é o opróbrio dos
povos (Provérbios 14:34).
E
stamos longe de ser o povo que Deus quer que sejamos porque não te-
mos elevado a alma nem refinado o caráter em harmonia com o maravi-
lhoso desenvolvimento da verdade de Deus e Seus desígnios. [...] O pe-
cado é um desorganizador. Onde quer que seja nutrido — no coração, na
família, na igreja — há desordem, luta, discordância, inimizade, inveja e ciúmes
porque o inimigo do homem e de Deus controla a mente. Entretanto, se a ver-
dade for amada e introduzida no viver da mesma maneira que é defendida, o
homem ou a mulher que assim fizer odiará o pecado e será um vivo represen-
tante de Jesus Cristo perante o mundo.
O povo que pretende crer na verdade não será condenado por não ter tido
a luz, mas porque tiveram grande esclarecimento e não levaram o coração à
obediência da grande norma moral de justiça. O povo que professa crer na ver-
dade precisa ser elevado mediante o vivê-la. A verdadeira religião bíblica deve
melhorar a vida, refinar e enobrecer o caráter, tornando-o mais e mais seme-
lhante ao modelo divino. Então o lar ecoará com orações, com ação de graças e
louvores a Deus. Anjos servirão no lar e acompanharão o adorador à casa de
oração.
As igrejas que professam crer na verdade, que defendem a Lei de Deus, obe-
deçam a essa Lei e se afastem de toda a iniquidade. Resistam os membros da
igreja, individualmente, a toda tentação para praticar o mal e condescender com
o pecado. Comece a igreja a obra de purificação diante de Deus pela humilhação,
arrependimento e profundo exame de alma, pois nos encontramos no dia real
da expiação — hora solene, carregada de resultados eternos. — Mensagens es-
colhidas, vol. 2, p. 377.

Representantes vivos da verdade

E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas,
antes, condenai-as (Efésios 5:11).
O
s que ensinam a verdade devem apresentá-la tal como é em Jesus. Sob a
influência empolgante, santificadora e aperfeiçoadora da verdade de
Deus eles são como vasos limpos. Se a religião bíblica os transformar,
que influência irradiaria deles para o mundo! [...]
Deus nunca abandona povos ou indivíduos enquanto eles não O abando-
nam. A oposição externa não fará com que a fé do povo de Deus, que Lhe obe-
dece aos mandamentos, venha a enfraquecer. A negligência de introduzir pu-
reza e verdade na prática entristecerá o Espírito de Deus e os enfraquecerá por-
que Deus não está em seu meio para abençoar. A corrupção interna atrairá a
condenação divina sobre este povo, como fez com Jerusalém. Oh, ouçam-se vo-
zes a suplicar e orações fervorosas para que aqueles que pregam a outros não
sejam, eles mesmos, rejeitados. Meus irmãos, não sabemos o que se encontra à
nossa frente, e nossa única segurança reside em seguir a Luz do mundo. Deus
cooperará conosco e trabalhará por nós caso os pecados que atraíram Sua ira
sobre o mundo antigo, sobre Sodoma e Gomorra e a antiga Jerusalém, não se
tornarem também nosso crime.
Se como um povo não nos conservarmos na fé — em vez de não somente
defender pela escrita e pela Palavra os mandamentos de Deus, mas guardá-los
a cada um, não desobedecendo conscientemente um único preceito — então
seremos atingidos por fraqueza e ruína. Esta é uma obra a que devemos atender
em cada uma de nossas igrejas. Cada homem deve ser um cristão. — Mensagens
escolhidas, vol. 2, pp. 378 e 379.

A família no altar da intercessão 1º de dezembro
Deus honra a família bem dirigida

Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua jus-
tiça, e todas essas coisas serão acrescentadas a vocês (Mateus
6:33, Nova Versão Internacional).
A
lgumas famílias têm uma pequena igreja no lar. O amor mútuo une cora-
ção a coração, e a união existente entre os membros da família prega o
mais eficaz sermão sobre a piedade prática. Quando os pais cumprem
fielmente o dever na família restringindo, corrigindo, avisando, aconse-
lhando e orientando, o pai como sacerdote da família e a mãe como missionária
no lar, estão ocupando a posição que Deus quer que ocupem. Cumprindo fiel-
mente o dever no lar, estão multiplicando os meios de fazer o bem fora de casa.
Estão se tornando mais bem capacitados para atuar na igreja. Educando com
prudência o pequeno rebanho, unindo os filhos a si mesmos e a Deus, os pais e
as mães se tornam cooperadores do Senhor. A cruz é erguida no lar. Os mem-
bros da família se tornam membros da família lá do alto, filhos do celeste Rei. —
Em certo sentido, o pai é o sacerdote da família, deixando sobre o altar o sa-
crifício matutino e vespertino. Mas a mulher e os filhos devem se unir à oração
e aos hinos de louvor. Antes de deixar a casa para o trabalho do dia, que o pai
reúna cedinho os filhos à sua volta e se curve perante Deus para os recomendar
ao paternal cuidado divino. Passados os trabalhos do dia, reúna-se a família
para fazer uma prece de gratidão e erguer hinos de louvor em reconhecimento
ao divino cuidado no decorrer do dia findo. [...] Não deixem de reunir a família
em torno do altar de Deus. — A ciência do bom viver, pp. 392 e 393.

2 de dezembro A família no altar da intercessão
Nunca devo adiar o culto em família

Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a
todos, mas principalmente aos da família da fé (Gálatas 6:10).
E
m seus esforços para providenciar conforto e felicidade aos visitantes,
não se esqueçam das obrigações para com Deus. Nada deve levar vocês a
passar por alto a hora de oração. Não conversem nem se divirtam até fi-
carem cansados demais para desfrutar do momento de devoção. Fazer
isso é apresentar a Deus uma oferta defeituosa. Assim que anoitecer, quando
podemos orar sem atropelos e de maneira inteligente, devemos apresentar nos-
sas súplicas erguendo a voz em feliz e grato louvor. Todos os que visitam os
crentes deviam ver que a hora de oração é a mais preciosa, a mais sagrada e feliz
hora do dia. Esses momentos de devoção exercem uma influência enobrece-
dora em todos que deles participam. Trazem uma paz e um sossego maravilho-
sos ao espírito. — Mensagens aos jovens, p. 342.
Uma luz, por pequena que seja, se estiver sempre brilhando, pode servir
para acender muitas outras. [...] Nossas possibilidades serão maravilhosas. Se
abrirmos o coração e o lar aos divinos princípios da vida, poderemos ser canais
que transmitam correntes de força animadora. De nosso lar fluirão rios de vida
e de saúde, de beleza e fecundidade numa época como esta, em que tudo é de-
solação e secura. — A ciência do bom viver, p. 355.
Toda família deve construir o próprio altar de oração, reconhecendo que o
temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Se alguma pessoa no mundo neces-
sita da força e do encorajamento que a religião dá, são os responsáveis pela edu-
cação e ensino das crianças. — The Review and Herald, 27 de junho de 1899.

A família no altar da intercessão 3 de dezembro
A tragédia de um lar sem oração

Também nenhum estranho comerá das coisas santas; nem o
hóspede do sacerdote, nem o jornaleiro comerão das coisas san-
tas (Levítico 22:10).
S
e já houve um tempo em que cada lar precise ser uma casa de oração, esse
tempo é hoje. [...] Mas nesta época de terrível perigo, infelizmente alguns
que professam ser cristãos não celebram o culto doméstico. Não honram
a Deus no lar e não ensinam os filhos a amá-lO e temê-lO. [...] Têm uma
aparência de piedade, mas não o poder dela. — Testemunhos seletos, vol. 3, p.
91.
A ideia de que a oração não é uma prática essencial é um dos mais bem-su-
cedidos enganos de Satanás para destruir as pessoas. Oração é relacionamento
com Deus, a Fonte da sabedoria, o Manancial de poder, paz e felicidade. — Tes-
temunhos seletos, vol. 3, p. 91.
Não conheço nada que me cause tão grande tristeza como um lar sem ora-
ção. Não me sinto segura numa casa dessas por uma noite que seja. Só perma-
neço ali por causa da esperança de ajudar os pais a reconhecerem a própria ne-
cessidade e essa triste negligência. Os filhos mostram o resultado dessa atitude,
pois não têm o temor de Deus. — Signs of the Times, 7 de agosto de 1884.
Em muitos casos, os cultos da manhã e da noite pouco mais são que uma
aparência, uma repetição sensabor e monótona de frases em que o espírito de
gratidão ou o senso da necessidade não se expressam. O Senhor não aceita um
culto desses. Contudo, Ele não desprezará os pedidos de um coração humilde e
contrito. O abrir do coração ao Pai celestial, o reconhecimento de nossa inteira
dependência dEle, a expressão de nossas necessidades, a homenagem de grato
amor, isso sim é verdadeira oração. — Signs of the Times, 1º de julho de 1886.

Os pais devem organizar o culto doméstico

Então, disse o Senhor a Arão: Tu, e teus filhos, e a casa de teu
pai contigo, levareis sobre vós a iniquidade do santuário; e tu e
teus filhos contigo levareis sobre vós a iniquidade do vosso sacer-
dócio (Números 18:1).
C
omo sacerdote da casa, que o pai entregue sobre o altar de Deus o sacrifí-
cio da manhã e da tarde enquanto a esposa e os filhos se unem a ele em
oração e louvor! Jesus amará passar tempo num lar como esse. — Patri-
arcas e profetas, p. 144.
Que os membros de cada família entendam que estão intimamente ligados
aos Céus. O Senhor tem especial interesse nas famílias de Seus filhos aqui. Os
anjos oferecem a fumaça de fragrante incenso pelos santos que oram. — Ma-
nuscrito 19, 1900.
Toda família deve se reunir antes de saírem de casa para o trabalho, e o pai
— ou a mãe na ausência dele — deve suplicar fervorosamente a Deus que
guarde a todos durante o dia. Vão com o humilde coração cheio de ternura e
com o senso das tentações e perigos que estão diante de vocês e dos filhos. Pela
fé os amarrem ao altar suplicando o cuidado do Senhor sobre eles. Anjos guar-
darão as crianças assim consagradas a Deus.
Os primeiros pensamentos do cristão pela manhã devem ser sobre Deus. Os
trabalhos seculares e os próprios interesses devem vir em segundo lugar. Os
filhos devem ser ensinados a respeitar e reverenciar o momento de oração. [...]
Pela manhã e à tardinha é dever dos pais cristãos, pela fervorosa prece e fé per-
sistente, erguerem um muro em torno dos filhos. Com paciência e bondade de-
vem instruí-los e ensiná-los incansavelmente a viver de maneira a agradar a
Deus. — Testemunhos seletos, vol. 1, pp. 147 e 148.

A igreja precisa de oração

Filho meu, ouve a instrução de teu pai e não deixes a doutrina
de tua mãe. Porque diadema de graça serão para a tua cabeça
e colares para o teu pescoço (Provérbios 1:8 e 9).
Q
uando a igreja despertar para a consciência de sua santa função, muito
mais orações fervorosas e eficazes subirão ao Céu para que o Espírito
Santo conduza a obra e o dever do povo de Deus quanto à salvação de al-
mas. [...]
Quando a igreja despertar para a compreensão do que precisa ser feito neste
mundo, os membros sentirão angústia de alma pelos que não conhecem a Deus
e que na ignorância espiritual não podem compreender a verdade presente. [...]
A igreja não se rebaixará enquanto os membros buscarem auxílio do trono
da graça para não falharem ao cooperar na grande obra de salvar as almas que
se encontram à beira da ruína. Os membros de uma igreja ativa e trabalhadora
compreendem que usam o jugo de Cristo e puxam a carga ao lado dEle.
O universo celeste aguarda instrumentos consagrados por meio dos quais
Deus possa Se comunicar com Seu povo, e por meio dele com o mundo. Deus
atuará por meio de uma igreja consagrada, cheia de altruísmo, e revelará Seu
Espírito de maneira visível e gloriosa especialmente hoje, quando Satanás está
trabalhando de maneira fabulosa a fim de enganar a alma dos ministros e do
povo. Se os ministros de Deus cooperarem com Ele, o Senhor estará com eles de
maneira marcante, da mesma forma que andou com Seus discípulos no pas-
sado. — Mensagens escolhidas, vol. 1, p. 117.

O culto deve ter um horário

Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo
propósito debaixo do céu (Eclesiastes 3:1).
E
m cada família deve haver uma hora certa para os cultos da manhã e da
noite. Como é importante os pais reunirem os filhos antes do café da ma-
nhã para agradecer ao Pai celeste pela proteção durante a noite e Lhe pe-
dir auxílio, guia e proteção para o dia! Quando a noite chega, como é im-
portante também os pais e os filhos se reunirem outra vez em Sua presença para
agradecer as bênçãos do dia findo. — Testemunhos seletos, vol. 3, p. 92.
O culto familiar não deve ser controlado pelas circunstâncias. Vocês não de-
vem orar vez ou outra, e quando tiverem um grande dia de trabalho à frente
negligenciar a oração. Fazendo isso, vocês levam os filhos a considerar a oração
como algo sem importância especial. — Manuscrito 12, 1898.
Em seus esforços para providenciar conforto e felicidade aos visitantes, não
se esqueçam das obrigações para com Deus. Nada deve levar vocês a passar por
alto a hora de oração. Não conversem nem se divirtam até ficarem cansados de-
mais para desfrutar do momento de devoção. Fazer isso é apresentar a Deus
uma oferta defeituosa. Assim que anoitecer, quando podemos orar sem atrope-
los e de maneira inteligente, devemos apresentar nossas súplicas erguendo a
voz em feliz e grato louvor. Todos os que visitam os crentes deviam ver que a
hora de oração é a mais preciosa, a mais sagrada e feliz hora do dia. Esses mo-
mentos de devoção exercem uma influência enobrecedora em todos que deles
participam. Trazem uma paz e um sossego maravilhosos ao espírito. — Mensa-
gens aos jovens, p. 342.

Deve haver respeito pelo momento do culto

Ao homem que teme ao Senhor, ele o instruirá no caminho
que deve escolher (Salmos 25:12).
C
omo sacerdote da família, o pai deve dirigir os cultos da manhã e da noite.
Não há razão para que essa não seja a atividade mais interessante e agra-
dável da vida no lar, e Deus é desonrado quando o culto se torna sem vida
e cansativo. Que os momentos de culto familiar sejam curtos e espirituais.
[...]
O pai deve escolher um trecho das Escrituras que seja interessante e facil-
mente compreendido. Alguns versículos serão suficientes para fornecer uma li-
ção que possa ser estudada e praticada durante todo o dia. Podem-se fazer per-
guntas. Podem-se fazer declarações interessantes. Ou pode se apresentar, como
ilustração, algum incidente curto e direto ao ponto. Pode-se cantar pelo menos
algumas estrofes de hinos animados, e a oração deve ser curta e pontual. —
Signs of the Times, 7 de agosto de 1884.
Os filhos devem ser ensinados a ser amáveis, atenciosos, dóceis e prestati-
vos, mas sobretudo respeitadores das coisas santas e das exigências divinas. De-
vem ser instruídos a respeitar as horas de oração e a se levantar cedo para par-
ticipar do culto da família. — Testemunhos seletos, vol. 2, p. 133.
Que o culto seja breve e cheio de vida, adaptado à ocasião e variado de
tempo em tempo. Todos devem tomar parte na leitura da Bíblia, e aprendam e
repitam muitas vezes a Lei de Deus. As crianças sentirão maior interesse se re-
ceberem permissão para escolher o trecho bíblico a ser lido. Façam perguntas a
elas a respeito dele, e que elas também perguntem. Digam qualquer coisa que
sirva para ilustrar o sentido. Se o culto não se prolongar demais, façam elas to-
marem parte na oração e no cantar do hino, ainda que seja uma única estrofe.
— Educação, p. 186.

Ore de modo claro e distinto

Então, que farei? Orarei com o espírito, mas também orarei
com o entendimento (1 Coríntios 14:15).
P
elo próprio exemplo, ensine os filhos a orar com voz clara e compreensí-
vel. Ensine-os a erguer a cabeça da cadeira e a nunca cobrir o rosto com
as mãos [enquanto oram]. Assim poderão fazer preces simples, repe-
tindo em conjunto a oração do Senhor. — Manuscrito 12, 1898.
No círculo do lar é preciso ensinar o cultivo da voz. Os pais devem orientar
os filhos a falar tão claramente que os que estão ouvindo possam compreender
cada palavra. Ensine-os a ler compreensivelmente a Bíblia, com pronúncia dis-
tinta, de modo a honrar a Deus. E não deixe os que se ajoelham em volta do altar
de família apoiarem o rosto nas mãos e na cadeira quando se dirigem a Deus.
Pelo contrário, ergam ao alto a cabeça com santo temor e ousadia e se aproxi-
mem do trono da graça. — Manuscrito 4, 1901.
Sejam puros no falar. Cultivem um tom de voz amável e convincente ao in-
vés de grosseiro e arbitrário. Dê aos filhos lições sobre o cultivo da voz. Eduque-
os no hábito de falar até que as palavras ásperas ou rudes não saiam automati-
camente dos lábios quando forem atingidos por qualquer provação. — Manus-
crito 60, 1903.
Rapazes e moças: Deus colocou no coração de vocês o desejo de O servirem?
Então cultivem a voz ao máximo, por todas as formas possíveis, de maneira que
possam tornar clara a verdade para os outros. Não formem o hábito de orar de
modo tão indefinido e em voz tão baixa que seja preciso um intérprete para es-
sas orações. Orem com simplicidade, mas de modo claro e compreensível. Falar
tão baixinho a ponto de quase ninguém poder ouvir não é prova de humildade.
— Obreiros evangélicos, p. 89.

Preciso apresentar cultos atrativos

Pela manhã, ouvirás a minha voz, ó Senhor; pela manhã, me
apresentarei a Ti, e vigiarei (Salmos 5:3).
A
s crianças também devem participar do culto familiar, cada uma com sua
própria Bíblia, lendo um ou dois versículos. Cante a família então um
hino preferido, seguido de oração. Cristo nos deixou um modelo de
prece. A oração do Senhor não se destina a ser apenas repetida como
uma fórmula, mas é um modelo de como devem ser as nossas preces — simples,
fervorosas e abrangentes. Num simples pedido, conte ao Senhor as suas neces-
sidades e exprima gratidão pelas bênçãos recebidas. Desse modo você receberá
a Jesus como hóspede bem-vindo no lar e no coração. Quando reunidos em fa-
mília convém evitar orações longas sobre assuntos muito distantes. Ao invés de
serem um privilégio e uma bênção, essas orações cansam. Faça do momento da
oração um período agradável e interessante. — Testemunhos seletos, vol. 3, p.
24.
É necessário apresentar a religião de maneira atrativa às crianças, e não
como algo maçante. A hora do culto em família deveria ser a mais feliz do dia. A
leitura da Bíblia deve ser bem escolhida e simples. As crianças deveriam parti-
cipar dos hinos. As orações devem ser curtas e específicas. — Southern Watch-
man, 13 de junho de 1905.
Devemos orar a Deus muito mais do que temos feito. Há grande força e bên-
ção quando a família ora em grupo, com os filhos e em favor deles. Quando meus
filhos cometem um erro, costumo conversar bondosamente e em seguida oro
com eles. Depois disso, nunca achei necessário puni-los. O coração deles se des-
manchava em ternura diante do Espírito Santo, que vinha em resposta à oração.

O Céu está aberto às minhas orações

E as tuas portas estarão abertas de contínuo: nem de dia nem
de noite se fecharão, para que tragam a ti as riquezas das na-
ções, e, conduzidos com elas, os seus reis (Isaías 60:11).
A
pós ter sido batizado, Cristo Se curvou na margem do Jordão e ofereceu
uma prece em favor da humanidade. Assim os céus se abriram, e o Espí-
rito de Deus, como uma pomba de ouro polido, rodeou o Salvador [...].
O que isso significa para você? Diz que o Céu está aberto às suas ora-
ções. Diz que você é aceito no Amado. As portas estão abertas para toda mãe
que colocar o próprio fardo sobre os pés do Salvador. Diz que Cristo envolveu a
raça com Seu braço humano, mas com o braço divino Se apegou ao trono do
Infinito, unindo o homem com Deus e a Terra ao Céu. — Signs of the Times, 22
de julho de 1889.
Suplico a você em nome de Jesus de Nazaré que afaste de si qualquer coisa
tal como o orgulho espiritual e o amor da supremacia. Se você quiser se tornar
membro da família real, um filho do celeste Rei ao fim da batalha, precisa se tor-
nar como uma criancinha agora. Leia repetidamente o cap. 17 de João. Aquela
prece que nosso Salvador dirigiu ao Pai em favor dos discípulos merece ser mui-
tas vezes repetida e praticada na vida. Ela erguerá homens caídos, pois o Senhor
prometeu que se mantivermos essa unidade Deus nos amará como amou a Seu
Filho. Os pecadores serão salvos, e Deus será eternamente glorificado.
Anjos e arcanjos se maravilham diante desse grande plano da redenção. Ad-
miram e amam o Pai e o Filho ao contemplarem a misericórdia e o amor de
Deus. Não há sentimentos invejosos quando esse novo templo, renovado à ima-
gem de Cristo, é apresentado em sua beleza para ficar junto ao trono de Deus.
— Carta 31, 1892.

Mães, orem mais!

Porque Eu contenderei com os que contendem contigo e sal-
varei os teus filhos (Isaías 49:25).
[A
s mães] que guardam a Lei de Deus contemplam os filhos com indefiní-
veis sentimentos de esperança e temor, perguntando-se a si mesmas
sobre a parte que terão de desempenhar no grande conflito que está
exatamente diante delas. A mãe angustiada indaga: “Que decisão eles to-
marão? Que posso fazer a fim de prepará-los para que cumpram sua parte, de ma-
neira que recebam a eterna glória?”
Grandes responsabilidades repousam sobre vocês, mães. [...] Vocês podem
ajudar [os filhos] a desenvolver um caráter que não seja inclinado nem influen-
ciado para fazer o mal, mas que levarão outros a praticar o que é reto. Por fer-
vorosas orações de fé vocês podem mover o braço que move o mundo. — O lar
adventista, p. 264.
As orações das mães cristãs não ficam desatendidas pelo Pai de todos. [...]
Ele não dará as costas às súplicas, entregando vocês e seus filhos às mãos de
Satanás no grande dia do conflito final, como se fossem um brinquedo para ele.
A parte de vocês é trabalhar com simplicidade e fidelidade, e Deus confirmará a
obra de suas mãos. — Orientação da criança, p. 526.
A obra feita sobre a Terra é reconhecida nas cortes celestes como trabalho
bem-feito. Com felicidade indizível, os pais contemplam a coroa, as roupas e a
harpa sendo entregues aos seus filhos. [...] A semente lançada com lágrimas e
orações pode parecer agora como tendo sido em vão, mas ao final a colheita é
feita com alegria. Seus filhos serão remidos. — Signs of the Times, 1º de julho de
1886.
Ficamos às vezes sem saber o que fazer, mas podemos apresentar nossos
filhos a Deus em oração, pedindo que sejam guardados do mal, orando: “Agora,
Senhor, faze a Tua obra; abranda e subjuga o coração de nossos filhos”, e Ele nos
ouvirá. Deus ouve as orações das mães que choram e se afligem. — Fundamen-
tos da educação cristã, p. 161.

Os cultos diários são importantes!

Exaltai ao Senhor, nosso Deus, e prostrai-vos diante do esca-
belo de seus pés, porque ele é santo (Salmos 99:5).
O
Senhor está especialmente interessado nas famílias de Seus filhos aqui
de baixo. Anjos oferecem a fumaça do incenso perfumado em favor dos
santos que oram. Portanto, que a oração de cada família suba ao Céu,
tanto pela manhã quanto na hora calma do pôr do sol, em nosso favor,
apresentando a Deus os méritos do Divino Mestre. Todo dia o universo celeste
anota cada casa em que se ora. — Manuscrito 19, 1900.
O culto familiar não deve ser controlado pelas circunstâncias. Vocês não de-
vem orar vez ou outra, e quando tiverem um grande dia de trabalho à frente
negligenciar a oração. Fazendo isso, vocês levam os filhos a considerar a oração
como algo sem importância especial. — Orientação da criança, p. 520.
Deve ser uma honra adorar o Senhor e tomar parte em Sua obra. [...] Ele de-
seja que aqueles que O buscam em adoração alimentem preciosos pensamentos
acerca de Seu cuidado e amor a fim de poderem ser animados em todas as ocu-
pações da vida diária e terem graça à disposição para lidar com sinceridade e
fidelidade em todas as coisas. — Caminho a Cristo, p. 103.
É possível ter em casa uma pequena igreja que honre e glorifique o Reden-
tor. — Manuscrito 102, 1901.
Se tivermos boa religião em casa, teremos uma boa religião na igreja. — Mi-
nha consagração hoje, p. 25.

Meus filhos são discípulos do Senhor

E todos os teus filhos serão discípulos do Senhor; e a paz de
teus filhos será abundante (Isaías 54:13).
preciso ensinar às crianças e aos jovens que as habilidades deles lhes foram
É concedidas para honra e glória de Deus. Por isso devem aprender a lição
da obediência, pois unicamente por uma vida de voluntária obediência po-
dem prestar a Deus o serviço que Ele exige. [...]
Os pais que de fato amam a Cristo darão testemunho disso, tendo um amor
por seus filhos que não condescenderá, mas atuará sabiamente no sentido de
lhes proporcionar o maior bem. Esses filhos foram comprados por preço. Cristo
sacrificou a vida a fim de poder resgatá-los do mal. Os pais que avaliam o sacri-
fício que Cristo e o Pai fizeram em favor do gênero humano cooperarão com
Eles dedicando toda a energia e habilidade [...] à obra de salvar os filhos. Em vez
de os tratar como brinquedos, irão considerá-los como a aquisição de Cristo e
lhes ensinarão que devem se tornar filhos de Deus. Em vez de permitir que ali-
mentem desejos egoístas e um mau temperamento, irão ensinar lições de auto-
controle. [...]
Dos lares de nosso povo, [Deus] deseja ver um vasto grupo de jovens que,
por causa da piedosa influência do próprio lar, Lhe renderam o coração, saindo
para prestar o mais elevado serviço da vida. Dirigidos e educados pela piedosa
instrução doméstica, pela influência do culto da manhã e da noite, pelo coerente
exemplo de pais que amam e temem a Deus, aprenderam a entregar a si mes-
mos a Deus como o Mestre e Líder, e estão preparados para conceder serviço
aceitável como leais filhos e filhas. Jovens como esses têm condições para repre-
sentar a graça e o poder de Cristo ao mundo. — The Review and Herald, 5 de
outubro de 1911.

Confessarei meus erros à minha família!

Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos ou-
tros, para que sareis (Tiago 5:16).
S
empre deve existir consideração bondosa e atenta entre os membros da
família. Pela manhã e à noite os corações devem se unir em culto reve-
rente. À noitinha cada membro da família deve investigar o próprio cora-
ção e corrigir todo mal cometido. Se durante o dia alguém agiu mal contra
um familiar ou disse palavras injuriosas, o errante deve pedir perdão a quem
ofendeu. É muito comum alguns sofrerem da “fobia das ofensas”, e isso produz
desentendimentos e problemas sem sentido. Se o suspeito de ter cometido al-
guma ofensa recebesse a oportunidade, poderia fazer explicações que alivia-
riam os demais membros da família.
“Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros” para que
vocês curem as enfermidades espirituais e possam mudar as tendências peca-
minosas. Façam um dedicado trabalho para a eternidade. Orem fervorosa-
mente ao Senhor e se apeguem a Ele pela fé. Não confiem no braço da carne,
mas confiem totalmente na guia do Senhor. Cada um diga agora: “Quanto a mim,
eu me separarei do mundo e servirei o Senhor de todo o coração.” [...]
O Senhor demonstrará o amoroso cuidado que tem para com os que guar-
dam os Seus mandamentos. A Palavra, a Palavra viva, recebida e obedecida, será
um cheiro de vida para vida. Receber a verdade restaurará e limpará o coração
pecaminoso.
O trabalho de purificação individual do caráter não pode ser adiado com se-
gurança. [...] Com confissão e oração, assuma a atitude de ser inteiramente do
Senhor agora e para sempre. [...] Você não pode suportar a demora dessa obra
de confissão e humilhação da alma, senão suas ofertas seriam inaceitáveis a
Deus. A plenitude da alegria só ocorre após uma total entrega a Deus. — The

A paz é resultado de adorar a Deus

O Senhor dará força ao seu povo; o Senhor abençoará o seu
povo com paz (Salmos 29:11).
O
lar de vocês é em si mesmo um pequeno Céu. [...] Vocês devem decidir se
os filhos escolherão servir a Deus ou a Mamom, se escolherão a vida
eterna ou a morte eterna. [...] — The Review and Herald, 23 de dezembro
de 1902.
Assim como os patriarcas da antiguidade, os que professam amar a Deus
devem construir um altar ao Senhor onde quer que armem uma tenda. [...]
Como sacerdote da casa, que o pai entregue sobre o altar de Deus o sacrifício da
manhã e da tarde enquanto a esposa e os filhos se unem a ele em oração e lou-
vor! Jesus amará passar tempo num lar como esse.
De todo lar cristão deve brilhar uma santa luz. O amor deve se revelar nas
ações e proceder de toda relação doméstica, demonstrando-se numa bondade
consciente, numa cortesia gentil, altruísta. Há lares em que esse princípio é pra-
ticado, onde Deus é adorado e onde reina o mais verdadeiro amor. As orações
da manhã e da noite sobem a Deus desses lares como se fosse um incenso suave,
e Suas misericórdias e bênçãos descem sobre os suplicantes como o orvalho da
manhã. — Patriarcas e profetas, p. 144.
O coração tem condições de subir para mais perto do Céu nas asas do louvor.
Visto que Deus é adorado com cânticos e música nas cortes celestiais, ficamos
mais perto da adoração dos seres celestes quando expressamos nossa gratidão
a Ele por meio do louvor. “Aquele que oferece sacrifício de louvor glorifica” a Deus
(Salmos 50:23, Versão King James em português). Aproximemo-nos, portanto,
do nosso Criador com santa alegria, com “ações de graças, som de boa música e
lindas canções” (Isaías 51:3). — Caminho a Cristo, pp. 102 e 104.

Que meu lar produza também um Timóteo

Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que
foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido (2 Timóteo
3:14).
O
s que professam o nome de Cristo não devem deixar de construir o altar
da família onde possam buscar a Deus dia a dia com o mesmo fervor com
que O buscariam numa congregação religiosa. — The Review and Herald,
22 de outubro de 1889.
A esse respeito podemos aprender lições preciosas da vida e caráter de Ti-
móteo. Ele conhecia as Escrituras desde a infância. A religião era a atmosfera
daquele lar. A religiosidade na vida daquela casa era [...] pura, sensível e isenta
de falsos sentimentos. [...] Ele recebia instruções, regra sobre regra, manda-
mento sobre mandamento, um pouco aqui, um pouco ali. E a força espiritual
dessas lições o mantiveram puro de linguagem e liberto de sentimentos cor-
rompidos. Seus instrutores em casa cooperavam com Deus na educação desse
jovem para o ajudarem a suportar as responsabilidades que assumiu já na ju-
ventude. [...]
Atuando na vida prática, as lições da Bíblia exercem influência moral e reli-
giosa sobre o caráter. Timóteo aprendeu e praticou essas lições. Ele não tinha
talentos extraordinários, mas por usar a capacidade que Deus lhe havia conce-
dido, [...] seu trabalho era valioso. O conhecimento inteligente que tinha da ver-
dade e a devoção pessoal lhe davam destaque e influência. O Espírito Santo en-
controu em Timóteo uma mente que podia ser moldada e formada a fim de se
tornar um templo para a habitação do Espírito Santo. [...]
Os jovens precisam se colocar sob a instrução das Santas Escrituras e mis-
turá-las nas meditações diárias e na vida prática. Assim possuirão as qualidades
consideradas mais sublimes nas cortes celestiais. Ao se esconderem em Deus, a
própria vida revela a glória dEle. — The Youth’s Instructor, 5 de maio de 1898.

Serei como Abraão, um construtor de altares

Apareceu o Senhor a Abrão e lhe disse: Darei à tua descen-
dência esta terra. Ali edificou Abrão um altar ao Senhor, que lhe
aparecera. Passando dali para o monte ao oriente de Betel, ar-
mou a sua tenda, [...] ali edificou um altar ao Senhor e invocou o
nome do Senhor (Gênesis 12:7 e 8).
A
vida de Abraão, o amigo de Deus, era uma vida de oração. Onde quer que
armasse uma tenda, junto dela construía um altar sobre o qual oferecia
os sacrifícios da manhã e da tarde. Ao desarmar a tenda, o altar ficava. E
o viajante cananeu, ao chegar àquele local, sabia quem havia estado ali.
Depois de armar a tenda, [o cananeu] consertava o altar e adorava o Deus vivo.
Assim deve o lar cristão ser uma luz no mundo. [...] Pais e mães: Cada manhã
e noite reúnam ao redor de si os filhos, e com humilde súplica elevem a Deus o
coração suplicando-Lhe auxílio. Seus queridos se acham expostos à tentação.
Contratempos diários preenchem o caminho de jovens e idosos. Os que quise-
rem viver uma vida paciente, amorosa e alegre, precisam orar. Só recebendo
auxílio constante de Deus é que poderemos alcançar a vitória sobre o próprio
eu.
Toda manhã consagrem a si mesmos e os filhos a Deus para esse dia. Não
façam cálculos para meses ou anos, porque é tempo que não pertence a vocês.
Um dia curto é tudo que Deus concede. Trabalhem para o Mestre nas horas
desse dia como se fosse o último dia de vida na Terra. Coloquem diante de Deus
todos os planos para serem executados — ou não — conforme a Providência
divina indicar. Aceitem os planos dEle em lugar dos próprios, mesmo que isso
exija a renúncia de projetos favoritos. Assim a vida será cada vez mais moldada
segundo o modelo divino. — Testemunhos seletos, vol. 3, p. 93.
Por uma pequena atenção e cuidadoso preparo para o momento em que
comparecemos à presença de Deus, o culto familiar pode se tornar agradável e
será acompanhado de resultados que só a eternidade revelará. — Orientação da
criança, p. 521.

Falarei com voz audível na oração pública

Agora estou prostrado no pó; preserva a minha vida con-
forme a tua promessa (Salmos 119:25).
S
into-me penalizada ao ver como o dom da linguagem é tão pouco apreci-
ado. Na leitura da Bíblia, em oração, ao testemunhar em reuniões, como a
dicção clara e audível é importante! Por outro lado, perde-se tanto no culto
de família quando a pessoa que ora em voz alta curva a cabeça e fala em
voz baixa e fraca! [...]
Quando você fala de temas divinos, por que não usa tons claros, manifes-
tando que tem certeza daquilo que fala, e que não se envergonha de erguer a
bandeira dAquele a quem serve? Por que não ora como quem tem a consciência
livre de ofensa e como alguém que pode se aproximar do trono da graça humil-
demente, mas com santa ousadia, erguendo mãos santas? Não se curve, co-
brindo o rosto como se tivesse algo a esconder. Pelo contrário, erga os olhos ao
santuário celeste, onde Cristo, o Mediador, Se acha perante o Pai para apresen-
tar as nossas súplicas misturadas aos Seus próprios méritos e imaculada justiça,
como um agradável incenso. [...]
Cristo ilustra a disposição divina para abençoar como a de um pai que quer
satisfazer o pedido de um filho. Ele diz: “E qual o pai dentre vós que, se o filho
lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou também, se lhe pedir peixe, lhe dará por
peixe uma serpente? Ou também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião?
Pois, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais
dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que Lho pedirem?” (Lucas 11:11-
13). — Conselhos aos professores, pais e estudantes, pp. 241 e 242.

Tenho de orar pelo sustento diário

Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer
deste pão, viverá para sempre (João 6:51).
O
Deus que enviou os corvos para alimentar Elias junto ao ribeiro de Que-
rite não abandonará nem um de Seus filhos fiéis e abnegados. [...]
Aquele que aliviou os cuidados e ansiedades da própria mãe viúva e
ajudou a sustentar a família de Nazaré, Se compadece de toda mãe na
luta para fornecer alimento aos filhos. — Signs of the Times, 4 de novembro de
1903.
A oração pelo pão de cada dia inclui não somente o alimento para manter o
corpo, mas aquele pão espiritual que nos nutrirá para a vida eterna. Jesus nos
ordena: “Trabalhai não pela comida que perece, mas pela comida que permanece
para a vida eterna” (João 6:27). Ele diz: “Eu sou o pão vivo que desceu do Céu; se
alguém comer desse pão, viverá para sempre” (João 6:51). Nosso Salvador é Pão
da vida, e é não só pela contemplação de Seu amor, mas também por receber
esse amor na alma que nos nutrimos do pão que desceu do Céu. [...]
Ao nos ensinar a pedir cada dia o que necessitamos — tanto bênçãos tem-
porais como espirituais — Deus tem um propósito para nosso bem. Deseja que
reconheçamos nossa dependência de Seu constante cuidado, pois procura nos
levar à comunhão com Ele. Nessa comunhão, mediante a prece e o estudo das
grandes e preciosas verdades de Sua Palavra, seremos alimentados como pes-
soas que têm fome. Como aqueles que têm sede, receberemos água da fonte da
vida. — O maior discurso de Cristo, pp. 111-113.

Vou trabalhar com minhas crianças

Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos e não os estorveis de
vir a Mim, porque dos tais é o reino dos Céus (Mateus 19:14).
E
u tinha onze anos de idade quando a luz raiou em meu coração. Tinha
pais devotos que em todas as ocasiões procuravam relacionar os filhos
com o Pai celestial. Cantávamos louvores a Deus em nosso lar. Em cada
manhã e noite havia a oração familiar. Éramos em oito crianças na famí-
lia, e nossos pais aproveitavam toda oportunidade para nos levar a entregar o
coração a Jesus.
As crianças são muito sensíveis aos ensinamentos do evangelho; seu cora-
ção está aberto às influências divinas e tem a capacidade de reter as lições rece-
bidas. Até criancinhas podem ser cristãs, tendo uma experiência de acordo com
a idade. — The Youth’s Instructor, 3 de novembro de 1908.
Felizes os pais cuja vida é um verdadeiro reflexo da vida divina, de modo que
as promessas e mandamentos de Deus despertem na criança gratidão e reve-
rência. Felizes os pais cuja ternura, justiça e longanimidade representam para a
criança a longanimidade, a justiça e o amor de Deus, e que ao ensinarem o filho
a amá-los, a confiar neles e a lhes obedecer, o estão ensinando a amar o Pai do
Céu, a nEle confiar e Lhe obedecer. Os pais que comunicam ao filho semelhante
dom, compartilham com ele um tesouro mais precioso que a riqueza de todos
os séculos — um tesouro durável como a eternidade. — A ciência do bom viver,
pp. 375 e 376.
Nunca deixe que seus filhos entendam que só serão filhos de Deus quando
não tiverem idade suficiente para serem batizados. — Orientação da criança, p.
499.
Caso sejam corretamente instruídas, crianças bem novinhas podem ter
ideias corretas quanto à própria situação de pecadoras e do caminho da salva-
ção por meio de Cristo. — Testemunhos seletos, vol. 1, pp. 150 e 151.

O caminho para felicidade da família

Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a
vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim (João 14:6).
Q
uando Cristo Se ajoelhou às margens do Jordão após o batismo, os Céus se
abriram e o Espírito desceu na forma de uma pomba semelhante a ouro
polido e O cercou com Sua glória. E ouviu-se a voz de Deus [...] dizendo:
“Tu és o Meu Filho amado, em quem Me comprazo” (Marcos 1:11). A oração
de Jesus em favor do homem abriu as portas do Céu, e o Pai respondeu acei-
tando a súplica em benefício da raça caída. Jesus orou como nosso substituto e
fiador, e agora a família humana pode ter acesso ao Pai pelos méritos de Seu
amado Filho. Por causa da transgressão, a Terra havia sido cortada do conti-
nente celeste. A comunicação entre o homem e o Criador tinha sido interrom-
pida, mas abriu-se novamente o caminho de maneira que o ser humano possa
voltar para a casa do Pai. Jesus é “o caminho, e a verdade, e a vida” (João 14:6).
[...]
“Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada
imundo, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai, e vós sereis para Mim filhos
e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso” (2 Coríntios 6:17 e 18). Vocês querem se
tornar filhos e filhas do Altíssimo? [...] Vocês podem se achegar ao Pai no nome
do Filho, e não importa o quanto pareçam desconexas e fracas as suas súplicas,
Jesus as apresentará perante o trono de infinito poder, e a luz que brilhou sobre
Ele também se refletirá sobre vocês. Assim vocês serão “aceitos no Amado”. —
The Review and Herald, 28 de fevereiro de 1888.

Pais e mães pertencem ao corpo de Cristo

Do qual recebe o nome toda a família nos céus e na Terra.
Oro para que, com as suas gloriosas riquezas, ele os fortaleça no ín-
timo do seu ser com poder, por meio do seu Espírito (Efésios 3:15 e
16).
N
a igreja, os oficiais são apontados como colaboradores de Deus para a
edificação do corpo de Cristo. Mães e pais que praticam a Palavra de
Deus são parte desse corpo. Eles nutrem e advertem os filhos de acordo
com a Palavra, criando um pequeno exército para permanecer em pé
sob a bandeira de Cristo. São testemunhas de Deus, revelando ao mundo que
estão sob a guia do Espírito Santo. Jesus é seu modelo e educam os filhos para
conhecerem a Deus. [...]
A família cujos membros amam a Deus e uns aos outros, que não cedem às
provocações, que são generosos, pacientes e bondosos, é um símbolo da família
do alto. Os membros reconhecem ser parte da companhia do Céu. Pelas leis da
mútua dependência, são ensinados a se firmarem no grande Cabeça da igreja.
Se um dos membros de tal família sofre, todos os demais sofrem. O sofrimento
de um leva o outro a sofrer. Isso deveria ensinar os jovens a cuidarem do corpo
e a orarem para ter a saúde preservada, porque quando sofrem alguma doença
a família inteira participa desse sofrimento. [...]
Por que os pais não vão a Jesus do modo como estão, rogando Sua graça per-
doadora e poder que cura? Por que não apelam para serem revestidos com as
aptidões que os capacitarão a dirigir corretamente as famílias? [...] Deus é rou-
bado quando homens e mulheres não se ligam a Ele de tal modo que mente,
alma e força possam ser controladas pelo Espírito Santo. A família de Deus na
Terra deveria cooperar na mais perfeita harmonia com as agências designadas
por Deus na obra de modelar o caráter humano segundo a semelhança divina.

A vida doméstica deve ser uma bênção

E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o
Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres (Lucas 1:28).
A
s influências educacionais da vida doméstica são uma força decisiva para
o bem ou para o mal. Em muitos aspectos, essas influências são silencio-
sas e graduais, mas, se exercidas do lado certo, estarão cheias de precio-
sidade. [...]
Na assembleia do Céu decidiu-se que a mãe do Redentor deveria ser uma
virgem pura e piedosa, ainda que pobre quanto às riquezas terrenas. O Céu es-
colheu a desprezada aldeia de Nazaré como lar para Ele. José, o pai terrestre, era
um carpinteiro, e Aquele que havia dado instruções de que todo jovem em Israel
aprendesse uma profissão, aprendeu Ele mesmo o ofício de carpinteiro. [...]
É uma obra solene, séria, a de cuidar daqueles por quem Cristo morreu, en-
sinar as crianças a não desperdiçarem suas afeições com as coisas deste mundo,
não perderem tempo e trabalho com aquilo que nenhum valor tem. [...] Xinga-
mentos e exaltada reprovação nunca operarão reformas. Os pais e mães come-
tem um grave pecado quando ensinam os filhos a ser temperamentais quando
eles mesmos o são e os instruem segundo o método errado. Os filhos devem ser
disciplinados numa forma que os capacite a tomar seu lugar na família do Céu.
[...]
O verdadeiro coração de uma mãe amorável alcança todos aqueles com
quem entra em contato. Com um esforço decidido ela busca atrair pessoas des-
viadas para Cristo. A força de Jesus a capacita a fazer muito. E aqueles que não
têm filhos têm responsabilidades a assumir. Em muitos casos podem receber
em casa crianças que se tornaram órfãs e destituídas de um lar. Elas podem ser
instruídas por amor a Cristo a praticar aquelas virtudes tão em falta em nosso
mundo. — Manuscrito 34, 1899.

Como pais, temos uma grande obra

E o menino Samuel continuava a crescer, sendo cada vez
mais estimado pelo Senhor e pelo povo (1 Samuel 2:26).
S
eja firme e decidido ao executar a instrução bíblica. Porém, elimine toda
irritação. Tenha em mente que quando você se torna áspero e irracional
diante das crianças, você as está ensinando a agir assim também. Deus
exige que você eduque os filhos pondo na disciplina toda a autoridade de
um sábio professor que está sob o controle de Deus. — Manuscrito 142, 1898.
Antigamente a autoridade dos pais era considerada. Os filhos eram sujeitos
aos pais, pois os temiam e os reverenciavam. Contudo, nestes últimos dias a or-
dem se inverteu. Alguns pais é que se sujeitam aos filhos. Temem contrariar a
vontade deles, e por isso cedem. Mas enquanto os filhos estiverem sob o teto
dos pais, dependendo deles, devem se sujeitar ao seu domínio. Os pais devem
agir com decisão, exigindo que os filhos sigam seus pontos de vista quanto
àquilo que é certo. — Testemunhos seletos, vol. 1, p. 75.
A obra dos pais é constante. Não deve ser realizada com todo empenho num
dia e negligenciada no outro. Muitos estão prontos a começar a obra, mas não
estão dispostos a persistir nela. Estão ansiosos por fazer alguma grande coisa,
um grande sacrifício, mas estremecem diante do cuidado e do esforço contínuo
nas coisas pequenas da vida diária, no podar e dirigir a cada instante as tendên-
cias inflexíveis, na obra de instruir, reprovar e incentivar pouco a pouco con-
forme for necessário. [...] Que tais pessoas criem coragem ao se lembrarem das
palavras do apóstolo: “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo
ceifaremos, se não houvermos desfalecido” (Gálatas 6:9). — Signs of the Times, 24
de novembro de 1881.

A igreja e as famílias precisam se unir

Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina ao justo,
e ele crescerá em entendimento (Provérbios 9:9).
T
empos virão em que o poder divino despertará a igreja, e disso resultará
fervorosa atividade, pois o vivificante poder do Espírito Santo inspirará
os membros a saírem e buscarem almas para Cristo. Mas quando essa
atividade se manifestar, os mais fervorosos obreiros só estarão seguros
se confiarem em Deus por meio de constante e fervorosa oração. [...]
Será preciso se dedicar à oração secreta na família e na igreja. Devemos pôr
em ordem nossa casa e aplicar dedicados esforços para interessar todos os
membros da família nos empreendimentos missionários. Devemos procurar
envolver a atenção dos filhos em aplicado trabalho pelos que não estão salvos,
de maneira que em todas as ocasiões e em toda parte façam o máximo possível
para representar a Cristo.
À medida que a atividade aumenta e somos bem-sucedidos em fazer a obra
que tem de ser realizada, não devemos esquecer que há o perigo de confiarmos
em planos e métodos humanos. Haverá a tendência de orar menos e exercer
menos fé. Corremos o perigo de perder a noção de nossa dependência de Deus,
o Único que pode fazer com que nosso trabalho tenha sucesso. Se bem que essa
seja a tendência, que ninguém pense que o ser humano deve fazer menos. Pelo
contrário, ele precisa é fazer mais através da aceitação do celeste dom, o Espírito
Santo. A própria sabedoria do mundo não o levou a conhecer a Deus, e todo po-
der humano é por natureza, em maior ou menor grau, oposto a Deus. Devemos
olhar para Jesus e cooperar com os instrumentos celestiais por apresentar nos-
sos pedidos ao Pai em nome de Jesus. — The Review and Herald, 4 de julho de
1893.

As orações de minha mãe são muito solenes!

O menino Samuel ministrava perante o Senhor, sob a direção
de Eli; naqueles dias raramente o Senhor falava, e as visões não
eram frequentes (1 Samuel 3:1).
O
s jovens devem ser treinados a permanecer firmes ao lado do direito em
meio da iniquidade dominante, de modo a fazer o possível para impedir
o aumento do vício e promover a virtude, a pureza e a verdadeira cora-
gem. As impressões produzidas na mente e no caráter nos primeiros
anos da vida são profundas e duradouras. Uma educação onde falta sabedoria
ou existem más associações exercerá muitas vezes no espírito do jovem uma
péssima influência que esforços posteriores são impotentes para arrancar. —
The Signs of the Times, 3 de novembro de 1881.
Quando se assentar o juízo, e os livros forem abertos; quando o “bem-está”
(Mateus 25:21) do grande Juiz for pronunciado e a coroa de glória imortal colo-
cada na fronte do vencedor, muitos erguerão essas coroas à vista do universo
reunido, e apontando à mãe, dirão: “Ela me fez tudo quanto sou mediante a graça
de Deus. Seus ensinos e orações foram abençoados quanto à minha salvação
eterna.” — Mensagens aos jovens, p. 330.
De cada lado do portão vemos uma comitiva de anjos e, ao passarmos por
ele, Jesus diz: “Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está
preparado desde a fundação do mundo” (Mateus 25:34). Aqui Ele nos diz que
somos participantes de Sua alegria. E qual é? É a satisfação de ver o trabalho da
alma de vocês, pais! Mãe, é a alegria de ver que seus esforços foram recompen-
sados! Aí estão os filhos, a coroa da vida está sobre a cabeça deles, e os anjos de
Deus imortalizam o nome das mães cujos esforços conquistaram os filhos para
Jesus Cristo. — Manuscrito 12, 1895.

Disciplinado na escola de Cristo

Nesse tempo, nasceu Moisés, e era mui formoso, e foi criado
três meses em casa de seu pai (Atos 7:20).
[O
s pais] Devem elevar o coração a Deus em sincera oração: “Sê Tu, ó Se-
nhor, o meu modelo”; e assim, contemplando a Jesus, farão a obra de
Cristo. Disse Jesus: “O Filho nada pode fazer de Si mesmo, senão somente
aquilo que vir fazer o Pai” (João 5:19). O mesmo acontece com os filhos
e filhas de Deus. Eles olham com firmeza e doçura para Jesus, não fazendo nada
que seja do próprio agrado e segundo a própria vontade e prazer. Antes fazem
tudo conforme as lições de Cristo. Representam aos estudantes sob sua instru-
ção o caráter de Jesus Cristo em todos os tempos e ocasiões. Captam os brilhan-
tes raios do Sol da Justiça e refletem esses preciosos raios sobre as crianças e os
jovens a quem estão educando. A formação de hábitos corretos deve deixar sua
impressão sobre a mente e o caráter das crianças para que pratiquem o que é
direito. Significa muito colocar tais crianças sob a influência direta do Espírito
de Deus, educando e disciplinando-as na doutrina e admoestação do Senhor. A
formação de hábitos corretos e a manifestação do devido espírito exigem gran-
des esforços no nome e na força de Jesus. O professor precisa persistir, apresen-
tando preceito sobre preceito, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali,
com toda a longanimidade e paciência, simpatia e amor, ligando essas crianças
a seu coração pelo amor de Cristo revelado em sua própria pessoa. — Funda-

Sacrificando-se pelos filhos

O coração do sábio ensina a sua boca, e os seus lábios pro-
movem a instrução (Provérbios 16:23).
T
odas as lições de que falei neste artigo são necessárias. Se forem conve-
nientemente atendidas, serão como uma fortaleza a preservar nossos fi-
lhos dos males que estão inundando o mundo. Temos necessidade de
temperança em nossas mesas. Temos necessidade de casas em que a luz
solar dada por Deus e o ar puro do céu sejam bem-vindos. Temos necessidade
de uma influência alegre e feliz em nossos lares. Devemos cultivar bons hábitos
em nossos filhos e instruí-los nas coisas de Deus. Custa algo fazer tudo isso.
Custa orações e lágrimas, instrução paciente e repetida com frequência. Fica-
mos às vezes sem saber o que fazer, mas podemos apresentar nossos filhos a
Deus em nossas orações pedindo que sejam guardados do mal, orando: “Agora,
Senhor, faze a Tua obra; abranda e subjuga o coração de nossos filhos”; e Ele nos
ouvirá. [...]
A iniquidade aumenta por todos os lados, e para que as crianças sejam sal-
vas é preciso fazer esforços diligentes e perseverantes. Cristo disse: “Me santi-
fico a Mim mesmo, para que também eles sejam santificados” (João 17:19). Ele
queria que os discípulos fossem santificados e por isso Se tornou um exemplo
para eles. Que grandes coisas ocorreriam se os pais e as mães assumissem a
mesma atitude, dizendo: “Desejo que meus filhos tenham firmes princípios, e por
isso me tornarei um exemplo em minha vida”! A mãe não deve considerar sacri-
fício algum grande demais para a salvação da família. Lembrem-se de que Jesus
deu a vida a fim de resgatar vocês e seus filhos da ruína. Terão a boa vontade e
a ajuda de Cristo nessa bendita obra, e serão cooperadores de Deus. — Funda-

Os pais que cooperam

E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na
doutrina e admoestação do Senhor (Efésios 6:4).
U
ma plantação abandonada representa a mente negligenciada. Os pais
devem começar a ver essa questão sob prisma diferente. [...] Você não
ajudará as crianças quando ralha, critica ou as desanima. Muitos menos
fará sua parte colaborando para que se rebelem e sejam desobedientes,
indelicadas e malcriadas por causa do espírito que você nutre. — Manuscrito 34,
1893.
O lar é o primeiro campo em que você é chamado a trabalhar. As preciosas
plantas do jardim do lar exigem seu primeiro cuidado. Considere cuidadosa-
mente as próprias obras, a própria natureza, as relações e resultados, lem-
brando-se sempre de que seus olhares, palavras e ações têm relação direta com
o futuro de seus queridos. — Conselhos aos professores, pais e estudantes, p. 133.
As crianças aprendem a orar e a confiar em Deus na igreja do lar. Ensine-as
a repetir a Lei de Deus. Com referência aos mandamentos, ensinou-se aos isra-
elitas: “E as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e an-
dando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te” (Deuteronômio 6:7). Venha
humildemente, com o coração cheio de ternura e com intuição das tentações e
perigos que estão diante de si e de seus filhos. Pela fé os amarrem ao altar supli-
cando o cuidado do Senhor sobre eles. Ensine as crianças a proferirem suas sim-
ples palavras de oração. Diga a elas que Deus ama vê-las clamando a Ele.
Será que o Senhor do Céu passará por alto tais lares sem deixar bênção al-
guma neles? Claro que não! Anjos ministradores guardarão as crianças que são
assim dedicadas a Deus. Eles ouvem o oferecimento de louvores e a oração da
fé, e levam as súplicas Àquele que serve no santuário em favor de Seu povo e
oferece os próprios méritos por eles. — Conselhos aos professores, pais e estu-
dantes, p. 110.

Preciso aprender a orar melhor

E qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, por-
que guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agra-
dável à sua vista (1 João 3:22).
P
reciosos são os privilégios concedidos a quem permanece em Cristo. [...]
Essa pessoa tem as orações respondidas porque pede exatamente as
bênçãos que Ele ama conceder.
Porém, há milhares de súplicas diárias que Deus não atende. São ora-
ções destituídas de fé. [...] Há orações egoístas, nascidas de um coração que aca-
ricia ídolos. [...] Há orações atrevidas e impertinentes, em que as pessoas se
queixam dos fardos e cuidados da vida em vez de humildemente suplicarem
graça para serem iluminadas. Quem faz tais orações não está permanecendo em
Cristo. Não entregaram a própria vontade à vontade de Deus. Como não cum-
prem a condição da promessa, não alcançam a bênção.
Os que permanecem em Jesus têm a certeza de que Deus os ouvirá, pois
amam fazer-Lhe a vontade. Não fazem orações formais, complexas, mas vão a
Deus com sincera e humilde confiança, como uma criança se dirige a um terno
pai, e derramam a história de seu pesar, temores e pecados, e em nome de Jesus
apresentam as necessidades. Saem de Sua presença alegrando-se na certeza do
amor perdoador e da graça mantenedora. — The Review and Herald, 11 de se-
tembro de 1883.
Com o senso da presença de Jesus ao seu lado, você terá alegria, esperança,
ânimo e regozijo [...] em todos os seus esforços. [...] A sabedoria do Céu lhe guiará
a mente e lhe fortalecerá o espírito. [...] Nunca, nunca se separe de Jesus. Ele não
Se separa nunca de nós. [...] Diz Ele: “Não te deixarei, nem te desampararei” (He-
breus 13:5). [...] Jesus não nos repele mesmo quando O entristecemos; apega-Se
a nós ainda. Pelo amor de Jesus, que o seu coração se anime a fim de praticar
ardente atividade para glória Sua. — Carta 5b, 1891.

Os pais são portadores de luz

Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor
(1 João 4:8).
P
ais, sobre vocês repousa a responsabilidade de serem portadores de luz
[...]. Brilhem como luzes no lar, iluminando o caminho que seus filhos têm
de percorrer. Ao agirem assim, sua luz brilhará para os que estão lá fora.
— The Review and Herald, 29 de janeiro de 1901.
Uma santa luz deveria resplandecer de todo lar cristão. O amor deveria se
revelar nas ações, emanando de toda a relação doméstica, demonstrando-se
numa bondade consciente, numa cortesia gentil, altruísta. — Patriarcas e profe-
tas, p. 144.
A primeira obra dos cristãos é se unirem na família. Então a obra se esten-
derá aos vizinhos de perto e de longe. Os que receberam luz precisam deixá-la
brilhar em claros raios. Suas palavras, que demonstram o amor de Cristo, preci-
sam ser um cheiro de vida para vida. — Manuscrito 11, 1901.
Quanto mais intimamente os membros da família forem unidos em sua obra
no lar, maior elevação e auxílio produzirá a influência que pais, mães, filhos e
filhas exercerão fora dele. — Carta 189, 1903.
A afeição não pode durar muito, mesmo no círculo do lar, a menos que haja
uma conformidade da vontade e disposição humanas com a vontade de Deus.
Todas as faculdades e paixões devem ser harmonizadas com os atributos de Je-
sus Cristo. Se pai e mãe unem forças no amor e temor de Deus a fim de alcança-
rem autoridade no lar, verão a necessidade de muita oração e muita solene re-
flexão. E ao buscarem a Deus, seus olhos se abrirão para verem os mensageiros
celestiais presentes a fim de protegê-los em resposta à oração da fé. Eles vence-
rão as fraquezas do caráter e prosseguirão para a perfeição. — Manuscrito 36,
1890.

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2023, Ellen G.

Falar com Deus

Copyright © 2022 por Edições Vida Plena

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1ª Edição | Janeiro de 2023

Impresso em junho de 2022

— Edições Vida Plena —

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