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A CHUVA DO AVIVAMENTO

“Espero que estas palavras encontrem lugar em seus corações. Pensem bem, pois, domingo
que vem, terão a chance de professar publicamente sua fé em Cristo”. Assim, D. L. Moody terminou
o seu sermão em 8 de outubro de 1871. Às 21:00 horas deu-se início a um incêndio nas
proximidades de O’Leary, casa do lado oeste da cidade de Boston. O fogo começou num estábulo.
Como o corpo de bombeiros foi notificado apenas 40 minutos depois, o incêndio ficou fora de
controle. Um quarto da cidade de Chicago e muitos dos que ouviram as palavras de Moody, foram
consumidos nas chamas. Esta experiência marcou profundamente o coração deste grande
evangelista. Diversas pessoas haviam caído no inferno eterno naquela mesma noite por que Moody
não havia feito o apelo para salvação. Ele disse: “Nunca mais irei postergar um apelo”. Deus o
levantou das cinzas e transformou aquele jovem num dos maiores pregadores de todos os tempos.
Quando nasce um grande pregador
Quando o incêndio se espalhou, o salão onde Moody pregou, a igreja que fundou e a casa em
que morava, além de mais de dezoito mil edifícios, haviam sido destruídos. O incêndio ficou
conhecido como The Great Chicago Fire [O grande incêndio de Chicago]. Moody, no entanto, nem
se preocupou com a destruição de sua casa e da igreja, pois podiam facilmente ser substituídas, mas
as pessoas perdidas, não. A lembrança do auditório, que ele jamais veria, ficou gravada para sempre
em sua mente.
“Que grande erro!”, disse Moody mais tarde. “Desde então não me atrevo mais a conceder uma
semana de prazo a um auditório para refletir sobre a salvação. Se eles se perderem, poderão
levantar-se contra mim no juízo final”.
William Moody, filho de Moody, explica no livro Liderança Espiritual Segundo Moody,
como esse acontecimento influenciou o futuro desempenho de seu pai no ministério: “Daquela data
em diante, [meu pai] passou a dar grande ênfase ao apelo no final de um sermão evangelístico;
nesse momento, tentava levar as pessoas a tomarem decisões imediatas diante de questões
importantes das quais tratava. É provável que esses apelos tenham sido um dos aspectos mais
característicos e originais de seu ministério”.
A conversão de Moody
O livro, O Melhor de Moody, relata que “as dificuldades começaram quando o pai de
Moody - um pedreiro alcoólatra - morreu de repente, aos 41 anos de idade, deixando a esposa,
Betsy, com sete crianças para alimentar e grávida de gêmeos que nasceram um mês após a morte de
seu esposo. O pior veio depois, quando ela, sozinha, teve que enfrentar a difícil tarefa de manter
unida a família vendendo a fazenda de Northfield, em Massachusetts. Credores tomaram tudo, até
mesmo a lenha. Se não fosse pela ajuda de um tio querido, a família teria falido”.
Moody “estudou durante sete anos em uma escola que funcionava numa casa de um cômodo
só. Quando chegou à adolescência, mal podia ler e escrever, e nas aulas de Bíblia ele não conseguia
encontrar o Evangelho de João; ele o procurava no Antigo Testamento. Como ganhar dinheiro era
sua prioridade quando adolescente, Moody desperdiçou toda a sua adolescência trabalhando nas
fazendas vizinhas”. Aos dezessete anos, “ele se mudou para Boston em busca de emprego. Foi ser
balconista na loja de seu tio, a Sapataria Holton. Não demorou muito para se descobrir que ele era
um vendedor nato - um talento que seria usado, mais tarde, com grande efeito na sua missão como
evangelista”.
No dia 21 de abril de 1855, E. D. Kimball, seu professor de Escola Dominical, achou que era
hora de pedir que Moody assumisse um compromisso real com Cristo. Ele foi até a loja onde
trabalhava, encontrou Moody empacotando sapatos e colocando-os nas prateleiras. O jovem já
estava pronto para ouvir. Naquele dia, aos seus 15 anos, Moody ajoelhou-se na sapataria e tornou-se
cristão. D. L. Moody resolveu, logo depois de sua conversão, que não deixaria passar um dia sem
falar a alguém acerca de aceitar a Cristo. Ele disse: “Tenho vinte e quatro horas todos os dias, e , por
certo, posso fazer tanto também, para meu Mestre que morreu no Calvário por mim.” Em Chicago,
em 1856, com apenas 20 anos de idade, Moody começou um programa de Escola Dominical para
crianças por conta própria. Ele passou a ensinar centenas de pessoas e a organizar os trabalhos
evangelísticos. Sem dúvida alguma o amor deste jovem pelas almas perdidas é a chave principal do
sucesso do seu ministério. Nenhum de nós é capaz de avaliar a importância da salvação de uma
alma. Um pequeno gesto evangelístico por salvar uma eternidade. “Quando a vida do homem é
relâmpago, suas palavras serão trovões,” declarou Agostinho.

A chegada da chuva
Joel profetizou a grande chuva de avivamento: “Regozijai-vos e alegrai-vos no Senhor vosso
Deus, porque ele vos dará em justa medida a chuva temporã; fará descer a chuva no primeiro mês,
a temporã e a serôdia. E as eiras se encherão de trigo, e os lagares transbordarão de mosto e de
azeite. E restituir-vos-ei os anos que comeu o gafanhoto, a locusta, e o pulgão e a lagarta, o meu
grande exército que enviei contra vós. E comereis abundantemente e vos fartareis, e louvareis o
nome do Senhor vosso Deus, que procedeu para convosco maravilhosamente; e o meu povo nunca
mais será envergonhado. E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e
vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão
visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito” (Jl
2.23-29). Este texto é uma descrição fiel do que ocorre em tempos de Avivamento. A chuva de
Avivamento traz uma colheita sem precedentes, seguida de uma grande alegria. Quando Moody se
pôs a pregar depois da sua capacitação de poder, um rio caudaloso passou a fluir na História.
Multidões se converteram através da sua pregação, acompanhada de grandes manifestações do
Santo Espírito de Deus.

Os Frutos
Moody tornou-se conhecido como “O Despovoador do Inferno”. Em seu ministério de
pregação, ele levou 500 mil vidas aos pés do Senhor. O rio do Avivamento tocou milhares de
pessoas nos dias de Moody. Após uma poderosa experiência com o poder do Espírito Santo que,
literalmente, o lançou ao chão, em Nova York, após dias de oração e jejum, ele levou 500 mil vidas
aos pés do Senhor. Martyn Lloyd-Jones conta que em tempos de Avivamento: “As pessoas estão
tão convictas e sentem o poder do Espírito de tal forma, que desmaiam e caem ao chão, e têm até
convulsões físicas. E, às vezes, as pessoas parecem cair num estado de inconsciência, numa espécie
de transe, e podem permanecer assim por horas’’. E. M. Bounds, piedoso metodista do século XIX,
afirma que: “A Igreja, hoje, está procurando melhores métodos, enquanto Deus está procurando
melhores homens”. Deus não unge métodos; Deus unge homens cheios do Espírito.
Em uma viagem à Inglaterra, Moody se fez mais conhecido como evangelista, a ponto de
haver sido chamado de “ o maior evangelista do século XIX”. Sua pregação teve um impacto tão
profundo como as de George Whitefield e John Wesley dentro da Grã-Bretanha, Escócia e Irlanda.
Ele foi contemporâneo do pregador C. H. Spurgeon, chegando a pregar, na ocasião de sua viagem,
no Tabernáculo Metropolitano de Londres, em 1873. Em várias ocasiões encheu estádios com
capacidade entre 2 e 4 mil pessoas. Em uma reunião se juntaram entre 15 a 30 mil seguidores. D. L.
Moody pregou alternadamente em quatro centros. Realizaram-se 60 cultos no Agricultural Hall, nos
quais cerca de 720 mil pessoas assistiram às suas pregações; em Bow Road Hall, 60 cultos, aos
quais 600 mil compareceram; em Camberwell Hall, 60 cultos, com a assistência de 480 mil pessoas;
no Haymarket Opera House, 60 cultos, totalizando 330 mil pessoas; no Vitória Hall, 45 cultos,
totalizando 400 mil pessoas. Ele retornou aos EUA em 1875, sendo reconhecido como “o mais
famoso pregador do mundo”, mas continuava sendo um humilde servo de Deus. Durante um
período de vinte anos dirigiu campanhas com grandes resultados nos EUA, Canadá e México. Em
diversos lugares as campanhas duravam até seis meses. Moody sabia do valor do bom uso do
tempo para a salvação de vidas.

Um Homem forjado na Presença


Moody disse que: “Aqueles que deixaram a mais profunda marca nesta Terra amaldiçoada
pelo pecado foram homens e mulheres de oração. Você descobrirá que a oração é a força poderosa
que tem movido não somente a mão de Deus, mas também a do homem.”
Conta-se que na sua grande campanha em Londres, Moody estava pregando num teatro
repleto de pessoas da alta sociedade, e entre elas havia um membro da família real. Moody
levantou-se e leu Lucas 4.27: “E havia muitos leprosos em Israel no tempo do profeta Eliseu...” Ao
chegar à palavra “Eliseu”, ele não a podia pronunciar e começou a gaguejar e balbuciar. Começou a
ler o versículo de novo, mas de novo não podia passar adiante. Experimentou a terceira vez e falhou
pela terceira vez. Então fechou o livro e muito comovido olhou para cima, dizendo: “Ó Deus! use
esta língua de gago para proclamar Cristo crucificado a este povo!” Desceu sobre ele o poder de
Deus e o auditório foi impactado pela pregação em chamas.
Apesar da sua origem simples e das suas limitações, Deus está levantando homens e
mulheres em nossos dias para a pregação. Jilton Moraes diz em seu livro Homilética, Do Púlpito ao
Ouvinte, que “a história da pregação está repleta de pessoas que enfrentaram problemas e
limitações, mas, na força do Senhor venceram”. Ele conta que “Moody quase não foi aceito para o
batismo, por não saber responder algumas perguntas sobre doutrina e fé. Mas cresceu
espiritualmente e acabou abalando continentes com a sua pregação.”
Olhos cheios de lágrimas
W. R. Dale, pastor na Inglaterra, declarou que Moody “nunca falava de uma alma perdida
sem lágrimas nos olhos”. A pregação com apelo era tão urgente para Lutero, que ele dizia: “Prego
como se Cristo tivesse sido crucificado ontem, ressuscitasse dos mortos hoje e estivesse voltando
amanhã”. Nossas lágrimas derramadas no solo santo da Presença se transformarão na chuva do
avivamento que regará o solo dos corações do nosso povo. Sl 68.8-9 diz: “os céus gotejam perante a
face de Deus ...na Presença de Deus. Tu, ó Deus, mandaste a chuva em abundância, confortaste a
tua herança, quando estava cansada”. As gotas derramadas na Presença se transformam em chuva
sobre a terra.
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A PRÁTICA DO JEJUM
E O AVIVAMENTO

Wesley L. Duewel diz que Moody e seus contemporâneos C. H. Spurgeon , George Müller e
R. A. Torrey mantinham a prática jejuavam de forma natural em suas vidas. Quando Moody sentia
uma necessidade especial em suas campanhas, “mandava uma mensagem ao Instituto Bíblico
Moody para chamar os professores e alunos para um dia de jejum e oração. Eles muitas vezes
oraram até as duas, três, quatro, ou mesmo cinco horas da manhã. ‘Se você disser que vai jejuar
quando Deus o fizer sentir essa necessidade, jamais jejuará’, dizia ele”.
Quando perguntaram a Moody se era cheio do Espírito, ele respondeu: “Sim. Mas tenho um
vazamento”. Por isso mantinha-se em consagração e a prática do jejum semanal.

O segredo do poder
R. A. Torrey declarou que, de fato, um dos segredos do grande poder demonstrado na vida de
Moody era a sua vida de oração. Às vezes as pessoas diziam a Torrey: “Sabe? Viajei muitos
quilômetros para ver e ouvir D. L. Moody e certamente é um pregador maravilhoso”. “Sim, D. L.
Moody certamente é um pregador maravilhoso”, respondia Torrey; “o mais maravilhoso que eu
tenho ouvido”.
Torrey conta que, de fato, era um grande privilégio ouvi-lo pregar como somente ele podia
fazê-lo. “Por causa do meu conhecimento íntimo dele”, declara Torrey, “desejo testificar que foi
muito mais um homem de oração do que um pregador. Diversas vezes deparou-se com obstáculos
aparentemente insuperáveis, mas sempre encontrou o caminho para resolver qualquer problema. Ele
sabia e cria no mais profundo da sua alma que “nada é difícil para o Senhor”, e que a oração pode
fazer algo que Deus quer fazer.
D. L. Moody costumava escrever para Torrey quando estava para empreender um trabalho
novo, me dizendo: “Começarei a trabalhar em tal e tal lugar em tal e tal data; desejaria que reunisse
os estudantes para um dia de jejum e oração”; e frequentemente tomei essas cartas e as tenho lido
aos estudantes no salão de conferências, dizendo: “O Sr Moody quer que tenhamos um dia de jejum
e oração, primeiro pela bênção de Deus sobre as nossas próprias almas e trabalho, e depois pela
bênção de Deus sobre ele e o seu trabalho”. Com frequência nos reuníamos no mencionado salão até
altas horas da noite; às vezes até a uma, as duas, as três, as quatro ou ainda as cinco da madrugada,
clamando a Deus”.
“Com frequência nos reuníamos no mencionado salão até altas horas da noite; às vezes até à
1h, 2h, 3h, 4h ou ainda às 5h da madrugada, clamando a Deus”, diz Torrey. Alguém relatou o que
ocorreu na Convenção de Oração em Punjab em que R. A. Torrey estava presente: “Começamos a
orar e de repente um peso pelas almas perdidas veio sobre nós, e o ambiente ficou tomado de choro,
convulsões, e gritos, como nunca tinham experimentado antes. Homens fortes prostraram-se
agonizando pelas almas perdidas”.

A prática diária do jejum em tempos de avivamento


Inúmeros homens e mulheres de Deus têm descoberto que o jejum é um grande segredo, dado
por Deus, para abrir portas. O grande pregador John Wesley jejuava duas vezes por semana até a
hora do chá. Com isso, muitas portas foram abertas para o Evangelho na Nova Inglaterra. O
conhecido avivalista Jonathan Edwards, também era poderoso no jejum e oração. Charles G.
Finney, usado grandemente por Deus no avivamento de 1800, jejuava toda semana. “A oração
secreta, fervente, confiante e o jejum estão na raiz de toda piedade pessoal”, dizia o pioneiro das
missões modernas, William Carey.
O jejum e a oração pode ser uma ação extrema para esmagar ações malignas que se levantam
contra a sua vida. Contra um ataque extremo é preciso uma reação extrema. Se a sua luta estiver
grande demais, tire um ou dois dias em jejum, e radicalize a sua vitória.

O jejum e os rompimentos sobrenaturais


Daniel era mui amado no céu por causa da sua intimidade com Deus em oração e jejum (Dn
10.11), e, por isso, ele tornou-se um grande ganhador de almas (Dn 2.46-48). Faça o propósito de
ser conhecido no céu através da oração e jejum e ganhe vidas para o Senhor. Jentezen Franklin diz
em seu livro Jejum, abrindo a porta para as promessas de Deus, que “o jejum possui uma força
multiplicadora”. Em Atos a igreja está sempre reunida em oração e jejum (At 1.15; 2.42-47; 4, 5,
10, 11, 13, entre outros). O jejum é uma arma poderosa para vencer os demônios e o inferno, traz
rompimentos entre os homens na terra, e o torna conhecido diante de Deus no céu. Enquanto
estudavam na Universidade de Oxford John, Carlos Wesley e outro jovem chamado George
Whitefield se uniram em maio de 1738, e formaram uma reunião de oração e estudo bíblico diário
chamada Clube Santo. Eles jejuavam todas as quartas e sextas-feiras e visitam os doentes e
encarcerados. Quando as brasas se juntam, o céu se abre e o fogo cai. Todas as manhãs e todas as
noites cada um passava uma hora orando a sós com Deus. Estas reuniões deram origem ao grande
avivamento do século XVIII que tocou toda a Inglaterra, trazendo uma colheita de vidas salvas, sem
precedência na história. John Wesley e George Whitefield levaram milhares de vidas ao Senhor
através da pregação de poder.
Em Atos a igreja está sempre reunida em oração e jejum (At 1.15; 2.42-47; 4, 5, 10, 11, 13,
entre outros). D. L. Moody declarou que “aqueles que deixaram a mais profunda marca nesta terra
amaldiçoada pelo pecado foram homens e mulheres de oração. Você descobrirá que a oração é a
força poderosa que tem movido não somente a mão de Deus, mas também o homem”.
Prevalecendo pelo jejum
Wesley Duewel explica que “embora o jejum seja claramente ensinado e praticado tanto no
Antigo como no Novo Testamento, não me lembro de ter ouvido qualquer outra pessoa pregar a
fundo sobre o assunto. Moisés jejuou duas vezes em 40 dias (Dt 9.9,18) até que seu rosto brilhasse
com a glória de Deus. Josué jejuou depois da derrota em Aí (Js 7.6). Nos dias dos juízes (Jz 20.26) e
nos de Samuel (1 Sm 7.6,12, toda Israel jejuou. Davi jejuou antes de ser coroado, quando seu filho
ficou doente, quando seus inimigos estavam doentes (Si 35.13), e por causa dos pecados do seu
povo (69.9-10). Josafá e seu povo jejuaram até que Deus disse, “Neste encontro não tereis de
pelejar” (2 Cr 20.17). Eles venceram jejuando e orando, sem uma hora de combate ou
derramamento de sangue. Elias, Esdras, Neemias, Ester, Daniel todos ficaram conhecidos pelo seu
jejum. O jejum era uma estratégia poderosa, abençoada por Deus, na primeira igreja e na vida de
muitos dos líderes levantados por Deus. Paulo orou com jejum em cada igreja (At 14.23). Não é
possível fundar igrejas do Novo Testamento de outro modo”.
Wesley Duewel diz que “Martinho Lutero foi criticado por jejum demais. João Calvino jejuou
e orou até que a maior parte de Genebra foi convertida, e não havia uma única casa sem pelo menos
alguém orando. John Knox jejuou e orou até que a rainha Mary disse que temia mais as suas orações
do que todos os exércitos da Escócia. Latimer, Ridley, Cranmer e, de fato, a maioria dos
reformadores, eram conhecidos pelo seu jejum, acrescentado às suas orações.”

Os segredos de Moody
R. A. Torrey escreveu sobre os sete segredos de Moody:
1. Ele era um homem totalmente rendido a Cristo
Moody não tinha alvos e objetivos fora dos planos de Deus. O coração do Pai encheu o
coração de Moody. Ele era o que hoje as pessoas poderiam classificar de “fanático”; mas um
fanático cheio da glória de Deus e que mudou a história de milhões de vidas sobre a face da terra.
2. Ele era um homem de oração
Moody encarava todas as dificuldades da vida através da oração. Absolutamente todas as
coisas que surgiam em seu caminho eram resolvidas através da oração.
3. Ele era um profundo e aficionado estudante da Bíblia
A cada manhã, Moody fechava-se em seu quarto e ali passava tempo com o Senhor estudando
a Sua Palavra. Estava sempre disposto a sacrificar seu tempo para ficar a sós com o Senhor.
4. Ele era um homem humilde
Moody era totalmente convencido de sua falta de aptidão para pregar o evangelho. Isso o
levou a buscar a força do Senhor e talvez tenha sido o seu grande triunfo. Isto também o ajudou a ter
o hábito de sempre tirar os holofotes de sobre ele e dar a glória sempre a Deus, como também a
reconhecer os seus assistentes e colaboradores.
5. Ele era um homem que não se importava com dinheiro
Milhões de dólares passaram pelas mãos deste homem. Ele amava angariar fundos para o
trabalho de Senhor, mas sempre se recusou a ajuntar dinheiro para si mesmo.
6. Ele tinha uma grande paixão pela salvação dos perdidos
Logo que se converteu, Moody resolveu nunca passar um dia sem falar do evangelho para
alguém. Muitas das vezes esquecia da hora e saía pelas ruas, durante a noite, procurando por alguém
com quem pudesse compartilhar as boas novas de Jesus.
7. Definitivamente, ele era um homem revestido com o poder do alto
“Em seus primeiros dias de convertido, ele foi um grande trabalhador; ele tinha um tremendo
desejo de fazer alguma coisa, mas ele não tinha realmente poder dos céus” Assim, Torrey descreveu
Moody: “Ele trabalhou muito na força da carne, mas isso mudou depois que ele começou a orar para
que o trabalho de evangelização fosse feito pelo poder do Espírito Santo e não por esforços
humanos”.
3
MERGULHANDO
NA PRESENÇA

C. H. Spurgeon era um homem apaixonado pela Presença. Abraão Kuiper, grande teólogo,
educador e político holandês, afirmou que: “Se os pastores não forem homens de oração e não
honrarem ao Espírito Santo em sua vida e ministérios, darão aos seus rebanhos pedra em vez de
pão”. É verdadeiro o refrão que citamos em nossas igrejas: “Muita oração, muito poder; pouca
oração, pouco poder; nenhuma oração, nenhum poder”. Na verdade, bancos vazios de oração fazem
púlpitos sem poder. C. H. Spurgeon sabia disso, ao pregar sobre o texto de Atos 1.14, ele disse:
“Como esperar o Pentecostes se nem ainda fomos despertados para orar? Primeiro, vem a igreja
toda, unânime, perseverando em oração, só depois vem o Pentecostes”.

A Oração particular
Antes de Davi matar o gigante Golias em público, ele matou o urso e afugentou o leão nos
bastidores, em segredo. Jonathan Edwards passava, frequentemente, de doze a quatorze horas por
dia em seu gabinete. Whitefield, que inspirou C. H. Spurgeon, declarou certa vez: “Tenho passado
dias e até semanas prostrado ao chão, orando, silenciosamente ou em voz alta. ”
S. Lawson, conta que: “Spurgeon vigiava seu tempo de preparo de sermões de sábados à noite
e não permitia nenhuma intrusão. Certa vez, um visitante não convidado veio à sua casa visitá-lo
enquanto ele estava se preparando para o domingo. Quando a empregada atendeu à porta, esta
pessoa a mandou para Spurgeon, pedindo-lhe uma audiência. Spurgeon mandou que ela dissesse
que era seu regulamento não atender ninguém nessa hora. O visitante respondeu: “Diga ao Sr.
Spurgeon que um servo do Senhor Jesus Cristo deseja vê-lo imediatamente”. A empregada,
assustada, levou a mensagem, mas Spurgeon respondeu: “Diga-lhe que estou ocupado com o seu
Mestre e no momento não posso falar com os servos”. Lawson comenta que: “Esse compromisso
com a Escritura era o padrão pelo qual Spurgeon acreditava que todo pregador deveria ser julgado”.
“Um profundo compromisso com as Escrituras era o segredo do seu ministério evangelístico. Sem a
Palavra de Deus, ele não tinha absolutamente nada para dizer”, conclui Lawson.

Quando perguntaram a D. L. Moody, ao voltar para a América de uma de suas campanhas, se


ele tinha ouvido Spurgeon pregar, ele respondeu: “Sim, mas melhor ainda, eu o ouvi orar” .

A Prática da Presença como estilo de vida


Spurgeon disse: “Todas as nossas bibliotecas e estudos são mero vazio se comparadas com a
nossa sala de oração. Crescemos, lutamos e prevalecemos na oração privada”. Orar era tão natural
para ele como respirar. Wayland Hoyt, um amigo, conta o seguinte testemunho: “Eu estava
caminhando com ele (com o Spurgeon) no bosque, e quando chegamos a certo lugar, ele
simplesmente disse: ‘Venha, nos ajoelhemos junto a esta cabana e oremos’, e assim ele elevou a sua
alma a Deus na mais reverente e amorosa oração que jamais ouvira”. Certa vez, uns visitantes
procedentes dos Estados Unidos lhe perguntaram qual era o segredo do seu êxito. Ele lhes
respondeu: “Minha gente ora por mim”.

Lapidador de diamantes
A. W. Pink declara em seu livro Oração em Particular que: “A oração secreta é o teste da
nossa sinceridade, o indicador da nossa espiritualidade, o principal meio de crescimento na
graça. A oração particular é a única coisa, acima de todas as demais, que satanás busca impedir, pois
ele bem sabe que se ele puder ser bem-sucedido neste ponto, o Cristão falhará em todos os outros”.
Pink concorda que: “O quarto é aonde as forças são renovadas, a fé é despertada, as graças são
reavivadas”. Ali somos transformados em diamantes extraordinários. Diamantes não são
encontrados em qualquer lugar. Eles são produzidos nos lugares secretos onde há uma concentração
de fatores que transformaram a natureza do carvão na pedra, que, um dia, ao ser lapidada, se tornará
num valioso diamante. Somente um diamante pode lapidar outro diamante. Somente alguém de
natureza celestial pode produzir algo celestial em nós. Somente nas condições apropriadas é que
homens santos são forjados. Eles não nascem prontos, eles são transformados e depois lapidados
pelo diamante do Céu. O que é terreno, pois, não produz o que é celestial. Somente na Presença
temos a chance de sermos modelados pelo padrão do Céu. As conexões terrenas são incapazes de
produzir em nós o caráter de Cristo. Theodore Parker declarou: “Seria necessário um Jesus para
forjar alguém semelhante a Jesus”.

Aumente o tempo de oração


Quanto maior a profundidade que um mergulhador deseja alcançar, mais tempo ele precisará
ficar longe da superfície. O tempo que você investe na Presença expressa o quanto ela é importante
para você, e determina quão profundo você chegará em sua intimidade com o Senhor. Certamente,
um mergulho de quinze minutos para um nadador, terá um nível de profundidade muito menor do
que um mergulho de trinta minutos. É preciso tempo para ir mais fundo, mergulhado em Deus. Há
profundidade em Deus. O Espírito de Deus: “a todas as cousas perscruta, até mesmo as
profundezas de Deus” (1 Co 2:10). Irv Hedstrom diz que: “O Senhor não nos leva a águas profundas
para nos afogar, mas para nos desenvolver”. “Encontrar-se com o Senhor, e mesmo assim continuar
a buscá-Lo, é o paradoxo da alma que ama a Deus. É um sentimento desconhecido daqueles que se
satisfazem com pouco, mas comprovado na experiência de alguns filhos de Deus que têm o coração
abrasado”, declara A. W. Tozer. “Se examinarmos a vida de grandes homens e mulheres de Deus,
do passado, logo sentiremos o calor com que buscavam ao Senhor”, diz Tozer. “Choravam por Ele,
oravam, lutavam e buscavam-No dia e noite, a tempo e fora do tempo, e, ao encontrá-Lo, a
comunhão parecia mais doce, após a longa busca”.
O Sistema de aquecimento da Igreja
Num dia muitíssimo quente de verão, alguns seminaristas fizeram uma visita a Spurgeon. Ele
saiu-lhes ao encontro, e depois de saber que se tratavam de futuros pastores, convidou-os a conhecer
o sistema de aquecimento da igreja. Esse não era o melhor programa num dia tropical, mas dada a
insistência de Spurgeon, os jovens aquiesceram. Passaram por algumas portas, e então chegaram a
um grande salão onde cerca de 700 pessoas clamavam a Deus pelo culto, pelas visitas e pelo
pregador daquele dia: “Vejam, futuros pastores”, ensinou-lhes Spurgeon: “este é o verdadeiro
sistema de aquecimento da nossa igreja”.
Quando Spurgeon assumiu a capela que possuía 1.200 lugares, entretanto, a plateia de seus
primeiros sermões contava com 232 ouvintes. Ele conta: “No início eu pregava somente a um
punhado de ouvintes. Contudo, não me esqueço da insistência das suas orações. Às vezes, parecia
que eles rogavam até verem a Presença de Jesus ali para abençoá-los. Assim desceu a bênção, a casa
começou a se encher de ouvintes e foram salvas dezenas de almas”. A New Park atraiu milhares de
pessoas, chegando até a 10 mil pessoas por semana; logo foi preciso aumentá-la, em 1858, e
posteriormente foi necessário mudar de local.

No dia 25 de março de 1861, foi inaugurado o novo templo chamado Tabernáculo


Metropolitano em Newington, com capacidade para 12 mil pessoas. Mesmo com essa grande
capacidade, era necessário que Spurgeon pedisse às pessoas que já haviam assistido ao culto, que se
ausentassem para que outros pudessem ouvi-lo.
O número de pessoas que vinham aos cultos era tão grande, que congestionava o trânsito nas
ruas próximas à igreja. Alguns diziam que: “Desde os tempos de George Whitefield e John Wesley,
Londres não era tão agitada por um reavivador”.
Durante as reuniões havia filas gigantescas de charretes, diligências e cavalos. Os
“estacionamentos” ficavam lotados. É preciso lembrar que o automóvel não tinha sido inventado
ainda. O trânsito era uma séria complicação. Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner contam em seu
livro Superfreakonomics, que, nesta época: “Os congestionamentos de cavalos e diligências
representavam um inconveniente superior, em muito, ao causado hoje pelo automóvel. Pilhas e
pilhas de esterco malcheiroso se acumulavam nos becos, e havia mais vítimas do trânsito naquele
tempo do que hoje”.
4
DESLUMBRADO
COM A PRESENÇA

Conta-se que um homem visitou o City Temple em Londres e ouviu a maior peça oratória de
sua vida. Ao sair, disse impressionado: “Que sermão maravilhoso!”. À noite foi ao Metropolitan
Tabernacle, a fim de ouvir Spurgeon. Ao sair exclamou, encantado: “Que Cristo maravilhoso!”. Em
março de 1861, sua Igreja concluiu a construção do Metropolitan Tabernacle em Londres.
C. H. Spurgeon pregou em cidades de toda a Inglaterra e noutros países: Escócia, Irlanda, País
de Gales, Holanda e França. Pregava ao ar livre e nos maiores edifícios, em média oito a doze vezes
por semana! Certa vez, Spurgeon disse: “Em quarenta anos nunca passei quinze minutos acordado
sem pensar em Jesus”. Mais de trinta anos depois, estas foram às últimas palavras que proferiu no
púlpito da mesma igreja, Metropolitan Tabernacle, onde foi pastor em Londres: “Jesus é o mais
magnânimo dos comandantes. O que há no amor de gracioso, benigno, gentil e amável, rico e
superabundante, você sempre encontrará nEle. Por esses quarenta anos ou mais em que O tenho
servido, nada me resta a fazer senão amá-LO. Servi-LO é vida, é paz, é alegria. Que você também
possa se alistar hoje! Que Deus lhe ajude a se alistar sob a bandeira do comandante Jesus, hoje
mesmo”. Até o último dia de pastorado, Spurgeon batizou 14.692 pessoas. Hoje, 200 anos após a
sua morte, a sua voz ainda é audível.

Dedicando-se à oração e à pregação


A oração santifica a imaginação. Uma imaginação santificada é um campo fértil para
ilustrações grandiosas. A história mostra que Spurgeon, além de ser um grande pregador, foi
também um ótimo pastor. Ele orou pelos membros de sua igreja e muitos foram curados durante a
epidemia da cólera asiática que varreu a cidade de Londres em 1854. Spurgeon dizia: “A oração
pode vencer o Céu e sujeitar todo o poder à Sua vontade”. A origem da pestilência era um poço que
ficava na Broad Street, no centro de Londres. Spurgeon disse, certa vez: “Precisamos de unção
espiritual extraordinária e não de poder intelectual extraordinário”. Spurgeon foi considerado o
Príncipe dos Pregadores. Mas, ele sabia que a graça para pregar vinha do Trono. “Sermões
eficientes são resultado de estudo, disciplina, oração e, principalmente, unção do Espírito Santo”,
disse J. H. Thornwell. Conta-se que, quando pregava, Spurgeon falava 140 palavras por minuto.

Siga os passos de Jesus. Busque em tudo ser parecido com Ele. Antes de tomar suas decisões,
pergunte: “Em meu lugar o que faria Jesus”. Jesus era cheio do Espírito Santo (At 10.38). Decida
também ser pleno do Espírito Santo. 1 Sm diz: O Espírito Santo se apossará de você... e será um
novo homem. Ele pode mudar completamente a sua vida. Ele lhe dará novas palavras (2 Sm 23.1-2);
dará novos pensamentos (Is 55.8); um novo coração (Ez 36.26); criatividade (Ex 31.2-5); poder para
testemunhar (At 1.8); e a santificação integral de todo seu ser (1 Ts 5.23). Quando o Espírito Santo
enche alguém, ela pode adquirir a força de mil homens com ocorreu com Sansão (Jz 15.15); a
pessoa passa a ter a unção que ressuscita os mortos, cura os enfermos, como aconteceu com Eliseu
(1 Rs 2); capacita a pessoa com habilidades especiais, como fez com Isaías (Is 50.4); transforma um
homem acuado pelo medo num líder de excelência, como fez com Pedro (At 2.1-41). Busque a
unção de Deus em sua vida. Jamais viva um dia da sua vida sem ela. A unção é o óleo que mantém
a sua luz acesa neste mundo tenebroso.
Spurgeon foi contemporâneo e amigo de grandes pregadores como D. L. Moody, George
Müller e F. B. Meyer. Certa vez, ele disse: “Meyer prega como um homem que viu a Deus face a
face”. Moody pregou nos cinquenta anos de Spurgeon.
5
TEMPOS
DE AVIVAMENTO

Billy Sunday disse certa ocasião: “É melhor tentar fazer uma barragem nas cataratas do
Niágara com palitos de dente do que tentar barrar a onda de reforma que está varrendo nossa
nação”. A ideia de tentar domar um avivamento é o mesmo que tentar colocar uma baleia cachalote
que mede até 18 metros de comprimento num aquário de peixinho beta na sala de visita; é o mesmo
que tentar colocar uma águia adulta numa gaiola de sabiá pendurada na varanda; é o mesmo que
tentar ensacar o furacão katrina, categoria cinco, num saquinho plástico de supermercado, ou tentar
colocar toda água dos oceanos dentro de um coco.
Tentar deter um avivamento em curso é o mesmo que tentar barrar um tsunami com blocos de
açúcar, parar um míssil no peito, impedir que o Sol nasça no dia seguinte; ou, deter o estouro de
uma manada de elefantes usando feijões como artilharia pesada. Tentar suplantar um avivamento
com a força da carne é o mesmo que achar que é possível tornar a claridade do fósforo maior que a
do Sol.
Tentar reproduzir um avivamento usando a eloquência humana, sem as manifestações
espontâneas do Espírito Santo, é o mesmo que tentar fabricar chuva no deserto do Saara com
chuveirinho de brinquedo, produzir um raio tempestuoso com flash de máquina fotográfica, dos
anos 20. Martyn Lloyd-Jones diz que “um avivamento, por definição, é a poderosa ação de Deus, e
é um ato soberano de Deus, é algo independente. O homem nada pode fazer. Deus, e somente Deus,
é quem o faz”.

O poder único de um Avivamento


Acreditar que performances e cenografia do culto podem descongelar o coração humano é o
mesmo que acreditar que podemos derreter as calotas polares com uma vela.
Supor que o uso da oratória durante um sermão, por si só, sem avivamento, é capaz de perfurar
a dureza de um coração empedernido no pecado é o mesmo que acreditar que um pica-pau é capaz
de perfurar o Everest de um lado ao outro em quarenta minutos.
Crer que um pregador, sem o poder do Espírito Santo, pode proclamar a verdade bíblica e
obter os mesmos resultados que alcançaram George Whitefield, Jonathan Edwards, John Wesley, D.
L. Moody, C. H. Spurgeon, que pregaram em tempos de avivamento, é ter a ingenuidade de
acreditar que um simples mosquito tem poder de produzir com o seu zumbido os efeitos sonoros da
maravilha das Cataratas de Foz do Iguaçu. Ter a pretensão de que podemos dissecar avivamentos e
julgá-los, é ter a arrogância de dizer que uma criança do maternal tem condições de avaliar um
Picasso só porque sabe fazer uns rabiscos com giz de cera na classe de escolinha dominical.
Território celestial
Avivamentos são sagrados. É um terreno divino (Ex 3.1-3). Avivamento é Deus trabalhando
(Jo 5.17). Por isso, há registros inúmeros de pessoas que tremem dos pés à cabeça, ficam como que
arrebatadas, desmontam ficando prostradas por horas, choram, gemem, clamam (At 4.31). É um
encontro de um ser frágil com a santidade do Espírito Santo de Deus (Ex 33.20). É Deus em ação
agindo no território do coração dos homens, mexendo com as suas entranhas, mudando suas
estruturas. Avivamentos são cirurgias divinas trocando corações de pedra por corações de carnes
(Ez 36.26). São assentamentos temporários de anjos (Hb 13.2). São fleches da eternidade.
Até que se derrame sobre nós o Espírito lá do alto; então o deserto se tornará em campo
fértil, e o campo fértil será reputado por um bosque. E o juízo habitará no deserto, e a justiça
morará no campo fértil. E o efeito da justiça será paz, e a operação da justiça, repouso e segurança
para sempre. E o meu povo habitará em morada de paz, e em moradas bem seguras, e em lugares
quietos de descanso (Is 32.15-18). Durante os avivamentos, chega o tempo da primavera do
Altíssimo, pois até o deserto floresce, e a semente brota, porque a terra do coração dos homens se
torna fértil. Avivamento é mel saindo da rocha (Jó 29.6); é o vale árido se tornando manancial (Sl
84.6).
Os avivamentos nos transportam para a dimensão de vida revelada nas Escrituras. Na
compreensão bíblica podemos andar sobre as águas (Mt 14.29), fazer um passeio turístico no meio
do fogo (Dn 3.25), seguir em seco mar adentro (Ex 14.29); beber água da rocha (Ex 17.6), comer
pão que cai do céu (Ex 16.4) ou churrasco de codornizes em pleno deserto (Ex 16.11); ver uma vara
de amendoeira sem raízes, florescer e frutificar numa única noite (Nm 17.8); ver fogo cair do céu (1
Rs 18.38); ser servido por corvos (1 Rs 17.6); fazer refeições preparadas por anjos (1 Rs 19.5-6);
dormir com leões famintos, e acordar como se tivesse passado a noite com cordeiros (Dn 6.22);
alimentar cinco mil homens com cinco pães e dois peixinhos (Mt 14.19-20); andar 40 anos no
deserto sem gastar a sola do sapato (Dt 29.5); um homem pode ter a força de mil (Jz 15.15-16);
podem-se demolir fortalezas com o som de buzinas (Js 6.20); é possível matar gigantes com pedra
de estilingue (1 Sm 17.49) e cântaros se tornam armas de guerra (Jz 7.19). Na Bíblia, o cego se
torna visionário (Lc 18.35-43), o paralítico atleta (At 3.1-8), o surdo compositor e o mudo cantor (Is
35). Dá até para se ter uma conversinha sábia com uma mula (Nm 22.28). Quando se ora, lugares
tremem (At 16.26), anjos entram em guerra, a nosso favor (Js 5.13-14); o céu se abre (At 7.); o fogo
cai (1 Rs 18.38); os mortos ressuscitam (Jo 11.43-44); os leprosos são limpos (Mc 1.41-42). Se
todas estas coisas, incomuns à realidade secular, ocorrem na Bíblia, não deveriam ser também
natural em nossas vidas? Pois bem, são estas coisas que se tornam reais em tempos de avivamento.
Avivamentos são resgates da vida bíblica, incompatível com o sistema deste mundo tenebroso, onde
tudo é sombra, com tom cinzento. Avivamento, pois, é um toque das cores vivas nestas sombras. É
um remapeamento da vida da igreja pelo cartógrafo do céu, que é o Espírito Santo.

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