Você está na página 1de 32

COMPILAÇÃO, ADAPTAÇÃO:

Pr. José Arlindo dos Santos

Palmas, Tocantins
2023
ÍNDICE

I PARTE - Administrar/Liderar

APRESENTAÇÃO 03

01. BASE BÍBLICA DA LIDERANÇA CRISTÃ 03

02. LÍDERANÇA CRISTÃ – DEFINIÇÃO 05

03. ESTILOS DE LIDERANÇA 06

04. O PERFIL DO LÍDER 07


4.1 – Pessoal 07
4.2 – Espiritual 10
4.3 – Gerencial 11
4.4 – Custos da Função 12

05. CARACTERÍSTICAS DO GRUPO 13


A) O Grupo é Formado de Pessoas Diferentes 13
5.1.1 – Os Construtivos Facilitadores 14
5.1.2 – Os Não-Construtivos 14
B) Liderança e Poder 16

06. TAREFAS DA LIDERANÇA


6.1 – Liderar Líderes 18
6.2 – Preparar Novos Líderes 19
6.3 – Liderar Reuniões 20

07. AS SETE LEIS DA LIDERANÇA CRISTÃ


7.1 – Primeira Lei: Exemplo 21
7.2 – Segunda Lei: Comunicação 21
7.3 – Terceira Lei: Habilidade 22
7.4 – Quarta Lei: Motivação 22
7.5 – Quinta Lei: Autoridade 22
7.6 – Sexta Lei: Estratégia 22
7.7 – Sétima Lei: Amor 23

II PARTE – O Dom Bíblico

08. O DOM DE ADMINISTRAR/LIDERAR 23


8.1 – Dinâmica 23
8.2 – Descrição 24
8.3 – Dificuldades 24
8.4 – Perigos 24
8.5 – Deleite 24

2
09. TESTE DO DOM DE ADMINISTRAR/LIDERAR 25
9.1 – Afirmando o Dom de Administrar/Liderar 26
9.2 – Sinais de Perigo Relacionados com o Uso do Dom 27

III PARTE – Avaliação

10. Marque Com Um “Xis” a Melhor Resposta 27

CONCLUSÃO 30
BIBLIOGRAFIA 31

3
I PARTE - Administrar/Liderar1

APRESENTAÇÃO

“Talvez você já seja um (a) líder. Talvez não. Talvez você foi eleito (a)
para dirigir (presidir, administrar) um grupo de alguma organização da
igreja, da associação ou da convenção estadual”. “Este pode ser um espaço
conquistado pela sua competência, dedicação em pequenas tarefas ou,
simplesmente, precisam de alguém e o (a) elegeram para o cargo. O
fundamental é que você está diante de um grupo e é responsável por ele.
Como é uma liderança cristã, a sua responsabilidade é dobrada, pois diante
de Deus você responde por ele e diante dele você é a transparência onde se
pode ver projetada a ação de Deus. Por isso, todo conhecimento,
crescimento, tato são importantes para o bom desempenho de sua liderança.
Como o famoso binômio responsabilidade/privilégio, não há dúvidas
de que os privilégios são muitos. O fato de saber que você é reconhecido (a)
pelo grupo e que pode ajudá-lo a crescer é um privilégio. Além disso, você
está servindo a Deus através das pessoas e isso sempre é um privilégio.

BASE BÍBLICA DA LIDERANÇA CRISTÃ

A liderança cristã é, acima de tudo, serviço. Quem não está pronto


para servir não está pronto para exercer a liderança cristã, seja qual for o
grupo, crianças, jovens, adultos.
Uma passagem bíblica que clareia bem esta verdade é João 13.1-5,
quando Jesus lava os pés dos discípulos (leia o texto primeiro). Numa rápida
reflexão sobre o texto, vemos que Jesus, o líder, demonstrou toda a razão de
sua missão – serviço.
Os versículos 4 e 5 dizem: ‘...levantou-se da ceia, tirou o manto e
tomando uma toalha cingiu-se. Depois deitou água na bacia e começou a lavar
os pés aos discípulos e a enxugar-lhes com a toalha com que estava
cingido...’.
Vamos, em poucas palavras, verificar três verbos do texto que
denunciam a movimentação de Jesus para demonstrar a lição do serviço que
ele estava passando para os seus discípulos – levantou-se/ tirou/ enxugar-
lhes.
Levantou-se. Ninguém serve sentado. O líder cristão precisa se
conscientizar de que a liderança cristã é dinâmica e ativa. ‘Levantar-se’
significa abrir mão de privilégios. Muitas vezes, o líder não quer abrir mão de
confortos materiais ou emocionais para servir na liderança. Servir é assumir
que todos são iguais. O texto não diz que Jesus deixou de lavar os pés de
Judas, mesmo sabendo que o iria trair. A sua prontidão em servir não estava
condicionada a preferências pessoais.

Pausa para Reflexão

1. Como você vê a sua liderança?

1
Tomado de DUSILEK, Nancy Gonçalves. Princípios de Liderança. Rio de Janeiro: UFMBB, 1995. 32p.
2. É fácil servir? Justifique sua resposta.
3. O que você faria no lugar de Jesus, tendo de lavar os pés do traidor?
4. Você consegue tratar as pessoas sem discriminações?

Tirou o manto. Jesus não poderia lavar os pés dos discípulos com
aquele manto. Tirar o manto da liderança cristã significa despir-se de
preconceitos. A palavra preconceito é formada de pré (antes), conceito (idéia
formada), portanto, uma idéia formada antes. Posições prévias, sem total
conhecimento do assunto ou situação, levam o líder a agir com as pessoas
com discriminação, preferindo umas em detrimento de outras, fazendo com
que os relacionamentos interpessoais sejam prejudicados. Outras vezes é
preciso que o líder ‘tire o manto’ de problemas pessoais e não resolvidos.
Pessoas amarguradas, hostis, que não conseguem uma convivência sadia
consigo e com o próximo precisam buscar a libertação em Cristo através da
graça de Deus agindo no seu coração. Caso contrário, serão líderes que
adoecerão seus liderados pela maneira como encaram a vida e como se
relacionam com os outros.

Pausa para a Reflexão

1. Você tem conseguido tirar “mantos” de preconceitos em sua vida?


2. Você consegue listar alguns deles? Quantos faltam ainda?
3. O que você pretende fazer agora?

Tomando a toalha. Para um rei, o certo é a coroa e cetro, mas Jesus,


o rei, usou um jarro de água, uma bacia e uma toalha para demonstrar o
serviço cristão. Há líderes que buscam o cetro e a coroa e esquecem que na
liderança cristã o que vale mesmo é a bacia com água e a toalha para servir
ao próximo.
A toalha pode ser pequena, média ou grande. Não importa o tamanho
do grupo. Sua liderança deve ser flexível de acordo com o grupo que você
trabalha. Não estabeleça metas muito grandes ou pequenas demais para o
grupo. Isso poderá desanimá-lo. A toalha pode ser macia ou áspera. A forma
como o líder fala com os liderados demonstra que espécie de ‘toalha’ você
está usando. Um líder áspero, grosseiro, irritadiço, fará com que as pessoas
ou sigam o seu modelo ou se distanciem dele com receio dos conflitos. O
líder cristão dominado pelo Espírito de Deus será qual ‘toalha macia’ no
trato com seus liderados. ‘Enxuga’, mas não fere, isto é, diz o que precisa ser
dito sem ferir – é a verdade dita em amor.
Ainda sobre a toalha, ela pode ser de rosto, banho, mesa ou enfeite,
isto é, individual, coletiva ou fraternal. O serviço cristão na liderança deve
atingir tanto o individual quanto o coletivo. Olhar a pessoa em suas
necessidades, como única. A atenção individual é a chave de uma liderança
bem-sucedida. Não uma atenção farisaica, mas autêntica. Importar-se com
as pessoas e suas necessidades é uma qualidade do líder cristão que tem
como padrão Jesus Cristo, que sempre deu mais atenção ao indivíduo sem
esquecer da multidão.
Ao mesmo tempo em que o líder cristão olha o ser humano de maneira
individual, também está atento às necessidades do grupo como um todo.

5
Quando se coloca a toalha de mesa para um almoço ou jantar existe
subjacente a idéia de compartilhar. É no compartilhar a refeição que há
comunhão. É no compartilhar a liderança com o grupo, em que cada um
coloca as suas idéias, que há o crescimento geral. O líder cristão deve estar
atento a isso, pois é importante para ambos, líder e liderados, o crescimento
pessoal.
Há ainda a toalha de enfeite que são os encontros fraternais,
descontraídos, onde as pessoas têm espaço para brincadeiras e trocas de
experiências. É um espaço que deve ser cultivado em qualquer grupo, seja
qual for a idade, porque o equilíbrio da saúde mental do indivíduo passa
também por esse ambiente de descontração que está aliado ao lado sério de
trabalhos e responsabilidades. Especialmente num mundo em que vivemos,
em que as responsabilidades são muitas e o tempo de lazer é pouco, o líder
cristão deve estar atento a essas necessidades.

Trabalho em Grupo

Forme pequenos grupos para a discussão dos itens abaixo. Logo após,
permita que um representante de cada grupo resuma as conclusões. Cada
grupo pode resumir uma questão.

1. Como você chegou à liderança que exerce atualmente?


2. Como você analisa, em sua vida de líder, as responsabilidades e os
privilégios? Qual deles (responsabilidade/privilégio) predomina e por quê?
3. Como você entende a expressão ‘liderança cristã é acima de tudo serviço’?
Isso lhe soa bem? Como essa afirmação é traduzida em sua vida de líder?
4. No texto de João 13.1-5, qual dos três verbos de ação praticados por
Jesus é o mais fácil para você e por quê?
5. No mesmo texto, qual deles é o mais difícil e por quê?

2. LIDERANÇA CRISTÃ - DEFINIÇÃO

Liderança vem da palavra líder (do original inglês, leader =


condutor/guia). Liderança é a função do líder, é a capacidade de liderar;
espírito de chefia (Aurélio). No entanto, há uma diferença entre chefiar e
liderar. Chefiar é conseguir os objetivos com os recursos materiais e
humanos de que se dispõe e liderar é levar as pessoas a agirem com esforço
e dedicação para atingir os objetivos desejados. O chefe impõe, o líder
convence. O chefe é suportado, o líder é amado, porque conquista a
confiança do grupo. O chefe dá ordens, o líder inspira. O chefe força a
situação, o líder abre espaço para que as pessoas usem suas próprias
iniciativas e criatividade.
A pessoa nasce líder ou o líder é feito?2 Há várias teorias sobre o
assunto. Uns acham que sim, outros que não. No entanto, há autores na
área de Administração de Recursos Humanos que acreditam que há pessoas
que nascem com capacidade de liderança e se impõe por si; outras que são
totalmente desprovidas dessas capacidades, mas que podem ser treinadas. O

2
Particularmente, creio no dom bíblico de administrar/liderar. Isto será discutido na parte final deste Curso (Pr. José
Arlindo dos Santos).

6
importante é que tanto um quanto o outro (inatas ou treinadas), tenham
idéia clara de que liderar é facilitar o crescimento do outro. A liderança cristã
envolve mais um fator: o crescimento espiritual.
Liderança nada mais é do que um processo de conceder poder aos
liderados em lugar do exercício do poder pessoal. Nessa concessão há espaço
para que as pessoas manifestem suas idéias e desejos. Daí o líder canaliza
as tendências solicitando das pessoas o que elas realmente estão aptas a
oferecerem.
A liderança cristã formada e bem treinada é a força central que está
por detrás das organizações bem-sucedidas. Um líder mal preparado,
egoísta, ambicioso, preocupado com o que tem de ser feito, não importando
com os resultados, é chefe e não líder. Precisamos de líderes comprometidos
com Deus, consigo mesmos e com o grupo, para que haja harmonia no
Corpo de Cristo.

Pausa para Reflexão

1. O que é liderança cristã?


2. Você é líder ou chefe?
3. O que precisa ser melhorado em você?

3. ESTILOS DE LIDERANÇA

Estilo é a maneira de uma pessoa exprimir seus pensamentos, quer


falando ou escrevendo. É a maneira de ser de alguém. Cada pessoa tem o
seu estilo de vida ou de ser, isto é, tem sua maneira de agir e reagir diante
das mais variadas situações.
Em liderança, cada indivíduo tem o seu estilo. Uma pessoa mansa por
natureza fará com que a sua liderança seja de ‘pacificador’. Já uma de
temperamento forte poderá ter dificuldades ao enfrentar obstáculos, porque
sua reação poderá ser explosiva. É evidente que uma pessoa que exercita o
autodomínio tem todas as condições de superar seu temperamento, seja
qual for, para o bem de todos, inclusive dele.
Ainda cabe ressaltar que liderança é o exercício do poder. E algumas
pessoas têm dificuldades em lidar com o poder. Em nome dele manipulam
(controlam) as pessoas, exigem delas o máximo, comandam com tirania,
prejudicando o desenvolvimento individual. Felizmente, há líderes que, ao
exercerem o poder de liderança, se revestem da graça de Deus e usam esse
poder para abençoar os seus liderados. Servem de canal dessa graça divina
para que seus liderados se desenvolvam e cheguem à estatura do ‘varão
perfeito’.
Há quatro estilos de liderança: o autocrático (o mandão); o paternalista
(o paizão); o permissivo (o boa vida) e o democrático (participativo). Abaixo
veja como cada um deles age e reage no trato com seus liderados. Leia várias
vezes o quadro e analise-se para ver qual das tendências é mais marcante
em você. Ninguém tem todas elas reunidas num só estilo, mas há a
tendência maior dentro de um deles, o que determinará o seu estilo pessoal
de liderança.

7
Pausa para Reflexão

1. Qual dos quatro estilos explica melhor seu modo de liderar?


2. O que precisa ser melhorado? E o que precisa ser reforçado?

04. PERFIL DO LÍDER

Perfil é o contorno de uma pessoa ou objeto; é a descrição de uma


pessoa em traços mais ou menos rápidos (Aurélio). De maneira simples e
prática, vamos traçar o perfil do líder cristão observando quatro aspectos:
pessoal, espiritual, gerencial e de custos da função.

Pessoal

O perfil pessoal é fundamental. Que tipo de pessoa você é? Como você


age? Como reage? Quais são seus ideais? Como você considera as pessoas?
O que significa a liderança para ele (ela)? Como ele (ela) se vê ou se sente
como ser humano? Tudo isso interfere no estilo de liderança de cada pessoa.
Ted Engstrom, autor de ‘Como se Forma um Líder Cristão’, diz que:
‘os bons líderes não só têm fé em Deus e nas pessoas, mas acreditam em si
próprios’. A boa intenção só não adianta muito quando o (a) líder tem
dificuldades pessoais. Amar a Deus e quere servi-lo fielmente é um
compromisso básico, mas isso é comprovado no relacionamento com as
pessoas (1 João 2.9-11). Um (a) líder que tenha problemas de
relacionamento ora ajuda, ora ignora, ora adula ou mesmo provoca mal-

8
estar entre os liderados pela sua maneira de agir e reagir, está precisando,
primeiro, olhar para dentro de si. Quem não se ama não consegue amar o
próximo. Quem não se aceita como ser humano com virtudes e defeitos,
dificilmente aceitará as qualidades do próximo ou seus defeitos. Quando
Jesus fala sobre ‘amar ao próximo como a si mesmo’ (Marcos 12.30,31), ele
estava tocando no centro da questão.
O (a) líder é a pessoa que canaliza a harmonia e a paz no grupo. Ele é
como um bombeiro que apaga o fogo de uma discussão quando os ânimos
se exaltam facilmente; como a enfermeira que trata das feridas deixadas por
palavras mal colocadas; como a promotora de vendas que sempre têm
idéias novas e sugestões para o grupo poder se desenvolver e se atualizar;
como a mestra que passa conhecimentos aos liderados sem que isso lhe
traga ‘ares’ de superioridade etc. Quando o (a) líder não está bem consigo
mesmo, essas funções na liderança ficam faltando, e muitas vezes é o (a)
próprio (a) líder a fonte de discórdia de mal-entendidos, de inimizades.
Cada pessoa tem a sua história de vida. O lar onde nasceu, o
relacionamento entre pai e mãe, a forma como foi tratada pelos pais, a
atenção que recebeu de amigos e parentes na infância e adolescência, as
oportunidades ou não de estudo e trabalho, a forma de relacionamento com
irmãos e amigos, as necessidades físicas, financeiras e emocionais não
atendidas, a formação religiosa, a forma de casamento feito ou a não
aceitação de estar solteiro (a), tudo isso são fatores que fazem a história de
cada pessoa. Há muitos (as) que conseguem superar os desequilíbrios dessa
cadeia de acontecimentos e conseguem uma saúde emocional. Com isso são
líderes alegres, autoconfiantes, que passam tranqüilidade para seus
liderados. Em compensação, há outros (as) que não dão conta de vencer
seus problemas pessoais, e ao assumirem um cargo de liderança se projetam
nos outros. Inveja, ciúmes, falta de autodomínio, sentimento de culpa, de
inferioridade ou de superioridade, são obstáculos sérios para uma liderança
saudável, equilibrada e eficaz. Quem quer melhorar e crescer para exercer
uma liderança cristã saudável onde Deus seja realmente glorificado e as
pessoas abençoadas, pode buscar ajuda para isso com leituras, com
profissionais ou com um conselheiro capaz.
A tendência, segundo psicólogos, é a pessoa se projetar (projetar é
lançar, arremessar) nos outros, o tipo de EU (amor-próprio) que possui. Veja
o esquema abaixo:

eu – OUTROS

EU – outros

EU – OUTROS

eu - outros

O primeiro caso diz respeito à pessoa que se anula, tem sentimentos


de inferioridade, acha que não tem capacidade para fazer nada direito, se

9
acha péssima, enquanto que os outros, sim. Segundo essas pessoas, elas
sabem o que querem, sabem das coisas, são inteligentes, etc. Um (a) líder
com essa atitude está aquém do seu grupo e pouca contribuição poderá dar.
Ele passará pessimismo e o grupo dificilmente crescerá.
O segundo caso é daquela pessoa que se acha única no mundo. Não
delega porque não confia nos outros, pois só ela é capaz. Tem um superego
tão marcante que não consegue ver seus próprios defeitos e limitações.
Consciente ou inconscientemente, se julga um (a) ‘superlíder’. Um (a) líder
com este autoconceito terá grandes dificuldades em exercer a humildade
cristã, um dos frutos do Espírito Santo.
No terceiro caso, o (a) líder se vê no mesmo nível do outro. Reconhece
suas virtudes e defeitos, sabe conviver com eles e da mesma forma
reconhece no próximo seus valores e limitações. Essas atitudes não o (a)
farão sentir-se maior ou menor. Há um equilíbrio saudável, perfeito e
edificante, de forma que a convivência no grupo traz uma contribuição para
o crescimento mútuo.
Já no quarto caso, além de se anular e achar que não tem
competência, projeta esse mesmo sentimento no outro e o nivela por baixo.
Em muitos casos, o mecanismo da maledicência funciona observando este
tipo de ‘eu’, porque a pessoa se julga ruim, então não aceita que os outros
sejam melhores, daí ela mina o ‘ego’ do outro com comentários maldosos.
Os psicólogos e estudiosos do comportamento humano estão
convencidos de que a imagem que cada um tem de si mesmo é essencial
para alguém aproveitar sua potencialidade ou para impedir a sua utilização.
Consideram eles que uma mudança ou melhoria no conceito que temos de
nós mesmos pode conseguir um grande efeito no que podemos fazer de
nossas vidas.
Líderes doentes emocionalmente, em geral, o são fisicamente. O ser
humano é um todo: corpo / alma / espírito. Não há como separá-los. As
emoções são capazes de alterar o equilíbrio endócrino (produção dos vários
hormônios), assim como o fluxo sanguíneo e a pressão arterial, de inibir o
processo digestivo, de alterar a respiração e a temperatura da pele
(Fenômenos Psicossomáticos, de Howard R. e Martha E. Lewis).
Sentimentos de culpa, de hostilidade guardada, de raiva, podem prejudicar o
equilíbrio físico e provocar doenças. Quantas pessoas há sofrendo de úlcera
no estômago, duodeno, intestinos ou constante pressão alta, dor nas costas,
enxaquecas, artrites, simplesmente por guardarem no seu consciente ou
inconsciente um sentimento negativo em relação a pais, professores,
parentes, amigos, etc. É bem verdade que há pessoas que sofrem problemas
de saúde originários de alguma deficiência orgânica congênita. Mas há
muitos que os adquirem porque seus conflitos interiores são intensos e a
tendência natural é fugir de si mesmo. E como alguém foge de si mesmo? De
várias formas, uma delas é assumindo responsabilidade além de suas
disponibilidades e daí o organismo não suporta toda a exigência, então,
adoece. Há muitos líderes nesta situação.
A cura é um processo longo, doloroso, porém, libertador. Vale a pena
investir em si mesmo procurando uma saúde emocional através de leituras
que o (a) ajudem e contando com a indispensável ação do Espírito Santo de
Deus para ordenar o seu EU interior.

10
Se a sua história pessoal é tranqüila e você tem evidências de uma
saúde emocional, se no seu relacionamento com o próximo a projeção
sempre é EU – OUTROS (eu estou bem e quero que você também esteja), vá
em frente. Porém, se a situação é uma das outras três, é hora de se cuidar
para que você seja uma bênção para os outros. Lembre-se que ‘liderar é
facilitar o crescimento do outro’. Só consegue isso quem está de bem consigo
mesmo.

Pausa para Reflexão

1. Como está você internamente? Você é uma pessoa tratável e de fácil


convivência? Uma impressão é o que o líder tem de si mesmo; outra é a
que ele passa para o grupo. O grupo aceita você realmente ou apenas o
(a) respeita?
2. Você tem passado saúde emocional para o grupo? Como? Qual o
resultado?

Espiritual

A formação espiritual do líder cristão é fundamental em seu trabalho.


E essa formação não tem que ser acadêmica, isto é, baseada em muitos
cursos, inclusive teológico ou de educação religiosa. Inúmeras pessoas são
excelentes líderes, com vida espiritual transparente, e nunca fizeram cursos
tradicionais. Há, por outro lado, pessoas que fazem cursos, inclusive
teológico, cuja vida espiritual é um desastre. Mas como falam bem, têm boa
aparência e bom relacionamento, acabam exercendo a liderança.
A vida espiritual do líder é cultivada no dia-a-dia em seu contato com
Deus. Para isso, são necessárias algumas atitudes:
Salvação Genuína – Uma vida espiritual de verdade começa com o
reconhecimento da salvação dada por Jesus Cristo. Sem esse primeiro
passo, não são possíveis os demais.
Dependência de Deus – É fundamental uma dependência da ação de
Deus na vida do (a) líder. Mas deve ser uma dependência ativa, não inerte. É
alguém que age confiando na direção de Deus, mesmo nas mais simples
questões desempenho, seja em programações, em discussões, planejamento,
etc.
Contato Diário com Deus – Isso é feito através da leitura da Palavra
de Deus e da oração. Há situações na liderança que, humanamente olhando,
é impossível resolver, mas quando se ora e confia, Deus responde. O
problema é que alguns líderes primeiro resolvem a seu modo e depois oram
para Deus confirmar sua atitude. Ou oram e oram, mas resolvem as
situações a seu modo. Você acha certo isso? Como você age?
Transparência – A vida espiritual do líder cristão é transparente. Não
há hipocrisia. As pessoas podem ver sua sinceridade e piedade sem
sofisticação, sem máscaras, mas autêntica. É o que é, sem esconder!
Integridade – A integridade do caráter é o resultado de uma vida
espiritual autêntica. E essa qualidade é o concreto, o visível, de seu
compromisso interno com Deus. É na integridade moral e de caráter que o
líder cristão mostra a sua diferença. Quantos crentes, inclusive líderes,

11
professam uma crença, falam de sua dependência de Deus, lêem a Bíblia e
oram com ardor, mas na vivência do dia-a-dia na escola, colam; no mercado,
comem as coisas e não pagam; no comércio não são fiéis com seus
empregados, explorando-os; ou empregados que chegam atrasados, saem
antes da hora, conversam demais durante as horas de trabalho etc.
O (a) líder pode ter limitações acadêmicas, mas se sua vida é um
espelho que reflete a justiça, a graça e o amor de Deus. Se ele (a) tem o
caráter moral de Cristo, seus liderados serão motivados ao crescimento.

Pausa para Reflexão

1. Como tem sido a sua vida espiritual? Quais dessas atitudes precisam ser
melhoradas? O que você pretende fazer?
2. Seus liderados estariam bem se conseguissem uma vida espiritual igual a
sua? Por quê?

Gerencial

A pessoa que lidera é forçosamente levada a uma atividade gerencial,


isto é, ela terá de harmonizar entre os objetivos a serem alcançados, com as
pessoas que são do grupo, contando com os recursos materiais disponíveis.
Na realidade, gerenciar é resolver problemas. O (a) líder que não está pronto
a resolver problemas não está pronto para liderar. Parece fácil, mas não é.
Vai depender de muita sabedoria, estratégia, agilidade, relacionamento etc.
Neste perfil gerencial há dezenas de itens a serem considerados, mas
vamos observar só alguns deles. Caso você deseje obter mais informações,
há livros em administração de empresas riquíssimos nessas orientações:
Visão – Um (a) líder sem visão é um fracasso. Ele (a) deve estar sempre
vendo além do grupo. è a visão global do que o grupo pode fazer lá adiante
sem perder os passos que estão sendo dados agora. O (a) líder de visão leva o
grupo a crescer e a enxergar mais longe, desafiando-o a novas conquistas. É
uma visão sonhadora e realista ao mesmo tempo, pois enquanto sonha com
o que quer do grupo lá adiante, também tem os pés no chão para perceber
até onde é possível levá-lo. Caso contrário, o (a) líder frustra o grupo e o
desanima.
Criatividade – Criatividade é a chave para vencer a rotina.
Programações repetitivas, assuntos fora de contexto da vivência das pessoas,
horários impróprios para a grande maioria, levam uma organização à
estagnação e daí para a morte, é um passo. Portanto, criatividade é uma das
funções gerenciais. As pessoas motivadas por novos desafios e situações são
mais alegres e produtivas. Criatividade não é sinônimo de mudar por mudar,
mas é gerar novas idéias e desafios de acordo com as necessidades
emergentes. A pessoa criativa tem olhos de investigador. Está sempre atenta,
observando o que se passa. Essa função gerencial é muito importante na sua
liderança.
Comunicação – O (a) líder é respeitado (a) pela maneira como respeita
os seus liderados e isso ele (a) o (a) faz através da maneira como se comunica
e como transmite as decisões, planos e desafios da organização.
Comunicações bem-feitas, claras, sem esconder nada, ditas com prazos

12
cabíveis, a pessoas certas, é o óleo que mantém a alegria e integridade do
grupo. Comunicar é uma arte que precisa ser desenvolvida e aperfeiçoada no
dia-a-dia. Uma comunicação malfeita, com informações incorretas, dita de
maneira grosseira é um palito de fósforo aceso perto de material
combustível.
Tomar Decisões – A posição de líder forçosamente o (a) leva a tomar
decisões que nem sempre é uma fácil tarefa de realizar. As decisões podem
ser feitas com a cabeça, com o coração e com os dois. Quando são feitas com
a cabeça, corre-se o risco de ser fria demais, sem pensar nas pessoas e seus
sentimentos. Quando com o coração, corre-se o risco de tomar decisões
erradas por estar debaixo de emoção forte. O ideal é uma combinação das
duas: cabeça / coração. Desta forma, o (a) líder considera as razões da
decisão e o quanto isso pode ou não afetar as pessoas. Por mais simples ou
complicada que seja uma tomada de decisão, sempre haverá os que aprovam
e os que não aprovam. O (a) líder precisa estar seguro para não se deixar
levar pelas pressões.
Entusiasmo – Na tarefa gerencial, uma das qualidades do (a) líder é o
entusiasmo pelo que faz. Se quem está à frente não vibra com os objetivos da
organização / grupo, os seus liderados não se sentirão desafiados à mesma
coisa. Entusiasmo é alegria, bem-estar, é acreditar no que se faz e ele é
contagiante.
Equipe – Trabalhar em equipe não é tão simples quanto parece. As
pessoas pensam e agem de maneiras diferentes, mas uma das
características do ser humano é a necessidade de estar junto de outras
pessoas. O ser humano é um ser gregário. O (a) líder atento (a) observa as
pessoas e o que elas são capazes de fazer e agrega-as de forma que cada
uma contribuindo com a sua parte, o todo seja beneficiado. Trabalhar em
equipe é reconhecer que todos são tão importantes no conjunto como no
individual. É bom ler sobre tipos diferentes de personalidades e suas mais
variadas formas de ação e reação para facilitar o seu trabalho ao gerenciar
sua equipe.

Custos da Função

Quanto custa ser líder? Este é um lado importante do perfil do líder,


porque se ele (a) não estiver disposto (a) a pagar o preço, dificilmente
conseguirá sucesso no seu posto. Ou ele (a) abandonará o grupo ou agirá
com despotismo e desconsideração para com as pessoas. Vamos considerar
alguns desses custos:

Cansaço – O (a) líder cristão (ã) é antes de tudo um ser humano. Ele
(a) também se cansa. O exercício da liderança é estressante e uma pessoa
cansada tem menos condições de rendimento. Ser ‘superlíder’ não leva a
nada, a não ser ao esgotamento físico e mental. Equilíbrio entre as
atividades sérias e descontraídas é muito importante. Além disso, dar tempo
para si mesmo, para um bom descanso, é ser bom mordomo do que Deus
oferece a você - sua saúde e corpo.

13
Reflexão – Outro preço a ser pago pelo (a) líder é o tempo gasto com
meditação, reflexão e pensamento criativo. Esse tempo é precioso e poucos
sabem dar o devido valor a ele.
Estar Só – A solidão é um dos preços que o (a) líder paga por sua
posição. É a capacidade de estar só por ter perdido parte de sua liberdade
pessoal. Manter o equilíbrio entre identificar-se com as pessoas para que não
seja um (a) estranho (a) no grupo e isolar-se delas para manter uma
distância natural e necessária nem sempre é tão fácil na prática. O (a) líder
ficará muitas vezes só, devido a decisões tomadas e que eram necessárias,
mas que não são compreendidas pelo grupo.
Rejeição – O sentimento de rejeição é muito difícil de se trabalhar com
ele. Mas haverá momentos em que o (a) líder terá esse sentimento devido a
decisões, ou quando chega para um grupo e o mesmo preferia outro (a) líder,
ou mesmo quando tem idéias diferentes e que as pessoas não aceitam. Às
vezes esse sentimento aparece através de pessoas que são invejosas e
amargas e com isso prejudicam a sua liderança. Um (a) líder maduro
emocionalmente e dependente de Deus enfrentará essa situação de cabeça
erguida.
Críticas – Talvez este seja o preço mais alto da liderança – críticas.
Muitas delas são necessárias e bem-vindas, mas outras machucam e
desanimam. Nenhum (a) líder está isento de críticas, quer benéficas ou não.
Há duas situações para as críticas: quando você, como líder, faz as críticas
para que o trabalho melhore e para isso é preciso observar alguns cuidados
para não espantar seus liderados como: orar antes, falar com honestidade,
fazer isso em particular, nunca em público, ser objetivo, ser honesto,
oferecer o direito ao outro de explicar etc. Por outro lado, o que é deveras
mais complicado, é quando você recebe as críticas. Da mesma forma cultive
algumas atitudes: ore pela pessoa que está falando, evite ficar na defensiva,
deixe que a outra pessoa complete o seu pensamento, verifique se as críticas
procedem, tenha cuidado em como responder, explique honestamente o que
aconteceu.

Pausa para Reflexão

Divida o grupo em quatro subgrupos. Cada um deles ficará


responsável por um dos temas que seguem para discutir e chegar a um
consenso. No final, o representante dará o relatório geral e sucinto para
aproveitamento de todos.

1. No perfil pessoal do (a) líder, quais os tipos mais comuns de liderança e


como se pode melhorar?
2. No perfil espiritual do (a) líder, qual é o fator fundamental?
3. No perfil gerencial do (a) líder, quais os itens mais importantes para você?
4. Nos custos da liderança, qual deles é o mais difícil de pagar e por quê?

5. CARACTERÍSTICAS DO GRUPO

I) O Grupo é Formado de Pessoas Diferentes

14
Sem o grupo, sem os liderados, não há liderança. No entanto, é um
desafio constante conviver com pessoas e manter um clima agradável e de
equipe. Paulo, escrevendo aos Romanos, diz: ‘Se for possível, quanto
depender de vós, tende paz com todos os homens’ (12.18). Há um velho
ditado que diz: ‘Quando um não quer, dois não brigam’. Se cada pessoa se
conscientizar de que a paz começa com ela e que é responsável por suas
palavras e atitudes, a convivência será mais tranquila. Mas há pessoas que
têm uma facilidade incrível de suscitar dissensões e desavenças. Quando é
um liderado, o (a) líder poderá ajudá-lo. Portanto, a saúde emocional do (a)
líder é imprescindível para a saúde emocional do grupo.
O (a) líder sábio (a) observará (eu não disse, fará juízo) cada elemento
do seu grupo e tentará ajudá-lo na medida do possível. Há pessoas muito
difíceis de se lidar; são temperamentais, explosivas, agressivas, mas são as
que mais precisam de ajuda. Por outro lado, o (a) líder contará com pessoas
dóceis, equilibradas, que ajudarão a manter o equilíbrio do grupo. O
problema sério é que há uma tendência natural do (a) líder em colocar de
lado a pessoa difícil e dar privilégios e vantagens, além de atenção ao mais
fácil. Isso é discriminação e é preciso estar atento (a) para não cometer esse
pecado.
Se o (a) líder trabalha com um grupo de crianças ou adolescentes, a
atenção é redobrada, porque uma criança que se sente rejeitada, mal-
amada, será um adulto com seríssimos problemas de relacionamento.
Líderes de todos os grupos, quer sejam crianças, adolescentes, jovens ou
adultos, precisam se inteirar das características naturais de cada faixa
etária. Quando se conhece as características é mais fácil detectar se tal
comportamento é normal, comum à idade ou não, e que precisa de mais
cuidado e carinho.
Em qualquer grupo, no geral, há duas categorias diferentes de
comportamento adotadas pelos liderados. Abordaremos apenas alguns
dentro dessas categorias. É uma abordagem superficial, já que analisar cada
comportamento humano é praticamente impossível num espaço tão
pequeno. Há livros, e muitos, que ajudam no entendimento melhor de cada
um deles e que o (a) líder poderá buscar pessoalmente para o seu próprio
conhecimento e desenvolvimento.

5.1 – Os Construtivos e Facilitadores – São aqueles com os quais o (a) líder


pode contar. São fundamentais no grupo. Caso o (a) líder seja inseguro (a) ou
prepotente, poderá espantar essas pessoas e acabar prejudicando o grupo
todo. No entanto, essas pessoas poderão ajudar muito o (a) líder a melhorar
seu estilo de liderança, se ele (a) permitir, é claro. Dentro deste grupo
construtivo ou facilitador encontramos:
5.1.1 – O Conciliador – é a pessoa que sempre busca um
denominador comum. É a apaziguadora. Ela sempre tenta harmonizar as
idéias sem ofender as pessoas. Alivia as tensões do grupo. Quando o assunto
está provocando um clima de tensão, essa pessoa conciliadora estará
tentando aclamar os ânimos.
5.1.2 - O Animador ou o Alegre – Em qualquer grupo sempre
precisamos de uma ou mais pessoas alegres para descontrair o grupo. Não é

15
o palhaço ou o irresponsável, mas a pessoa capaz de contagiar os demais
com sua alegria e bom humor.
5.1.3 – O Referencial Positivo – Sempre há no grupo uma pessoa que
transmite ao (à) líder segurança. Em geral, o (a) líder quando fala olha para
esse (a) liderado (a) aguardando uma aprovação ou não através de um olhar,
um gesto, ou sinal. Essa pessoa é imprescindível em qualquer grupo. A
maneira de falar, faz com que ele conquiste o respeito de todos.

5.2 – Os Não-Construtivos – Em qualquer grupo não faltam as pessoas que,


além de não contribuírem, tumultuam. As razões são várias, desde uma
infância mal-orientada, lares neuróticos, destruídos, com privação de
alimentação adequada, com falta de atenção, carinho, valorização, até
mesmo problemas genéticos que interferem no temperamento. (Sobre esse
assunto é bom você ler mais sobre traumas na infância que prejudicam o
adulto).
Essas pessoas existem e o (a) líder precisa ajudá-las a crescerem não
só na arte de se relacionar com outros como no autoconhecimento e no
conhecimento de Deus, como pai amoroso, e na ação do Espírito Santo como
libertador e regenerador. Muita paciência e oração são os ingredientes para o
tratamento com esses liderados. Dentro desse grupo de não construtivos,
encontramos vários, mas abordaremos apenas alguns:
5.2.1 – O Dominador – É o que sempre está dando ordens, interrompe
todo mundo. Na realidade, está querendo se auto-afirmar. É inseguro e
precisa desse comportamento para se sentir importante. Ele não percebe que
está perturbando os outros.
5.2.2 – O Tímido – Há no grupo pessoas tímidas que têm dificuldades
em expressar suas idéias. Um (a) líder atento (a) oferecerá oportunidades
para essas pessoas e a incentivará. Muitas vezes, são pessoas que têm
excelentes idéias, mas ficam inibidas diante dos demais.
5.2.3 – O Agressivo – Um a pessoa agressiva é amarga internamente.
Ela aproveita ironias e brincadeiras para machucar as pessoas. Como se
sente machucada, inconscientemente ela quer que os demais sintam a
mesma coisa. É uma pessoa que precisa de muito carinho, atenção e
paciência.
5.2.4 – O Reivindicador – É o porta-voz do grupo. É aquele que fala
em nome de todos sobre um interesse geral. É uma pessoa importantíssima
no grupo, pois é através dela que o (a) líder sabe como as pessoas estão
reagindo a tudo que acontece. Essa pessoa é a ponte.
Esses são apenas alguns exemplos. Há outros tipos que você mesmo
(a) pode descobrir no seu grupo. O importante é saber tratar as pessoas
individualmente, respeitando suas qualidades e defeitos para que elas se
sintam consideradas no grupo. Pois, as pessoas só ficam em um
determinado grupo quando se sentem bem. Caso contrário elas saem.
Manter o clima gregário onde as pessoas, por mais diferentes que sejam os
temperamentos, se sintam bem, é uma tarefa extremamente difícil, mas
compensadora, pois é impossível realizá-la sem a ação do Espírito de Deus
na vida pessoal do líder.

16
Pausa para Reflexão

Primeiro, este exercício deve ser feito individualmente. Depois de


terminado o tempo (5 a 10 minutos) discuta suas idéias com uma outra
pessoa (trabalho em duplas).
Alinhe na coluna à esquerda os vários tipos de comportamentos que
você observa no seu grupo. Na coluna do meio, coloque a maneira que você
acha correta em lidar com eles. Na coluna à direita, escreva os resultados
obtidos com essa sua maneira de agir, se positivas ou negativas.

As Pessoas Como Ajo com Elas Resultado

II) Liderança e Poder

Exercer cargo de liderança é ter poder nas mãos. O problema não é o


poder que o líder tem, mas o que faz com ele. A pessoa manifesta o seu
caráter quando no cargo de líder e o que faz com o poder que exerce, se é
para o bem do próximo ou para o bem próprio. O poder exercido para o bem
próprio leva à corrupção (corrupção vem de corromper, que significa ‘tornar
podre’, ‘estragar’, ‘adulterar’, ‘perverter’). ‘Há um paradoxo do poder: quanto
mais forte, mais fraco’ (Mudanças e Decisão, de Francisco G. de Matos).
Jesus enfrentou o maior desafio para exercitar o poder em benefício
próprio (Mateus 4.1-11). Michael Youssef, em ‘O Estilo de Liderança de
Jesus’, diz: ‘Satanás levou-o ao alto do monte e ofereceu-lhe todos os reinos
do mundo. Foi uma tentativa de manipulá-lo, de despertar nele a sede do
poder. Mesmo a transformação de pedras em pão implicaria a manipulação
das forças da natureza em benefício próprio. Saltar do alto templo seria, sem
dúvida, uma tentativa de manipular Deus pai, coagindo-o a salvar o Filho’. E
Jesus não cedeu. Ele é o nosso modelo de liderança.

17
Existe o poder da posição, que se refere à influência que o (a) líder
tem por causa do seu cargo. Por exemplo: uma pessoa pode não fazer
determinada coisa se solicitada por outra, mas se for o (a) líder (ou o pastor),
ela o fará. Também o poder pessoal ou o carisma, que é o poder exercido
pela personalidade, pela maneira de ser do (a) líder. O poder pessoal pode
levar o (a) líder ao perigo, manipulando as pessoas e dessa forma abusando
do poder. Um (a) líder cristão (ã), seja em qualquer grupo, jamais deverá
alimentar a ânsia pelo poder, pois pode haver distorção e tragédia. O grande
ponto é que ao assumirem posições de liderança, de poder, há pessoas que
fazem de tudo para nunca mais saírem do cargo. Em vários segmentos da
nossa sociedade, corre dinheiro como forma de comprar os interessados e a
isso denominamos corrupção. Mas, no meio religioso, embora não haja
dinheiro detrás, há métodos da mesma forma corruptos, para se manter no
poder. Há líderes que para se manterem no poder lançam mão de meios
como:

a) Persuasão – Ou tentativa de convencer o outro a aceitar as suas


idéias. Há a persuasão legítima, que usa a lógica dos fatos e argumentos e
que leva o outro a pensar. Mas há a persuasão deturpada, que insinua o
outro e o impede de pensar e agir por si mesmo. Por exemplo: quando o (a)
líder diz: ‘Não vá me dizer que você não está a fim de cooperar, você que é tão
crente...’.
b) Culpa ou Ignorância – O (a) líder faz comentários referentes a
alguém de forma que lhe provoca um sentimento de ignorância, de culpa ou
mesmo de vergonha. Como a pessoa assume esse sentimento não fazendo
contra-argumentos, o (a) líder continua no poder.
c) Ameaças – Há líderes que ameaçam os membros do grupo dizendo
que Deus vai castigá-los, caso não façam o que está sugerindo; ou dizem que
Deus lhes falou isto ou aquilo e deve ser feito, se não...; outros ainda
ameaçam o grupo dizendo que sofrerão um enfarto, um problema físico
qualquer, caso o grupo rejeite as suas idéias. Isso é ameaça, é corrupção, e é
uma atitude condenada por Deus no exercício de uma liderança cristã sadia.
Essas e outras situações são usadas, sem contar do (a) líder que usa a
expressão ‘vontade de Deus’ para justificar sua eterna posição na liderança.
Há casos em que só o (a) líder sente que é vontade de Deus continuar, todos
já perceberam que é hora de mudar, mas o (a) líder insiste em continuar. É
vontade de Deus, mesmo?
O modelo do uso do poder está em Jesus Cristo, conforme relata João
13, como vimos no começo do Curso. A fonte do verdadeiro poder na
liderança cristã é serviço e submissão.

Pausa para Reflexão

1. Como você tem exercido o poder na liderança?


2. Converse com alguém de confiança para ouvir como o grupo vê a sua
liderança.

18
6. TAREFAS DA LIDERANÇA

6.1 – Liderar Líderes

Liderar ou administrar um grupo onde as pessoas também são líderes


é um dos grandes desafios na liderança. Por exemplo: uma reunião de
obreiros e o pastor; uma reunião de líderes de associação e o líder estadual.
As pessoas que formam o grupo possuem características idênticas às de
quem está à frente. Se o (a) líder, neste caso, for inseguro (a), desanimado
(a), sem planos e desafios, o grupo facilmente identificará o seu ponto fraco e
os conflitos poderão acontecer. Poderá haver pressão dos demais para a sua
saída ou desinteresse geral pelo trabalho devido à incompetência e falta de
habilidade do (a) líder em liderar líderes. Se, no entanto, o (a) líder é uma
pessoa tranqüila, seguro (a), cheio (a) de ânimo, tem claro em sua mente os
planos e os desafios que o grupo pode alcançar e sabe colocar para ele suas
idéias, além de estar atento (a) a qualquer palavra, atitude ou situação que
possam tirar a paz do grupo, terá tudo para dar certo. Se a visão é uma das
qualidades essenciais a qualquer líder, no caso de liderar líderes, ele (a) terá
de ser maior e mais abrangente.
Um (a) líder de líderes mais ouve do que fala. As suas atitudes é que
constroem o clima dominante entre todos. Se for uma pessoa de visão,
discernimento, competência, será reconhecido (a) pelo grupo e muito poderá
fazer por ele. É bom lembrar que o (a) líder de líderes fornece subsídios para
que estes tenham condições de ajudar os seus liderados. Portanto, toda
reunião deverá ser produtiva, desafiadora em que as pessoas saiam com
ânimo novo para contagiar os seus liderados.

Algumas Considerações nessa Tarefa de Liderar Líderes

Lembre-se de que você não é o (a) dono (a) da verdade. Não é porque
está à frente de outros líderes que, necessariamente, esteja correto (a) em
tudo que pensa, fala e planeja.
Considere que o mundo muda e as novas tecnologias interferem no
dia-a-dia das pessoas e elas mudam suas formas de pensar também. Uma
pessoa que não muda nunca, não se atualiza, morreu e não sabe. Não é
mudar valores e princípios morais e espirituais, mas sua visão do mundo,
sua consideração dos problemas, suas formas de tratar as pessoas. É estar
sempre atualizado (a).
Lembre-se de que os líderes também enfrentam pressões e dificuldades
com alguns de seus liderados. Ofereça estudos, leituras, cursos de
relacionamento humano para ajudá-los nessas dificuldades. Em todas as
reuniões que planejar, não as deixe sem uma palavra de incentivo, de ânimo,
de desafio, de consolo.
As pessoas têm problemas pessoais (alguns muito sérios) que não
podem compartilhar com seus liderados. Seja você, líder, um canal aberto
para esse compartilhar e ajuda mútua.
Encare com tranqüilidade o pensamento de que dentro desse mesmo
grupo há vários líderes que são seus (suas) substitutos (as) em potencial.

19
Isso é presente de Deus, para qualquer líder cristão (ã), pois a liderança se
renova e a obra divina continua. Ninguém é insubstituível. Cuidado para não
marginalizar seu (sua) ‘possível’ substituto (a). A liderança é permanente,
mas transitória.

6.2 – Preparar Novos (as) Líderes

Há pessoas que pensam que ficarão eternamente vivos e por isso serão
eternamente líderes. Enganam-se. Ninguém fica para semente. O grande
pregador Dwight L. Moody disse certa vez que ‘ele preferia mil homens a
trabalhar do que fazer o trabalho de mil homens’. Há líderes com a síndrome
do (a) ‘Superlíder’ – fazem tudo sozinhos. Eles (as) correm dois riscos:
cansaço pessoal, porque todo o ser humano tem limites, e o cansaço do
grupo, porque há tarefas que pessoas do grupo farão melhor do que o líder,
mas como possui a síndrome do ‘superlíder’, então ele (a) realiza. Cansa-se.
E uma pessoa extremamente cansada é facilmente levada a atritos pessoais.
Não há qualquer virtude em se fazer mais do que se pode. Portanto, o
preparo de novos líderes é, na realidade, abrir espaço para que outros
tomem o seu lugar de líder. Você tem maturidade para isso? É tranqüilo, na
sua cabeça, preparar pessoas para ocuparem o seu lugar? Você é apenas o
facilitador para o desenvolvimento do outro. É fácil? Claro que não! É o
propósito de Deus para a liderança cristã? Com certeza!
Vamos alistar algumas atitudes que o (a) líder precisa assumir quando
está treinando outros (as):
a) Deixar o Outro Errar / Acertar – A tendência é querer evitar que o
(a) outro (a) erre. Mas o ser humano só cresce e amadurece quando na sua
experiência de vida ele conjuga o erro / acerto. Não é caindo e levantando
que a criança aprende a andar?
b) Ficar em Segundo Plano – No preparo de nova liderança, você fica
em segundo plano. Para um (a) líder orgulhoso (a), vaidoso (a), ‘senhor da
situação’, essa atitude é uma das mais difíceis. Mas, lembre-se do modelo de
Jesus.
c) Alegrar-se com a Vitória do (a) Outro (a) – Quando o (a) líder,
honestamente, pode se alegrar com a vitória do (a) novo (a) líder que surge, é
uma demonstração de maturidade espiritual. Na realidade, há líderes que
apenas ‘demonstram’ alegria, mas no íntimo estão torcendo para tudo dar
errado, para mostrar ao outro que ele é infalível e imprescindível. Essa
atitude, com certeza, não é de Deus.
d) Sentir o Fracasso do (a) Outro (a) – Da mesma forma, quando você
está treinando novos líderes, ao fracassarem, você sente profundamente com
eles, sem hipocrisia, sem fingimento. Ao mesmo tempo em que sente,
incentiva-os a continuar.
e) Não Esconder Dicas – Quem é líder há muito tempo aprende como
lidar com situações e fatos novos. Ao treinar um (a) novo (a) líder, passe para
ele / ela as ‘dicas’. Muitas dessas dicas, ele / ela aprenderá sozinho (a) no
exercício da liderança, mas outras há que são importantes para os seus
primeiros passos. Não negue.

20
Lembre-se de que líderes são escolhidos (as) por Deus e equipados (as)
pela ação do Espírito Santo em suas vidas. Você apenas precisa descobri-los
(as) e treiná-los (as).

Pausa para Reflexão

1. Há quanto tempo você está na liderança de seu grupo?


2. Quantos novos líderes você já descobriu e treinou?
3. O que você sente quando cada um (a) deles (as) vai se firmando na
liderança: alegria ou inveja?
4. Se você não treinou ninguém, por quê? Não descobriu ou não quer
procurar? Por quê?

6.3 – Liderar Reuniões

Uma das tarefas do (a) líder é dirigir reuniões. Elas são importantes e
não há como evitá-las. No entanto, elas devem ser planejadas e com
objetivos claros. Reuniões sem objetivos claros, sem conteúdo, mal-feitas e
só para constarem de calendários são alguns das maiores razões que levam
ao desinteresse dos liderados.
O (a) líder é responsável ao reunir um grupo de pessoas. O tempo
gasto, valores financeiros, família, trabalho, viagem, tudo deve ser
compensado por uma reunião bem planejada, que ofereça munição para as
pessoas continuarem motivadas e participantes. Se isso não acontecer, o
desinteresse aparece.
Uma reunião pequena para tratar de assuntos tranqüilos e rápidos é
um tipo, mas o (a) líder deve estar, também, preparado (a) para as grandes
reuniões. Há líderes que dirigem muito bem um grupo pequeno como de
estudos, de oração, de pequenas resoluções, de comunhão, mas se perdem
quando o grupo é grande. Neste caso, é bom contar com alguém de
experiência na área. Uma reunião grande como retiros, acampamentos,
congresso, conclaves, precisa de planejamento com bastante antecedência,
observando-se inúmeros detalhes para que haja maior aproveitamento. Não
é justo realizar grandes encontros onde as pessoas vão gastar algum
dinheiro, deixar família, para não receberem muita coisa em troca devido a
falta de planejamento, pois o local era pequeno, a equipe para atender
despreparada, a alimentação ruim, sem disciplina de horário etc.
Ao planejar grandes reuniões, o (a) líder deve se assessorar de uma
equipe competente e distribuir tarefas. Deixe que cada pessoa escolha o que
gosta de fazer, como, por exemplo: responsável pelo local e arrumação, pela
alimentação. Quando a pessoa pode escolher o que gosta de fazer, ela o fará
com mais alegria e competência. Querer dar uma de ‘superlíder’, só vai
complicar. Quando o trabalho é feito em equipe, um serve de ponto de apoio
para o outro, tanto para as alegrias como para as dificuldades. Porém,
quando o (a) líder que fazer sozinho (a), vai demonstrar ou insegurança ou
complexo de semideus. É preciso caminhar muito na aprendizagem da arte
de trabalhar em equipe.

21
Mesmo com todo o planejamento, o (a) líder deve estar preparado (a)
para imprevistos, pois eles acontecem. E imprevisto é algo não programado,
fora de controle. Para isso, é preciso cabeça fria e muita sabedoria para não
desestruturar o grupo. Se o (a) líder mantém a calma e a situação sob
controle, o grupo se aquieta, mas se o (a) líder se desespera, o grupo perde o
referencial e pode se instalar o tumulto. Lembre-se de que todos podem
perder a cabeça; o (a) líder, não.
Um (a) líder seguro (a) e presente sem ser autoritário (a), intransigente,
mandão (na), é de valor fundamental em qualquer reunião, seja pequena ou
grande.
Lembre-se de que direção não significa estar à frente dirigindo. Você
pode dirigir delegando. Porém, lembre-se de que delegar é participar do
processo de formação de novos (as) líderes. Há, no entanto, líderes que
delegam porque têm preguiça de exercer a sua função. Acham mais fácil
deixar outro fazer do que eles (as) mesmos (as) fazerem. É preciso ver qual a
verdadeira motivação dessa atitude de delegar.

Pausa para Reflexão

1. Como você planeja a reunião? Ou não planeja? Por quê?


2. Quando você participa de uma reunião que não lhe acrescentou nada,
como se sente? Pense agora nos seus liderados.”

07. “AS SETE LEIS DA LIDERANÇA CRISTÂS3


7.1 – Primeira Lei: Exemplo
As Pessoas Precisam ser Capazes de Depender de Sua Liderança.
7.1.1 – Que Tipo de Exemplo deve Dar um Líder Espiritual?
7.1.2 – Como Reconhecer um Líder Espiritual?
7.1.3 – Podem Confiar em Você?

Exercício de Aprendizagem

Perguntas:
1. Como Moisés, você tenta fazer tudo sozinho?
2. Você está disposto (a) a desistir de coisas questionáveis a fim de ser
um (a) líder?
3. Aliste alguns passatempos, coisas, etc., de que você tem desistido ou
está disposto (a) a desistir.
4. De quais recursos dispomos a fim de mantermos um piedoso estilo
de vida?

7.2 – Segunda Lei: Comunicação


As Pessoas Precisam Entender o Que Você Está Dizendo.
7.2.1 – Você Deve Comunicar-se com Todos!
7.2.2 – O Que Faz as Pessoas Ouvirem?
7.2.3 – Os Atos Falam Mais Alto Que as Palavras!

3
Extraído de HOCKING, David. As Sete Leis da Liderança Cristã, Trad. João Bentes, São Paulo: ABBA
PRESS, 2ª Edição. 1996. 315p.

22
Exercício de Aprendizagem

Perguntas:
1. Para comunicar-se em seu ministério, de quantos níveis de
comunicação você precisa?
2. Você diz o bastante para esclarecer às pessoas o que elas devem
fazer, como fazer e quando fazer alguma coisa?
3. Quais são os seus alvos a longo prazo, e como você chegou aos
mesmos?
7.3 – Terceira Lei: Habilidade
Você Precisa Ser Capaz de Liderar Outras Pessoas.
7.3.1 – Você é Um dos Líderes Dotados por Deus?
7.3.2 – Os Dons Espirituais Realmente Ajudam?
7.3.3 – As Mulheres Podem Ser Usadas na Liderança?

Exercício de Aprendizagem

Perguntas:
1. Você acredita que Deus o escolheu como um dos líderes de Sua
Igreja?
2. Você gosta de falar com as pessoas acerca de Cristo? Como é que
elas usualmente reagem?
3. Você prefere compartilhar sua fé com os incrédulos, ou passa a
maior parte de seu tempo procurando edificar os crentes?

7.4 – Quarta Lei: Motivação


Você Precisa Saber Porque Deseja Ser Um (a) Líder.
7.4.1 – Tenha Cuidado Consigo Mesmo
7.4.2 – Fazendo Coisas Pelas Razões Certas

Exercício de Aprendizagem

Perguntas:
1. Você recusa-se a receber louvores de outras pessoas, e redireciona
tais louvores para Deus?
2. Você tem necessidades pessoais, acerca das quais está deixando de
confiar em Deus. Faça uma lista das mesmas.
3. Você passa uma parcela considerável de seu tempo comparando-se
com outros líderes? Com quem você se compara? Por quê?

7.5 – Quinta Lei: Autoridade


As Pessoas Precisam Corresponder à Sua Liderança.
7.5.1 – Por que as Pessoas Resistem à Autoridade?
7.5.2 – Como Você Pode Obter Autoridade?
7.5.3 – Como Corresponder à Autoridade

Exercício de Aprendizagem

Perguntas:

23
1. Como você lidaria com alguém que tem oferecido resistência à sua
autoridade?
2. O seu exemplo diante de outras pessoas é tal que sua gente
responde favoravelmente à sua autoridade? Por quê?
3. Você sempre responde prontamente aos pedidos de outras pessoas?

7.6 – Sexta Lei: Estratégia


Você Precisa Saber Para Onde está Indo.
7.6.1 – Os Bons Líderes Têm uma Estratégia
7.6.2 – Como Desenvolver e Usar uma Boa Estratégia
7.6.3 – Uma Estratégia de Desenvolvimento

Exercício de Aprendizagem
Perguntas:
1. Quais são os Seus Objetivos?
2. Você conta com uma estratégia relativa à sua vida pessoal? À sua
vida doméstica / familiar? À vida de sua igreja, departamento ou ministério
eclesiástico ou empresa?
3. Você é capaz de estabelecer alvos realistas? Diga quais são alguns
de seus alvos para este ano, para este mês e para esta semana.

7.7 – Sétima Lei: Amor


Você Precisa Cuidar das Pessoas ao seu Redor”.
7.7.1 – Como Amar as Pessoas com o Amor Divino?
7.7.2 – Sinais de uma Liderança Amorosa
7.7.3 – A Pergunta Fundamental: Você é um (a) Líder?

Exercício de Aprendizagem
Perguntas:
1. Por que você pensa que a muitos líderes falta amor, em seu
relacionamento com as pessoas?
2. Pode você apresentar um exemplo específico de como um líder tem
demonstrado amor mediante seus atos? Tais atos foram recebidos como atos
de amor cristão?
3. Como os líderes espirituais podem ajudar àqueles que estiverem
padecendo de necessidades físicas e materiais?

II PARTE – O DOM BÍBLICO

08. O DOM BÍBLICO DE ADMINISTRAR/LIDERAR4

“O dom de administração/liderança é a habilidade especial dada por


Deus para reconhecer os dons dos outros, recrutá-los e engajá-los no
ministério. Eles têm a habilidade de organizar e gerenciar pessoas, recursos
e tempo para um ministério eficiente. As pessoas dotadas com esse dom
possuem a habilidade de coordenar detalhes e executar os planos de
liderança.

4
Extraído de ROBINSON, Darrell W. Igreja – Celeiro de Dons, Rio de Janeiro: JUERP/CBB, 2000. 176p.

24
8.1 – Dinâmica – As palavras traduzidas como ‘liderar’, ‘reger’, ‘administrar’
e ‘governar’ encontram-se em Romanos 12.8; 1 Coríntios 12.28 e Hebreus
13.7, 17, 24 e fornecem uma figura clara da liderança. O poder do uso deste
dom no corpo de Cristo capacita a igreja a levar adiante o ministério e a
manter o crescimento. É essencial para a coordenação a utilização de todos
os outros dons no corpo. Sem o seu uso efetivo, a igreja atingirá um platô e
declinará. Paulo encorajava o exercício do dom de liderança ‘com zelo’
(Romanos 12.8). A liderança deve ser exercida com seriedade, entusiasmo e
um comprometimento profundo.
Tudo está ligado à liderança. A igreja nunca será maior que sua
liderança. Líderes dotados e energizados pelo Espírito Santo capacitarão a
igreja para cumprir sua missão para Cristo.
Todo dom é para o evangelismo! Deus quer usar aqueles com o dom de
administração/liderança para alcançar o perdido para Cristo. Eles se tornam
testemunhas especialmente eficazes, se forem equipados para compartilhar
Cristo. Devem ser exemplos e líderes para que a igreja se torne um corpo de
cristo que testemunha. As pessoas fazem o que os líderes as levam a fazer.
Se quisermos que as pessoas testemunhem, os líderes devem também ser
capazes de dar seu testemunho.

8.2 – Descrição – Aqueles que têm o dom de liderança aceitam prontamente


as responsabilidades e se apresentam para organizar, planejar e
gerenciar pessoas e programas para atingir alvos. O (a) administrador
(a)/líder é uma pessoa do tipo que toma a frente e é capaz de assumir e dar
direção e ordens quando necessário. A igreja necessita colocar pessoas com
o dom de administração/liderança em posições de liderança. Elas deveriam
servir em postos de responsabilidade, tais como o de pastores, diáconos,
relatores de comissões, coordenadores de ministérios, diretores, líderes de
equipe, professores e diretores da Escola Bíblica Dominical e outras áreas
afins. Elas devem ser líderes de projetos, programas e ministérios.
Ao longo da história, a obra de Deus tem prosperado em ocasiões de
uma liderança piedosa. A obra de Deus foi adiante com líderes bíblicos como
Moisés, Josué, Samuel, Davi, Salomão, Pedro e Paulo. Depois dos tempos
bíblicos, Deus tem levantado líderes como Agostinho, Lutero, João Wesley,
George Whitefield, George Mueller, Dwight L. Moody e Billy Graham. Deus
tem seus líderes para cada geração. Líderes são pessoas de visão,
autodisciplina, grande motivação própria, direcionadas para alvos, e
afirmativas. O (a) líder é uma pessoa que se doa, um (a) trabalhador (a)
incansável, que quer ver resultados positivos. Ele (a) deseja estar envolvido
(a) em tarefas desafiadoras. Quando conclui uma, tem a preocupação de se
dirigir para um novo desafio, o qual ele geralmente já está planejando antes
que complete a presente tarefa. Sempre que possível, ele delega, mas sabe
quando não deve delegar. Está pronto a arriscar e tentar o impossível. Ele
toma decisões com base nos fatos, e não em sentimentos.

8.3 – Dificuldades – A pessoa com o dom de liderança quer vencer e acha


muito difícil enfrentar uma perda. Está voltada para a tarefa e pode ser
muito insensível com as pessoas. Pode estar muito apressada ou ocupada
para ser graciosa. Ela pode ser difícil de se agradar e intolerante com erros.

25
Alguns acham que ela é fria, ‘forçadora de barra’ e impaciente. A liderança é
muitas vezes um lugar solitário.

8.4 – Perigos – A pessoa que tem o dom de administração/liderança corre o


risco de se tornar orgulhosa por causa de sua posição. Pode se tornar
egoísta e não levar em consideração aqueles que trabalham com ela. Detesta
estar errada, então pode vir a culpar os outros quando as coisas dão errado.
Ela pode ficar desanimada e frustrada quando seus alvos não são
alcançados.

8.5 – Deleite – Quando o (a) líder apontado (a) por Deus e ungido (a) por Ele
está no lugar escolhido por Deus, enormes possibilidades acontecem no
corpo de Cristo. Tal líder é capaz de unificar todos os membros do corpo,
motivá-los e levá-los a realizar grandes feitos para a glória de Cristo.

Pausa para Reflexão

1. Você tem o dom de administração/liderança?


______ Sim, tenho certeza de que tenho este dom.
______ Não tenho certeza, mas posso ter este dom.
______ Não, acho que não tenho este dom.

2. Se você marcou que tem este dom, você tem aproveitado ele e colocado em
prática?

3. Uma vez que sim, tenho este dom, o que poderei fazer para aprender mais
sobre ele e consagrá-lo ao Senhor Deus, na minha igreja?

09. TESTE DO DOM DE ADMINISTRAR/LIDERAR5

9.1 – Afirmando o Dom de Administrar/Liderar

Respondem outros de maneira positiva a seus esforços de ser líder?


Talvez você sinta que o Espírito Santo lhe outorgou o dom de ser líder. Os
seguintes indicadores gerais lhe poderão ajudar a determinar e afirmar se
você recebeu este dom. Não espere encontrar todos os indicadores em sua
experiência. Os indicadores gerais não provarão definitivamente que você
recebeu este dom, mas são o começo para confirmar se o recebeu.
Em cada indicador você poderá marcar, com um círculo, o número
apropriado para determinar o nível com que esta qualidade se evidencia em
sua vida. A escala ao lado de cada indicador lhe provê um método para fazer
esta observação: O número cinco (5) indica que a atitude ou inquietação
expressada no indicador se mostra na maioria do tempo em sua vida ou com
extraordinária intensidade. O número um (1) indica que a atitude ou
inquietação expressada no indicador se evidencia pouco, nunca ou com
pouca intensidade em sua vida. O número três (3) indica que a atitude ou

5
Extraído de: SMITH, Ebbie C. Descubra Sus Dones Espirituales. Trad. Tomás Law. El Paso, Texas (EUA), CASA
BAUTISTA DE PUBLICACIONES. 1987.

26
inquietação expressada no indicador se mostra em sua vida a metade do
tempo ou com intensidade moderada
Se você sente que um indicador em particular não se aplica à sua vida,
ou não entende o que significa, deixe essa escala em branco. Isto não é um
exame. É um instrumento analítico que pode ser utilizado para determinar e
afirmar os dons que você recebeu

9.1.1 Indicadores Gerais do Dom de Administrar/Liderar

a) Você é capaz de reconhecer as potencialida-


des em outros e os motiva à ação. 1 2 3 4 5

b) Você é hábil em determinar o panorama


global de uma situação e determinar as
necessidades. 1 2 3 4 5

c) Você é capaz de organizar um grupo com o


o propósito de obter uma meta. 1 2 3 4 5

d) Você continua trabalhando para uma meta


ainda quando se enfrenta a reações negati-
vas e à crítica. 1 2 3 4 5

e) Você sabe quando deve delegar responsabi-


lidades e tem a vontade para agir sobre este
discernimento. 1 2 3 4 5

9.1.2 Outros Fatores

a) Quais indicadores se evidenciam mais em sua experiência de vida?

b) Descreva um fato ou experiência que indique a presença do dom de ser


líder em sua vida.

27
c) Descreva um fato ou experiência ou indique a presença do dom de ser
líder na vida de outra pessoa.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

9.2 – Sinais de Perigo Relacionados com o Uso do Dom

a) A tendência a manipular ou forçar outros a seguir um plano, pode indicar


egoísmo, invés do dom de ser líder.

b) Alistar outros para completar uma obra ou projeto, pode ser indicação de
uma falta de vontade para trabalhar, invés de ser uma expressão do dom
de liderança.

c) Ignorar o conselho e os sentimentos de outros pode ser uma evidência de


insensibilidade, invés de uma indicação do dom de ser líder.

d) Pôr ênfase na obtenção de certos resultados pode causar ao líder, passar


por alto o valor das pessoas, ou abusar das pessoas.
▪ A quais destes sinais de perigo, você tem que prestar atenção?
(Compartilhe suas respostas com os colegas do Curso).
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

III PARTE – AVALIAÇÃO6

10. “MARQUE COM UM ‘X’ A MELHOR RESPOSTA


01. O modelo de Jesus para a liderança cristã enfatiza:
a) reconhecimento
b) trabalho
c) atividade
d) tarefas
e) serviço

02. Como líder cristão, o maior privilégio e responsabilidades que você tem é
de:
a) dirigir o grupo de acordo com normas específicas.
b) servir a Deus através das pessoas, representando-as diante do
grupo.

6
Tomado de DUSILEK, Nancy G. Princípios de Liderança.

28
c) trabalhar com dedicação e alegria nas atividades propostas.
d) receber a gratidão e o reconhecimento dos liderados.
e) descobrir o quanto faz bem servir a Deus.

03. Das frases abaixo, qual expressa a atitude que o (a) líder cristão (ã) NÃO
deve ter:
a) abrir mão de privilégios materiais.
b) encarar a vida de forma positiva.
c) atentar para as necessidades individuais do grupo.
d) falar verdades com amor mesmo ferindo o grupo.
e) ser autêntico em seus relacionamentos.

04. O (a) líder eficaz é alguém que:


a) controla todas as situações.
b) é indiferente aos conflitos.
c) facilita o crescimento do grupo.
d) exige perfeição de todos.

05. Os estilos básicos de liderança são:


a) autocrático, democrático, paternalista, permissivo.
b) participativo, democrático, autocrático, paternalista.
c) autocrático, autoritário, bonachão, democrático.
d) participativo, permissivo, facilitador, democrático.
e) democrático, paternalista, conservador, moderno.

06. A liderança participativa produz indivíduos:


a) imaturos e alegres.
b) dependentes e perfeccionistas.
c) nervosos e inconseqüentes.
d) maduros e auto-realizados.
e) sem auto-realização e confusos.

07. Um (a) líder precisa ter bom relacionamento com as pessoas, pois ele/ela
canaliza a harmonia e a paz no grupo. Para isso é necessário que o
grupo:
a) faça cursos de relações humanas.
b) esteja de bem consigo mesmo.
c) seja um (a) ‘superlíder’.
d) esconda seus traumas emocionais.
e) projete suas emoções no grupo.

08. A qualidade que representa a prova concreta de uma vida espiritual


autêntica do (a) líder cristão (ã) é a:
a) transparência.
b) submissão.
c) dependência.
d) santidade.
e) integridade.

29
09. Ter um perfil gerencial significa que o (a) líder é capaz de:
a) harmonizar objetivos.
b) resolver problemas.
c) traçar objetivos.
d) investigar pessoas.
e) utilizar recursos.

10. Trabalhar em equipe significa reconhecer que:


a) o indivíduo é mais importante que o grupo.
b) cada um é tão importante no conjunto como no individual.
c) o grupo é mais importante que o indivíduo.
d) importante é o grupo.
e) importante é o indivíduo.

11. Dentre os custos da liderança, para você, o mais alto é:


a) cansaço.
b) reflexão.
c) solidão.
d) rejeição.
e) crítica.

12. As duas formas de comportamento, geralmente adotadas pelos liderados


são:
a) construtivos e não construtivos.
b) facilitadores e construtivos.
c) conciliadores e dominadores.
d) conciliadores e construtivos.
e) agressivos e tímidos.

13. Os dois tipos de poder na liderança são:


a) persuasivo e do cargo.
b) pessoal e de amizade.
c) deposição e pessoal.
d) persuasivo e amizade.
e) ameaçador e pessoal.

14. Dentro da tarefa de liderar líderes, o (a) líder precisa:


a) estar sempre atualizado.
b) oferecer subsídios para os (as) líderes crescerem.
c) reconhecer que sua liderança é transitória.
d) compartilhar e ajudar nos problemas pessoais.
e) todas as respostas acima.

15. Para desempenhar a tarefa de preparar novos líderes, é necessário que o


(a) líder seja um (a):
a) canal de ricas bênçãos espirituais.
b) instrumento insubstituível na liderança.
c) técnico de relações interpessoais.
d) facilitador do desenvolvimento do outro.

30
e) perfeccionista em todos os aspectos.

16. As reuniões do grupo devem ser planejadas e com objetivos:


a) curtos.
b) rápidos.
c) claros.
d) comuns.
e) indefinidos.

17. Para o exercício da liderança cristã eficaz, há necessidade de uma


permanente:
a) responsabilidade.
b) capacidade.
c) glorificação.
d) avaliação.
e) louvação.

18. Questão para efetuar sem valor de nota. Na sua avaliação pessoal, aliste
seus pontos positivos e negativos e o que pretende fazer:

POSITIVOS NEGATIVOS

CONCLUSÃO

“Liderança é algo sentido em toda a organização. Ela dá ritmo e energia


ao trabalho e faz com que as pessoas operem em suas capacidades máximas.
Essa potencialização de força humana é o principal efeito da liderança eficaz”
(Col. Liderança-Idéias Amanás, III, nº 1, 1990).

“A liderança cristã eficaz, na realidade, é a busca do conjunto das


forças individuais exercidas por cada liderado que somadas vão beneficiar o
grupo como um todo e as pessoas por si. O (a) líder eficaz é o (a) facilitador
(a) dessa troca entre as pessoas e a canalizadora para o bem geral do grupo.
Por isso, as pessoas vão se sentir valorizadas, pois cada uma sente que é
importante para o sucesso do grupo como um todo. Esse sentimento é
contagiante e estimulante. Um (a) líder cristão (ã), com a visão do reino de
Deus e as oportunidades de serviço, será esse elo eficaz, onde o clima será
agradável e o Espírito Santo de Deus terá livre acesso. Quando isso
acontece, Deus é glorificado. E outro não deve ser o nosso motivo de exercer
a liderança cristã.

31
No exercício da liderança cristã, percebe-se que há pessoas que são
‘puxadas’ e outras ‘empurradas’ na direção dos objetivos e planos. A
influência do (a) líder, sua maneira de ser, sua vida pessoal, sua sabedoria
em tratar os problemas e os conflitos devem ser motivos que ‘atraiam’ as
pessoas. Pessoas atraídas engajam-se mais facilmente, sentem-se felizes e
cooperam melhor para o bem-estar geral do grupo.
Quando o (a) líder precisa ‘empurrar’ as pessoas, é hora de parar para
uma avaliação. Por que estou empurrando essas pessoas? A minha liderança
é fraca? A minha personalidade é difícil de lidar, de ser aceita? Sou genioso
(a)? Sou teimoso (a)? Sou mandão (ona) e dominador (a)? A organização tem
desafios? As atividades da organização completam as necessidades das
pessoas? Os planos apresentados vão ao encontro do que as pessoas
querem? A pessoa está enfrentando algum problema pessoal? Familiar? O
que pode ser feito em seu favor? etc. Essas e outras questões são para
ajudar a uma auto-avaliação. Há inúmeros (as) líderes que não avaliam por
medo da verdade. Descobrir seus próprios erros e falhas não é uma situação
agradável. Descobrir e tentar melhorar exige muito trabalho e tomada de
atitudes que talvez não sejam tão fáceis. Descobrir e não fazer nada também
é desconfortável. Talvez por essa razão é que muitos líderes preferem não
avaliar. Mas a avaliação (a + valia + ação), é a arte de dar um preço, um
valor, às ações praticadas.
Um (a) líder seguro de si, com bastante saúde mental, emocional e
espiritual, fará as avaliações tantas vezes quantas forem necessárias. Em
cada uma delas tentará destacar pontos que devem ser melhorados ou
reforçados. Avaliação em liderança é para ajudar o crescimento pessoal e
nunca o contrário.
Liderança cristã é estar disposto (a) ao serviço cristão, tornando-se um
canal da graça de Deus para o bem do próximo e para o louvor e glorificação
do Senhor a quem se serve. Com isso em mente, todos os obstáculos serão
vencidos, por ‘Posso todas as coisas naquele que me fortalece’ (Filipenses
4.13)”.

BIBLIOGRAFIA:

DUSILEK, Nancy Gonçalves. Princípios de Liderança. Rio de Janeiro:


UFMBB, 1995. 32p.

HOCKING, David. As Sete Leis da Liderança Cristã. Tradução: João


Bentes, 2ª Edição. São Paulo: ABBA PRESS. 1996. 315p.

ROBINSON, Darrell W. Igreja – Celeiro de Dons. Tradução: Maysa Monte.


Rio de Janeiro: JUERP/Convenção Batista Brasileira, 2000. 176p.

SMITH, Ebbie C. Descubra Sus Dones Espirituales. Tradução ao espanhol:


Tomás Law. El Paso, Texas (USA): Casa Bautista de Publicaciones. 1987.
78p. (Tradução ao portugués: Pr. José Arlindo dos Santos).

32

Você também pode gostar