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Apostila

DISCIPULADO NA PRÁTICA
Pr. Péco Almeida e Flávia Almeida

Estudo 1 - O verdadeiro Evangelho

Romanos 1. 1-17

O que é esse EVANGELHO em que Paulo se dispõe a se gloriar por servir como
escravo? Que Evangelho é esse que o deixaria feliz por perder tudo a fim de
compartilha-lo?

No primeiro século, se um imperador conquistasse um reino em uma batalha.


Ele poderia subjugar esse povo e ele enviaria arautos (pessoas que falam em
nome de alguém) para proclamar sua vitória, paz e autoridade. Em palavras mais
simples, o Evangelho é uma proclamação das boas novas, que um novo reino
está no governo.

O EVANGELHO NÃO É UM BOM CONSELHO A SER SEGUIDO; É UMA BOA


NOTÍCIA SOBRE O QUE FOI FEITO.

Paulo afirma que o Evangelho é de Deus (v1). Quando ele afirma isso ele quer
deixar claro aos leitores que ele não tem autoridade sobre o que foi feito por
Deus.

Assim como Paulo, não temos liberdade para deixar o Evangelho mais atraente
do que ele já é, ou mais ofensivo do que ele já é. “ O evangelho contém a medida
certa de atração e de ofensa. ’’

O conteúdo do Evangelho é sobre uma Pessoa. O Evangelho é centrado na


pessoa de Jesus. Jamais entenderemos o Evangelho enquanto não
entendermos que não se trata fundamentalmente de uma mensagem sobre
nossa vida, nossos sonhos ou nossas esperanças. Ele fala sobre todas essas
coisas e as transformam, mas só porque não é sobre Nós.

1- Para quem o Evangelho é ofensivo?


• O Evangelho é ofensivo porque ele mostra que nossa salvação é um presente
e não uma recompensa. O Evangelho nos mostra que somos fracassos
espirituais tão grande que o único modo de ganharmos a salvação é ela sendo
um presente gratuito.

Isso ofende os de MORALIDADE ELEVADA, que pensam que sua decência lhes
dá uma vantagem sobre pessoas menos moral.

- Frase de uma pessoa assim: “Eu não sou tão ruim assim’’

• O Evangelho também nos insulta ao nos dizer que Jesus morreu por nós. Ele
nos ensina que somos maus a ponto de somente a morte do FILHO DE DEUS
para nos salvar.

Isso ofende aqueles que acham que podem melhorar, que pode ser um ser
humano melhor sem a regeneração do coração.

Frase de uma pessoa assim: “Eu só preciso mudar algumas coisinhas”

• O Evangelho nos ensina que Jesus obteve a nossa salvação por meio de
sofrimento e serviço (Não somente por ser o filho de Deus). Sendo assim, o
seguir significa sofrer e servir como Ele. Isso ofende as pessoas que desejam
que a salvação seja uma vida fácil; ofende também quem quer uma vida segura
e confortável.

-Frase de uma pessoa assim: “Tenho que buscar mais a Deus para parar de
sofrer tanto. ”

(Leia 2 Timóteo 3.12

Pergunta para Reflexão: em que situação você se descobre sentindo


vergonha do Evangelho?

Medite no quanto Jesus exige e merece reconhecimento e respeito. Como


isso motivara a falar sobre ele está semana?
Estudo 2– Amando as pessoas difíceis.

Romanos 12: 9-15

Como podemos amar pessoas desagradáveis? Das quais não gostamos, e sem
fingimento?

É hipocrisia agir com amor quando no fundo se despreza a pessoa.

No entanto é fantasioso insistir em que o coração tenha uma disposição afetuosa


e gentil antes de praticarmos atos de amor.

Afinal, qual é a solução?

Aqui está a solução oferecida pelo Evangelho. O cristão "prática o amor"


enquanto se arrepende, abrandando o coração pela recordação do sacrifício de
Cristo em nosso favor. Como isso funciona?

O Evangelho é assim: não somos amados por sermos merecedores do amor ou


porque nos tornamos dignos do amor. Somos amados porque Jesus morreu por
nós quando ainda éramos repulsivos a fim de nos tornar atraentes. Se os cristãos
pensarem nisso ao servirem pessoas sem atrativos algum, encontrarão um
arrependimento se desenvolvendo.

"Ó Senhor! Eu era tão mais repulsivo para ti do que essa pessoa é para mim.
No entanto, tu foste torturado e morto, entregaste tua vida por mim! E tudo que
preciso fazer é dedicar algum tempo e esforço por essa pessoa."

Quem não compreende o Evangelho não consegue fazer isso. Tem de escolher
entre as duas alternativas inadequadas: ou o amor fingido (gentileza para com
pessoa de quem você não gosta), ou amor esporádico (gentileza só para com
pessoas de que você gosta)

Porém, se você demonstrar amor ao se arrepender, seu coração é abrandado


ao servir.

Na sequência Paulo vai dar algumas exortações, sobre o que é o amor bíblico:

1- (V.10) o verdadeiro amor é comprometer-se com afinco.


Paulo está dizendo que devemos amar uns aos outros como parentes. "Dedicar-
se" é, portanto, uma descrição desafiadora do amor cristão para aqueles que
foram criados em culturas individualistas.

2- (V10b) O verdadeiro amor é pôr o outro em primeiro lugar.

A essência do amor não é concentrar-nos em nossa própria imagem, posição e


necessidade, mas nas necessidades das outras pessoas.

3- (V.11-12) o verdadeiro amor é paciente.

Paulo está nos advertindo para empregar todos nossos recursos espirituais para
não desistirmos de nossos irmãos em Cristo. Devemos manter nossa esperança
e sermos paciente em todos nossos relacionamentos.

4- (V.13) O verdadeiro amor combina sentimento com ação.

Ele nos convida a socorrer os santos nas suas necessidades. Procurai ser
hospitaleiros. Temos que compartilhar casa, dinheiro e outras coisas com quem
deles necessita. Vemos então que amor verdadeiro não é sentimentalismo, mas
a atividade de suprir necessidades

5- (V.15) Como Paulo pode nos dar a ordem de alegrarmos e chorarmos, quando
tais atitude correspondem a emoções?

Na verdade, ele está nos mandando fazer algo que era ao nosso alcance. O
cristão é chamado a compreender o mundo interior do outro. Isso pode ser feito
conectando-o a nossas próprias experiências dolorosas.

Paulo está no lembrando de que amor é, em primeiro lugar ação.

Perguntas:

Quais aspectos do amor verdadeiro são demonstrados em seu amor pelas


pessoas?

Quais aspectos do amor verdadeiro mais o desafiam?

Pense em um cristão que você sabe que está passando necessidades. O que
você pode fazer para ajudar seu irmão no que é necessária essa semana?
Estudo 3: Meios de Graça

Filipenses 2.2-3

Meios de Graça é um termo usado na teologia para descrever as formas que


Deus nos deu, para que Cristo seja formado em nós. Os meios são: Revelação,
Leitura da palavra, Oração, Discipulado e Comunhão.

Negligenciar um desses meios de graça, causará o esfriamento espiritual.

“Saber que estou doente não me cura, o que me cura é ir ao médico e seguir
as prescrições. Assim, saber que preciso orar mais não muda minha vida
de oração. O que muda minha vida de oração é orar. ”

O objetivo é que você identifique em qual desses meios de graça você está em
defet e buscar melhorar.

Entendendo os meios de Graça:

1- Revelação

É importante entender corretamente o conceito da revelação de Deus


para que se tenha em mente que essa revelação parte d’Ele para nós e
não o contrário. Em outras palavras, Ele é quem se revela e não nós que
o descobrimos.
Mt.16:15-18 Pedro tem uma revelação de quem Cristo é, essa revelação
vem por meio do Espírito Santo (Rm 8: 16-18). Como eu sei que tive essa
revelação? Segundo as escrituras, algumas coisas acontecem em nós
quando temos essa revelação.
Vamos pontuar duas: 1. Consciência de pecado (Isaías 6:1-8)
2. Sabemos quem somos nEle (Mt. 16:18)
2- Leitura Bíblica

“Deus fez o homem a sua imagem e semelhança e o homem retribuiu o favor,


criando um deus a sua imagem e semelhança. ”

A bíblia nos ajuda a não criar um deus segundo a nossa imagem. Somente a
palavra de Deus para gerar em nós uma fé correta. (Rm. 10:17)

3- Oração

Não tem como ter intimidade com Deus sem conversar com Ele.
A oração é o coração do crente. O crente que para de orar está prestes a
morrer espiritualmente.
Grandes homens de Deus tiveram revelações especiais por meio da
oração. (Sl 27.8 / Dn 9.12) Lembre-se: não oramos para mudar a Deus,
mas sim que ele nos mude enquanto oramos.

4- Discipulado/ Pastoreio

Em um mundo tão individualista e autossuficiente, precisamos resgatar


esse meio de graça que é o discipulado. Discipulado é o caminhar junto,
é o “prestar contas”, é o derramar da vida de Cristo no outro.
Se você não escolher ser discipulado, tenha certeza que o mundo já está
te discipulado.

O discipulado é o método de Jesus. Todos na bíblia tiveram


discipuladores. Ex: Josué foi discipulado por Moises, Paulo foi discipulado
por Ananias (por um tempo) Marcos foi discipulado por Pedro e a lista
segue.
O discipulado é essencial na vida.
5- Comunhão

Deus é um Deus do coletivo. Não existe vida cristã isolada, é na


comunhão que somos edificados, com testemunhos, com palavra de
conhecimento, com as diversidades de dons e etc. No salmo 133 o
salmista diz que a comunhão é um lugar onde Deus libera benção. A falta
de comunhão pode estar nos impedindo de crescer na caminhada cristã.

Dica: a ideia desse estudo é fazer com que os discípulos identifiquem quais
desses 5 meios de graça eles estão mais fracos e busque soluções para
mudar essa realidade.

Peça para que todos deem uma nota ou porcentagem de cada meio de
graça. Discipulador, faça com que um ajude o outro. Peça para o que
colocou uma nota alta em um meio de graça ajude o que colocou uma nota
baixa no mesmo meio de graça.

Peça para que todos guardem essa lista e diga que em 3 meses vocês
voltarão nesse estudo para ver a evolução.
Estudo 4 - Perdão

Lucas 15:29-32

VOCÊ PERDOU?

O perdão é uma área da vida do cristão que requer muita atenção. As escrituras
deixam muito claro a importância do perdão. Na parábola do servo impiedoso
Jesus deixa claro que o perdão é essencial na vida do cristão. Na oração do Pai
nosso, Jesus enfatiza novamente “Nos perdoe assim como nós perdoamos” Mt
6.10

Em um mundo tão hedonista, precisamos voltar a verdades do Evangelho. Nesta


lição vamos aprender com a parábola do filho prodigo, mas focando na ação do
irmão mais velho.

Será que você perdoou de verdade?

Quais as evidencias da falta de perdão? Lc 15.29-32

1- Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos


anos (Lc 15.29). O magoado sempre estará de olho no placar,
como se ele tivesse uma calculadora somando quantos erros,
quantas vezes te perdoou e etc.
Quando a questão é perdão Jesus nos ensina que é ilimitado 7x7.
Perdoar é zerar o placar.

2- ‘’Sem nunca transgredir o teu mandamento’’


O magoado sempre se vangloria dos seus feitos. Ele sempre vai
jogar na cara tudo de bom que ele fez comparado ou outro. A
frase do magoado é: EU NUNCA FARIA ISSO. O magoado não
se acha tão pecador assim.

3- ‘’E nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus


amigos; ’’
O magoado vira um “reclamão”. A magoa faz um herdeiro se
transformar em um “reclamão”. Tudo era dele, mas ele não se via
como dono e sim como escravo. A magoa nos impede de ver
quem verdadeiramente somos. A magoa pode estar sujando as
lentes com as quais vemos o mundo. O evangelho nos faz olhar
para tudo com a ótica dos céus. “EU ENXERGO FORA O QUE
ESTÁ EM ABUNDANCIA DENTRO”

4- ‘’Mas ele se indignou, e não queria entrar”. A Magoa nos tira da


festa. Deus está dando uma festa, a festa da graça e o passaporte
é o perdão, sem ele você não tem acesso a festa dos céus.

5- “Vindo, porém, este teu filho. ”


A magoa nos faz perder a identidade de filho. Ele reconhece Deus
como pai, mas não reconhece o irmão como irmão dele. A falta
de perdão vai amputando as pessoas da nossa vida.

6- A MAGOA NOS FAZ MUITO DIFERENTE DO PAI.


Enquanto o pai estava se alegrando, dando festa, o magoado
estava reclamando, cobrando e etc. Somos criados para ser mais
parecido com Jesus. A magoa nos deixa cada vez mais diferente
de Jesus.
A magoa nos impede de cumprir o nosso propósito, que é revelar
Cristo ao mundo.

Nesta parábola devemos copiar o pai, ele sempre será nossa referência.

Dicas para o discipulador: Deixe que os discípulos confessem se eles têm


magoa de alguém. Esse é um momento de cura, não precisa ser rápido.
Estudo 5 - DISCÍPULO VS MULTIDÃO

Mateus 5:1,2.

“ Vendo as multidões, Jesus subiu ao monte e se assentou. Seus discípulos


aproximaram-se dele, e ele começou a ensiná-los, dizendo”

É natural do ser humano ser influenciado por aquilo que os outros estão fazendo,
por aquilo que é atrativo e está em evidência. Nós, cristãos, fazemos parte de
uma multidão, porque o evangelho, com sua graça, suas bênçãos, tem essa
capacidade. Jesus é muito atrativo. Vemos na Bíblia que, por onde o Mestre
passava, multidões se aglomeravam.

E hoje não é diferente, as apresentações na igreja, o amor dos irmãos uns para
com os outros no servir, a educação e a inocência das criancinhas, a
espiritualidade das músicas, tudo isso e muitos outros fatores nos inspiram e
atraem, e nos fazem querer estar na igreja, fazer parte da comunidade de Cristo.

Diante disso, nos evangelhos, podemos encontrar ao menos quatro principais


diferenças entre a mentalidade e o coração de um discípulo e a mentalidade e
o coração da multidão. São eles:

1.MULTIDÃO REIVINDICA; DISCÍPULO RENUNCIA.


“Ao romper do dia, Jesus foi para um lugar solitário. As multidões o procuravam,
e, quando chegaram até onde ele estava, insistiam que não as deixasse. Lc
4.42:43
A multidão só procura a Deus quando estão precisando de alguma coisa, o
buscam por aquilo que Ele pode dar.
O Discípulo está disposto a abrir mão de tudo, pois ele encontra o Deus que faz
as coisas, e não apenas as coisas que o Deus faz.

2.MULTIDÃO é VULNERÁVEL; DISCÍPULO É CONVICTO.

“Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso;
quem o pode ouvir? ”

João 6:60 (discipulador leia o texto até o versículo 69)


Multidão querem discursos bonitinhos e entusiasmado.

Discípulo crê independente de discursos ou situações.

3.MULTIDÃO QUER SER SERVIDA; DISCÍPULO SERVE.

“E ordenou que a multidão se assentasse na grama. Tomando os cinco pães e


os dois peixes e, olhando para o céu, deu graças e partiu os pães. Em seguida,
deu-os aos discípulos, e estes à multidão.

Multidão segue Jesus pelas benções que Ele pode oferecer. Discípulo se
posiciona como um deposito das bençãos de DEUS.

Discípulo serve a Deus por aquilo que já recebeu (Jesus)

Discípulo entende que ele é um canal para abençoar outros.

4.MULTIDÃO QUER O QUE JESUS DÁ; DISCÍPULO QUER QUEM JESUS É.

Então lhe disse: Se tu mesmo não fores conosco, não nos faças subir daqui.

Êxodo 33:15 (discipulador estude o contexto dessa passagem e explique


para os discípulos)

Multidão não quer ter relacionamento, multidão quer os presentes e não a


presença. Multidão não quer ter compromisso

Discípulos são próximos, querem RELACIONAMENTO! Deus almeja que


sejamos todos discípulos, que busquemos um nível mais profundo de
relacionamento com o Criador, focado na pessoa Dele.

1-. Neste momento da sua vida, você chamaria a si mesmo de seguidor de Jesus
Cristo? Por quê?

2-. Você vê evidencia da sua fé como descrita em Lucas 6:40?

Dica: Discipulador ore pedindo para que o Espirito Santo ministre em cada
coração e que sonde as intenções de cada um. Muitos discípulos não
conseguem ser sinceros ao ponto de se abrir e dizer que é multidão. Por
isso você discipulador deve estimular isso, contando experiências
pessoais, algum ocorrido que você lembre e etc. O intuito é fazer com que
eles entendam o a diferença e reavalie suas motivações.
Estudo 6 - O AMOR VERDADEIRO

Romanos 12.9-14

Catherine Lawes era uma jovem mãe de três filhos pequenos quando seu marido
assumiu o posto de diretor da prisão. Desde o início, todos a advertiram de que
ela jamais deveria colocar os pés dentro dos muros da prisão, mas essas
advertências não assustaram Catherine!

Quando o primeiro jogo de basquete foi realizado ali, ela compareceu...


atravessou a quadra com seus três lindos filhos e sentou-se nas arquibancadas
em companhia dos internos.

Ela dizia o seguinte:

— Meu marido e eu vamos tomar conta desses presos, e creio que eles vão
tomar conta de mim! Não tenho por que me preocupar!

Catherine insistia em fazer amizade com os presos e em conhecer suas histórias.


Ficou sabendo que havia ali um assassino confesso que estava cego, e resolveu
fazer-lhe uma visita.

— Você lê em Braille? — Ela disse, segurando-lhe as mãos.

— O que é Braille? — Ele perguntou.

Ela o ensinou a ler. Anos depois, ele chorou emocionado e cheio de afeto por
ela.

Posteriormente, Catherine encontrou um surdo-mudo na prisão. Passou a


frequentar uma escola especializada em linguagem por sinais. Muitas pessoas
diziam que Catherine Lawes era o corpo de Jesus ressuscitado novamente em
Sing Sing, de 1921 a 1937.

Subitamente, ela morreu em um acidente de carro. Na manhã seguinte ao


desastre, Lewis Lawes não compareceu ao trabalho, sendo substituído pelo
diretor interino. Imediatamente, a prisão inteira notou que alguma coisa errada
havia acontecido.

No outro dia, o corpo dela jazia em um caixão em sua residência, distante cerca
de 1.200 metros da prisão. Enquanto fazia sua inspeção rotineira, o diretor
interino ficou surpreso ao ver um grupo de criminosos dos mais terríveis e
medonhos amontoados como animais diante do portão principal.

O diretor interino aproximou-se e viu lágrimas de sofrimento e tristeza nos olhos


de todos. Ele sabia quanto eles amavam Catherine. Virou-se e encarou o grupo,
dizendo:

— Muito bem, homens, vocês podem ir. Mas quero ver todos vocês de volta esta
noite!

Em seguida, abriu o portão e um desfile de criminosos percorreu, sem escolta,


os 1.200 metros para ficar na fila e prestar as últimas homenagens a Catherine
Lawes. E todos retornaram à prisão. Todos!

Você consegue perceber o que o amor genuíno daquela mulher fez com aqueles
presos? Ao ponto de eles entenderem que os ensinamentos dela demonstravam
compromisso com o outro e isso os fizeram ir e retornar a prisão sem escolta.

Somente o amor verdadeiro é capaz de transformar até mesmo os piores dos


seres humanos. Quando o amor de Jesus entra em nosso coração, todo
comportamento é mudado e restaurado, por mais terrível que seja.

1.Em que sentido a visão que Deus tem do amor é diferente da visão que o
mundo cultiva?

2.Por que é importante amar o Próximo?

3.Como você normalmente responde ás “pessoas indignas de amor” em nossa


sociedade?

4.De que maneira você demonstra amor aos seus amigos?

5.Pense em alguém que precise sentir o amor de Deus. Como você pode
demonstrar-lhe esse amor?
Quando pediram a Jesus que resumisse o propósito da vida, ele focou
imediatamente no amor a Deus e no amor ao próximo. Jesus estabeleceu o que
Paulo ecoa nessa passagem: o amor verdadeiro abrange automaticamente os
demais mandamentos de Deus, não se trata de amor egocêntrico, emotivo. O
alvo é o amor incondicional de Deus. Uma vez que aprendemos a amar como
Deus ama, os demais desafios da vida entrarão nos eixos.

DICA: Esse estudo é muito importante, por que sem AMOR nada somos. Se
não amamos não recebemos o amor de Deus, ou seja, não nascemos de
novo. Faça as perguntas sortidas, deixem eles a vontade para expressar o
que pensam e sente.
Estudo 7- VOCÊ É UM IDOLATRA?

Ezequiel 14.1-6

“ O coração humano é uma Fábrica de Ídolos. ”

Nossos corações é uma fábrica de ídolos bem disse Calvino. Temos uma ideia
muito diferente do que a bíblia descreve um ídolo em nossos corações.
Pensamos que ídolo é alguém ou uma imagem que nos curvamos e
entregamos nossa devoção. Mas a bíblia nos mostra que é um pouco mais que
isso.

Segundo as escrituras, um ídolo é tudo aquilo que colocamos no lugar de Deus


em nossos corações.

Deus diz que o que estava impedindo Israel ouvir a Deus eram os ídolos que
povo criou em seus corações.

Um ídolo nos impede de ouvir a direção de Deus.

1Co 8:4 “O ídolo nada é” As escrituras reconhecem os ídolos mas enfatiza que
eles não têm poder algum “Is 44:9”

Um ídolo tem poder no coração de quem o adora.

Toda sorte de coisas são ídolos em potencial, dependendo


somente, das nossas atitudes e ações concernentes a elas.
Quando um desejo, mesmo por algo não naturalmente mal em si
mesmo, se torna um ídolo?
Faça a si mesmo, as seguintes perguntas:
Porque eu quero isto?;
Qual será minha reação se eu não conseguir o que quero?;
E se eu conseguir, mas me for tomado?;
Em resumo, qual é o proveito do meu desejo?;
Se ele me é negado, o que acontece no meu coração?

Existem vários tipos de idolatria:

SÓ SOU FELIZ SE:


• TIVER PODER E INFLUENCIA SOBRE OS OUTROS. ”
• IDOLATRIA DO PODER
• SE FOR AMADO E RESPEITADO POR TAL TIPO DE PESSOA OU
GRUPO
• IDOLATRIA DA APROVAÇÃO
• SE TIVER DETERMINADA EXPERICÊNCIA PRAZEROSA OU UMA
QUALIDADE DE VIDA PARTICULAR
• IDOLATRIA DO CONFORTO
• SE TIVER UM TIPO DE APARENCIA ESPECIFICO OU UMA IMAGEM
CORPORAL
• IDOLATRIA DA IMAGEM
• TIVER DOMINIO SOBRE MINHA VIDA EM DETERMINADA AREA
• IDOLATRIA DO CONTROLE
• AS PESSOAS DEPENDEREM OU NECESSITAREM DE MIM
• IDOLATRIA DA AJUDA
• HOUVER ALGUÉM PARA ME PROTEGER E ME DEIXAR A SALVO
• ÍDOLATRIA DA DEPENDENCIA
• EU FOR COMPLETAMENTE LIVRE DE QUALQUER OBRIGAÇÃO E
RESPONSABILIDADE EM RELAÇÃO A CUIDAR DE ALGUEM.
• ÍDOLATRIA DA IDEPENDENCIA
• SE EU FOR ALTAMENTE PRODUTIVO CONSEGUINDO FAZER UMA
COISA
• IDOLATRAIA DO TRABALHO
• ESTIVER SENDO RECONHECIDO EM MINHAS REALIZAÇÕES OU
EXCELENTE EM MINHA PROFISSÃO.
• ÍDOLATRIA DA CONQUISTA
• TIVER CERTO NIVEL DE RIQUEZA E BENS MATERIAS MUITOS
BONS
• IDOLOTRIA DO MATERIALISMO
• EU ME COMPROMETER COM CÓDIGO MORAIS DA MINHA
RELIGIÃO E PARTICIPAR DAS SUAS ATIVIDADES
• ÍDOLATRIA DA RELIGIÃO
• SE DETERMINADA PESSOA FIZER PARTE DA MINHA VIDA E
ESTIVER FELIZ COM ISSO
• ÍDOLATRIA DE UMA PESSOAS ESPECIFICA
• MINHA RAÇA E MINHA CULTURA FOREM ASCENDENTE E
RECONHECIDA DE ALGUMA FORMA COMO SUPERIORES
• IDOLATRIA RACIAL E CULTURAL
• MINHA CAUSA POLITICA OU PARTIDARIA ESTIVER FAZENDO
PROGRESSO E CRESCENDO EM INFLUÊNCIA E PODER.
• ÍDOLATRIA DA IDEOLOGIA
QUAIS O REMEDIOS PARA ACABAR COM IDOLATRIA EM MEU
CORAÇÃO?
• PEÇA PARA O ESPIRITO SANTO SONDE OS NOSSOS CORAÇÕES
• PREGUE O EVANGELHO PARA SI.
• DISCIPLINA ESPIRITUAIS
• PROCURE CONHECER A DEUS NA PALAVRA
• BUSQUE SATISFAÇÃO SOMENTE EM DEUS
• FAÇA PARTE DE UMA COMNUNIDADE DE FÉ
Estudo 8 – Olhando no espelho
Tiago 1: 22-25

Tiago, irmão do Senhor, reputado como coluna da igreja em Jerusalém,


apresenta-nos uma interessante alegoria.

A Bíblia associa, recorrentemente, a bem-aventurança à obediência aos


mandamentos divinos. Mas podemos afirmar que ela também está ligada à
capacidade de entender o que a palavra de Deus diz a nosso respeito, daquilo
que nós verdadeiramente somos.

Sobre isso, Tiago, ao mencionar o ouvinte que não é praticante, compara-o a


quem se olha no espelho, mas depois não se lembra de como é. Podemos
presumir que o inverso também é verdadeiro: que o ouvinte que é praticante
recorda com exatidão da imagem vista no espelho. Nessa alegoria, ouvir a
palavra de Deus assemelha-se a contemplar o próprio reflexo. Lembrar-se ou
não do que foi visto no espelho dependerá se a pessoa será ou não uma
praticante da Palavra. Em suma, a própria Bíblia afirma ser o verdadeiro espelho
que revela nossa verdadeira identidade.

E como devemos nos enxergar?

Não somos necessariamente aquilo que os nossos pais disseram que somos,
nem tampouco aquilo que enxergamos no espelho natural, ou observando a
história da nossa vida. Precisamos nos enxergar corretamente por meio de Deus,
e isso só é possível quando olhamos através das lentes da revelação bíblica. A
razão pela qual precisamos mergulhar mais profundamente nas Escrituras não
é apenas para se obter conhecimento doutrinário, informação; afinal de contas,
quanto mais tempo gastamos meditando na Palavra, mais compreendemos
quem o Senhor é e quem nós somos nEle.
Lendo a Bíblia, depararemo-nos com nossas limitações – que são parte do
propósito dessa exposição ao espelho -, e isso acabará produzindo em nós um
senso de dependência de Deus. Também encontraremos textos que nos
mostram que neste mundo somos como Ele (cf. 1 João 4:17) entre outros que
nos confortam e confrontam. Tudo isso, se revelado a nós, formará a nossa
identidade.

Se queremos, de fato, ter a identidade constantemente transformada no Senhor,


devemos estar em acordo com ele (cf. Amós 3.3). Isso significa que temos de
nos enxergar exatamente como Deus nos vê. Pensar em nós como Ele pensa.
Não podemos, à semelhança daqueles dez espias retornando de Canaã,
dizer: “Éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos”. Temos de
entender, crer e declarar: “Se Deus não me vê assim, então não aceito me
enxergar de forma diferente daquela que Deus me vê”.

Para isso precisamos entender a perspectiva bíblica e, assim, concordar com o


Senhor. Isso se dá por meio não apenas da leitura, mas também da meditação
e reflexão das escrituras como em um processo de ruminação, regurgitando,
mastigando um alimento mais de uma vez para digerir melhor. É assim que a
vaca faz, e talvez esse seja um excelente exemplo a seguir com relação à
Palavra de Deus. Ao refletir sobre as Escrituras, nós nos permitimos ser
inspirados pelo que enxergamos nesse espelho bendito. E o que impacta a
nossa compreensão de identidade afeta o nosso coração, e determina o curso
da nossa vida.

Muitos perdem e deixam de viver a plenitude de Deus para suas vidas por nunca
se enxergarem da maneira certa. Preferem se manter confortáveis e seguros
dentro de suas cascas de inferioridade ou superioridade do que se abrirem para
o tratamento divino. Tratar a identidade e o caráter nunca é tarefa fácil ou indolor,
mas é o único caminho para os que desejam andar com Cristo verdadeiramente.
Aliás, dentro disso, o quase nada é tão delicado e complicado para o cristão
quanto o orgulho. A Bíblia diz que a soberba precede a queda (Provérbios 16.18),
e isso, seja pelo fato de que, quando o maligno não consegue parar alguém com
uma autoimagem inferior, tenta levá-lo ao outro extremo. É por essa razão que
devemos buscar o equilíbrio em Deus e, na compreensão da Sua Palavra. Não
podemos nos imaginar grandes a ponto de querer ser ou fazer aquilo que não
somos nem fomos chamados a fazer.

Aqueles dez espias que se viam como gafanhotos morreram; Deus os julgou.
Eles não entraram na Terra Prometida, e o restante daquela geração também
não. Isso conclui que a não compreensão da nossa identidade afetará o
cumprimento do nosso propósito. Isso é muito sério. Ao lermos a biografia de
homens e mulheres que, em Deus fizeram história e foram ímpares em sua
geração, podemos ver que um dos pontos em comum entre quase todos é que,
em algum momento, eles conseguiram ter uma compreensão diferenciada de
sua verdadeira identidade. Isso, consequentemente, levou-os ao cumprimento
de um propósito igualmente diferenciado.

É necessário reconhecer o poder da autoimagem, seja a correta ou a errada.


Josué e Calebe herdaram a terra porque viram a si mesmos como o Senhor os
via, enquanto todos os outros que ficaram de fora, não. Isso deve ser o suficiente
para trazer temor ao nosso coração e nos levar a investir na compreensão de
nossa identidade, de modo que possamos cumprir nosso propósito e chegar ao
nosso destino.

Perguntas:

1-.Como você tem se enxergado?

2-.Você consegue perceber como Deus te enxerga?

Dica: discipulador, esse estudo extrairá a visão que cada discípulo tem de
si mesmo e talvez a visão que ele tenha vem carregada de traumas,
concepções e dores vividas, use esse momento para que ele enxergue a
visão que Deus tem dele e ministre cura em sua vida. Se for necessário,
leia com ele o capitulo 1 de Efésios.
Estudo 9 - O poder das nossas palavras.

Tiago 3:10

Nossas palavras tem o poder de curar e de ferir. Mas não podemos usá-las de
qualquer forma. O justo e o ímpio se distinguem em muitas coisas e, de acordo
com a Palavra de Deus, não é só no seu caráter e atitudes, mas também na
forma de falar:

A boca do justo é manancial de vida, mas na boca dos perversos mora a


violência” Provérbios 10.11

Da boca do justo jorra vida; ou seja, palavras que vivificam, que comunicam vida
espiritual (e mesmo emocional). Por outro lado, da boca do ímpio flui violência
(palavras que ferem, que matam). De acordo com este texto, a violência no lar
não é só física, mas também verbal. E pior: é uma característica do
comportamento do ímpio. Confirmando esta verdade (que palavras ferem ou
curam) a Bíblia ainda afirma:

“Alguém há cuja tagarelice é como pontas de espada, mas a língua dos sábios
é medicina”. Provérbios 12.18

Nossas palavras possuem um poder maior do que conseguimos mensurar. Elas


podem produzir vida ou morte!

“A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu
fruto” Provérbios 18.21

Precisamos ter o cuidado com a forma de falar, pois, a maneira errada de falar
não trará dano só a quem nos ouve. O problema também nos atinge! O livro de
Provérbios mostra que guardar a boca (as palavras) é conservar a alma; por
outro lado, o muito abrir os lábios (falar demais) traz ruína para quem fala:
“Do fruto da boca o homem comerá o bem, mas o desejo dos pérfidos é a
violência. O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os
lábios a si mesmo se arruína”. Provérbios 13.2,3

Há momentos em que o silêncio é a maior expressão de sabedoria. Falar com o


coração irado ou exasperado nunca fará bem a ninguém (nem ao que fala). Na
hora das emoções alteradas devemos reter as palavras, quando o espírito estiver
sereno, aí é inteligente falar:

“Quem retém as palavras possui o conhecimento, e o sereno de espírito é


homem de inteligência” Provérbios 17.27

As Escrituras ainda nos revelam que falar de modo sereno traz cura enquanto
que a língua perversa, por sua vez, traz maltrato ao íntimo (quebranta o espírito):

A língua dos sábios adorna o conhecimento, mas a boca dos insensatos derrama
a estultícia. A língua serena é árvore de vida, mas a perversa quebranta o
espírito” Provérbios 15.2,4

“O homem se alegra em dar resposta adequada, e a palavra, a seu tempo, quão


boa é”. Provérbios 15.23

CONSEQUÊNCIAS DA NOSSA FORMA DE FALAR

A maneira de falarmos produzirá consequências. A consciência deste fato pode


nos ajudar a refletir sobre a forma correta de falar e, assim, evitarmos muitos
transtornos e dissabores nos relacionamentos.

“A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” Provérbios
15.1

Quando alguém já está emocionalmente alterado, a maneira branda de falar irá


aplacar seu sentimento e, de acordo com a Palavra de Deus, desviar seu furor.
Por outro lado, uma palavra dura irá suscitar a ira. Portanto, precisamos aprender
com a sabedoria bíblica (bem como com a humildade de Cristo) a sermos
brandos em nossa forma de falar.

É por isso que em muitos casamentos a maior parte das tentativas de discutir a
relação terminam em briga. As emoções já se encontram carregadas e, para
piorar, as palavras duras só aumentam a ira já represada dentro do cônjuge.
Em muitos aconselhamentos de casais, as mulheres se queixam muito com seus
maridos sobre a forma de falar. A célebre frase “não é o que você fala e sim
como fala que incomoda” repetida pelas esposas em todos os lugares, é mais
do que uma grande coincidência. É um fato! A forma de falar tem sido um grande
problema para os relacionamentos, especialmente a forma de falar dos maridos!
Isso se aplica não somente a casamento, mas em todas as nossas relações.

Não adianta ser excessivamente duro em exercitar direitos e opiniões, Muitas


vezes, as consequências de nossa falta de sensibilidade no falar são
desastrosas! O Pr. Abe Huber ele conta acerca dos efraimitas e sua forma
tempestiva de agir e também falou sobre como dois líderes em Israel lidaram de
forma tão diferentes com estes homens da tribo de Efraim.

A primeira situação acontece com Gideão, logo depois dele vencer os midianitas
e trazer livramento a Israel. Os homens da tribo de Efraim reclamaram com ele
por não terem sido convocados para a guerra, mas ele os abrandou com a sua
palavra.

“Então os homens de Efraim lhe disseram: Que é isto que nos fizeste não nos
chamando quando foste pelejar contra Midiã? E repreenderam-no asperamente.
Ele, porém, lhes respondeu: Que fiz eu agora em comparação ao que vós
fizestes? Não são porventura os rabiscos de Efraim melhores do que a vindima
de Abiezer? Deus entregou na vossa mão os príncipes de Midiã, Orebe e Zeebe;
que, pois, pude eu fazer em comparação ao que vós fizestes? Então a sua ira
se abrandou para com ele, quando falou estas palavras” Juízes 8.1-3

Em outra ocasião, Jefté, também juiz em Israel, teve que lidar com a mesma
atitude dos efraimitas. Porém, sua maneira de falar com eles e lidar com a
questão foi bem diferente da de Gideão. O resultado? Uma tragédia nacional!
Uma guerra civil que custou a morte de mais de quarenta mil pessoas:

“Então os homens de Efraim se congregaram, passaram para Zafom a Jefté: Por


que passaste a combater contra os amonitas, e não nos chamaste para irmos
contigo? Queimaremos a fogo a tua casa contigo. Disse-lhes Jefté: Eu e o meu
povo tivemos grande contenda com os amonitas e quando vos chamei, não me
livrastes da sua mão. Vendo eu que não me livráveis, arrisquei a minha vida e
fui de encontro aos amonitas, e o Senhor mos entregou nas mãos por que, pois,
subistes vós hoje para combater contra mim? Depois ajuntou Jefté todos os
homens de Gileade, e combateu contra Efraim, e os homens de Gileade feriram
a Efraim porque este lhes dissera: Fugitivo sois de Efraim, vós gileaditas que
habitais entre Efraim e Manassés. E tomaram os gileaditas aos efraimitas os
vaus do Jordão; e quando alguns dos fugitivos de Efraim dizia: Deixai-me passar;
então os homens de Gileade lhe perguntavam: És tu efraimita? E dizendo ele:
Não; então lhe diziam: Dize, pois, Chibolete; porém ele dizia: Sibolete porque
não o podia pronunciar bem. Então pegavam dele, e o degolavam nos vaus do
Jordão. Caíram de Efraim naquele tempo quarenta e dois mil” Juízes 12.1-6

Gideão, com sabedoria, conseguiu abrandar o coração dos efraimitas e evitou


derramamento de sangue. Jefté se viu na obrigação de se defender e sustentar
o seu direito e causou um grande banho de sangue.

No Novo Testamento também vemos que a inflexibilidade trouxe grande dano à


Igreja de Jesus, separando dois gigantes do apostolado aos gentios: Paulo e
Barnabé…

“Decorridos alguns dias, disse Paulo a Barnabé: Tornemos a visitar os irmãos


por todas as cidades em que temos anunciado a palavra do Senhor para ver
como vão. Ora, Barnabé queria que levassem também a João, chamado Marcos.
Mas a Paulo não parecia razoável que tomassem consigo aquele que desde a
Panfília se tinha apartado deles e não os tinha acompanhado no trabalho. E
houve entre eles tal desavença que se separaram um do outro, e Barnabé,
levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. Mas Paulo, tendo escolhido a
Silas, partiu encomendado pelos irmãos à graça do Senhor. E passou pela Síria
e Cilícia, fortalecendo as igrejas. ” Atos 15.36-40

Barnabé queria dar uma segunda chance a João Marcos, uma vez que na
primeira viagem missionária, ele havia desistido logo no começo. Paulo por sua
vez, acreditava que, justamente por ter desistido, Marcos não poderia ir nesta
segunda viagem missionária. Existem pessoas que advogam a causa dos dois
lados. Há quem defenda o coração de Barnabé como quem acredita nos outros
e há quem defenda a coerência de Paulo de que viagem missionária não é
brincadeira e que, pelo comportamento errado da primeira viagem, Marcos ainda
não estava pronto para a nova convocação.
Podemos perceber um pouco de razão em cada um, mas a questão não é quem
tem a razão; trata-se de sensibilidade. Cada um foi flexível em seu
posicionamento e, pela discussão de quem seria (ou não) ajudante a mais,
perderam a companhia principal, a parceria que Deus havia gerado desde o
início (At 13.2). É preciso entender que o relacionamento vale mais do que se ter
a razão na discussão.

Sabemos que depois houve algum concerto entre eles, pois Paulo, muitos anos
depois, fala de Marcos como tendo sido reintegrado à equipe:

“…Toma a Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério” (2


Tm 4.11).

Que o Senhor nos dê graça e nos ensine a comunicar com nosso próximo
segundo o Seu coração e os princípios da Sua Palavra!

Perguntas:

1- Você percebe que o seu modo de falar tem te prejudicado em suas


relações?
2- Quando você está na sua razão, consegue manter –se em silencio por
sabedoria e preservação dos relacionamentos? Ou você considera que
precisa dizer o que pensa independentemente da situação.
3- Quando você erra, você tenta justificar seu erro ou entende que agiu
errado e faz o caminho de volta?

Dica: discipulador, estimule os discípulos a se analisarem e observarem


como eles lidam nas situações diárias, para que eles possam reconhecer
suas palavras.
Estudo 10- A estufa da mente – Um coração Puro.
Provérbios 4:23

Salmos 51:10

Todos sabem que você colhe o que semeia. Você colhe o que você planta. Ainda
assim, estranhamente, o que sabemos quando cultivamos a terra tendemos a
esquecer quando cultivamos nosso coração.

Pense por um momento que seu coração é uma estufa. Ele é perfeitamente
adequado para o crescimento. E como estufa, o coração precisa ser
administrado. Por um momento considere que seus pensamentos são sementes.
Alguns pensamentos se transformam em flores. Outros se transformam em ervas
daninhas. Plante sementes de esperança e desfrute do otimismo. Plante
sementes de dúvida e espere insegurança.

“ Pois o que o homem semear, isso também colherá’’ (Gl.6:7)

A prova está em todos os lugares que você olhar. Já se perguntou por que
algumas pessoas tem a capacidade do teflon de resistir ao negativismo e se
mantem pacientes, otimistas e clementes? Poderia ser porque semearam
diligentemente sementes de bondade e agora estão gozando da colheita?

Já imaginou por que outras pessoas tem uma perspectiva tão acida? Uma atitude
tão sombria? Você também teria, se eu coração fosse uma estufa com ervas
daninhas e espinhos.

Se o coração é uma estufa e os pensamentos são sementes, não deveríamos


ser cuidadosos com o que semeamos? Não deveríamos ter uma sentinela na
porta? Guardar o coração não é uma tarefa estratégica? De acordo com a bíblia
é: ‘’ acima de tudo guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida.’’
(Pv.4:23).

Para muitos de nós, administrar os pensamentos é bem impensável. Pensamos


muito sobre gerenciamento de tempo, administração do peso, administração
pessoal e até mesmo administração do couro cabeludo. Mas e sobre a
administração dos pensamentos? Não deveríamos estar tão preocupados com
a administração dos pensamentos quanto estamos com relação a administrar
qualquer outra coisa? Jesus estava! Como um soldado treinado no portão de
uma cidade, montou guarda sobre a mente. De forma teimosa guardou os
portões do coração. A entrada de muitos pensamentos foi negada.

Vejamos exemplos:

Que tal a arrogância? Em uma ocasião as pessoas se determinaram a fazer de


Jesus o seu rei. Que pensamento atraente. Muitos de nós nos deliciaríamos com
a ideia da realeza. Mesmo se recusássemos a coroa, iriamos gostar de
considerar o convite. Jesus não. ‘’ sabendo Jesus que pretendiam proclamá-lo
rei a força, retirou-se novamente sozinho para o monte. ’’ (João 6:15)

Outro exemplo aconteceu em uma conversa entre Jesus e Pedro. Ao ouvir Jesus
anunciar a sua morte iminente na cruz, Pedro o corrigiu: “ nunca Jesus! Isso
nunca vai te acontecer”( Mt. 16:22). Aparentemente Pedro estava prestes a
questionar a necessidade do Calvário. Mas nunca teve a chance. Cristo
bloqueou a porta. Ele despacha tanto o mensageiro como o autor da heresia: ‘’
para trás de mim, satanás! Você é pedra de tropeço para mim e não pensa nas
coisas de Deus’’ (Mt.16:23).

E que tal a vez que Jesus foi ridicularizado? Você já teve pessoas rindo de você?
Jesus também teve. Respondendo o pedido para curar uma garota doente, ele
entrou na casa dela apenas para ouvir que ela estava morta. A resposta dele? “
a criança não está morta, mas dormindo”. A resposta das pessoas da casa? ‘’
eles riram dele ‘’. Assim como todos nós Jesus teve que enfrentar um momento
de humilhação. Mas diferente da maioria de nós, Ele se recusou a recebê-lo.
Note a sua resposta decisiva: ‘’ ele ordenou que todos saíssem’’ (Mc.5: 39-40).
A gozação não era permitida na casa da menina nem na mente de Cristo.

Jesus guardou o seu coração e devemos fazer o mesmo!

Ele quer que tenhamos um coração igual ao dele. Esta é a meta de Deus para
nós. Ele quer que “pensemos e ajamos como Jesus” (Fl.2:5). Mas como? A
resposta é surpreendentemente simples. Podemos ser transformados se
tomarmos uma decisão: eu irei submeter meus pensamentos à autoridade de
Jesus,

Para ter um coração puro, devemos submeter todos os pensamentos à


autoridade de Cristo. Se estivermos dispostos a fazer isso, Ele nos mudará para
sermos como Ele.

O seu coração é uma estufa, e o que crescerá dentro dele são as sementes que
você tem plantado, então cuide para que sejam sempre sementes de paz.

‘’. Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo
o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa
fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. ’’ (Fl. 4:8)

Perguntas:

1- Você consegue observar quando seus pensamentos estão sendo carnais


e te levam para longe da verdade de Cristo?
2- Aquilo que você tem pensado tem refletido em suas ações? Consegue
perceber isso?

Dica: discipulador, faça um tempo de reflexão para todos possam observar


seus pensamentos e como eles tem dirigido suas vidas.
Estudo 11- Sendo Igreja de Cristo.

Mateus 28:19

Você está aqui para dar continuidade à missão que Jesus nos deixou: "Vão e
façam discípulos de todas as nações" (Mt 28.19) O plano de redenção implica o
trabalho da igreja em unidade para alcançar as pessoas ao redor.

Quando cada membro encara essa missão com responsabilidade, a igreja


cresce de modo saudável (Ef 4.16) E, quando a igreja funciona como Deus
pretendia, os resultados são nada menos que milagrosos. Temos a
responsabilidade de incentivar uns aos outros, amar uns aos outros e servir uns
aos outros de várias maneiras.

Essa visão, porém, vai além de pessoas dentro de um corpo de igreja. O plano
de Deus implica em atingir o mundo todo. Uma igreja focada em seu interior não
é uma igreja saudável. É uma igreja a beira da morte. Biblicamente a igreja que
deixa de olhar para o mundo não é de fato uma igreja.

Nosso foco tem que ser alcançar aqueles que não conhecem a Deus: (Mt 5.14-
16)

Nós vivemos em meio a um ambiente ameaçador, mas somos mais semelhantes


a um farol do que a um abrigo antibombas.

A igreja de que você faz parte foi inserida por Deus no meio de uma comunidade
mais ampla para que Ele pudesse espalhar seu amor, sua esperança e sua cura
para a vida das pessoas ao redor.

O amor é fundamental para o que significa ser seguidor de Jesus, e deveria ser
o que nos motiva a alcançar o mundo que nos cerca. A única razão por que
podemos amar alguém é que Deus nos amou primeiro (1Jo 4.19)

Mas qual é o propósito do amor? O amor deveria caracterizar nossa maneira de


interagir uns com os outros. Mas porquê? Por que é assim que o mundo nos
reconhecerá: (João 13.34-35)
Algo na maneira como nós amamos as pessoas deve sinalizar ao mundo que
pertencemos a Jesus.

(João 17.20-23)

Jesus orou para que fôssemos unidos. Por que? Para que o mundo cresse que
ele foi enviado por Deus e para que o mundo soubesse que Deus nos ama. Não
é incrível que Jesus acreditasse que a unidade de sua igreja comunicaria tudo
isso ao mundo?

Nossa unidade é algo que o mundo será capaz de ver.

Se tudo o que fazemos é ajuntar-nos em determinado prédio particular aos


domingos e, talvez, se reunir em casas para estudo bíblico no meio da semana,
o mundo jamais saberá se somos unidos ou não.

Quando foi a última vez que alguém lhe perguntou sobre a sua fé? A maioria de
nós teria de responder "nunca". A seu ver, por que as coisas são assim?

Somos chamados para fazer discípulos, e fortalecer os membros do corpo de


Cristo é parte importante dessa tarefa. Mas se então trabalhamos juntos para
ajudar o mundo descrente a tornar-se seguidor de Jesus, perdemos o objetivo
de nossa salvação.

Você ajudará sua igreja a dar um passo à frente, a olhar para a comunidade ao
redor com a compaixão de Jesus e a chamar as pessoas para o plano de
redenção que transformou seu coração?

Perguntas:

1- A uma razão porque Deus colocou você nesta igreja neste momento da
história. Você pode ajudar sua igreja a se tornar uma comunidade atraente
que exibe o amor, a unidade é a esperança de Cristo?
2- Que medidas você pode tomar para ser um exemplo de amor em sua
igreja?

Dicas: Discipuladores este é um momento de reflexão e encorajamento.


Não tenha pressa.
Estudo 12- Afiando o Machado

Eclesiastes 10:10

“Nesta era de correria e incessantes atividades, precisamos de algum chamado especial


para nos retirarmos e nos colocarmos a sós com Deus por um tempo, todos os dias” (D.
L. Moody)

A falta de tempo a sós com Deus impede que O sirvamos melhor. Atualmente há
até mesmo ministérios que estão sendo formados de maneira errada. Eles são
ensinados a fazer, fazer e fazer, mas é somente depois de investirmos tempo
com o Senhor que aumentamos o proveito do nosso serviço. Veja este princípio
bíblico:

“Se estiver embotado o ferro, e não se afiar o corte, então se deve pôr mais força;
mas a sabedoria é proveitosa para dar prosperidade. ” Eclesiastes 10.10

Quando o Rei Salomão foi inspirado pelo Espírito Santo a escrever estas
palavras, ele não nos deixou apenas um princípio natural, mas também,
paralelamente, ele estabeleceu um fundamento espiritual. Assim como a
sabedoria de se afiar o corte do machado para se rachar lenhas torna o trabalho
mais eficaz, também há recursos espirituais que tornam o nosso andar em Deus
mais frutífero.

Se o machado do lenhador se encontra embotado e sem corte, ele tem que


exercer muito mais força e energia em seu trabalho, consumindo assim mais do
seu tempo. Mas, ao investir uma parte do seu tempo afiando o corte do machado,
no fim ele economiza tempo e energia.

A partir do momento em que a ferramenta adquire um corte melhor, será o corte


que determinará o resultado e não a força do golpe na lenha. Resumindo: Se
tentarmos economizar o tempo que usaríamos para a manutenção da
ferramenta, acabaremos perdendo mais tempo ainda no trabalho que
executamos. O povo de Deus precisa aprender urgentemente esta lição!

O que precisamos aprender e provar na prática é que o tempo gasto com Deus
é o machado sendo afiado. Se economizarmos nesta prática, perderemos muito
mais tempo e energia depois e não conseguiremos fazer o serviço tão bem…

A correria gerada principalmente pelo crescimento do ministério pode tornar-se


o maior inimigo do próprio ministério. No livro de Atos, vemos que o crescimento
da igreja trouxe consigo alguns problemas:

“Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve


murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam
sendo esquecidas na distribuição diária. ” Atos 6.1

Era tanta gente se convertendo, chegando à igreja, que alguns passaram a ser
esquecidos. Os apóstolos decidiram resolver não apenas o problema do
atendimento a todos, mas também de voltarem ao que nunca poderiam ter
negligenciado:

“Então os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é


razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. Mas,
irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e
de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos
consagraremos à oração e ao ministério da palavra. ” Atos 6.2-4

Nada deve nos afastar de nossa fonte! O nosso relacionamento diário com Deus
determina o sucesso do nosso ministério e não pode jamais ser negligenciado.

Quando a ideia de que há muito para fazer me incomoda, pois sei que isto rouba
do meu tempo com Deus, procuro lembrar-me de que cada minuto investido na
presença de Deus significará menos esforço e mais eficiência no ministério
depois.
Afiar o machado é algo estratégico, sábio, que traz prosperidade no trabalho. Da
mesma forma, o tempo com Deus não significa uma falta de produtividade, e sim
um aumento da nossa capacidade produtiva.

Perguntas:

1- Você diariamente tem seu momento de busca com Deus? Incluindo não
somente a oração, mas também a leitura e meditação da palavra?

Dica: discipulador mostre aos discípulos que acima da obra de Deus, existe
o Deus da obra, explicando que nunca faremos nada para Deus maior do
que Ele já fez por nós.

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