Você está na página 1de 42

O BATISMO NO CORPO DE CRISTO

Referência: Também conhecido como Batismo da Salvação. Missão Filadélfia


"Pois em um só Espírito todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer
gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito.", (1
Coríntios 12:13). Ou seja, por este batismo fomos imersos num só corpo espiritual,
fomos batizados no Corpo de Cristo. Este é sem dúvida, um batismo espiritual,
Ministério de Evangelismo
invisível, que acontece no exato momento da conversão, fazendo com que "...quem
crer e for batizado será salvo" (Marcos16:16). Este batismo nos insere na vida eterna.
A partir desse momento a vida que recebemos não é nossa, mas sim a vida de Deus.
Esta "imersão" na vida eterna, na vida de Deus, é o "batismo no Corpo de Cristo”, o
momento em que passamos a desfrutar da vida eterna.
Preparação para Batismo e a Graça
Precisamos entender também que muitos crêem, mas não são batizados no Corpo de do Corpo de Cristo
Cristo, pois crêem sem se arrepender. Aceitam a idéia da salvação, reconhecem que
estão errados, mas não se arrependem (não mudam). Então crêem, mas não se
salvam de sua condenação.

Guia de Estudo para Batizandos.

Ministério Barueri / SP.

11
JESUS FOI BATIZADO, ELE É NOSSO MAIOR EXEMPLO

“Por esse tempo dirigiu-se Jesus da Galiléia para o rio Jordão, a fim de ser batizado
por João Batista”, completando se da graça de Deus, onde assim se cumpre toda a
escritura sagrada, por ordenança da justiça, e logo a confirmação de Deus (Mateus
3:13-17, Marcos 1:9-11 , Lucas 3:21-22).

Jesus não precisava se batizar, pois Ele não tinha pecados, o batismo é para o
arrependimento dos pecados, então por que Jesus foi batizado? Jesus foi batizado
para servir de exemplo para nós, Ele mesmo disse que devíamos segui-Lo. E logo que
Jesus foi batizado veio uma voz do céu que disse: “Este é o meu filho amado em quem
eu tenho prazer” (Mateus 3:17).

SELO DA FÉ

O batismo deve ser visto como um selo da justiça que vem pela fé, e evidentemente
deve seguir a fé, como determinam as palavras finais de Jesus que se encontram
registradas no evangelho de Marcos:

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e
for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” (Marcos 16.15,16)

Esta é a razão porque não batizamos e nem tampouco validamos o batismo de


crianças; é necessário crer primeiro e então se batizar. Obedecemos ao princípio
bíblico de consagrar os filhos ao Senhor, mas só os batizamos depois que puderem
crer e professar sua fé.

1 10
TIPOS DE BATISMO Introdução
Uma das palavras mais conhecidas no cristianismo é a palavra batismo, que de fato é
este, determinado como ordenança direta:

ASPERSÃO (BORRIFAMENTO) “E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.

Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do


É a pratica de chuviscar água em gotas sobre a pessoa, usado na Igreja Católica. Filho, e do Espírito Santo;

Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu
estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.”
AFUSÃO (DERRAMAMENTO)
(Mateus 28:18-20)

É a pratica de jogar água sobre a pessoa, usado na Igreja Tradicional.


Ele (Jesus Cristo) nos prometeu, através de seu Pai, o Espírito Santo, chamado de
Espírito da Verdade (Consolador), o qual fomos separados do mundo, pela graça
IMERSÃO (MERGULHAMENTO) alcançada, que estás conosco, vive em nós:

“Se me amais, guardai os meus mandamentos.


É a pratica correta e bíblica de afundar na água a pessoa, usado Igreja Evangélica.
E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para
sempre;

ORDENANÇA DE JESUS O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o
conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.”

(João 14:15-17)
O batismo é uma ordenança clara de Jesus para todo aquele que n’Ele crê:

Jesus então a identifica a promessa do Corpo de Cristo, junto a Santíssima Trindade:


“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do
“Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.
Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28.19)
Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis; porque eu vivo, e
vós vivereis.

Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós.”
(João 14:18-20)

9 2
O Batismo nas Águas

O que é o batismo nas águas? Por que o fazemos? Como deve ser ministrado, quando
e para quem?

Este é um ensinamento que trata “um pouco” acerca desta prática cristã…

O SIGNIFICADO DO BATISMO NAS ÁGUAS

DECLARAÇÃO PÚBLICA (CONFISSÃO) DE UMA NOVA VIDA

Jesus, poucos dias antes do Pentecostes, estava com os discípulos e fez uma
declaração importantíssima (Mateus 28.18-20), deixando suas ordens para serem
praticadas, na qual a igreja as conserve até o dia em que ele volte. Ele não somente
disseque o batismo nas águas deveria se tornar uma prática comum entre seus
discípulos, como lhes deu autoridade, em nome da Santíssima Trindade, para fazê-lo.
Em outras palavras, o batismo nas águas não é um rito, mas uma ordenança dada
diretamente por Jesus. O batismo nas águas é uma posição pública e visível da fé em
Cristo, da nova criatura em que nos tornamos.

O Batismo é símbolo de morte – (Romanos 6:3,4)


O Batismo é revestimento de Cristo – (Gálatas 3:27)
O Batismo é ressurreição com Cristo – (Colossenses 2:12,13)

3 8
Sumário
O BATISMO NAS ÁGUAS ................................................................................ 8
O SIGNIFICADO DO BATISMO NAS ÁGUAS .................................................................. 8
TIPOS DE BATISMO................................................................................................ 9
ORDENANÇA DE JESUS ........................................................................................... 9
JESUS FOI BATIZADO, ELE É NOSSO MAIOR EXEMPLO .................................................. 10
SELO DA FÉ ........................................................................................................ 10
O BATISMO NO CORPO DE CRISTO ......................................................................... 11
CIRCUNSIÇÃO DO CORAÇÃO .................................................................................. 13
O BATISMO NÃO SALVA, MAS ACOMPANHA A SALVAÇÃO ........................................... 13
IDENTIFICAÇÃO COM CRISTO ................................................................................. 18
QUEM PODE SE BATIZAR? .................................................................................... 20
QUANDO SE BATIZA O NOVO CONVERTIDO .............................................................. 20
COMO SE BATIZA? .............................................................................................. 21

O BATISMO NAS ÁGUAS .............................................................................. 26


QUEM É JESUS ................................................................................................... 26
O PECADO......................................................................................................... 27
A SALVAÇÃO ...................................................................................................... 31
A SANTIFICAÇÃO................................................................................................. 34
ESCRITURAS SAGRADAS – PALAVRA DE DEUS ........................................................... 37
ORAÇÃO ........................................................................................................... 40
A IGREJA ........................................................................................................... 44
O BATISMO ....................................................................................................... 49
A CEIA DO SENHOR ............................................................................................. 53
MORDOMIA ...................................................................................................... 57
A TRINDADE ...................................................................................................... 63
OS ACONTECIMENTOS FINAIS................................................................................ 67

PACTO DAS IGREJAS EVANGÉLICAS .............................................................. 72

O QUE É UMA IGREJA EVANGÉLICA .............................................................. 72


O QUE A IGREJA DEVE A SEUS MEMBROS .................................................................. 76
O QUE O MEMBRO DEVE À SUA IGREJA .................................................................... 76

HOMENAGEM ............................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.


SALMOS 23 – VERSÃO ORIGINAL ........................................................................... 81

7 4
Preparação para Batismo e a Graça do
Corpo de Cristo

Ministério de Evangelismo
Missão Filadélfia

5 6
que indica uma posição. Qual é o nome a qual Jesus estava se referindo e que PREPARAÇÃO À SANTA CEIA DO SENHOR
representa a Trindade na terra? É o Seu próprio nome!
“Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice.
Alguns alegam que batizar só em nome de Jesus é negar a Trindade, mas para os
apóstolos era sinônimo de obediência à comissão de Cristo. Veja bem, quando Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação,
expulsamos demônios, fazemos isto em nome de Jesus (Marcos 16.17), mas não quer não discernindo o Corpo do Senhor.” (1 Coríntios 11:28-29).
dizer que o Pai e o Espírito Santo tenham ficado de fora, pois Jesus disse que
expulsava demônios pelo dedo de Deus (Lucas 11.20) e também pelo Espírito Santo
(Mateus12.28). Arrependimento é uma ação, uma atitude do pecador contra o pecado, mudando sua
forma de pensar, e que conseqüentemente o leva a uma nova forma de agir. O
arrependimento é que é essencial à salvação. Pedro foi muito claro em afirmar:
Quando uma pessoa é salva, é salva pelo nome de Jesus (Atos 4.12), mas não quer "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados"
dizer que o Pai e o Espírito Santo não estejam envolvidos nisto. Da mesma forma, (Atos 3:19).
quando impomos as mãos nos enfermos (Marcos 16.18), fazemos isto em nome de
Jesus. Quando oramos, fazemos isto em nome de Jesus (João 16.23,24).
PREPARAÇÃO DO CORPO DE CRISTO

O NOME DE JESUS representa a trindade na terra; por trás dele estão o Pai, Filho e O batismo do Cristo, também é conhecido como batismo da salvação, pois somos
Espírito Santo. Quando batizamos “em nome de Jesus”, estamos batizando no nome "...filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus. Porque todos quantos fostes
que representa a Trindade. batizados em Cristo, e de Cristo vos revestistes". (Gálatas 3:26,27).

Por causa da triunidade de Deus (um só Deus em três pessoas), subentende-se uma
“implicitude” da Trindade no nome de Jesus. Daí, a ser “unicista” (Deus em uma só
pessoa) há muita diferença!

23 12
CIRCUNSIÇÃO DO CORAÇÃO Paulo disse aos coríntios que não havia batizado quase ninguém entre eles;
entendemos que mesmo se tratando de seus filhos na fé, ele provavelmente tenha
passado esta tarefa a outros cooperadores, que não eram pastores.
No Velho Testamento, os judeus tinham como selo de sua fé a circuncisão; no Novo
Geralmente nas Igrejas, os pastores conduzem o batismo por uma questão de ordem,
Testamento a circuncisão foi suprimida, sendo vista simbolicamente no batismo:
mas não porque só pastores possam batizar. Assim como os pastores pregam e isto
não quer dizer que só eles possam pregar, assim também é com o batismo. Num
batismo eles podem chamar o líder de célula ou o discipulador da pessoa para batizar
“Nele também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no
o novo convertido.
despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo; tendo sido sepultados
juntamente com ele no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados pela fé no
poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos” (Colossenses 2.11,12)
Para muitas igrejas, as palavras de Mateus 28.19 (“em nome do Pai, do Filho, e do
Espírito Santo”) são a fórmula a ser seguida no batismo. Vemos nisto um princípio
espiritual, mostrando a Trindade envolvida no batismo, mas a forma como os apóstolos
Hoje, esta circuncisão acontece no coração (Romanos 2.28,29), e Paulo a relaciona
obedeceram esta ordem nos dá a entender que eles não viram nas palavras de Jesus
com o batismo.
uma fórmula a ser repetida. Por quatro vezes, vemos referências claras ao nome
usado no batismo cristão nas páginas de Atos dos Apóstolos (Livro de Atos):

O BATISMO NÃO SALVA, MAS ACOMPANHA A


“Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para a
remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo”. (Atos 2.38)
SALVAÇÃO

“Porquanto não havia ainda descido sobre nenhum deles, mas somente haviam sido
O batismo não salva ninguém. Jesus disse que quem crer (e for batizado por crer) será
batizados em nome do Senhor Jesus”. (Atos 8.16)
salvo, e quem não crer, será condenado; note que ele não disse “quem não for
batizado será condenado”, mas sim “quem não crer”.

“E ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Então lhe pediram que
permanecesse com eles alguns dias”. (Atos 10.38)
O batismo segue a fé que nos leva à salvação, mas ele em si não é um meio de
salvação. Que o diga aquele ladrão que foi crucificado com Cristo e a quem Jesus
disse: “ainda hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23.39 a 43); ele somente creu e
nem pôde ser batizado, mas não deixou de ser salvo por isto. O batismo, portanto, não
salva, mas nem por isso deixa de ser importante e necessário; aquele ladrão não tinha “Eles, tendo ouvindo isto, foram batizados em o nome do Senhor Jesus”. (Atos 19.5)
condições de passar pelo batismo, mas alguém que crê deve obedecer à ordenança de
Cristo e ser batizado, caso contrário estará em deliberada desobediência a Deus, o
que poderá impedir-lhe de entrar para a vida eterna. Quando Jesus citou o Pai, Filho, e Espírito Santo no batismo, o fez dizendo que em
nome deles se deveria praticar o batismo, e não repetindo sua frase. “ Pai ” não é
nome, é um título que indica uma posição; “ Filho ” também não é nome, é um título

13 22
COMO SE BATIZA? Podemos dizer que o batismo é parte do processo de salvação, mas não que ele em si
salve; o apóstolo Pedro escreveu o seguinte acerca do batismo:

A palavra “baptismos” no grego significa: “imergir; mergulhar; colocar para dentro de”.
No curso da história, por várias razões, apareceram outras formas de batismo, como “... não sendo a remoção da imundícia da carne, mas a indagação de uma boa
aspersão e ablução (banho); entretanto, como o batismo é uma identificação com consciência para com Deus, por meio de Jesus Cristo” (1 Pedro 3.21).
Cristo em sua morte e ressurreição, e é exatamente isto que a imersão significa, não
praticamos outras formas de batismo.
CONDIÇÕES PARA SER BATIZADO: ARREPENDIMENTO E FÉ

Quando Felipe batizou o (eunuco) etíope, eles pararam em um lugar onde havia água. “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de
A Bíblia diz que ambos entraram na água (Atos 8.38,39). Certamente aquele eunuco Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo;” (Atos
viajava abastecido com água potável; se fosse o caso de praticarem a aspersão havia 2:38).
água suficiente naquela carruagem para isto, mas batizar é imergir (afundar- se)! Não
foi à toa que João Batista se utilizou do rio Jordão para batizar. Depois, mudou o local
de batismo para Enom, perto de Salim, onde a razão para isto é descrita pelo apóstolo Nesse texto vemos que a ordem de Jesus estava sendo cumprida por seus discípulos,
João em seu evangelho: “porque havia ali muitas águas” (João 3.23). e que a única condição que havia para alguém ser batizado nas águas era a de que se
arrependesse, o que demonstra a fé que a pessoa tem.

Entendemos que, somente após alguém ser salvo é que pode ser batizado. Batismo é
Não há lugar específico para o batismo. Existem templos com batistério, mas também
para os salvos e não para salvação.
podem ser batizamos em rios, piscinas, e onde houver água suficiente para a
imersão… Além da água, é necessário alguém que ministre o batismo ao novo
convertido, uma vez que não existe auto batismo na Bíblia.

E quem pode batizar? Quem tem autoridade para isto? Só o pastor? Não! A ordenança
de Jesus é clara: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em
nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28.19).

Jesus mandou fazer discípulos e depois batizá-los. A ordem já subentende que quem
faz o discípulo tem autoridade para batizá-lo. Filipe era apenas um diácono, fazendo o
trabalho de evangelista; não era o pastor de igreja nenhuma, e batizou!

21 14
Ato de Fé QUEM PODE SE BATIZAR?
“Quem crer e for batizado será salvo” (Marcos 16.16a)

Determinações: Crer em que? Mas, para quem é o batismo? A explicação anterior responde esta indagação: para
todo aquele que se identifica pela fé com o sacrifício de Cristo na cruz. Depois de ter
Crê que Jesus Cristo é o Filho de Deus?
reconhecido por fé a obra de Cristo, quando a pessoa passa a estar apta para o
Crê que Ele foi perfeito e Santo?
batismo? Quanto tempo ela tem que ter de vida cristã para poder se batizar?
Crê que Ele morreu pelos seus pecados?
Crê que Deus o ressuscitou dentre os mortos? A Bíblia responde com clareza estas questões. Em Atos 8.30 a 39, lemos acerca do
Confessa e reconhece Jesus como seu Senhor? primeiro batismo cristão apresentado em maiores detalhes na Bíblia. Neste texto,
temos um modelo para a forma de batismo, e ali vemos que já na evangelização o
Ação de Arrependimento
batismo era ensinado aos novos convertidos, o que nos faz saber que ninguém deve
O que é arrependimento? demorar em se batizar após ter feito sua decisão de servir a Jesus.

Além disso, vemos também qual é o critério para que alguém se batize; quando o
Determinações: Mudança de atitude. eunuco etíope pergunta: “Eis aqui água, o que impede que eu seja batizado?” a
resposta de Filipe vem trazendo luz sobre o requisito básico para o batismo: “É lícito,
Você mudou de atitude? se crês de todo coração” (Atos 8.36,37).
Está disposto a sujeitar-se e a obedecer a Cristo em tudo?
Renuncia a Satanás, ao pecado e aceita o reino de Deus em sua vida? Quando a pessoa foi esclarecida sobre a obra (e não só a pessoa) redentora de Jesus
Coloca Deus acima de seu pai, mãe, esposa, filhos, filhas, irmãos e acima de Cristo, e crê de todo o coração (sem dúvida acerca disto), ela está pronta para ser
sua própria vida? batizada.
Reconhece a Cristo como dono de tudo que você possui?
Está disposto a seguir a Jesus e ser um verdadeiro discípulo até o fim? QUANDO SE BATIZA O NOVO CONVERTIDO

Não há data estabelecida, somente os critérios que o recém-convertido deve


apresentar. No caso de Filipe e o eunuco etíope, foi bem rápido!

15 20
APROPRIAÇÃO CONDIÇÕES PARA BATISMO: REALIZADO POSTERIOR A FÉ

É o aspecto da fé que torna meu aquilo que já vi realizado em Jesus. É quando “De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra;” (Atos 2:41).
entendemos que não somos salvos pelas obras, mas sim pela graça, mediante a fé e Portanto fica claro que o batismo é posterior à fé em Jesus Cristo.
nos apropriamos disto. Paulo escreveu a Timóteo e lhe disse: “toma posse da vida
eterna” (1 Timóteo 6.12).
“E no dia de sábado saímos fora das portas, para a beira do rio, onde se costumava
O batismo é o nosso testemunho da identificação com Cristo; ele revela não apenas
fazer oração; e, assentando-nos, falamos às mulheres que ali se ajuntaram.
que eu tenho fé, mas que tipo de fé eu tenho. Veja o que as Escrituras dizem:
E uma certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que
servia a Deus, nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao
que Paulo dizia.
“Ou, porventura, ignorais que todos os que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos
batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo, para E, depois que foi batizada, ela e a sua casa, nos rogou, dizendo: Se haveis julgado que
que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos para a glória do Pai, assim também eu seja fiel ao Senhor, entrai em minha casa, e ficai ali. E nos constrangeu a isso.”
andemos nós em novidade de vida”. (Romanos 6.3,4) (Atos 16:13-15).

Quando imergimos alguém na água, estamos simbolicamente declarando que esta Dois fatos podem ser observados:
pessoa foi sepultada com Jesus, e ao levantarmos esta pessoa das águas, estamos
I. O primeiro é que o Espírito Santo é quem convence o homem de sua
reconhecendo que ela já ressuscitou com Cristo para viver uma nova vida. Portanto, o
condição perante Deus.
batismo é onde reconhecemos que tipo de fé temos; uma fé que se identifica com
II. O segundo é que depois de arrepender-se, o certo é o crente ser batizado.
Cristo e sua obra realizada na cruz.

“E, acordando o carcereiro, e vendo abertas as portas da prisão, tirou a espada, e quis
matar-se, cuidando que os presos já tinham fugido.

Mas Paulo clamou com grande voz, dizendo: Não te faças nenhum mal, que todos aqui
estamos.

E, pedindo luz, saltou dentro e, todo trêmulo, se prostrou ante Paulo e Silas.
E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?
E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa.

(Atos Cap.: 16 – Ver.: 31)

E lhe pregavam a palavra do Senhor, e a todos os que estavam em sua casa.


E, tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou- lhes os vergões; e
logo foi batizado, ele e todos os seus.

E, levando-os à sua casa, lhes pôs a mesa; e, na sua crença em Deus, alegrou-se com
toda a sua casa.”

(Atos 16.27-34)

19 16
IDENTIFICAÇÃO COM CRISTO
Na conversão do carcereiro, diante de Paulo e Silas ele perguntou: "Senhores, que é
necessário que eu faça para me salvar?”... a seguir, foi ele batizado, e todos os seus...
O batismo tem um significado; além de ser um testemunho público da nossa fé em
Neste texto aprendemos outra verdade a respeito do batismo nas águas: na mesma
Jesus, ele fala algo. Na verdade é o meio através do qual manifestamos que tipo de fé
noite em que o carcereiro e sua família se converteram eles foram batizados. O mesmo
tem depositado em Jesus Cristo.
aconteceu com o eunuco, que foi batizado assim que se converteu (Atos 8). O que
entendemos nesses textos é que o batismo pode ser imediato (logicamente após a Quando falamos sobre a fé em Jesus, não nos referimos a crer que Ele existe; é mais
pessoa demonstrar fruto de arrependimento), na mesma hora e na primeira do que isto! As maiorias das pessoas creem que Jesus existe, mas não entendem o
oportunidade. que Ele fez.

São duas coisas completamente diferentes; o que nos salva da perdição eterna e da
condenação dos pecados é a obra de Cristo na cruz em nosso lugar. Ao morrer na
Observação: Apesar de não ser uma regra, o texto é claro quanto essa possibilidade.
cruz, o Senhor Jesus não morreu porque mereceu morrer; pelo contrário, como justo e
inocente, Ele nos substituiu, sofrendo o que nós deveríamos sofrer a fim de que
recebêssemos a salvação de Deus.

Há dois elementos básicos na fé que nos salva: identificação e apropriação. É


importante entender cada um deles dentro do simbolismo do batismo.

IDENTIFICAÇÃO

É o aspecto da fé que nos faz ver que Jesus assumiu a nossa posição de pecado, para
que assumíssemos a posição de justiça d’Ele (2 Coríntios 5.21).

A Bíblia declara o seguinte: “Porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente
com Cristo, em Deus” (Colossenses 3.3). Quando Deus nos olha, ou Ele nos vê
sozinhos em nossos pecados, ou nos vê através de Jesus Cristo, que já pagou por
eles.

A fé nos coloca com Jesus na cruz, crucificados com Ele; coloca-nos no túmulo,
sepultados com Ele; coloca-nos ainda nos céus, à direita de Deus, ressuscitados com
Cristo! É quando nos vemos n’Ele, entendendo o sacrifício vicário do Filho de Deus,
que passamos a ter direito ao que Cristo fez; esta é a hora do segundo passo:
apropriação.

17 18
vez mais de acordo com a vontade de Deus (Filipenses 3.7-14). As coisas que
anteriormente eram imprescindíveis perdem o seu valor, no esforço de buscar a
perfeição de Cristo. Podem acontecer altos e baixos, porém será um processo
ascendente.

A LUTA

Na vida do salvo acontece uma luta constante: a velha natureza, resquício do pecado,
luta contra a nova natureza, resultante da salvação. Satanás lança as suas armas para
tentar nos afastar da verdade, mas Deus sempre vem em nosso socorro (Efésios 6.10-
13; Romanos 8.31).
Preparação para Batismo e a Graça do
Corpo de Cristo
A VITÓRIA

Aquele que é de Cristo tem o seu espírito, o Espírito Santo. É nele que o salvo vive. O
Espírito habita no crente e “ajuda na fraqueza” e “intercede com gemidos inexprimíveis”
(tão profundo que não podem ser expressos em palavras). Ele intercede pelos santos
para que obtenham a vitória na luta pela santificação (Romanos 8.26,27).

Não há mais acusação contra os santos de Deus – os salvos por Cristo Jesus. Foram
justificados por Deus. Ninguém, nem coisa alguma, os pode “separar do amor de Deus,
que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 8.31-39).

O FRUTO DO ESPÍRITO

O crente no processo de sua santificação passa a dar frutos, frutos dignos de


arrependimento, os frutos do Espírito (Gálatas 5.19-25).

O que acontece com o fruto de uma árvore pode acontecer na santificação: podem
ocorrer, no mesmo fruto, alguns gomos maduros e deliciosos e outros ainda azedos e
não amadurecidos. São compartimentos da vida cristã, ainda não totalmente
dominados pelo Espírito Santo. É na qual uma residência alugada, cujo dono ainda
mantenha animal selvagem de estimação em algum dos cômodos da casa. A
santificação é o processo pelo qual o fruto vai se tornando igualmente amadurecido,
em todos os seus gomos. O Espírito Santo vai dominando todos os compartimentos da
vida cristã.
Ministério de Evangelismo
Missão Filadélfia

35 24
A SANTIFICAÇÃO

“Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos
como sacrifício vivo, santo e agradável a DEUS, que é o vosso culto racional. E não
vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa
mente, para que experimenteis qual seja a boa perfeita e agradável, e perfeita
vontade de Deus” (Romanos 12.1,2)

INTRODUÇÃO

Vimos que o arrependimento é mudança de mente, de atitude. É um passo decisivo na


salvação. Mas esta também tem um aspecto progressivo, de transformação constante,
para experimentar, cada vez mais, a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. É a
renovação da mente do salvo, para torná-la cada vez mais chegada à vontade de
Deus.

CONCEITO

A idéia de santo, na Palavra de Deus, inclui dois aspectos: o de retidão e o de


separação. O conceito de retidão está implícito na pessoa do próprio DEUS (Isaías
6.1-13; Tiago 1.17,18). Deus é reconhecido e proclamado santo, com muita
reverência e humildade, e nele não há sequer sombra de variação. O conceito de
separação acentua o contraste entre anátema, separado para a destruição, e santo,
separado para DEUS (Deuteronômio 7.1-6; Josué 7.7-12).

Ser santo é ser separado para Deus. Ao ser salvo, o crente foi separado para ser de
DEUS, para ser santo para o Senhor, sua propriedade exclusiva.

O PROCESSO

A santificação, separação para Deus, principia na regeneração, no novo nascimento, e


dura à vida toda do crente aqui na terra, pela ação do Espírito Santo, que habita no
salvo, e pela vontade do regenerado (Filipenses 2.12,13; 2 Coríntios 3.18-7.1;
Hebreus 12.14). É na qual como a memória de um computador, cujos dados vão
sendo alterados pelo Espírito Santo e passam a oferecer respostas diferentes, cada

25 34
se torne injusto. O crente justificado é revestido, é portador da justiça de Cristo (2 O Batismo nas Águas
Coríntios 5.21).

CERTEZA DA SALVAÇÃO QUEM É JESUS

Podemos ter a certeza da nossa salvação? Não apenas supor, sentir, esperar, mas ter
De fato, Jesus é o tema central da própria história da humanidade. Observe que o
a certeza, de fato.
próprio calendário divide-se entre duas grandes épocas: Antes de Cristo (A.C) e
Em “João 5.24”, temos a declaração muito clara de Jesus, afirmando que todo aquele Depois de Cristo (D.C).
que houve a palavra de Jesus e crê naquele que o enviou tem a vida eterna, não
Mesmo entre alguns povos que ainda não aceitam Jesus como Deus, o calendário
entrará em juízo, mas já passou da morte para a vida. É, mais uma vez, questão de
cristão é usado por normas internacionais e motivos político-econômicos.
crer no que afirma a Palavra de Deus. Em “1 João 5.9-13”, está reafirmada a certeza
da salvação, pelo testemunho do próprio Deus. Tais palavras foram escritas aos que A demonstração mais evidente da importância de Jesus na história, é que toda pessoa,
crêem no nome do Filho de Deus, para que saibam que têm a vida eterna. E o um dia terá que responder ao convite de Cristo. Todos nós passamos pela experiência
testemunho de Deus é maior do que o testemunho dos homens. A certeza da salvação de - em dado momento da vida - termos que responder sim ou não à proposta de
é testemunhada pelo próprio Deus! seguir a Jesus. Ninguém consegue escapar à responsabilidade desta decisão: aceitar
ou rejeitar a fé em Jesus. Aos que respondem afirmativamente, Jesus os presenteia
com a alegria da descoberta do caminho para casa. A paz e um sentimento de
CONCLUSÃO felicidade indescritível invadem o coração de todos aqueles que, disseram sim para um
relacionamento espiritual e vivo com Deus. Este é o momento mais solene e
Somos salvos pela graça de Deus, mediante o arrependimento e a fé em Cristo Jesus. importante na vida de qualquer um de nós. Quando a pessoa de Jesus vem residir no
Somos regenerados e tornamo-nos filhos de Deus. A justiça de Cristo passa a cada espírito humano, na forma do Espírito Santo. Neste preciso instante, deixamos de ser
pecador crente e salvo. Não há palavra ou insinuação que possa invalidar o criaturas humanas e passamos a ser filhos de Deus. Selados eternamente com o
testemunho de Deus sobre a certeza da salvação, a partir da nossa conversão. Espírito de Cristo. Herdeiros do Reino de Deus e embaixadores do Senhor na Terra,
com a missão de comunicarmos a mensagem salvadora de Jesus a todos os povos.

33 26
O PECADO MEDIANTE A FÉ

Fé na graça de Deus; na morte vicária de Jesus Cristo; na capacidade de Deus aceitar


“Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas o pecador arrependido e de perdoá-lo. Em “Hebreus 11.1,2”, lemos que a fé é qual
transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias” (Salmos 51.1) “firme fundamento” das coisas esperadas de Deus e qual “prova das coisas espirituais
que não podem ser provadas em laboratório”.

Fé é a união íntima e espiritual da criatura humana com Deus. Fé é a muito mais do


que mera emoção. As emoções são passageiras e enganosas, sujeitas a contingências
INTRODUÇÃO de estado de espírito e a manipulações. A fé salvadora ocorre na ocasião da
conversão; a fé que faz crescer na comunhão com Deus é constante. A de hoje conduz
Este assunto tem sido motivo de muita indiferença e ignorância. Satanás tem feito o à de amanhã – “de fé em fé”.
máximo para que as pessoas não o levem a sério. Exatamente porque é o mal
principal da humanidade, atingindo todos os seres humanos, e a causa de todos os
demais males e do sofrimento. Por causa do pecado, as pessoas vivem longe de Deus, MEDIANTE A REGENERAÇÃO
não encontram a paz interior e ao morrerem partem para um destino de sofrimento
eterno, sem possibilidade de retorno. As pessoas consideram pecado apenas um ato Muitas pessoas enganam-se ao pensar que, afinal de contas, todos somos filhos de
publicamente condenável, como matar, violentar, oprimir e desconhecem a causa, o Deus. Em “João 1.12,13”, lemos que somente aqueles que recebem a Cristo e crêem
seu verdadeiro significado. no seu nome são feitos de filhos de Deus. É uma nova geração – a regeneração. Antes
não eram filhos de Deus; eram criaturas de Deus. Agora, tornam-se filhos de Deus. Em
João capítulo 3, Jesus enfatiza repetida e profundamente a verdade de que
O SEU APARECIMENTO “necessário vos é nascer de novo”.

A pessoa não regenerada é nascida apenas naturalmente, portadora do pecado e está


A Palavra de Deus ensina que, a princípio, não havia pecado e que o ser humano vivia
condenada à perdição eterna. A pessoa regenerada é “nascida de novo”,
em comunhão com Deus (Gênesis 1.27-31). Deus colocou o primeiro casal como o
espiritualmente.
ponto alto da sua criação, para administra-la e dela obter o seu sustento, alegrando-se
com o que Deus fizera. Satanás, não se conformou com tanta paz e felicidade. Tentou A regeneração é um ato de Deus, mediante o sacrifício de Cristo e mediante o
os seres humanos para a desobediência a Deus e eles cederam à tentação. arrependimento e a fé. Para tanto, é o Espírito Santo de Deus quem convence o
Desobedecendo a Deus, perderam a comunhão e, intimamente, já estavam separados pecador e o induz à experiência da regeneração (João 16.7-11). O Espírito Santo é o
e distantes Dele (Gênesis 1.1-10). representante de Cristo Jesus, que aponta na sua direção e a ele conduz o pecador.

MEDIANTE A JUSTIFICAÇÃO
SUA HERANÇA
Ocorre no processo da salvação (Romanos 3.23,24; 5.1). Não temos justiça própria,
pois por natureza somos injustos, pecadores condenados (Isaías 64. 6,7). Os nossos
Da mesma formo como herdamos características de nossos pais e avós, infelizmente
pecados, as nossas injustiças, caíram sobre Cristo Jesus (Isaías 53.4-6). Ele sofreu o
ao nascermos, já recebemos, como herança de nossos pais e avós, o pecado, o mal
castigo da nossa injustiça. Sendo justo, não precisava pagar injustiça própria. E a
da raça humana, que transmite de uma geração para outra e que nós legamos,
justiça de Cristo agora é transferida a nós (Romanos 5.18,19). Mediante o sacrifício de
desgraçadamente, aos nossos filhos e netos (Romanos 5.12). É uma doença
Jesus Cristo, Deus pode declarar justificado ao homem injusto, sem que Ele – Deus –
hereditária. Somos pecadores por natureza e inclinados para o mal.

27 32
A SALVAÇÃO
SUA MANIFESTAÇÃO E EXTENSÃO
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito para que todo
Como uma epidemia hereditária e contagiosa, o pecado expandiu-se rapidamente,
aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16)
alcançando todas as criaturas. As crianças, ainda pequenas, sem que alguém tenha
lhes ensinado, já demonstram tendências para os mal e atitudes más. Resultando o
pecado de uma atitude de desobediência e rebeldia diante de Deus, separa as suas
INTRODUÇÃO
criaturas dele, assim como aconteceu no Jardim do Éden (Isaías 59.1-9). E para
deturpar cada vez mais a imagem e semelhança de Deus, à qual o homem foi criado,
Tendo Cristo Jesus sofrido na cruz do Calvário o castigo do pecado, pode agora dar a
Satanás nos leva aos atos pecaminosos mais terríveis, tais, como: depravação moral,
salvação ao pecador.
violência, falsidade, maledicência, inveja, blasfêmia, etc. (Romanos 1.18-32). O ser
humano vai de mal a pior e fica cada vez mais longe de Deus.

MEDIANTE A GRAÇA DE DEUS


SUAS CONSEQÜÊNCIAS
A Palavra de Deus declara que somos salvos pela graça (Efésios. 2.8,9). Não se pode
comprar o que é dado graciosamente. Tentar comprar a salvação é ofender a Deus,
O pecado está em todos os seres humanos e os afasta de Deus (Romanos 3.23); pelo
pois o preço mais alto já foi pago: a encarnação, a morte e a ressurreição de Jesus
pecado veio à morte (separação) que passou para todos os seres humanos (Romanos
Cristo, como expiação do pecado. É uma dádiva de Deus. Não se compra: ou se aceita
5.12); a sua recompensa, o seu resultado para todos, é a morte eterna (Romanos
ou se rejeita, pois já está paga. Ninguém pode alcança-la praticando boas obras. As
6.23). Podemos dizer que a morte existe sob três aspectos:
boas obras devem ser o resultado de uma pessoa salva. As boas obras não podem
produzir a salvação, pois então seria merecimento humano e tornaria desnecessário o
mérito de Cristo Jesus. A salvação é que produz as boas obras (Efésios 2.10).

MEDIANTE O ARREPENDIMENTO

Jesus, ao iniciar a sua tarefa na terra, declarou que o tempo estava cumprido, o reino
de Deus havia chegado e ordenou: “Arrependei-vos e crede no evangelho” (Marcos
1.15).

Arrependimento é a profunda consciência do pecado, é a tristeza pelos próprios


pecados, é, pela graça de Deus, dar as costas ao pecado e começar a caminhar na
direção de Deus. Há um aspecto constante de arrependimento na vida do crente.
Mesmo já estando salvo, no processo da santificação, precisa renovar a sua mente
(Romanos 12.1,2). O arrependimento é mudança de mente. Neste sentido, o crente já
salvo tem o caminho da vida cristã toda, para continuar a mudar a sua mente.

31 28
Morte física – separa o espírito do corpo; SEU CASTIGO
Morte espiritual – separa o ser humano de Deus, já aqui na terra;
Morte eterna – aqueles que morrem separados de Deus assim permanecem Já vimos que a pena do pecado é a morte, sob três aspectos: um inevitável e dois
na eternidade. passíveis de mudança. E a tristeza da morte, nos três aspectos, está na separação. O
Senhor Jesus, ao morrer na cruz, exclamou: “Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste?” (Mateus 27.46). A Palavra de Deus declara que: “A alma que pecar,
O primeiro aspecto é inevitável, o segundo é passível de ser mudado e o terceiro é essa morrerá” (Ezequiel 18.20). João Batista disse a respeito de Jesus: “Eis o Cordeiro
irreversível. Todo o pecado é uma afronta a Deus e à sua vontade e atinge também o de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1.29). Se Jesus veio ao mundo sofrer o
próximo (1 Coríntios 8.12). castigo do nosso pecado e se o castigo do pecado é a separação de Deus, as suas
palavras na cruz têm um significado real e muito profundo. Na cruz, Ele carregou em
seu corpo os nossos pecados (1 Pedro 2.24). Sofreu o castigo do pecado – a morte –
SEU RECONHECIMENTO a separação para poder livrar-nos do mesmo.

Mesmo assim, há pessoas que dizem não ser pecadoras. Em “1 João 1.8-10”, temos
a declaração de que tais pessoas estão enganadas e de que nelas não há verdade. CONCLUSÃO
São mentirosas e, afirmando não ser verdade o que a Palavra de Deus declara, fazem
Deus mentiroso! Ao pecador que não reconhece o seu pecado nem o próprio Deus Cada ser humano, cada criatura de Deus, pode e deve meditar, à luz da Palavra de
pode ajudar, pois qual o doente que não reconhecendo estar enfermo, e estando Deus, na sua condição natural e hereditária de pecador e pensar nas tristes
enfermo não procura o médico e não toma a medicação (Lucas 5.31,32). Mas ao conseqüências. Pode e deve ir a Deus, por meio de Cristo Jesus, e pedir que o castigo
pecador reconhecido, ao doente desejoso de cura de sua enfermidade espiritual, Deus sofrido por Cristo na cruz o liberte do pecado confessado a Deus.
concede a graça de, na sua fidelidade e justiça, perdoar os pecados e purificá-lo de
toda injustiça. O pecador somente pode ser perdoado quando aceita a declaração da
Palavra de Deus de que precisa da cura espiritual e confessa os seus pecados a Deus.

29 30
NÃO VIVER PECANDO
BISPO – aquele que superintende, administra as atividades;
Na sua primeira carta, o apóstolo João escreve a crentes, pois os chama de “meus
Ancião ou Presbítero – aquele que goza de respeito e credibilidade para
filhinhos” e afirma que os seus “pecados são perdoados por amor do seu nome” (1
aconselhar;
João 2.1-12). Mas também afirma que está escrevendo aos filhinhos “para que não
Pastor – aquele que apascenta o rebanho dos fiéis, cuidando de suas
pequeis; mas, se alguém pecar, temos um advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o
necessidades espirituais.
justo. E ele é a propiciação pelos nossos, mas também pelos de todo mundo” (1 João

2.1,2). A triste verdade, como já ensinada pelo apóstolo Paulo, é a de que, mesmo
Em “Atos 20.17-38”, notamos os três termos e as três funções, para as mesmas
salvos, mesmo ansiando a santificação, ainda pecamos. João encoraja-nos a não
pessoas. Paulo manda chamar os “anciãos” (vers.: 17); pede que “cuidem de todo o
pecarmos. Mas admite que tal possa acontecer. Ao examinarmos o texto com atenção,
rebanho” – função pastoral; afirma que foram constituídos “bispos” (vers.: 28) e que
podemos traduzi-lo assim: “...para que não vivais no pecado; mas se alguém pecar
devem “apascentar a igreja de Deus”. Em “1 Timóteo 3.1-7” e em “Tito
ocasionalmente...”. Esta é a diferença: o crente, ainda que possa pecar, não tem
1.5-9”, estão mencionadas as qualificações e os pré-requisitos da função do pastor. prazer em pecar e não deseja viver no pecado. Pela ação do Espírito Santo e pela
Em “Apocalipse 1.9-20”, Jesus aparece andando no meio de suas igrejas e propiciação de Jesus Cristo, foge de uma vida de pecado.
segurando os pastores na sua mão direita.

CONCLUSÃO
SEU GOVERNO E SUA DISCIPLINA
Em “Romanos 12.1,2”, o apóstolo Paulo roga, suplica, pela compaixão de Deus, que
O governo da igreja local é, primeiramente, cristocêntrico, pois Cristo é autoridade o cristão não siga os padrões do mundo, não se amolde a eles, mas vá se
máxima. Onde os seus discípulos se reúnem, promete estar entre eles (Mateus 18.19- transformando constantemente, pela renovação da sua mente, para que experimente a
20). Tendo a autoridade suprema de Cristo e reunida em seu nome, a própria igreja é sublimidade da vontade de Deus.
soberana nas suas decisões, pela participação democrática e consciente de todos os
membros presentes. Não pode haver autoridade maior, nem ingerência. Nem
interferência de outra igreja. O que pode haver são bases de cooperação, por
identidade de propósitos e soma de esforços.

Em “Mateus 18.15-17” estão delineados os passos para a disciplina na igreja local:


primeiro a exortação individual, pessoa a pessoa; em caso de insucesso, a exortação
de uma pequena comissão; falhando esta, leva-se à igreja no seu todo; não se
alcançando êxito, nem mesmo assim, então, e somente então, considere-se como
“gentio e publicano”, uma pessoa não salva a ser ganha para Deus. Em caso de
sucesso, “terás ganho teu irmão”.

47 36
ESCRITURAS SAGRADAS – PALAVRA DE DEUS SEUS OFICIAIS

Ainda que o nome não apareça como tal, a implicação de suas atividades no encargo
“Porque, toda a carne é como a erva, e toda a sua glória como a flor da erva. Secou se deste serviço leva-nos a crer que o primeiro oficial a surgir na igreja local foi o diácono
a erva, e caiu a sua flor; mas a palavra do Senhor permanece para sempre” (1 Pedro (Atos 6.1-7). Crescendo o número de convertidos – vários milhares – a igreja de
1.24,25) Jerusalém enfrentou um problema administrativo: ou os apóstolos cuidariam da oração
e do ministério da palavra, ou seriam absorvidos pelo cuidado das necessidades
materiais dos membros da igreja. Esta estava prestes a se dividir.
INTRODUÇÃO
Veio a solução: a escolha de sete homens de boa reputação; boa fama; espirituais,
cheios do Espírito Santo, e competentes administrativamente, cheios de sabedoria
Na salvação e no processo de santificação, a Palavra de Deus é agente por
para o cuidado do serviço material da igreja. Os apóstolos continuariam no ministério
excelência, pois tudo quanto Deus quer que o ser humano conheça da sua revelação
da oração e da palavra. Em lugar da divisão iminente, o resultado foi o do crescimento
está registrado na Bíblia. Nem mais, nem menos. Ao estudar a Bíblia, toma-se
da igreja. Em “1 Timóteo 3.8-13”, Paulo apresenta as qualidades para o diaconato e
conhecimento da revelação de Deus, pela própria Palavra de Deus.
sugere uma prática saudável: uma prova experimental, antes da efetivação. A palavra
O salvo, para conhecer a vontade de Deus, necessita ler, estudar e amar as Escrituras diácono, no original, sem o significado de alguém que presta serviço a outro – de
Sagradas. Quanto mais conhecer, tanto mais segura há de se sentir na vida cristã. E servo. Nunca de senhor da igreja; é um servo a serviço da igreja, cuja recompensa é
quando houver conflito com palavras humanas e emoções, o que deve prevalecer, “um lugar honroso e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus”.
sempre, é a Palavra de Deus, pois através dela, Deus se revela a nós, em linguagem
O oficial a surgir no Novo Testamento, a seguir, é o pastor, nome que aparece poucas
humana.
vezes. Os apóstolos, testemunhas oculares de Jesus e de seus contemporâneos, ao
passar do tempo, foram desaparecendo e dando lugar à nova denominação, também
designada como bispo e ancião. Três designações para três aspectos da função
É INSPIRADA
pastoral:

Em “2 Pedro 1.20,21”, lemos que a profecia de Deus “nunca foi produzida por vontade
de homens”. É uma declaração muito importante. Não há profecia humana confiável.
“Mas os homens santos da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo”.

Através de milhares de anos, Deus foi se revelando às suas criaturas, que dele haviam
de afastado, através dos grandes homens do Antigo Testamento, tais como Noé e
Moisés, dos patriarcas e dos profetas. Nos primórdios da revelação, esta passou
através de gerações, por tradição oral. É o caso da narrativa da criação e do dilúvio.
Com a invenção da escrita, a revelação de Deus foi sendo registrada, culminando na
pessoa e nos ensinos de Jesus Cristo, o Filho de Deus, que é o centro da revelação de
Deus (Hebreus 1.1-4). Podemos afirmar que Deus inspirou homens fiéis a que
escrevessem a sua revelação. Assim surgiram as Escrituras Sagradas. Deus não
anulou a personalidade dos escritores, mas lhes imprimiu a inspiração divina. É o caso
do apóstolo Pedro, um discípulo pescador, o qual, ao escrever a sua carta, fala da
destruição do mundo pelo fogo (2 Pedro 3.5-7). Séculos atrás, tal afirmação poderia ter

37 46
SUA MISSÃO E RESPONSABILIDADE parecido absurda. Hoje, com a desintegração do átomo, é perfeitamente viável.
Somente a inspiração de Deus poderia produzir tal declaração nos escritos de
“As portas do hades não prevalecerão contra ela” (Mateus 16.18). O hades era o reino Pedro. Isto acontece com todos os escritores da Bíblia.
dos mortos, sem especificar a diferença entre o céu e o inferno. Poderia ser
considerado como o além. Não deixa de ter o seu significado, de ser o lugar dos
mortos. Jesus afirma que as suas porta não prevalecerão contra a sua igreja. Como? É VERDADEIRA
A morte nunca há de vencer a igreja de Cristo. O próprio Cristo triunfou sobre ela. Seus
Sem medo de errar, podemos confiar na veracidade e na finalidade da Bíblia. Alguém
seguidores também triunfarão. Os mortos espirituais – separados de Deus – serão
já afirmou que ela é mais atual do que o jornal de amanhã cedo! Inspirada por Deus
convidados a pertencerem à igreja de Cristo, passando da morta para a vida. Os
para revelar a sua vontade, ela é verdadeira (2 Timóteo 3.14-17).
crentes, mesmo morrendo fisicamente, triunfarão sobre a morte (João 11.25,26).
Os homens podem falhar até mesmo nas suas pesquisas e descobertas. Deus nunca
É missão da igreja é triunfar sobre a morte, em todos os seus aspectos, proclamando a
falha. Sua Palavra é a segurança de cada crente. Considerando-se o número de
Cristo, como “O Filho do Deus Vivo”. Em “Mateus 18.15-22”, Jesus falou sobre a
escritores da Bíblia, as diferentes épocas em que viveram, o muito que levou para ser
autoridade de sua igreja em ligar e desligar. Neste contexto levamos à expressão da
escrita, só mesmo sendo a verdade revelada de Deus. É tão autêntica que nem
igreja de cristo, no seu aspecto local. Ela liga e desliga as pessoas, na proclamação do
mesmo esconde as falhas dos homens que Deus usou para se revelar. As falhas
evangelho. Quem o aceita, está ligado; quem o rejeita, está desligado. A igreja, ao
humanas aparecem em toda a sua inteireza. E a integridade de Deus sobre todas as
evangelizar, apenas confirma a decisão dos céus. Grande é, pois a missão e a
coisas (2 Coríntios 12.7-10).
responsabilidade da igreja.

FAZ DISTINÇÃO
SUA EXPRESSÃO LOCAL
No Salmo 1, encontramos a distinção entre o justo e o ímpio. Este é como a palha ao
No Novo Testamento, a palavra igreja é aplicada em três sentidos: a igreja como
vento. Não pode prevalecer no juízo de Deus, nem no meio dos justos. Seu caminho
conjunto de todos os salvos sobre face da terra – mais de 10 vezes; a igreja triunfante,
perece, leva à destruição. O justo não busca companhias ímpias, é constantemente
ou seja, a reunião dos salvos na presença de Deus – apenas algumas vezes; a igreja
produtivo na sua vida e o seu trabalho prospera. Qual a causa da diferença?
como instituição local, com seus membros, seus oficiais, a sua disciplina – quase 100
vezes. No versículo 2, lemos: “antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de
dia e de noite”. As Escrituras Sagradas fazem a distinção das duas classes de homens:
A igreja triunfante ou glorificada, nós a teremos somente na eternidade, reunida com
os que nelas não meditam – os ímpios – e os que têm prazer em nelas meditar
Cristo; a igreja militante, no todo dos salvos por Cristo Jesus, em ação na face global
constantemente – os justos. Alguém já afirmou que a Bíblia é o livro das diferenças –
da Terra, é impossível de ser reunida num só lugar ou de ser sistematizada. Mas a
livro que faz distinção.
Igreja, como instituição local, nós a temos nos mais diversos pontos da terra (Atos
16.5; Romanos 16.4-16; 1 Coríntios 7.17; 14.34; 16.1-19; 2 Coríntios 8.1; 11.8;
Apocalipse 1.4-20; entre outros.). Da igreja triunfante ou glorificada faremos parte na
SUA AUTORIDADE
eternidade; da igreja militante, já fazemos parte agora, ainda que não possamos
conhecê-la em toda a sua amplitude; da igreja local, é privilégio de cada discípulo de
Em “Atos 17.10,11”, encontramos atitude digna de ser imitada: a dos bereanos
Cristo fazer parte.
(Cidade de Beréia). Ouviam o ensino dos apóstolos, “examinando as Escrituras para
ver se estas coisas eram assim”. Em matéria de crença, de religião e de prática, as

45 38
Escrituras Sagradas são a autoridade única. Não há manual ou ensino que possa A IGREJA
invalidar a autoridade da Palavra de Deus.

Quando o cristão fiel, em humildade de oração, examina a Bíblia, o Espírito Santo, que
“... e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do hades não prevalecerão
inspirou os escritores, ilumina o leitor e o ouvinte, para que compreendam a revelação
contra ela” (Mateus 16.18)
de Deus.

SUA PENETRAÇÃO
INTRODUÇÃO
Além de viva e eficaz, a Palavra de Deus é comparada à espada de dois gumes, que
penetra fundo na mente e no coração do crente, meditando e avaliando seus Sendo a pessoa salva independente do batismo, qual a necessidade de ser membro
pensamentos e suas intenções. Atinge a pessoa humana no seu todo. Nada lhe fica de uma igreja? Tornando-se pela conversão um membro da Igreja de Cristo, no sentido
oculto (Hebreus 4.12,13). global, envolvendo todos os salvos, por que ainda ser membro de uma igreja local?
Não estaria correta a afirmação de que: “Cristo, sim; igreja, não!”? Jesus falou pouco,
Em “Isaías 55.10,11”, encontramos a afirmação de que a Palavra de Deus nunca
mas o suficiente, tanto sobre a igreja no seu sentido amplo e global, como também no
voltará vazia, nunca deixará de produzir resultados, ainda que de imediato não pareça
sentido de uma igreja local. O seu ensino e o que o Novo Testamento declara são
assim. É só esperar a semente brotar, crescer e frutificar.
suficientes para compreender o assunto e aceitar a orientação neotestamentária.

SUA PRÁTICA
SEU FUNDADOR
Figura muito expressiva é nos apresentada em “Tiago 1.22-25”. É a figura de quem se
A igreja de Cristo não foi criada por homens; o próprio Cristo foi o seu fundador
olha no espelho. Pode ir logo embora e se esquecer do que viu. Assim é o que ouve a
(Mateus 16.13-19). Com a pública profissão de fé de Simão Pedro: “Tu és o Cristo, o
Palavra de Deus e logo dela se esquece. Mas o que atenta bem, não sendo ouvinte
Filho do Deus Vivo”, estava iniciada a edificação da igreja. Sobre a pedra, a rocha,
esquecido, mas praticante, é como quem se olha no espelho, vê bem a sua imagem
Jesus Cristo, aceito e professo como o Filho de Deus Vivo, Simão Pedro foi o primeiro
refletida e vai melhorar a sua aparência cristã.
tijolo da construção. Sempre sobre a rocha. Ele deixa bem claro, em “1 Pedro 2.1-10”.
O espelho foi feito para refletir aspectos físicos; a Palavra de Deus foi revelada para Cristo é a “pedra viva”, “a principal da esquina”, “a principal pedra angular”, para os
refletir aspetos espirituais. “E sede cumpridores da Palavra e não somente ouvintes, crentes. “Pedra de tropeça e rocha de escândalo”, para os desobedientes, os não
enganando-vos a vós mesmos”. crentes, que não fazem parte do edifício da igreja de Cristo. Os crentes professos,
assim como Simão Pedro, são “pedras vivas”, “edificado como casa espiritual”. Cristo
Fundou a sua igreja sobre si mesmo. Cada vez que alguém professa a sua fé nele,
CONCLUSÃO como “o Cristo, o Filho do Deus Vivo”, mais uma pedra é acrescentada ao edifício da
casa espiritual. Sobre Cristo, a pedra angular, os crentes, incluindo Simão Pedro, as
O texto de “1 Pedro 1.24,25” declara que a nossa vida terrestre e toda a sua glória pedras vivas.
são passageiras, como a flor do campo. Mas a Palavra de Deus é eterna, porque é a
revelação de um Deus eterno, não somente para o presente, mas também para a
eternidade.

Em meio ao transitório e ao inseguro, encontramos a segurança do que é eterno na


Palavra de Deus.

39 44
CONCLUSÃO ORAÇÃO
Em “1 Tessalonicenses 5.17 e 18”, somos incentivados a “orar sem cessar”. Não é
mais um ato isolado; é um estado de espírito, em constante sintonia com Deus. Um “Orai sem cessar. Em tudo daí graças; porque esta é a vontade de Deus em Cristo
estado de comunhão que permite falar com Deus, andando, viajando, trabalhando, a Jesus para convosco” (1 Tessalonicenses 5.17,18).
qualquer tempo e em qualquer lugar. E em tudo devemos dar graças! “Porque esta é
vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”. Deus não olha para frases
bem construídas, correção gramatical ou formas literárias da oração. Esta pode ser INTRODUÇÃO
mesmo sem palavras, apenas um suspiro da alma a Deus. Ele olha para a sinceridade
do coração. Pela leitura da Palavra de Deus, Ele fala conosco; pela oração nós falamos com Deus.
Buscamos a sua presença, derramamos a nossa alma diante dele e, na comunhão
Se muitas realizações não podemos fazer no reino de Deus, há uma que está ao
com Deus, contamos nossas alegrias e nossas necessidades, agradecemos e
alcance de todos: orar a Deus sempre.
pedimos, louvamos e choramos e recebemos a orientação para a nossa vida, a
resposta para as nossas indagações, o consolo e o conforto para as nossas almas. É
através da oração que batemos às portas do céu e somos ouvidos e atendidos,
segundo a sabedoria e a vontade de Deus.

COMO ORAR

Certa ocasião, os discípulos de Jesus procuraram-no e lhe pediram que os ensinasse a


orar (Lucas 11.1). E Jesus ensinou. Também o novo crente precisa aprender a orar.
Em “Mateus 6.5-8”, encontramos conselhos dados por Jesus, antes de ensinar como
orar. Ele ensinou que a oração deve ser feita para ser ouvida por Deus e não com a
finalidade de ser vista e apreciada pelos homens. Não é uma exibição pública ou
pessoal; é a busca de Deus, por uma alma ansiosa dEle.

A melhor oração é aquela feita apenas entre quem ora à Deus, sem outras
testemunhas. Dirigida a Deus, basta a sua presença. Não exclui a oração em público;
condena a oração feita para exibição.

Não precisa ser longa, nem repetitiva, pois não é pela extensão da oração que alguém
há de ser atendido. Antes mesmo de orarmos, Deus já sabe qual é a nossa
necessidade. Não se trata de uma informação passada a Deus; trata-se de um ato de
busca e de dependência de Deus.

43 40
SEUS ELEMENTOS pedimos mal, egoisticamente, apenas para a nossa própria satisfação. Tais orações
Deus não atende. Não que Ele não as responda. Responde com um “NÃO”, pois sabe
Jesus ensinou a oração modelo, o Pai Nosso, que contém os elementos principais de que, se atendidas, não fariam bem a nós, ainda que, no presente, não dá à nós, ainda
uma oração (Mateus 6.9-15). Pode ser usada, desde que não seja mera repetição que, no presente, não pareça assim. É qual pai que não dá à criança pequena uma
formal. Ensina-nos o que pedir. Dirigindo nos a Deus como Pai nosso, pois todos nós, brasa, pois sabe que se queimaria. Mais tarde compreendemos que quando Deus
os salvos por Jesus, somos filhos de Deus. Expressamos o desejo de que o nome de não atendeu à oração, fez-nos um grande benefício.
Deus seja tido como venha o reino de Deus, o domínio da sua vontade, já completo no
No Getsêmane, Jesus ao orar em muita angústia, soube incluir na sua oração:
céu, também aqui na terra.
“todavia não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lucas 22.40-44).
Após reconhecermos a santidade de Deus e de expressarmos o desejo da vinda do
seu reino, passamos a orar pelas nossas necessidades – o nosso sustento.
SUAS MODALIDADES
Rogamos o perdão das nossas faltas, na proporção de como perdoamos àqueles que
estão em falta para conosco! Do modo como Jesus colocou esta parte da oração,
O apóstolo Paulo aponta várias modalidades de oração (1 Timóteo 2.1 e 2). Pode ser
quem não perdoar ao seu semelhante dificilmente poderá esperar o perdão de Deus
de súplicas (pedidos feitos a Deus de modo especial), de oração propriamente dita
para as faltas próprias! Vem, a seguir, um ensinamento muito precioso: o de suplicar a
(com os elementos contidos no Pai Nosso), de intercessão (intercedendo por alguém),
Deus para que não nos deixe entrar numa situação em que possamos ser tentados. E
de ações de graças (expressando gratidão a Deus pelos benefícios recebidos). Deve-
que nos livre do mal ou do Maligno. Vale a pena iniciar cada dia da vida cristã com este
se orar por todos os seres humanos; pelos governos constituídos, para que propiciem
pedido, pois o Maligno somente pode nos tentar ou nos assediar até onde Deus
“uma vida tranqüila e sossegada, em toda a piedade e honestidade”. Não há
permite. Buscada a proteção de Deus, fica livre o cristão da insistência de Satanás.
autoridade constituída que não venha de Deus (Romanos 13.1-7). Devemos orar por
Rendemos glória a Deus e terminamos a oração. Quem deseja aprender a orar, pode elas e obedecê-las, a menos que contrariem os princípios de Deus (Atos 4.18 e 19;
examinar a oração ensinada por Jesus, ver os seus elementos e orar com as suas 5.27-29).
próprias palavras.

O PODER DA ORAÇÃO
SEU ESTÍMULO
O apóstolo Tiago (Tiago 5.13-18) cita o exemplo do profeta Elias onde menciona que o
Pedir, buscar e bater à porta. Eis como Jesus caracterizava a persistência na oração profeta, sendo semelhante a nós, orou com fervor para que não chovesse, e por três
(Mateus 7.7-11). “Pedir, para receber, buscar, para achar e bater à porta, para que anos e seis meses não choveu sobre a Terra. E orou outra vez e o céu deu chuva, e a
seja aberta. Se nós, que por natureza somos maus, não damos aos nossos filhos terra produziu o seu fruto (1 Reis 17 e 18). A palavra de Deus afirma que “a súplica de
coisas más, em lugar de boas, quanto mais Deus há de dar coisas boas aos seus um justo pode muito na sua atuação.”
filhos!”
Somos animados a orar na aflição, a louvar na alegria e a orar pelos doentes. A unção
com óleo não é meramente carismática, pois, de acordo com a parábola do bom
samaritano (Lucas 10.25-37), também era medicação na época.
ORAÇÕES NÃO ATENDIDAS

Nem sempre recebemos o que desejamos. Teria falhado o que Jesus prometeu? Em
“Tiago 4.1-3”, temos a explicação. O apóstolo deixa claro que, às vezes, não obtemos
o que desejamos, porque não pedimos. Outras vezes, não somos atendidos porque

41 42
MORDOMIA DO TEMPO SUA RELAÇÃO COM O ESTADO E A LIBERDADE RELIGIOSA

Como usamos e como gastamos o tempo que Deus nos dá? Em “Eclesiastes 3.1-11”, Cremos numa igreja livre, num Estado livre (Mateus 12.15-22). A história do
lemos que "tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo propósito debaixo cristianismo ensina que, sempre que houve ingerência de um em outro, houve prejuízo
do céu". No texto, especifica-se detalhadamente o uso apropriado do tempo, e ambos se deturparam. Não se confundem. Um exerce a sua autoridade na esfera
chegando mesmo a afirmar: "tudo fez formoso em seu tempo; também pôs na mente civil, o outro, na esfera espiritual. São dois reinos: o deste mundo e o de Deus.
do homem a idéia da eternidade, se bem que este não possa descobrir a obra que Coexistem, entre as criaturas de Deus. Ambos são ordenados por Deus e são
Deus fez desde o princípio até o fim". Deus criou um tempo para tudo; até para se responsáveis diante dele. Não há governo que não seja da permissão de Deus (Rom
pensar na eternidade! Pena que o administrador do tempo — o homem — não o possa anos 13.1-7). Em caso de conflito, porém, quando o poder civil tenta coibir a esfera
descobrir! espiritual, a primazia será sempre de Deus (Atos 5.25-29). É dever do Estado
assegurar a plena liberdade religiosa; é dever dos crentes orar pelas autoridades e
Temos tempo para o trabalho, para o estudo, para o repouso, para o lazer, para a
obedecer lhes, a menos que contrariem as leis de Deus.
reflexão, para as coisas espirituais, para Deus. Em “Tiago 4.13-17”, é narrado um
planejamento imprudente do tempo. O resultado é desastroso. A advertência é para se Não se deve exercer coação religiosa sobre qualquer indivíduo, sob qualquer pretexto.
planejar o uso do tempo, conforme a vontade de Deus. Daí a humilde súplica do O próprio Deus respeita e responsabiliza o livre arbítrio, com o qual criou cada ser
salmista: "Ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações humano. Cada pessoa é livre para professar a sua crença, de acordo com a sua
sábios" (SaImos 90.12). consciência, desde que não fira a liberdade e os direitos dos outros.

MORDOMIA DOS TALENTOS CONCLUSÃO

Em “Mateus 25.14-30”, fala-se da distribuição dos bens — talentos — pelo proprietário Ao que já foi dito, convém acrescentar um aspecto importante: o da atitude da igreja
a seus servos: um recebe cinco, outro dois e o terceiro um, “cada um segundo a sua para com os necessitados, os desfavorecidos da vida. A compaixão cristã foi ensinada
capacidade". Ninguém fica sem! Cada qual tem a capacidade de, usando sabiamente por Jesus e, de modo especial, na parábola do Bom Samaritano (Lucas 10.25-37).
os seus talentos – seus dons fazer com que produzam e se multipliquem. E possível Este amor ao próximo tem como alvo primeiro “os domésticos da fé”, os irmãos em
usá-los e aumenta-los, ou enterrá-los. Mas virá o dia da prestação de contas. Com Cristo (Gálatas 6.10). Em “Tiago 1.27”, temos definida “a religião pura e imaculada”,
elogio ou com repreensão; com recompensa ou com castigo. Tudo depende de como como sendo a atitude positiva para com os necessitados. Em “Mateus 25”, Jesus, ao
são administrados. Alguns têm capacidade de administrar bem um número maior de ilustrar o juízo final, enfatiza a atitude para com os necessitados (vers.: 31-46).
dons. Outros, um número menor. Ao observar o servo que recebeu um único talento,
concluímos que não há cristão que não tenha, confiado em Deus, ao menos um
talento. Sugerem alguns que este único talento seria a capacidade de orar, ainda que a
sós.

O importante é não se esquecer de que os talentos são dados segundo a capacidade


de cada um e que, na prestação de contas, cada qual responderá pelo uso dos seus
talentos, não dos outros.

59 48
O BATISMO O HOMEM É ADMINISTRADOR OU MORDOMO DA CRIAÇÃO
DE DEUS
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do
Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28.19) Já no primeiro capítulo da Bíblia lemos que o Senhor Deus, ao completar a obra da
criação, confiou ao homem o domínio de toda a criação (Gênesis 1.26-30). Cabia a ele
povoar a Terra e administrá-la sabiamente. Ao observar o que se passa no mundo,
INTRODUÇÃO temos a impressão de que os homens, que não dão o devido valor às ordens de Deus,
não têm sido administradores fiéis. Muitas espécies de animais, de aves, de peixes
O Senhor Jesus, antes de ascender aos céus, deixou a sua carta-testamento (Mateus etc., criadas por Deus, têm sido extintas impiedosamente. As águas estão poluídas
28.16-20). Nela está expressa a sua vontade. Ordena a seus seguidores que façam pelas substâncias e resíduos químicos, pelo lixo e pelo esgoto. A atmosfera está
novos discípulos e que os mesmos sejam batizados “em nome do Pai, e do Filho, e do poluída pelas indústrias e pêlos resíduos nucleares. As matas são cortadas e
Espírito Santo”, e integrados nos ensinamentos de Jesus. Sempre contando com a sua queimadas. O globo terrestre está rodeado de sucata espacial.
presença. O batismo é uma ordenança de Jesus, para cada discípulo seu. Por vezes Na abóbada atmosférica estão os rombos na camada de ozônio, proteção natural da
tem sido mal compreendido. O ensino bíblico, porém, parece-nos muito claro. vida, e a Terra sofre o efeito estufa do aquecimento, correndo o perigo do derretimento
das geleiras e de serem inundadas nas populações litorâneas. A qualidade do ar, nas
grandes cidades, torna-se cada vez mais insalubre e surgem novas doenças e pestes.
DE JOÃO BATISTA Em lugar de águas cristalinas, as correntes dos rios estão escuras, opacas e poluídas.
Tudo devido à ganância do homem e sua má administração da criação de Deus.
O precursor de Jesus é o primeiro personagem do Novo Testamento a praticar o Cresce a impressão de que o homem é seu próprio inimigo, levando a si mesmo à
batismo (João 1.19-23). E o faz na base da mudança de vida – arrependimento morte e à destruição. O administrador não é o dono. Deve prestar contas ao
(Mateus 3.1-12). O reino dos céus havia chegado a pessoa de Jesus. Cabia aos proprietário.
homens o arrependimento. Os que foram a João Batista, sem o arrependimento
Em “Lucas 16.1,2”, Jesus fala de um administrador de má fama. Ele havia
(mudança de mente), foram por ele duramente repreendidos e lhes foi negado o
desperdiçado os bens do proprietário. Este o chamou à prestação de contas. Como
batismo. Não se batiza uma pessoa não arrependida conscientemente. Os
ficará o homem, quando Deus o chamar a prestar contas da administração da criação
arrependidos, aqueles que ouviram e aceitaram a pregação de João Batista e
de Deus? Chegamos a pensar que, se o homem continuar a destruir e a dissipar o que
confessaram os seus pecados, ele os batizava. No seu batismo estava simbolizado o
Deus lhe confiou para administrar, o Criador pode vir a permitir um final tenebroso,
arrependimento dos pecados – uma nova maneira de viver.
quando tudo se acaba, para depois recomeçar com um punhado dos que lhe são fiéis.
Nos dias de Noé, tal aconteceu pela água (Gênesis 6-8).
MINISTRANDO A JESUS Agora poderá ser pelo fogo. Isto, se a volta do Senhor Jesus não acontecer antes.

Durante o ministério de João Batista, entre os candidatos ao batismo, surgiu o próprio


Jesus. Foi uma grande surpresa para João Batista. Não quis batizar Jesus, pois este
não tinha de se arrepender, enquanto que João Batista tinha (João 3.13-17). Porém
Jesus insistiu: convinha “cumprir toda a justiça”. Sendo o batismo de João Batista para
os arrependidos e não tendo Jesus do que se arrepender, por que teria feito questão
de ser batizado? Estava cumprindo “toda a justiça”. Levando sobre si os pecados dos

49 58
MORDOMIA arrependidos salvos, estes haveriam de segui-lo. Passou pelo batismo não devido ao
seu arrependimento próprio, mas apontando o caminho a seguir aos arrependidos
crentes. Foi a frente cumprindo “toda a justiça” e para que todo o crente o imitasse.
“Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás" (2 Reis 20.1).
O próprio Deus se manifestou, aprovando o batismo de Jesus (Mateus 3.16,17).
Buscado por Jesus e aprovado por Deus, é o exemplo a ser seguido por todos os
discípulos de Jesus – os crentes.
INTRODUÇÃO

Podemos conceituar a mordomia como um modo sábio de administrar a vida e o


A MANDO DE DEUS
cuidado prudente dos bens O mesmo se aplica à mordomia, quando encarada à luz da
Palavra de Deus. Quanto mais se aproximar do padrão de Deus, tanto mais sábia e
No trecho bíblico de “João 3.22,23 e 4.1,2”, encontramos aparente contradição, pois
prudente será.
em “João 3.22” lemos que Jesus batizava, e em “João 4.2”, que ele próprio não o
fazia, e sim os seus discípulos. A ordem era de Jesus; os executores eram os seus
discípulos. Podemos deduzir que Jesus ordenava e orientava os batismos que seus
DEUS É CRIADOR E DONO DE TODAS AS COISAS
discípulos ministravam.

Nos primeiros dois capítulos do livro de Gênesis, encontramos a narrativa da criação. João Batista continuava batizando (João 3.23). Batizava em Enom, “porque havia ali
Todas as coisas, móveis e imóveis, vivas ou sem vida, sólidas, líquidas ou gasosas, na muitas águas; e o povo ia e se batizava”. Percebe-se a sua preferência por muita água,
Terra, acima da terra ou abaixo da superfície, foram criadas por Deus. Podemos para a realização dos batismos. Submetendo-se ao batismo, Jesus deu o exemplo aos
afirmar que Deus usou os seus próprios recursos, para tudo criar. crentes. Orientou os seus discípulos na administração do mesmo e não se opôs a João
Batista, que batizava em local de grande quantidade de água.
Se alguém, usando os seus próprios recursos, material, tempo e energia, produz algo,
ele será o proprietário do que foi produzido. Assim acontece com Deus. Como o criador
do universo todo, é ele o legítimo dono de todas as coisas (SaImos 19.1-6; 24.1,2).
SUA ORDENANÇA

Em “Mateus 28.19,20”, temos a seqüência prevista por Jesus: primeiro faz-se o seu
discípulo – aquele que segue o Mestre; a seguir, este discípulo é batizado “em nome
do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. Segue-se a tarefa da igreja de ensinar o
discípulo batizado a guardar todas as coisas que Jesus ordenou. Discipulado, batismo
e aprendizado cristão. Não se trata, pois de uma criação ou de uma opção humana; é
uma ordenança de Jesus. Ao seu discípulo, cabe obedecer.

NUM EXEMPLO BÍBLICO

No livro de Atos, que narra os primórdios do cristianismo, encontramos um exemplo


bíblico de alguém que buscou a verdade e, ao se declarar discípulo de Jesus, procura
ser batizado e é atendido (Atos 8.26-40). Um dos seguidores de Jesus, Filipe, que

57 50
guiado pelo Espírito Santo, encontra um viajante etíope, que ocupava alto cargo no TODAS AS VEZES
governo da rainha do seu país. Era religioso e, regressando de Jerusalém, lia parte do
Antigo Testamento. O Espírito Santo dirige Filipe para que, iniciando um diálogo, possa Jesus não falou sobre a freqüência da celebração. Aparentemente os cristãos
explicar o texto bíblico que fala de Jesus. A explicação, ainda que narrada em poucas tomavam-na por ocasião dos cultos. Há igrejas que a celebram dominicalmente. Outras
palavras do texto bíblico, provavelmente levou bastante tempo, pois demonstrou ser o fazem mensalmente, o que parece ser mais comum. Ainda outras igrejas celebram-
completa. Completa ao ponto de o etíope, ao chegarem a um lugar onde havia água, na a cada dois meses. “Todas as vezes”, desde que não se torne mera rotina e não tão
indagar se há impedimento de ser batizado. A condição que Filipe impõe é a da crença espaçado que facilite o esquecimento do memorial.
em Jesus Cristo. Diante da afirmação positiva, realiza-se o batismo. Parado o carro,
Ministra-se esta ordenança e dela se toma parte, com toda a sobriedade e reverência
“desceram ambos à água” e o etíope foi batizado por Filipe. Realizado o batismo,
de uma ordenança do senhor Jesus Cristo. Devem ser momentos de profunda reflexão
ambos “saíram da água”. Convém notar que a água que um viajante de longo percurso
e de gratidão a Deus.
provavelmente levava no carro não era suficiente. Suficientes foram a profissão de fé e
a quantidade de água em que ambos entraram para o batismo.

CONCLUSÃO
NA SUA FORMA E NO SEU SIGNIFICADO
Não se sentindo o crente, ocasionalmente, em condições espirituais de participar da
Ceia do Senhor, será compreensível, ainda que lamentável. Tornando-se tal atitude
Recordando o que vimos nas passagens estudadas, percebemos que João Batista
sistemática, estará tal pessoa em condições de ser crente? Não será o caso de se
batizava no rio Jordão; que Jesus, após seu batismo, “saiu logo da água”. Logo fora
humilhar na presença de Deus, derramar o seu coração e alcançar a paz interior?
nela batizado. João batizava em Enom, “porque havia ali muitas águas”. Filipe e o
etíope utilizaram maior volume de água, à beira da estrada, “desceram ambos à água”
e após o batismo, “saíram da água”.

O apóstolo Paulo, ao escrever aos romanos (Romanos 6.1-11), interpreta o significado


do batismo usando as expressões: batizados, sepultados, unidos a Ele na semelhança
da Sua morte. O sepultamento daquela época, e mesmo hoje, consiste em cobrir o
morto completamente. A palavra batizar, transliterada do original baptizo, geralmente
significa mergulhar. Logo, batizados, sepultados, unidos a Ele na semelhança da Sua
morte e mergulhar, mais as narrativas bíblicas estudadas, indicam equivocadamente a
forma do batismo como imersão completa do novo discípulo de Jesus. O próprio Jesus
a ele se submeteu.

Pela leitura do Livro de Romanos, no Capítulo 6, podemos afirmar que, pelo batismo, o
discípulo de Jesus testemunha visivelmente que:

51 56
SEU SIGNIFICADO
Cristo morreu, foi sepultado, ressuscitou e vive. Temos um Salvador vivo.
Não se trata de um sacramento ou de uma transubstanciação, o que seria uma
Pela conversão, o crente morreu para o domínio do pecado, para ressuscitar
repetição do sacrifício de Cristo (João 19.30; Hebreus 7.26-28). Também não traz ao
em novidade de vida, para Cristo.
participante outra bênção, a não ser a da consciência de estar cumprindo uma
O corpo físico passará pela morte, assim como Cristo ressuscitou, também o
ordenança deixada por Jesus. É memorial de Jesus Cristo para os seus discípulos
crente ressuscitará num corpo transformado.
confessos. Toma-se com profunda reverência e exame interior, proclamando-se o
passado (sua morte) e anunciando o futuro (até que venha).
O batismo do novo discípulo é uma pregação sem palavras.
Em “1 Coríntios 10.14-22 e 11.17-34”, o apóstolo Paulo faz recomendações e adverte
contra o uso indevido da Ceia do Senhor. O crente que dela participa não pode servir a
outro culto. A ocasião de tomá-la não se presta pra matar a fome física ou para se
embebedar. A Páscoa, da qual Jesus participou, tem significado para o judeu. A Ceia
do Senhor, que ele próprio instituiu, tem significado para o crente confesso.
CONCLUSÃO

O batismo a ninguém salva, tampouco a salvação dele depende. O salteador (ladrão)


SUAS VARIAÇÕES
na cruz não teve tempo de ser batizado, mas foi salvo (Lucas 23.39-43). Se algum não
salvo for mergulhado, continuará sendo pecador perdido. O batismo é o testemunho do
Ao ser instituído, o pão era sem fermento e o vinho num cálice comum. Hoje se usa
salvo. É o primeiro ato de obediência que Jesus pede ao seu discípulo, após o seu
pães diversos e, por medida de higiene, cálices individuais. Estes, para evitar a
arrependimento (Atos 2.38). Cabe ao discípulo seguir a ordem e o exemplo do Mestre.
embriaguez, podem conter suco de uva, em lugar do vinho. Temos ouvido falar de
crentes, em lugares remotos, que usaram como pão aquele que lhes serviria de
alimento e, em lugar do vinho, inexistente, suco de frutas semelhantes. Todavia, não
convém se afastar muitos dos elementos originais, para que o simbolismo não perca a
intensidade do seu significado.

55 52
A CEIA DO SENHOR SUA INSTITUIÇÃO

Como judeu, por descendência de encarnação, Jesus não se descuidou de participar


“Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice estareis das festas do seu povo. Antes da sua crucificação, desejou celebrar, juntamente com
anunciando a morte do Senhor, até que Ele venha” (1 Coríntios 11.26) seus discípulos, a Páscoa. Quatro passagens bíblicas narram o acontecimento, que
culmina com a instituição da ceia do Senhor (Mateus 26.17-30; Marcos 14.12-26;
Lucas 22.7-23 e 2 Coríntios 11.23-30) Jesus ordenou aos discípulos que
INTRODUÇÃO preparassem o local da celebração, participou dela, proferiu ensinamentos preciosos
e instituiu a Ceia do Senhor. Aparentemente, acompanhando o relato bíblico, Judas,
Das duas ordenanças deixadas por Jesus, a Ceia do Senhor é a segunda, para todos que haveria de traí lo, participou da Páscoa, como judeu que era, mas, por advertência
os seus discípulos integrados na igreja. O batismo simboliza a transformação havida, de Jesus, não esteve presente na instituição da Ceia. Podia comemorar a libertação do
por meio de Cristo, na vida do novo seguidor; a Ceia relembra e proclama o que Cristo povo judeu da opressão estrangeira; não estava em condições de comemorar a
fez, “até que Ele venha”. libertação do salvo da opressão do pecado. Judeu, ele o era; crente, não!
O próprio Jesus instituiu a ceia do Senhor, dela participou e deu orientação. Para o
crente – discípulo de Jesus Cristo – é um privilégio participar desta ordenança.
SEU MODO DE TOMAR

APÓS A PÁSCOA No decorrer da celebração da Páscoa, Jesus tomou o pão, deu graças (a Deus), e o
partiu, dizendo que simbolizava o seu corpo dado pelos seus discípulos (de então e de
sempre), e o deu para que dele comessem. A seguir o cálice. O vinho, de boa
O povo escolhido de Deus – Israel – ao sair da escravidão, teve, instituído por Deus, o
qualidade, foi dado aos discípulos, dizendo que representava o novo testamento, o
memorial da Páscoa, para relembrar a libertação outorgada por Deus (Êxodo 12.1-28).
novo pacto, a nova aliança no sangue de Jesus Cristo. A celebração deveria ser feita
Deus levantou um homem – Moisés – preparou-o para a tarefa e o enviou para
em memória de Jesus, anunciando a sua morte redentora, até a sua volta. Segundo o
negociar e conduzir o povo na sua libertação. O governante opressor não cedeu diante
evangelista Marcos, cantaram um hino e saíram para o Getsêmane, onde Jesus oraria
dos pedidos e dos sinais perante ele feitos. Vieram as dez pregas, e ao final delas, é
intensamente e seria traído e preso. A Ceia do Senhor é memorial para os crentes
instituída a Páscoa, que comemoraria a libertação do povo, do jugo estrangeiro. Um
confessos. Nada significa para o incrédulo.
cordeiro ou cabrito, sem defeito, é assado ao fogo, para cada família ou famílias
vizinhas, são servidos pães sem fermento, com ervas amargas. O sangue do cordeiro,
aspergido no batente da porta, seria o sinal para que a última praga, a da morte dos
primogênitos, passasse ao largo daquela casa. Então se daria o êxodo do povo. A
Páscoa tornou-se comemoração obrigatória anual, para o povo de Israel. Passou a
fazer parte das festas fixas, ainda que, em algumas ocasiões, tenha sido
negligenciada.

53 54
O céu e as suas belezas são descritas na Bíblia, com grande ênfase (Apocalipse 21 MORDOMIA DO CORPO E DO SUSTENTO
e 22). Usando ilustrações humanas, o inferno e suas tribulações são pintados em
cores horripilantes, mas reais, nos ensinos de Jesus (Mateus 13. 36 43). O joio — os Quando Deus criou o homem, fez o seu corpo da composição da terra "e soprou-lhe
pecadores não arrependidos e condenados — será lançado "na fornalha de fogo; ali nas narinas o fôlego da vida" (Gênesis 2.7). Enquanto o ser humano vive aqui na
haverá choro e ranger de dentes". Em “Marcos 9.43 48”, Jesus fala do inferno como Terra, o seu espírito habita no corpo. Ao vir a morte, o espírito liberta-se do corpo
lugar de eterno suplício. Lá, em contraste com o céu, haverá tristeza, escuridão e regressa a eternidade, enquanto que o corpo volta ao pó da terra (Eclesiastes 12.7).
sofrimento eterno, ausência de Deus, estado consciente de tormento e a companhia do
Na carta de Paulo aos “Romanos 12.1.2”, está o desafio à entrega do próprio corpo
Diabo e dos seus anjos. É a morte eterna, a separação eterna de Deus (Mateus 8.12;
"como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus", como "culto racional" ou
25.41-46; Apocalipse 21.8; Lucas 16.23-31; 2 Tessalonicenses 1.6-10). É a
inteligente. E para não amoldá-lo aos padrões do mundo. Em “1 Coríntios 6.18-20”,
segunda morte — a separação eterna de Deus.
há forte advertência contra a impureza moral do corpo. O corpo do cristão é santuário
do Espírito Santo, que nele habita. Pertence a Deus. Ao remido, cabe glorificá-lo,
também no seu corpo. A devassidão, a embriaguez, os vícios, os tóxicos, as drogas e
CONCLUSÃO
os hábitos prejudiciais ao corpo são faltas contra o templo do Espírito Santo. Somos
responsáveis pela mordomia deste templo. O corpo do cristão, dentro do possível,
Em “Apocalipse 22.12-21”, o Senhor Jesus Cristo, por meio da revelação, promete:
deve ser saudável, limpo, bem cuidado e de boa aparência. Digno de ser habitado pelo
"Eis que cedo venha" E o coração crente do salvo, aguardando ansiosamente a
Espírito Santo.
renovação plena da criação de Deus, exclama: "Amém. Vem, Senhor Jesus!"
Na oração Pai Nosso já estudada anteriormente, Jesus ensinou a orar também pelo
"Estar com Jesus Cristo aqui na terra é a garantia de estar com ele na eternidade."
sustento diário: "o pão nosso de cada dia nos dá hoje" (Mateus 6.11). O nosso
sustento vem de Deus. Ele nos dá forças e condições para ganharmos o pão de cada
dia. Também é ele quem abençoa as plantações e o seu cultivo, para que haja boa
colheita e alimentação. É justo, pois que não somente oremos pedindo, mas que
também, à mesa, agradeçamos o alimento.

A Palavra de Deus recomenda o trabalho honesto, em prol do sustento (1


Tessalonicenses 4.11-12). E adverte que "se alguém não quer trabalhar, também não
coma" (2 Tessalonicenses 3.10-12). Quem, sendo crente, trabalha sossegada e
dignamente, não precisa ficar ansioso acerca de sua vida e do seu corpo (Mateus
6.25-34). Deus ha cuidar dele, mais do que das belas flores do campo ou das aves do
céu.

71 60
MORDOMIA DOS BENS E DOS DÍZIMOS Com a ressurreição dos mortos, num corpo transformado, e a transformação dos vivos,
estarão vencidos a morte e o pecado (1 Coríntios 15.53-57). Será a vitória final dos
Deus também concede os bens materiais, ainda que não igualmente. Nos ensinos de salvos, por meio de Jesus Cristo (1 Coríntios 15.20-22).
Jesus fala-se de ricos e de pobres. Em “Provérbios 30.7-9”, encontra-se um pedido
Também os que morreram sem Cristo serão ressuscitados (João 5.28,29; Atos 24.15).
admirável: nem a riqueza excessiva, nem a pobreza. Todavia, há pessoas que em sua
riqueza são uma bênção para o reino de Deus. Assim como há pessoas que na sua
escassez vivem satisfeitas e agradecidas a Deus. O JUÍZO FINAL
A Bíblia narra a parábola de Jesus sobre o apego à riqueza (Lucas 12.15-21). Um
homem insensato tornara-se rico e o seu coração se apegou à riqueza. Todos os seus Mesmo os crentes, já justificados pela fé, comparecerão diante do tribunal de Cristo,
planos eram avarentos e egoístas. Mas não era "rico para com Deus". Muitos cristãos para serem julgados segundo as suas obras (2 Coríntios 5.10). E serão separados,
adotam o princípio de dar a décima parte de todos os seus rendimentos para a obra de conforme as suas obras, evidência da sua fé, como ovelhas dos bodes (Mateus 25.31-
Deus. Deve ser uma decisão espontânea e voluntária. No Antigo Testamento, era lei 46).
severa. O profeta Malaquias (Malaquias 3.7-12) fala de pessoas amaldiçoadas que
A memória e a onisciência de Deus são comparadas a "livros" (Apocalipse 20. 11-15).
roubam a Deus, não lhe dando o dízimo.
Todos os mortos, "grandes e pequenos", estarão "em pé, diante do trono". Abrem-se
Também fala das bênçãos de Deus para os que são fiéis. Em “Deuteronômio 26.12- "os livros" a memória divina, qual computador dos mais aperfeiçoados, onde estão
15”, encontra-se a única oração que só pode ser feita por quem não reteve para si registradas as obras de cada um. Momento tremendo! Não fora o "outro livro, que é o
mesmo o que é de Deus. No Novo Testamento o dízimo não é muito mencionado. da vida", e estaríamos todos condenados. O "livro da vida" se sobrepõe aos "livros"
Jesus o mencionou apenas uma vez (Mateus 23.23). Repreendeu os escribas e os das obras de cada um. O registro dos "livros", certamente a todos condenaria; "o livro
fariseus, chamando-os de hipócritas, mesmo sendo dizimistas fiéis, até das menores da vida", para aqueles que nele estão inscritos, pela fé salvadora no sacrifício
hortaliças. Mas não praticavam a justiça, a misericórdia e a fé. Com o dízimo a pessoa remidor de Jesus Cristo, absolve os acusados (Romanos 8.33,34).
não pode compensar a falta de justiça, de misericórdia e de fé. Mas Jesus não renega
Triste a sorte daquele cujo nome "não foi achado no livro da vida" — será "lançado no
o dízimo. Ele afirma: “estas coisas, porém, devíeis fazer” – a justiça, a misericórdia e a
lago de fogo".
fé, “sem omitir aquelas” – dar o dízimo, mesmo dos menores rendimentos.

Em “Marcos 12.41-44”, encontramos narrado um acontecimento fascinante da vida de


Jesus aqui na Terra: ele se assenta no templo, defronte do cofre das ofertas, e observa REDENÇÃO CÓSMICA E RECOMPENSA FINAL
como as pessoas lançavam o dinheiro no cofre, como as pessoas davam as ofertas.
Chega mesmo a avaliar as quantias! “A sua atenção não é absorvida pelas grandes Pela crença em Cristo Jesus, acontece uma renovação interior, uma renovação
ofertas dos ricos, pois eles davam “daquilo que lhes sobrava” e sim pela pequena espiritual. Pela ressurreição dos mortos, acontecerá uma renovação do corpo. Mas há
oferta de uma viúva pobre, pois ela deu tudo o que tinha, mesmo todo o seu sustento”! necessidade também de uma renovação da criação (Romanos 8.19-23). O pecado
Deus sabe o quanto e de quanto nós dedicamos à sua obra. contaminou a parte espiritual do homem, o seu corpo e toda a criação. Há necessidade
de uma renovação cósmica. Há necessidade de "um novo céu e uma nova terra"
O segredo encontra-se em “2 Coríntios 8.1-5”. As igreja da Macedônia contavam
(Apocalipse 21.1-5). Tudo será feito novo. Desaparecerão as marcas do pecado.
com um povo duramente provado e pobre. Todavia deram voluntariamente,
acima de sua posses, participando do privilégio cristão. Por quê? Porque Não se alterará o estado de salvação ou de condenação de ninguém. Serão
“primeiramente a si mesmos se deram ao Senhor...”. Aqui está o segredo da mordomia proclamadas as obras
cristã dos bens: antes de mais nada, dar-se a si mesmo a Deus. “Porque onde estiver
de cada um e, para os salvos, inscritos no livro da vida, a graça salvadora de Cristo
o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mateus 6.21).
Jesus prevalecerá. Será a consumação da vida eterna.

61 70
o céu, ou para o inferno, conforme a sua atitude ainda em vida na terra para com Deus,
para com Jesus Cristo e para com a Palavra de Deus. Tal estado é eterno e imutável.
CONCLUSÃO

A mordomia cristã inclui ainda a dívida do conhecimento do evangelho (Romanos


A SEGUNDA VINDA DE CRISTO
1.14-17). Assim como alguém nos pregou, temos a responsabilidade de pregá-lo a
outros. Somos mordomos cristãos devedores.
Ao ascender aos céus, Jesus, por meio de seus mensageiros, deixou a promessa de
que voltaria, assim como fora visto ascender aos céus (Atos 1 .9-11). Esta volta de A recomendação do texto inicial deste capítulo é clara. O rei Ezequias está doente, à
Jesus à terra é também denominada de sua segunda vinda, pois a primeira se deu por morte. O profeta é enviado para adverti-lo a pôr a sua casa em ordem, antes de
ocasião de sua encarnação. morrer. Diante de sua fervorosa oração, Deus aumenta o tempo de sua vida em quinze
anos. Infelizmente, não mais foram anos abençoados (2 Reis 20). Tornou-se vaidoso
As Escrituras Sagradas — a Bíblia — ensinam-nos que esta segunda vinda dar-se-á
com os seus tesouros e ouviu o profeta anunciar o castigo de Deus. Não teria sido
nas nuvens, com poder e glória (Mateus 24.30; Lucas 21 27). Muitas têm sido as
mais abençoado pôr a casa em ordem, no tempo próprio, sem o acréscimo dos quinze
conjecturas sobre a segunda vinda de Jesus. Pessoas chegam mesmo a incorrer no
anos? De qualquer modo, a advertência divina é para pôr a casa em ordem. Que
erro de marcar datas, esquecendo-se de que permanece desconhecida aos seres
sejamos bons mordomos!
humanos (Mateus 24.36).

Não cabe aos seres humanos, especular sobre a ocasião precisa da segunda vinda de
Cristo. Em “Mateus 24” e “Lucas 21” Jesus predisse os sinais de sua volta à terra.
Alguns já se cumpriram, outros estão se cumprindo e ainda outros estão por se
cumprir. A recomendação bíblica, do próprio Jesus, é a mais prudente (Mateus 24.42-
44), a da vigilância constante, sem especulações, para que quando acontecer,
inesperadamente, estejamos preparados para recebê-lo.

A RESSURREIÇÃO DOS MORTOS

Juntamente com a segunda vinda de Jesus acontecerá a ressurreição de todos os


mortos. Que espetáculo impressionante! O apóstolo Paulo aborda o tema em “1
Coríntios 15”, com clareza e profundidade A sucessão dos eventos é clara. Jesus
volta nas nuvens e os mortos ressuscitam primeiro (1 Coríntios 15.50- 52;

1 Tessalonicenses 4.16), num corpo transformado, semelhante ao de Jesus após a


ressurreição (1 Coríntios 15.35-49). Então, os que estiverem vivos também terão o
seu corpo transformado (1 Coríntios 15.52-54: 1 Tessalonicenses 4.17). O corpo
da ressurreição não será físico, mas espiritual, como o de Cristo, após a sua
ressurreição: livre das limitações físicas e materiais.

69 62
A TRINDADE experiência única na existência humana. Não se repete. No Antigo Testamento,
somente Enoque e o profeta Elias não a experimentaram. No Novo Testamento,
Lázaro e os que foram ressuscitados por Jesus, e por ocasião da sua morte na cruz, a
"A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo experimentaram duas vezes (João 11.37-44; Mateus 28.50-53). E tal aconteceu como
sejam com todos vós" (2 Coríntios 13.13). resultado de uma intervenção divina excepcional. Além do que, para todos nós, é uma
experiência única.

Na morte física, o espírito, que é a parte principal do ser humano, deixa a sua
INTRODUÇÃO
habitação temporária aqui na terra — o corpo — e vai para a eternidade. O corpo físico
é necessário e útil enquanto vivemos na terra; após a morte, torna-se desnecessário.
Não é fácil o assunto deste capítulo, pois diz respeito ao próprio Deus — o Ser infinito
e espiritual que as mentes humanas finitas não podem aprender completamente. Mas
sendo ele o nosso Criador, tendo- nos criado à sua imagem e semelhança e tendo-se
O ESTADO IMEDIATO
revelado em Jesus Cristo e na Palavra de Deus, buscamos conhecê-lo melhor, à luz da
Bíblia. Entendemos a Trindade como as três pessoas nas quais Deus se revela a nós
Parece ser esta uma das preocupações principais do ser humano: o que acontece
que são unidas num só propósito e na essência.
imediatamente após a morte. Haverá um período de sono da alma, na qual a
hibernação espiritual? Acontecera um completo aniquilamento, cessando a existência?
Ou haverá um purgatório para purgar o que ainda não satisfaz as exigências eternas.
DEUS PAI – O CRIADOR E SUSTENTADOR
Quanto a uma possível reencarnação, já vimos no parágrafo anterior, referente à
morte, que tal teoria é frontalmente contra os princípios da bíblia.
Ao lermos os primeiros capítulos da Bíblia, que narram o começo das coisas criadas,
notamos que Deus já existe no princípio, e mesmo antes do princípio. Ele é eterno Dentre muitas passagens bíblicas, consideraremos duas: “Lucas 16.19-31: 23.39-43”.
(Salmos 90.2), não tem princípio nem fim. Como tal, é o Criador do céu e da terra, do A primeira é a parábola de Jesus acerca do rico e de Lázaro, indicando o estado
universo, dos seres vivos e do próprio tempo (Gênesis 1 e 2). Não somente é o criador consciente, imediato e imutável após a morte. O pobre Lázaro, não somente por ser
de tudo, como também o sustentador das coisas criadas. É o Senhor e o Juiz da pobre, imediatamente após a morte, é levado pêlos anjos ao seio de Abraão. Para os
História. A História começou a partir do seu ato criativo e terminará no juízo final. hebreus, Abraão é servo de Deus e está com Deus. Estar no seu seio, no seu
aconchego, significa estar com Deus. O rico. não somente por ser rico, vai ao
A Bíblia ainda nos ensina que é um Deus:
hades, onde, pêlos sofrimentos descritos, está no inferno. Não há condição de troca
de situações: são eternas.

Onipresente — está em todos os lugares, no tempo e no espaço; Também não há possibilidade de retornar à terra, mesmo que seja para alertar os
Onisciente — conhece todas as coisas; vivos: "Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos". Era a Bíblia daquele tempo — a
Onipotente — pode todas as coisas (SaImos 139). Palavra de Deus, única advertência necessária. A Palavra de Deus proíbe a invocação
dos mortos e afirma que ela própria é suficiente no que concerne após a morte.

Na segunda passagem, um dos companheiros da crucificação de Jesus pede-lhe, com


DEUS FILHO — O SALVADOR E SENHOR
fé: "Lembra-te de mim. quando entrares no teu reino." E a resposta pronta e categórica
de Jesus é: "Hoje estarás comigo no paraíso".
Eterno como o Pai, profetizado pelos profetas do Antigo Testamento, revelou-se como
o Verbo encarnado, ao vir a este mundo na forma de Deus Homem (João 1.1-18). Sua Pelas passagens mencionadas e pelo ensino bíblico, concluímos que, imediatamente
missão foi a de vir "buscar e salvar o que se havia perdido" (Lucas 19.10). Como já após a morte, em estado consciente e de identidade pessoal, o ser humano vai ou para

63 68
OS ACONTECIMENTOS FINAIS anteriormente estudado, morreu vicariamente, para expiar os nossos pecados.
Ressurreto, ascendeu aos céus, onde está, à direita de Deus (Atos 7.56; Hebreus
10.11-13), preparando-nos um lugar (João 14.1-6). Voltará como Juiz e Senhor,
“Declarou-lhes Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que confessado por todas as línguas (Filipenses 2.5-11). "E, quando todas as coisas lhe
morra, viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim, jamais morrerá. Crês isto?” (João estiverem sujeitas, então também o próprio Filho se sujeitará àquele que todas as
11.25,26) coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos" (1 Coríntios 15.28).

INTRODUÇÃO DEUS ESPÍRITO SANTO — O AJUDADOR E GUIA

E após esta vida, o que será? Eis a preocupação geral das pessoas. E com razão. Ainda que presente em todo o Antigo Testamento, especialmente nas profecias e
Cada um de nós deve estar preocupado com o que sucederá após a morte. inspirando a revelação de Deus, o Espírito Santo manifesta-se poderosamente no
ministério de Jesus e após a sua ascensão. É o substituto de Jesus na proclamação do
Dizemos que são acontecimentos finais, para nós. Dentro do plano da eternidade, são
evangelho, em habitar no crente e em guiar a obra do reino de Deus (João 14.15-
apenas uma introdução, pois a eternidade sempre existiu. A História presente é apenas
18,25,26; 16.5-15; Atos 13.1-4, 16.6-10). No dia de Pentecostes, cumprindo a
um pequeno ponto dentro do todo da eternidade. Mas para nós, que vivemos o
profecia, manifestou-se de maneira singular, com sinais exteriores, os quais não foram
presente, são aqueles que finalizam a nossa existência aqui na terra e nos introduzem
o evento principal. O evento principal foi a descida do Espírito Santo, a pregação do
na eternidade. Mais uma vez, vamos buscar a orientação da Palavra de Deus. Não
evangelho, a conversão e agregação de milhares de pessoas. Assim corno no
pretendemos abordar aspectos controvertidos e polêmicos; vamos nos ater tão
nascimento de Jesus, os eventos principais não foram os anjos nas campinas de
somente aos fatos principais.
Belém, nem a estrela no Oriente, e, sim, a encarnação de Jesus, para a nossa
salvação (Atos 2). Os eventos principais são permanentes; os secundários foram
ocasionais. Estes serviram para apontar aqueles.
A MORTE

O Novo Testamento fala de três aspectos da morte:

O físico (Hebreus 9.27, 28), que separa a alma do corpo;

O espiritual (Romanos 6.23; Efésios 2.1,4-7), que separa a criatura de Deus;

O eterno, também denominado de segunda morte (Apocalipse 20.14,15; 21.8), que


separa o homem de Deus na eternidade.

Nos seus três aspectos, a morte é consequência do pecado (Romanos 5,12).


“Preocupar-nos-emos com o aspecto físico, pois é experiência comum a todos os seres
humanos” (Hebreus 9.27,28). O sacrifício único e suficiente de Cristo é comparado à
experiência única da morte física humana: "como aos homens está ordenado morrerem
uma só vez...". Após o que vem o juízo, o juízo de Deus. A morte física é uma

67 64
UMA UNIDADE
Quando o pecador se arrepende e crê, o Espírito Santo nele toma habitação (João
Jesus ensinou claramente a sua unidade com o Pai (João 10.30; 14.8-11) e, ao falar
14.16,17: 1 Coríntios 6.19, 2 Coríntios 1.21,22). Pode ser entristecido (Efésios 4.30)
do Espírito Santo, o chamou de “outro ajudador” (João 14.16,17), ou seja, outro da
e abafado (1 Tessalonicenses 5.19), assim como pode encher o crente (Efésios
mesma espécie, outro da mesma essência. O Pai é Deus; o Filho é Deus; o Espírito
5.18). É o selo — o penhor da nossa salvação (Efésios 1.13,14; 4.30). É o nosso
Santo é Deus. E Deus é Pai, Filho e Espírito Santo. A Trindade, sem qualquer um dos
ajudador e intercessor (Romanos 8.26,27). Produz "o fruto do Espírito" — no singular,
três, estaria incompleta. Não há Deus sem a Trindade e não há Trindade sem Deus.
com os seus diferentes gomos, suas manifestações (Gálatas 5.22-25). Na igreja,
produz os dons espirituais (1 Coríntios 12.1-11,31). O Pai está ligado ao Filho e ao Espírito Santo; o Filho está ligado ao Pai e ao Espírito
Santo; o Espírito Santo está ligado ao Filho e ao Pai. Não há superioridade hierárquica:
eles se equivalem. A Trindade é composta dos três: eles se completam.
MANIFESTAÇÃO TRÍPLICE

No evento bíblico de “Mateus 3.13-17”, Deus se manifestou nas três pessoas: Jesus NA EXPERIÊNCIA CRISTÃ
(Deus Filho), saindo da água; o Espírito de Deus (Espírito Santo), descendo como
pomba sobre Jesus; e uma voz dos céus (Deus Pai), testificando de seu amado Filho. Ao nascermos, tal já acontece pela atuação de Deus: seu ato criativo no Éden e sua
seleção no ato da geração. Ao sermos salvos, o somos por Jesus Cristo, pela
Ainda que as três pessoas da Trindade sejam inseparáveis, percebemos que, na
persuasão do Espírito Santo, que passa a habitar em nós. O cristão tem o privilégio de
economia divina, Deus, através dos tempos, se revela particularmente numa delas.
experimentar a ação completa da Trindade divina em sua vida — a ação de Deus.
Assim, a atuação de Deus Pai é ressaltada no Antigo Testamento, desde a criação; a
atuação de Deus Filho, nos Evangelhos, desde o nascimento até a ascensão de Jesus;
a atuação do Espírito Santo, desde o Pentecostes até a volta de Cristo, isto é, a era
presente. E como já vimos em “1 Coríntios 15.24-28”, tudo ficará sujeito ao Filho,
CONCLUSÃO
que, por sua vez, se sujeitará ao Pai.
A bênção denominada apostólica, em sua simplicidade bíblica e sem acréscimos
humanos, deseja que “a graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a
comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós” (2 Coríntios 13.13). E nós somente
podemos acrescentar: amém! "A Trindade só se conhece pela experiência pessoal do
crente com Deus”.

65 66
IGREJAS

EVANGÉLICAS

72
73
PRIVILÉGIOS DO MEMBRO DA IGREJA O QUE É UMA IGREJA EVANGÉLICA

Não ser mais servo do pecado. Rm. 6. 6b.


1. É uma congregação local composta de pessoas regeneradas e batizadas,
Fazer parte do corpo Esp. de Cristo, A IGREJA. Jo. 6. 52-57. que, voluntariamente, se reúnem sob as leis de Cristo, e procuram estender o
Sentir a prova do perdão e da comunhão com Deus. Rm. 5. 8,9. Reino de Deus não só em suas vidas, mas nas de outros.
Viver perto e ter paz com Deus. Ef. 2. 11-13. Col. 1. 20,23 2. Cristo é o cabeça e seu único chefe supremo.
3. Em matéria de fé e prática, a igreja se subordina, unicamente às Sagradas
Escrituras.
DEVERES E RESPONSABILIDADES DO MEMBRO 4. Uma igreja é absolutamente livre e independente, não se sujeita
hierarquicamente, ou de qualquer outra forma, a nenhuma organização
Crer. Mc. 16. 16. Hb. 11. 6. Tg. 2. 14,17. denominacional.
5. Uma igreja Evangélica é completamente competente para dirigir seus próprios
Arrepender-se. Mt. 3. 11. Lc. 3. 7,8.
atos e ações de acordo com os ensinos de Cristo.
Andar em nova vida. Rm. 6. 4c, 12-14. I Cor. 11. 27-31. 6. O governo da igreja é democrático. Cabe à congregação julgar os seus
Ter e estar aprendendo pela Palavra. Mt. 28. 19,20. próprios atos.
Ser um mantenedor da Obra de Cristo. 7. A igreja é essencialmente separada do Estado, em virtude de seu caráter e de
suas funções espirituais.
8. Todos os membros possuem direitos e privilégios iguais.
ACERCA DOS DÍZIMOS E OFERTAS
9. Cada cristão tem completa liberdade de consciência.
10. Uma igreja Evangélica não possui sacramentos, mas aceita o batismo e a
A prática do dízimo, anterior a Lei de Moisés. Gn. 14. 20; 28. 22. ceia como ordenanças.
A ordenança do dízimo, dada aos judeus. Lv. 27. 30-32. 11. O pastor e os diáconos, como oficiais bíblicos, não têm autoridade sobre a
A significação espiritual do dízimo, honrar a Deus. Pv. 3. 9,10. igreja, a não ser aquela da sua vida moral ilibada (vida moral compatível com
O lugar onde levar o dízimo, à Casa do Tesouro. Ml. 3.10. os princípios do evangelho). Eles são despenseiros, servos da própria igreja.

A aprovação do dízimo por Cristo. Mt. 23. 23. Lc. 18. 11,12.
O sentimento que deve possuir o que dizima. I Cr. 29. 14. II Co. 9.7.
A última referência bíblica ao dízimo. Hb. 7. 1-10.

81 74
PACTO DAS IGREJAS EVANGÉLICAS A ORIGEM DO BATISMO.

No A.T. como purificação. Ex.29.4 – 40.12


Tendo sido levados pelo Espírito de Deus a aceitar o Senhor Jesus Cristo como nosso
único e suficiente Salvador, e tendo sido batizados, sob profissão de fé, em nome do No N.T. Ministrado por João Batista. Mt. 3.5,6
Pai, do Filho e do Espírito Santo, decidimos unânimes, como um corpo em Cristo, No N.T. Ministrado para o próprio Jesus. Mt. 3.13
firmar solene e alegremente, na presença de Deus e desta congregação, o seguinte Jesus mesmo realizava batismos. Jo. 3.22; 4.2
Pacto:
Os apóstolos batizavam. At.2.41; 8.12.

Comprometendo-nos a, auxiliados pelo Espírito Santo, andar sempre unidos no amor


cristão; trabalhar para que esta igreja cresça no conhecimento da Palavra, na
A ORDENANÇA DO BATISNO E DA SANTA CEIA.
santidade, no conforto mutuo e na espiritualidade; manter os seus cultos, suas
doutrinas, suas ordenanças e sua disciplina; contribuir liberalmente para o sustento do
ministério, para as despesas da igreja, para o auxílio aos pobres e para a propagação O batismo ordenado por Deus a João. Jo. 1.33 e Jo.1.6
do evangelho em todas as nações. Comprometendo-nos também a manter uma Ordenado por Jesus. Mt. 28.19
devoção particular, a evitar e condenar todos os vícios, a educar religiosamente os
Ordenado pelos apóstolos. At.2.38; 10.48; 1ºCor. 11.23-32
nossos filhos, a procurar a salvação de todo o mundo, a começar de nossos parentes,
Todos os membros devem participar do PÃO E DO CÁLICE. Lc. 22.17,19
amigos e conhecidos; a ser corretos em nossas transações, fiéis em nossos
compromissos e exemplares em nossa conduta; a ser diligentes nos trabalhos Porque não batizamos crianças. Mc. 10.13-16; Lc.2.22 Mc. 16.16
seculares, evitar a detração, a difamação e a ira, sempre e em tudo visando à
expansão do reino do nosso Salvador.

Além disso, comprometemo-nos a ter cuidado uns dos outros; a lembrar-nos uns dos
O SIMBOLISMO DO BATISMO.
outros nas orações; ajudar-nos mutuamente nas enfermidades e necessidades; cultivar
relações francas e a delicadeza no trato; estar prontos a perdoar as ofensas,
buscando, quanto possível, a paz com todos os homens. Morte. Rm. 6.1-3; 5,6b,7,8,11

Finalmente comprometemo-nos a, quando sairmos desta localidade para outra, unir- Sepultamento. Rm. 6.4; Col.2.12
nos a uma outra igreja da mesma fé e ordem, em que possamos observar os princípios Ressurreição. Rm. 6. 4b, 9, 10. Col.3. 1-9.
da Palavra de Deus e o espírito deste Pacto. Novo nascimento. Jo. 3. 3-7.

“O Senhor nos abençoe e proteja para que sejamos fiéis e sinceros até a morte.”

75 80
O QUE A IGREJA DEVE A SEUS MEMBROS

1. Amor – Todos os membros de uma igreja devem se amar mutuamente.


2. Oração – Devem os crentes se aplicar à oração intercessora.
3. Instrução – A igreja foi constituída para ensinar e doutrinar aqueles que dela
fazem parte.
4. Fortalecimento e compreensão – Cada crente está sujeito a falhas. Por
isso, a igreja deve tratar o irmão com brandura e ajudá-lo a fortalecer a
fortalecer-se na fé.
5. Auxílio – Os membros da igreja devem se auxiliar mutuamente nas doenças,
nas dificuldades financeiras, etc.
6. Laços de Fraternidade – A igreja deve se preocupar em manter e
desenvolver os laços de unidade entre seus membros (Romanos 12.18;
14.19; Efésios 4.3; 1 Tessalonicenses 5.13).

O QUE O MEMBRO DEVE À SUA IGREJA

Entre as responsabilidades e deveres do crente para com a sua igreja, destacamos os


seguintes:

1. Lealdade – O membro de igreja deve ser leal à igreja a que pertence, não
deixando de cooperar com seus trabalhos.
2. Generosidade – O crente deve ser um contribuinte generoso, indo além do
dízimo.
3. Serviço – O membro da igreja deve ser laborioso e infatigável, pois deve
estar empenhado na realização do maior e melhor serviço deste mundo.
4. Amor – Eis a chave do sucesso da vida do crente e da igreja. Impulsionado
pelo legítimo amor, o crente ajudará a compor uma igreja poderosa.
5. Oração – O crente deve manter uma vida de oração em favor da igreja, dos
perdidos, dos enviados e de si próprio.

79 76
Referências

Complementares

77 78

Você também pode gostar