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BATISMO
A INSTITUIÇÃO DO BATISMO CRISTÃO
A igreja é a organização instituída por Deus para arrebanhar o seu povo. E o Batismo é a
porta de entrada na igreja.
“O batismo é um sacramento do Novo Testamento, instituído por Jesus Cristo, não só
para solenemente admitir na igreja a pessoa batizada, mas também para servir‐lhe de sinal
e selo do pacto da graça, de sua união com Cristo, da regeneração, da remissão de
pecados e também da sua consagração a Deus por Jesus Cristo a fim de andar em
novidade de vida”.
O QUE É UM SACRAMENTO? Sacramento é uma ordenança sagrada, instituída por Jesus
Cristo, para simbolizar, selar e aplicar ao crente os benefícios da salvação. Jesus instituiu
dois sacramentos: o Batismo e a Santa Ceia.
A Igreja Católica possui sete sacramentos: Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência,
Unção dos enfermos, Ordem sacerdotal e Matrimônio.
O SIGNIFICADO DO BATISMO ‐ O batismo foi instituído por Jesus Cristo após a sua
ressurreição. Ele ordenou aos discípulos: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as
nações, batizando‐os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” ﴾Mt. 28:19﴿. “Quem
crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” ﴾Mc.16:16﴿.
Alguns elementos dos textos de Mt 28.19,20 e Mc 16.15,16:
a) Os discípulos deveriam ir por todo o mundo e pregar o Evangelho a todas as nações, a
fim de levar as pessoas ao arrependimento e ao reconhecimento de Jesus como o Salvador
prometido;
b) Os que aceitavam a Cristo pela fé deveriam ser batizados em nome do Deus trino, como
sinal e selo do fato de que tinham entrado numa nova relação com Deus e, nesta qualidade
estavam obrigados a viver de acordo com as leis do reino de Deus;
c) Deveriam ser colocados sob o ministério da Palavra, como exposição dos mistérios,
privilégios e deveres da nova aliança.
Jesus os encorajou acrescentando as palavras: “E (Eu, que estou revestido de
autoridade para dar esta ordem) eis que estou convosco todos os dias até a consumação
do século”.
O batismo corresponde à circuncisão praticada na antiga aliança. A circuncisão foi instituída
como sinal e selo do pacto estabelecido com Abraão (Gn.17.9‐14; Rm.4.11‐13). E o batismo
é o sinal e o selo da nossa aliança, estabelecida por Jesus Cristo. Após ouvir o sermão de
Pedro, no dia de Pentecostes, quase três mil pessoas se sentiram tocadas e lhe
perguntaram:
“Que faremos? ﴾At.2:37﴿. E a resposta foi: “Arrependei‐vos, e cada um de vós seja batizado”
﴾At.2:38﴿. Mas o batismo, por ser um sacramento da nova aliança, é ainda mais rico de
significados do que a circuncisão.

DESDE A REFORMA
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Calvino e a Teologia Reformada partiam da preposição de que o batismo foi instituído


para os crentes, e não produz mas fortalece a nova vida. Se defrontaram com a questão
como as crianças poderiam ser consideradas crentes e sobre como poderiam ser
fortalecidas espiritualmente, visto não poderem exercer fé.
Alguns simplesmente assinalavam que as crianças nascidas de pais crentes são
filhos da aliança e, como tais, herdeiros das promessas de Deus, incluindo-se também a
promessa de regeneração.
Outros foram além dessa posição e afirmavam que os filhos da aliança devem ser
considerados presumivelmente regenerados. Havia ainda alguns que consideravam o
batismo como nada mais que o sinal de uma aliança externa. Os arminianos, anabatistas e
racionalistas entendiam que o batismo não era um selo da graça divina, e considera-lo
como um simples ato da profissão da parte do homem.
a) O batismo significa e sela a nossa união com Cristo ‐ No capítulo 5 da Epístola aos
Romanos, Paulo traça um paralelo entre Adão e Cristo. Ele mostra nossa identificação com
Adão, herança do pecado.
Mas quando recebemos Jesus como nosso Senhor e Salvador, nós nos identificamos com
ele. “Porque, assim como pela desobediência de um só homem muitos se tornaram
pecadores, assim também por meio da obediência de um só muitos se tornaram justos”
﴾Rm.5:19﴿.
Por isso a Bíblia afirma que fomos crucificados ﴾Rm.6:6﴿, morremos ﴾Rm.6:8; Cl.3:3; 2 Tm.
2:11﴿ e ressuscitamos ﴾Ef.2:6;Cl.2:12;3:1﴿ com Cristo. “... um morreu por todos, logo todos
morreram” ﴾2 Co.5:14﴿, afirmou o apóstolo Paulo. E o batismo significa e sela a nossa
união com Cristo.
“Fomos, pois, sepultados com Ele na morte pelo batismo; para que como Cristo ressuscitou
dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.
Porque se fomos unidos com Ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos
também na semelhança da sua ressurreição” ﴾Rm.6:4,5﴿.
b) O batismo significa e sela a nossa participação nas bênçãos do pacto da graça ‐
Antes da fundação do mundo, o Pai e o filho estabeleceram o pacto da redenção. O Filho
“se colocou no lugar do pecador e incumbiu‐se de fazer a expiação do pecado, suportando
o castigo necessário, e de satisfazer as exigências da lei em lugar de todo o seu povo”.
A promessa principal do pacto da graça é que Deus será o nosso Deus e também da
nossa descendência. Esta promessa inclui bênçãos temporais e eternas. Através dela
Deus garante nos conduzir nesta vida e nos receber no céu, após a nossa morte. E o
batismo significa e sela, essas promessas. “De sorte que já não és escravo, porém filho: e,
sendo filho, também herdeiro de Deus”﴾Gl.4:7﴿.
c) O batismo significa e sela a promessa de pertencermos ao Senhor
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva
de Deus” ﴾1Pedro 2:9﴿. E o batismo é o selo da propriedade divina.
d) O batismo é um meio de graça
O MODO PRÓPRIO DO BATISMO (CORRETO)
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A forma do batismo não está claramente definida na Bíblia. Homens piedosos, cultos e fiéis,
examinando a Escritura têm concluído que o modo correto de se ministrar o batismo é a
aspersão. Outros, igualmente piedosos, cultos e fiéis, têm concluído que a forma bíblica é
a imersão. Vamos examinar, a seguir, a interpretação dos imercionistas.
a﴿ Os imercionistas afirmam que a palavra batismo significa imersão; e que o verbo batizar
significa imergir. Logo o batismo deve ser aplicado por imersão. A maneira mais simples de
se testar se duas palavras são sinônimas é substituir uma pela outra.
b) Os imersionistas afirmam também que o fato de João Batista batizar no Rio Jordão
significa que ele batizava por imersão. A expressão Bíblica “João batizava no rio Jordão”
apenas identifica a região onde João batizava, sem ter nada a ver com o modo como João
batizava. Isto fica comprovado pelo registro de João 10:40: “Novamente se retirou para
além do Jordão, para o lugar onde João batizava no princípio; e ali permaneceu”.
c) Argumentam também que se João batizava em Enom, “porque ali havia muitas águas”,
isto prova que ele batizava por imersão. Quanto ao registro de que “João estava também
batizando em Enom, perto de Salim, porque havia ali muitas águas, e para lá concorria o
povo e era batizado” ﴾Jo.3:23﴿, D. J.Wiseman, professor de Assiriologia na Universidade de
Londres, afirma que Enomé, em árabe, Ain que significa fonte. Muitas águas aqui, portanto,
significa muitas fontes de água. Enom era o lugar apropriado para João batizar, já que
multidões iam até ele, e essas multidões precisavam de água para beber e para higiene
pessoal.
d) Os imersionistas afirmam que Jesus foi batizado por imersão, porque o registro bíblico
afirma que, após ser batizado, Jesus saiu da água. O fato de Jesus ter saído da água após
o batismo não significa que ele tenha sido batizado por imersão. Nem todas as vezes que
uma pessoa entra e sái da água materializa‐se uma imersão. Às vezes uma pessoa entra
e sai da água sem molhar nada mais além dos pés.
e) No batismo do eunuco, ele e Filipe desceram à água. Por isto os imersionistas afirmam
que o eunuco foi batizado por imersão. No caso do eunuco, ele seguia pelo caminho. E
este, normalmente, fica num nível acima da água. Logo, para ir até onde havia água ele
teria que descer. Se descer à àgua significasse imersão, teríamos que concluir que Filipe
também foi imerso, pois no texto bíblico afirma que “ambos desceram à água” ﴾At.8:38﴿.

g) Paulo compara o batismo a um sepultamento. Logo, concluem os imersionistas, o


batismo deve ser feito por imersão. Quando Paulo afirmou que fomos sepultados com Cristo
na morte pelo batismo (Rm 6:4; Cl.2:12), ele estava se referindo ao significado do batismo,
e não ao modo de ministrá‐lo. Nos mesmos capítulos Paulo afirma também que fomos
circuncidados (Cl. 2:11) e crucificados (Rm. 6:6) com Cristo, prova de que ele está tratando
da nossa identificação com Cristo, na sua morte, e não da forma de se ministrar o batismo.
Além do que já foi exposto, temos outras dificuldades para aceitar o batismo por imersão.
Por exemplo: João Batista batizava multidões ﴾Mt.3,5,6﴿, além de pregar. Será que ele
dispunha de tempo e energia física para imergir tanta gente? No dia de Pentecostes foram
batizados quase três mil pessoas em Jerusalém. Não havia rio na cidade. Apenas
reservatórios de água para uso da população. Seriam tais reservatórios suficientes para
imergir três mil pessoas? E se fossem, as autoridades deixariam os apóstolos imergir
pessoas em tais reservatórios? O carcereiro de Filipos foi batizado logo depois da meia
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noite, depois de um terremoto que fendeu as paredes da prisão, provavelmente no pátio da


própria prisão, onde residia ﴾At. 16:23‐33﴿. É possível pensar em imersão num caso como
este? Uma pessoa doente ou muito idosa não dispõe de condições físicas para ser batizada
por imersão. Será que Jesus adotaria uma Forma de batismo que excluiria os doentes e
idosos?
BATISMO POR ASPERSÃO Embora a forma do batismo não esteja clara na Bíblia, cremos
que muitas evidências apontam para a aspersão, ou seja, para o derramamento de água
sobre a cabeça das pessoas que estão sendo batizadas. Vamos examinar algumas destas
evidências.
a) O profeta Malaquias escreveu o seguinte: “Eis que eu envio o meu mensageiro que
preparará o caminho diante de mim” (Ml.3:1). E Jesus afirmou que esta profecia se refere
a João Batista (Mt.11:10). A mesma profecia diz que o mensageiro “purificará os filhos de
Levi” (Ml.3:3). Esta purificação era feita aspergindo água sobre eles (Nm.8:5‐7). A
linguagem da profecia é simbólica. Mas a figura usada é a aspersão. Muitos sacerdotes,
filhos de Levi, foram batizados por aspersão, conforme dá a entender a profecia de
Malaquias.
b) O profeta Ezequiel, profetizando sobre a restauração de Israel, disse: “Então aspergirei
água pura sobre vós, e ficareis purificados.” (Ez.36:25). E o profeta Isaías, (quando
profetizou que o SENHOR derramaria o seu Espírito, afirmou também que ele derramaria
água “sobre o sedento” (Is.44:3). Novamente trata‐se de linguagem figurada. Mas a figura
usada é a aspersão.
Isto nos leva a concluir que a aspersão de água é o modo escolhido por Deus para marcar
o seu povo. O batismo de João era, entre outras coisas, a marca de uma nova era. Era o
selo colocado sobre as pessoas que se arrependiam de seus pecados. Logo,
provavelmente era feito por aspersão.
c) Jesus falou aos discípulos sobre o batismo com o Espírito Santo, que eles receberiam,
usando a mesma construção gramatical usada para falar sobre o batismo com água. “João,
na verdade batizou com água mas vós sereis batizados com o Espírito Santo” (At.1:5). No
dia de Pentecostes, eles receberam este batismo: “Ao cumprir‐se o dia de Pentecostes,
estavam todos reunidos no mesmo lugar;... Todos ficaram cheios do Espírito Santo”
(At.2:1,4). Pedro usou esta experiência ao defender-se por ter batizado Cornélio e seus
familiares. Ele disse: “Quando comecei a falar, caiu o Espírito Santo sobre eles, como
também sobre nós no princípio. Então me lembrei da palavra do Senhor, como disse: João,
na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo”
(At.11:15,16). Observe que no batismo com o Espírito Santo, o Espírito caiu sobre as
pessoas. Já que a construção gramatical é a mesma, no batismo com água esta deve cair
sobre a pessoa que está sendo batizada.
Surgem duas questões: (1) O que é essencial no simbolismo do batismo? (2) É a
imersão o único modo correto do batismo?
1) O que é essencial no simbolismo do batismo? Os batistas afirmam que o essencial no
batismo é imersão. O batismo de qualquer outra forma não é batismo de maneira
nenhuma, porque a verdadeira ideia batismal se expressa no descer para dentro da
água e sair dela. Admitem que tal imersão envolva também uma certa purificação, mas
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consideram isto puramente acidental. Baseia-se sua opinião em Mc 10.38, 39; Lc 12.50;
Rm 6.3,4; Cl 2.12; mas estas passagens não provam esta teoria. As duas primeiras
expressam meramente a ideia de que Cristo seria oprimido pelos sofrimentos que lhe
sobreviriam, e não falam do sacramento do batismo. As duas ultimas são as únicas que
oferecem algum ponto de apoio ao assunto, e mesmo estas não vão ao ponto, pois não
falam diretamente de nenhum batismo com água, mas, sim, do batismo espiritual
representado por aquele. A Teologia Reformada tem uma concepção inteiramente
diversa daquilo que é essencial no simbolismo do batismo. Ela o vê na ideia de
purificação.
A ideia de purificação era a coisa pertinente em todas as lavagens do Antigo Testamento
(Sl 51.7; Ez 36.25) e também no batismo de Joao e Jesus (Jo 3.25, 26). É perfeitamente
evidente de diversas passagens que o batismo simboliza a lavagem ou a purificação
espiritual (At 2.38; 22.16; 1 Co 6.11; Tt 3.5; Hb 10.22; 1 Pe 3.21) É este o ponto em que
é colocada toda a ênfase.
2) A imersão é o único modo correto do batismo? Em oposição aos batistas, que
consideram a imersão como o único modo correto do batismo, afirmamos que o modo
é inteiramente sem importância uma vez que a ideia fundamental da purificação acha
expressão no rito.
Jesus não prescreveu um modo certo der batismo. A palavra empregada por Jesus não
significa necessariamente “imergir”, mas pode significar também “purificar pela
lavagem”.
Nos tempos mais primitivos era costume batizar por aspergir e derramar bem como bem
como por imergir. A purificação foi frequentemente, se não geralmente, efetuada pela
aspersão durante os tempos do Velho Testamento (Nm 8.7; 19.13,18,19,20; Ez 36.25;
Hb 9.10. O batismo do Espirito não se realizou pela imersão (Mt 3.11; 1Co 12.13) nem
os batismos mencionados em Lc 11.37,38; 12.50; 1Co 10.1,2. Não é provável que as
multidões que chegaram a Joao Batista e três mil convertidos do dia de Pentecostes
fossem batizados por imersão e nos casos mencionados em At 9.8; 10.47; 16.33,34).
Às vezes a renovação espiritual se diz ter sido efetuada por aspersão (Ez 36.25; Hb
10.22).
ADMINISTRADORES LEGÍTIMOS DO BATISMO
Somente o ministro do evangelho é o administrador legítimo do batismo e deve ser
realizado em reuniões publicas dos crentes.
Os Católicos Romanos consideram o batismo absolutamente necessário à salvação;
e porque consideram cruel fazer a salvação de qualquer individuo depender da presença
ou ausência de um sacerdote, permitem também o batismo por outras pessoas,
particularmente pelas parteiras , em casos de necessidade.

A QUEM DEVE SER MINISTRADO


BATISMO DE CRIANÇA ‐ Texto: At.2:39
Deus faz tudo perfeito. Quando ele fez o plano para nossa salvação, incluiu uma
organização para nos arrebanhar. Na antiga aliança essa organização era a congregação
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de Israel, formada pela nação israelita. Na nova aliança é a igreja, formada pelos servos de
Jesus Cristo.
A esta altura surge uma pergunta: E as crianças? Elas herdam a culpa de Adão e já
nasceram pecadoras. E ainda não dispõe de condições mentais e psíquicas para entender
o evangelho e receber Jesus como Salvador e Senhor. Qual é a situação espiritual das
crianças?
A Bíblia Sagrada mostra que as crianças são herdeiras espirituais de seus pais. Quando os
pais se rebelam contra Deus, as crianças também sofrem as consequências. Mas quando
os pais são fiéis, elas também são beneficiadas.
As crianças que morrem na infância são salvas, independente da situação espiritual de
seus pais. Elas são regeneradas e salvas por Cristo, “mediante o Espírito que opera
quando, onde e como quer”.
As crianças, filhas de crentes, são herdeiras (Herança do SENHOR são os filhos; o fruto do
ventre, seu galardão. Sl.127:3) espirituais de seus pais. Por isto tem o direito de receber o
batismo e pertencer à igreja.
1) Adultos – destinados aos crentes e seus dependentes. Quando Jesus deu a ordem tinha
em mente, principalmente os adultos, porque somente com estes é que podiam começar
seus trabalhos missionários. Embora não esta esteja explicito, tinha de haver primeiro a
profissão de fé (Mc 16.16). No dia de pentecostes os que receberam as palavras de
Pedro foram batizados (At. 2.41). No caso do eunuco (At 8.37) (que não se encontra
nos manuscritos), e do carcereiro de Filipos, o batismo foi precedido pela fé. Daí é
perfeitamente certo que a igreja exija a profissão de fé de todos os adultos que pedem
o batismo.
a. Os batistas negam que estes tenham o direito ao batismo. Algumas
objeções:
1. Crianças não creem: Texto de Mc 16.16 “Quem crer e for batizado será salvo,
quem, porém, não crer será condenado”. Esse texto não é para crianças caso
contrário se uma criança morrer será condenado. Jesus disse “deixai vir a mim
a crianças, pois delas é o reino dos céus” (Mt 19.14) Jesus as abençoou! O texto
de Marcos não se refere aos filhos dos crentes se refere a pregação aos adultos
e não crianças.
2. Outro argumento: não há no novo testamento nenhum caso de menino sendo
batizado, depois de Cristo, depois do pentecostes, nenhum exemplo de filho de
crente sendo batizado. Também não tem nenhum exemplo de filho de crente de
18 anos sendo batizado.
3. Aqueles quem não acredita de que os filhos devem ser batizados, apresentam
seus filhos e também não tem nenhum exemplo de filho de crente sendo
apresentado no novo testamento e nem de filho de 14 anos sendo batizado. O
Argumento serve para os dois lados.
a) Base bíblica para batismo infantil – embora não haja mandamento explicito na
bíblia e registros de forma clara de batismo de crianças, não significa que isso torna
o batismo infantil antibíblico. Sua base escriturística se encontra no seguinte:
1. O BATISMO E A CIRCUNCISÃO
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Na antiga aliança as crianças eram circuncidadas. Quando Deus estabeleceu a aliança com
Abraão, ele instituiu a circuncisão como sinal e selo do pacto. “Disse mais Deus a Abraão:
Guardarás a minha aliança, tu e a tua descendência no decurso das suas gerações. Esta
é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência: todo macho entre
vós será circuncidado. ... O incircunciso, que não for circuncidado na carne do prepúcio,
essa vida será eliminada do seu povo; quebrou a minha aliança” (Gn.17:9,10,14). A
circuncisão, por sua natureza, se aplicava apenas às pessoas do sexo masculino.
De acordo com os costumes da época, as mulheres não tinham autonomia para tomar as
suas próprias decisões. Elas eram sempre representadas por um homem: quando solteiras,
pelo pai; quando casadas, pelo marido. Por isto, elas não precisavam receber nenhum sinal
do pacto.
Quando Jesus estabeleceu a nova aliança, ele instituiu o batismo como sinal e selo deste
novo pacto. Ele ordenou: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando‐os
em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando‐os a guardar todas as cousas
que vos tenho ordenado” (Mt.28:19). “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém,
não crer
será condenado” (Mc.16:16). O apóstolo Paulo mostra que o batismo equivale à
circuncisão. Ele escreveu: “Nele também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos,
mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo; tendo sido
sepultados juntamente com ele no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados
mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos” (Cl.2:11,12).
A equivalência entre circuncisão e batismo é bem clara. Para fazer parte da antiga aliança
a pessoa tinha que pertencer à descendência de Abraão ‐ por nascimento, por adesão ou
por ter sido comprada. Para fazer parte da nova aliança a pessoa precisa crer em Jesus
Cristo como Salvador e Senhor. O sinal e selo da antiga aliança era a circuncisão. O sinal
e selo da nova aliança é o batismo. Se os filhos dos crentes da antiga aliança recebiam o
sinal e selo da aliança, somos levados a concluir que os filhos dos crentes da nova aliança
também devem receber o sinal e selo desta aliança, que é o batismo.
Algumas pessoas perguntaram: se o batismo equivale à circuncisão, por que Jesus e os
apóstolos foram batizados, se eles tinham sido circuncidados? A resposta é que Jesus e
os apóstolos viveram no período de transição entre a antiga e a nova aliança. Eles foram
circuncidados porque eram descendentes de Abraão e pertenciam à antiga aliança. Foram
batizados porque pertenciam à nova aliança, estabelecida por Jesus Cristo. Eles
pertenceram às duas alianças e receberam o sinal e selo de ambas: circuncisão e batismo.

1) O pacto feito com Abraão foi primariamente espiritual, embora tivesse também
um aspecto nacional; e a circuncisão foi o selo e sinal desse pacto espiritual. A
natureza espiritual do pacto é provada pela interpretação de suas promessas no
Novo Testamento (Rm 4.16-18; 2 Co 6.16-18; Gl 3.8,9,14,16; Hb 8.10,
11.9,10,13), e pela significação espiritual atribuída a circuncisão (Dt 10.16/ 30.6;
Jr 4.4; 9.25,26; At 15.1; Rm 2.26-29; 4.11; Fp 3.2; Gl 3.8).
2) Este pacto esta ainda em vigor e é essencialmente o mesmo como “a nova
aliança” da presente dispensação. Paulo afirma em Rm 4.13-18 e Gl 3.15-18 que
a aliança não foi mudada nem ab-rogada pela outorgada da lei; que Cristo e os
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que são de Cristo constituem a semente a que se aplica a promessa, e que os


crentes do Novo Testamento são, portando, herdeiros conforme a promessa. E o
escritor de Hebreus fala do pacto como imutável (Hb 6.13-18).
3) As crianças participam das bênçãos do pacto e receberam, pois, a circuncisão
como seu selo e sinal. Crianças estavam presentes quando o pacto foi renovado
(Dt 20.10-13; Js 8.35; 2 Cr 20.13), e foram consideradas como parte da
congregação de Israel (2 Cr 20.13; Jl 2.16). E em vista das ricas promessas no
Velho Testamento (Is 54.13, Jr 31.34; Jl 2.28), é inconcebível que elas sejam
excluídas no Novo Testamento.
4) No Novo Testamento o batismo substitui a circuncisão como sinal e selo da
entrada no pacto da graça. A circuncisão foi anulada (At 15.1, 2; 21.21; Gl 2.3-5;
5.2-6; 6.12,13,15) e se o batismo não a substitui, não há então rito iniciatório no
presente. Mas Cristo claramente o instituiu como tal (Mt 28.19,20; Mc 16.15,16).
O batismo se harmoniza com a circuncisão no significado espiritual, simbolizando
a remoção do pecado (At 2.38; 1Pe 3.21; Tt 3.5). Além disso, em Atos 2.39 está
ligado com a promessa. Finalmente, Cl 2.11, 12 claramente parte da suposição
de que o batismo tomou o lugar da circuncisão. A exclusão de crianças no Novo
Testamento requereria uma declaração inequívoca para esse fim, mas é
exatamente o contrario que se verifica (At 2.39; Mt 19.14; 1Co 7.14).
5) Importância do batismo: Ex. 4.24-25
b) A Base para o Batismo Infantil – levanta-se a questão, em que base os filhos dos
crentes são batizados? Uma dupla resposta tem sido dada a esta questão nos meios
reformados. Alguns dizem que são batizados na base de uma regeneração
pressuposta. Consideram estas crianças regeneradas até que dêem prova de um
coração não regenerado. Outros tem assumido a posição de que as crianças são
batizadas na base da promessa de Deus no pacto, promessa esta que abrange tudo,
e inclui também a promessa de regeneração. Esta parece ser a única base
sustentável. O pacto e a promessa do pacto oferecem a única base segura e objetiva
para o batismo de crianças. Os filhos dos crentes são batizados porque estão no
pacto, independentemente da questão, se já são ou não regenerados.
c) O batismo de crianças como Meio de Graça – Se os sacramentos servem
somente para fortalecer a graça de Deus que esta presente no coração, surge
naturalmente a questão: Como devemos conceber a operação do batismo como
meio de graça no caso de infância? Aqui a doutrina da regeneração pressuposta
oferece uma resposta. Se as crianças são consideradas regeneradas quando são
batizadas, pode-se assumir, então, que os princípios da graça presentes no coração
são fortalecidos de alguma maneira mística. Mas não e necessário supor que a
operação do batismo como meio de graça se limite ao momento exato da sua
administração. Pode ser o instrumento para mais tarde fortalecer a fé, quando a
significação do batismo for claramente entendida.

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