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Publicado em 2021-03-03 12:40:18

O SINO E AS DOZE BADALADAS NO RITO ADONHIRAMITA Ir. Manoel Norberto, MI, ABRLS
20 de Agosto (GOERR)
ORIGEM O Sino se constitui num magnífico Arcano Místico e Esotérico, sendo grandemente
utilizado em Atividades Religiosas e Cerimônias das Fraternidades Iniciáticas. Por esse motivo,
a criação do Sino é atribuída aos egípcios, visto que, através do mesmo, seus sacerdotes
anunciavam as importantes Festas Religiosas e Iniciáticas de Osíris. Assim o Som do Sino
simbolizava O Poder do Criador. Conforme as Antigas Civilizações, sobre o Sino: Índia – era o
Reflexo da Vibração Primordial; China – representa a ‘Harmonia Universal’; Grécia – na mitologia
era símbolo do ‘Deus Priaqpo’; Atenas - os ‘Sacerdotes dos Grandes Mistérios de Prosérpina e
de Cibele só executavam os sacrifícios ao som dos ‘Sinos’, formalizando seus ‘Mistérios’; Roma
– os utilizava em suas ‘Procissões Religiosas; Japão – os feitos em bronze e chamados ‘Dakatu’,
conhecidos desde 300 anos de depois de Cristo, sendo encontrados na entrada dos Templos, e
quando soam os fiéis oferecem uma moedinha, batendo palmas duas vezes, esperando ter seus
desejos realizados; Tibete – nas Antigas Iniciações o Candidato levava na mão direita um Anel
de Ouro e a ‘Vara de Vajra’, e na esquerda um ‘Anel e uma Sineta de Prata; Cristianismo – É a
voz de chamamento dos fiéis à Igreja, convidando-os à missa, era executado em Prata para
gerar o som ‘Argênteo ou Argentino’ como é conhecido, e assim faziam por não ser estridente o
som, cuja suavidade era distinguida só pelos Cristãos da época, que fugiam das perseguições
religiosas; Budismo – detém seu sentido no ‘Exorcismo e na Purificação’; Islã – tem o som sutil
da revelação do ‘Alcorão – do Poder Divino na existência, pois a percepção de seu ruído dissolve
as limitações temporais, tal qual o ‘Canon Budista’ que dizem semelhante às ‘as vozes Divinas’
ao som de um ‘Sino de Ouro’. Quando o Sino está instalado suspenso, esse posicionamento traz
em si uma Relação Mística, pois, conforme essa instalação, logicamente seu som passa a
envolver a todos como estando Entre o Céu e a Terra, e estabelecendo uma comunicação de
Ofício Religioso, quer seja através de Seitas Religiosas ou Iniciáticas. O Culto do Sino em muitas
Civilizações Antigas era utilizado no sentido de conclamar todos os Seres Humanos, e também
os sobrenaturais. Portanto, o Sino tornou-se o Símbolo do chamamento de Deus – O Grande
Arquiteto do Universo. No Oriente os Sinos são golpeados por fora com um bastão, enquanto
nos seus Carros de Gala eram ali pendurados para anunciar a presença do veículo, até porque
a palavras ‘Sino – Chung’ significa ‘Passar por uma Prova’. Para os Alquimistas, o Argentum
deriva de Prata, que tem sua cor própria, assim, o adjetivo Argentino deriva de Argênteo, por ter
um timbre fino como o da Pratica, e por isso as pancadas no Sino produzem sons que alquimistas
qualificam como um Som Argentino, que em latim seria Batuculum. A palavra Sino tem origem
no latim, que seria um Instrumento de Bronze, cuja forma se assemelha a um vazo cônico
invertido, produzindo som agudo e grave quando lhe é exercida a percussão através de um
badalo, que é uma peça móvel de metal suspensa por uma argola colocada no interior dos Sinos.
Nos primórdios da Religião Judaica, o seu Grande Sacerdote ostentava trajes cerimoniais, tendo
a túnica guarnecida com pequenos Sinos de Ouro e Romãs, que tinham a finalidade de anunciar
sua presença no Santo dos Santos, além de evocar as Divindades, pedindo suas Graças para si
e seu povo. No Ritual e Culto dos Sinos da Antiguidade, que antecederam seu uso mais profano,
acreditava-se que o som de metal dos Sinos anunciava a aproximação de Espíritos do Além.
Nos Ofícios da Igreja Católica os Sinos passaram a ser utilizados a partir do Século VII, pois seu
som era considerado como a Proteção Coletiva Contra Influências Malignas Astrais, e também
eram usados nos casos de incêndios, tempestades, encerro. Porém, quem os introduziu no Culto
da Igreja foi Paulino, Bispo de Nola, durante o Século I, mas só foi oficializado no Século VII.
Antigamente, na Maçonaria, o Sino era de uso comum nas Cerimônias das Lojas Simbólicas, a
fim de anunciar A Hora de seus trabalhos, e o Rito Adonhiramita procurou coexistir com seu uso
jamais perdendo a tradição dos antigos, assim como, a Tradição Religiosa, e os Costumes
Iniciáticos dos Mistérios. As relações do Argentum como metal luminar, inclusive a Lua na Coluna
do Aprendiz, se aliam com o som do Sino Argentum, e por isso, a Grande Loja da Inglaterra
aconselhava que as Jóias portadas pelos Oficiais fossem de cor Prata, por ser um metal Argenteo
e representar os sons dos Sinos. Razão pela qual chamamos a atenção para a cor dos
Paramentos dos Irmãos do Rito Adonhiramita. A fim de complementar a Doutrina do Som, que
não se refere somente ao Sino, mas possui uma maior abrangência, incluído o Mundo
propriamente dito, pode ser entendido que o Som é uma Ciência Esotérica, a ensinar que cada
Som no Mundo visível faz despertar o Som nos reinos invisíveis, impelindo a ação de outra força
no lado oculto da Natureza, e, além disso cada Som corresponde a uma cor, um número, uma
Potência Espiritual, psíquica ou Física, em sensações de mesmo plano. Assim, todos encontram
Eco em cada elemento desenvolvido, assim como, no plano terrestre nas vidas compostas na
atmosfera, inclinando-as à ação. A Escritora Helena Blavtsky, em sua Doutrina Secreta, comenta
que o Som tem oculto uma força estupenda potencial, que determinado som esotérico e espiritual
pode reviver o moribundo ou fazer alguém a exalar o último suspiro, isto porque o som engendra
ou atrai os elementos que produzem o OZONE, cuja fabricação está acima do poder da química,
está no poder da Alquimia, e acrescenta a Escritora: Cada Som no Mundo Físico, reflexa nos
planos sutis e invisíveis da Natureza, bem como no Mundo Visível e Invisível. A Ciência dos
Números, também chamada de Ciência Sagrada dos Números, que também possuía outras
denominações, era ensinada nos Templos da Ásia e do Egito, e por se tratar de uma Ciência,
torna-se importante ao estudo do Ocultismo, de vez que fornece as chaves dos Sistemas
Esotéricos, tanto que a Chave dos Números é aplicada na Bíblia. O Filosofo grego Platão
considerava como o Alto Grau de Conhecimento a Ciência dos Números, interpretando-a como
a essência da Harmonia Cósmica e Interior. A China entende essa Ciência como sendo tudo,
isto é, seria considerada a Chave da Harmonia do Macro e do Micro, em conformidade com o
império das Leis Celestes, assim como dos Ritmos Cósmicos. A Ciência dos Números foi muito
familiar aos Pitagóricos, podendo-se vê-la em quase todos os estudos desenvolvidos por sua
Escola, chegando a associarem à Mística e Arquitetura, além de advir desses estudos a
utilização do Número de Ouro, reconhecido como a Chave das proporções dos Seres Vivos.
Sobre o assunto, vários estudiosos diziam que Boécio assegurava que os ‘Conhecimentos
Supremos’ passavam pelos Números; Nicola de Cusa, que o melhor para chegar-se às
‘Verdades Divinas’ eram os Números. Para San Mariano os Números são os ‘Invólucros dos
Seres’ que regulam a Harmonia Física, com as Leis Vitais, Especiais, além de ser a ‘Relação
dos Princípios’. Como útil recomendação valeria citar que não deve empregar os Números
intempestivamente, pois estes têm uma severa Força Desconhecida, até porque o Número é o
‘Segredo dos Mistérios’, sendo o Produto da Palavra e do Signo, pois é essencial e mais
misterioso que seus componentes. Sabe-se que o Número 12 (doze) representa: O Símbolo do
Apostolado; O Principio do Movimento Expansivo, A Consumação das Coisas, O Sacrifício
Voluntário e o Altruísmo, A divisão do espaço temporal, que gera os Pontos Cardeais e, no Plano
Espiritual, significa o Apostolado do Sacrifício Momentâneo Superior, a fim de evoluir o Inferior
para o Bem que se realiza no Plano Mental e significa a própria representação da Criação Mental.
Para o nosso bem, ficamos cientes de que, no Plano Físico, representa a consumação das coisas
e as inversões dos valores do Mal para o Bem, sendo que tal posicionamento é a razão das 12
(doze) Badaladas do SINO, soando em vibrações Argentinas, por exemplo, no Ritual
Adonhiramita. Boa Vista-RR, abril de 2021.

O SINO E O RITO ADONHIRAMITA


ONDE quer que você more, é provável que tenha ouvido falar do famoso Sino da
Liberdade, que fica em Filadélfia, na Pensilvânia, EUA. A Enciclopédia do Livro Mundial
(em inglês) diz que este sino “foi tocado em 8 de julho de 1776, junto com outros sinos de
igreja, para anunciar a adoção da Declaração de Independência. Sua inscrição:
“Apregoareis liberdade na terra a todos os seus moradores LEV. XXV X.

E santificareis o ano quinquagésimo, e apregoareis liberdade na terra a todos os seus


moradores; ano de jubileu vos será, e tornareis, cada um à sua possessão, e cada um à
sua família”, foi tirada da Bíblia King James (Levítico 25:10)”.

A Filosofia Esotérica nos diz que o Sino é um grande Arcano Místico e Esotérico,
chamando ou despertando a Divindade ou Deidades, a comunicação entre o céu, a terra e
ao mundo subterrâneo.

Alguns autores atribuem aos Egípcios sua invenção, outros dizem que foram os Chineses,
a Bíblia traz referência à vestimenta do Sumo Sacerdote Hebreu dizendo que devia ter
campainhas de ouro intercaladas com romãs e existe ainda quem diga que os Sumérios
já o possuíam em seus Zigurates, não sendo possível assim determinar a precisão de
quando o mesmo surgiu ou foi inventado.

Nas religiões e nas escolas iniciáticas, seu som, simboliza o poder Criador, na Índia e na
China representam a harmonia universal.

Para os budistas traz o sentido de exorcismo e purificação, na mitologia Grega era o


símbolo do Deus Priapo, os romanos usavam em suas procissões religiosas e o
cristianismo, fez do sino o chamamento de fieis às suas igrejas.
O sino, portanto tornou-se símbolo do chamamento da Divindade.

No Oriente e no Rito Adonhiramita eles são golpeados por fora com um bastão de madeira
ou de ferro.

A palavra Sino (Chung) significa passar em prova, no Japão os sinos de bronze são
chamados de Dataku, segundo os pesquisadores desde o ano 300 de nossa era.

Os primeiros sinos eram feitos de Prata, Argênteo=Adh=Prateado Argentino: Feito de


prata.

Com relação à Maçonaria era comum o uso nas oficinas para anunciar o começo e o fim
dos trabalhos.

O Rito Adonhiramita procurou manter em seu uso, não perdendo a tradição das antigas
escolas iniciáticas.

Autores mencionam as relações do Argentum como metal luminar, inclusive a Lua da


coluna do Aprendiz, que se alia ao som do sino argênteo, já os oficiais da Grande Loja da
Inglaterra aconselhavam que as jóias fossem de prata por ser um metal (Argênteo) e
representava os sons dos sinos, com o propósito de complementar a doutrina do som que
não é somente o sino, mas que abrange um mundo em si.

Notamos que o som é uma ciência Esotérica que ensina que cada som no Mundo faz
despertar uma ação nos reinos invisíveis, impedindo a ação de outra força no lado oculto
da Natureza.

Por que doze badaladas?

O número doze segundo a Numerologia é o Símbolo da ordem cósmica e da salvação,


corresponde ao numero de signos do Zodíaco.

Fala-se a respeito das doze horas do meio dia e das doze horas da meia noite, simbolismo
este que vem dos Mistérios Persas, Egípcios e Pitagóricos.Doze é também o símbolo do
Apostolado, simboliza o princípio do movimento expansivo bem com a consumação das
coisas, é o sacrifício voluntário e altruísta.

Os números são os invólucros que regulam a harmonia física, com as leis vitais, espaciais
e temporais.

Uma das explicações que se têm é que o som do sino no Rito Adonhiramita. Em absoluto
silêncio, ouvem-se doze vibrações argentinas, pausadas (com intervalo de
aproximadamente 03 segundos, entre cada uma delas), feitas soar pelo Cob.’.Int.’……..
sirva para além de despertar e chamar as Divindades ter a diretiva de nos defender de
outras forças ocultas em loja.
Nota-se daí a importância da concentração, e do recolhimento interior dos irmãos no
momento das doze badaladas e da firmeza do Irmão Cobridor.

Comunicação ECMAB

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