© AMORC
Expansão
Consciente
Continuamos com a linguagem simbólica da arte de artigo “Energia Biológica Útil”, dos Fratres James Morgan e
Nicomedez Gomes na capa frontal da revista. Ela nos Onslow Wilson, chamando a atenção para a complexidade
mostra um conhecimento profundo que merece a nossa que forma e sustenta a vida em nosso Planeta.
atenção. As Convenções de Portugal e Itália foram marcadas
O artigo do nosso Imperator, “A Sabedoria”, é uma pela harmonia e pelo excelente nível das palestras, além, é
lição de humildade, porque faz ver o conhecimento numa claro, da criatividade nos momentos artísticos. Parabéns ao
perspectiva mística. Frater Fernando Gabriel – Grande Conselheiro da Região
A reflexão filosófica “Por que Somos Rosacruzes?”, PT1 – e aos seus colaboradores.
do Frater Ralph M. Lewis, justifica o porquê da nossa Registro também a atenção e o carinho da equipe
caminhada na Senda da Rosacruz. organizadora da Convenção Italiana com a Caravana
A vida do Dr H. S. Lewis é, para o estudante rosacruz, brasileira, sob a coordenação geral e liderança do Grande
sempre interessante e exemplar. O texto do Frater Rick Mestre da Jurisdição Italiana, Frater Claudio Mazzuco.
Cobban acrescenta alguns pontos que confirmam a Parabenizamos os nossos fratres e sorores italianos e
genialidade e a iluminação daquele que “encarnou” a alma agradecemos a hospitalidade e o espírito fraternal.
da Rosacruz neste atual ciclo de atividades. A reunião da Suprema Grande Loja ocorreu de 04 a
A Cabala Hebraica ou Kabalah fornece-nos elementos 08 de outubro p.p. e foi uma oportunidade para fortalecer
para vislumbrarmos, ainda que mentalmente, a Criação e a nossa Ordem e confirmar o seu caráter internacional e
seus desdobramentos. É o que aprendemos no trabalho do templário, rumo aos novos tempos que se avizinham.
Frater Nery Fernandes. Peço o apoio na “Campanha Expansão Consciente”
A Universidade Rose-Croix, URCI entrou em em sua segunda fase, que consiste em apresentar a Ordem
uma nova fase. Com o Congresso realizado de 04 a a uma pessoa considerada preparada para o nosso trabalho.
07 de setembro p.p., constatamos que o pioneirismo A Campanha culminará em julho de 2011 na atividade
das pesquisas dos membros acadêmicos confirma a pré-Convenção de inserção dos nomes dos colaboradores na
característica vanguardista de nossa Ordem. Os resultados Esfinge, que será colocada no Bosque Rosacruz. Participe
podem e devem ser utilizados para o bem da humanidade. desta bela missão ajudando a expandir a nossa Ordem!
E falando nisso, a convergência entre Ciência e Quero manifestar a todos meus melhores votos de um
Misticismo é inquestionável. Somente as abordagens são Feliz Natal e um Ano Novo pleno de realizações em todos
diferentes, uma vez que a perspectiva transdisciplinar os planos!
nos remete ao Uno. O artigo “Encontros entre Ciência e
Sincera e Fraternalmente
Misticismo”, dos Fratres Ferrari e Marinho, docentes, dá-
nos uma ideia de um dos temas tratados no Congresso.
O evento foi um sucesso e aproveito para parabenizar os
organizadores.
Com o artigo do Frater Raul Passos ficamos
conhecendo as relações de dois grandes nomes da
música erudita, Debussy e Satie, com a nossa Ordem, e Hélio de Moraes e Marques
compreendemos melhor a sua elevada inspiração. GRANDE MESTRE
Somos também inspirados nesta revista com relação
ao contato que devemos sempre manter com o Deus de
nosso coração, a fagulha divina que arde para sempre
dentro de cada um de nós.
E a energia que mantém a vida dinâmica é o tema do
como colaborar
aspecto filosófico e metafísico,
um caráter prático.
A aplicação destes ensinamentos
V Todas as colaborações devem estar acompanhadas pela declaração está ao alcance de toda pessoa
do autor cedendo os direitos ou autorizando a publicação. sincera, disposta a aprender,
V A GLP se reserva ao direito de não publicar artigos que não se de mente aberta e motivação
encaixem nas normas estabelecidas ou que não estiverem em positiva e construtiva.
concordância com a pauta da revista.
V Enviar apenas cópias digitadas, por e-mail, CD ou DVD. Origi-
nais não serão devolvidos.
V No caso de fotografias ou ilustrações, o autor do artigo deverá
providenciar a autorização necessária para publicação perante as
autoridades pertinentes ou autores respectivos. Grande Loja da Jurisdição
V Os temas dos artigos devem estar relacionados com os estudos e de Língua Portuguesa
práticas rosacruzes, misticismo, arte, ciências e cultura geral. Rua Nicarágua, 2620
Bacacheri – 82515-260
Curitiba – PR
18 Na mão de Deus 07
por ANTERO DE QUENTAL
AMORC no Mundo 13
I Congresso da URCI 26
por BEATRIZ M. PHILIPPI, SRC
A Sabedoria
V por CHRISTIAN BERNARD, FRC
só coisa!” Não tinha ele efetivamente acaba- ram esse estado foram mais do que sábios.
do de ter a percepção do estado Rosacruz Cada qual poderia ser chamado “Cristo”.
em que Sabedoria e Sábio são verdadeira- Dado que o estado de sabedoria deve ser
mente uma só coisa?”. necessariamente alcançado antes do estado
Ora, o que eu dizia sobre a sabedoria crístico, isto faz supor que há um manda-
me parece igual e constantemente uma mento mais fácil de ser seguido pelos seres
verdade. No entanto, gostaria de precisar em evolução, que somos nós.
algumas coisas. Muitos místicos confun- Esse mandamento mais acessível para
dem conhecimento e sabedoria. Conhecer nós é precisamente aquele que o sábio é
é saber, e ser sábio é compreender e aplicar capaz de observar, e creio que podemos
aquilo que sabemos. À guisa de exemplo, exprimi-lo dizendo: “Compreendamo-nos
muitas pessoas leram várias obras e diver- uns aos outros”, ou dito de outra maneira,
sos textos supostamente sagrados, religio- aprendamos a nos conhecer e a nos apre-
sos ou filosóficos. Mas quem pode afirmar ciar tal qual somos, já que não somos ainda
que elas compreenderam e integraram capazes de amar o nosso próximo assim
tudo aquilo que esses escritos encerram? como a nós mesmos. Esforcemo-nos por
Como aplicar, então, em sua vida cotidiana, aplicar esta compreensão mútua em todos
um saber incompreendido? O problema, as nossas relações humanas. Agindo assim,
em matéria de sabedoria, é saber do que faremos muito mais por nossa evolução e
falamos e não falar senão daquilo de que pela evolução do mundo do que lendo, sem
estejamos certos de haver compreendido. compreender, os mais altos preceitos cris-
Isso deve nos levar a ser modestos, pois tãos ou outros.
não podemos jamais estar verdadeiramen- Se conseguirmos viver este mandamen-
te certos da compreensão que temos de to, não por amar todos os seres, mas por
alguma coisa. Neste sentido, é preferível não detestar nenhum deles, teremos, por
colocar em prática a cada dia uma qualida- nossa atitude, nos aproximado da grande e
de única a qual integramos perfeitamente verdadeira Sabedoria. Z
do que falar como um livro de todas as
virtudes sem sermos capazes de aplicar
uma sequer. De fato, o objetivo do homem
não é tanto adquirir conhecimento quanto
colocá-lo em prática.
Quando o Mestre Jesus ensinou aos
homens que deveriam se amar uns aos
outros, ele acrescentou que não havia man-
damento superior a este. O que há de mais
simples do que dizer, ler ou escrever esta
frase: “Amemo-nos uns aos outros”? Todos
a conhecem, mas quem compreende sufi-
cientemente sua essência para colocá-la em
prática em sua vida cotidiana?
Quando refletimos sobre o sentido
deste único preceito, vemos que ele mostra
o ideal de comportamento que todos os * Frater Christian Bernard é Imperator do atual
homens alcançarão um dia, mas que ape- ciclo de atividades da AMORC. Texto extraído
do livro “Reflexões Rosacruzes”, a ser lançado
nas alguns já realizaram. Por outro lado, em breve pela GLP.
aqueles poucos que efetivamente atingi-
© PHOTOS.COM e AMORC
A
pergunta quanto ao porquê de ponderou sobre esta questão. O ser humano
sermos Rosacruzes poderia apre- tem pressuposto e sinceramente acreditado
sentar muitas respostas diferentes. possuir um vínculo com o Infinito. Acredita
Poderia haver tantas respostas dis- haver energias intangíveis, uma inteligência
tintas quantos são os Membros da AMORC. psíquica que o liga à causa primeira de tudo.
Porém, por trás das diversas respostas há uma Além disso, o homem tem mostrado propen-
causa comum, e essa causa se expressa em ou- são a considerar a mente superior à matéria.
tra questão: Por que estamos aqui? Toda pes- Tem, em geral, contestado a noção de que a
soa reflexiva, de qualquer idade, alguma vez totalidade da mente humana seja um subpro-
“Deus do meu coração”. Com estes termos, o discernimento humano. Não pode haver
os Rosacruzes querem dizer: Deus como verdades absolutas fora da experiência huma-
experiência pessoal, como algo que cada qual na. Se não forem aceitáveis para o homem,
pode entender. não serão, para ele, verdadeiras. A verdade,
Compreenda-se que o conceito pessoal portanto, é um valor estabelecido pelo ho-
de Deus de nenhum indivíduo é errado mem a partir da percepção e das conclusões
para si mesmo. Nem a imagem mental que da sua razão. Não o que possa ser uma coisa,
alguém faça de Deus é correta para todos mas o que o homem possa entender que ela
os outros homens. Ocorre-nos à lembran- seja – isto é verdade.
ça as significativas palavras do etnógrafo A realidade não é estática; a totalidade
Max Müller. Disse ele: “Jamais houve um do ser encontra-se em permanente mudança.
falso Deus, nem houve jamais uma religião A inteligência humana e o discernimento
absolutamente falsa, a menos que conside- interior estão, da mesma forma, em mu-
remos uma criança um falso ser humano”. dança. O homem percebe esta realidade de
Com uma perspectiva positiva como esta, os forma variável: hoje, de um modo; amanhã,
Rosacruzes não podem admitir a intolerân- de uma perspectiva diferente. As verdades
cia ou o preconceito religioso. Isto significa, de hoje não são as mesmas de ontem, nem
portanto, a eliminação de um dos maiores podem ser as mesmas de amanhã. Se fossem
conflitos da sociedade humana. absolutas as verdades, então a mente humana
A verdade sempre foi procurada por estaria inibida, condicionada. Não poderia
razões psicológicas. O que se mostra verda- haver nenhum progresso, pois nada poderia
deiro granjeia confiança, pois apresenta uma ultrapassar a verdade estabelecida, a chamada
natureza positiva que pode ser avaliada em verdade absoluta. Além disso, todas as ver-
relação a nós próprios. O que é verdadeiro dades relativas que o discernimento humano
apresenta uma qualidade distinta, que po- admite teriam de ser rejeitadas. O homem
demos aceitar ou rejeitar. Há dois conceitos não mais poderia confiar nos seus sentidos ou
genéricos com relação à natureza da verdade. em sua razão.
O primeiro é o de que verdade é qualquer Consequentemente, como Rosacruzes,
coisa que, para nós, apresente qualidade real. encontramos na ciência, na filosofia e no
Sendo a existência duvidosa, então não é ver- misticismo, aquilo que no momento não
dade, segundo esta concepção. O outro ponto pode ser refutado, e que, portanto, nos serve
de vista afirma que a única verdade é aquilo como verdade. Todavia, nós o rejeitamos
que é prático e útil. Algo que não tenha apli- sempre que a luz da mente humana revele
cação em nossa vida, em nossa inteligência é, uma verdade superior. Com este concei-
por conseguinte, considerado não verdadeiro. to de verdade, o Rosacruz jamais se torna
Estas duas teorias nos afirmam, de fato, dogmático ou limitado à tradição. Com o
que nada é verdadeiro, a menos que tenha a Rosacruz, a verdade se encontra sempre em
confirmação dos nossos sentidos receptores, processo de confirmação.
e que também seja para nós compreensí- As poucas razões aqui expostas res-
vel. Portanto, se podemos perceber algo e pondem à questão do porquê de haver
compreendê-lo, isto será potencialmente útil Rosacruzes. Com estas razões são formu-
para nós. Consequentemente, os Rosacruzes lados ideais individuais que conduzem à
entendem que nenhuma verdade se encontra felicidade pessoal. Nada é mais importante
fora da consciência humana. Nada é ver- na vida do que a felicidade perfeita. Porém,
dadeiro senão quando a mente humana o ela tem de ser conquistada. Não pode ser
compreende como tal. descoberta, nem constitui um capricho do
A verdade, portanto, está relacionada com mero ato de viver. Z
AMORC
Supremo da AMORC, relatórios, necessidades, perspectivas e planos de suas Grandes Lojas,
bem como recebem do Imperator as diretrizes quanto ao destino da nossa Organização.
Importantes decisões são tomadas para o fortalecimento da AMORC no mundo.
Zaven Paul Panikian – Grande Mestre da Jurisdição de Língua Inglesa para Austrália, Ásia e Nova Zelândia
Julie Scott – Grande Mestre da Jurisdição de Língua Inglesa para as Américas
Live Söderlund – Grande Mestre da Jurisdição de Língua Escandinava
Hélio de Moraes e Marques – Grande Mestre da Jurisdição de Língua Portuguesa
Klass Bakker – Grande Mestre da Jurisdição de Língua Holandesa
Christian Bernard – Imperator
Cláudio Mazzucco – Grande Mestre da Jurisdição de Língua Italiana
Serge Toussaint – Grande Mestre da Jurisdição de Língua Francesa
Maximilian Neff – Diretor-Tesoureiro da Suprema Grande Loja e Grande Mestre da Jurisdição de Língua Alemã
Hugo Irigoyen Casas – Grande Mestre da Jurisdição de Língua Espanhola para Europa, África e Australásia
Willian Burnam Schaa – Diretor-Secretário da Suprema Grande Loja
Sven Johansson – Grande Mestre da Jurisdição de Língua Inglesa para Europa e África
Atsushi Honjo – Grande Mestre da Jurisdição de Língua Japonesa
Michal Eben – Grande Mestre da Jurisdição de Língua Tcheca e Eslovaca
A Criatividade
do Dr. Harvey
Spencer Lewis
V por RICK COBBAN, FRC
E
m 2009, foi comemorado o centenário da Iniciação do Dr. Harvey Spencer Lewis à
Ordem Rosacruz. Suas inúmeras qualidades extraordinárias e dedicação de toda sua
vida para estabelecer a Ordem Rosacruz - AMORC estão bem documentadas. A
capacidade desse grande místico de organizar e liderar a Ordem Rosacruz serviu de
inspiração a todos nós. Este artigo vai explorar um aspecto menos conhecido de sua vida: a
extraordinária profundidade e amplitude de criatividade do Dr. Lewis.
© AMORC
© AMORC
renascentista
Nascido em 25 de novembro de 1883, em
Frenchtown, Nova Jersey, o jovem Harvey
Spencer Lewis encarnou-se numa época
de possibilidades. Ele podia lançar sua mão
e mente na direção de qualquer coisa que
decidisse conquistar. Músico desde tenra
idade, tocava habilmente violoncelo e piano.
Embora nunca reconhecesse ter gênio artísti-
co, alcançou domínio inspirador nas artes da
pintura e da fotografia. De fato, no início de
sua carreira de negócios, foi um dos pioneiros
no uso da fotografia na propaganda e nas re-
lações públicas. Nas décadas de 1920 e 1930,
o Dr. Lewis era procurado como consultor
em arquitetura, religião e cultura de todas
as civilizações por diretores e produtores de
Pintura retratando o interior do Templo de
Hollywood em busca de autenticidade na Karnak, por H. S. Lewis
montagem de seus filmes épicos focalizando
o mundo antigo. Seu amor e conhecimento
da terra do Egito levaram-no e à AMORC a entre outras revistas. Como Imperator da
apoiarem a descoberta e a preservação de an- Ordem Rosacruz, AMORC, se correspon-
tiguidades egípcias. Recebeu como presentes dia com milhares de pessoas todos os me-
muitas antiguidades valiosas, o que o levou ses. Também era um orador talentoso, que
a fundar o que hoje conhecemos como o conseguia manter um auditório fascinado por
Museu Oriental Egípcio Rosacruz, para que horas quando dava palestras sobre misticis-
o público pudesse apreciar e aprender com mo, arte ou ciência. Era verdadeiramente um
essas culturas antigas. Atualmente, o Museu “homem renascentista”.
Egípcio Rosacruz recebe mais de 400.000
visitantes anualmente. O Dr. Lewis tinha
um profundo interesse pelas artes e ciências.
Projetou um dos primeiros planetários na Domínio da
América do Norte, no Parque Rosacruz. O
então novo meio de comunicação – o rá- Vida e ideais
dio – encantava o Dr. Lewis como um meio
de prestar serviço público e informar sobre rosacruzes
a Ordem Rosacruz. Desenvolveu as inova- O Dr. Lewis trabalhou diligentemente para
ções da “educação aberta” e dos “programas dominar a complexidade da pintura, tanto a
de debates no rádio, com a participação óleo quanto aquarelas. Sentia grande prazer
dos ouvintes”. O Dr. Lewis foi também um trabalhando como um artesão habilidoso
escritor e homem de letras bastante fecundo. quando visualizava, compunha e executa-
Foi autor de mais de doze livros destacando va cada desenho ou pintura. Seus quadros
a Filosofia Rosacruz e escrevia mensalmente muitas vezes apresentavam cenas da História
inúmeros artigos para o Rosicrucian Digest, Rosacruz que eram vividamente imaginadas
O órgão de
cores Luxatone
da AMORC
O Dr. Lewis tinha um sonho criativo inco-
mum, o qual desejava tornar realidade. Tinha
ficado fascinado filosófica, científica e artisti-
camente pelas leis eletromagnéticas que go-
vernam os fenômenos e as relações dos sons
Pintura retratando as Escolas de Mistérios, e das cores. Em 1916, seu desejo de demons-
por H. S. Lewis
trar as correspondências harmônicas das oita-
vas das vibrações que constituíam o “Teclado
e ganhavam vida através da magia do pincel Cósmico” do espectro eletromagnético levou-
e da pena. Muitas aquarelas e fotografias -o à criação de seu primeiro “órgão de cores”.
artisticamente compostas gravaram cenas Criou um globo hermeticamente fechado e
das pirâmides, templos e tumbas do Egito cheio de incenso que respondia brilhando
da turnê Rosacruz de 1929 por aquela terra com cores diferentes à medida que se tocava
antiga e eterna. As imagens que criou das música em um órgão próximo. A força da luz
escolas de mistérios e dos alquimistas per- aumentava à medida que o volume da música
mitiram a muitos partilhar de sua visão de aumentava até que, finalmente, cada nota da
momentos importantes do desenvolvimento oitava produzia uma luz diferente. O Fr. Ralph
da filosofia mística Rosacruz. De fato, os M. Lewis escreveu: “Na década de trinta, a
quadros do Dr. Lewis são uma poderosa me- criatividade da mente de Harvey Spencer Lewis
táfora para o ideal rosacruz do “Domínio da desabrochou completamente. Ele estava agora
Vida”, alcançado através do trabalho com as determinado a construir um órgão através do
leis do universo e criando uma visão pessoal qual a relação entre cor e som, um assunto da
através da prática dedicada com a coragem
de tornar seus sonhos realidade. Ele também
“
escreveu artigos, como “Criando no Cósmico”, O Parque Rosacruz
“Imaginação e Criatividade” e “A Cor e sua
Influência Mística”, explicando a natureza da foi imaginado como um
imaginação, da criatividade e a aplicação das
leis naturais no processo criativo, pelo qual
local de beleza e paz
podemos melhorar nossas vidas. No artigo profunda…
”
16 O ROSACRUZ | PRIMAVERA 2010
física teórica, poderia ser vista por um auditó-
rio lotado. Em 4 de janeiro de 1933, seu órgão O Parque
de cores foi demonstrado no Auditório Francis
Bacon, no Parque Rosacruz, diante de quase 500 Rosacruz
músicos, artistas, cientistas e jornalistas convi- Como Imperator da Rosacruz, AMORC e
dados”. O Órgão de Cores Luxatone consistia trabalhando fraternalmente com um corpo de
em uma caixa triangular com uma peça de membros dedicados, o Dr. Lewis conseguiu
vidro translúcido na frente que convertia as materializar sua visão de uma sede para a
audiofrequências em porções das frequências Ordem Rosacruz na América do Norte. Este
da luz visível do espectro eletromagnético. “quartel-general” da AMORC ficaria rapida-
Um microfone era usado como entrada de mente conhecido como Parque Rosacruz. Com
fala ou música que seriam apresentadas como o desejo de celebrar e manter uma ligação com
correspondências sincrônicas e harmônicas as antigas Escolas de Mistérios do Egito, deci-
de cores na tela. Quando uma frequência de diu que a arquitetura do Parque Rosacruz seria
som era detectada pelo microfone, o circuito no estilo do Egito antigo. O Parque Rosacruz
de detecção primário media a frequência e foi imaginado como um local de beleza e paz
ativava as três lâmpadas de cores primárias de profunda situado em local ajardinado de ro-
forma combinada para misturar as cores de- seirais. Tinha a intenção de ser a “instituição
sejadas que brilhariam na tela. A intensidade por trás da organização”, atendendo as ne-
da mistura de cores que aparecia no centro da cessidades dos Rosacruzes de todo o mundo.
tela variava com a intensidade da música ou Sua visão do Parque Rosacruz seria realizada
do som. O Órgão de Cores Luxatone foi uma completamente na época de Fr. Ralph M.
criação artística extraordinária que demons- Lewis, seu filho e sucessor como Imperator.
trava a beleza da sinestesia do som com a cor.
Esta obra de arte visionária antecipou por
mais de meio século a multimídia eletrônica
do final do século XX. Inspiração
Da mesma forma que o Dr. Lewis tirou inspi-
ração de sua missão Rosacruz, muitos estu-
© AMORC
© PHOTOS.COM
A Criação e os
níveis da Torá
V por NERY FERNANDES, FRC
infinita concedeu ao homem e à mulher para festar a ação da sua própria vontade sobre as
que realizem o tikun e assim tragam as irra- forças superiores numa ação de Teurgia, de
diações da luz infinita a todos os quadrantes acordo com o tempo e o lugar, para produzir,
do universo e, realmente, transformem este por assim dizer, um despertar do Alto que
plano onde vivemos numa verdadeira morada causa uma atração dessas forças para si ou
para o Eterno, bendito seja Ele. para situações neste mundo e, assim agin-
Essa cosmogonia é extraída da revelação do, a luz que ele manifesta se reflete acima
de Sua vontade segun- e volta ao mundo,
O escudo de Davi
© WIKIPEDIA.COM
no sagrado Zohar, o Livro do Esplendor. A
cada um é dado de acordo com o seu próprio
entendimento.
O Zohar é considerado como a “Bíblia dos
Cabalistas” e se constitui na maior obra de
ensinamentos esotéricos da Torá, tendo sido
escrito no século I e.c. pelo Rabino Shimon
Bar Yochai, chamado, graças à imensa profun-
didade e iluminação de suas ensinanças, de a
“Lâmpada Sagrada” ou Ner haKôdesh. Ele reu-
niu em torno de si um grupo de homens jus-
tos e sábios e foi digno de receber revelações
do profeta Elias e do próprio Moisés, nosso
mestre. É claro que todos esses ensinamentos
são baseados em tradições antigas e todas
extraídas dos textos da Torá. Existem milhares
de obras e volumes dedicados à Cabalá. No Uma das primeira edições impressas do Zohar
entanto, podemos citar outras obras que são
consideradas como a base do tripé escrituris- lar, transformar e passar ou compartilhar as
tico dela, que são: o Sefer Yetsirá, o Livro da luzes recebidas com todos aqueles dignos de
Formação, escrito, segundo a tradição, pelo as receberem, para que o “tikun ha-olam” ou
próprio patriarca maior de Israel, Abraham retificação moral, social e espiritual do mundo,
Avinu, e o terceiro volume que é o Sefer Bahir, diga-se, do caráter das ações no mundo, seja
escrito pelo sábio Rabino Nehuniá ben ha- realizada para todos nós que compartilha-
-Kaná, dentro dos estilos do Zohar. Então, é mos o raro privilégio de sermos humanos em
bom lembrar que dentro do edifício imenso evolução contínua. Assim poderemos usufruir
do saber da Cabalá estão, além dos estudos e da paz, da fraternidade, da justa igualdade e da
ensinamentos práticos de interpretações das convivência social solidária e livre consciência,
Escrituras Sagradas, outros profundos ensi- para decidirmos e agirmos com discernimen-
namentos de Astrologia, Angelologia, Arte to, sabedoria, confiança e coragem, sabendo
Talismânica, Ética, Psicologia, Numerologia dar os melhores passos para a continuidade
etc. Cada um, homem ou mulher, desde o harmoniosa da vida individual e coletiva da
inicio do século XX, se for seu desejo since- Grande Família Humana na Terra.
ro, poderá buscar aprender e se aprofundar Que o Eterno, bendito seja Ele, nos aben-
nesses ensinamentos sagrados da Tradição. çoe com a paz e as Luzes que necessitamos
E, como está escrito em relação a esses estu- para realizarmos e atualizarmos este imenso
dos: “Estuda, aprende e pense por si mesmo”, trabalho espiritual para o benefício de toda
pois o buscador deve manifestar maturidade a Grande Família Humana na Terra! Amén!
ética e espiritual para saber receber, assimi- Selá! Que assim seja! Z
I Congresso da
Universidade
Rose-Croix
Internacional
A Visão Rosacruz do Conhecimento
Rumo à Transdisciplinaridade
V por BEATRIZ M. PHILIPPI, SRC
Atividades
Pré-Congresso 02
No dia 4 de setembro foram realizados qua-
tro minicursos, muito bem avaliados pelos
participantes.
O Frater e Doutor em Psicologia, Luiz
Eduardo V. Berni ministrou o minicurso
Símbolos em Movimento: A Dança Circular
Sagrada nas Organizações, levando os partici-
pantes a vivenciarem a Dança Circular como
técnica auxiliar para integração grupal. O
Frater Carlos Alberto Ferrari, Pós-doutor em
Física pela UC/Berkeley, USA, ministrou o
minicurso Física Quântica Para Não Físicos, 03
mostrando conceitos quânticos que abrem ca-
minhos para a aplicação da Física à Psicologia,
Medicina Alternativa, Parapsicologia e
Misticismo. O minicurso Qual a Espécie do
Nosso Amor? – ministrado pela Soror e Mestre
em Educação Elisa Rocha, discutiu o amor
em suas diversas faces e gradações: ágape,
charis, eunoia, harmonia, storgé, philia, eros,
Conferências –
um convidado
muito especial
Após a sessão oficial de abertura, com a
06
Saudação aos congressistas pelo Grande
Mestre Frater Hélio de Moraes e Marques,
mania, pathé, pothos, porneia. As imagens es- reitor da URCI-GLP e presidente de honra
pirituais, em suas variadas formas de expres- do Congresso, tivemos a primeira conferência
são do Sagrado, foram objeto do minicurso intitulada “A Transdisciplinaridade e sua impor-
ministrado pelo Frater e Doutor em Ciências tância para o diálogo com as tradições e a susten-
Humanas José Eliézer Mikosz. tabilidade do planeta”, proferida pelo convi-
dado especial Prof. Ubiratan D’Ambrósio,
matemático, membro fundador do Centre
Sessão de International de Recherches et Etudes
Transdisciplinaires – (CIRET – França).
Pôsteres –
Valorizando as
Pesquisas de
Rosacruzes
A abertura do Congresso deu-se no dia 5 às
9h com sessão de pôsteres expondo 16 traba-
lhos de pesquisadores da URCI, despertando
grande interesse dos presentes. Os trabalhos
apresentados foram selecionados por um co- 07
V Disciplinas: conhecimento
“engaiolado” na epistemologia e
09
metodologia específicas, lidando
com questões bem definidas.
V Multidisciplinas: justaposição de sistema de ensino da AMORC, criado por
gaiolas epistemológicas. Spencer Lewis e sua “metodologia iniciáti-
V Interdisciplinas: portas entre ca”. Frater Berni afirmou que “por estarem
as gaiolas possibilitam passar de imersos no sistema, os estudantes rosacru-
uma gaiola à outra, eventualmente zes muitas vezes não se dão conta do quão
criando um viveiro, na verdade uma inovadora e profunda é a metodologia de
gaiola maior. ensino da AMORC”. Na segunda parte da
V A proposta transdisciplinar e conferência, apresentou a história e os fun-
transcultural é nenhuma gaiola. damentos da URCI de 1934 até o presente,
detalhando as fases de implantação do órgão
– Ubiratan D’Ambrósio na GLP. Por fim, apresentou a abordagem
transdisciplinar destacando as aproximações
entre esta e o esoterismo “como movimento
espiritual e intelectual. Portanto, a abor-
A segunda Conferência “A URCI dagem transdisciplinar é o veículo mais
e o Conhecimento Rosacruz rumo à adequado para aproximar o conhecimento
Transdisciplinaridade” foi proferida pelo rosacruz das perspectivas epistemológicas
Coordenador Científico da URCI, o psicó- veiculadas na pós-modernidade”.
logo e Frater Luiz Eduardo Valiengo Berni.
05. Minicurso com a Soror Elisa Rocha.
Na conferência apresentada em três partes 06. Minicurso com o Frater José Eliézer Mikosz.
destacou na primeira “O Conhecimento 07. Professor Ubiratan D’Ambrósio.
08. Conferência do Frater Luiz Eduardo V. Berni.
Rosacruz” como um arrojado e inovador 09. Público no Auditório H. Spencer Lewis.
Mesas redondas:
assuntos relevantes
em pauta
Durante o Congresso foram realizadas qua-
tro importantes mesas redondas, com temas
rigorosamente escolhidos de acordo com a
proposta do Congresso e apresentados no
livro “O Homem: Alfa e Ômega da Criação”,
10
volume 5, lançado durante o evento.
A primeira delas, Tradição & Inovação:
interfaces possíveis, presidida pelo Frater
Ronaldo Gonçalves, colocou lado a lado a
tradição e a inovação. A proposta de cura
metafísica preconizada pela AMORC e suas
possibilidades no campo da saúde comple-
mentar foi a palestra realizada pelos médicos
e pesquisadores, Soror Aracy Niwa e Frater
Moacir Fernandes de Godoy, enfatizando
que a saúde, nos conceitos atuais, é determi-
11
nada pela interação dos fatores físicos, men-
tais, sociais e espirituais. Os Sagrados Rituais
Rosacruzes e sua viabilidade no ciberespaço,
compuseram as reflexões apresentadas pelo
Frater Mário Nogueira.
Assumindo um posicionamento: A URCI
e o Voluntariado, contribuições para o pre-
sente e o futuro, foi o tema da segunda mesa
redonda. Presidida pelo Frater Vinicius B.
Freire Silva, teve como primeiro expositor o
Frater Paulo Roberto Paranhos da Silva com
a comunicação “A Universidade Rose-Croix:
12 repensando a sua função” em que, reportando-
-se à importância da URCI valorizar o ho-
mem como um “homem total”, lembrou dos
quatro pilares da educação defendidos pela
UNESCO, a saber: 1º – aprender a conhecer;
2º – aprender a fazer; 3º – aprender a con-
viver; 4º – aprender a ser. O Frater Aluísio
Ferreira Gomes abordou a importância
do voluntariado como um dos pilares da
AMORC e as contribuições do voluntariado
em nossa Ordem, colocando as seguintes
questões: Seriam, os rosacruzes voluntários?
13 A AMORC incentiva essa prática?
Claude Debussy
e Erik Satie:
compositores rosacruzes
V por RAUL PASSOS, FRC*
ERIK SATIE
(1866-1925)
CLAUDE DEBUSSY
(1862-1918)
“
“Debussy era um ser concentrado que
vivia uma intensa vida interior.”
… um artista é, por
definição, alguém
Nesse sentido, o também compositor
Raymond Bonheur recorda que em Debussy acostumado a viver entre
© PHOTOS.COM
© PHOTOS.COM
Encontros
entre ciência
e misticismo
V por CARLOS ALBERTO FERRARI, FRC e RUBENS DE MELO MARINHO JR., FRC*
um feixe de elétrons ricocheteava sobre uma mostra que o caráter ondulatório fica virtu-
superfície de um cristal de níquel. almente imperceptível e, de maneira geral na
Verificaram que os elétrons que eram cap- escala das dimensões humanas, para os propó-
tados em uma tela fosforescente após atin- sitos práticos, as probabilidades da mecânica
girem a superfície, apresentavam um padrão quântica podem ser completamente ignoradas.
de interferência como os de uma onda. Logo Sabemos que nas ondas do mar o que
experiências similares foram estendidas para oscila é a elevação da água com relação ao
todas as formas da matéria possíveis, e todas nível do mar. Nas ondas sonoras o que oscila
apresentaram características de onda. é a pressão e nas ondas em uma corda o que
Estermann, Stern e Frisch realizaram expe- oscila é a distância de cada parte dela a uma
riências quantitativas sobre a difração de feixes posição de equilíbrio.
moleculares de hidrogênio e feixes atômicos de E, no caso da mecânica quântica, o que oscila?
hélio de um cristal de fluoreto de lítio; Fermi, Antes de responder a questão faremos uma
Marshall e Zinn mostraram fenômenos de pequena observação. Ao usarmos mais adiante
interferência e difração para nêutrons lentos. a simbologia matemática em seu rigoroso for-
A Existência de ondas de matéria, após estes malismo, que consideramos elegante e encan-
experimentos, tornou-se bem estabelecida. tador e que gostaríamos compartilhá-lo com o
Agora se põe a pergunta: como isto é leitor, queremos, também, mostrar o símbolo
possível, se percebemos a matéria como algo em outra esfera de atividades, além daquela
palpável e sólido, de maneira nenhuma como a que, como místicos, estamos acostumados,
algo ondulatório? Os físicos quânticos têm e reforçar a insistência de Galileu Galilei, no
a resposta. Na formulação ondulatória da século XVII, que afirmava: “o livro da natureza
matéria de Broglie, ele deduziu que o com- é escrito em caracteres matemáticos’’. Retornemos
primento de onda da matéria está relacio- à nossa questão.
nado com sua massa e sua velocidade pela Para descrever qualquer ente microscó-
fórmula λ = h/mv, em que h é uma constante pico, ou subatômico como também se diz,
chamada de Constante de Planck Reduzida. os físicos quânticos, após muita controvérsia,
Por esta fórmula podemos ver quer se ob- concordaram que poderiam usar uma fun-
jetos materiais têm massa muito grande, o ção, bastante charmosa, que descreveria um
comprimento de onda será muito pequeno, comportamento ondulatório. Chamaram ψ
de tal forma que no nosso dia-a-dia não uma função que depende da posição x e do
conseguimos perceber o caráter ondulatório tempo t. Com o desenvolvimento posterior
da matéria. O caráter ondulatório da maté- da mecânica quântica descobriu-se que esta
ria só aparece quando estamos tratando de deveria ser uma função complexa (construída
partículas subatômicas. Isto acontece porque com números imaginários) para conseguir
a Constante de Plank Reduzida é muito pe- descrever os padrões de interferência obser-
quena, tendo o valor no sistema internacional vados nos experimentos de fendas.
de unidades igual a h = 1.055 x 10-34 Js. Mas o mundo “real” é um mundo de
Como h é muito pequeno, os comprimen- quantidades “reais”. Aí aparece na história da
tos de onda λ resultantes são também dimi- mecânica quântica Max Born, que em 1926
nutos se comparados com as escalas normais afirma que o que dá sentido para a descrição
humanas. Em outras palavras, a pequenez da do comportamento das entidades subatômi-
constante de Planck obscurece a existência de cas, e que permite tomadas de medidas, não é
ondas de matéria no mundo macroscópico. a função de onda ψ em si, mas o módulo dela
Isto é verdade para um objeto macroscópico ao quadrado, |ψ|2 , coisa de físico teórico,
como, por exemplo, o corpo de uma vela, mas que, matematicamente, fornecia a densidade
não para a sua luz. A fórmula de De Broglie de probabilidade P(x,t). O que isto significa?
O Deus
do nosso
coração:
felicidade absoluta
© PHOTOS.COM
Energia
biológica útil
V por JAMES R. MORGAN, FRC e ONSLOW H. WILSON, FRC*
A
energia, como o tempo e o es- manifestar. Mas, como tipos de fenômenos,
paço, pode ser considerada uma poderiam a natureza e variedade de formas
expressão da relação entre as de vida ser determinadas pelas peculiaridades
coisas. Mas, porque no mundo das distribuições de energia que caracterizam
físico as “coisas” variam em forma e comple- determinado ambiente?
xidade, a energia se manifesta numa varie- Os animais e as plantas do deserto do
dade de modos. Os tipos e magnitudes das Arizona são muito diferentes dos do pantanal
várias energias existentes em determinado da Louisiana. Esse fato ganha importância
momento e lugar exercem profundas limita- especial quando percebemos que a latitude,
ções nos tipos de fenômenos que possam se altitude e temperatura média anual dos dois