■ IMPERATOR

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Por CHRISTIAN BERNARD, FRC – Imperator da AMORC*

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m um outro artigo, expliquei que a
primeira grande iniciação que os ro-
sacruzes devem procurar no caminho
da Ordem Rosacruz é aquela que lhes
permitirá experimentar conscientemente sua
própria dualidade. Nesse sentido, lembre-se
de que o objetivo principal dos ritos iniciá-
ticos praticados nos templos do antigo Egito
era ajudar os candidatos a experimentarem a
projeção. Essa experiência de projeção deveria
deixar uma impressão indelével sobre suas ra-
zões e emoções e convencê-los, sem qualquer
dúvida, de que o propósito da encarnação ter-
rena era receber a revelação dos mistérios. No
entanto, acrescento que a experiência mística
através da qual os Iniciados se tornam ple-
namente conscientes da essência da sua alma
não constitui o summum bonum do processo
iniciático. Eles devem transformar essa expe-
riência em uma realidade constante e apren-
der a funcionar com facilidade e eficácia tanto
no plano espiritual como no plano material.
É somente no final deste período de apren-
dizagem, e depois de anos – e até mesmo de
encarnações – dedicados ao estudo e à aplica-
ção do misticismo, que estão cosmicamente
prontos para receber a mais alta iniciação que
os seres encarnados podem experimentar.
Na Tradição Rosacruz, a Iniciação Su-
prema transforma cada estudante rosacruz
em um Rosacruz; em outras palavras, eleva
o indivíduo do status de um membro da
fraternidade visível da nossa Ordem à de
um Mestre da Grande Fraternidade Branca.
Cientes disso ou não, todos estamos indo em
direção a esse objetivo, e a Antiga e Mística
Ordem Rosacruz orienta cada passo que to-
mamos em direção ao estado da Iluminação
que se segue. Mas quero enfatizar que é im-
provável que possamos alcançar esse estado
de perfeição nesta vida, pois corresponde a
um plano cósmico do qual ainda estamos
muito longe. Entretanto, temos o dever e o
poder de nos preparar para isso e devemos
dedicar todo o potencial místico da nossa
encarnação presente a esta preparação.
Podemos nos sentir desanimados com essa
perspectiva e não convencidos de que o obje-
tivo a ser alcançado justifica dedicarmos uma
ou várias vidas à sua preparação. Por outro
lado, podemos temer que tal preparação, em-
bora pareça justificada e necessária, nos priva-
rá de muitos prazeres mundanos e aumentará
o fardo de nossas provações. Não só nos equi-
vocamos se pensarmos que é assim, mas tam-
bém provamos que nos falta fé e motivação
místicas. Não há alternativa no caminho da
espiritualidade. Ou estamos convencidos da
existência de uma Inteligência Divina que os
seres humanos devem experimentar, ou du-
vidamos disso. Se duvidarmos, isso não altera
o fato de que essa Inteligência existe, mas faz
com que cada aumento de consciência que nos
aproxima mais dela seja mais árduo e demo-
rado. Se nos convencermos de que o Deus de
nosso coração constitui a nossa razão de ser,
devemos viver o misticismo rosacruz no pas-
sado, no presente e no futuro, com a convic-
ção absoluta de que o estado de Rosacruz foi
atingido pelos Iniciados, está sendo alcançado
agora por alguns Adeptos, e será alcançado
por todos aqueles entre nós que têm coragem
e determinação para se preparar para isso.
Como todos sabem, podemos sentir tan-
ta felicidade em nos prepararmos para um
evento, seja o qual for, como em vivenciá-lo.
Por exemplo, quando você se prepara para
receber amigos, a alegria que você sente ao
fazer tudo o que puder para dar-lhes uma
recepção calorosa pode até ultrapassar o
prazer que você sente quando está em sua
companhia. O mesmo é verdade quando se
trata de misticismo, mas muito mais, pois
o amigo que estamos nos preparando para
encontrar através da iniciação é o maior de
todos. Este amigo é o nosso Mestre Interior, o
companheiro mais íntimo que nos foi dada a
oportunidade de conhecer, bem como o mais
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alto Iniciado com quem podemos falar. Este
Mestre também é o guardião da Sabedoria de
Deus dentro dos humanos e contribui com a
sabedoria humana junto a Deus. Tudo o que
nos incomoda aflige esse sábio Mestre, e tudo
o que nos torna felizes também faz com que
esse Mestre seja feliz, pois o Mestre sabe que
nossa angústia é a consequência de nossos
erros e que nossa felicidade vem da verdade
interior. Não há perguntas que o Mestre não
possa responder, mas há muitas respostas
sobre as quais devemos questionar o Mestre.
Nosso Mestre Interior conhece tudo sobre
o nosso passado e, como a rosa que desa-
brocha para cumprimentar a luz do dia, ele
foi o primeiro a abençoar a vinda da nossa
alma. Dia e noite, ele tenta, por todos
os meios possíveis, ser visto ou ou-
vido, mas dia e noite vendamos
nossos olhos e tapamos nossos
ouvidos. Na verdade, não se
passa um único dia sem que
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ele faça tudo o que estiver ao
seu alcance para atrair nossa
atenção. Nosso Mestre Interior
sabe que o momento em que ele
nos confiará a joia da nossa con-
sagração suprema ainda está muito
distante, mas ele também sabe que o tem-
po é o melhor servidor e que os humanos
não têm melhor mestre. Sua paciência abraça
a eternidade, e a confiança que ele sempre
colocou em nós é infinita. Para ele, não há
dúvida de que um dia alcançaremos o objeti-
vo, pois não podemos escapar do nosso des-
tino cósmico. O único poder que possuímos
é a aplicação positiva do nosso livre-arbítrio
para que nosso retorno ao Reino Celestial
possa ser realizado o mais rápido possível e
nas condições mais favoráveis.
Para ser iniciado em nosso próprio misté-
rio, devemos procurar conhecer nosso Mes-
tre Interior mais do que qualquer outro Mes-
tre visível. Existem pelo menos duas razões
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para isso. Em primeiro lugar, uma vez que ele
encarna a Sabedoria de Deus dentro das pes-
soas, enquanto os Mestres encarnados, sejam
eles quais forem, são apenas uma expressão
dessa sabedoria, ele sabe muito melhor do
que eles quanto conhecimento podemos re-
ceber em um determinado ponto em nossa
evolução. Em segundo lugar, é ele e somente
ele quem recebeu de Deus o poder de nos
iniciar nos vários planos de consciência que
precisamos para entrar em contato com os
Mestres. Assim, por estas razões e muitas
outras que lhes deixo descobrir, nosso Mestre
Interior é verdadeiramente o Hierofante que,
em cada uma de nossas encarnações, garante
que o processo iniciático que continua den-
tro de nós esteja em conformidade com
o cumprimento da Lei Cósmica.
Como mencionado anterior-
mente, nosso Mestre Interior
é nosso melhor amigo, e seu
maior desejo é que nos tor-
nemos seu melhor amigo
também. Para realizar isto,
devemos nos preparar, não
para recebê-lo, pois ele não
pode deixar o nosso Templo In-
terior, mas elevar a consciência para
encontrá-lo. Nesse sentido, o processo
iniciático realizado sob os auspícios da An-
tiga e Mística Ordem Rosacruz, AMORC,
corresponde a um princípio ativo e não pas-
sivo. Os candidatos sempre se elevam para o
Iniciador; Iniciadores nunca descem ao nível
do neófito. Quando nossa ordem afirma que,
quando o discípulo estiver pronto, o Mestre
aparecerá, isso não significa que o Mestre vá
ao encontro do discípulo, mas que o discí-
pulo, através da preparação ativa, atingiu o
estado de consciência que lhe permite a har-
monização com seu próprio Mestre Interior.
No que consiste esta preparação e no
que deve ser aplicada? Esta é a pergunta
que agora vou tentar responder. Vimos que
a definição Rosacruz de iniciação colocada
enfatiza igualmente a razão e a emoção.
Isso pressupõe, portanto, que nos prepare-
mos mental e emocionalmente para conhe-
cer nosso Mestre Interior e nos banharmos
em sua luz. Para termos sucesso, temos duas
chaves mágicas à nossa disposição. A pri-
meira chave é a meditação, pois abre a porta
para a razão pura. A segunda chave é a ora-
ção, pois sem ela não podemos conhecer a
pureza dos mais nobres sentimentos.
No estado de vigília, refletimos constan-
temente sobre os eventos que marcam nossa
vida, hora após hora, se não minuto após
minuto. Tudo o que vemos, ouvimos, prova-
mos e tocamos é motivo de reflexão. Nossa
razão é, portanto, incessantemente acionada
pelo nosso ambiente externo, e as conclusões
internas que obtemos determinarão nossas
ações e reações em relação às pessoas e às
coisas que nos rodeiam. Quanto mais usamos
o nosso raciocínio objetivo para resolver pro-
blemas dignos da consideração de um místi-
co, mais iniciamos nossa razão no verdadeiro
papel que deve desempenhar na vida. Esse
papel não é julgar precipitadamente o que
não lhe interessa, nem especular desnecessa-
riamente sobre o que escapa à sua compre-
ensão. Em vez disso, é refletir sobre os meios
para tornar cada um dos nossos pensamen-
tos, palavras e ações consistentes com o Bem,
que é nossa missão manifestar na Terra.
As observações anteriores trazem a questão
de como saber sobre que tipo de assuntos po-
demos meditar ou, mais exatamente, que tipo
de problema não nos deve preocupar. Acredito
que o seguinte trecho dos escritos de Marco
Aurélio melhor responderá a esta pergunta:
Não desperdice sua vida com pensamen-
tos sobre os outros, a não ser que asse-
gure o que é positivo, porque perderia a
oportunidade de fazer algo construtivo.
O que essa pessoa está fazendo? O que
está dizendo? No que está pensando?
Qualquer pensamento neste sentido nos
afasta do nosso principal dever. Devemos
então verificar na nossa linha de pen-
samentos tudo que não tem propósito e
utilidade, mas, sobretudo, o sentimento
de curiosidade excessiva e malícia. Um
homem deve usar sua mente para pensar
naquelas coisas que se fossem pergun-
tadas de repente, “O que está passando
pela sua cabeça agora?”, e com a mente
aberta conseguisse responder imedia-
tamente: “isso ou aquilo”; e a partir de
suas palavras ficaria claro que tudo nele
é simples e benevolente, sem ter rivalida-
de, inveja e suspeita, ou qualquer coisa
que não o deixasse envergonhado se dis-
sesse que está passando por sua cabeça.
Então, é fácil entender que nossos pensa-
mentos dão início ao nosso raciocínio para
a Beleza ou à Fealdade, pois cada um deles
morre constantemente por dar origem a um
novo pensamento que igualmente constrói
ou destrói. Todos nós sabemos que o poder
de nossa mente é criativo, mas se soubésse-
mos o quanto isso é verdade, às vezes preferi-
ríamos evitar o pensamento. No entanto, não
é o processo de pensar, em si mesmo, que é
positivo ou negativo, pois ele é neutro por
natureza, mas é antes o objeto ou o sujeito ao
qual aplicamos esse processo. Isso significa
que, se pensarmos em algo como se fosse
impuro, nós inevitavelmente criamos discór-
dia dentro e ao redor de nós. Inversamente,
se concentrarmos nossa razão sobre aquilo
que é intencionalmente puro, nós, necessa-
riamente, expressamos harmonia cósmica
através de nossas palavras e ações. Conse-
quentemente, a melhor maneira de tornar o
nosso raciocínio um instrumento do Bem é
fazê-lo agir sob o apoio contínuo da medita-
ção, sempre que possível. Nesse sentido, me-
ditar não significa necessariamente que nos
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retiremos do tumulto da vida profana e nos
isolemos por horas, refletindo sobre alguma
questão filosófica, pois, no final das contas,
toda questão é filosófica quando se trata do
que é bom para a nossa própria evolução e a
dos outros. Mesmo assim, é verdade que pre-
cisamos nos isolar regularmente dentro do
silêncio de nosso Templo Interior, de modo a
nos dedicarmos à meditação mística.
A questão que se apresenta é como pro-
ceder na meditação de forma útil e eficaz.
Conforme indicado nos ensinamentos rosa-
cruzes, a meditação consiste de duas fases;
sendo uma passiva e a outra ativa. Durante
a fase ativa, devemos definir claramente o
tema da nossa meditação e dedicar todo o
nosso pensamento objetivo por alguns
minutos. Após este período de con-
centração, devemos prosseguir
para a fase passiva, que consiste
em transmitir ao nosso Mestre
Interior o assunto que medi-
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tamos, assim como o entende-
mos desde o ponto de vista da
nossa razão. Sem essa transfe-
rência do eu intelectual para o
eu espiritual, nenhuma resposta
do Cósmico pode nos alcançar.
Você vai notar que o processo de medi-
tação segue as linhas da iniciação, pois tam-
bém envolve transição e passagem de um pla-
no de consciência para outro. Em outras pala-
vras, a questão sobre a qual meditamos deve
morrer na consciência objetiva para renascer
no subconsciente. Eu também acrescento que
quanto mais meditamos sobre assuntos rela-
cionados à espiritualidade, mais iniciamos o
nosso eu intelectual em sua verdadeira razão
de ser. Ao fazê-lo, nossos problemas materiais
são mais facilmente resolvidos porque, de
acordo com um velho ditado, aqueles que pe-
dem a Deus que os mistérios de seu ser espiri-
tual lhes sejam revelados são recompensados
com a assistência cósmica no plano material.
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Como tentei esclarecer, nunca esqueça que
seu Mestre Interior sempre fará todos os es-
forços para aliviar o fardo da sua cruz se você
der supremacia à beleza da sua rosa.
Assim como a meditação é o ideal inici-
ático da razão, a oração é o ideal iniciático
das emoções. Se os seres humanos sobre esta
Terra amassem mais o Deus de seus corações
e odiassem menos o Deus da compreensão
de outras pessoas, a consciência coletiva da
humanidade se acharia altamente purificada.
Mas a verdadeira oração tornou-se o privilé-
gio de uma pequena minoria, e sua ausência
atrai mais e mais adeptos da maioria. É, no en-
tanto, a Estrada Real que Moisés, Buda, Jesus,
Maomé e muitos outros aconselharam que
sigamos. Apesar disso, alguns fiéis se ata-
cam enquanto oram em seus nomes.
Por quê? Através da ignorância
do que é a verdadeira oração e
a quem deve ser dirigida. Se os
seres humanos orarem a um
deus que está fora de si mes-
mos, entrarão em guerra uns
com os outros por deuses inter-
postos. Mas no dia em que eles
entenderem que devem orar a um
Deus interior que seja o mesmo den-
tro do coração de um judeu, de um budista,
de um cristão, de um muçulmano e até de um
ateu, então eles se comunicarão no mesmo
templo – o da Paz Universal.
A oração é o diálogo do coração – um
diálogo que tendemos a negligenciar. Sua
importância reside mais na essência do que
na forma das palavras que usamos, sejam
elas faladas oralmente ou mentalmente. As
frases prontas repetidas automaticamente
não têm mais impacto místico do que uma
lição recitada perfeitamente por um aluno
que não entendeu o seu significado. Quando
oramos, é a voz da alma que deve ser ouvida
e não a voz da razão. Uma única palavra pode
ser suficiente, a partir do momento em que
transmite por si só uma emoção que milhares
de palavras não são suficientes para expressar.
É fácil entender que a oração é a única lin-
guagem que pode ser ouvida e entendida pelo
nosso Mestre Interior. Devo acrescentar ainda
que o Mestre faz dela seu próprio idioma, pois
é sob sua inspiração que sentimos o desejo
de orar. Isso significa que, sempre que não
respondemos a esse impulso, nos privamos de
uma harmonização com ele. Nosso dever in-
dividual é determinar o método de orar mais
adequado para nós mesmos, pois dois indiví-
duos não respondem exatamente da mesma
forma aos impulsos que levam à oração.
Por que devemos orar? A resposta a esta
pergunta pode ser resumida nessas palavras:
para agradecer, confessar e pedir. Orar para
dar graças equivale a expressar nossa grati-
dão ao Cósmico não apenas pelas bênçãos
diárias que vivenciamos pessoalmente, mas
também pelas bênçãos que outras pessoas
desfrutam. Confessar é equivalente a expres-
sar os arrependimentos que sentimos por
ter cometido erros em pensamento, palavras
ou ações, seja para nós mesmos ou para os
outros. Por fim, devemos pedir a Deus dia-
riamente a força para viver em paz com nós
mesmos e nos tornarmos instrumentos de
paz para o bem-estar dos outros. A este res-
peito, o que as religiões presentes chamam de
ação de graças, ato de contrição ou ato de in-
tercessão corresponde aos processos místicos
que os iniciados antigos usavam diariamente
e que todos os adeptos místicos usavam
muito antes de se tornarem ritos puramente
religiosos. A diferença básica entre o uso
religioso e a aplicação mística é que, no pri-
meiro, as preces são direcionadas para uma
divindade externa que esperamos alcançar
orando a santos ou entidades intermediárias,
enquanto que, no segundo, correspondem a
um diálogo direto entre nós e nosso próprio
Mestre Interior que não é outro senão o pró-
prio Deus dentro do Templo de cada pessoa.
Para concluir este artigo, gostaria de
compartilhar com você o que Bahram
Elahi, um Mestre Sufi, disse sobre a
oração. Esta citação concorda comple-
tamente com o significado que eu atri-
buo a ela como um processo místico:
A oração é o meio para entrar em con-
tato com Deus e estabelecer uma ligação
direta com Ele. Quanto mais sincera a
pessoa é, mais consciente desta ligação
ela se torna. Pode-se orar com ações,
bem como com palavras: ser caritativo
para com os outros, nunca falar mal de
ninguém, ser útil para a sociedade, esta
é a oração básica. Para os místicos que
sentem o verdadeiro amor em relação
ao Deus de toda a humanidade, existem
palavras de oração. No início, essas pala-
vras não são fáceis, mas uma vez que o
que é a Divindade é vivenciada, elas vêm
espontaneamente. Em primeiro lugar,
tente se concentrar em Deus ao falar
algumas palavras sagradas usadas pelos
místicos para orar: é uma oração-medi-
tação. Depois de um tempo, as palavras
não são mais necessárias: elas se tornam
a própria oração. O mais importante na
oração é imaginar que Deus está na nos-
sa frente e sentir nosso Mestre presente
dentro de nós. É até mesmo possível che-
gar ao ponto em que nenhuma distância
separa a alma de Deus, onde a pessoa
que ora esquece de si mesma e vê apenas
o Divino. Este estado é muitas vezes ape-
nas momentâneo, mas quando é perma-
nente, o objetivo supremo é alcançado.
Sob os Auspícios da Rosacruz e do Deus
de seu coração, inicie sua razão através da
meditação, inicie suas emoções através da
oração, e você transformará a iniciação
mística em uma experiência viva em todos
os níveis do seu ser. ✔
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■ AUTOCONHECIMENTO

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