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Shabat: Prosperidade
Meditação:
Na primeira semana temos a expressão pura de Chessed e devemos refletir sobre
como temos trabalhado o "Amar ao próximo como a ti mesmo".
Essa é maneira mais intensa de realizarmos a energia de Chessed em nossas vidas.
Esse é um dos atributos mais difíceis de se alcançar.
Devemos agir com as pessoas da mesma maneira como gostaríamos que agissem
conosco.
Este atributo também consiste em amarmos as outras pessoas sem julgamento
prévio.
Amar alguém que já conhecemos é muito fácil, o desafio está em amar o estranho,
por exemplo.
Colocar Amor em todos os nosso atos é uma das formas de nos aproximarmos mais
da natureza de Hashem.
Por isso, quando exercitamos Chessed conseguimos uma conexão direta com
Hashem.
Exercício:
Analise a forma como está aplicando o Amor em sua vida.
Aplico o Amor a todo tempo ou só quando me é conveniente?
Tenho dificuldade em amar?
Consigo amar sem fazer julgamento?
Tenho a capacidade de me dar ao próximo?
Injete amor em sua vida!
Salmo: 139
Comentário 1:
"Mas afinal", você pergunta, "o que é descrito em Bereshit aconteceu ou não?".
Sim, aconteceu, mas é preciso desmembrar a informação para compreender o que
está por trás destes eventos.
A criação do universo, por exemplo, não ocorreu num período de 168 horas, ou
seja, 7 dias vezes 24 horas.
O conceito de tempo se estabelece a partir do movimento da Terra, do Sol e da
Lua, sendo que os "luzeiros" - como são descritos na Torá - só foram criados no
quarto "dia" da criação.
Isto significa que não se trata de 7 dias, mas de 7 eras - uma percepção temporal
que vai além da nossa compreensão.
Podemos afirmar, contudo, que, no momento em que este texto é escrito, estamos
a 5776 anos da sexta era, a Era Adâmica; e que a qualquer momento (D-us
permita) podemos ingressar na sétima era, a Era do Mashiach.
A palavra shamaim ("céus") também é sempre plural, entre outras coisas, porque
se refere a diversas dimensões.
Neste primeiro instante foram criadas as várias camadas dimensionais.
Shamaim é formada a partir da junção de duas palavras: maim ("água") e a
inversão de esh ("fogo").
A água é uma expressão física da Luz Espiritual.
Maim é composta por duas letras Mem (uma aberta e positiva; outra fechada e
negativa) mais um Yud, o elemento neutro.
Isto significa que, em maim, temos prótons (Mem aberto), elétrons (Mem fechado)
e nêutrons (Yud) - a fórmula da água (H2O).
A Cabalá estabelece um sistema de três pilares que tem o seu código fundamental
extraído da palavra água em hebraico, os componentes que estabelecem a
composição do átomo.
O fogo é uma forma simbólica de representar o poder do pensamento.
A água contida em shamaim representa as diversas densidades e percepções do
átomo, sendo que o fogo (o pensamento, a mente) consolida e mantém estas
dimensões ao mesmo tempo unidas e separadas.
Comentário 2:
"Adam penetra ainda sua mulher, ela dá a luz um filho. Ela clama o seu nome,
Shet: Sim, Elohim me pôs uma outra semente no lugar de Hevel: sim, Cain o
matou. Shet também dá à luz um filho. Ele clama seu nome: Enosh. Então, o nome
de Yihavehá começava a ser clamado."
(Bereshit 4: 25-26)
Quando deixamos a consciência espiritual tornar-se predominante em nossa mente,
começamos a clamar o Nome do Eterno e assim, atraímos mais e mais a Luz do
Mundo Infinito para o mundo físico.
É fundamental deixar que nossa consciência possa gerar uma "realidade" mais
elevada.
E é nesta realidade auto-criada que ocorre o nosso tikun (correção).
A realidade projetada pela mente reativa de Cain é denominada Olam HaZé (Mundo
do “isso”).
Mas, segundo a Cabalá Contemplativa, há também uma outra Realidade que se
encontra acima do tempo e do espaço.
Esta realidade chama-se Olam HaBá.
E esta é a realidade que os cabalistas almejam alcançar.
Quando o cabalista fala sobre o "poder da mente", está falando sobre a capacidade
de experimentar uma alteração da consciência, que permite à consciência
transcender as limitações físicas e por isso mesmo, criar uma nova realidade.
O pensamento tem o poder de atravessar grandes distâncias e pode afetar as
pessoas e os objetos, e sem dúvida, é um fator de grande influência sobre o mundo
que nos rodeia.
Quando Avraham, o primeiro astrólogo, olhou para as estrelas e previu que não
teria filhos, a Luz do Mundo Infinito pediu para que Avraham não olhasse para as
estrelas, pois seus filhos estariam em um âmbito superior.
Avraham conhecia a sabedoria da astrologia e reconhecia o poder das influências
das mazalot sobre o ser humano.
Usando estes conhecimentos, ele descobriu que não poderia ter filhos, mas, por
intermédio do conhecimento da Cabalá ele descobriu que as estrelas induzem, mas
não obrigam.
Para a Cabalá, todas as coisas, físicas e metafísicas, incluindo a humanidade,
possuem dois aspectos, um finito e um outro infinito.
A tarefa do cabalista é elevar-se por cima da consciência normal das coisas e
descobrir os aspectos Infinitos existentes em cada coisa ou pessoa.
Os aspectos finitos da humanidade poderiam ser descritos como sendo sujeitos às
leis físicas da natureza robótica.
O outro aspecto, a característica Infinita, opera muito além dos limites da
fisicalidade.
O primeiro mundo está sujeito à dor, ao mal estar e à morte.
O segundo é parte do estado original de plenitude e satisfação.
Sabemos que o primeiro mundo tem raízes dentro do mundo físico e o segundo no
Mundo Infinito.
Ao despertarmos o nosso próprio aspecto infinito, é possível transcender o espaço,
o tempo e o movimento, e o cabalista chega ao seu estado de Olam HaBá.
Os aspectos finitos (corpo) estão sujeitos a leis da ciência, e os aspectos infinitos
transcendem tais leis.
Fisicamente, somos criaturas da terra; espiritualmente estamos conectados de
forma perpétua ao Mundo Infinito.
Comentário 3:
“Eis livro das gerações de Adam: no dia em que Elohym cria Adam, Ele os
faz à semelhança de Elohym.” (B’reshiyt 5:1)
“Adam vive cento e trinta anos e gera a sua semelhança, segundo sua
imagem e clama seu nome: Shet.” (B’reshiyt 5:3)
“Enoch segue com o Elohym e depois não existe mais: Sim, Elohym o
tomou.” (B’reshiyt 5:24)
Mas porque Chavah é a essência de toda a trama que ocorre no Gan Eden?
Aprendemos que o coração é a essência do livre-arbítrio, pois está ligado a
capacidade de distinguir entre o prazer sagrado e o prazer impuro.
Quando Chavah sucumbiu à sedução de Nachash, esta compreendeu que seu
veneno também poderia chegar até a mente (Adam).
Chavah é a essência de Biynah (o entendimento) que é responsável pelo
pensamento cognitivo e a distinção entre as coisas.
Os sábios nos ensinam que o segredo para a sabedoria consiste em permitir que a
mente domine o coração e que o coração domine o fígado.
Este é o segredo do tzadick (justo).
A geração posterior a Adam esteve empenhada na realização do Ticun de Adam, ou
seja, o Ticun da mente.
Com o advento da revelação da Torah no Sinai iniciou-se o período do Ticun de
Chavah, a correção do coração que predomina até os dias de hoje.
Aqui reside a necessidade de retificar a experiência, a vivência e a expressão.
Chavah, significa tanto “experiência”, “vivência”, como também “expressão”.
Nos tempos finais que antecedem o advento da Era do Mashiach, devemos nos
preparar para o derradeiro e final confronto de nossa alma – o Ticun de Nachash.
Aqui reside a correção do fígado, onde a força motriz de Nachash transformar- se-á
em Mashiach.
Mas não podemos esquecer que há na vida em particular o confronto dessas
experiências de retificação.
Um cabalista em uma única vida poderá fazer os três níveis de Ticun (mente,
coração e fígado) por intermédio do refinamento espiritual e o uso consciente da
kavanah (foco) conforme o desejo da Luz do Mundo Infinito, assim como fez Enoch
e muitos outros posteriores à geração de Adam.
Por que o texto bíblico sinaliza quando o universo foi criado se o homem nem
existia?
Porque é importante saber o histórico das coisas, boa parte da ignorância espiritual
do mundo acontece por conta do desconhecimento do histórico; quando
entendemos o histórico, descobrimos que há mais elementos em comum do que
parece existir.
Quando não entendemos o histórico nos tornamos histéricos.
A histeria que muitas vezes presenciamos no fundamentalismo espiritual é
decorrente da ignorância histórica.
Várias partes do texto bíblico têm ritos do candomblé, do xamanismo e etc.
“Céus e a Terra”- tudo a partir do mundo físico é limitado, enquanto que a partir da
espiritualidade as possibilidades são maiores, são múltiplas e para entender a
espiritualidade é preciso meditação.
Quando o texto fala da terra, fala de algo que está sob nosso controle, é dado ao
homem o controle da terra.
Mas os céus não está sob nosso controle e esse algo que não está sob nosso
controle é maior do que o que está sob nosso controle.
Isso é importante porque nos mostra que existe uma grande parte da existência
que não está sob nosso controle e isso perturba o homem moderno porque o
homem contemporâneo construiu todo um ideal de civilização, filosófico e religioso
com base na idéia de que ele pode ter controle sobre as coisas.
Essa idéia de controle é contrária ao que a Tradição apresenta, e a idéia
contemporânea corrompe a idéia da Tradição, corrompe os valores originais da
Tradição.
Comentário 5:
Diz o Bahir:
Por que a Torá principia pela letra Bet?
Para que principie por uma bênção (Berachá).
A primeira letra da Torá é Bet, segunda letra do alfabeto hebraico.
É, também, a primeira letra da palavra Berachá, que significa "bênção".
Quando estudamos a Torá, nos referimos, em geral, aos Cinco Livros de Moisés, ou, em
sentido mais amplo, à toda estrutura teológica que está fundamentada nesses Livros.
Todavia, em sentido cabalístico, a palavra "Torá" se refere ao plano da criação em sua
totalidade.
Quando os cabalistas falam da imanência e da transcendência de Deus, dizem que Ele
"preenche todos os mundos e envolve todos os mundos" (Zohar).
A letra Bet se refere ao intercâmbio entre esses dois conceitos e, assim, o nome da letra Bet
está relacionado à palavra Bait, que significa "casa".
Além do mais na condição de prefixo, a letra Bet significa "em".
Pode indicar um "preenchimento".
O "preencher" alude à (Isaías 6:3):
"Sua glória preenche toda a terra. "
O conceito que diz "Deus preenche todos os mundos" é indicado pela palavra "Bênção".
Bará, que está em código dentro da palavra bereshit, é uma expressão usada tanto para
"criar" como para "cortar" - algo que fatia, que descrimina cada coisa no seu devido lugar,
que coloca uma reflexão ordenada e lógica sobre as coisas.
O nome designado para D-us em Bereshit é Elohim, uma forma plural colocada num
contexto singular, o que descarta a possibilidade de uma figura antropomórfica de D-us, ou
seja, uma divindade com forma e características humanas.
A Torá descreve forças naturais que se expressam a partir de uma lógica pré-existente.
Muitas tradições religiosas se referem a um deus onipotente, onisciente e onipresente mas,
ainda sim, uma criatura (humana ou não).
Na Cabalá essa idéia de D-us não existe.
D-us é uma expressão imanifesta, aquilo que chamamos de Consciência Universal.
Expressões utilizadas em orações, tais como "inclina o Teu ouvido", "estende a Tua destra",
"meu Rei" ou "A-do-nai" não devem provocar mal entendidos.
Quando pronunciamos estas frases estamos criando dentro de nós uma centelha de
submissão a uma Lei Universal e esta Lei desperta em nós a humildade e abre o desejo de
receber, que é o primeiro passo para a manifestação da Luz Espiritual em nossas vidas.
Não que o Eterno se beneficie com a nossa subserviência, mas porque nós nos beneficiamos
quando somos humildes.
Refletir o quanto precisamos sair do nosso pedestal para receber a Luz do mundo infinito é
muito importante.
A palavra shamaim ("céus") também é sempre plural, entre outras coisas, porque se refere
a diversas dimensões.
Neste primeiro instante foram criadas as várias camadas dimensionais.
Shamaim é formada a partir da junção de duas palavras: maim ("água") e a inversão de
esh ("fogo").
A água é uma expressão física da Luz Espiritual.
Maim é composta por duas letras Mem (uma aberta e positiva; outra fechada e negativa)
mais um Yud, o elemento neutro. Isto significa que, em maim, temos prótons (Mem
aberto), elétrons (Mem fechado) e nêutrons (Yud) - a fórmula da água (H2O).
A Cabalá estabelece um sistema de três pilares que tem o seu código fundamental extraído
da palavra água em hebraico, os componentes que estabelecem a composição do átomo.
O fogo é uma forma simbólica de representar o poder do pensamento.
A água contida em shamaim representa as diversas densidades e percepções do átomo,
sendo que o fogo (o pensamento, a mente) consolida e mantém estas dimensões ao mesmo
tempo unidas e separadas.
Comentário 6:
Beit e Mem somam 42, o que nos conecta com a oração Ana Becoach, também
conhecida como "o Nome de D´us de 42 letras".
Para a Cabalá, todas as palavras com o mesmo valor numérico estão interligadas,
logo, na oração Ana Becoach encontramos a força de todo o livro de Bereshit - o
poder da criação.
Comentario 7:
Comentário 8: