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Livro 1 - Bereshit

Parashá: Bereshit ("No princípio")

Shabat: Prosperidade

Energia : Chessed de Chessed - A bondade da bondade

Meditação:
Na primeira semana temos a expressão pura de Chessed e devemos refletir sobre
como temos trabalhado o "Amar ao próximo como a ti mesmo".
Essa é maneira mais intensa de realizarmos a energia de Chessed em nossas vidas.
Esse é um dos atributos mais difíceis de se alcançar.
Devemos agir com as pessoas da mesma maneira como gostaríamos que agissem
conosco.
Este atributo também consiste em amarmos as outras pessoas sem julgamento
prévio.
Amar alguém que já conhecemos é muito fácil, o desafio está em amar o estranho,
por exemplo.
Colocar Amor em todos os nosso atos é uma das formas de nos aproximarmos mais
da natureza de Hashem.
Por isso, quando exercitamos Chessed conseguimos uma conexão direta com
Hashem.

Exercício:
Analise a forma como está aplicando o Amor em sua vida.
Aplico o Amor a todo tempo ou só quando me é conveniente?
Tenho dificuldade em amar?
Consigo amar sem fazer julgamento?
Tenho a capacidade de me dar ao próximo?
Injete amor em sua vida!

Torá: Bereshit - 1:1- 6:8

Salmo: 139

Comentário 1:

Bereshit bara Elohim et ashamaim veet haaretz


"No princípio criou D-us os céus e a terra".

Bereshit, a primeira parashá do livro do mesmo nome, começa descrevendo a


criação do universo.
Lembramos: A Torá não é apenas um livro de histórias e a seqüência de estudo das
parashiót não foi estabelecida por acaso.
O que estudamos em Olam HaAssiá (o "Mundo da Ação") semana a semana é
exatamente o que está acontecendo na dimensão de Olam HaBriá (o "Mundo da
Criação").
Em outras palavras as forças que estiveram por trás da criação do universo há anos
atrás estão em ação novamente nesta semana, promovendo mudanças e
transformações tanto no âmbito pessoal como no coletivo, quer você perceba isso
ou não.
Entra em cena o cabalista.
Ele é um canal de recepção e propagação da Luz Espiritual, logo, através do
cumprimento das mitsvót ("conexões") e de sua ação no Mundo Físico, a Luz do
Mundo Infinito se manifesta não só para o seu benefício como para o benefício de
toda a humanidade.
Não extraímos os verdadeiros ensinamentos da Torá através do seu sentido literal.
É preciso entender seus códigos; códigos revelados pela Cabalá.
Quando interpretada de forma correta, uma parashá revela não só o que aconteceu
(tomando o texto por um documento de valor histórico), como o que está
acontecendo e o que ainda está para acontecer, até porque a nossa percepção de
passado, presente e futuro é uma das ilusões da contra inteligência.

"Mas afinal", você pergunta, "o que é descrito em Bereshit aconteceu ou não?".
Sim, aconteceu, mas é preciso desmembrar a informação para compreender o que
está por trás destes eventos.
A criação do universo, por exemplo, não ocorreu num período de 168 horas, ou
seja, 7 dias vezes 24 horas.
O conceito de tempo se estabelece a partir do movimento da Terra, do Sol e da
Lua, sendo que os "luzeiros" - como são descritos na Torá - só foram criados no
quarto "dia" da criação.
Isto significa que não se trata de 7 dias, mas de 7 eras - uma percepção temporal
que vai além da nossa compreensão.
Podemos afirmar, contudo, que, no momento em que este texto é escrito, estamos
a 5776 anos da sexta era, a Era Adâmica; e que a qualquer momento (D-us
permita) podemos ingressar na sétima era, a Era do Mashiach.

"Bereshit" é a primeira palavra da Torá e através dela é possível compreender


todos os cinco livros de Moshé (Moisés).
Bará, que está em código dentro da palavra bereshit, é uma expressão usada tanto
para "criar" como para "cortar" - algo que fatia, que descrimina cada coisa no seu
devido lugar, que coloca uma reflexão ordenada e lógica sobre as coisas.
O nome designado para D-us em Bereshit é Elohim, uma forma plural colocada num
contexto singular, o que descarta a possibilidade de uma figura antropomórfica de
D-us, ou seja, uma divindade com forma e características humanas.
A Torá descreve forças naturais que se expressam a partir de uma lógica pré-
existente.
Muitas tradições religiosas se referem a um deus onipotente, onisciente e
onipresente mas, ainda sim, uma criatura (humana ou não).
Na Cabalá essa idéia de D-us não existe.
D-us é uma expressão imanifesta, aquilo que chamamos de Consciência Universal.
Expressões utilizadas em orações, tais como "inclina o Teu ouvido", "estende a Tua
destra", "meu Rei" ou "A-do-nai" não devem provocar mal entendidos.
Quando pronunciamos estas frases estamos criando dentro de nós uma centelha de
submissão a uma Lei Universal e esta Lei desperta em nós a humildade e abre o
desejo de receber, que é o primeiro passo para a manifestação da Luz Espiritual em
nossas vidas.
Não que o Eterno se beneficie com a nossa subserviência, mas porque nós nos
beneficiamos quando somos humildes.
Refletir o quanto precisamos sair do nosso pedestal para receber a Luz do mundo
infinito é muito importante.

A palavra shamaim ("céus") também é sempre plural, entre outras coisas, porque
se refere a diversas dimensões.
Neste primeiro instante foram criadas as várias camadas dimensionais.
Shamaim é formada a partir da junção de duas palavras: maim ("água") e a
inversão de esh ("fogo").
A água é uma expressão física da Luz Espiritual.
Maim é composta por duas letras Mem (uma aberta e positiva; outra fechada e
negativa) mais um Yud, o elemento neutro.
Isto significa que, em maim, temos prótons (Mem aberto), elétrons (Mem fechado)
e nêutrons (Yud) - a fórmula da água (H2O).
A Cabalá estabelece um sistema de três pilares que tem o seu código fundamental
extraído da palavra água em hebraico, os componentes que estabelecem a
composição do átomo.
O fogo é uma forma simbólica de representar o poder do pensamento.
A água contida em shamaim representa as diversas densidades e percepções do
átomo, sendo que o fogo (o pensamento, a mente) consolida e mantém estas
dimensões ao mesmo tempo unidas e separadas.

Arets ("terra") se refere ao mundo físico, descrito como vã e vazio - a ausência de


vida; também a falta de ligação entre as sefirót.
De acordo com o Midrash, todas as formas de vida já existiam numa forma
potencial, vindo a despertar somente quando surge o homem.
Se fizermos uma tradução fiel ao original, temos a expressão "e é Luz" no lugar de
"seja Luz".
Este pequeno detalhe denota que não existe qualquer distância entre a Consciência
Universal e a obra realizada.
Nos níveis mais altos da Árvore da Vida (as sefirót de Kether e Chochmá) só existe
a Unidade, sendo impossível estabelecer qualquer parâmetro de espaço, tempo ou
movimento porque eles não existem desassociados da Unidade.
Nesse momento surge a Luz sobre o abismo (Daat), o primeiro receptor desta Luz,
"onde" o homem foi idealizado.
"E viu D-us que a Luz era boa".
A expressão tov ("bom" ou "boa") vai muito além de uma coisa boa, fala também
de uma sincronicidade e de uma perfeição absoluta, algo que se aproxima, e muito,
de um atributo divino.
Desejar mazal tov ("boa sorte") para alguém é muito mais do que um cumprimento
corriqueiro.
Não há nada de casual ou inesperado quando se une mazal à tov, mas uma rede de
sincronicidade perfeita na vida.
Você tem o que precisa - e mais.
Tudo que existe vem de Kether e tudo que vem de Kether é bom.
Mas é difícil perceber isso em circunstâncias difíceis como a guerra, por exemplo.
Como ver algo bom em mortes e catástrofes?
Mas conseguir ver é uma coisa, não ser é outra.
Tudo que deriva da Luz é tov e tem uma razão de ser.

Voltando à questão da humildade, ela se aplica também à aceitação do limite de


nosso entendimento.
Entendermos que não conseguimos entender é um dos princípios da sabedoria.

E assim damos início a mais um ciclo de estudos da Torá, explorando as mesmas


parashiót em um outro nível de entendimento.

Fonte: Academia de Cabala

Comentário 2:

Bereshit é sempre uma ocasião muito especial.


Para um cabalista, é como se o próprio universo estivesse sendo recriado nesta
semana.
Este é um momento para repensar os projetos e objetivos de vida, nossas posturas
e principalmente em como podemos melhor estar recebendo a Luz do Mundo
Infinito em nossas vidas.
Bereshit não apenas nos ensina sobre nossas origens espirituais como também
sobre toda e qualquer forma de "criação" que somos capazes de realizar nesta vida.
Segundo a Cabalá, a realidade é formada e iniciada pelo poder do pensamento.
Para os cabalistas, somos o que pensamos.
Se projetarmos o nosso pensamento em um mundo de caos e negatividades, é isso
que iremos colher.
Mas do que um simples meio para perceber a realidade, o pensamento tem a
capacidade de criar a realidade que percebemos, interferindo diretamente no
mundo a nossa volta.
Somos mais do que observadores do mundo físico.
O pensamento, de acordo com a Cabalá, não apenas determina a natureza da
realidade do mundo físico como também modela a maneira como nos relacionamos
com esta realidade.
Para os cabalistas há duas formas essenciais de se relacionar com o pensamento,
por intermédio da centelha de Cain ou Hevel (Abel).
Segundo a Cabalá Contemplativa, constantemente existe uma disputa pelo poder
de nosso padrão de consciência – Cain X Hevel.
Há basicamente aspectos destas duas centelhas em cada um de nós, com uma
óbvia inclinação maior para uma delas.
Durante algum tempo, na história da humanidade, apenas a centelha de Cain
tornou-se predominante sobre o mundo físico.
E este foi um período de grande dor e sofrimento para todo o gênero humano.
Para os sábios de nossa tradição, todas as vezes em que há um predomínio do pilar
da esquerda (energia de julgamento) sobre a humanidade, passamos a inclinar
mais ao nível de consciência de Cain.
Para os cabalistas não se trata apenas de uma história do passado da raça humana,
mas de um ciclo que se repete de tempos em tempos, onde a centelha de Cain
(representando a força reativa) torna-se predominante em nossa consciência, por
termos "matado" Hevel (que significa ‘vento’), referência a uma percepção mais
extra-física do mundo.
Com o nascimento de Seth, a Torá indica uma clara intervenção do Mundo Infinito
sobre o mundo físico, gerando uma nova possibilidade da consciência do ser
humano voltar-se ao mundo espiritual.

"Adam penetra ainda sua mulher, ela dá a luz um filho. Ela clama o seu nome,
Shet: Sim, Elohim me pôs uma outra semente no lugar de Hevel: sim, Cain o
matou. Shet também dá à luz um filho. Ele clama seu nome: Enosh. Então, o nome
de Yihavehá começava a ser clamado."
(Bereshit 4: 25-26)
Quando deixamos a consciência espiritual tornar-se predominante em nossa mente,
começamos a clamar o Nome do Eterno e assim, atraímos mais e mais a Luz do
Mundo Infinito para o mundo físico.
É fundamental deixar que nossa consciência possa gerar uma "realidade" mais
elevada.
E é nesta realidade auto-criada que ocorre o nosso tikun (correção).
A realidade projetada pela mente reativa de Cain é denominada Olam HaZé (Mundo
do “isso”).
Mas, segundo a Cabalá Contemplativa, há também uma outra Realidade que se
encontra acima do tempo e do espaço.
Esta realidade chama-se Olam HaBá.
E esta é a realidade que os cabalistas almejam alcançar.
Quando o cabalista fala sobre o "poder da mente", está falando sobre a capacidade
de experimentar uma alteração da consciência, que permite à consciência
transcender as limitações físicas e por isso mesmo, criar uma nova realidade.
O pensamento tem o poder de atravessar grandes distâncias e pode afetar as
pessoas e os objetos, e sem dúvida, é um fator de grande influência sobre o mundo
que nos rodeia.
Quando Avraham, o primeiro astrólogo, olhou para as estrelas e previu que não
teria filhos, a Luz do Mundo Infinito pediu para que Avraham não olhasse para as
estrelas, pois seus filhos estariam em um âmbito superior.
Avraham conhecia a sabedoria da astrologia e reconhecia o poder das influências
das mazalot sobre o ser humano.
Usando estes conhecimentos, ele descobriu que não poderia ter filhos, mas, por
intermédio do conhecimento da Cabalá ele descobriu que as estrelas induzem, mas
não obrigam.
Para a Cabalá, todas as coisas, físicas e metafísicas, incluindo a humanidade,
possuem dois aspectos, um finito e um outro infinito.
A tarefa do cabalista é elevar-se por cima da consciência normal das coisas e
descobrir os aspectos Infinitos existentes em cada coisa ou pessoa.
Os aspectos finitos da humanidade poderiam ser descritos como sendo sujeitos às
leis físicas da natureza robótica.
O outro aspecto, a característica Infinita, opera muito além dos limites da
fisicalidade.
O primeiro mundo está sujeito à dor, ao mal estar e à morte.
O segundo é parte do estado original de plenitude e satisfação.
Sabemos que o primeiro mundo tem raízes dentro do mundo físico e o segundo no
Mundo Infinito.
Ao despertarmos o nosso próprio aspecto infinito, é possível transcender o espaço,
o tempo e o movimento, e o cabalista chega ao seu estado de Olam HaBá.
Os aspectos finitos (corpo) estão sujeitos a leis da ciência, e os aspectos infinitos
transcendem tais leis.
Fisicamente, somos criaturas da terra; espiritualmente estamos conectados de
forma perpétua ao Mundo Infinito.

Fonte: Academia de Cabala

Comentário 3:

“Eis livro das gerações de Adam: no dia em que Elohym cria Adam, Ele os
faz à semelhança de Elohym.” (B’reshiyt 5:1)

Estamos em Bereshit e este é um momento único na vida de todo cabalista.


É o momento para pensarmos na natureza de nosso propósito na Criação.
Por que estamos aqui?
E essencialmente temos que pensar se nossas ações estão de acordo com esse
propósito e finalidade maior.
Onde temos depositado nossa kavanah (foco)?
Para os cabalistas a kavanah é a força motora do ruach (espírito).
Onde você coloca sua atenção, seu foco e intenção é basicamente o lugar onde
você deposita o seu espírito.
Onde você tem colocado o seu espírito?
Você tem colocado seu espírito nas coisas importantes da existência?
Esta semana é uma semana de reflexão e meditação nos acontecimentos primeiros
do ato da Criação.

Segundo os sábios da Cabalá Contemplativa, todo o curso da história da


humanidade foi determinado pelo ato inicial que envolveu Adam, Chavah (Eva) e
Nachash (serpente).
A Cabalá Contemplativa nos ensina que estes três personagens básicos
representam três níveis de consciência.
São eles: a mente, o coração e o fígado.
A porção se inicia com a afirmação:
“este é o livro das gerações de Adam”.
Para os antigos este é o indicativo do momento em que Adam recebe a instrução
para escrever o Livro de Razy’El, que veio a ser, por muitas gerações, a única
referência escrita sobre a Sabedoria da Cabalá.
Adam foi desta forma um canal por onde a humanidade teve acesso aos mistérios
do Mundo Espiritual.
Mas há muito mais a se falar sobre a natureza de Adam e todos os personagens
que fizeram parte do cenário inicial da Criação.
Aprendemos, segundo os mistérios da Tradição, que Adam representa a mente
pura, o intelecto primeiro sem inconsciente e totalmente integrado a verdade e a
realidade à sua volta.
O coração representa Chavah que é o assentamento das emoções.
O fígado, influenciado por Nachash é o pragmatismo, a consciência entorpecida
(reativa), a idolatria e os benefícios e perdas existentes dentro da experiência do
mundo finito.
Ainda temos Cayn que representa a força do instinto e Hevel (Abel) que é a mente
abstrata idealista.

Em um determinado momento a história chega a um ponto de amadurecimento


com o nascimento de Shet.

“Adam vive cento e trinta anos e gera a sua semelhança, segundo sua
imagem e clama seu nome: Shet.” (B’reshiyt 5:3)

Shet representa o intelecto refinado e o início da organização do conhecimento


espiritual e o surgimento da consciência profética.
O resgate desta consciência profética é que veio a ser o ideal de toda a obra de Rav
Abuláfia.
Para Rav Abuláfia o trabalho espiritual deve ter como motivação essencial “libertar
a alma e desatar os laços que a prendem”.
Para tal é necessário realizar o Ticun da alma e corrigir os efeitos colaterais da
trama inicial descrita na Torah.
Para os cabalistas, todas as nossas decisões (até os dias atuais) são influenciadas
por essa atuação inicial.
Os sábios explicam que há três forças motivadoras em nosso processo de tomar
decisões: tov (bom), arev (prazer) e moil (ganância).
As letras iniciais destas palavras em hebraico formam a palavra ta’am, que significa
“gosto”.
Segundo os cabalistas é essencial sentir o “gosto”, ao tomar decisões.
Aprender a saborear e distinguir os acontecimentos da vida.
A origem da sabedoria pura e não cognitiva, está em Chokh’mah, na Árvore da
Vida, e Chokh’mah está ligado a Adam.
A origem do entendimento está em Biynah.
Em Biynah está também a chave para o prazer (o coração).
Este sentimento de prazer potencial se assenta nas emoções, e representa Chavah.
O conhecimento (tanto do bem como do mal) tem sua origem em Daat.
Em Daat temos o poder de percebermos e interpretarmos a realidade manifesta.
Aqui reside o sentido instantâneo e imediato de ganância, o pragmatismo
representado por Nachash.
Aqui se encontram os mistérios da mente, do coração e do fígado.
Em hebraico estes três órgãos se chamam: mocha, lev e kaved, cujas iniciais
formam a palavra Melech (Rei).
Só quando a mente rege o coração e este por sua vez rege o fígado, é que o
império do “Rei” será retificado.
O que ocorre nos instantes iniciais da Criação foi uma inversão dos valores.
Nachash (serpente) seduz Chavah e esta por sua vez seduz Adam.
Se isso não tivesse ocorrido, Chavah (o coração) estaria em sua posição natural,
subordinada a Adam (mente).
A redenção (e libertação da humanidade) consiste em corrigirmos estas inversões,
e somente através do processo de Ticun (correção espiritual).
Essa foi a tarefa das gerações posteriores a Adam e atinge seu potencial maior de
correção na vida de Enoch.
Enoch teria atingido o potencial maior do grau extático, o estado de D’vekut
(acoplagem, submissão ao Eterno).

“Enoch segue com o Elohym e depois não existe mais: Sim, Elohym o
tomou.” (B’reshiyt 5:24)

Este estado é também conhecido como “Estado de Mashiach”.


O valor em g’matriah da palavra Nachash é 358 que é o mesmo da palavra
Mashiach.
Uma vez que o Ticun do fígado seja realizado, podemos atingir o Estado de
Mashiach tão enfatizado por Rav Abuláfia em suas explanações.

Mas porque Chavah é a essência de toda a trama que ocorre no Gan Eden?
Aprendemos que o coração é a essência do livre-arbítrio, pois está ligado a
capacidade de distinguir entre o prazer sagrado e o prazer impuro.
Quando Chavah sucumbiu à sedução de Nachash, esta compreendeu que seu
veneno também poderia chegar até a mente (Adam).
Chavah é a essência de Biynah (o entendimento) que é responsável pelo
pensamento cognitivo e a distinção entre as coisas.
Os sábios nos ensinam que o segredo para a sabedoria consiste em permitir que a
mente domine o coração e que o coração domine o fígado.
Este é o segredo do tzadick (justo).
A geração posterior a Adam esteve empenhada na realização do Ticun de Adam, ou
seja, o Ticun da mente.
Com o advento da revelação da Torah no Sinai iniciou-se o período do Ticun de
Chavah, a correção do coração que predomina até os dias de hoje.
Aqui reside a necessidade de retificar a experiência, a vivência e a expressão.
Chavah, significa tanto “experiência”, “vivência”, como também “expressão”.
Nos tempos finais que antecedem o advento da Era do Mashiach, devemos nos
preparar para o derradeiro e final confronto de nossa alma – o Ticun de Nachash.
Aqui reside a correção do fígado, onde a força motriz de Nachash transformar- se-á
em Mashiach.
Mas não podemos esquecer que há na vida em particular o confronto dessas
experiências de retificação.
Um cabalista em uma única vida poderá fazer os três níveis de Ticun (mente,
coração e fígado) por intermédio do refinamento espiritual e o uso consciente da
kavanah (foco) conforme o desejo da Luz do Mundo Infinito, assim como fez Enoch
e muitos outros posteriores à geração de Adam.

Fonte: Academia de Cabala


Comentário 4:

No decorrer do processo de germinação, toda semente precisa de luz para uma


força adicional, para uma vitalidade adicional.
As formas negativas são: o mal intencional, a mentira e o feio; o que é
desarmônico, tosco.
O que quer que seja que comece com uma dessas coisas, tem grande possibilidade
de não acabar bem, pois estará impregnado dessa negatividade durante o seu
processo.
Por isso tudo deve começar com o bem, a verdade e o belo.

Por que os animais sofrem?


Não são só os animais que sofrem, e cada Tradição dará uma resposta a isso.
Para nós o conceito de sofrimento está muito relacionado ao ego, logo, eu sofro,
porque o meu ego sofre.
Eu sofro pela mazela de um animal e interpreto isso pela natureza humana, porque
é o meu ego interpretando.
O animal não sofre porque não tem ego, ele tem o obstáculo, a barreira que é
inerente à natureza, a Elohim, porque a mecânica de funcionamento da natureza é
a superação.
Nós também estamos nesse processo de correção e aprimoramento, até mesmo o
cosmos tem estrelas que explodem, galáxias que se chocam e etc.
A condição essencial ao aprimoramento é a restrição, o obstáculo.
Mas é preciso saber fazer da restrição algo de crescimento.
Quando falamos em corrigir somos levados a interpretar a correção como uma
correção de natureza moral e isso é um erro, pois o universo não é moral,
Elohim não é moral
Moral são as relações humanas.
O objetivo da correção é o aprimoramento da existência, do existir.
Até a natureza passou por restrições para o aprimoramento do existir, o
aprimoramento biológico inclusive acontece graças às restrições impostas pela
natureza.
O animal não está abandonado, o capim que cresce no meio fio não está
abandonado; este conceito é um conceito egóico e não podemos transferir
conceitos humanos para a natureza, porque senão submetemos a natureza a uma
interpretação antropológica.
E desta forma passamos a lidar com a natureza com uma interpretação humana.
O autoconhecimento é para conseguir se descobrir onde as coisas nasceram.
Onde um problema, um mal, um prazer, uma mentira e etc. se originou, em que
momento da nossa vida?
Essa é a chave essencial do autoconhecimento: mais do que matar o mal pela raiz é
descobrir o mal em sua raiz, porque matar o mal não impede que ele volte, mas
quando você o conhece, desenvolve o domínio sobre a coisa.

Por que o texto bíblico sinaliza quando o universo foi criado se o homem nem
existia?
Porque é importante saber o histórico das coisas, boa parte da ignorância espiritual
do mundo acontece por conta do desconhecimento do histórico; quando
entendemos o histórico, descobrimos que há mais elementos em comum do que
parece existir.
Quando não entendemos o histórico nos tornamos histéricos.
A histeria que muitas vezes presenciamos no fundamentalismo espiritual é
decorrente da ignorância histórica.
Várias partes do texto bíblico têm ritos do candomblé, do xamanismo e etc.

“Céus e a Terra”- tudo a partir do mundo físico é limitado, enquanto que a partir da
espiritualidade as possibilidades são maiores, são múltiplas e para entender a
espiritualidade é preciso meditação.

Quando o texto fala da terra, fala de algo que está sob nosso controle, é dado ao
homem o controle da terra.
Mas os céus não está sob nosso controle e esse algo que não está sob nosso
controle é maior do que o que está sob nosso controle.
Isso é importante porque nos mostra que existe uma grande parte da existência
que não está sob nosso controle e isso perturba o homem moderno porque o
homem contemporâneo construiu todo um ideal de civilização, filosófico e religioso
com base na idéia de que ele pode ter controle sobre as coisas.
Essa idéia de controle é contrária ao que a Tradição apresenta, e a idéia
contemporânea corrompe a idéia da Tradição, corrompe os valores originais da
Tradição.

“Faça isso e você terá felicidade, saúde, dinheiro, imortalidade e etc.”


Do século XV pra cá, quando a relação do ser humano com o destino e a natureza
tornou-se uma relação de dominação, acarretou transformações no âmbito
filosófico social que originaram uma sociedade proibitiva, capitalista, burguesa e
vinculada à relação custo benefício.
Isso se tornou tão impregnado em nós, que até a nossa relação com o sagrado se
tornou uma relação de custo benefício: “eu faço, mas o que eu ganho?”.
No passado, as pessoas faziam porque fazer é o fim em si, e não porque seria um
meio de se chegar a um fim.
Palavra e coisa são a mesma palavra em hebraico, isto é, um conceito e uma coisa
são a mesma coisa.
A frustração surge na relação entre o seu desejo e o que você pode alcançar.
Como descobrir?
Tirando o foco do desejo e colocando na existência, descobrindo quem você é.
Mas a medida que focamos e desejo nos distanciamos de quem somos e da nossa
realidade.
Fazer o que deve ser feito, ao invés do que o seu desejo deseja alcançar.
Para conhecer a natureza dos seus desejos você precisa conhecer a natureza das
suas faltas, de que você necessita, e para você reconhecer o que lhe falta, você
precisa olhar para você mesmo, e para isso, tem que tirar o foco do desejo.
Você só consegue ter maestria em qualquer coisa se você tem obediência a
Tradição.
O homem contemporâneo confunde o bem com o prazer - eu faço o bem porque
me dá prazer, mas fazer o bem nem sempre dá prazer.
Qual a diferença de ser vivo e ser vivente?
Você pode ser vivo e ser um parasita no mundo; ser vivente é não só ser vivo, mas
ser um ser produtor de vida.

Fonte: Academia de Cabala

Comentário 5:

Bereshit bara Elohim et ashamaim veet haaretz


"No princípio criou D-us os céus e a terra".

Diz o Bahir:
Por que a Torá principia pela letra Bet?
Para que principie por uma bênção (Berachá).
A primeira letra da Torá é Bet, segunda letra do alfabeto hebraico.
É, também, a primeira letra da palavra Berachá, que significa "bênção".
Quando estudamos a Torá, nos referimos, em geral, aos Cinco Livros de Moisés, ou, em
sentido mais amplo, à toda estrutura teológica que está fundamentada nesses Livros.
Todavia, em sentido cabalístico, a palavra "Torá" se refere ao plano da criação em sua
totalidade.
Quando os cabalistas falam da imanência e da transcendência de Deus, dizem que Ele
"preenche todos os mundos e envolve todos os mundos" (Zohar).
A letra Bet se refere ao intercâmbio entre esses dois conceitos e, assim, o nome da letra Bet
está relacionado à palavra Bait, que significa "casa".
Além do mais na condição de prefixo, a letra Bet significa "em".
Pode indicar um "preenchimento".
O "preencher" alude à (Isaías 6:3):
"Sua glória preenche toda a terra. "
O conceito que diz "Deus preenche todos os mundos" é indicado pela palavra "Bênção".

Ainda segundo o Bahir:


[...] “onde quer que encontremos a letra Bet, estará indicada uma bênção.”
Está, portanto, escrito (Gênese 1:1):
"No princípio (BeReshit) Deus criou o céu e a terra."
BeReshit é Bet Reshit.
A palavra "princípio" (Reshit) não é outra senão a Sabedoria.
Está, portanto, escrito (Salmos 111:10): "O princípio é a sabedoria, o temor a Deus."
A Sabedoria é uma bênção.
Está, portanto escrito: "E Deus abençoou Salomão."
Além do mais, está escrito (1 Reis 5:26): "E Deus concedeu Sabedoria a Salomão."
[...]
Para que um Deus totalmente transcendental se relacione com Sua criação, uma série de
Dez Sefirot (Emanações) teve que ser trazida à existência.
As duas primeiras dessas Sefirot são Keter-Coroa e Chochmá-Sabedoria.
A primeira Sefirá é chamada Coroa, pois é a coroa usada acima da cabeça. Portanto, a
Coroa se refere a coisas que se encontram acima da capacidade de compreensão da mente.
Por conseguinte, a Sabedoria é a primeira coisa que a mente pode apreender e, assim
sendo, é chamada de "começo".
Sendo Chochmá-Sabedoria a segunda Sefirá, e a letra Bet, segunda letra do alfabeto
hebraico, contém uma alusão a essa Sefirá.
A Sefirá Chochmá-Sabedoria, representado pelo Bet, é a transição entre a transcendência
de Deus e Sua imanência.
Não apenas envolve, como, também, "preenche".
A Sabedoria é o canal da Essência de Deus e, portanto, sustenta todas as coisas. Na
condição de elo entre Criador e criação, é o veículo que contém o potencial de todas as
coisas.
Assim sendo, diz o Talmud:: "Quem possui Sabedoria? Aquele que vê o que ainda não
nasceu".
Chochmá-Sabedoria é o conceito através do qual Deus percebeu, inicialmente, toda a
criação (e, portanto, corresponde aos olhos).
[...]
A palavra Berachá (bênção) está intimamente relacionada à palavra Berech, que significa
"joelho".
Do mesmo modo que dobrar os joelhos abaixa o corpo, assim o conceito de Berachá abaixa
a Essência de Deus de modo que ele possa Se relacionar com o universo, e ser
compreendido através de Seus atos.
A "Bênção", por conseguinte, é nossa compreensão mais elevada de Deus, que é o "Lugar
ao qual todo joelho se dobra".
É a casa (Balt) que se deve buscar antes de ser possível encontrar o Rei.
Outra vez mais, contém uma alusão à Sefirá Chochmá-Sabedoria, representada pela letra
Bet.
Aqui, um importante conceito, a ser encontrado muitas vezes, é a idéia cabalística de que
antes de haver um "despertar de acima", deve haver primeiro "um despertar de abaixo".
Isto é, antes que qualquer sustento espiritual seja concedido, deve haver primeiro algum
esforço por parte do recipiente.
Relaciona-se intimamente ao conceito de que cada recipiente da Luz de Deus deve ser,
também, doador.
A palavra "Bênção" se refere principalmente ao sustento dado como resultado de um
"despertar de abaixo".
Os principais meios de tal "despertar" são a Torá e os mandamentos.

"Bereshit" é a primeira palavra da Torá e através dela é possível compreender todos os


cinco livros de Moshé (Moisés).

Bará, que está em código dentro da palavra bereshit, é uma expressão usada tanto para
"criar" como para "cortar" - algo que fatia, que descrimina cada coisa no seu devido lugar,
que coloca uma reflexão ordenada e lógica sobre as coisas.

O nome designado para D-us em Bereshit é Elohim, uma forma plural colocada num
contexto singular, o que descarta a possibilidade de uma figura antropomórfica de D-us, ou
seja, uma divindade com forma e características humanas.
A Torá descreve forças naturais que se expressam a partir de uma lógica pré-existente.
Muitas tradições religiosas se referem a um deus onipotente, onisciente e onipresente mas,
ainda sim, uma criatura (humana ou não).
Na Cabalá essa idéia de D-us não existe.
D-us é uma expressão imanifesta, aquilo que chamamos de Consciência Universal.
Expressões utilizadas em orações, tais como "inclina o Teu ouvido", "estende a Tua destra",
"meu Rei" ou "A-do-nai" não devem provocar mal entendidos.
Quando pronunciamos estas frases estamos criando dentro de nós uma centelha de
submissão a uma Lei Universal e esta Lei desperta em nós a humildade e abre o desejo de
receber, que é o primeiro passo para a manifestação da Luz Espiritual em nossas vidas.
Não que o Eterno se beneficie com a nossa subserviência, mas porque nós nos beneficiamos
quando somos humildes.
Refletir o quanto precisamos sair do nosso pedestal para receber a Luz do mundo infinito é
muito importante.

A palavra shamaim ("céus") também é sempre plural, entre outras coisas, porque se refere
a diversas dimensões.
Neste primeiro instante foram criadas as várias camadas dimensionais.
Shamaim é formada a partir da junção de duas palavras: maim ("água") e a inversão de
esh ("fogo").
A água é uma expressão física da Luz Espiritual.
Maim é composta por duas letras Mem (uma aberta e positiva; outra fechada e negativa)
mais um Yud, o elemento neutro. Isto significa que, em maim, temos prótons (Mem
aberto), elétrons (Mem fechado) e nêutrons (Yud) - a fórmula da água (H2O).
A Cabalá estabelece um sistema de três pilares que tem o seu código fundamental extraído
da palavra água em hebraico, os componentes que estabelecem a composição do átomo.
O fogo é uma forma simbólica de representar o poder do pensamento.
A água contida em shamaim representa as diversas densidades e percepções do átomo,
sendo que o fogo (o pensamento, a mente) consolida e mantém estas dimensões ao mesmo
tempo unidas e separadas.

Arets ("terra") se refere ao mundo físico.

Fonte: Academia de Cabala

Comentário 6:

Bereshit e a oração Ana Becoach

Beit, a primeira letra da Torá, dá início a Bereshit (Gênesis).


Mem, a última letra da parashá Vaichi, fecha o primeiro livro (Bereshit).

Beit e Mem somam 42, o que nos conecta com a oração Ana Becoach, também
conhecida como "o Nome de D´us de 42 letras".

Para a Cabalá, todas as palavras com o mesmo valor numérico estão interligadas,
logo, na oração Ana Becoach encontramos a força de todo o livro de Bereshit - o
poder da criação.

Fonte: Academia de Cabala

Comentario 7:

Esta semana recomeçamos a estudar a Torah.


Este ano de 5778 [2017/2018] é um ano de Tif’eret, e estudaremos sempre a terceira
porção de cada parashah – o terceiro chamado.
B’reshiyt ("No Princípio") é o primeiro livro da Torah, também chamado de Sefer haYashar
("Livro da Retidão") por causa dos patriarcas Av’raham, Yitz’chac, Yaa’cov e Yossef.
É em B’reshiyt que cada um dos patriarcas é apresentado ao longo de 12 "porções"
(parashiot) - de B’reshiyt a Vay'chy. Estes homens não chegaram a um alto grau de
espiritualidade sem desafios, mas, independente dos obstáculos, sempre demonstraram pro
atividade e respeito ao próximo.
Av’raham, nosso maior exemplo, não questionava a crença de seus hóspedes para servi-los.
Mais importante que os rótulos são os homens por trás deles. Devemos nos inspirar
diariamente no exemplo de Av’raham.
Adam não foi o primeiro judeu, mas o primeiro homem. A Torah, por sua vez, foi entregue
no deserto para que não houvesse "donos". Ela pertence à humanidade e cabe a cada um
de nós ser portador desta Luz para a unificação das 70 nações sob o estandarte da Era do
Mashiach.

Fonte: Academia de Cabala

Comentário 8:

Essa semana começa-se a ler a Torá novamente desde o começo, do livro de


Gênesis.
Nessa primeira leitura lemos sobre a criação do mundo, o surgimento do primeiro
homem e da primeira mulher, a expulsão do paraíso, a briga de Caim e Abel e
todas as gerações até a chegada de Noé.

Existe nessa porção um versículo particularmente importante:


“Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à
porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar” (Gênesis 4:7).

Embora seja um conselho dado direta e especificamente a Caim, a Cabalá ensina


que essa é uma máxima válida para todo ser humano, e que ela versa sobre o que
se chama “Má Inclinação” (Iétser Hará).

O versículo mostra claramente que quando se trata de nossa Má Inclinação temos


basicamente duas atitudes: ou fazemos o bem – não ouvimos a ela – e somos
aceitos, ou o desejo dela fica sobre nós, nos vence, e “o pecado jaz à porta” –
ficamos a um passo de fazer alguma besteira.
Mas o versículo ensina que mesmo neste caso, podemos dominá-la.
Existe uma parábola que ilustra muito bem essa nossa relação com a Má Inclinação.
Quando nascemos nesse mundo é como se tivéssemos vindo com uma contusão em
alguma parte do corpo (a Má Inclinação).
Se formos viver a vida sem fazer nada quanto a essa contusão, chega um momento
em que viver se torna insuportável e a dor pode nos consumir e fazer com que
vivamos bem menos do que realmente poderíamos.
Mas, em vez disso, podemos aplicar uma compressa no local da dor (a Torá, a
espiritualidade), e assim conseguimos levar uma vida normal.
Podemos comer, beber, tomar banho, sair na rua e trabalhar sem que a contusão
nos atrapalhe.
Uma última lição ligada ao assunto é: como a Má Inclinação é uma contusão
permanente, não podemos tirar a compressa sequer uma vez, pois basta isso para
que comecemos a sentir os incômodos do problema.
É por isso que o Rav Isaac ensinou que a Má Inclinação do homem se renova a
cada dia e nos afeta diariamente como se fosse pela primeira vez. Sendo assim,
também os nossos cuidados com ela e seus efeitos devem ser diários e constantes.

Por: Yair Alon.

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