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Índia
Mergulho em teus mistérios
e procuro o que ficou de mim:
Franjas de nada, maya, ilusão.
Teus rishis absorvem meus dias
e pergunto se passei pela Terra
ou se meus pés se arrastaram,
confundidos com a poeira
dos caminhos.
Entre Purucha e Prakriti,
o mântran sagrado mostra-me
que a liberdade do samadhi
tem como porta os braços abertos
de Aditi, onde encontro
a fusão do jivâtman
à coroa ígnea de Surya.
Foi isto que fizeste de mim.
Velha Mãe Aryavarta.
Tento o caminho do Karma
e Kâma, o Amor,
só aponta, para meu destino,
beber das águas do Sarovara
onde os sete Ansas brancos
mostram-me, em seu vôo,
os montes níveos do Himalaya.
(L.G.)
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FILOSOFIA SANKYA
***
1) - Restri ção
2) - Cultura baseada nos textos antigos
3) - Posições (asanas) convenientes à perfeita meditação.
4) - Controle da respiração (ou pranayama)
5) - Controle dos sentidos
6) - Concentração
7) - Atenção continuada
8) - Recolhimento absoluto (ou samadhi) no qual
desaparece a dualidade entre quem contempla e o objeto
contemplado.
* * *
Diz H.P.B.:
”Sem sombra de dúvida, perdidos e ignorados
entre povoamento de memórias fenomenais e cérebros
metafísicos, existem hoje em dia na Índia modestos
shastris e panditas cujos conhecimento lhes é
permitido provar, irrefutavelmente para muitos, que os
Vedas são os livros mais antigos do mundo”.
Pasmem os leitores desavisados sobre os números e o
tempo, na Índia. Diz a mesma escritora:
Um destes investigadores ou shastris antes citados,
publicou no ”the theosophist” (agosto/ l881) um engenhoso
trabalho no qual demonstra astronômica e matematicamente
que: se o exame crítico das obras pós-Vedicas , desde os
Upanichads e Brahmanas até os Puranas, nos revelaram 20000
anos antes de Cristo, resulta que os Vedas devem ter sido
escritos uns 30000 anos antes da era cristã data que devemos
admitir atualmente como a idade desse ”livro dos livros”.
O encaminhamento da filosofia vedantina toma as duas
acepções enunciadas no Mundakya-Upanishad:
”A ciência popular, através das suas
diversas ramificações estuda e explica os
fenômenos; a ciência mais elevada, a
realização do Uno ImperecÍvel”.
Diz ainda o vedantino Abhedananda:
“... a mesma realidade se expressa no mundo
objetivo como matéria, e no mundo subjetivo co mo
mente: - naquele , como gravitação, eletricidade ,
calor e movimento; neste, como inteligência,
compreensão, emoção, vontade etc. A realidade é
uma, mas as suas manifestações são várias . Por
conseguinte, a conclusão última da ciência é a
unidade na variedade”.
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Este mesmo conceito é defendido igualmente por
Vivekananda, tendo em vista o pensamento da escola Uttara-
Mimansa:
“Que quero dizer então por ideal duma religião
universal? Não quero dizer uma filosofia universal,
nem uma mitologia universal, um ritual universal,
porém sim que este mundo, esta intrincada máquina,
muito intrincada, muito assombrosa, deve andar em
boa ordem .
Que podemos fazer nós? Podemos fazer que ela
ande suavemente. Podemos diminuir a atrição,
podemos engraxar as rodas, digamos. E como?
Reconhecendo a variedade . Do mesmo modo que te mos
reconhecido também a variedade, devemos aprender
que a verdade deve ser expressada de cem mil modos
distintos, não obstante ser cada um certo”.
Vemos que a Vedanta engendra em si uma filosofia plena de
tolerância.
De fato foi Shankaracharya (ou Sankara) o gran-
divulgador da filosofia vedanta, no século oitavo de nossa
era. Atribuem-se a ele numerosas obras, 1nclusive os
comentários, plenos de Sabedoria, sobre o ”Bhagavad -gita e
os Upanichads. Sendo a mais importante de suas obras os
estudos, por ele feitos, sobre os Aforismos de Vyasa. Era tão
grande seu saber e sua luz que muitos admitem ter sido este
Mestre uma encarnação de Gautama, o Buddha.
É indispensável que saibamos que a Vedanta se divide
em três escolas básicas :
1 ) Dvaita (dualista)
2) Vizichtadvaita (também dualista)
3) Advaita (monista, não dualista, da qual
Shankaracharya foi o mestre e fundador).
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ANÁLISE DAS ESCOLAS FILOSÓFICAS
* Platão
Grécia - Platão ; *
Palestina – Jesus (no centro) ; Jesus *
Egito – Thot Hermes ; Krishna
Índia – Kishna. Thot *
* * *