Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ÍNDICE
Índice................................................................1
Introdução ......................................................... 3
Aryavarta .........................................................10
Concepção do Eu .............................................. 18
Estados de consciência ...................................... 24
Mitologia e escolas filosóficas ...........................31
1 - Filosofia Vaizechika .................................... 35
2 - Filosofia Nyaya ........................................... 35
3 - Filosofia Purva-Mimansa ..............................40
4 - Filosofia Sankhya ........................................49
5 - Filosofia Patanjali ........................................54
6 - Flosofia Uttara-Mimansa ou Vedanta .............62
Análise das Escolas Filosóficas ..........................71
A Unidade ...................................................... 80
O Ternário ..................................................... 87
O Septenário ................................................... 95
Princípios da Evolução ....................................103
Kundalini .......................................................111
Estrutura Psíquica e Mental..............................120
A Yoga ...........................................................128
Tantra, Laya e Kriya ........................................136
A Energia de Surya ..........................................144
Vayu .............................................................. 151
Prana - Alento Vital .........................................160
Prana - Matéria Vital .......................................168
Os Princípios da Vida ..................................... 176
2
Apas ..............................................................184
Prithivi ...........................................................192
Peculiaridades dos Tattvas ................................200
O poder de Aum ...............................................207
Pranava ...........................................................216
A Palavra perdida .............................................223
O Som Sacrosanto..............................................232
Hierarquias Espirituais .....................................240
O Avatar à luz da Teosofia ................................248
Universalidade da Reencarnação ........................254
A Reencarnação na Índia (upanishads) ...............264
Reencarnação e Metempsicose ...........................271
A Reencarnação segundo ‘o Tibetano’.................280
Os Princípios e a Reencarnação .........................289
Jivatma e Reencarnação ....................................297
A Reencarnação na Escola Sankhya ....................304
A Reencarnação segundo a Vedanta ....................312
Maya e Reencarnação ........................................320
Chitta e Libertação ............................................329
As Escolas menores e a manifestação do homem ..336
Materialistas e Espiritualistas ............................343
O Budismo ....................................................... 351
A Filosofia e dogma do Budismo ........................360
Seitas e Doutrinas .............................................368
A Mensagem Universal ......................................374
Índice................................................................383
3
INTRODUÇÃO
* * *
Foi a Índia que mostrou, através de seus arautos, de seus
iogues, de seus místicos profundos – como nenhum povo – a
nulidade das coisas finitas e mortais. Isto, se olharmos a
filosofia extraída da mudança que houve entre a ortodoxia
Bramânica e o ressurgimento do mistério vedantino. Aí já se
podem distinguir dois pontos que devem ser estudados. O
surto Bramânico nunca pode ser definido, em tempo , quando
nasceu. Ele se perde na noite dos tempos. Vamos ver que as
obras mais significativas da velha Índia, como os
Upanishades e outros livros que se perdem numa distância
maior, que vem desde a as codificações dos Manus, foram de
4
difícil decifração para o vulgo; e as interpretações trouxeram
sempre muita divisão de conceitos.
Assim, a Filosofia nunca vai ser compreendida como
Bramânica. Ela vai ser sentida, como Vedantina, com os
Vedas. Precisamos também ver uma coisa extraordinária; a
Índia está anexada, de um modo esplendoroso, aos enunciados
persas antigos; e ela se funde, num magnífico processo, entre
as leis básicas do Manu e as forças trazidas por Zaratustra,
sendo que é a Índia mais antiga que o Madzeismo. Ela é mais
antiga que os cânticos dedicados a Surya (o Sol). É mais
antiga mesmo que o culto a Agni, nos seus rituais
arquimilenares.
Essa força do antigo na velha Índia passa a ter valor dentro
de um sábio que expressa uma falange luminosa de Anjos de
Sabedoria: Vyâsa. Nós nunca poderemos esquecer Vyasa , ou
os Vyâsas que trazem os conhecimentos mais profundos da
filosofia Vedanta. É nos Vedas que encontramos a força para
a nossa mente e desenvolvimento de nosso pensamento e
palavra. Nos Vedas encontramos o alento cultural que fez
surgir a maior revolução Mística do mundo Oriental: O
advento de Buddha.
Buddha vem reformular conceitos que se perdiam no
tempo, naquelas regiões que pareciam – de tão embrenhadas
nas selvas da velha Índia – como não existentes. De lá saem
povos e povos que crescem e se agigantam para dentro,
perdendo a estrutura de valores externos, porque essa foi a
grande reformulação e autêntica revolução Budista, à qual
devemos um enunciado de tal ordem que nenhuma filosofia
ocidental logrou atingir. Quando se tenta estudar a realidade
do pensamento humano, dize-se que somente com Buddha a
Índia teve o seu filósofo.
Vai nisso um pouco de desconhecimento de certos
pensadores que antecedem Buddha e que trouxeram a
preparação ao advento do grande sábio.
Não podemos negar, porém, que foi ele que apresentou
proposições definitivas ao ser humano. Proposições essas que
são colocadas em interrogações que não eram feitas pelo
Bramanismo. A mais forte das interrogações foi aquela: “Por
que o homem sofre?”. Essa pergunta, 600 anos antes de
Cristo, continua a reboar pelas montanhas de toda a Terra,
5
através de todas as cátedras, dentro dos templos, ressoando
também nas penitenciárias, nos hospitais, nos problemas
dentro dos lares ou individuais. Sempre perguntaremos: “Mas
afinal porque é que eu sofro?”
Buddha levantou esta questão. Uma questão que está
atinente a uma resposta que ningém poderá dar a si mesmo,
sem demorada reflexão e coragem de anulação de muitos de
seus desejos. Talvez de todos, para obter a resposta definitiva
da causa do sofrimento. Buddha nota que o homem e o mundo
são duas coisas distintas. Até então via-se o cenário mesclado
ao homem. O homem, parte deste cenário, presa fácil do
lugar, do ambiente, das pessoas, dos fatos, dos costumes, da
fé, das divisões de classe etc. O homem era algo contido em
si e até dilacerado, destruído pelo ambiente.
Buda mostra que a criatura pode ter um valor intrínseco, e
esse valor sendo subjetivo, seria o meio da libertação.
Primeiro do ambiente, depois dela mesma.
Observai a reformulação de Buddha, Apresentava-se o ser
como vítima de armadilha inexplicável. Segundo as
concepções Bramânicas, puramente religiosas, as almas
traziam da amplidão a liberdade e inesperadamente, viam-se
presas à malha da carne, debatendo-se, sem ter o direito de
indagar. Cabendo-lhes apenas curvar a fronte diante de
Brama, ou mergulhar no Ganges, ou na lama.
A filosofia só nasce quando surge a indagação. Enquanto o
homem não pergunta, não se transforma no Filósofo. O
filósofo que vem poucos séculos depois de Buddha é
Sócrates. E Sócrates é essencialmente Budista, porque não
deixou que nada ficasse sem indagação. Ele perguntava: O
que é isto?
Buddha acha que esta indagação pode ter uma resposta
definitiva. Ele expõe as cores do mundo. Peregrinando,
conseguiu formar em torno dele (ainda lembrando Sócrates),
aqueles que iriam ouvi-lo, como se fora um sofista, na praça.
Todos os que pudessem caminhar com ele – isto foi próprio
dos primeiros pensadores, como igualmente vamos encontrar
seis séculos depois em Jesus – ouviram a afirmação de que os
seguidores deveriam tomar a sua própria cruz . Buddha, neste
ponto, talvez por ser o início do caminho para a verdadeira
libertação da raça humana, logo se tornou universal..+
6
Buddha ensinou:
“Existe a dor. O homem sofre porque deseja. Mas, por que
deseja e sofre? Deseja e sofre porque existe uma Lei”
Aí é que Buddha se torna o grande revelador. O revelador
de uma lei que não podemos mudar. Não há criatura capaz de
modificá-la, não houve pensador capaz de trocá-la com
eficiência, por outra proposição: A Lei da Causalidade.
Buddha descobre esta lei no oriente.
Evidentemente, esta Lei não fora somente parte do advento
de Buddha, mas de todos aqueles que atingiram a contextura
íntima da Sabedoria. Vamos encontrar a Causalidade nos 7
princípios de Herméticos. Entretanto, podemos alinhavar que
um grande pensador dos tempos modernos – Kant – coloca a
causalidade como Lei indispensável: “Se não há causalidade,
as coisas são separadas e não agrupadas, nós não podemos ter
uma noção da influência das partes sobre o todo de um grupo”
Realmente o Ser agrupa num só processamento de fatos,
lágrimas e risos. Se tivermos, porém, cada lágrima, cada riso,
cada acontecimento nosso, em separado, nós nos perdemos
nas coisas separadas. Mas se temos o poder de anexação da
Lei, e a razão de ser das coisas, pois nada em nós, nem em
ninguém, aconteceu por acaso, desmembradamente do todo de
cada vida.
A filosofia de Buddha oferece, aos que tenham a
profundidade da reflexão, um grande avanço para
compreender Jesus , quanto ao julgamento. Porque se nós
quisermos colocar em termos de juízo ou de julgamento os
fatos da vida, vamos ser maiores que a Lei e não merecemos a
vida.
Buddha antecede Jesus quanto à causalidade. Jesus
completa: “Não julgueis para que não sejais julgados”.
Daí colocar o perdão como um processamento. Não é o
perdão uma espécie de beneplácito ou alguma coisa que se
faça a alguém porque somos superiores, mas porque, pelo
contrário, somos fracos – mais fracos que a Lei. E é por isso
que o perdão toma uma contextura maior para aqueles que
entendem a filosofia de Buddha. O perdão nunca seria válido
se antes não tivesse aparecido um Ser que iluminasse a
filosofia do mundo com a Lei da Causalidade.
7
Se passarmos a refletir melhor, vamos ver que cada caso
acontecido surge por uma causa essencial.
Buddha vai ao âmago da questão e chama de desejo a causa
essencial. Desejo de ter, desejo de continuar, desejo de não
perder – desejo que prende o ser à sua própria vida, deixando
nele o temor da própria morte.
Buddha é um pensador frio. Ele não é nem jamais seria, o
que o falso misticismo religioso fez dele: uma criatura, ou um
Deus, que pudesse atender às rogativas, para modificar nossa
vida.
A piedade, para Buddha, é a compensação da Lei. Pelos
atos diferentes que geraram conflitos atuais nós teríamos
pensamentos e atos novos, que gerariam uma nova estrutura
de vida.
Mas, enquanto persistirmos no mesmo mecanismo limitado
e restrito de nossos desejos, todas os coisas tomam uma
posição restrita e limitada, porque o cerne do sofrimento é o
desejar.
A antítese do processo do desejo é o desprendimento. Daí
se dizer que Buddha é o pensador que abarca em si mesmo
três ensinamentos essenciais:
1 – A causa da dor.
2 – A libertação da dor.
3 – O atingir da beatitude, ou do nirvana.
Não significa, em absoluto, na filosofia de Buddha, ser este
nirvana, uma espécie de céu dos católicos. Não quer dizer
morrer para viver num estado de bem aventurança eterna.
Não! É o nirvana o estado de consciência que logra todo
aquele que pode diminuir, ou acabar com o seu desejo.
Todas as vezes que implica desejarmos alguma coisa
excessivamente, perdemos a tranqüilidade. Os desejos são
sempre mais fortes que as coisas adquiridas pelo desejo.
Isto pode ser traduzido, facilmente, em termos materiais.
Um homem desenvolve uma firma dentro do sistema
capitalista. Cada vez mais amplia seu trabalho e seu capital,
porque achará pouco um e outro. Não só porque ele não
admite mais a normalidade do conquistado, mas sim porque
teme a destruição do que já conquistou. Daí o temor gerado
pelo desejo.
O temor é subjetivamente a corda do desejo.
8
*
10
ARYAVARTA
A CONCEPÇÃO DO EU
.................Energia
...........Energia e Autoconsciência
EU TOTAL
EU SUPERIOR (Individualidade)
EU INFERIOR (Personalidade)
ESTADOS DE CONSCIÊNCI A
2) Svapna
3) Sushupti
***
35
FILOSOFIA VAIZECHICA
FILOSOFIA NYAYA
* * * *
39