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A cachoeira é de Oxum
E o arco-íris de Oxumaré
Que são as linhas do amor do pai Olorum
Que ilumina cada um e engrandece a nossa fé
ESTUDO DO TEXTO
PRIMEIRA ESTROFE
Sete são as vibrações: Diz respeito aos sete tronos sagrados de
umbanda: fé (Oxalá), amor (Oxum), Conhecimento (Oxóssi),
Equilíbrio (Xangô), Lei (Ogum), Evolução (Obaluaiê), Geração
(Iemanjá).
Olorum: Deus criador
Congá: altar
SEGUNDA ESTROFE
Iemanjá é a regente natural da geração(maternidade), junto com
Omolu.
Oxóssi é o regente natural do conhecimento(raciocínio), Junto com
Obá orixá da verdade.
Lá na floresta: faz relação com o ponto de força de Oxóssi.
TERCEIRA ESTROFE
Quem movimenta é Iansã: Refere-se a uma das qualidades de Iansã,
ela é o próprio direcionamento da lei, junto com Ogum.
Ogum é o regente natural da lei(ordem), sua atuação é a linha
divisória entre a emoção e a razão junto com Iansã.
QUARTA ESTROFE
Xangô é o regente natural da justiça (razão e equilíbrio), junto com
Egunitá ou Eroiná.
Obaluaiê é o regente natural da evolução(saber), junto com Nanã.
Senhor das almas trás calma e sabedoria dos pretos velhos.
QUINTA ESTROFE
A cachoeira é de Oxum refere-se ao seu ponto de força.
Oxum é a regente natural do amor(concepção), junto com Oxumarê
que irradia as sete cores que caracterizam as sete irradiações divinas,
renovando a fé.
SEXTA ESTROFE
Babá: zelador ou pai de santo
Mãe Logunan ou Oyá trabalha na irradiação da fé e religiosidade, é a
senhora do tempo, tão temido por todos nós.
Oxalá é o trono natural da fé, no sincretismo representa jesus.
HISTÓRIA DA UMBANDA
A umbanda é uma religião brasileira, que sintetiza vários elementos das
religiões africanas e cristãs, porém sem ser definida por eles. Formada no início do
século XX no sudeste do Brasil, a partir da síntese com movimentos religiosos como
o Candomblé, o Catolicismo e o Espiritismo.
Umbanda é um vocábulo de língua Umbundo falada pela tribo do mesmo
nome. O mito fundador mais conhecido sobre o nascimento da Umbanda seria do
médium Zélio de Moraes, o qual foi incorporado pelo Caboclo das Sete
Encruzilhadas para anunciar a nova religião, fato que teria ocorrido em 15 de
novembro de 1908 em São Gonçalo/RJ. Neste momento, a Umbanda se tornaria
uma nova religião, a qual também era chamada de baixo espiritismo já que muitas
das características da Umbanda se assemelham ao espírito Kardecista. Entre os
estudiosos, existem controvérsias sobre o surgimento.
CONVIDO Á TODOS PARA REFLETIRMOS UM POUCO DIANTE DA
HISTÓRIA
A Lei 10.639/03, alterada pela Lei 11.645/08, torna obrigatório o ensino da
história e da cultura africana e afro-brasileira nas escolas públicas e particulares
brasileiras, no ensino fundamental e médio. Essa obrigatoriedade busca corrigir a
ausência destes conteúdos no cotidiano da sala de aula e proporcionar uma maior
profundidade na sua abordagem. Também intenciona minimizar, por meio da
educação, as ações de intolerância étnica que se sucedem na sociedade. o
enriquecimento das suas informações sobre estas manifestações religiosas.
Intencionando, assim, que este conhecimento seja o promovedor de possibilidades
de consolidação de tolerância religiosa e etnia.
A escravidão que ocorreu no Brasil durante séculos, deixou muitas marcas,
ainda hoje se pode perceber os resquícios de um passado sangrento, talvez hoje
possamos chamar essas marcas de intolerância e racismo. O tráfico de escravos
transatlântico escravizou nas Américas milhares de pessoas. No Brasil o tráfico de
escravos iniciado em meados do século XVI. trouxe pessoas de várias regiões da
África, aproximadamente cerca de 10 a 20 milhões de africanos para a América.
Para o Brasil, segundo estimativas do historiador Klein calcula-se cerca de
quatro milhões de indivíduos entre os anos de 1531- 1855.
ALGUMAS LEIS
• Lei Eusébio de Queiróz a Lei nº 581 de 04 de setembro de 1850 –
“Estabelece medidas para a repressão do tráfico de africanos neste Império”.
• A Lei nº 2.040 de 28 de setembro de 1871 chamada de lei do Ventre livre –
“Declara de condição livre os filhos de mulher escrava que nascerem desde a data
desta lei, libertos os escravos da Nação e outros, e providencia sobre a criação e
tratamento daqueles filhos menores e sobre a libertação anual de escravos...”.
• Lei nº 3270 de 28 de setembro de 1885 - mais conhecida como lei dos
sexagenários, libertava todos os escravos com mais de 60 anos de idade
• Por mais importante a lei áurea a qual libertou todos os escravos no Brasil.
Lei nº 3.353 de 13 de maio de 1888 – “Declara extinta a escravidão no Brasil”
As inúmeras variantes culturais locais dos povos africanos, tanto no caso dos
bantos como dos iorubás ou nagôs, não sobreviveram como unidades autônomas e
muitas foram totalmente perdidas no Brasil. Diferenças específicas foram apagadas,
unindo-se em grupos genéricos conhecidos como jejes, nagôs, angola, etc.
Em terras brasileiras os povos africanos criaram um mundo afro-brasileiro
com ressignificações e recriação de valores, variadas adaptações da religiosidade e
resistências para a perpetuação de sua cultura.
No Brasil a forma encontrada para cultuar suas divindades sem a repressão
dos seus senhores, os africanos passaram a adorar imagens do culto cristão para
mera ilustração, ou seja, encontraram nos santos católicos um sincretismo, pois
para viver no Brasil independente da sua condição era necessário ser católico.
A umbanda (religião afro-brasileira) é chamada de “a religião brasileira” por
excelência, num sincretismo que reúne o catolicismo branco, a tradição dos orixás
da vertente negra e símbolos e os espíritos de inspiração indígena, contemplando
as três fontes básicas do Brasil mestiço.
Sobre a religião dos índios “hoje em dia é muito difícil reconstituir o que
teriam sido as religiões originais desses índios. Pelas poucas informações que se
tem, e comparando-as com as práticas atuais dos grupos que sobreviveram,
podemos apenas ter uma ideia das características básicas dessa religiosidade. Seu
ponto central era o culto a natureza. O Pajé e o feiticeiro ou o xamã eram os que
tinham acesso ao mundo dos mortos e dos espíritos da floresta, e geralmente a eles
competia realizar rituais de cura de doenças, expulsar os maus espíritos que se
alojavam nos corpos das pessoas e desfazer feitiços mandados. Essa cultura
indígena foi incorporada a umbanda.
Aos serem espalhados pelo território brasileiro, muitos escravos chegaram
ao Rio Grande do Sul, criando raízes e desenvolvendo meios para adaptar-se.
Contribuíram de forma “significativa em todos os momentos da fundação e do
desenvolvimento da sociedade sulina. No Rio Grande do Sul, os primeiros escravos
chegaram antes de 1737, entre os séculos XVIII – XIX, data de ocupação social do
Rio Grande do Sul. Há muitos registros sobre a origem dos escravos, no entanto "a
dificuldade em saber a procedência dos escravos se dá em partes pela ordem de
Rui Barbosa quando, em 1890, mandou queimar todos os tipos de documentos
relacionados à escravidão para pôr um basta as reivindicações dos ex-escravistas.
A Umbanda surge no Estado do Rio Grande do Sul na cidade de Rio Grande
em 1926, com o ferroviário Otacílio Charão sendo a religião denominada mais
brasileira. Já a Linha Cruzada (Exus e Pombo giras) iniciou-se por volta da década
de 70, fase de maior consolidação do capitalismo.
O Batuque representa a expressão mais africana do complexo afro-religioso
gaúcho, pois a linguagem litúrgica é Yorubana, os símbolos utilizados são os da
tradição africana, as entidades veneradas são os orixás e há uma identificação as
“nações” africanas. A Umbanda representa o lado mais “brasileiro” do complexo afro
religioso, pois se trata de uma religião nascida neste país, fruto de um importante
sincretismo entre catolicismo popular, espírito kardecista, concepções religiosas
indígenas e africanas. Seus rituais são celebrados em língua portuguesa e as
entidades veneradas são, sobretudo, os “caboclos” (índios), “pretos- -velhos” e
“Ibeji” (crianças), além das “falanges” africanas. Por fim a Linha Cruzada, cultua
todo universo de entidades das outras duas modalidades, a eles acrescentando as
figuras do Exu e da Pombo-gira.
O príncipe africano Custódio ao que consta membro da família real de Ajudá
(atual república de Benin) era herdeiro do trono de Benin. Seu nome tribal era
Osuanlele Okizi Erupê. Acredita-se que a data de seu nascimento tenha sido 1832,
chegou ao Brasil já com aproximadamente 30 anos. Adotou o nome de Manoel
Custódio de Almeida. Foi em Porto Alegre que montou sua casa de religião, onde
teve vários filhos de santo. Vestia-se com muita elegância e convivia com a elite
branca desfilava pela cidade em uma luxuosa carruagem branca e vivia em uma
casa grande na cidade baixa com várias mulheres e filhos. Faleceu em 1936 em seu
enterro a nata sociedade esteve presente.
O desenvolvimento do Batuque no estado gaúcho ocorreu conforme já
mencionado entre os anos de 1833 – 1859 inicialmente na cidade de Rio Grande.
Zélio de Moraes, que no relato da sua doença, da posterior cura, e da revelação de
sua missão especial para fundar uma nova religião chamada Umbanda fornece
aquilo que considero um mito de origem da Umbanda. Não posso estar totalmente
certa de que Zélio foi o fundador da Umbanda, ou mesmo que a Umbanda tenha
tido um único fundador, muito embora o centro de Zélio e aqueles fundada por seus
companheiros tenham sido os primeiros que encontrei em todo o Brasil que se
identificavam conscientemente como praticantes de Umbanda (...).
Muitos integrantes deste grupo de fundadores eram, como Zélio, kardecistas
insatisfeitos, que empreenderam visitas a diversos centros de “macumba”
localizados nas favelas dos arredores do Rio de Janeiro e de Niterói. Entre os
estudiosos, existem controvérsias sobre o surgimento, segundo Brown, ainda
segundo o mito do Caboclo das Sete encruzilhadas deveriam ser criados sete
templos para propagação da nova religião, os responsáveis também foram
indicados pela entidade( Tenda Nossa Senhora da Guia, com Durval de Souza;
Tenda Nossa Senhora da Conceição, com Leal de Souza; Tenda Santa Bárbara,
com João Aguiar; Tenda São Pedro, com José Meireles; Tenda Oxalá, com Paulo
Lavois; Tenda São Jorge, com João Severino Ramos; e Tenda São Jerônimo, com
José Álvares Pessoa.
Em 1932 a Umbanda chega a Porto Alegre sendo o primeiro centro criado
pelo tenente da Marinha Laudelino de Souza Gomes chamada de Congregação
Espírita dos Franciscanos de Umbanda. As entidades da Umbanda situam-se entre
as concepções dos deuses africanos, os orixás espíritos de muita luz que são
cultuados com características especificas. E Os espíritos dos mortos de influência
kardecista. Assim devido à grande quantidade de entidades que são cultuadas, a
Umbanda foi organizando-se em linhas, falanges ou legiões, todas guiadas por um
orixá principal. Assim criaram- se sete linhas e pode haver diversas divisões, porém,
seguindo sempre a numerologia de sete.
No Rio Grande do Sul Umbanda é regida pela FAUERS- FEDERAÇÃO
AFRO UMBANDISTA E ESPIRITUALISTA DO RIO GRANDE DO SUL. É uma
entidade sem fins lucrativos a qual orienta e auxilia na regularização de atividades,
promove a auxilia projetos para a comunidade; no âmbito nacional a Umbanda é
regida pela FBU- FEDERACAO BRASILEIRA DE UMBANDA. Essa entidade age na
legalização dos templos assim como promove cursos de aperfeiçoamento dos
sacerdotes. Essa entidade ainda determina o cumprimento do código ético litúrgico
da Umbanda.
A primeira casa registrada em São Paulo foi a Umbanda Guaracyana,
fundamentada pelo caboclo Guaracy através do seu médium Sebastião Gomes de
Souza, mais conhecido como Carlos Buby, surgida em São Paulo, em 02 08 1973,
com a fundação do templo Guaracy do Brasil.
TRONO DA FÉ - OXALÁ
Oxalá
Oxalá é o Trono Natural da Fé e seu campo de atuação preferencial é a
religiosidade dos seres, aos quais ele envia o tempo todo suas vibrações
estimuladoras da fé individual e suas irradiações geradoras de sentimentos de
religiosidade.
Dentro do conceito das Sete Linhas de Umbanda, que correspondem às sete
vibrações de Deus, a primeira é a Linha ou Vibração da Fé, onde está Oxalá.
Pai Oxalá rege o sentido da Fé, que é fundamental para a existência de uma
religião, sem fé não há religião. Mas o Sentido da Fé não gera apenas aquele
sentimento de caráter religioso ou de crença religiosa. Também abrange o ato de
crer, de acreditar, sem o qual mais nada existe. Quem não tem o Sentido da Fé bem
desenvolvido acaba por não crer em si mesmo, não encontra valor ou significado
para a própria vida e não consegue crer em algo além da existência material. Essa
pessoa terá pouca autoestima e autoconfiança e pode se deixar dominar pela
ansiedade, pelo medo, etc.
Oxalá carrega em suas mãos o opaxorô, um cajado no qual se apoia como se fosse
uma bengala, e se movimenta lentamente. O opaxorô é um objeto indispensável na
indumentária do orixá oxalá.
OFERENDAS A OXALÁ
Toalha ou pano de cor branca;
• velas brancas;
• fitas brancas;
• linhas brancas;
• pães
; • mel;
• coco verde com uma tampa cortada e um pouco de mel derramado dentro da sua água;
• pembas brancas (em pedra ou em pó);
Os locais para oferendá-lo são aqueles que mais puros se mostram, tais
como: bosques, campinas, praias limpas, jardins floridos etc.
Ervas para Oxalá - Boldo ou Tapete de Oxalá; Saião ou Folha da Costa;
Manjericão ou Alfavaca Branca, Sândalo; Colônia; Alfazema; Algodoeiro; Capim
Limão; Girassol; Maracujá; Jasmim; Erva Cidreira. entre outras.
Saudação
Êpa êpa tem significado de Surpresa e Honra a sua presença.
Babá na tradução do Iorubá para português significa Pai.
Coroa de Oxalá
Os filhos de Oxalá marcam naturalmente sua presença por onde passam. Isso
acontece porque eles têm a aura de autoridade e poder do orixá maior da
Umbanda.
Eles brilham com muita facilidade em qualquer ambiente, principalmente por
possuírem o dom da palavra. Eles são cuidadosos e generosos, além de serem
um pouco perfeccionistas e detalhistas ao extremo.
Geralmente, o filho de Oxalá é alegre, gosta profundamente da vida, é falador,
brincalhão e fanfarrão. Ao mesmo tempo é idealista, defendendo os injustiçados,
os fracos e os oprimidos.
São, também, pessoas de grande capacidade de liderança, tornando-se, não raras
vezes, líderes em suas comunidades ou no ambiente de trabalho. Eles inspiram
com muita força através do seu discurso.
São vaidosos, são dedicados e justos, são grandes líderes da família, reclamam
muito, são sonhadores, são queridos por todos, são muito teimosos, não deixam,
nada por dizer e sua saúde é frágil.
Oiá - TEMPO
Regente do polo negativo no trono de Oxalá, que atuará no retorno, anulando
a religiosidade no ser e paralisando suas ações. É a orixá do tempo e seu campo
preferencial de atuação é o religioso, onde ela atua como ordenadora do caos
religioso. O tempo é a chave do mistério da Fé regido pela nossa amada mãe Oiá
ou Logunan, porque é na eternidade do tempo e na finitude de Deus que todas as
evoluções acontecem. A orixá Oiá forma um polo magnético vibratório e energético
oposto ao orixá Oxalá, e ambos regem a linha da fé, que é a primeira das setes
Linhas da Umbanda, que são as sete irradiações divinas do nosso criador. Logo seu
campo de atuação é a fé, onde flui a religiosidade dos seres, todos em contínua
evolução.
Oyá-Tempo — Divindade de Umbanda, é o Trono Feminino da Fé, absorve a
fé em desequilíbrio, de forma ativa, reconduzindo o ser a caminho de seu equilíbrio.
Cósmica, pune quem dá mau uso ou se aproveita desta qualidade divina com más
intenções.
Sua cor é o branco e o preto, que é a presença de todas as cores ou a
ausência de todas (em seu aspecto de absorção e esgotamento da religiosidade
desvirtuada e dos excessos cometidos em nome da fé). Simbolizada pela espiral do
tempo, se manifesta em todos os locais, assim como Oxalá com o qual faz um par
nesta linha da fé. A espiral é a energia vital, é a energia em movimento, é a própria
jornada da vida!
A vida corre por estradas sinuosas, os seres se encontram em determinados
pontos de suas caminhadas, se entrelaçam, se afastam, partem, retornam às
origens. O ponto de partida também é o ponto de chegada trazendo-nos a questão
do retornar sempre, reencontrar-se e se renovar. Assim é a força de Oiá.
Saudação: Saravá Oyá, salve o tempo
Seu dia é 11 de agosto
Oferenda: Frutas Ácidas – Maracujá Azedo – Mirtilo – Uva Rosada – Caqui- Figo –
Romã – Laranja
Flores: Flores do Campo – Palma – Lírio Branco
Bebida: Licor de Anis
Comida: Acarajé – Creme de Arroz – Canjica com Cocô seco em tiras ou milho branco
Pedra: Quartzo fumê rutilado.
SINCRETISMO: Santa Clara ou Joana D’arc
Curiosidades
A Senhora Pomba Gira Maria Padilha é regida pelo Mistério do Tempo e atua
sobre os desequilíbrios no campo da Fé e da Religiosidade, cortando as ilusões.
Quando nos esvaziamos e nos tornamos aptos a receber novas emanações
energéticas. Algo instintivo ocorre, e começamos a externar toda dor, sofrimento,
angústia e desequilíbrio e, de repente, paramos de pensar e somos tomados pelo
silêncio íntimo e, “do nada”, nos sentimos mais leves, mais suavizados e
neutralizados em nossas sensações. Não é isso? Nos sentimos pequenos e frágeis,
inseguros e indefesos… O tempo parece esvair sem qualquer noção de hora. Nos
perdemos em nós mesmos e ficamos estáticos e em êxtase. Esta é a ação de Mãe
Oiá, que por esta sensação de esvaziamento nos coloca novamente em contato
com Olorum, e sem que percebamos, repentinamente, estaremos nos conectando
com Oxalá e conversando sobre nossa vida e nossos sentimentos. Já não mais
amargurados e queixosos, mas sim serenos e tranquilos, buscando respostas e
soluções dentro de possibilidades reais que serão colocadas em nosso pensar.
OXUM
Oxum é a rainha da água doce, dona dos rios e cachoeiras, cultuada na
umbanda, representa a sabedoria e o poder feminino. Além disso, é vista como
deusa do ouro. O arquétipo de Oxum é de uma mulher graciosa e elegante, com
predileção por joias, perfumes e roupas.
A figura de Oxum carrega um espelho na mão, abebé é um leque em forma
circular, usado por Oxum quando feito em latão ou dourado, alguns podem trazer
um espelho no centro e corações.
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Os filhos de Oxumarê, no positivo, são extrovertidos, falantes, galantes,
envolventes, comunicativos, criativos, amáveis, educados, curiosos, interrogativos e
alegres, no negativo, são apáticos, mórbidos, fechados, sombrios, solitários, auto
punidores e venenosos.
Os filhos de Oxumarê apreciam as ciências, os estudos filosóficos, passeios
em grupo, reuniões agitadas ou festivas, discursos eloquentes e emocionantes, a
política, a liderança, ser expoente no seu meio e criar coisas novas e
revolucionárias.
GIRA NO CEMITÉRIO
SAUDAÇÃO AO ENTRAR NO CEMITÉRIO:
Quando pisamos na calçada do cemitério já estaremos nos domínios de Ogum de
Ronda e Ogum Megê, neste momento devemos pedir a licença e saudá-los, visto que
estaremos no domínio deles.
Chegando no portão de entrada do cemitério, faça a saudação a Obaluaiê, Omolu e
aos nossos Guardiões, peça a licença deles para que possa entrar neste campo sagrado de
domínio deles.
Não podemos esquecer de saudar as Almas ao passar pelo Cruzeiro, uns ficam do lado
de dentro outros do lado de fora do cemitério.
Faça suas obrigações e no momento da saída, repita o mesmo procedimento, porém de
forma contrária, primeiro fazendo a saudação e pedindo permissão para sair aos Guardiões e
a Obaluaiê, quando estiver no portão de saída peça a licença para sair pelo lado sagrado da
criação e ao pisar na calçada faça saudação a Ogum Megê e Ogum de Ronda, peça a eles a
proteção daquele local até a chegada na tua casa. Repita a frase” O que é meu vem comigo e
o que não for pode ficar.”
Importante ressaltar que, independentemente do que tu for fazer dentro do cemitério,
não é recomendado ficar olhando para os túmulos e lendo os nomes dos desencarnados, datas
de nascimento e de desencarne, muitos menos fixar-se nas fotos que estiverem nas
catacumbas, pois isso pode estimular acompanhamentos e obsessões.
PRETO VELHO
São espíritos de velhos africanos que foram trazidos para o Brasil como
escravos e que trabalham na Umbanda como símbolos da fé e da humildade. Seus
trabalhos são de ajuda aqueles que estão em dificuldade material ou emocional,
sendo que, o seu trabalho se desenvolve mais para o lado emocional e físico, das
pessoas que os procuram. Sua paciência em escutar os problemas e aflições dos
consulentes, fazem deles as entidades mais procuradas na Umbanda, são
chamados de Vovôs e Vovós da Umbanda. Suas magias, chamadas de "mirongas",
são poderosíssimas e repletas de mistérios milenares.