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Dízimos e ofertas - Fidelidade e Benção

A palavra "dízimo" significa simplesmente "a décima parte".

Falar de dízimo não é falar de dinheiro. Deus não precisa de dinheiro porque ele é o
Senhor absoluto de todas as riquezas do universo.

“Ao SENHOR pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo


e os que nele habitam” (Sl 24.1)

Ora, se tudo pertence a Deus, logo, concluímos que não temos nada. Nunca tivemos nada
e não teremos nada porque Ele não concedeu o direito de possuir um tesouro permanente
aqui no mundo. O tesouro do crente está no céu.

“Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar
voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos
to damos” (1Cr29.14)

Mordomia cristã, Deus nos entrega muitos bens que apenas administramos como
mordomos seus, mas esses bens não nos pertencem. No dia em que nós morremos, eles
serão administrados por outras pessoas. Deus nos pedirá contas dessa administração.

Jesus ilustra esta verdade dizendo que certo senhor, que ia viajar para um país distante,
convocou os seus, ou mordomos, e entregou-lhes os seus bens para que eles os
administrassem; e quando voltou pediu contas dessa administração. A cada um daqueles
administraram corretamente o senhor disse: Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel no pouco,
sobre o muito de colocarei, entra no gozo do teu Senhor (Mt 25,21,23).

O dízimo é parte mais importante de nossa mordomia pertence exclusivamente a Deus e


deve ser entregue a Ele. 90% que ficam conosco não nos pertence também; vamos apenas
administra-los.

O Dízimo no Antigo Testamento


Abraão foi o primeiro crente a dar dízimo. Ele encontrou Melquisedeque, sacerdote do Deus
Altíssimo, e “de tudo lhe deu Abraão o dízimo” (Gn.14:20).
Mais tarde o seu neto, Jacó, após uma experiência da presença de Deus, fez um voto ao
SENHOR onde inclui o compromisso de entregar o dízimo:

"Tendo‐se levantado Jacó, cedo, de madrugada, tomou a pedra que


havia posto por travesseiro e a erigiu em coluna, sobre cujo topo
entornou azeite. E ao lugar, cidade que outrora se chamava Luz, deu o
nome de Betel. Fez também Jacó um voto, dizendo: Se Deus for
comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo, e me der pão para
comer e roupa que me vista, de maneira que eu volte em paz para a
casa de meu pai, então, o SENHOR será o meu Deus; e a pedra, que
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erigi por coluna, será a Casa de Deus; e, de tudo quanto me


concederes certamente eu te darei o dízimo." (Gn.28.18‐22).

Quando Deus deu a lei, através de Moisés, a entrega do dízimo foi incluída entre as
obrigações do povo de Deus. O que antes era estabelecido pelo costume, foi incorporado
à lei.

“Também todas as dízimas da terra, tanto do grão do campo, como


do fruto das árvores, são do SENHOR: santas são ao Senhor”
Lev.27:30.

“Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por herança,


pelo serviço da tenda da congregação” (Nm. 18.21)

Em Deuteronônimo está escrito que o dízimo seria usado também para amparo dos órfãos,
das viúvas e de pessoas carentes.
“Ao fim de cada três anos, tirarás todos os dízimos do fruto do terceiro ano e os recolherás
na tua cidade. Então, virão o levita (pois não tem parte nem herança contigo), o estrangeiro,
o órfão e a viúva que estão dentro da tua cidade, e comerão, e se fartarão, para que o
SENHOR, teu Deus, te abençoe em todas as obras que as tuas mãos fizerem." Dt.14:28,29.
“O dízimo era uma espécie de termômetro da vida espiritual do povo de Deus. Nos tempos
em que se mantinham fiéis a Deus, davam também o dízimo. Quando porém, vinham
períodos de pecado e desobediência, negligenciavam a entrega do dízimo”.

O último livro do Antigo Testamento traz uma repreensão severa àqueles que não
entregavam o dízimo e um apelo veemente para que contribuíssem fielmente:

“Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais e dizeis: Em que


te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois
amaldiçoados porque a mim me roubais, vós, a nação toda. Trazei
todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na
minha casa e provai‐me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não
vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós bênção sem
medida” (Ml.3:8‐10)

Em Malaquias Deus chama seu povo para uma audiência. As reformas feitas por Neemias
já estavam caindo no esquecimento. A rotina das cerimônias religiosas era mantida, mas
sem entusiasmo.
Era um tempo de apatia e sonolência espiritual tanto a liderança quanto o povo.
Na verdade, a mensagem de Malaquias é uma denúncia contra o pecado e o formalismo.
O Dízimo no Novo Testamento
Jesus sancionou a doutrina do dízimo. Ele disse: “Ai de vós escribas e fariseus, hipócritas!
Porque dais o dízimo da hortelã do endro e do cominho, e tendes negligenciado os preceitos
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mais importantes da lei, a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas cousas,
sem omitir aquelas” (Mt.23:23).

Ele condenou os escribas e fariseus porque negligenciavam os preceitos mais importantes


da lei, a justiça, a misericórdia e a fé. Mas reafirmou o dever da entrega do dízimo:
“...devíeis, porém, fazer estas cousas, sem omitir aquelas”. Isto é, eles deviam praticar a
justiça, a misericórdia e a fé, sem omitir a fiel entrega dos dízimos.

A congregação de Israel, como organização instituída para arrebanhar o povo de Deus, foi
substituída pela igreja. Mas esta também tem pessoas a seu serviço, que devem ser
sustentadas por ela.
“Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados, do próprio
templo se alimentam; e quem serve ao altar, do altar tira o seu
sustento? Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o
evangelho, que vivam do evangelho “ (1 Co.9:13,14).
As Ofertas no Antigo e no Novo Testamento
Além do dízimo, Deus exige de seu povo ofertas. Quando Deus determinou que os israelitas
fizessem três grandes festas anuais de ação de graças, ordenou que em todas elas
houvesse ofertas: “...ninguém apareça de mãos vazias perante mim” (Ex.23:15).

Os israelitas receberam ordens para dedicar ao SENHOR vários tipos de ofertas. Havia as
ofertas pelo pecado, ofertas votivas, as primícias da colheita e do rebanho, oferta pelo
nascimento e resgate dos primogênitos, vários outros tipos de ofertas e também as ofertas
voluntárias. A ordem era bem clara: “Honra ao SENHOR com os teus bens, e com as
primícias de toda a tua renda” (Pv. 3:9).

“A apresentação das várias ofertas e sacrifícios, com os hinos e as


orações de arrependimento e gratidão, contribuíam para lembrar ao
povo o Deus que lhe era invisível, e para ajudá‐lo a não se tornar
escravo das coisas que via e com que lidava diariamente. Fazendo
ofertas, apresentando seus dízimos, o povo sentia melhor a presença
de Deus e o fato de ser povo Seu.

Sentia o dever que tinha de prestar lealdade a este Deus que sempre atendia as suas
necessidades e que sempre estaria bem perto para guiá‐lo e abençoá‐lo. Que melhor meio
de evitar as tentações de egoísmo e desobediência? Era esta a finalidade das ofertas e
dízimos”.
A FIDELIDADE NOS DÍZIMOS E OFERTAS ATRÁI BÊNÇÃOS DE DEUS

Temos um relato bíblico de alguém que fez uma entrega parcial de dízimos/oferta. Proferiu
mentira ao Senhor e isto lhe custou muito caro. At 5.1-11.
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O que o crente atrai para si e sua família quando é infiel


na entrega dos dízimos e ofertas ao Senhor:

1) Atrai a maldição do roubo: Ml 3.8-9.

2) DÁ LUGAR AO DIABO: Ef.4:27. – Mlq. 3:11; Joel 1:4,5; 2:25,26 – O devorador vem
e consome o fruto da terra (tudo aquilo que você planta, quando chega a época de
você colher os frutos o devorador chega primeiro, porque aquilo que você plantou
está sem a proteção de Deus; A praga, a maldição não deixa a sua vide no campo
frutificar, ela fica estéril. Quem torna a nossa semente fértil é o Senhor, e o segredo
está na capacidade que tenho de ser fiel a Ele. Deus é quem repreende o Devorador.

1) DIABO TIRA ATÉ AQUILO QUE VOCÊ “PENSA” QUE TEM: Leia Mateus 13:12 –
“Pois ao que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que
tem lhe será tirado.” Vamos comparar com Joel 1:4,5 e 2:25,26. Preste atenção
naquilo que o profeta disse: aquilo que o gafanhoto cortador deixou, veio o
migrador e comeu; aquilo que o gafanhoto migrador deixou, veio o gafanhoto
devorador e comeu e, o que este deixou, veio o pior dos gafanhotos, o
destruidor e comeu o último grão, ou, o último centavo. No v.5 vem uma
exortação seríssimo e dura: “Ébrios, despertai‐vos, e chorai; uivai todos os que
bebeis vinho, por causa do mosto, porque está ele tirado da vossa boca.”

Quando somos dizimistas fiéis, atraímos as mais ricas bênçãos de Deus para as
nossas vidas.

A promessa de Deus é que haverá restituição: “Por vossa causa”, por causa da fidelidade
do povo para com Deus, “repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da
terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos exércitos. ” (Ml. 3:11)

Um dos frutos da restituição é a alegria, a felicidade irradiante daquele que é fiel para
com Deus, os outros vêm o fruto da sua fidelidade e dizem: feliz é aquele (a) servo
(a) do SENHOR. Ml.3:12 e (" Restituir-vos‐ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto
migrador, pelo destruidor e pelo cortador, o meu grande exército que enviei contra vós
outros. Comereis abundantemente, e vos fartareis, e louvareis o nome do SENHOR, vosso
Deus, que se houve maravilhosamente convosco; e o meu povo jamais será
envergonhado.) Joel 2:25ss.

A desobediência à Palavra de Deus; a infidelidade para com Deus, automaticamente atrai


maldições (Ml 3.9), porém, a fidelidade e obediência traz bênçãos (Dt 28).

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