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SEPSE
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Definições Definições
• Infecção: Presença de um agente agressor microbiológico • Inflamação: Resposta normal do hospedeiro contra agentes
(fungo, bactéria, vírus) em uma localização (órgão, tecido ou físicos e/ou infecciosos. Manifestada por edema, rubor, calor e
fluido corporal) dor
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Definições
• CARS: Compensatory anti-inflamatory reaction
• É a reação anti-inflamatória desencadeada pelo
organismo em resposta à reação inflamatória (SIRS)
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SEPSE
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• Disfunções orgânicas acometidas pelas manifestações clínicas Manifestação clinica mais grave do quadro séptico;
na SEPSE: cardiovascular, respiratória, renal, hepática, • Resultado de alterações patológicas que envolvem desde as
hematológica, gastrointestinal, neurológica e endocrinológica mitocôndrias até os grandes vasos, sendo a hipotensão arterial a
principal manifestação;
• Quanto maior o número de órgãos acometidos, maior a chance
de óbito • Outras manifestações:
• Taquicardia sinusal, hipertensão pulmonar, diminuição de retorno venoso
por aumento de capacitância e diminuição de volemia absoluta,
vasoplegia, microtrombose, hiperlactatemia, edema, periférico,
diminuição da perfusão periférica, arritmias, a redução do enchimento
capilar, cianose de extremidades, livedo
(SEPSE: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E DIAGNÓSTICO. DOI:10.55232/1082026.3)
(GATTI, et al., 2021; PASCHOAL, 2021; VIANA, MACHADO & SOUZA, 2020)
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Manifestações Clínicas: taquipneia, dispneia e comprometimento Manifestação Clínica: retenção de escorias e oligúria multifatorial
das trocas gasosas com hipoxemia → lesão pulmonar Pode ser:
• SEPSE → principal causa de síndrome de desconforto respiratório • Pré-renal por hipovolemia e hipotensão → causam hipoperfusão
agudo (SDRA) • Lesão direta → prejudica filtração glomerular
• Pode ocorrer necrose tubular aguda e lesão por apoptose celular;
• Características da disfunção renal: oligúria e/ou creatinina elevada;
• Terapia de substituição renal: casos individualizados → exceção indicações
por hiperpotassemia, hipervolemia, acidose e uremia, consideradas
emergências dialíticas;
• Utilizar o score de KDIGO para avaliação de lesão renal
(VIANA, MACHADO & SOUZA, 2020)
(ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA INTENSIVA & INSTITUTO LATINO AMERICANO DE SEPSE, 2019.)
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Manifestações Clínicas:
• Geração de trombose na microcirculação, com consequente
Manifestações Clínicas: colestase, lesão hipoperfusão e isquemia levando a disfunção orgânica
hepatocelular, coagulopatias, encefalopatias,
depressão imune, colestase transinfecciosa,
hiper bilirrubinemia (mal prognóstico) • Queda de plaquetas, linfopenia, leucopenia
(ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA INTENSIVA & INSTITUTO LATINO AMERICANO DE SEPSE, 2019; PASCHOAL, 2021) (PASCHOAL, 2021; (VIANA, MACHADO & SOUZA, 2020)
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• Muitas vezes subestimadas e negligenciadas Manifestações Clínicas: ligado ao sistema nervoso central → graus variáveis
Manifestações Clínicas: de alteração do nível de consciência, confusão, estupor ou coma
• Dismotilidade do TGI → gastroparesia e íleo adinâmico → • Disfunção mais comum: delirium (principalmente idosos)
dificultam a manutenção do suporte nutricional com estase,
aumento de incidência de aspiração, constipação, atrofia de • Outras disfunções:
mucosa, lesões da mucosa e hemorragias digestivas • polineuropatia e miopatias (agravadas por drogas como quinolonas,
aminoglicosídeos, corticoides e bloqueadores neuromusculares);
Aumento de risco de translocação bacteriana da luz intestinal para • hiporreflexia, fraqueza e atrofia muscular → dificulta o desmame
ventilatório → aumenta risco de pneumonia
o sistema linfático ou para o sangue → agravamento da SEPSE
(ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA INTENSIVA & INSTITUTO LATINO AMERICANO DE SEPSE, 2019) (ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA INTENSIVA & INSTITUTO LATINO AMERICANO DE SEPSE, 2019)
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• Sequelas: limitações motoras, déficits cognitivos, • Principal marcador: hiperglicemia (resposta inflamatória) → resistência
periférica à insulina e aumento da produção de glicose pelo fígado;
comprometimento da saúde mental (ansiedade, depressão ou
síndrome do stress pós-traumático) • O paciente não consegue utilizar a glicose ou outras reservas como fonte de
energia;
• Controlar glicemia com insulina → reduz resposta inflamatória, catabolismo
proteico e efeitos deletérios da hiperglicemia → manter inferior a 180mg/dL
(ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA INTENSIVA & INSTITUTO LATINO AMERICANO DE SEPSE, 2019)
ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA INTENSIVA & INSTITUTO LATINO AMERICANO DE SEPSE, 2019; VIANA, MACHADO & SOUZA, 2020)
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Manejo Nutricional
Sepse, Nutrição. Projeto Diretrizes, 2011; SEPSE: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E DIAGNÓSTICO. DOI:10.55232/1082026.3
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Desnutrição: influencia negativamente o prognóstico de • Resposta inflamatória sistêmica → perda de massa magra proporcional
uma intervenção terapêutica ao grau de estresse metabólico, resistente ao efeito anabólico do aporte
nutricional
Início: Momento em que o paciente deixa de compensar Em pacientes críticos, pode-se ter perda
seu gasto metabólico com o aporte proporcional de de 1,5 kg de massa muscular por dia
(Wagenmakers, 2001)
nutrientes
Sobrecarga alostática autoperpetuada do estresse (maior gasto
de energia) → maior mortalidade → disfunção de múltiplos
Sobrecarga alostática órgãos
Projeto Diretrizes, Sepse. Nutrição, 2011. Projeto Diretrizes, Sepse. Nutrição, 2011.
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Hemodinamicamente INSTÁVEL
Quando Nutrir??
Sepse, Nutrição. Projeto Diretrizes, 2011 Sepse, Nutrição. Projeto Diretrizes, 2011
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Hemodinamicamente INSTÁVEL
Estabilizou?
NÃO iniciar TNE em vigência de
hipofluxo sistêmico e (ou) do uso de
drogas vasopressoras em doses
elevadas → noradrenalina > 50-100
mcg/min com sinais de hipoperfusão
intestinal Iniciar em até 48 horas!!
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Manejo Nutricional no Paciente Crítico em SEPSE Manejo Nutricional no Paciente Crítico em SEPSE
Iniciar nutrição enteral precoce (24 a 48h) após estabilidade • Via parenteral está mais relacionada a complicações principalmente,
hemodinâmica em todos os pacientes candidatos a nutrição enteral infecciosa
Via Enteral:
✓Mais barata;
✓Mais fisiológica; • Preferir sempre via enteral SE o sistema digestório
✓Mais segura; estiver funcionante
✓Mantém a morfologia e a função do TGI
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Manejo Nutricional no Paciente Crítico em SEPSE Manejo Nutricional no Paciente Crítico em SEPSE
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Manejo Nutricional no Paciente Crítico em SEPSE Manejo Nutricional no Paciente Crítico em SEPSE
Para pacientes com intolerância a dieta Não se recomenda monitorar rotineiramente o resíduo gástrico
ou aqueles de alto risco de
broncoaspiração, sugere-se o • Esta medida é indicada para pacientes não cirúrgicos com intolerância a
posicionamento da sonda PÓS PILÓRICA; dieta ou alto risco de aspiração;
• Cerca de 50% dos pacientes graves estão
em risco de gastroparesia ou intolerância Pacientes graves têm risco inerente de
a dieta; dismotilidade, entretanto, os estudos não
comprovaram a relação entre resíduo gástrico e
• Estudos mostraram que pacientes com
sonda pós pilórica evoluíram com menor vômitos, aspiração ou pneumonia
taxa de pneumonia em relação a
pacientes com sonda gástrica
BRASPEN, 2018 BRASPEN, 2018
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Manejo Nutricional no Paciente Crítico em SEPSE Manejo Nutricional no Paciente Crítico em SEPSE
Recomenda-se o uso de PROCINÉTICOS em pacientes graves Não se recomenda o uso de ÔMEGA 3 como suplemento
com intolerância à dieta imunológico (recomendação forte)
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Manejo Nutricional no Paciente Crítico em SEPSE Manejo Nutricional no Paciente Crítico em SEPSE
O uso de ARGININA não é recomendado na sepse • A disponibilidade de Arginina está diminuída em pacientes críticos/SEPSE;
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Manejo Nutricional no Paciente Crítico em SEPSE Manejo Nutricional no Paciente Crítico em SEPSE
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Manejo Nutricional no Paciente Crítico em SEPSE Manejo Nutricional no Paciente Crítico em SEPSE
Não há recomendação do uso de CARNITINA
• Estudo: Fórmula com ANTIOXIDANTES → redução significativa da
• Não há estudos suficientes para comprovar seu benefício no
mortalidade
metabolismo energético intracelular na sepse;
• Metodologia do estudo: inadequada
• Nº pacientes do estudo: pequeno
Não se recomenda o uso de SELÊNIO endovenoso para tratar sepse ou
choque séptico
• Pacientes com sepse possuem níveis reduzidos de selênio, porém a pesar
Não indicado uso de dieta contendo do efeito antioxidante, não houve redução da mortalidade nos estudos
antioxidantes na população séptica, até analisados
que nova evidência esteja disponível
Projeto Diretrizes, Sepse. Nutrição, 2011. Sepse, Nutrição. Projeto Diretrizes, 2011; BRASPEN, 2018
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ASPEN Consensus Recommendations for Refeeding Syndrome, 2020 ASPEN Consensus Recommendations for Refeeding Syndrome, 2020
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Mecanismo fisiológico Por que acontece? Sintomas envolvidos Mecanismo fisiológico Por que acontece? Sintomas envolvidos
- Funções cardíacas e respiratórias
prejudicadas (taquicardia e taquipneia);
Aumento do consumo - Sintomas neurológicos (confusão, Deslocamento - Arritmia cardíaca;
de fosfato devido à sonolência, letargia, coma, parestesia, intracelular
produção aumentada convulsões;
Hipofosfatemia de potássio por
de intermediários Hipocalemia - Sintomas neurológicos (fraqueza,
- Distúrbios hematológicos (hemólise, estimulação
fosforilados para hiporreflexia, depressão respiratória
disfunção de plaquetas e leucócitos, de insulina;
realizar glicólise e paralisia)
trombocitopenia); comprometimento
- Hipóxia da recaptação de
- Distúrbios musculares (fraqueza,
potássio no néfron
rabdomiólise, diminuição da contratilidade
cardíaca, mialgia)
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Mecanismo fisiológico Por que acontece? Sintomas envolvidos Mecanismo fisiológico Por que acontece? Sintomas envolvidos
- Aumento das perdas renais de - Distúrbios neurológicos
O mecanismo não está potássio; ou Beribéri seco;
totalmente claro, mas - Arritmias cardíacas; Deficiência Aumento do consumo
acredita-se que ocorra de tiamina pelas - Encefalopatia de Wernicke e
Hipomagnesemia - Alterações eletrocardiográficas; de
devido ao enzimas do Síndrome de Korsakoff
deslocamento - Desconforto abdominal (diarreia, Tiamina
metabolismo da
intracelular náusea, vômito); glicose - Distúrbios cardiovasculares ou
do magnésio após a Beribéri úmido;
- Sintomas neuromusculares (tremor,
alimentação
parestesia, tetania, convulsões,
com carboidratos irritabilidade, confusão, fraqueza, - Acidose metabólica
ataxia)
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Principais doenças e condições associadas à Síndrome de Diagnóstico da SR através da identificação de dois fatores:
Realimentação: 1. Diminuição sérica de um ou mais dos seguintes minerais: fósforo,
potássio e magnésio
• Desnutrição; Transtornos alimentares (anorexia); Distúrbios de saúde
mental; Transtornos por uso de álcool e substâncias; Cirurgia bariátrica e a. Síndrome de Realimentação Leve: diminuição de 10 a 20%.
ressecções intestinais; Síndromes de má absorção; Insuficiência b. Síndrome de Realimentação Moderada: diminuição de 20 a 30%.
renal ou hemodiálise; Câncer e malignidades; Pacientes críticos, de c. Síndrome de Realimentação Grave: diminuição > 30%, e/ou
pronto-socorro ou em pós-operatório com complicações; Atletas disfunção de órgão(s) devido à diminuição destes minerais e/ou
competidores; Recrutas militares; Refugiados; Vítimas de abuso infantil, devido deficiência de tiamina.
físico e/ou sexual; Jejum prolongado (em razões de protesto, religião, 2. Essa diminuição ocorreu dentro de 5 dias após reiniciar ou
etc); Fome e insegurança alimentar aumentar substancialmente o fornecimento de energia
ASPEN Consensus Recommendations for Refeeding Syndrome, 2020 ASPEN Consensus Recommendations for Refeeding Syndrome, 2020
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Necessidades Nutricionais
• Energia: 20 a 30Kcal/Kg/dia
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Considerações Finais
Dúvidas?
• Atenção às modificações metabólicas sofridas por pacientes
críticos e com SEPSE, pois isso auxiliará no planejamento do
suporte nutricional;
• Basear-se em Guidelines;
• Equipe multidisciplinar
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