Toxicologia associada ao uso do tabaco
Danielle Toiama, Erika Veiros, Laryssa Soares, Linycker Picinatti
Universidade Federal do Espírito Santo, Discentes do Curso de Farmácia, São Mateus, Espírito Santo, Brasil
Departamento de Ciências da Saúde
INTRODUÇÃO
O tabagismo é um dos maiores problemas da sociedade atual
em questão de saúde pública, visto que 9% da morte de
adultos maiores de 30 anos são ocasionadas pelo uso do
tabaco. Ressaltando que o uso por crianças e adolescentes
tem sido cada vez mais frequente, pelo acesso facilitado e
também por um consumo passivo. O cigarro é produzido a
partir de diversas espécies de plantas do gênero Nicotiana L,
conhecida como tabaco ou fumo, com destaque na Nicotina
tabacum L, encontrada na América Central sendo a mais
utilizada na produção comercial. O tabaco tem como seu
principal princípio ativo a nicotina, que apresenta o metabólito
secundário alcaloide. No cigarro composto por tabaco ele tem
cerca de 10 a 14 mg de nicotina, que é um agente tóxico
potente e muito fatal por qualquer via de exposição.
OBJETIVOS
Relacionar os prejuízos toxicológicos com o uso cotidiano do
tabaco, apontando possíveis doenças que o mesmo pode
ocasionar ao ser humano
METODOLOGIA
As estratégias de controle do tabagismo se dividem em três áreas
distintas: prevenção, proteção e tratamento. A prevenção, crucial
para evitar que novos indivíduos adotem o hábito de fumar,
concentra-se, principalmente, na educação da população jovem.
A proteção visa salvaguardar a população dos efeitos nocivos da
fumaça do tabaco em ambientes coletivos, enquanto o tratamento
deve estar acessível a todos que desejam abandonar o
tabagismo (Ramos et al., 2021).
Para auxiliar na cessação do hábito de fumar, existem diversas
estratégias, tanto farmacológicas quanto não-farmacológicas. Um
exemplo farmacológico é o cloridrato de bupropiona,
originalmente um medicamento antidepressivo, que demonstrou
ser eficaz na redução dos sintomas de abstinência em fumantes
que buscam parar. Por outro lado, medidas não-farmacológicas
envolvem o acompanhamento por equipes de saúde, o que ajuda
os pacientes a lidar com os desafios da abstinência (Gomes,
Carvalho & Pachú, 2020).
O tabagismo é um fator de risco reconhecido para infecções
pulmonares virais, enfraquecendo a resposta imunológica do
corpo e tornando os fumantes mais suscetíveis a doenças
infecciosas. Isso o torna o principal contribuinte para doenças
respiratórias graves, devido às alterações no trato respiratório e
na resposta imunológica (Araújo, 2020). Mesmo em fumantes
leves e em não fumantes expostos ao fumo passivo, o tabagismo
prejudica a função endotelial, aumenta a liberação de radicais
livres de oxigênio e acelera a formação de placas ateroscleróticas
(Scholz & Abe, 2019).
SUPORTE FINANCEIRO
Inserir informação do suporte se houver.
RESULTADOS
O câncer de pulmão, traqueia e brônquios é um problema
significativo no Brasil, afetando homens e mulheres de
maneira desigual. Entre os dados de incidência, destaca-se
que esse tipo de câncer é o segundo mais comum entre os
homens e o quinto mais comum entre as mulheres no país,
sendo mais prevalente na Região Sudeste. Em 2012,
estimava-se que haveria cerca de 27,6 mil novos casos desse
câncer no Brasil.
A causa predominante desse câncer está fortemente
relacionada ao tabagismo, sendo responsável por
aproximadamente 80% dos casos. Além disso, a exposição a
ambientes domésticos e ocupações profissionais prejudiciais à
saúde respiratória pode aumentar o risco de desenvolver essa
doença. O gráfico abaixo foi feito baseado em uma pesquisa
feita pelo INCA em 2012:
Tabela 3: Taxas de incidência de câncer do pulmão, traqueia e brônquios
por Região: Brasil 2008
CONCLUSÃO
O tabaco contém uma grande variedade de substâncias
tóxicas prejudiciais à saúde humana. O uso contínuo de
tabaco está associado a uma série de doenças graves, como
câncer de pulmão, doenças cardíacas, doenças respiratórias
crônicas e outros problemas de saúde. A exposição ao fumo
passivo também é prejudicial e pode afetar não fumantes.
Parar de fumar é a medida mais eficaz para reduzir os riscos à
saúde associados ao tabaco. Medidas de prevenção, como
campanhas antitabagismo, aumento dos impostos sobre
produtos de tabaco e restrições ao fumo em locais públicos,
são fundamentais para reduzir o consumo de tabaco e
proteger a saúde pública.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OGA, S.; CAMARGO, M. M. de A.; BATISTUZZO, J. A. de
O. Fundamentos de toxicologia. 4. ed. São Paulo: Atheneu,
2014. E-book. Disponível em:
https://plataforma.bvirtual.com.br. Acesso em: 12 out. 2023.