Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
(GATS)
Gestão de Pesquisa e Avaliação de Tecnologias
em Saúde (GPAT)
SUPERINTENDÊNCIA DE PROVIMENTO DE
SAÚDE (SPS)
Sumário
CÂNCER DE MAMA ................................................................................................................ 6
Quimioterapia neoadjuvante ................................................................................................... 6
Quimioterapia Adjuvante ....................................................................................................... 7
Quimioterapia paliativa ........................................................................................................ 12
Hormonioterapia ................................................................................................................... 19
Doença metastática ............................................................................................................... 22
ADENOCARCINOMA DE CÓLON E RETO ........................................................................ 24
Adenocarcinoma de reto T3/T4 ............................................................................................ 24
Quimioterapia Adjuvante ..................................................................................................... 24
Quimioterapia Paliativa ........................................................................................................ 26
Bevacizumabe – NÃO RECOMENDADO .......................................................................... 30
CÂNCER DO CANAL ANAL ................................................................................................ 33
Tratamento Curativo ............................................................................................................. 33
Tratamento Paliativo............................................................................................................. 33
CÂNCER DE PULMÃO NÃO PEQUENAS CÉLULAS ....................................................... 34
Tratamento neoadjuvante ..................................................................................................... 34
Tratamento adjuvante ........................................................................................................... 34
Tratamento paliativo ............................................................................................................. 35
Doença avançada com metástase à distância ........................................................................ 36
Primeira linha de tratamento ................................................................................................ 37
Segunda linha de tratamento ................................................................................................ 39
Drogas não recomendadas em primeira linha....................................................................... 41
Drogas não recomendadas em segunda linha ....................................................................... 45
CÂNCER DE PULMÃO DE PEQUENAS CÉLULAS .......................................................... 47
Doença limitada .................................................................................................................... 47
Doença extensa ou disseminada ........................................................................................... 47
Segunda linha ....................................................................................................................... 47
CÂNCER DE PRÓSTATA ...................................................................................................... 49
Tratamento do câncer de próstata localizado de baixo risco. ............................................... 50
Tratamento de tumor localmente avançado de risco intermediário e alto ............................ 50
Adjuvância para pacientes submetidos a prostatectomia ..................................................... 51
Doença metastática ............................................................................................................... 52
Uso sequencial de antiandrogênicos de segunda geração ................................................ 54
Terapia hormonal de segunda linha.................................................................................. 61
Docetaxel .......................................................................................................................... 61
CÂNCER DE RIM ................................................................................................................... 64
2
Estadios I e II ........................................................................................................................ 64
Estadio III ............................................................................................................................. 64
Estádio IV ............................................................................................................................. 64
CÂNCER DE OVÁRIO- TUMORES EPITELIAIS ............................................................... 70
Tratamento adjuvante ........................................................................................................... 70
Tratamento Neoajuvante....................................................................................................... 70
Tratamento Paliativo............................................................................................................. 71
Drogas não recomendadas .................................................................................................... 72
CÂNCER DE OVÁRIO - TUMORES ESTROMAIS (CÉLULAS DA GRANULOSA) ....... 75
Tratamento Inicial................................................................................................................. 75
Tratamento Paliativo............................................................................................................. 76
CÂNCER DE OVÁRIO – TUMORES GERMINATIVOS .................................................... 77
Tratamento de resgate ........................................................................................................... 77
CÂNCER DE ESÔFAGO ........................................................................................................ 79
Tratamento neoadjuvante ..................................................................................................... 79
Tratamento curativo .............................................................................................................. 79
Segunda linha ....................................................................................................................... 80
Tratamento paliativo ............................................................................................................. 80
CÂNCER DE ESTÔMAGO E JUNÇÃO ESÔFAGO-GÁSTRICA ....................................... 82
Tratamento neoadjuvante/adjuvante ..................................................................................... 82
Tratamento paliativo ............................................................................................................. 83
Primeira Linha .................................................................................................................. 83
Segunda linha................................................................................................................. 85
CÂNCER DE FÍGADO ........................................................................................................... 88
Quimioterapia paliativa ........................................................................................................ 88
CÂNCER DE VIAS BILIARES .............................................................................................. 91
Tratamento paliativo ............................................................................................................. 91
CARCINOMA NEUROENDÓCRINO BEM DIFERENCIADO ........................................... 92
CÂNCER DE PÂNCREAS ...................................................................................................... 93
Tratamento Adjuvante .......................................................................................................... 93
Tratamento Paliativo............................................................................................................. 93
Doença metastática ............................................................................................................... 94
Drogas não recomendadas .................................................................................................... 95
CARCINOMA ANAPLÁSICO DE TIREÓIDE ...................................................................... 96
CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO .................................................................................... 97
Tratamento Neoadjuvante..................................................................................................... 97
3
Tratamento Adjuvante .......................................................................................................... 97
Tratamento Paliativo............................................................................................................. 97
LINFOEPITELIOMA ............................................................................................................ 100
Tratamento curativo ............................................................................................................ 100
Tratamento paliativo ........................................................................................................... 100
TIMOMA ............................................................................................................................... 102
Estádios III e IVA ............................................................................................................... 102
CÂNCER DE BEXIGA, PELVE RENAL E URETER ......................................................... 103
Tratamento Neoadjuvante................................................................................................... 103
Tratamento Adjuvante ........................................................................................................ 103
Carcinoma papilar não invasivo de alto grau, in situ e estadio I ........................................ 104
Tratamento Curativo - doença localmente avançada ou pacientes inoperáveis ................. 104
Tratamento Paliativo - doença metastática ......................................................................... 104
Quimioterapia de segunda linha ......................................................................................... 105
CÂNCER DE PÊNIS ............................................................................................................. 106
Tratamento neoadjuvante ................................................................................................... 106
CÂNCER DE TESTÍCULO ................................................................................................... 107
Tratamento adjuvante ......................................................................................................... 107
Tratamento curativo ............................................................................................................ 107
Tratamento curativo de resgate........................................................................................... 108
CÂNCER DE VULVA ........................................................................................................... 109
Tratamento Neoadjuvante................................................................................................... 109
Tratamento paliativo ........................................................................................................... 109
Recorrência local em área não-irradiada ............................................................................ 109
Tratamento Curativo - doença localmente avançada ou pacientes inoperáveis ................. 110
CÂNCER DE COLO DE ÚTERO ......................................................................................... 111
Tratamento curativo ............................................................................................................ 111
Tratamento adjuvante ......................................................................................................... 111
Tratamento paliativo ........................................................................................................... 111
CÂNCER DE ENDOMÉTRIO .............................................................................................. 113
Tratamento adjuvante ......................................................................................................... 113
Tratamento paliativo ........................................................................................................... 113
NEOPLASIA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL (NTG) ............................................... 114
Tratamento curativo ............................................................................................................ 114
Tratamento de resgate ......................................................................................................... 115
MELANOMA......................................................................................................................... 116
4
Tratamento paliativo – doença metastática ........................................................................ 116
Recomendações .................................................................................................................. 116
Sumário da evidência - drogas novas ................................................................................. 117
Drogas não recomendadas .................................................................................................. 122
Segunda linha de tratamento do melanoma (casos serão avaliados individualmente) ....... 124
SARCOMA DE PARTES MOLES ........................................................................................ 126
Tratamento adjuvante ......................................................................................................... 126
Tratamento paliativo (Doença irressecável ou metastática) ............................................... 126
OSTEOSSARCOMA ............................................................................................................. 127
Tratamento neoajuvante ..................................................................................................... 127
Tratamento adjuvante ......................................................................................................... 127
Tratamento paliativo ........................................................................................................... 127
SARCOMA DE KAPOSI....................................................................................................... 128
Tratamento paliativo ........................................................................................................... 128
TUMOR DE SÍTIO PRIMÁRIO DESCONHECIDO ........................................................... 129
Tratamento paliativo ........................................................................................................... 129
REGRAS DE AUTORIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS PARA CONTROLE DE EFEITOS
ADVERSOS E ADJUVANTES RELACIONADOS A TRATAMENTOS
ANTINEOPLÁSICOS ........................................................................................................... 130
Referências ........................................................................................................................... 136
ANEXO .................................................................................................................................. 138
5
CÂNCER DE MAMA
Quimioterapia neoadjuvante
6
Doxorrubicina 60 mg/m² no D1+
Ciclofosfamida 600 mg/m² no D1 por 4
ciclos
AC+T (Paclitaxel) Seguidos de
Paclitaxel 175 mg/m² a cada 21 dias por 4
ciclos ou Placlitaxel 90 mg/m2 semanal)
por 12 semanas
Quimioterapia Adjuvante
São considerados fatores de mau prognóstico (alto risco) a presença de qualquer uma
das variáveis: invasão angiolinfática, grau nuclear >1, grau de diferenciação >1,
receptor para estrógeno e/ou progesterona negativos, HER-2 positivo, idade <35 anos
e acometimento axilar.
a
Trastuzumabe subcutâneo, dose fixa de 600mg a cada 3 semanas mostrou perfil de toxicidade maior que a
administração endovenosa. Lancet Oncol 2012; 13: 869–78
7
Quimioterapia adjuvante:
São regimes aceitáveis como adjuvância para o câncer de mama HER2 negativo:
8
Doxorrubicina 60 mg/m² no D1+
Ciclofosfamida 600 mg/m² no D1 por 4
ciclos
seguidos de
AC+T (Docetaxell)
Docetaxel 75 mg/m² de 21/21 dias por 4
ciclos ou Docetaxel 35 mg/m² semanal x
12 semanas
Atualização 2017
Recomendação
Características Adjuvância com bisfosfonatos
Sumário da evidência
Terapia Comparador Especificidade Tipo de SG Toxici-dade Recomendação
Estudo (G3/4)
Adjuvância Adjuvância Mulheres com Metanálise (de Mediana de seguimento de Não avaliada Não
com sem câncer de mama ECRs 5,6 mulher-ano (IIQ de 3,7-
bisfosfonato bisfosfonato inicial, de financiados 8,0) (Eventos (Redução muito
(nenhum ensaios clínicos pela indústria, adversos pequena de risco
comparador avaliando sem análise 3.453 (18,4%) mulheres conhecidos absoluto, somente
ou placebo) adjuvância da qualidade tiveram recorrência, depois da incluem em análise de
dos ECRs qual 2.106 morreram (60% disfunção subgrupo (pós-
26 ensaios incluídos) das que recorreram; 11,2% renal e menopausa), de
clínicos com da amostra) osteonecro- metanálise de
18.766 15% de dados se de qualidade baixa,
participantes não incluídos Sem diferenças entre os mandíbula) para recorrência
(não enviados grupos com e sem óssea (RAR de
Duração média pelos autores) bisfosfonatos para os 2,2% (0,6-3,8) em
de tratamento de desfechos de qualquer 10 anos) e
3,4 anos recorrência, recorrência à mortalidade
distância, recorrência óssea e específica (RAR
mortalidade específica de 3,3% (0,8-5,7)
em 10 anos)
Referência:
Early Breast Cancer Trialists’ Collaborative Group (EBCTCG). Adjuvant bisphosphonate treatment in early breast cancer:
meta-analyses of individual patient data from randomised trials. Lancet (London, England). 2015;386(10001):1353-1361.
doi:10.1016/S0140-6736(15)60908-4.
9
Tratamento adjuvante para paciente HER2 hiperexpresso: ACTH
Atualização 2017
Recomendação
Sumário da evidência:
As pacientes tinham mediana de idade de 55 anos (de 24 a 85), 67% com tumor RH
positivo, 56% eram tumor de alto grau e 98,5% axila negativa. Das mulheres
avaliadas, 356 (87,7%) completaram as 52 semanas de tratamento, 5,9%
interromperam por eventos adversos especificados no protocolo e 1,5%
interromperam por outros eventos adversos. No momento da análise final, 7,1% das
pacientes haviam deixado o estudo: 0,5% morreu de causas não relacionadas ao
câncer de mama; 4,2% retiraram o consentimento; e 2,5% foram perdidas do
seguimento.
Referências:
Burstein H. Adjuvant systemic therapy for HER2-positive breast cancer. UpToDate. 2017.
https://www.uptodate.com/contents/adjuvant-systemic-therapy-for-her2-positive-breast- cancer?source=see_link#H7901849.
Tolaney SM, Barry WT, Dang CT, et al. Adjuvant paclitaxel and trastuzumab for node-negative, HER2-positive breast
cancer. N Engl J Med. 2015;372(2):134-141. doi:10.1056/NEJMoa1406281.
Observações:
11
clinicamente justificados, dado que ambas apresentam a mesma eficácia e a
Epirrubicina é consideravelmente mais cara que a Doxorrubicina.
Quimioterapia paliativa
Vinorelbine (VO) 80 mg/m² semanalmente (inciar com 60mg/m2 para avaliar tolerância)
Quimioterapia combinada
12
Ciclofosfamida 600 mg/m² em D1 e D8+
CMF Metotrexate 40 mg em D1 e D8+ Cada 21-28 dias, por 4 a 6 ciclos
Fluorouracil 600 mg/m² em D1 e D8
Doxorrubicina 50 mg/m²
AT (Docetaxel) Cada 21 dias, por 4 a 6 ciclos
Docetaxel 75 mg/m² no D1
Doxorrubicina 50 mg/m²
AT (Paclitaxel) Cada 21 dias, por 4 ciclos
Paclitaxel 175 mg/m² no D1
13
Jan 4, 2011). O medicamento adicionou toxicidade significativa, com aumento clinica
e estatisticamente significativo de infecção, fadiga, neuropatia, hipertensão e isquemia
cerebro-vascular. Pelo exposto, a UNIMED não incluiu em suas diretrizes o
bevacizumabe no tratamento paliativo do câncer de mama. A Cooperativa entende
que esta medida é tomada no sentido de garantir segurança e benefício real as
pacientes.
Referência
Miller K, Wang M, Gralow J et al. Paclitaxel plus bevacizumab versus paclitaxel alone for metastatic
breast cancer. N Engl J Med. 2007 Dec 27;357(26):2666-76.
Trastuzumabe
Indicado em pacientes com HER2 3+ (três cruzes) ou FISH reagente na paliação.
Esquemas terapêuticos
• Trastuzumabe em monoterapia (dose de ataque 4mg/kg, seguida de 2mg/kg
semanal)
• Trastuzumabe associado a quimioterapia:
o Paclitaxel (175 mg/m² no D1) ou
o Docetaxel (35 mg/m² nos D1, D8 e D15) ou
o Vinorelbina (25mg/m² nos D1, D8 e D15) ou
o Gencitabina (1000-1250 mg/m² nos D1 e D8)
Atualizações de 2017
14
a) Incorporação do pertuzumabe em primeira linha para pacientes selecionados
b) Incorporação de T-DM1 em segunda e terceira linha
c) Incorporação de lapatinibe e capecitabina
d) Não incorporação da eribulina
Recomendações
A mediana de duração do tratamento com eribulina foi de 3,9 meses (0,7 - 16,3) e no
grupo comparador foi 2,1 meses (0,03 - 21,2). Nesta publicação, a análise da
sobrevida global (SG) ainda é precoce, tendo ocorrido até então menos de 60% dos
eventos e alta taxa de censura. A mediana estimada de SG foi de 13,1 meses (IC95%
de 11,8-14,3) no grupo com eribulina e 10,6 meses (9,3-12,5) no grupo comparador,
sendo uma diferença discreta (menos de 3 meses) com significância estatística
limítrofe (HR 0,81; IC95% de 0,66-0,99; p=0,041) e com violação do pressuposto de
riscos proporcionais na Kaplan-Meier.
A toxicidade foi semelhante entre os grupos, tendo ocorrido eventos adversos graves
em 25% das pacientes com eribulina e em 26% do braço comparador.
Portanto, a eribulina não pode ser recomendada, uma vez que não há evidências que
comprovem benefícios, em detrimento dos tratamentos disponíveis, que superem
seus custos adicionais.
Referências:
Cortes J, O’Shaughnessy J, Loesch D, et al. Eribulin monotherapy versus treatment of physician’s choice in patients
with metastatic breast cancer (EMBRACE): a phase 3 open-label randomised study. Lancet (London, England).
2011;377(9769):914-923. doi:10.1016/S0140-6736(11)60070-6.
Kaufman PA, Awada A, Twelves C, et al. Phase III open-label randomized study of eribulin mesylate versus
capecitabine in patients with locally advanced or metastatic breast cancer previously treated with an anthracycline and
a taxane. J Clin Oncol. 2015;33(6):594-601. doi:10.1200/JCO.2013.52.4892.
Baselga J, Cortés J, Kim S-B, et al. Pertuzumab plus trastuzumab plus docetaxel for metastatic breast cancer. N Engl J
Med. 2012;366(2):109-119. doi:10.1056/NEJMoa1113216.
Swain SM, Baselga J, Kim S-B, et al. Pertuzumab, trastuzumab, and docetaxel in HER2-positive metastatic breast
cancer. N Engl J Med. 2015;372(8):724-734. doi:10.1056/NEJMoa1413513.
Perez EA, Barrios C, Eiermann W, et al. Trastuzumab Emtansine With or Without Pertuzumab Versus Trastuzumab
Plus Taxane for Human Epidermal Growth Factor Receptor 2-Positive, Advanced Breast Cancer: Primary Results From
the Phase III MARIANNE Study. J Clin Oncol. 2017;35(2):141-148. doi:10.1200/JCO.2016.67.4887.
Verma S, Miles D, Gianni L, et al. Trastuzumab emtansine for HER2-positive advanced breast cancer. N Engl J Med.
2012;367(19):1783-1791. doi:10.1056/NEJMoa1209124.
Diéras V, Miles D, Verma S, et al. Trastuzumab emtansine versus capecitabine plus lapatinib in patients with previously
treated HER2-positive advanced breast cancer (EMILIA): a descriptive analysis of final overall survival results from a
randomised, open-label, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2017;18(6):732-742. doi:10.1016/S1470-2045(17)30312-1.
Krop IE, Kim S-B, González-Martín A, et al. Trastuzumab emtansine versus treatment of physician’s choice for
pretreated HER2-positive advanced breast cancer (TH3RESA): a randomised, open-label, phase 3 trial. Lancet Oncol.
2014;15(7):689- 699. doi:10.1016/S1470-2045(14)70178-0.
18
Krop IE, Kim S-B, Martin AG, et al. Trastuzumab emtansine versus treatment of physician’s choice in patients with
previously treated HER2-positive metastatic breast cancer (TH3RESA): final overall survival results from a randomised
open-label phase 3 trial. Lancet Oncol. 2017;18(6):743-754. doi:10.1016/S1470-2045(17)30313-3
Hormonioterapia
Adjuvância:
Pré-menopausa:
• Tamoxifeno 20 mg/dia por 5 anos
Atualizações de 2017
a) Ablação da função ovariana associada a bloqueio periférico, para pacientes de
alto risco
b) Adjuvância com tamoxifeno por 10 anos (vide abaixo, pós-menopausa)
Recomendações
19
Sumário da evidência
Referências
N Engl J Med. 2014;371(2):107. Epub 2014 Jun 1.
N Engl J Med. 2015;372(5):436. Epub 2014 Dec 11
J Clin Oncol. 2016;34(19):2221. Epub 2016 Apr 4
Pós-menopausa
• Tamoxifeno 20mg/dia por 5 anos ou
• Inibidor da aromatase (anastrozol, letrozol ou exemestano) por 5 anos
• “Switch”: 2 ou 3 anos de tamoxifeno seguidos de 2 ou 3 anos dos inibidores
de aromatase (letrozol, anastrozol ou exemestano), para um total de 5 anos
Atualização de 2017
• Adjuvância estendida para 10 anos de hormonioterapia em pacientes de alto
risco.
Recomendações
20
Características Adjuvância estendida (10 anos)
Mulheres com CA de mama ressecável, com receptor hormonal
positivo, pré ou pós-menopausa, sem recorrência após adjuvância
hormonal por 5 anos e com fatores de alto risco para recorrência, Tamoxifeno por 10 anos (pré-menopausa) ou
tais como: tamoxifeno por 5 anos e IA* por mais 5 anos ou IA
• Axila positiva por 10 anos
• Tumor ≥T3
*IA=inibidor de aromatase (letrozol, anastrozol ou exemestano)
Tamoxifeno Tamoxifeno Mulheres com CA de Metanálise com Sem benefício em Carcinoma Não
por 10 anos por 5 anos mama ressecado, heterogeneidade SG endometrial mais
sem sinais de relevante para frequente com Sem benefícios,
progressão ou maioria dos Redução discreta adjuvância aumento de risco,
recorrência após 5 desfechos de recorrência estendida aumento de custo
anos de tamoxifeno somente em
subgrupo (axila (OR 2,06; IC95%
5 estudos; total de positiva), sem 1,65-2,58;
21.554 participantes significância p<0,001; NNT de
estatística, sem 89)
redução de
mortalidade
específica ou
global
Sem diferenças
entre mulheres
em pré ou pós-
menopausa
Tamoxifeno Tamoxifeno Mulheres com CA de ECR fase 3 Redução de Aumento do Não
por 10 anos por 5 anos mama inicial tratado, recorrência em 15 risco cumulativo
clinicamente livre de (ATLAS) anos de 25,1% de câncer de Benefício absoluto
doença, n=6.846 para 21,4% (RR endométrio nos em SG discreto e
Publicação questionável,
participantes com referente ao 0,75; 0,62–0,90; anos 5-14 de
RH positivo, cerca de p=0,002); NNT de 1,6% demonstrado
subgrupo de somente após mais
50% axila negativa, pacientes com RH 28 pacientes (mortalidade de
cerca de 50% com tratadas por mais 0,2%) para 3,1% de 10 anos, análise
positivo de subgrupo,
tumor inicial de 1 a 5 anos para (mortalidade de
20 mm Aberto redução de uma 0,4%) aumento de risco e
recorrência aumento de custo
Financiado pelo NNH de 67 para
fabricante Redução de incidência e de
mortalidade: SG 500 para
em 15 anos de mortalidade
21,1% para
18,6%, com
significância
estatística
limítrofe (RR 0,87;
0,78-0,97;
p=0,01); NNT de
40 pacientes
tratadas por mais
5 anos para
reduzir uma morte
Letrozol (IA) Placebo (P) Mulheres com CA de ECR fase 3 Mediana de Interrupção de Não
por 5 anos por 5 anos mama inicial tratado seguimento de 2,5 tratamento em
após 5 anos após 5 anos com RH positivo (MA.17) anos (ainda é uma 4,9% com Benefício em SG
de tamoxifeno de tamoxifeno análise interina, letrozol e 3,6% somente para
ECOG 0-2 Duplo-cego análise de subgrupo
mas o estudo foi com placebo
N=2.593 N=2.593 Financiado pelo aberto nesta (p=0,019) (com significância
Expectativa de vida estatística limítrofe)
de mais de 5 anos fabricante do análise)
letrozol Ondas de calor,
Pós-menopausa anorexia,
21
artralgia, mialgia
Mediana de 62 anos Sem diferença e alopecia mais
em sobrevida comuns com
Cerca de 50% com global (HR para
axila negativa letrozol
morte 0,82; 0,57-
1,19; p=0,3) Sangramento
vaginal mais
Para pacientes comum com
com axila positiva, placebo
HR para morte
0,61 (0,38-0,98;
p=0,04)
Letrozol (IA) Placebo por 5 Mulheres com CA de ECR fase 3 Mediana de Interrupção de Não
por 5 anos anos mama inicial tratado seguimento de 75 tratamento por
após 5 anos com RH positivo (MA.17R) meses (6,3 anos) toxicidade em Sem benefício em
de letrozol 5,4% com SG, piora da
Pós-menopausa Duplo-cego SG em 5 anos de qualidade de vida
(IA), precedido letrozol e 3,7%
(em 80% das Financiado pelo 93% (92-95) com com placebo em algumas
Mediana de 65,1 letrozol e 94% dimensões e
pacientes) por anos fabricante do
tamoxifeno letrozol (92-95) com OR para fratura aumento do custo
por 5 anos Cerca de 50% com placebo com letrozol de
axila negativa 1,59 (IC95% de
1,19 a 2,12;
p=0,0012)
Redução de
escores de
qualidade de
vida (na
subescala role-
physical) maior
com letrozol
*IA=inibidor de aromatase (letrozol, anastrozol ou exemestano)
Referências:
Al-Mubarak M, Tibau A, Templeton AJ, et al. Extended adjuvant tamoxifen for early breast cancer: a meta-analysis. Miller
TW, ed. PLoS One. 2014;9(2):e88238. doi:10.1371/journal.pone.0088238.
Davies C, Pan H, Godwin J, et al. Long-term effects of continuing adjuvant tamoxifen to 10 years versus stopping at 5
years after diagnosis of oestrogen receptor-positive breast cancer: ATLAS, a randomised trial. Lancet (London, England).
2013;381(9869):805-816. doi:10.1016/S0140-6736(12)61963-1.
Goss PE, Ingle JN, Martino S, et al. A randomized trial of letrozole in postmenopausal women after five years of
tamoxifen therapy for early-stage breast cancer. N Engl J Med. 2003;349(19):1793-1802. doi:10.1056/NEJMoa032312.
Goss PE, Ingle JN, Martino S, et al. Randomized trial of letrozole following tamoxifen as extended adjuvant therapy in
receptor-positive breast cancer: updated findings from NCIC CTG MA.17. J Natl Cancer Inst. 2005;97(17):1262-1271.
doi:10.1093/jnci/dji250.
Goss PE, Ingle JN, Pritchard KI, et al. Extending Aromatase-Inhibitor Adjuvant Therapy t0 10 Years. N Engl J Med.
2016;375(3):209-219. doi:10.1056/NEJMoa1604700.
Doença metastática
Pré-menopausa
• Tamoxifeno 20mg/dia ou
22
• Tamoxifeno 20mg dia + gosserrelina 3,6 mg SC mensalmente ou 10,8mg
trimensalmente
Pós-menopausa
• Tamoxifeno 20 mg/dia ou
• Anastrozol 1 mg/dia / Letrozol 25mg/dia ou
• Exemestano 2.5mg/dia ou
• Fulvestranto 250/500 mg a cada 28 dias
23
ADENOCARCINOMA DE CÓLON E RETO
Adenocarcinoma de reto T3/T4 (NSABP R-03)
c) Adjuvância (ciclos 4 a 7)
Droga dose Frequência
5 FU 500 mg/m² D1 semanalmente
Acido folínico 500 mg/m² D1 semanalmente
Semanal durante 6 semanas consecutivas
Quimioterapia Adjuvante
Ambas as drogas: D1
Fluorouracil 370mg/m2 + acico folinico* 25
5FU + AF (semanalmente por 30 semanas
mg/m2
consecutivas)
*se utilizada a forma racêmica a dose deverá ser de 50 mg/m2
24
Câncer de cólon - Estadio II
Ambas as drogas: D1
Fluorouracil 370mg/m2 + acico folinico* 25
5FU + AF (semanalmente por 30 semanas
mg/m2
consecutivas)
Sumário da evidência
Fluoropiri Fluoropiri N=8.734 pacientes com Metanálise A adição de Perfil de toxicidade Sim
midina midina câncer colorretal estadio III de 4 ECRs oxaliplatina a qualquer diferente, ms com
(capecita (capecitabi ressecado, ECOG 0 ou 1, fluoropirimidina toxicidade global Para
bina ou na ou incluídos em 4 ensaios Todos ofereceu benefício em semelhante capecitabina:
leucovori leucovorin clínicos (NSABP C-08, abertos sobrevida global eficácia
ne e XELOXA, X-ACT e AVANT). (p=0,014) Eventos G3-4 de semelhante à
Todos interesse especial fluoropirimidi
fluoroura fluorouraci financiados
cil) com l) Os grupos foram comparados HR para morte de foram mais na venosa,
quanto à adição ou não de pela oxaliplatina com frequentes com com perfil de
oxaliplati indústria
na oxaliplatina (à capecitabina ou capecitabina de 0,75 leucovorin+fluoroura toxicidade
a fluorouracil e leucovorin), (IC95% 0,63-0,88) e cil (45%) do que diferente,
para os desfechos de 0,56 (0,48-0,65) com com capecitabina evita
sobrevida livre de doença, leucovorin e (36%). No entanto, implantação
livre de recidiva e global. fluorouracil eventos adversos de cateter de
graves foram longa
Sobrevida após recidiva Comparações diretas semelhantes (16% permanência
também foi comparada entre entre XELOX e vs. 20%,
esses grupos e entre XELOX FOLFOX (ajustado respectivamente).
e FOLFOX. para o uso de
bevacizumabe)
demonstrou que não
houve diferença
significante, com SG
em 5 anos de 78,7%
para XELOX e 79,6%
para FOLFOX
25
Regimes Oxaliplatina Ácido folínico 5-FU Frequência
Ambas as drogas: D1
Fluorouracil 370mg/m2 + acico folinico* 25
5FU + AF (semanalmente por 30 semanas
mg/m2
consecutivas)
Quimioterapia Paliativa
• Panitumumabe ao FOLFOX
• Cetuximabe ao FOLFIRI
Sumário da evidência
XELOX FOLFOX N=4.363 pacientes, Metanálise de 5 estudos relataram SG e não Perfis diferentes SIM
de 8 ECRs 8 ECRs houve diferença entre os
(n=2.194) (n=2.169) agrupados, com esquemas (OR=1,04; IC95% Trombocitopenia,
câncer colorretal 7 abertos e 1 0,90-1,20), sem síndrome mão-pé e
metastático duplo-cego; a heterogeneidade diarreia mais
maioria de frequente com
qualidade XELOX
metodológica
baixa
26
Fonte de Neutropenia mais
financiamento frequente com
não declarado FOLFOX
Anemia, náusea e
vômitos ocorreram e
forma semelhante
Cetuxima Bevacizu Câncer colorretal ECR de fase 3 Sem diferenças significantes Toxicidade NÃO
be + mabe + avançado ou para SG ou sobrevida livre de semelhante
FOLFOX FOLFOX metastático, sem Aberto progressão para a coorte As análises
ou ou tratamento prévio, inicial (KRAS selvagem) 8 mortes (1,4%) de subgrupo
Financiado relacionadas ao NÃO
FOLFIRI FOLFIRI KRAS selvagem parcialmente
(análise posterior de Análise ainda precoce, com tratamento com justificam a
pelo fabricante medianas estimadas de SG bevacizumabe e 7 incorporação
All RAS), do cetuximabe
candidatos a de 62,2 meses (49,4-a não (1,2%) com do esquema
FOLOX ou alcançado) com cetuximabe cetuximabe
FOLFIRI, sem bevacizumabe e 64,7 meses associado
metástases em (51,6- a não alcançado) com ao FOLFOX
SNC ou neuropatia cetuximabe para
periférica grau II ou pacientes All
Análise de subgrupo de RAS
mais. pacientes All RAS selvagem selvagem,
A escolha entre também não demonstrou uma vez que
FOLFOX e FOLFIRI diferenças entre foi
foi a critério do bevacizumabe vs. cetuximabe marginalment
paciente e do(a) (ambos associados à e significante
médico(a) quimioterapia com FOLFOX e
assistente ANTES ou FOLFIRI) CONTRADIT
da randomização Análise de subgrupo por ÓRIA a
quimioterapia, demonstrou outras
ECOG 0 ou 1 evidências
benefício marginal (HR, 0.83;
95% CI, 0.71–0.98) do diretas
FOLFOX+cetuximabe em (demonstran
relação ao do a
FOLFOX+bevacizumabe, fragilidade
mas não do FOLFIRI das análises
de subgrupo)
Cetuxima FOLFOX Pacientes com ECR fase 2 Sem benefício em SG Aumento de Não
be + câncer colorretal (medianas de 22,8 vs. 18,5 toxicidade cardíaca
FOLFOX metastático, sem (OPUS) meses, p=0,39, com e sem G3/4 (8/170 com Estudo fase
tratamento prévio cetuximabe, respectivamente) cetuximabe e 0/168 2, análise de
ABERTO subgrupo,
sem)
ECOG 0-2 Financiado sem
pela indústria Neutropenia 30% benefício em
vs. 34%; rash 11% SG, aumento
Análise de vs. 0,6% e diarreia de toxicidade
subgrupo para 8% vs. 7% com e
KRAS WT sem cetuximabe
(57% da
amostra total)
Cetuxima CAPOX/F Adenocarcinoma ECR fase 3 Nos 729 pacientes KRAS WT, Cetuximabe Não
be + OLFOX metastático ou não houve diferença em aumentou a
CAPOX/F contínuo localmente (COIN) sobrevida livre de doença (8,6 incidência de Análise de
OLFOX ou avançado, não meses em ambos os braços) eventos adversos subgrupo,
ABERTO sem
intermitent tratado previamente ou em SG (medianas de 17,9 cutâneos (rash,
e Análise de meses sem e 17 meses com desordens das benefício em
ECOG 0-2 subgrupo para cetuximabe) unhas, síndrome SG, aumento
KRAS WT mao-pe) e de toxicidade
(57% da gastrointestinais
amostra total) (diarreia,
estomatite), além de
Financiado anemia, letargia e
parcialmente hipomagnesemia.
pela indústria
Cetuxima FLOX Adenocarcinoma ECR fase 3 Em pacientes KRAS WT ou Houve tendência a Não
be + metastático ou KRAS/BRAF WT, não houve mais diarreia com
FLOX localmente (NORDIC VII) diferenças entre os grupos cetuximabe (17% Análise de
avançado, não para SG vs. 10%), sem subgrupo,
ABERTO sem
tratado previamente significância
Análise de Medianas de 22 meses (17,9- estatística benefício em
ECOG 0-2 subgrupo para 26,1) para FLOX e 20,1 (14,5- SG, aumento
25,7) para FLOX+cetuximabe Mais eventos de toxicidade
cutâneos com
27
KRAS WT cetuximabe (29%
(61%) vs. 22%, p<0,01)
Financiado
pela indústria
Cetuxima FOLFOX Pacientes com ECR fase 3 Mediana de seguimento Incidência global Não
be + câncer colorretal, global de 20,7; análise ainda semelhante:
FOLFOX metastático (New EPOC) precoce para SG, com
somente para o mediana de 39,1 meses Pré-operatorio: 47%
ABERTO com cetuximabe vs.
fígado, com lesões (23,6-não alcançado) para
ressecáveis ou com Financiado grupo com cetuximabe e não 40% sem
ressecção provável parcialmente alcançada (32-não cetuximabe
subótima pela indústria alcançado) sem cetuximabe Pós-operatório: 28%
(HR para morte com com vs. 21% sem
ECOG 0-2 cetuximabe de 1,49 (0,86– cetuximabe
KRAS selvagem 2,60; p=0,16)
Esquemas
Irinotecano A cada 3
350 mg/m2
(monoterapia) semanas
8 semanas (total
500 mg/m² D1 em
85 mg/m² (D1-D15- 500 mg/m² 6 semanas 3 ciclos: 6
FLOX 6 semanas
D29) consecutivas) meses
consecutivas)
tratamento)
125 mg/m²
IFL 20mg/m² semanal 500mg/m² semanal por
Semanal por 4 cada 6 semanas
por 4 semanas 4 semanas
semanas
28
A cada 3 semanas, até progressão ou toxidade
Ann Oncol. 2002 Apr;13(4):566-75 // Jpn J Clin Oncol. 2004 Jul;34(7):400-4.
Observações:
29
central em algum momento do tratamento simplesmente por falta de
acessos periféricos adequados.
30
Mediante as limitações descritas dos estudos anteriores, o ensaio clinico mais
adequado para a avaliação do bevacizumabe em associação à oxaliplatina é
provavelmente o NO16966 [J Clin Oncol. 2008;26(12):2013]. Esse estudo, entretanto,
foi originalmente idealizado para comparar o esquema padrão FOLFOX-4 com o
esquema XELOX. Após outros dados indicarem um possível ganho do bevacizumabe
associado à quimioterapia baseada em irinotecano, o protocolo NO16966 foi
modificado para um desenho com randomizaçao fatorial 2x2, com objetivos co-
primários. A sobrevida livre de progressão foi de 9,4 meses para o grupo com
bevacizumabe versus 8 meses para o controle (HR para morte de 0,83; IC97,5% 0,72
a 0,95; P=0,0023). Apesar disso, a sobrevida global foi de 21,3 meses para
bevacizumabe mais quimioterapia e 19,9 meses para placebo mais quimioterapia.
Essa diferença não foi nem clinicaemente significativa (menos de um mês e meio),
nem estatisticamente significante (HR 0,89; IC97,5% 0,76 a 1,03; P=0,077).
Além das incertezas quanto à eficácia, a não inclusão dessa medicação
também se baseia na segurança dos pacientes, mediante os riscos de toxicidades
graves descritas e reafirmadas em distintas metanálises [Acta Oncologica, 2010; 49:
287–297 e JAMA. 2011;305(5):487-494].
Observação:
A indicação do tratamento paliativo baseada somente em elevação de marcador
tumoral não é recomendada.
Referências:
Schmoll H-J, Twelves C, Sun W, et al. Effect of adjuvant capecitabine or fluorouracil, with or without oxaliplatin, on survival outcomes
in stage III colon cancer and the effect of oxaliplatin on post-relapse survival: a pooled analysis of individual patient data from four
randomised controll. Lancet Oncol. 2014;15(13):1481-1492. doi:10.1016/S1470-2045(14)70486-3.
Guo Y, Xiong B-H, Zhang T, Cheng Y, Ma L. XELOX vs. FOLFOX in metastatic colorectal cancer: An updated meta-analysis. Cancer
Invest. 2016;34(2):94-104. doi:10.3109/07357907.2015.1104689.
Venook AP, Niedzwiecki D, Lenz H-J, et al. Effect of First-Line Chemotherapy Combined With Cetuximab or Bevacizumab on Overall
Survival in Patients With KRAS Wild-Type Advanced or Metastatic Colorectal Cancer: A Randomized Clinical Trial. JAMA.
2017;317(23):2392-2401. doi:10.1001/jama.2017.7105.
Bokemeyer C, Bondarenko I, Hartmann JT, et al. Efficacy according to biomarker status of cetuximab plus FOLFOX-4 as first-line
treatment for metastatic colorectal cancer: the OPUS study. Ann Oncol. 2011;22(7):1535-1546. doi:10.1093/annonc/mdq632.
Maughan TS, Adams RA, Smith CG, et al. Addition of cetuximab to oxaliplatin-based first-line combination chemotherapy for
treatment of advanced colorectal cancer: results of the randomised phase 3 MRC COIN trial. Lancet. 2011;377(9783):2103-2114.
doi:10.1016/S0140-6736(11)60613-2.
31
Tveit KM, Guren T, Glimelius B, et al. Phase III trial of cetuximab with continuous or intermittent fluorouracil, leucovorin, and
oxaliplatin (Nordic FLOX) versus FLOX alone in first-line treatment of metastatic colorectal cancer: the NORDIC-VII study. J Clin
Oncol. 2012;30(15):1755-1762. doi:10.1200/JCO.2011.38.0915.
Primrose J, Falk S, Finch-Jones M, et al. Systemic chemotherapy with or without cetuximab in patients with resectable colorectal liver
metastasis: The New EPOC randomised controlled trial. Lancet Oncol. 2014;15(6):601-611. doi:10.1016/S1470-2045(14)70105-6.
Clark JW, Grothey A. Systemic chemotherapy for nonoperable metastatic colorectal cancer: Treatment recommendations.
UpToDate. 2015.
32
CÂNCER DO CANAL ANAL
Tratamento Curativo
Regime
MMC+ 5FU Mitomicina 10 mg/m² no D1
Fluorouracil 1000 mg/m² (infusão contínua) de D1 a D4 a cada 28 dias, por 2 ciclos
concomitantes com a primeira e última semana da radioterapia
Regime
CDDP + 5FU Cisplatina 75 mg/m² no D1
Fluorouracil 1000 mg/m² (infusão contínua) de D1 a D4a cada 3 semanas, por 3
ciclos concomitantes com a primeira e última semana da radioterapia
Observação:
Tratamento Paliativo
33
CÂNCER DE PULMÃO NÃO PEQUENAS CÉLULAS
(ADENOCARCINOMA OU CEC)
Tratamento neoadjuvante
Tratamento adjuvante
b
Burdett S, Stewart LA, Rydzewska L. A systematic review and meta-analysis of the literature:
chemotherapy and surgery versus surgery alone in non-small cell lung cancer. J Thorac Oncol. 2006
Sep;1(7):611-21.
c
Bradbury PA, Shepherd FA. Chemotherapy and surgery for operable NSCLC. Lancet. 2007 Jun
9;369(9577):1903-4.
d
Pignon JP1, Tribodet H, Scagliotti GV, et al.Lung adjuvant cisplatin evaluation: a pooled analysis by
the LACE Collaborative Group. J Clin Oncol. 2008 Jul 20;26(21):3552-9.
34
Recomenda-se, portanto, o uso de quimioterapia adjuvante nos moldes dos seguintes
estudos:
ESTUDO ANITAe
Cisplatina 100 mg/m² D1 a cada 4
JBR – 10f
IALTg
Cisplatina 80-100 mg/m² D1
Tratamento paliativo
e
Douillard JY1, Rosell R, De Lena M, et al. Adjuvant vinorelbine plus cisplatin versus observation in
patients with completely resected stage IB-IIIA non-small-cell lung cancer (Adjuvant Navelbine
International Trialist Association [ANITA]): a randomised controlled trial. Lancet Oncol. 2006
Sep;7(9):719-27.
f
Winton T, Livingston R, Johnson D et al. Vinorelbine plus cisplatin vs. observation in resected non-
small-cell lung cancer. N Engl J Med. 2005 Jun 23;352(25):2589-97
g
Arriagada R, Bergman B, Dunant A, et al.Cisplatin-Based Adjuvant Chemotherapy in Patients with
Completely Resected Non–Small-Cell Lung Cancer. N Engl J Med 2004;350:351-60
35
Por grandes limitações metodológicas (número de pacientes, mudanças na definição
de estádio III, melhorias na avaliação pré-operatória, heterogeneidade da população
estudada) o melhor esquema terapêutico para ser associado à RT não esta
claramente definido. Os esquemas terapêuticos mais amplamente utilizados e
estudados (mesmo que em estudos fase II) são os seguintes:
Paclitaxel 45 mg/m²
Docetaxel
Quimioterapia a base de
Não escamoso platina (cisplatina* com Pemetrexede Imunoterapia** (para
paclitaxel ou gencitabina) pacientes com PD-L1
≥50%)
Quimioterapia a base de
Escamoso platina (cisplatina* com - Docetaxel
paclitaxel ou gencitabina)
h
Albain KS, Crowley JJ, Turrisi AT 3rd, et al. Concurrent cisplatin, etoposide, and chest
radiotherapy in pathologic stage IIIB non-small-cell lung cancer: a Southwest Oncology Group
phase II study, SWOG 9019. J Clin Oncol. 2002;20(16):3454.
i
Belani CP, Choy H, Bonomi P, et al. Combined chemoradiotherapy regimens of paclitaxel
and carboplatin for locally advanced non-small-cell lung cancer: a randomized phase II locally
advanced multi-modality protocol. J Clin Oncol. 2005;23(25):5883
36
Imunoterapia** (para
pacientes com PD-L1
≥50%)
Quimioterapia a base de Docetaxel
ALK positivo platina (cisplatina* com -
paclitaxel ou gencitabina) Crizotinibe***
Gefitinibe ou Afatinibe
EGFR mutado
Quimioterapia a base de - Docetaxel
(exons 19 ou 21) platina (cisplatina* com
paclitaxel ou gencitabina)
*Cisplatina poderá ser substituída pela carboplatina em pacientes com
contraindicação ao uso da cisplatina: idosos >70 anos, insuficiência renal ou
cardiopatia
**Para pacientes com perfil semelhante àqueles incluídos nos estudos (DEFINIR
OBSERVAÇÕES
CRITÉRIOS PARA SUSPENSÃO DA IMUNOTERAPIA)
***Pacientes atualmente em segunda linha de tratamento, podem receber a droga
em terceira linha, quando da progressão, contanto que tenham perfil semelhante
àqueles incluídos nos estudos
Observação: Imunoterapia não está indicada para pacientes com EGFR mutado.
j
Ohe Y, Ohashi Y, Kubota K et al. Randomized phase III study of cisplatin plus irinotecan versus
carboplatin plus paclitaxel, cisplatin plus gemcitabine, and cisplatin plus vinorelbine for advanced non-
small-cell lung cancer: Four-Arm Cooperative Study in Japan. Ann Oncol. 2007 Feb;18(2):317-23.
k
Albain KS, Crowley JJ, Turrisi AT 3rd, et al. Concurrent cisplatin, etoposide, and chest radiotherapy
in pathologic stage IIIB non-small-cell lung cancer: a Southwest Oncology Group phase II study,
SWOG 9019. J Clin Oncol. 2002;20(16):3454.
37
• Primeira linha para tratamento de doença avançada com metástase à
distância para pacientes com mutação de EGFR
Gefitinibe Carboplatina ECR fase III, aberto, Estudo de não Não Eventos adversos mais comuns Sim
+ paclitaxel randomizado Todos os inferioridade, foram rash cutâneo e acne (66,2%
IPASSl pacientes eram asiáticos, não aberto, dos pacientes) e diarreia (46,6%) no
fumantes ou exfumantes, sem patrocinado grupo getitinibe e efeitos
tratamento prévio. pelo fabricante neurotóxicos (69,9%) e neutropenia
febril (67,1%) no grupo carboplatina
PFS 9,5 meses x 6,3 meses + paclitaxel.
para o grupo com mutação
EGFR.
Afatinibem Cisplatina + CPNPC EGFR mutado, sem ECR fase III, Não Semelhante nos dois grupos Sim
pemetrexede tratamento prévio. ECOG 0 a 1 randomizado,
LuxLung 3 sem
Ganho em SLP 11,1 meses x cegamento
6,9 meses. Resposta objetiva
56% x 23%
Afatiniben Gencitabina CPNPC EGFR mutado, sem ECR fase III, Não 6,3% no grupo afatinibe versus 8,0% Sim
+ cisplatina tratamento prévio – somente randomizado, no grupo comparador.
Lux Lung 6 pacientes asiáticos, SP: 0 a 1 sem
cegamento
Melhora da qualidade de vida
63% vs 33%
PFS 11,0 meses x 5,6 meses.
Resposta objetiva 67% x 23%
l
IPASS – Mok TS, Wu YL, Thongprasert S, et al. Gefitinib or carboplatin-paclitaxel in pulmonary
adenocarcinoma. N Engl J Med. 2009;361(10):947
m
Lux-Lung 3 - Sequist LV, Yang JC, Yamamoto N, et al.Phase III study of afatinib or cisplatin plus
pemetrexed in patients with metastatic lung adenocarcinoma with EGFR mutations.J Clin Oncol.
2013;31(27):3327
n
Lux Lung 6 - Wu YL, Zhou C, Hu CP et al. Afatinib versus cisplatin plus gemcitabine for first-line
treatment of Asian patients with advanced non-small-cell lung cancer harbouring EGFR mutations
(LUX-Lung 6): an open-label, randomised phase 3 trial. Lancet Oncol. 2014 Feb;15(2):213-22
38
• Quimioterapia de MANUTENÇÃO
Pemetre- Placebo + CPNPC não ECR fase III3 Sobrevida Pemetrexede vs. placebo: Sim
xede melhor cuidado escamoso, estadio mediana de
manuten- de suporte IIIB ou IV, sem Duplo-cego 13.9 meses Anemia: 6.4% vs. 0.6% (p <0,05) Ganho em SG
ção + tratamento prévio com (mais relevante
Placebo Graus 3-4: 9% vs. 1% (p < em pacientes
melhor (nem adjuvância), controlado pemetrexede 0,0001)
cuidado após indução vs. 11 com com RP ou RC),
de completa com 4 Financiado pelo placebo (p = à custa de
ciclos de fabricante 0,0195) toxicidade
suporteo aceitável
pemetrexede +
cisplatina com SG em 2 anos
documentação de 32%
radiográfica de (pemetrexede)
doença estável ou vs. 21%
resposta objetiva (placebo)
ECOG 0 ou 1
o
Ciuleanu T, Brodowicz T, Zielinski et al. Maintenance pemetrexed plus best supportive care versus
placebo plus best supportive care for non-small-cell lung cancer: a randomised, double-blind, phase 3
study. Lancet. 2009. 24;374(9699):1432–40.
p Fossella FV1, DeVore R, Kerr RN, Randomized phase III trial of docetaxel versus vinorelbine or
ifosfamide in patients with advanced non-small-cell lung cancer previously treated with platinum-
containing chemotherapy regimens. The TAX 320 Non-Small Cell Lung Cancer Study Group.
J Clin Oncol. 2000; 18(12):2354-62
39
O uso de docetaxel semanal reduz risco de neutropenia grau 3 e 4. Não modifica
sobrevida global, taxa de resposta ou toxicidades clinicamente significativas (como
neutropenia febril).
Nivoluma Docetaxel CA pulmão escamoso IIIB ou ECR fase Mediana de Menor com Com critérios
beq IV, com recorrência da doença III5 9,2 meses (IC nivolumabe
após 1 linha de tratamento 95% de 7,3- (7%) do que Benefício discreto (3
contendo platina; ECOG 0-1; Aberto 13,3) com com docetaxel meses) em sobrevida
meta em SNC somente se nivolumabe e (55%) global, portanto, justifica-se
Financiado recomendar somente para
tratada e estável, manutenção pelo de 6 meses
prévia (incluindo TKI anti- (IC95% 5,1- subgrupo (PDL1+) com
fabricante maior probabilidade de se
EGFR) era permitida 7,3) com
Análise docetaxel beneficiar
Exclusão: mais de uma linha interina
de tratamento prévio, doença Menor toxicidade global
autoimune, doença pulmonar Maior toxicidade
intersticial sintomática, imunomediada
imunossupressão sistêmica,
tratamento prévio com Muito alto custo
docetaxel ou terapia alvo
Com critérios
Nivoluma Docetaxel CA pulmão não escamoso, ECR fase Mediana de Menor com Benefício discreto (2,8
ber não pequenas células, IIIB ou III6 12,2 meses nivolumabe meses) em sobrevida
IV, com recorrência da doença (IC95% de 9,7 (10%) do que global, portanto, justifica-se
após pelo menos 1 linha de Aberto a 15,0) com com docetaxel recomendar somente para
tratamento contendo platina Financiado nivolumabe e (54%) subgrupo (PDL1+) com
(88% em segunda linha; 12% pelo de 9,4 (IC95% maior probabilidade de se
em terceira); ECOG 0-1; meta fabricante de 8,1-10,7) beneficiar
em SNC somente se tratada com Menor toxicidade global
e estável, manutenção Análise docetaxel Maior toxicidade
prévia (incluindo TKI anti- interina imunomediada
EGFR) era permitida p=0,002
Muito alto custo
Pembroli Docetaxel CA pulmão não pequenas ECR fase Medianas de 13% pembro2 Com critérios
zumabe células (70% não escamoso), III7 10,2-para
em 2 com PD-L1 ≥1% (sendo 40% dose de 2 mg; 16% pembro10
com PD-L1 ≥50%) Aberto 12,7 meses
dosess 35% docetaxel Aumento da mediana de
Análise (10-17,3) para SG de 6,7 meses com
ECOG 0 ou 1 dose de 10
interina pembro2, mas com
~85% sem mutação EGFR mg/kg e 8,5 incerteza na estimativa
Financiado (7,5-9,8) para (análise interina), portanto,
~90% sem translocação ALK pelo o docetaxel justifica-se recomendar
fabricante somente para subgrupo
70% em segunda linha, 20% SG PDL1>50
em TERCEIRA e 10% em ≥4ª (PDL1+) com maior
linha 14,9 meses probabilidade de se
(10,4-não beneficiar
alcançado)
para dose de Menor toxicidade global
2 mg/kg e 8,2 Maior toxicidade
meses (6,4- imunomediada
q
Brahmer J, Reckamp KL, Baas P, et al. Nivolumab versus Docetaxel in Advanced Squamous-Cell
Non-Small-Cell Lung Cancer. N Engl J Med. 2015;373(2):123-135. doi:10.1056/NEJMoa1504627.
r
Borghaei H, Paz-Ares L, Horn L, et al. Nivolumab versus Docetaxel in Advanced Nonsquamous Non-
Small-Cell Lung Cancer. N Engl J Med. 2015;373(17):1627-1639.
s
Herbst RS, Baas P, Kim D-W, et al. Pembrolizumab versus docetaxel for previously treated, PD-L1-
positive, advanced non-small-cell lung cancer (KEYNOTE-010): a randomised controlled trial. Lancet
(London, England). 2016;387(10027):1540-1550
40
10,7) para
docetaxel
Crizotini Pemetrexede Pacientes com CPNPC ECR fase Mediana de Mediana de Sim
bet ou docetaxel doença localmente avançada 38 sobrevida tempo para
ou metastática, com mutação global 20,3 piora dos Para pacientes com perfil
de ALK Aberto meses sintomas do estudo, devido à
(IC95%, 18,1 (tosse, melhora da qualidade de
Todos os pacientes haviam Financiado vida em linha avançada de
pela a não dispneia ou dor
recido uma linha anterior de alcançado) torácica) 5,6 doença, apesar de não
tratamento baseada em indústria haver ganho em SG
com meses vs 1,4
platina. Análise crizotinibe vs. meses (p <
91% apresentavam ECOG 0 interina 22,8 meses 0,001)
ou 1, 95% eram (IC95%, 18,6
a não EA graus 3-4
adenocarcinoma e 95% elevação dos
metastático alcançado)
com níveis de
docetaxel aminotranferas
es em 16% vs
64% 2%
mudaram
para
crizotinibe
t
Gambacorti Passerini C, Farina F, Stasia A, et al. Crizotinib in advanced, chemoresistant anaplastic
lymphoma kinase-positive lymphoma patients. J Natl Cancer Inst. 2014;106(2):djt378.
41
PEMETREXEDE – NÃO RECOMENDADO
Referência
Scagliotti GV, Parikh P, von Pawel J, et al. Phase III study comparing cisplatin plus gemcitabine with
cisplatin plus pemetrexed in chemotherapy-naive patients with advanced-stage non-small-cell lung
cancer.J Clin Oncol 2008; 26(21):3543-51
43
Um ECR de fase III, aberto e financiado pelo fabricante (PROFILE 1014), comparou
o tratamento com crizotinibe ao tratamento com quimioterapia (pemetrexede+platina)
em pacientes com CPNPC avançado, ALK-positivo, não tratados previamente e com
ECOG 0 ou 1. Na análise interina publicada, o seguimento mediano foi de 17,4 meses
no grupo crizotinibe e 13,7 meses no grupo quimioterapia. A sobrevida global (SG)
mediana ainda não havia sido alcançada em qualquer dos grupos, dada a precocidade
da análise para este desfecho. Para o desfecho substituto de sobrevida livre de
progressão, a mediana foi de 10,9 vs. 7 meses, para crizotinibe e quimioterapia
respectivamente (HR de 0,45, IC95% de 0,35-0,6). Houve crossover de 70% do grupo
quimioterapia para o grupo crizotinibe, quando da progressão da doença, conforme
definido pelo protocolo.
A taxa estimada de SG em um ano foi de 84% vs. 79% (não foi estatisticamente
significante). O crizotinibe foi associado a maior redução de sintomas do câncer e
maior melhora da qualidade de vida do que a quimioterapia. Mas estes são desfechos
subjetivos, cuja validade é menor em estudo aberto. Os eventos adversos mais
comuns para o grupo crizotinibe foram problemas de visão, diarreia, náusea e edema.
E para o grupo quimioterapia foram náusea, fadiga, vômitos e diminuição do apetite.
Referência
PROFILE 1014 Solomon BJ, Mok T, Kim D-W, et al. First-line crizotinib versus chemotherapy in ALK-
positive lung cancer. N Engl J Med. 2014;371(23):2167-2177.
44
Drogas não recomendadas em segunda linha
45
BEVACIZUMABE - NÃO RECOMENDADO
Referência
Botrel TEA, Clark O, Clark L, Paladini L, Faleiros E, Pegoretti B. Efficacy of bevacizumab (Bev) plus
chemotherapy (CT) compared to CT alone in previously untreated locally advanced or metastatic non-
small cell lung cancer (NSCLC): systematic review and meta-analysis. Lung Cancer. 2011
Oct;74(1):89–97.
46
CÂNCER DE PULMÃO DE PEQUENAS CÉLULAS
Doença limitada
Ciclofosfamida 1000mg/m² D1
CAV Doxorrubicina 50mg/m² D1 Cada 21 dias
Vincristina 2mg D1
Ciclofosfamida 1000mg/m² D1
CAV Doxorrubicina 50mg/m² D1 Cada 21 dias
Vincristina 2mg D1
Segunda linha
(Ambos os estadios)
47
Regime Dose e esquema Frequência
Ciclofosfamida 1000mg/m² D1
Cada 21 dias, por no
CAV Doxorrubicina 50mg/m² D1
máximo 6 ciclos
Vincristina 2mg D1
Observação
A Cisplatina poderá ser substituída pela Carboplatina em pacientes com contra-
indicações ao uso da Cisplatina: idosos acima de 70 anos, insuficiência renal ou
cardiopatia
48
CÂNCER DE PRÓSTATA
Para o tratamento adequado do câncer de próstata é importante que se faça a
classificação de risco:
Tratamento:
Câncer de
próstata
Localizado Metastático
Risco Hormonioterapia
Baixo risco Alto risco
intermediário primeira linha
(inibidor central
podendo ser
associado a
docetaxel ou
cirurgia ou cirurgia + antiandrogênico
cirurgia ou radioterapia+ 6 radioterapia + de 2ª geração)
radioterapia meses de hormonioterapia
hormonioterapia por 3 anos
(inibidor central + (central)
periférico)
49
Tratamento do câncer de próstata localizado de baixo risco.
50
Para pacientes de alto risco:
Da mesma forma que na doença de risco intermediário, a abordagem inicial com
cirurgia ou radioterapia pode ser realizada. Se realizada a radioterapia para pacientes
de alto risco, ela deve ser feita associada a hormonioterapia por pelo menos 3 anos.
Um estudo do grupo EORTC comparou a RT isolada a combinação de RT com
bloqueio central. O beneficio em sobrevida global para o grupo tratado com HT
concomitante foi expressivo. Sobrevida 39,8% (95% CI 31,9-47,5) para o grupo de
radioterapia isolada e de 58,1% (49,2-66,0) para os pacientes submetidos a terapia
combinada (HR 0,60, 95% CI 0,45-0,80, p=0,0004)
Recorrência bioquímica:
Recorrência bioquímica após prostatectomia:
51
• PSA sérico ≥ 0,2 ng/ml confirmado por um segundo PSA sérico tambem ≥0,2
ng/ml (Referência: J Urol. 2007;177(2):540.)
Doença metastática
Apesar de HT ser uma medida paliativa para uma doença incurável, mais de 90% dos
pacientes tratados apresentam normalização do PSA e 80% a 90% apresentam
resposta objetiva. Essa atividade pode melhorar qualidade de vida, dor óssea, e outras
complicações (fratura patológica, compressão medular e obstrução uretral). A clássica
metanálise [Ann Intern Med. 2000;132(7):566] demonstrou eficácia similar entre todos
52
os agonistas GnRH, e também entre eles e a orquiectomia, mas inferioridade do uso
isolado de antiandrogênios:
• Gosserrelina;
• Leuprorelina;
• Busserrelina.
OBS: Para pacientes com risco da reação de “flare” (dor óssea, sintomas urinários,
risco de compressão medular) o uso de antiandrógenos de primeira geração (como
bicalutamida) uma semana antes e três semanas após o início dos sintomas deve ser
realizado.
Atualizações de 2017
53
Recomendações
Características Tratamento
Pacientes que progridem após QT com docetaxel, com ECOG 0 ou Antiadrogênico de segunda geração
1, oligo ou assintomáticos, SEM uso prévio de antiandrogênico de (abiraterona OU enzalutamida)
segunda geração (perfis dos ECRs AFFIRM e COU-AA-301)
aCONTRAINDICAÇÕES (bula nacional): em pacientes com história de reações de hipersensibilidade severas ao
docetaxel ou ao polissorbato 80; em pacientes com contagem neutrofílica basal < 1.500 células/mm3; em pacientes
com insuficiência hepática severa
Característica Recomendação
Sumário da evidência
u
CONTRAINDICAÇÕES (bula nacional):19 em pacientes com história de reações de hipersensibilidade severas
ao docetaxel ou ao polissorbato 80; em pacientes com contagem neutrofílica basal < 1.500 células/mm3; em
pacientes com insuficiência hepática severa.
54
Terapia Compa Especificidade Tipo de SG Toxicidade (G3/4) Recomendação
rador Estudo
Docetaxel Soment N=790 homens, com câncer de ECR fase Aumento da SG Com docetaxel: Sim, para os
(6 ciclos) e TPA próstata sensível à castração 31 mediana em pacientes com
+ Terapia com evidência de metástase cerca de 1 ano Neutropenia 12,1% ECOG 0-1 e alta
de óssea (CHARTE com docetaxel carga de doença,
ED trial) Neutropenia febril
privação (57,6 meses vs. 6,1% por ser o perfil
androgêni ECOG 0-2 (70% com ECOG 0) 44 meses) mais bem
ABERTO
ca (TPA) Mediana de idade de 63-64 (de 36 Qualquer evento G3 representado no
com a 91) Financiad em 16,7%; G4 em estudo e por
castração o pelo 12,6% e G5 em análise de
medicam 65% com ALTO VOLUME DE fabricante 0,3% subgrupo dos
entosa ou DOENÇA (definido como a pacientes com
cirúrgica, presença de metástase visceral, Análise de baixo volume não
com ou ≥1 metástase óssea fora do qualidade de vida sugerir benefício
sem esqueleto axial ou ≥4 lesões, ou demonstrou que
antiandro combinação destes) docetaxel piorou a
gênicos qualidade de vida
não- 60% com escore de Gleason ≥8 transitoriamente
esteroidai (nos primeiros 3
73% dos pacientes NÃO meses) mas que em
s receberam terapia local com seguimentos
intenção curativa posteriores foi igual
ou melhor do que o
grupo sem
docetaxel
TPA TPA e Pacientes (mediana de 67-68 ECR fase Mediana de Toxicidade maior Sim, para o perfil
(cirúrgica placebo anos, variando de 33 a 92) com 32 seguimento de com abiraterona: de pacientes
ou s câncer de próstata metastático 30,4 meses incluídos (alto
medicam corresp (sem diferenciação (LATITUD 63% no grupo da risco) e com
entosa) e ondente neuroendócrina ou de pequenas E) Análise interina abiraterona contraindicação
abiratero s células) recentemente precoce, após ao docetaxel,
Duplo- 406 mortes (48% 48% no grupo
na (1000 diagnosticado (≤3 meses da cego placebo devido ao custo
mg/dia) e randomização), com fatores de dos eventos
prednison alto risco (pelo menos 2 de 3): Financiad necessários para Hipertensão 22% RAR de 17% em
a (5 escore de Gleason ≥8, pelo menos o pelo análise final), com vs. 10% e 3 anos, NNT de 6,
mg/dia) 3 lesões ósseas e metástases fabricante SG mediana não hipocalemia 10% mediana de
viscerais mensuráveis; alcançada com vs. 4%, para tempo de
abiraterona vs. abiraterona vs. tratamento com
ECOG 0 a 2 (sem citar a 34,7 meses com placebo, abiraterona de 24
proporção de pacientes em cada placebo (o ECR respectivamente meses
grupo); foi aberto e o
crossover Custo adicional
permitido a partir direto de R$
de então) 253.440/paciente;
R$ 1.520.640/vida
SG em 3 anos de prolongada
66% (abiraterona)
vs. 49% (placebo)
Enzalut Placebo N=1.717 pacientes não ECR fase Análise interina Eventos adversos Sim, somente
amida previamente tratados com 33 após 540 (70% graves: 32% para perfil de
quimioterapia (mediana de 71-72 do planejado para enzalutamida vs. pacientes
anos, variando de 42-93), com (PREVAIL análise final) 27% placebo (NNH incluídos (ECOG
adenocarcinoma de próstata ) mortes e mediana de 20) 0 ou 1,
metastático, progressão de PSA Duplo- de seguimento de assintomático ou
(só PSA em cerca de 40%) e/ou 22 meses, SG Tempo mediano de minimamente
cego tratamento de 16,6
radiológica, após orquiectomia ou mediana sintomático, com
LHRH Financiad estimada em 32,4 vs. 3,9 meses e uso prévio de
o pelo e 30,2 meses tempo mediano antiandrogênico
Cerca de 85% com uso de fabricante para os grupos para início da QT de de primeira
antiandrogênico prévio enzalutamida e 28 vs. 10 meses, geração), ou seja,
placebo, para enzalutamida e que não têm
ECOG 0 (cerca de 70%) ou 1 placebo,
respectivamente; indicação clínica
Assintomático ou minimamente HR 0,706 respectivamente de quimioterapia
sintomático (IC95%: 0,596-
0,837), p<0,0001
Excluídos: paciente com
antecedente de convulsão ou
patologia que predispõe a
convulsão; dor moderada ou
grave derivada do câncer da
próstata
55
Doença visceral em torno de 12%
(Pacientes francamente
sintomáticos, com indicação
clínica de QT, mas SEM
CONDIÇÕES CLÍNICAS de
recebê-la não estão
contemplados neste estudo)
Abirate Placebo + N= 1.088 pacientes com câncer de ECR fase Após ocorrência Eventos adversos Sim, somente
rona + prednison próstata metastático (mediana de 34–6 de 96% dos graves 38% vs. 27% para perfil de
prednis a 70-71 anos, variando de 44-95), eventos (NNH de 10) pacientes
ona com progressão de PSA e/ou (COU-AA- planejados e incluídos (ECOG
radiológica (osso ou partes moles) 302) mediana de Eventos adversos 0 ou 1,
seguimento de levando à morte em assintomático ou
ECOG 0 ou 1 Duplo- 24 (4,4%) e 15
cego 49,2 meses, (IIQ minimamente
47-51,8), SG (2,8%) pacientes, sintomático, com
Sem sintomas ou minimamente para abiraterona e
sintomáticos (BPI-SF 0-1 ou 2-3) Financiad mediana de 34,7 uso prévio de
o pelo vs. 30,3 meses e placebo, antiandrogênico
Terapia prévia com fabricante mediana de respectivamente de primeira
antiandrogênico tempo para QT foi Mediana de duração geração, sem
de 25,2 vs. 16,8 do tratamento de metástases
Excluídos: pacientes com meses (P<0,001), viscerais), ou
metástases viscerais 13,8 (abiraterona)
para abiraterona vs. 8,3 meses seja, que não têm
(Pacientes francamente e placebo, (placebo) indicação clínica
sintomáticos, com indicação respectivamente de quimioterapia
clínica de QT, mas SEM Taxa de SG final
CONDIÇÕES CLÍNICAS de de 35% vs. 29%
recebê-la não estão (NNT de 17)
contemplados neste estudo)
Enzalut Placebo N=1.199 pacientes, randomizados ECR fase Estudo Maior frequência de Sim
amida 2:1, com câncer de próstata 37,8 interrompido na fadiga, diarreia,
metastático resistente à castração, análise interina ondas de calor, Para o perfil de
que progrediu (cerca de 40% com (AFFIRM) pré-planejada cefaleia e dor pacientes
progressão somente de PSA) (após 520 mortes musculoesquelética incluídos no ECR
Duplo-
após o uso de 1 (em torno de cego - 80% dos no grupo da
73%) ou 2 linhas de quimioterapia eventos enzalutamida
(com pelo menos uma linha Financiad planejados)
contendo docetaxel) oe Convulsões em
analisado Mediana de SG cinco pacientes
ECOG 0 ou 1 pelo de 18,4 meses (0,6%) no grupo da
fabricante (IC 95% 17,3 a enzalutamida e em
Cerca de 25% com metástases não alcançado) nenhum paciente no
viscerais para grupo placebo
Era recomendado manter o enzalutamida vs.
13,6 meses (IC Alguns ganhos em
tratamento até progressão qualidade de vida8
radiológica confirmada com 95% 11,3 a 15,8)
com placebo para os pacientes
necessidade de outra terapia tratados com
antineoplásica sistêmica enzalutamida
Abirate Placebo Paciente (mediana de 69 anso, ECR fase Análise interina Maior incidência de Sim
rona variando de 39-95) com câncer de 39,10 após 534 eventos artralgia, infecção
próstata metastático, que (67% do total de de trato urinário, Para o perfil de
progrediu (PSA e/ou radiográfica (COU-AA- eventos retenção hídrica, pacientes
em parte mole ou osso) após o 301) planejados), edema, hipertensão, incluídos no ECR
uso de quimioterapia com Duplo- mediana de hipocalemia e
docetaxel (70% após uma linha de cego seguimento de desordens
QT e 30% após 2 linhas) 12,8 meses cardíacas com
Financiad abiraterona
90% ECOG 0 ou 1 o pelo Mediana de SG
fabricante de 14,8 vs. 10,9
Metástase visceral em cerca de meses, p<0,001
20% (abiraterona vs.
placebo,
respectivamente)
56
Considerações sobre o uso sequencial de abiraterona e enzalutamida:
• Séries retrospectivas
57
>50% com enzalutamida variou de 26% a 34%. Nos que não responderam à
abiraterona, a taxa de resposta à enzalutamida foi menor, varinando de 13% a 20%.
A mediana de SLP foi de 3,1 meses (de 1,4 a 4,9) e a mediana ponderada de SG foi
de 8,3 meses (variando de 2,85 a 10,6). A toxicidade foi pouco relatada nas séries de
caso (sendo a maioria publicada somente como resumo de congresso), tendo sido
mais comumente relatada a fadiga, com alguns casos de eventos grau 3 ou 4. A
mediana de duração do tratamento com enzalutamida foi de 3,2 a 4,4 meses. Os
autores concluíram que o uso de enzalutamida no perfil incluído de pacientes só
parecia encorajador para pacientes que responderam à abiraterona (mesmo assim,
com baixas taxas de resposta, em torno de 30%).
Uma análise post hoc5 do ECR COU-AA-302 avaliou o re-tratamento com
antiandrogênicos, abiraterona (n=55) ou enzalutamida (n=33) em pacientes que
haviam progredido com a abiraterona (incluídos no COU-AA-302). De forma global,
as respostas ao tratamento subsequente com abiraterona ou enzalutamida foram
modestas. A mediana de tempo para progressão do PSA foi de 3,9 meses (de 2,6 a
não estimado) para abiraterona e 2,8 meses (de 1,8 a não estimado) para
enzalutamida. A redução de ≥50% do PSA ocorreu em 44% (abiraterona) e 67%
(enzalutamida), mas, este desfecho substituto não se correlacionou a outros
desfechos de maior interesse ao paciente, como a taxa de melhora de sintomas
clínicos que foi baixa, de 12% (enzalutamida) a 18% (abiraterona), e a melhora
radiográfica, que foi rara (1 paciente em cada grupo). Como 68% dos pacientes
avaliados haviam recebido quimioterapia, os autores concluíram que, dado ao
limitado benefício clínico com enzalutamida ou abiraterona subsequente, a
quimioterapia não sensibilizou a doença à terapia antiandrogênica.
• Coorte prospectiva
Uma coorte prospectiva6 avaliou 214 pacientes com câncer de próstata metastático
que progrediu após pelo menos 24 semanas (cerca de 5 meses) de abiraterona, dos
quais 145 (68%) não haviam recebido quimioterapia prévia. Nesta coorte, a principal
razão para descontinuação da abiraterona foi progressão da doença (n=140, 65%).
Outras razões incluíram eventos adversos (8%), decisão do paciente (3,7%), morte
(3,3%), violação de protocolo (1,4%) e outros (4,2%).
58
A duração mediana do tratamento com a abiraterona prévia foi de 54 semanas
(60 para os tratados previamente com quimioterapia e 52 para os não tratados). A
duração mediana da enzalutamida subsequente foi de 5,7 meses (IIQ de 2,8-11) para
a população geral avaliada (semelhante entres os que tinham ou não recebido
quimioterapia prévia (5,5 e 5,9 meses, respectivamente).
O desfecho primário avaliado foi SLP radiológica, cuja mediana global foi de
8,1 meses (IC95% de 6,1-8,3), o que foi semelhante entre os que receberam ou não
quimioterapia. Dos 141 eventos de progressão de doença, 72% foram progressão
radiográfica e 28% foram mortes que ocorreram antes da progressão radiográfica. Os
dados de SG ainda estavam imaturos para análise e a mediana de SG não havia sido
atingida para a população global (estimada em 18 meses (IC95% de 13 a não
alcançado) para pacientes que receberam quimioterapia e não atingida para pacientes
sem quimioterapia prévia).
Na população global, 199 de 214 (93%) dos pacientes experimentaram eventos
adversos relacionados ao tratamento: fadiga (27%), redução de apetite (13%), astenia
(9%), náusea (8%) e constipação (5,6%). Destes, 93 (46,7%) experimentaram pelo
menos um evento de grau 3 ou maior. No entanto, somente 18 (8,4%) foram
considerados, pelos investigadores, como possivelmente ou provavelmente
relacionados à enzalutamida. E 81 de 199 (40,7%) pacientes experimentaram pelo
menos um evento adverso grave, dos quais 8 (10%) os investigadores consideraram
possivelmente relacionados à enzalutamida. Setenta pacientes (33%) relataram
eventos adversos que levaram à interrupção do tratamento com enzalutamida e,
destes, 22 (31,4%) foram considerados pelos investigadores como possivelmente ou
provavelmente relacionados à enzalutamida. A toxicidade foi a principal razão para
interrupção do tratamento em 17 (8%) dos 214 pacientes.
Os autores do estudo concluíram que a enzalutamida demonstrou atividade
antitumoral em alguns pacientes com câncer de próstata metastático que progrediu
após pelo menos 24 semanas de abiraterona, também sugerindo grau importante de
resistência cruzada entre os dois agentes.
Referências:
59
1. Loriot Y, Bianchini D, Ileana E, et al. Antitumour activity of abiraterone acetate
against metastatic castration-resistant prostate cancer progressing after
docetaxel and enzalutamide (MDV3100). Ann Oncol Off J Eur Soc Med Oncol.
2013;24(7):1807-1812. doi:10.1093/annonc/mdt136
2. Noonan KL, North S, Bitting RL, Armstrong AJ, Ellard SL, Chi KN. Clinical
activity of abiraterone acetate in patients with metastatic castration-resistant
prostate cancer progressing after enzalutamide. Ann Oncol Off J Eur Soc Med
Oncol. 2013;24(7):1802-1807. doi:10.1093/annonc/mdt138
3. Schrader AJ, Boegemann M, Ohlmann C-H, et al. Enzalutamide in castration-
resistant prostate cancer patients progressing after docetaxel and abiraterone.
Eur Urol. 2014;65(1):30-36. doi:10.1016/j.eururo.2013.06.042
4. Petrelli F, Coinu A, Borgonovo K, et al. Enzalutamide after docetaxel and
abiraterone acetate treatment in prostate cancer: a pooled analysis of 10 case
series. Clin Genitourin Cancer. 2015;13(3):193-198.
doi:10.1016/j.clgc.2014.10.006
5. Smith MR, Saad F, Rathkopf DE, et al. Clinical Outcomes from Androgen
Signaling-directed Therapy after Treatment with Abiraterone Acetate and
Prednisone in Patients with Metastatic Castration-resistant Prostate Cancer:
Post Hoc Analysis of COU-AA-302. Eur Urol. 2017;72(1):10-13.
doi:10.1016/j.eururo.2017.03.007
6. de Bono JS, Chowdhury S, Feyerabend S, et al. Antitumour Activity and Safety
of Enzalutamide in Patients with Metastatic Castration-resistant Prostate
Cancer Previously Treated with Abiraterone Acetate Plus Prednisone for ≥24
weeks in Europe. Eur Urol. 2017. doi:10.1016/j.eururo.2017.07.035
7. Sweeney CJ, Chen Y-H, Carducci M, et al. Chemohormonal Therapy in
Metastatic Hormone-Sensitive Prostate Cancer. N Engl J Med.
2015;373(8):737-746. doi:10.1056/NEJMoa1503747
8. Fizazi K, Tran N, Fein L, et al. Abiraterone plus Prednisone in Metastatic,
Castration-Sensitive Prostate Cancer. N Engl J Med. 2017;377(4):352-360.
doi:10.1056/NEJMoa1704174.
9. Beer TM, Armstrong AJ, Rathkopf DE, et al. Enzalutamide in Metastatic
Prostate Cancer before Chemotherapy. N Engl J Med. 2014;371:424-433.
doi:10.1056/NEJMoa1405095
60
10. Rathkopf DE, Smith MR, de Bono JS, et al. Updated Interim Efficacy Analysis
and Long-term Safety of Abiraterone Acetate in Metastatic Castration-resistant
Prostate Cancer Patients Without Prior Chemotherapy (COU-AA-302).
European Urology. 2014.
11. Ryan CJ, Smith MR, Fizazi K, et al. Abiraterone acetate plus prednisone versus
placebo plus prednisone in chemotherapy-naive men with metastatic castration-
resistant prostate cancer (COU-AA-302): final overall survival analysis of a
randomised, double-blind, placebo-controlled phase 3 study. Lancet Oncol.
2015;16:152-160. doi:10.1016/S1470-2045(14)71205-7
12. Scher HI, Fizazi K, Saad F, et al. Increased survival with enzalutamide in
prostate cancer after chemotherapy. N Engl J Med. 2012;367:1187-1197.
doi:10.1056/NEJMoa1207506
13. Fizazi K, Scher HI, Miller K, et al. Effect of enzalutamide on time to first skeletal-
related event, pain, and quality of life in men with castration-resistant prostate
cancer: results from the randomised, phase 3 AFFIRM trial. Lancet Oncol.
2014;15:1147-1156. doi:10.1016/S1470-2045(14)70303-1
Docetaxel
61
O clássico estudo (J Clin Oncol. 2008;26(2):242.) que comparou (docetaxel 75mg/m²
a cada 21 dias) com docetaxel (30mg/m2 semanalmente) e mitoxantrona (12mg/m² a
cada 21dias) demonstrou ganhos do esquema de docetaxel em dose alta, à custa de
toxicidade hematológica importante:
Atualização 2017
Cabazitaxel Mitoxan N=755 pacientes com câncer ECR de fase Após Toxicidade do Não
(25 mg/m2) trona + de próstata (mediana de 67- 317 seguimento cabazitaxel foi maior:
+ prednis 68 anos, IIQ 61-73) mediano de 18 (5%) pacientes Ganho marginal
prednisona ona metastático que progrediu (TROPIC) 12,8 meses, as tratados com em mediana de
após ou durante o uso de medianas de cabazitaxel e 9 (2%) SG (cerca de 2
Aberto meses), à custa
docetaxel (30% durante e SG foram de com mitoxantrona
45% em menos de 3 meses Financiado 15,1 (IC95% morreram em 30 dias de toxicidade
da última dose) pelo 14,1-16,3) e da última infusão (a proibitiva, alto
fabricante 12,7 meses causa mais comum de custo
91-93% ECOG 0-1 (11,6-13,7), morte do grupo
para cabazitaxel foi
62
cabazitaxel e neutropenia e suas
Tratamento continuado até no mitoxantrona, consequências
máximo 10 ciclos respectivament clínicas)
Doença visceral em cerca de e
82% de neutropenia
25% e 8% de neutropenia
Excluídos pacientes com febril G3 ou mais
neuropatia periférica grau 2 com cabazitaxel vs
ou mais, outras doenças 58% e 1% com
graves e pacientes com dose mitoxantrona
cumulativa de docetaxel
menor do que 225 mg/m2
Cabazitaxel Cabazit Pacientes com câncer de ECR fase 3 A mediana de Taxas de 39,7% C20 e Não
20 mg/m2 axel 25 próstata metastático que de não- SG foi de 13,4 54,5% para C25
(C20) mg/m2 progrediu após docetaxel inferioridad meses para A dose de 20
(C25) e18 C20 e 14,5 mg/m2 é não-
(Acesso somente ao para C25 ineferior à dose
abstract) (diferença de 25 em termos
(PROSELIC dentro da de eficácia e
A) margem de menos tóxica, no
não entanto, não pode
Financiado ser recomendada
pelo inferioridade)
por não ter sido
fabricante comparada
diretamente às
opções vigentes
Além disso,
mantém alto custo
Referências:
1. de Bono JS, Oudard S, Ozguroglu M, et al. Prednisone plus cabazitaxel or mitoxantrone for
metastatic castration-resistant prostate cancer progressing after docetaxel treatment: a
randomised open-label trial. Lancet (London, England). 2010;376(9747):1147-1154.
doi:10.1016/S0140-6736(10)61389-X.
2. Eisenberger M, Hardy-Bessard A-C, Kim CS, et al. Phase III Study Comparing a Reduced
Dose of Cabazitaxel (20 mg/m(2)) and the Currently Approved Dose (25 mg/m(2)) in
Postdocetaxel Patients With Metastatic Castration-Resistant Prostate Cancer-PROSELICA. J
Clin Oncol. 2017;35(28):3198-3206. doi:10.1200/JCO.2016.72.1076.
63
CÂNCER DE RIM
Estadios I e II
Definido como tumores confinados ao rim sem acometimento de linfonodos regionais
ou metástases á distância. A indicação é a ressecção cirúrgica com objetivo de
controle da doença em longo prazo ou cura.
Estadio III
São tumores que se estendem para vasos maiores ou invadem a glândula adrenal ou
tecidos periféricos, mas que não invadem além da fascia Gerota. Pode haver
metástases para linfonodos regionais, mas não há metástases à distância.
O cuidado padrão para pacientes candidatos à cirurgia é a nefrectomia radical que
pode ser realizada com propósitos curativos.
Para pacientes não candidatos à cirurgia, pode ser considerada a radioterapia para
paliação de sintomas.
Para tumores ressecados estádios I, II, ou III não existe indicação de terapia sistêmica
adjuvante.
Estádio IV
Doença metastática
A ressecção de metástases à distância, principalmente quando solitárias ou só
pulmonares, é recomendável.
• Pazopanibe
Esquema: 800mg/dia continuamente
Referência: N Engl J Med. 2013 Aug;369(8):722-31.
O pazopanibe foi inicialmente comparado a placebo, com resultados
satisfatórios. O primeiro estudo fase III importante que avaliava o pazopanibe envolvia
pacientes portadores de adenocarcinoma renal metastático de células claras, com
ECOG≤1, sem metástases em sistema nervoso central ou hipertensão arterial
descontrolada ou história de acometimento cardiovascular. O comparador foi placebo.
Não foi encontrado ganho de sobrevida e, portanto, não recomendávamos a droga.
Posteriormente, outro estudo o comparou ao sunitinibe. A eficácia foi
semelhante, mas a qualidade de vida e os efeitos colaterais foram favoráveis ao
pazopanibe. Entretanto trata-se de um estudo aberto patrocinado pelo fabricante do
pazopanibe.
Referências
Stemberg CN, Davis ID. Mardisk J, et al. Pazopanib in locally advanced or metastatic renal cell
carcinoma: results of a randomized phase III trial. J Clin Oncol. 2010;28(6):1061-8
65
Stemberg CN, Hawkins RE, Wagstaff J, et al. A randomised, double-blind phase III study of pazopanib
in patients with advanced and/or metastatic renal cell carcinoma: Final overall survival results and safety
update. European Journal of Cancer 49 (2013) 1287–1296
Referências
Motzer RJ, Hutson TE, Tomczak P. Sunitinib versus Interferon Alfa in Metastatic Renal-Cell Carcinoma.
N Engl J Med. 2007;356(2):115-24.
Motzer RJ, Hutson TE, Tomczak P. Overall survival and updated results for sunitinib compared with
interferon alfa in patients with metastatic renal cell carcinoma. J Clin Oncol. 2009;27(22):3584-90.
66
Não houve ganho de sobrevida global. Mediante a ausência de benefício em
sobrevida global, não se recomenda que a combinação (intereferon associado ao
bevacizumabe) seja incluída no protocolo de tratamento dos tumores renais
Referência
Escudier B, Pluzanska A, Koralewski P et al. Bevacizumab plus interferon alfa-2a for treatment of
metastatic renal cell carcinoma: a randomised, double-blind phase III trial. Lancet.
2007;370(9605):2103-11
Escudier B, Bellmunt J, Négier S et al. Phase III trial of bevacizumab plus interferon alfa-2a in patients
with metastatic renal cell carcinoma (AVOREN): final analysis of overall survival. J Clin Oncol.
2010;28(13):2144
Tabela resumo dos principais ensaios clínicos de tratamento sistêmico para câncer renal estadio IV de
risco baixo e intermediário:
Referência droga controle Tx de resposta SLP SG
J Clin Oncol. Beva + IFN IFN 30,6%x 12,4% 10,2m x 5,4m 23,3m x 21,3m
2010;28(13):2144
J Clin Oncol. sunitinibe IFN 47x12% 11mx5m 26,4x21,8m
2009;27(22):3584
European Journal of pazopanibe Placebo 30% x3% 9,2m x 4,2m 22.9mx20,5m
Cancer 49 (2013) 1287–
1296
N Engl J Med. pazopanibe sunitinibe 33%x29% 10,5m x 10,2m 28,4x29,3m
2013Aug;369(8):722-31.
“J Clin Oncol. 2009; sorafenibe IFN xxx 5,6 x 5,7m xxx
27:1280-1289”
• Temsirolimus
Esquema: 25 mg IV/ semanalmente
Referência: N Engl J Med. 2007;356(22):2271.
Em um único estudo fase III, com dados analisado pelo patrocinador, os resultados
do tratamento com temsirolimus foram os seguintes:
67
o Sobrevida global: 10,9 meses versus 7,3 meses; [HR] para mortalidade
0,73, 95% CI 0,58-0,92);
o Sobrevida livre de progressão: mediana: 6 versus 3 meses.
Sumário da evidência:
Terapia Compara Especificidade Tipo de SG Toxicidade (G3/4) Recomenda
dor Estudo ção
Nivoluma Everolimo Pacientes (com 18 anos ou ECR fase Tratamento mantido Modificação de Não
be mais) carcinoma de células 31 enquanto observado dose permitida para
(n=411) renais avançado, com benefício clínico everolimo, mas não (Análise
(n=410) componente de células claras, ABERTO (mesmo se permitida para interina de
que tiveram progressão da progressão) nivolumabe estudo único,
Financiad aberto,
doença durante ou após 1 o pelo
(72%) ou 2 (28%) regimes Análise interina Atraso de dose do financiado
fabricante precoce para SG, nivolumabe em 51% pelo
terapêuticos antiangiogênicos do
prévios com mediana de 25 e do everolimo em fabricante,
nivolumab meses (IC95% de 66% com
KPS ≥70 (94% ≥80) e 21,8- não alcançado) comparador
vs. 19,6 (17,6-23,1), Evento adverso em inadequado)
Nefrectomia prévia 88% para nivolumabe e 19% com
everolimo, nivolumabe e em
respectivamente 37% com everolimo
68
MSKCC predominantemente Sobrevida livre de Mais comuns G3 e
favorável (35%) ou intermediário progressão 4: fadiga (2%) com
(49%) semelhantes nivolumabe e
anemia (8%) com
Exclusão: metástases Tratamento everolimo
cerebrais, doença autoimune subsequente em 55%
ativa ou condições que do grupo nivolumabe Duas mortes
requeriam imunossupressão (everolimo 26% e relacionadas ao
sistêmica axitinibe 24%) e em everolimo (choque
63% do grupo séptico e isquemia
everolimo (axitinibe mesentérica)
36%, pazopanibe
16%)
O câncer renal metastático é uma doença de prognóstico ruim. Mesmo para a primeira
linha de tratamento utilizada comumente (pazopanibe), ainda não foi demonstrado
benefícios em sobrevida global ou em qualidade de vida.
Não há evidências de que o paciente que progride após tratamento com uma linha
de tratamento paliativo (mesmo se terapia alvo) vá se beneficiar, em termos de
sobrevida global ou qualidade de vida, de uma segunda linha de tratamento, em
detrimento do melhor cuidado de suporte.
Em uma coorte americana, quase 70% dos pacientes receberam o melhor cuidado de
suporte após uma única linha de tratamento e, similarmente, em uma coorte sueca,
cerca de 65% dos pacientes receberam uma linha só de tratamento para câncer renal
metastático.
69
CÂNCER DE OVÁRIO- TUMORES EPITELIAIS
Tratamento adjuvante
Carboplatina AUC 6 D1
Carboplatina/ paclitaxel Paclitaxel 80 mg/m² EV: D1, D8 e Cada 21 dias
D15
Observação:
Tratamentos com Paclitaxel 175 mg/m² no D1 ou Carboplatina AUC 5 a 6 no D1, a
cada 21 dias, por no máximo 6 a 8 ciclos, ou Paclitaxel 80-90 mg/m² semanal, podem
ser utilizados isoladamente em alguns casos.
Tratamento Neoajuvante
Estadios III e IV
70
Regime Dose e esquema Frequência
Observação
A Cisplatina poderá ser substituída pela Carboplatina em pacientes com contra-
indicações ao uso da Cisplatina: idosos acima de 70 anos, insuficiência renal ou
cardiopatia.
Tratamento Paliativo
PRIMEIRA LINHA
Gemcitabina 1000mg/m² no D1 e D8
Carboplatina/Gemcitabina Cada 21 dias, 6 ciclos
Carboplatina AUC 5 a 6 no D1
Observação
Caso o paciente não tenha respondido após 2 (dois) ciclos de tratamento, este deverá
ser descontinuado. O máximo de linhas a serem tentadas em caso de ausência de
resposta é de duas linhas. A Cisplatina poderá ser substituída pela Carboplatina em
71
pacientes com sua contraindicação, como idosos acima de 70 anos, insuficiência renal
ou cardiopatia.
SEGUNDA LINHA
Para casos de câncer de ovário platino-taxano resistentes: nos casos em que existe
recidiva comprovada da doença antes de 6 meses de tratamento ou nos casos em
que após 6 meses de tratamento e após 2 (duas) tentativas com platina-taxano houve
progressão da doença:
Semanalmente por 3
Paclitaxel 80mg/m²
semanas a cada 4
• Bevacizumabe
Uma metanálise* com inclusão de 4 estudos com um total de 3.621 pacientes foi
avaliada. Desses 4 estudos o GOG 0218 [N Engl J Med 365: 2473-2483] e o ICON7
[N Engl J Med 365: 2484-2496] avaliaram pacientes em adjuvância já o estudo
OCEANS [J Clin Oncol 30: 2039-2045] e o estudo AURELIA [Presented at The
American Society Of Clinical Oncology Annual Meeting, Chicago, IL, June.2012, pp.
1-5] avaliaram pacientes em quimioterapia paliativa com doença sensível e
resistente a platina, respectivamente. A avaliação da qualidade metodológica foi
considerada ótima pelos autores da metanálise, entretanto o estudo AURELIA sequer
havia sido publicado e o ICON7, que foi descrito como cego na metanálise, na verdade
não o é, o que compromete sua qualidade. Posteriormente, a publicaçao do estudo
AURELIA não descreveu ganho em sobrevida global [J Clin Oncol 32:1302-
72
1308.2014]. Essa metanálise encontrou ganho de sobrevida marginal (HR: 0,87, CI:
0,77 a 0,99, P = 0,026), mas com perfil de toxicidade preocupante. No estudo ICON
7, ocorreram 5 mortes relacionadas ao tratamento sendo que 4 delas foram no grupo
experimental: perfuração intestinal, perfuração intestinal recorrente, neutropenia febril,
hemorragia intracraniana.
Finalmente, uma outra metanálise**, que incluiu os mesmos quatro estudos, não
encontrou ganho em sobrevida global. Apesar dessa inconsistência quanto à
eficácia, a análise dos efeitos colaterais da medicação foi semelhante.
Referências
*Zhou M, Yu P, Qu X, Liu Y, Zhang J (2013) Phase III Trials of Standard Chemotherapy with or without
Bevacizumab for Ovarian Cancer: A Meta- Analysis. PLoS ONE 8(12): e81858. doi:
10.1371/journal.pone.0081858]
**Ye Q, Chen HL. Bevacizumab in the treatment of ovarian cancer: a meta-analysis from four phase III
randomized controlled trials. Arch Gynecol Obstet 2013; 288(3):655-66
• Olaparibe
A indicação para tratamento em câncer epitelial de ovário baseia-se em ensaio clínico
randomizado, duplo-cego, publicado em 2012, que incluiu 265 mulheres portadoras de
tumor epitelial de ovário ou trompas, tratadas por duas vezes (primeira e segunda
73
linha) com platina e cujo tumor albergava mutação do gene BRCA. As mulheres foram
randomizadas para receberem olaparibe (Lynparsa®) ou placebo. O período mediano
de acompanhamento foi de 37 meses. Após este período, ficou demonstrado que os
dois grupos, ou seja, o que recebeu olaparibe e o que recebeu placebo, apresentaram
o mesmo tempo de sobrevida (mediana de 29 meses), não havendo, portanto,
benefício do olaparibe no sentido de reduzir a mortalidade por este tipo de câncer. O
tempo de progressão radiológica, ou seja, tempo transcorrido do início das
observações até que surgissem alterações em exames radiológicos, sugerindo
progressão da doença, foi significativamente maior no grupo de mulheres que recebeu
olaparibe em relação àquelas que receberam placebo (8,4 meses versus 4,8 meses;
p <0,001). Este suposto benefício, no entanto, não teve impacto sobre o tempo de
vida das pacientes.
Numa análise após o término do estudo (post hoc), o que aumenta a possibilidade de
viés, os autores concluíram que o uso de olaparibe pode aumentar o tempo de
duração da remissão da doença, até que a paciente necessite de novo ciclo de
quimioterapia. Entretanto, esta evidência mostra-se frágil, em função dos vieses
citados.
Referências: Ledermann J, Harter P, Gourley C, Friedlander M, Vergote I, Rustin G et al. Olaparib
Maintenance Therapy in Platinum-Sensitive Relapsed Ovarian Cancer. N Engl J Med 2012;366:1382-
92.
74
CÂNCER DE OVÁRIO - TUMORES ESTROMAIS (CÉLULAS DA
GRANULOSA)
Tratamento Inicial
Ciclofosfamida 500mg/m² D1
CAP Adriblastina 50mg/m² D1 Cada 21 dias, 3 - 4 ciclos
Cisplatina 80mg/m²
Estágio II a IV
Considerar quimioterapia baseada em platina e paclitaxel ou BEP
75
Bleomicina 30 U D1, D8, D15
BEP x 5 dias Etoposideo 100mg/m² D1-5 Cada 21 dias, 3 - 4 ciclos
Cisplatina 20mg/m² D1-5
Bleomicina 30 U D1, D8, D15
BEP x 3 dias Etoposideo160mg/m² D1-3 Cada 21 dias, 3 - 4 ciclos
Cisplatina 33mg/m² D1-3
Ciclofosfamida 500mg/m² D1
CAP Adriblastina 50mg/m² D1 Cada 21 dias, 3 - 4 ciclos
Cisplatina 80mg/m²
Vincristina 1,2mg/m² (Máx. 2mg)
D1
VAC Cada 28 dias, 6 ciclos
Actinomicina 0,5mg D1 -5
Ciclofosfamida 150mg/m² D1-D5
Tratamento Paliativo
76
CÂNCER DE OVÁRIO – TUMORES GERMINATIVOS
Indicações para quimioterapia:
• Tumor de seio endodérmico, carcinoma embrionário e coriocarcinoma –
estágios I a IV;
• Disgerminoma - estágio I B a IV;
• Teratoma imaturo estágio I, graus 2 e 3, ou estágios II a IV.
Tratamento de resgate
77
• Doença recorrente platina-resistente: Recorrência em menos de 8 semanas
após o final da quimioterapia baseada em platina.
o Recomendação: quimioterapia de alta dose.
78
CÂNCER DE ESÔFAGO
Tratamento neoadjuvante
Primeira linha
Semanal (concomitante à
Cisplatina 50 mg/m²
radioterapia)
Segunda linha
Regime Dose e esquema Frequência
Tratamento curativo
Primeira linha
• Radioterapia associada a quimioterapia (sem cirurgia): considerada para
pacientes com câncer de terço superior de esôfago, com vistas a preservar
a laringe, ou naqueles sem condição cirúrgica;
• Tumores em terços médio e inferior do esôfago e tumores ressecáveis: o
tratamento cirúrgico é a modalidade de tratamento padrão. O tratamento
definitivo é com radioterapia associada a quimioterapia.
79
Regime Dose e esquema Frequência
Cisplatina 75 mg/m² no D1
Cada 3-4 semanas, por 4 ciclos
Cisplatina/Fluorouracil Fluorouracil 1000 mg/m² (infusão contínua) de
(associado à radioterapia)
D1 a D4
Segunda linha
Regime Dose e esquema Frequência
Observação
A Cisplatina poderá ser substituída pela Carboplatina em pacientes com contra-
indicações ao uso da Cisplatina: idosos acima de 70 anos, insuficiência renal ou
cardiopatia.
Tratamento paliativo
Primeira linha
Paclitaxel 50mg/m²
Paclitaxel/Carboplatina Semanal
Carboplatina AUC 2
Paclitaxel 200mg/m²
Paclitaxel/Carboplatina Cada 3 semanas
Carboplatina AUC 5-6
Paclitaxel 50mg/m²
Paclitaxel/Cisplatina Semanal
Cisplatina 50 mg/m²
80
Segunda linha
Regime Dose e esquema Frequência
Observação
A Cisplatina poderá ser substituída pela Carboplatina em pacientes com contra-
indicações ao uso da Cisplatina: idosos acima de 70 anos, insuficiência renal ou
cardiopatia.
81
CÂNCER DE ESTÔMAGO E JUNÇÃO ESÔFAGO-GÁSTRICA
Tratamento neoadjuvante/adjuvante
Câncer gástrico ou • Justificar quando houver preferência pela oxaliplatina (em detrimento da cisplatina) e/ou
JEG, sem evidência de pela capecitabina (em detrimento da fluoropirimidina venosa, com ou sem folinato) de
metástases acordo com o perfil do paciente e os efeitos colaterais antecipados de cada droga
o ECX por analogia ao ECF
o CAPOX: para pacientes com dissecção D2, KPS ≥70
o FOLFOX: por analogia ao CAPOX
*ADJUVANTE isolada para: estadios II-IVA, dissecção D2 (pelo menos 15 linfonodos dissecados).
Sumário da evidência
Terapia Compar Especificidade Tipo de SG Toxicidade Recomend
ador Estudo (G3/4) ação
CAPOX Observaç Adenocarcinoma ECR fase 31 Mediana de seguimento Somente 67% Sim (para
adjuvant ão gástrico sem de 62,4 meses (IIQ 54-70); dos pacientes quimiotera
e evidência de (CLASSIC) análise precoce para SG randomizados pia
metástases, ABERTO (medianas não atingidas), para adjuvante
ressecção a D2, com SG global em 5 anos quimioterapia em
KPS ≥70 Financiado estimada em 78% (74-82) receberam todos detrimento
pelo com adjuvância e 69% os 8 ciclos de
Estudo conduzido fabricante (64-73) com observação planejados observaçã
na Coreia do Sul, o)
China e Taiwan Intervalo livre de doença Eventos adversos
(também em análise (neutropenia, Benefício
precoce, sem medianas) náusea, vômito, relevante
parece oferecer RAR de trombocitopenia, em SG
15% em 5 anos anorexia) levaram (RAR em 5
a modificação da anos de
dose em 90% dos 9%, NNT
pacientes de 12)
ECF pré Observaç Adenocarcinoma ECR fase 3 Amostras desequilibradas Eventos adversos Sim (para
e pós- ão gástrico ou de para características de com a quimiotera
operatór JEG, estadio II ou (MAGIC) base, sendo melhor quimioterapia pia
io mais, sem ABERTO prognóstico nos pacientes semelhantes no adjuvante
evidência de do grupo que recebeu pré e pós- em
doença Financiado ECF (maior proporção de operatório detrimento
metastática ou de parcialmente pacientes submetidos a de
doença pela indústria procedimentos Hematológicos observaçã
localmente potencialmente curativos cerca de 25% o)
avançada (79% vs. 70%) no grupo Não
inoperável que recebeu Benefício
hematológicos relevante
quimioterapia, além de cerca de 12%
82
maior proporção e em SG
tumores T1/2 (52% vs. (RAR em 5
37%) e doença N0/N1 anos de
(84% vs. 71%)) 13%, NNT
de 7)
SG em 5 anos estimada
em 23% sem e 36% com
quimioterapia (RAR de
13%; NNT de 7)
FOLFOX FOLFOX Pacientes Estudo Amostras desequilibradas Toxicidade Não
perioper adjuvant chineses, com prospectivo para características de semelhante entre
atório e (n=37) câncer gástrico não base, sendo mais tumores os grupos Estudo
(n=33) localmente randomizado2 proximais (melhor não-
avançado (T3 ou (coorte) prognóstico) com FOLFOX randomizad
T4) ressecável, perioperatório o, grupos
com ou sem Pacientes diferentes
acometimento alocados por SG em 4 anos de 78% vs.
linfonodal preferência 51% (p=0,031) para
perioperatório e adjuvante,
ECOG 0 ou 1 respectivamente
FLOT ECF/EC Adenocarcinoma Análise Sem dados de SG Mais náusea e Não
perioper X do estômago ou interina de publicados vômitos com
atório periopera JEG (tipo I a III), estudo aberto ECF/ECX e mais Análise
tório estadio clínico de fase 2/3,3 FLOT associado a maior neutropenia com interina,
≥cT2 ou linfonodo avaliando o proporção regressão FLOT sem
positive (cN+), desfecho de patológica completa (16%; resultados
sem metástases resposta IC95% 10–23) do que publicados
patológica ECF/ECX (6%; 3–11; de SG
ECOG 0–1 p=0,02) (somente
resumo de
congresso)
Tratamento paliativo
Doença irressecável ou metastática
Primeira Linha
Regime Dose e esquema Frequência
83
Cisplatina 60 mg/m² no D1
ECF Fluorouracil 200 mg/m² por 21 dias (infusão contínua) Cada 3 semanas
Epirrubicina 50 mg/m² no D1
docetaxel 60mg/m² D1 +
DCF modificado cisplatina 60mg/m² D1+ Cada 21 dias
5FU 600mg/m² D1-D5 por 5 dias consecutivos
TRASTUZUMABE:
• Inclusão para HER2 3+
(5% a 20% dos tumores gástricos apresentam hiperexpressão de HER2)
É importante salientar que os pacientes incluídos nesse estudo não haviam recebido
quimioterapia prévia para câncer metastático. Foram excluídos também pacientes
com ICC (FEVE <50%), HAS descontrolada >180/100, angina, arritmias, doença
valvar ou síndromes disabsortivas.
Nas análises de subrgupo de pacientes HER 0+, 1+ ou 2+, não foi encontrado
benefício substancial. Já para pacientes HER2 3+ o ganho em sobrevida foi
significativo: 17,9 meses versus 12,3 meses (HR=0,58 (IC:0,41-0,81)).
Referência: Bang Y-J, Van Cutsem E, Feyereislova A, Chung HC, Shen L, Sawaki A, et al.
Trastuzumab in combination with chemotherapy versus chemotherapy alone for treatment of HER2-
positive advanced gastric or gastro-oesophageal junction cancer (ToGA): a phase 3, open-label,
randomised controlled trial. Lancet. 2010 Aug 28;376(9742):687–97.
84
Cisplatina 80mg/m2 5Fluorouracil800mg/m²/dia D1-D5
CFT Cada 21 dias
Trastuzumabe*
Segunda linha
Quimioterapia em segunda linha:
Taxanos ou irinotecano em monoterapia. (Grau de recomendação A; Nível de
Evidência 1B)
Observação
A Cisplatina poderá ser substituída pela Carboplatina em pacientes com contra-
indicações ao uso da Cisplatina: idosos acima de 70 anos, insuficiência renal ou
cardiopatia.
Atualização 2017
• ECF é o padrão, mas ECX é opção, devido ao uso por tempo indeterminado (até
progressão) da fluoropirimidina
Câncer gástrico ou de JEG
estadio III irressecável ou • EOF/EOX: Justificar quando houver preferência pela oxaliplatina (em detrimento
estadio IV da cisplatina) de acordo com o perfil do paciente e os efeitos colaterais
antecipados de cada droga
85
Sumário da evidência
Terapia Compara Especificidade Tipo de SG Toxicidade (G3/4) Recomenda
dor Estudo ção
ECF/ECX EOF/EOX Adenocarcinoma, ECR fase 3,5 Tanto capecitabina foi não- Toxicidade Esquemas
carcinoma de de não inferior à fluorouracil (HR para hematológica da recomendad
células escamosas inferioridade morte 0,86; IC95% 0,80-0,99) oxaliplatina é os a base de
ou indiferenciado do (tanto quanto a oxaliplatina à menor, mas a fluoropirimidi
esôfago, JEG ou comparando - cisplatina (HR 0,92; 0,80- neurotoxicidade é na e platina,
estômago, 2x2 - as 1,10) maior quando com
localmente fluoropirimidi comparada à antracíclico
avançado nas quanto as Mediana de seguimento de cisplatina
(inoperável) ou platinas) 17,1 meses (850 eventos Devido às
metastático ocorreram) Perfil de toxicidade diferenças de
(REAL-2) diferente entre as custo, sem
ECOG 0-2 Mediana de SG com fluoropirimidinas diferenças
Aberto capecitabina 10,9 vs. em eficácia,
fluorouracil 9,6 meses e SG a escolha
Financiado em em 1 ano de 44,6% (40,1-49)
parte pelos pelos
vs. 39,4% (35-44), esquemas
fabricantes respectivamente mais caros
Medianas de SG com deve ser
oxaliplatina de 10,4 meses vs. justificada
10 com cisplatina e SG em 1 (pelo perfil do
ano de 43,9% (39,4-48,4) vs. paciente e a
40,1% (35,7-44,4), toxicidade
respectivamente esperada)
FLO FLP Adenocarcinoma de Estudo fase 36 Medianas de SG sem Sem diferenças Não
JEG ou estômago, diferença significante: 10,7 relevantes entre os
localmente ABERTO (8,5 a 13,9) meses para FLO esquemas na Sem
avançado e 8,8 (7,7 a 12,0) para FLP incidência de benefício em
Financiado SG, aumento
(inoperável) ou pelo fabricante (p=0,506) neutropenia,
metastático trombocitopenia ou do custo
SG em 2 anos foi 14% (7,6% infecções.
ECOG 0-2 a 20,4%) com FLO e 16% Incidência de
(9,0% a 23,0%) com FLP eventos G3 e 4 foi
relativamente baixa
em ambos os
grupos
FOLFIRI ECX Adenocarcinoma de ECR fase 37 Sem diferenças para SG: 9,49 A toxicidade global Não
JEG ou estômago, meses (8,77-11,14) para com ECX foi maior
localmente ABERTO FOLFIRI e 9,72 meses (8,54- do que com Sem
avançado 11,27) para ECX FOLFIRI (84% vs. benefício em
Financiado SG ou
(inoperável) ou pelo fabricante 69%; p<0,001),
metastático Também sem diferenças devido a maior qualidade de
quanto à sobrevida livre de toxicidade vida, maior
ECOG 0-2 (sendo progressão ou qualidade de hematológica custo
82% ECOG 0 ou 1) vida.
Referências:
1. Noh SH, Park SR, Yang H-K, et al. Adjuvant capecitabine plus oxaliplatin for gastric cancer
after D2 gastrectomy (CLASSIC): 5-year follow-up of an open-label, randomised phase 3 trial.
Lancet Oncol. 2014;15(12):1389-1396. doi:10.1016/S1470-2045(14)70473-5.
2. Li Z-Y, Koh CE, Bu Z-D, et al. Neoadjuvant chemotherapy with FOLFOX: improved outcomes
86
in Chinese patients with locally advanced gastric cancer. J Surg Oncol. 2012;105(8):793-799.
doi:10.1002/jso.23009.
3. Al-Batran S-E, Hofheinz RD, Pauligk C, et al. Histopathological regression after neoadjuvant
docetaxel, oxaliplatin, fluorouracil, and leucovorin versus epirubicin, cisplatin, and fluorouracil
or capecitabine in patients with resectable gastric or gastro-oesophageal junction
adenocarcinoma (FLOT4-AIO. Lancet Oncol. 2016;17(12):1697-1708. doi:10.1016/S1470-
2045(16)30531-9.
4. Lee J, Lim DH, Kim S, et al. Phase III trial comparing capecitabine plus cisplatin versus
capecitabine plus cisplatin with concurrent capecitabine radiotherapy in completely resected
gastric cancer with D2 lymph node dissection: the ARTIST trial. J Clin Oncol. 2012;30(3):268-
273. doi:10.1200/JCO.2011.39.1953.
5. Cunningham D, Starling N, Rao S, et al. Capecitabine and oxaliplatin for advanced
esophagogastric cancer. N Engl J Med. 2008;358(1):36-46. doi:10.1056/NEJMoa073149.
6. Al-Batran S-E, Hartmann JT, Probst S, et al. Phase III trial in metastatic gastroesophageal
adenocarcinoma with fluorouracil, leucovorin plus either oxaliplatin or cisplatin: a study of the
Arbeitsgemeinschaft Internistische Onkologie. J Clin Oncol. 2008;26(9):1435-1442.
doi:10.1200/JCO.2007.13.9378.
7. Guimbaud R, Louvet C, Ries P, et al. Prospective, randomized, multicenter, phase III study of
fluorouracil, leucovorin, and irinotecan versus epirubicin, cisplatin, and capecitabine in
advanced gastric adenocarcinoma: a French intergroup (Fédération Francophone de
Cancérologie Digestive, Féd. J Clin Oncol. 2014;32(31):3520-3526.
doi:10.1200/JCO.2013.54.1011.
8. Enzinger PC, Burtness BA, Niedzwiecki D, et al. CALGB 80403 (Alliance)/E1206: A
Randomized Phase II Study of Three Chemotherapy Regimens Plus Cetuximab in Metastatic
Esophageal and Gastroesophageal Junction Cancers. J Clin Oncol. 2016;34(23):2736-2742.
doi:10.1200/JCO.2015.65.5092.
87
CÂNCER DE FÍGADO
Quimioterapia adjuvante e neoadjuvante
Não há indicação de quimioterapia adjuvante ou neoadjuvante.
Quimioterapia paliativa
*Classificação de CHILD:
Encefalopatia
Nenhuma (1 ponto)
Grau 1: Humor alterado ou confusão mental (2 pontos)
Grau 2: comportamento inapropriado, sonolência (2 pontos)
Grau 3: Claramente confuso/ torporoso (3 pontos)
88
Grau 4: comatoso/ irresponsível (3 pontos)
Ascite
Ausente (1 ponto)
Leve (2 ponto)
Moderada (3 pontos)
Bilirubina
< 2 mg/dL (1 ponto)
2-3 mg/dL (2 pontos)
> 3 mg/dL (3 pontos)
Albumina
> 3.5 g/dL (1 pontos)
2.8-3.5 g/dL (2 pontos)
< 2.8 g/dL (3 pontos)
Alteração de provas de coagulação
Menos que 4 segundos acima do controle do tempo de protrombina ou RNI < 1.7
(1 point)
4-6 segundos acima do controle do tempo de protrombina ou RNI 1.7-2.3 (2
pontos)
Mais que 6 acima do controle do tempo de protrombinaou INR > 2.3 (3 pontos)
• CHILD A= 5 a 6 pontos
• CHILD B= 7 a 9 pontos
• CHILD C= 10 a 15 pontos
Referência: Llovet JM, Ricci S, Mazzaferro V, et al SHARP Investigators Study Group. Sorafenib in
advanced hepatocellular carcinoma N Engl J Med. 2008 Jul 24;359(4):378-90.
89
deve ser individualizado e revisto mediante as particularidades de cada paciente
obedecendo rigorosamente os critérios de inclusão do estudo.
90
CÂNCER DE VIAS BILIARES
Tratamento paliativo
91
CARCINOMA NEUROENDÓCRINO BEM DIFERENCIADO
Referências
Caplin ME, Pavel M, Ćwikła JB, et al. Lanreotide in metastatic enteropancreatic neuroendocrine
tumors. N Engl J Med. 2014;371(3):224-233.
Ruszniewski P, Wymenga M, Toole O, Arnold R. Rapid and Sustained Relief from the Symptoms
of Carcinoid Syndrome : Results from an Open 6-Month Study of the 28-Day Prolonged-Release
Formulation of Lanreotide. 2004:244-251.
Michael M., Garcia-Carbonero R., Weber M.M., Lombard-Bohas, Toumpanakis C. HRJ. The
Antiproliferative Role of Lanreotide in Controlling Growth of Neuroendocrine Tumors : A
Systematic Review. Oncologist. 2017;22:1-14.
Faiss BS, Pape U, Bo M, et al. Their Combination for Therapy of Metastatic Neuroendocrine
Gastroenteropancreatic Tumors — The International Lanreotide and Interferon Alfa Study Group.
2003;21(14):2689-2696.
Vinik AI, Wolin EM, Liyanage N, Gomez-Panzani E, Fisher GA. EVALUATION OF LANREOTIDE
DEPOT/AUTOGEL EFFICACY AND SAFETY AS A CARCINOID SYNDROME TREATMENT
(ELECT): A RANDOMIZED, DOUBLE-BLIND, PLACEBO-CONTROLLED TRIAL. Endocr Pract.
2016;22(9):1068-1080.
92
CÂNCER DE PÂNCREAS
Tratamento Adjuvante
Estadio: T1- 3, N0-1, M0 com doença ressecada:
• Radioterapia + Quimioterapia com:
Regime Dose e esquema Frequência
Semanal durante a
Fluorouracil 500 mg/m²
radioterapia
Gemcitabina 1000 mg/m² nos D1, D8 e D15 Ciclos de 28 dias, por 6 meses
Tratamento Paliativo
Doença localmente avançada – irressecável
• Radioterapia + Quimioterapia com:
Regime Dose e esquema Frequência
Na primeira e última
Fluorouracil 500 mg/m² de D1 a D3
semanas de radioterapia
93
Doença metastática
Regime Dose e esquema Frequência
• FOLFIRINOX:
Observação: tanto o irinotecano quanto a oxaliplatina são off label para o tratamento
de câncer de pâncreas.
Referência: Conroy T, Desseigne F, Ychou M et al. FOLFIRINOX versus gemcitabine for metastatic
pancreatic cancer. N Engl J Med 2011; 364: 1817–1825; Gourgou-Bourgades S et al. J Clin Oncol
2013;31(1):23-9
94
Drogas não recomendadas
• Capecitabina e Nabpaclitaxel
Sumário da evidência
Terapia Compa Especificidade Tipo de SG Toxicidade (G3/4) Recomendação
rador Estudo
Capecitab Gencita Pacientes com ECR fase 31 Medianas de SG Maior toxicidade Não
ina + bina adenocarcinoma ductal de 28 meses global com
gencitabi de pâncreas com (ESPAC-4) (23,5-31,5) com e capecitabina Diferença muito
na ressecção (R0 ou R1), 25,5 meses (22,7- pequena e
ABERTO Diarreia 5% vs. 2% marginalmente
sem evidência de 27,9) sem
metástases à distância, capecitabina (HR significante em SG,
Síndrome mão-pé aumento de toxicidade
peritoneal ou hepática ou 0,82; 0,68-0,98), 7% vs. 0%
ascite maligna p=0,032 e de custo
(adjuvante) Neutropenia 38%
vs. 24%
ECOG 0-2 (97% ECOG
0 ou 1) Sem diferenças
significantes nas
taxas de eventos
adversos graves
Nab- Gencita Pacientes com ECR fase 32 Crossover não Eventos adversos Não
paclitaxel bina adenocarcinoma permitido mais frequentes
+ metastático de ABERTO com nabpaclitaxel Diferença de SG
gencitabi pâncreas, sem Medianas de SG foram neutropenia, clinicamente
Financiado estimadas em 8,5 insignificante (menos
na quimioterapia prévia para pelo fabricante leucopenia, fadiga e
doença metastática (1ª meses (7,89- neuropatia periférica de 2 meses), aumento
linha), podiam ter 9,53) com e 6,7 de toxicidade, aumento
recebido fluorouracil ou (6,01-7,23) sem Sepse (todos os de custo
gencitabina como radio- nabpaclitaxel graus) e
sensibilizadores na pneumonite mais
SG em 2 anos de frequentes com
adjuvância (se há pelo 9% (6-13) com e
menos 6 meses da nabpaclitaxel (5%
4% (2-7) sem vs. 2% e 4% vs. 1%,
randomização) nabpaclitaxel respectivamente)
KPS ≥70 (92% KPS≥80)
Neoplasia de ilhotas ou
doença localmente
avançada foram
excluídos
Referências:
1. Neoptolemos JP, Palmer DH, Ghaneh P, et al. Comparison of adjuvant gemcitabine and
capecitabine with gemcitabine monotherapy in patients with resected pancreatic cancer
(ESPAC-4): a multicentre, open-label, randomised, phase 3 trial. Lancet (London, England).
2017;389(10073):1011-1024. doi:10.1016/S0140-6736(16)32409-6.
2. Von Hoff DD, Ervin T, Arena FP, et al. Increased survival in pancreatic cancer with nab-
paclitaxel plus gemcitabine. N Engl J Med. 2013;369(18):1691-1703.
doi:10.1056/NEJMoa1304369.
95
CARCINOMA ANAPLÁSICO DE TIREÓIDE
Estádios T4a e T4b
96
CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO
Tratamento Neoadjuvante
Tratamento Adjuvante
• Após cirurgia de ressecção da doença localmente avançada, quimioterapia
concomitante à radioterapia:
Tratamento Paliativo
• Tumor irressecável: quimioterapia associada à radioterapia ou exclusiva
97
Metotrexato 40/mg² Semanal
Observação
A Cisplatina pode ser substituída em casos selecionados (idoso, IRC, cardiopatas)
pela Carboplatina AUC 4-5, a cada 21 dias.
98
• Na doença metastática, associado à quimiopterapia
99
LINFOEPITELIOMA
Tratamento curativo
5-Fluorouracil 1000mg/m² de D1 a D4
Fluoruracil/Cisplatina Cada 28 dias
Cisplatina 80 mg /m²
Bleomicina 15mg D1
BEC Epirrubicina 500mg/m² D1 Cada 21 dias
Cisplatina 60 mg /m² D1
Tratamento paliativo
Primeira linha
• Usar uma das combinações acima, que não tenha sido usada anteriormente.
Segunda linha
Regime Dose e esquema Frequência
100
Observação: A Cisplatina poderá ser substituída pela Carboplatina em pacientes
com contra-indicações ao uso da Cisplatina: idosos acima de 70 anos, insuficiência
renal ou cardiopatia.
101
TIMOMA
Segunda linha
Regime de segunda linha Dose e esquema Frequência
Observação
A Cisplatina poderá ser substituída pela Carboplatina em pacientes com contra-
indicações ao uso da Cisplatina: idosos acima de 70 anos, insuficiência renal ou
cardiopatia.
102
CÂNCER DE BEXIGA, PELVE RENAL E URETER
Tratamento Neoadjuvante
• Indicado para doença localmente avançada: T2-4 e/ou N+
Referência: von der Maase H, Hansen SW, Roberts JT, et al. Gemcitabine and cisplatin versus
methotrexate, vinblastine, doxorubicin, and cisplatin in advanced or metastatic bladder cancer: results
of a large, randomized, multinational, multicenter, phase III study. J Clin Oncol 2000;18:3068-3077.
Cancer. 2008 Nov;113(9):2471-7.
Urology. 2012;79(2):384
Tratamento Adjuvante
Não existem dados consistentes para dar suporte ao uso rotineiro de quimioterapia
adjuvante para neoplasia de bexiga. Mediante os benefícios descritos da
103
quimioterapia neoadjuvante baseada em platina, a extrapolação desses dados para o
manejo de pacientes deve ser feita após avaliação dos casos individualmente
(principalmente para os casos de alto risco - T3 ou T4 ou acometimento linfonodal -
e bons candidatos a quimioterapia - ECOG<2, clearence de creatinina >60 mL/min,
nenhuma perda auditiva, neuropatia periférica ≤1, função cardíaca adequada).
A cada 2 semanas, 3
Cisplatina 100mg/m² D1 e D22
ciclos
104
Gemcitabina 1000mg/m² nos D1, D8 e D15+
GC Ciclos de 28 dias, 3 ciclos
Cisplatina 70 mg/m² no D1
Observação
A Cisplatina poderá ser substituída pela Carboplatina em pacientes com contra-
indicações ao uso da Cisplatina: idosos acima de 70 anos, insuficiência renal ou
cardiopatia.
105
CÂNCER DE PÊNIS
Tratamento neoadjuvante
Observação
Neste caso, a quimioterapia deve ser seguida de cirurgia ou radioterapia, sendo esta
última opção para os pacientes que não são bons candidatos a cirurgia.
106
CÂNCER DE TESTÍCULO
Tratamento adjuvante
Tratamento curativo
• Estágio clínico II a III:
107
Cisplatina 20mg/m² D1-5
PVB Vimblastina 12mg/m² D1 Cada 21 dias, 3-6 ciclos
Bleomicina 30 mg D1, D8, D15
Doença recidivada:
Vimblastina 12mg/kg D1
VIP Ifosfamida 1,2g/m² D1-D5 Cada 21 dias, 4 ciclos
Cisplatina 20mg/m² D1-D5
108
CÂNCER DE VULVA
Tratamento Neoadjuvante
Tratamento paliativo
• Estadio IVB
Mitomicina-C 10mg/m² no D1
Mitomicina-C / 5-Fluoruracil Cada 28 dias
5-Fluorouracil 800mg/m² de D1 a D4
Observação
A Cisplatina poderá ser substituída pela Carboplatina em pacientes com contra-
indicações ao uso da Cisplatina: idosos acima de 70 anos, insuficiência renal ou
cardiopatia.
109
Tratamento Curativo - doença localmente avançada ou pacientes
inoperáveis
• Quimioterapia associada à radioterapia.
110
CÂNCER DE COLO DE ÚTERO
Tratamento curativo
Tratamento adjuvante
Tratamento paliativo
Primeira linha
111
5-Fluorouracil 1000mg/m² de D1 a D5+
5-Fluorouracil /Cisplatina Cada 28 dias11
Cisplatina 100mg/m² de D1
Ifosfamida 2 g/m² no D1
Ifosfamida /Cisplatina Cada 21 dias
Cisplatina 50mg/m² D1
Observações:
• Esquemas de quimioterapia com cisplatina são considerados de primeira linha
para pacientes que não tiveram exposição prévia a cisplatina;
• A associação de Cisplatina + Ifosfamida com a bleomicina não tem benefício
comprovado
• A Cisplatina poderá ser substituída pela Carboplatina em pacientes com
contra-indicações ao uso da Cisplatina: idosos acima de 70 anos, insuficiência
renal ou cardiopatia.
Segunda linha
Regime Dose e esquema Frequência
112
CÂNCER DE ENDOMÉTRIO
Tratamento adjuvante
Tratamento paliativo
• Doença hormônio-resistente ou insensível à hormonioterapia:
Doxorrubicina 50mg/m²
Doxorrubicina /Cisplatina Cada 21 dias
Cisplatina 100mg/m² de D1
Observação
A doença com histologia serosa-papilífera é responsável por 3% a 10% dos tumores
de endométrio e representa fator adverso, com altas taxas de recorrências, mesmo
em estadios patológicos precoces. Estes tumores têm comportamento clínico
semelhante ao câncer de ovário, e poderá ser considerada a quimioterapia adjuvante
com carboplatina e paclitaxel para pacientes com estádio superior a IA.
113
NEOPLASIA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL (NTG)
Escore da WHO
Escore Prognóstico da TNM para NTG
Fator Prognóstico 0 1 2 4
Nº de drogas
quimioterápicas usadas em - - Droga única 2 ou mais drogas
tratamentos anteriores
Classificação da WHO:
Baixo risco: menor ou igual a 4
Risco intermediário: 5 a 7
Alto risco: maior que 7
Tratamento curativo
• NTG de baixo risco
114
• NTG de risco intermediário ou alto
Tratamento de resgate
• Pacientes resistentes ao metotrexato ou à actinomicina-D
Etoposideo 100mg/m²
D1 Metotrexato 300mg/m²
Actinomicina-D 0,5mg
EMA-EP Ácido folínico 15mg, a cada 12h, por 4 doses Cada 2-3 semanas
D2 Etoposideo 100mg/m²
Metotrexato 100mg/m² Actinomicina-D 0.5mg
Etoposido 150mg/m²
D8
Cisplatina 75 mg/²
115
MELANOMA
Atualização 2017
Recomendações
*Indicada para pacientes com perfil semelhante aos incluídos nos estudos (ECOG 0 ou 1, etc.)
Observações mas SEM metástases cerebrais.
116
Sumário da evidência - drogas novas
Sumário da evidência, tratamento de primeira linha, melanoma metastático.
117
cerebral), ECOG >1, meses (16,9 a incluído no
melanoma ocular e 24,6) com ipi estudo
doença autoimune (porém,
Taxas de SG excluindo
em 3 anos: pacientes com
58% (nivo+ipi); metástases
52% (nivo); cerebrais, por
34% (ipi) terem sido
subrepresenta
dos nos
estudos)
Pembrol Ipilimumab ECOG 0 ou 1; 35-38,5% ECR fase Mediana de Eventos adversos G 3 Devido à
izumabe e (até 4 BRAF mutado (mas 36 seguimento de a 5 atribuídos à droga incerteza do
(em 2 ciclos) tratamento prévio com 7,9 meses experimental (pelo benefício
esquem inibidor de BRAF não foi Aberto investigador, em (análise interina
as: 10 exigido para pacientes Análise interina estudo aberto) com dados
Financiado precoce, ainda
mg/kg com baixa carga de pelo ocorreu em 13,3% imaturos
IV a doença); 80% PD-L1 sem medianas (P2), 10,1% (P3) e quanto à
fabricante de SG (estudo
cada 2 positivo (pelo menos 19,9% (ipilimumabe) sobrevida; taxa
semana 1% das células foi de censura
s – P2 - tumorais); 65-67% em interrompido) Pembrolizumabe P3 e muito desigual
ou a PRIMEIRA LINHA; 8- P2: colite 1,4% e em estudo
Taxas em 1 ano 2,5% e hepatite 1,1%
cada 3 10% de metástases de 74,1% (P2), aberto),
semana cerebrais e 1,8% recomendado
68,4% (P3) e
s – P3) 58,2% Ipilimumabe: colite somente para
EXCLUSÃO: pacientes com
metástases cerebrais (ipilimumabe) 7,0% e hipofisite 1,6%
PD-L1 positivo
ativas, melanoma uveal, Hipo e hipertiroidismo
doença autoimune foram mais frequentes
Critério de positividade nos grupos
de PD-L1 definido no pembrolizumabe
estudo: pelo menos 1% Colite e hipofisite
das células tumorais foram mais comuns
coradas para PD-L1 de no grupo ipilimumabe
membrana
Vemuraf Dacarbazin Melanoma estágio IIIC ECR fase Após mediana Taxa de supensão de Não
enibe a ou IV, com mutação de 37 de seguimento tratamento ou recomendado,
BRAF V600E desigual (13,4 redução de dose foi devido às
960 mg, 1000 mg Aberto meses para de 38% com limitações
2 vezes por m2 de Expectativa de vida de 3 vemurafenibe e vemurafenibe e 16% metodológicas
ao dia, superfície meses ou mais Financiado
pelo 9,2 para no grupo da relevantes, que
via oral corporal, dacarbazina) dacarbazina (NNH=5) levam à
via ECOG 0 ou 1 fabricante
incerteza
intravenosa Os critérios de exclusão Medianas de Câncer de pele quanto ao
, a cada 3 foram: metástases para SG (com secundário (CEC) benefício
semanas SNC (exceto se pacientes ocorreu em 40 (12%) marginal em
definitivamente tratadas censurados no pacientes no grupo do sobrevida
há mais de 3 meses, crossover) de vemurafenibe vs. 1 global,
sem progressão); sem 13,6 paciente (<1%) no especialmente
necessidade (vemurafenibe) grupo da dacarbazina considerando-
corticosteroides versus 9,7 se a maior
(dacarbazina) toxicidade
Crossover permitido a meses, com
partir de análise interina deste
significância tratamento em
estatística relação à
limítrofe (HR dacarbazina.
0,81; IC 95%
0,67-0,98) Não há dados
sobre
qualidade de
vida.
Vemuraf Vemurafeni Melanoma estágio IIIC ECR fase Mediana de Eventos adversos Sim
enibe + -be + ou IV, com mutação de 38,9 seguimento de graves ocorreram em
placebo BRAF V600 18,5 meses 37% dos pacientes Ganho de
sobrevida
118
cobimet com vemur+cobimet e global cerca de
inibe Primeira linha Encobrime Mediana de SG em 28% dos 5 meses na
n-to de de 22,3 para pacientes com mediana e de
ECOG 0 ou 1 alocação vemur+cobi vs. vemur+placebo (NNH 10% na taxa
Pacientes com não 17,4 meses de 11) em 5 anos
metástases cerebrais relatado para (NNT de 10), à
tratadas previamente vemur+placebo Maior incidência de custa de
Financiado eventos de grau maior
eram elegíveis se pelo SG em 2 anos aumento
tivessem pelo menos 3 que 3 no grupo da relevante de
fabricante de 48,3% vs. combinação
semanas de doença 38%, eventos
estável Crossover respectivament adversos
não e graves (NNH
permitido, de 11)
nem o RAR 10,3%,
tratamento NNT de 10 Alto custo
após (Porém,
progressão cobimetinibe
não está no
rol)
Dabrafe- Dacarbazin Melanoma estágio IIIC Análise No momento da Ocorreram cânceres Não
nibe a ou IV, com mutação de interina de análise interina, secundários no grupo
BRAF V600 ECR fase 30 haviam dabrafenibe (12 Análise
(Radomiza- 310 morrido, sem ceratoacantoma ou interina, sem
ção 3:1) Primeira linha diferença CEC de pele, 4 ganho em SG,
Aberto significante carcinomas de células maior
ECOG 0 ou 1 toxicidade e
Financiado entre os basais de pele, 1
Pacientes com grupos: 11% no micose fungoide, 2 cânceres
pelo secundários
metástases cerebrais fabricante grupo novos melanomas
foram excluídos, exceto dabrafenibe e primários) e nenhum Alto custo
se tratadas e estáveis 14% no grupo com dacarbazina
há pelo menos 3 meses dacarbazina
(HR 0,61; Redução de dose por
IC95% 0,25- toxicidade ocorreu em
1,48) 28% do grupo
dabrafenibe (3%
44% de interrupção) e 17%
crossover da com dacarbazina (3%
dacarbazina de interrupção)
para
dabrafenibe
Dabrafe- Dabrafenib Melanoma estágio IIIC ECR fase Primeira Toxicidade Sim
nibe + e + placebo ou IV, com mutação de 311,12 publicação: semelhante
trametin BRAF V600 mediana de SG Ganho de
ibe Duplo-cego de 25,1 meses 32% vs. 30% de sobrevida de
Primeira linha (IC95% 19,2- eventos grau 3 para cerca de 6
Financiado combinação vs. meses na
ECOG 0 ou 1 pelo não
alcançado) monoterapia, mediana e 12%
fabricante respectivamente na taxa em 3
Pacientes com para
metástases cerebrais Manutençã dabra+tramet e anos (NNT de
Câncer de pele 9), sem
foram excluídos, exceto o do de 18,7 meses secundário G3 em 3%
se tratadas tratamento (15,2-23,7) para impacto
e 9% para relevante em
definitivamente e após dabra+placebo combinação vs.
estáveis há pelo menos progressã (dado não toxicidade
monoterapia,
12 semanas o foi atualizado na respectivamente Alto custo
permitida, publicação de
assim 2017)
como
crossover SG em 3 anos
de 44% vs.
(12% de 32% para
crossover dabra+tramet e
do placebo dabra+placebo,
para respectivament
trametinibe e (HR 0,75;
)
119
IC95% 0,58-
0,96), NNT de 9
Pembrolizu Ipilimuma ECOG 0 ou 1; 35-38,5% Análise de subgrupo Mediana de Atribuídos à droga Não
mabe (em 2 be (até 4 BRAF mutado (mas de ECR fase 36 seguimento de experimental (pelo
esquemas: ciclos) tratamento prévio com 7,9 meses investigador, em Pacientes em
10 mg/kg IV inibidor de BRAF não foi Aberto estudo aberto): segunda linha
a cada 2 exigido para pacientes Análise interina 13,3% (P2), 10,1% representavam
Financiado pelo precoce, ainda 30% da
semanas – com baixa carga de fabricante (P3) e 19,9%
P2 - ou a doença); 80% PD-L1 sem medianas (ipilimumabe) amostra e na
cada 3 positivo; 33-35% em Positividade de PD- de SG (estudo análise deste
semanas – segunda linha; 8-10% L1 definido como foi Pembrolizumabe P3 subgrupo não
P3) de metástases cerebrais pelo menos 1% das interrompido) e P2: colite 1,4% e houve benefício
células tumorais de 2,5% e hepatite significante em
EXCLUSÃO: metástases Taxas em 1 1,1% e 1,8% SG para
membrana ano de 74,1%
cerebrais ativas, segunda linha
melanoma uveal, doença (P2), 68,4% Ipilimumabe: colite
autoimune (P3) e 58,2% 7,0% e hipofisite
(ipilimumabe) 1,6%
Mais hipo e
hipertireoidismo
com
pembrolizumabe
Pembrolizu Quimioter Melanoma estágio IIIC ECR fase 213 Medianas de 26% com QT, 11% Não
mabe (em apia ou IV, com progressão 13,4 meses com P2 e 14% com
doses de 2 (carboplati confirmada dentro de 14 (KEYNOTE-002) para P2, 14,7 P10 Estudo fase 2,
mg/kg – P2 na+paclita semanas da última dose meses para sem benefício
Aberto Mais comuns com significante em
– e 10 xel, de ipilimumabe (mínimo P10 e 11
mg/kg – paclitaxel, de 2 doses, 3 mg/kg a Financiado pelo meses para a QT: anemia, fadiga, SG, amostra
P10) dacarbazi cada 3 semanas), fabricante quimioterapia, neutro e leucopenia heterogênea e
na ou tratamento prévio com sem com grande
Com P2: fadiga, percentual de
temozolo inibidores de BRAF e significância anasarca e myalgia
mida) MEK (se BRAF mutado) estatística exposição
Com P10: prévia ao braço
Segunda linha ou mais 48% de hipopituitarismo, comparador
(69% a 77% em 3ª linha crossover da colite, diarreia,
ou mais) QT para redução de apetite,
pembro hiponatremia e
Cerca de 50% já tinha
recebido QT prévia pneumonite
ECOG 0 ou 1
Exclusão: metástases
cerebrais ativas,
meningite
carcinomatosa, doença
autoimune
Nivolumabe Quimioter Melanoma estágio IIIC ECR fase 314 Sem diferença Maior toxicidade Não
apia ou IV irressecável, significante com a QT: 32% vs.
(dacarbazi ECOG 0 ou 1, que Aberto entre PFS 9% Sem benefício
na ou progrediram após (medianas de em SG ou PFS,
Financiado pelo amostra
carboplati ipilimumabe e, se BRAF fabricante 3,1 vs. 3,7
na+paclita mutado, inibidores de meses com QT heterogênea
xel) BRAF e MEK e nivo, (70% com 2 ou
respectivament mais linhas
50% PD-L1 positivo e, HR=1) ou prévias; 50%
em SG recebeu QT
Exclusão: metástases prévia), alto
cerebrais ativas, (mediana de 16
vs. 14 meses) custo
melanoma ocular
primário, toxicidade
grave a ipilimumabe
prévio
120
Ipilimumabe Ipilimuma Melanoma estágio IIIC ECR fase 315 Comparações 10% a 15% nos Ipilimumabe
+ GP 100 be + ou IV irressecável, em para ipi+GP, grupos com em
placebo pacientes tratados Duplo-cego ipi+placebo e ipilimumabe e 3% monoterapia
ou GP 100 previamente com uma ou Financiado pelo GP+placebo: no grupo com pode ser
+ placebo mais linhas de fabricante GP100 + placebo recomendado
quimioterapia citotóxica Medianas de (NNH de 15 para em relação à
(n=676 (dacarbazina, O ipilimumabe não SG de 10 ipilimumabe em vacina GP100
pacientes temozolomida, foi comparado a meses (8,5- monoterapia)
randomiza fotemustina, tratamentos usuais 11), 10,1 A associação
dos 3:1:1) carboplatina) ou do melanoma meses (8-13,8) Houve 14 mortes ipilimumabe +
interleucina 2 metastático já e 6,4 meses (2,2%) relacionadas GP 100 não
tratado (5,5-8,7) ao tratamento, ofereceu
ECOG 0 ou 1 sendo a metade melhora da SG
Taxas de SG delas associadas a em relação a
Exclusão: melanoma em 2 anos de eventos adversos ipilimumabe
ocular primário, doença 21,6%, 23,5% imuno-mediados (8 sozinho e foi
autoimune, metástases e 13,7% (NNT mortes com mais tóxico
em SNC não tratadas de 11 para ipi+GP100, 4 mortes
ipilimumabe com ipi+placebo e 2 A toxicidade do
em mortes com ipilimumabe foi
monoterapia) GP100+placebo) alta
Referências
1. Robert C, Thomas L, Bondarenko I, et al. Ipilimumab plus dacarbazine for previously untreated
metastatic melanoma. N Engl J Med. 2011;364(26):2517-2526. doi:10.1056/NEJMoa1104621.
2. Maio M, Grob J-J, Aamdal S, et al. Five-year survival rates for treatment-naive patients with
advanced melanoma who received ipilimumab plus dacarbazine in a phase III trial. J Clin
Oncol. 2015;33(10):1191-1196. doi:10.1200/JCO.2014.56.6018.
3. Robert C, Long G V, Brady B, et al. Nivolumab in previously untreated melanoma without
BRAF mutation. N Engl J Med. 2015;372(4):320-330. doi:10.1056/NEJMoa1412082.
4. Long G V, Atkinson V, Ascierto PA, et al. Effect of nivolumab on health-related quality of life in
patients with treatment-naïve advanced melanoma: results from the phase III CheckMate 066
study. Ann Oncol Off J Eur Soc Med Oncol. 2016;27(10):1940-1946.
doi:10.1093/annonc/mdw265.
5. Larkin J, Chiarion-Sileni V, Gonzalez R, et al. Combined Nivolumab and Ipilimumab or
Monotherapy in Untreated Melanoma. N Engl J Med. 2015;373(1):23-34.
doi:10.1056/NEJMoa1504030.
6. Robert C, Schachter J, Long G V, et al. Pembrolizumab versus Ipilimumab in Advanced
Melanoma. N Engl J Med. 2015;372(26):2521-2532. doi:10.1056/NEJMoa1503093.
7. McArthur GA, Chapman PB, Robert C, et al. Safety and efficacy of vemurafenib in
BRAFV600E and BRAFV600K mutation-positive melanoma (BRIM-3): Extended follow-up of a
phase 3, randomised, open-label study. Lancet Oncol. 2014;15(3):323-332.
doi:10.1016/S1470-2045(14)70012-9.
8. Larkin J, Ascierto PA, Dréno B, et al. Combined vemurafenib and cobimetinib in BRAF-mutated
melanoma. N Engl J Med. 2014;371(20):1867-1876. doi:10.1056/NEJMoa1408868.
9. Ascierto PA, McArthur GA, Dréno B, et al. Cobimetinib combined with vemurafenib in
advanced BRAF(V600)-mutant melanoma (coBRIM): updated efficacy results from a
randomised, double-blind, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2016;17(9):1248-1260.
121
doi:10.1016/S1470-2045(16)30122-X.
10. Hauschild A, Grob J-J, Demidov L V, et al. Dabrafenib in BRAF-mutated metastatic melanoma:
a multicentre, open-label, phase 3 randomised controlled trial. Lancet (London, England).
2012;380(9839):358-365. doi:10.1016/S0140-6736(12)60868-X.
11. Long G V, Stroyakovskiy D, Gogas H, et al. Dabrafenib and trametinib versus dabrafenib and
placebo for Val600 BRAF-mutant melanoma: a multicentre, double-blind, phase 3 randomised
controlled trial. Lancet (London, England). 2015;386(9992):444-451. doi:10.1016/S0140-
6736(15)60898-4.
12. Long G V, Flaherty KT, Stroyakovskiy D, et al. Dabrafenib plus trametinib versus dabrafenib
monotherapy in patients with metastatic BRAF V600E/K-mutant melanoma: long-term survival
and safety analysis of a phase 3 study. Ann Oncol Off J Eur Soc Med Oncol. 2017;28(7):1631-
1639. doi:10.1093/annonc/mdx176.
13. Ribas A, Puzanov I, Dummer R, et al. Pembrolizumab versus investigator-choice
chemotherapy for ipilimumab-refractory melanoma (KEYNOTE-002): a randomised, controlled,
phase 2 trial. Lancet Oncol. 2015;16(8):908-918. doi:10.1016/S1470-2045(15)00083-2.
14. Weber JS, D’Angelo SP, Minor D, et al. Nivolumab versus chemotherapy in patients with
advanced melanoma who progressed after anti-CTLA-4 treatment (CheckMate 037): a
randomised, controlled, open-label, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2015;16(4):375-384.
doi:10.1016/S1470-2045(15)70076-8.
15. Hodi FS, O’Day SJ, McDermott DF, et al. Improved survival with ipilimumab in patients with
metastatic melanoma. N Engl J Med. 2010;363(8):711-723. doi:10.1056/NEJMoa1003466.
Referência: Sasse AD, Sasse EC, Clark LG, Ulloa L, Clark OA. Chemoimmunotherapy versus
chemotherapy for metastatic malignant melanoma. Cochrane Database Syst Rev. 2007(1):CD005413.
Referência: Chapman PB, Hauschild A, Robert C, Haanen JB, Ascierto P, Larkin J, et al. Improved
survival with vemurafenib in melanoma with BRAF V600E mutation. N Engl J Med. 2011;364(26):2507-
16.
Reações
Reações
imuno Rash
Dano Toxidade 3/4 imuno Hepatite Diarréia
relacionadas cutaneo
relacionadas
G3e4
IPILIMUMABE 56,3 77 38,1 31,6 36,4 24,7
NNH 4 3 3 4 9 6
123
O esquema usado foi uma combinação de ipilimumabe 10mg/kg combinada com
dacarbazina 850mg/m2, por quatro infusões, nas semanas 1,4,7 e 10 (fase de
indução), seguidas de dacarbazina apenas. Para pacientes com doença estável ou
resposta objetiva e boa tolerância, a terapia de manutenção era oferecida:
ipilimumabe a cada 12 semanas.
O estudo apresenta limitação metodológica (mudança do desfecho primário após o
início do estudo) que pode comprometer a nálise dos dados
O medicamento não está aprovado pela ANVISA para primeira linha no tratamento
do melanoma.
Referência: Robert C, Thomas L, Bondarenko I, O'Day S, M DJ, Garbe C, et al. Ipilimumab plus
dacarbazine for previously untreated metastatic melanoma. N Engl J Med. 2011;364(26):2517-26.
124
• Sem tratamento sistêmico nos 28 dias anteriores ao início do tratamento com
ipilimumabe.
Referência: Hodi FS, O'Day SJ, McDermott DF, Weber RW, Sosman JA, Haanen JB, et al. Improved
survival with ipilimumab in patients with metastatic melanoma. N Engl J Med. 2010;363(8):711-23.
Algumas considerações:
125
SARCOMA DE PARTES MOLES
Tratamento adjuvante
• Sarcomas de alto grau (III e IV), de extremidades e maiores que 5 cm no maior
diâmetro
Doxorrubicina 75 mg/m² D1 +
Doxorrubicina/
Ifosfamida 2000 mg/m² D1 a D5 Cada 21 dias, 6 ciclos
Ifosfamida/ Mesna
Mesna 1800mg/m² de D1 a D5
Doxorrubicina 75 mg/m² D1 +
Doxorrubicina/
Ifosfamida 2000 mg/m² D1 a D5 Cada 21 dias, 6 ciclos
Ifosfamida/ Mesna*
Mesna 1800mg/m² de D1 a D5
Segunda linha
126
OSTEOSSARCOMA
Tratamento neoajuvante
Tratamento adjuvante
Tratamento paliativo
127
SARCOMA DE KAPOSI
Tratamento paliativo
128
TUMOR DE SÍTIO PRIMÁRIO DESCONHECIDO
Tratamento paliativo
129
REGRAS DE AUTORIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS PARA
CONTROLE DE EFEITOS ADVERSOS E ADJUVANTES
RELACIONADOS A TRATAMENTOS ANTINEOPLÁSICOS
Fonte: Ans – Rol 2018
Referência:
American Society of Clinical Oncology/American Society of Hematology Clinical
Practice Guideline Update on the Use of Epoetin and Darbepoetin in Adult Patients
With Cancer – 2010
Referência:
NCCN Clinical Practice Guidelines in Oncology (NCCN Guidelines) – Prevention and
Treatment of Cancer-Related Infections. 2012; 10:1412-1445 J Natl Compr Canc
Netw.
130
54.4- TERAPIA PARA DOR RELACIONADA AO USO DE ANTINEOPLÁSICOS
Grupo I
a. Uma medida de temperatura ≥ 38,30◦C ou ≥38,0◦C por mais de 1h;
b. Neutropenia ≤ 500 neutrófilos/mcL ou < 1000 neutrófilos/mcL com
probabilidade de queda até ≤ 500 neutrófilos/mcL ao longo das 48h seguintes.
Grupo II
a. Paciente já estiver em uso de Fatores de Crescimento de Colônia de
Granulócitos;
b. Paciente ainda não fez uso de Fatores de Crescimento de Colônia de
Granulócitos e apresenta fatores de risco para complicações associadas à
infecção.
131
Referência:
NCCN Clinical Practice Guidelines in Oncology (NCCN Guidelines) - Myeloid Growth
Factors. J Natl Compr Canc Netw 2009; 7:64-83
a. Caso a profilaxia para náuseas e vômitos não tenha sido efetiva e o paciente
apresente sintomas, deve-se incluir mais uma droga ao esquema anterior,
preferencialmente de uma classe diferente das já utilizadas;
132
b. Se permanecerem os sintomas após o ajuste das doses, substituição das
drogas ou a inclusão de mais uma droga, avaliar a utilização de terapia
antiemética profilática de alto risco de emetogenicidade para o próximo ciclo.
133
Tabela de risco emetogênico para antineoplásicos.
135
OBS: Para os medicamentos que não estejam nas listas apresentadas acima, a
indicação do nível de risco deve ser feita pelo médico assistente baseado na literatura
médica.
Referências:
1. Diretrizes em Antieméticos MASCC/ESMO 2011- Multinational Association of
Supportive Care in Cancer.
2. NCCN Clinical Practice Guidelines in Oncology (NCCN Guidelines) – Antiemesis
2012
3. ASCO Guidelines – Antiemetics: American Society of Clinical Oncology Clinical
Practice Guideline Update – 2011
Referências
Gustavo Ismael, MD, Sofia Braga, MD. Trastuzumab (Herceptin) for early-stage Breast cancer.
Hematology Oncology Clinics of North America. 21 (2007) 239-256
Vogel CL, Cobleigh MA, Tripathy D, et. All. Efficacy and safety of Tratuzumab as a single agent in first
line treatment of HER2- Overex pressing metastatic breast cancer. J Clin Oncol 2002, 20:7 19-26
Yeon CH, Pegram MD. Anti erbB-2 antibody trastuzumab in the treatment of HER2- amplified breast
cancer. Invest New Drugs 2005, 23: 391-49
Piccart- Gebhart MJ, Pocter M, Leyland-Jones B et al. Trastuzumab after adjuvant chemotherapy in
HER2- positive breast cancer. New Engl J Med 2005; 353(16): 1659-72.
Tounigand C, André T, Achille E, Liedo G, Flesh M, Mery Mignard D. Folfiri followed by FOLFOX 6 or
reverse sequence in advanced colorectal cancer. A randomized GERCOR Study. J Clin Oncol 2004;
22: 229-239
Andre, Thierry, Boni, Corrado, Mounedji-Boudiaf, Lamia; Navarro, Matilde; Tabernero, Josep; Hickish,
Tamas; Topham, Clare; Zaninelli, Marta; Clingan, Philip; Bridgewater, John; Tabah-Fisch, Isabelle; de
Gramont, Aimery. Oxaliplatin, Fluorouracil, and Ácido folínico as Adjuvant Treatment for Colon
Cancer. The New England Journal of Medicine, V 350 (23), 3 June 2004, pp 2343-2351
Giacchetti S, perpoint B, Zidani R, et al. Phase III multicenter randomized trial of oxaliplatin added to
chronomodulated fluorouracil-Ácido folínico as first-line treatment of metastatic colorectal cancer. J
Clin Oncol 2000; 18: 136-47
International Multicentre Pooled Analysis of Colon Cancer Trials (IMPACT) Investigators. Efficacy of
adjuvant fluorouracil and folinic acid in colon cancer, Lancet 1995; 345:939-44
Sargent D, Wieand S, Goldberg R, et al. 3 Year DFS vs. 5-year OS as an endpoint for adjuvant colon
cancer studies: data from randomized trials. Rockville, Md. Food and Drug Administration, November
2003. (Acessed May 10, 2004, at http://www.fda.gov/cder/drug/cancerendpoints/sargent/index.htm.)
National Comprehensive Thresholds for therapies: highlights of the St Gallen International Expert
Consensus on the primary therapy of early breast cancer 2009. AU Goldhirsch A; Ingle JN; Gelber
RD; Coates AS; Thurlimann B; Senn HJ SO Ann Oncol. 2009 Aug;20(8):1319-29
137
ANEXO
ESQUEMAS QUIMIOTERÁPICOS – NOMES COMERCIAIS
CMF
Ciclofosfamida Genuxal
FEC
Fluorouracil Killit, Fluoro-uracil, Fauldfluor
Ciclofosfamida Genuxal
FAC
Fluorouracil Killit, Fluoro-uracil, Fauldfluor
CDDP + VNB
Platiran, Cisplatyl, Bioplatino, Platistine, Platinil, Tecnoplatin,
Cisplatina
Fauldcispla
CDDP + VP16
Platiran, Cisplatyl, Bioplatino, Platistine, Platinil, Tecnoplatin,
Cisplatina
FauldcisplaPlatiran, Cysplatil
VCA ou CAV
Oncovin, Vincizina, Vincristex, Fauldvincri, Aracytin,
Vincristina
FauldcitaincristitaOncovin
Ciclofosfamida Genuxal
138
Adriblastina, Biorrub, Doxo-Big, Fauldoxo, Itarrubicina, Rubex,
Doxorrubicina
RubidoxAdriblastina
PCT + CDDP
Taxol, Paclitax, Anzatax, Biopaxel, Itaxel, Oncotaxel, Parexel,
Paclitaxel
Taclipaxol, TaxilanTaxol, Paclitax
PCT + CBDCA
Taxol, Paclitax, Anzatax, Biopaxel, Itaxel, Oncotaxel, Parexel,
Paclitaxel
Taclipaxol, Taxilan
CP
Ciclofosfamida (C) Genuxal
PEB
Platiran, Cisplatyl, Bioplatino, Platistine, Platinil, Tecnoplatin,
Cisplatina
FauldcisplaPlatiran, Cysplatil
Bleomicina Blenoxane
CDDP + IFM
Platiran, Cisplatyl, Bioplatino, Platistine, Platinil, Tecnoplatin,
Cisplatina
Fauldcispla
Ifosfamida Holoxane
MTX + ACT – D
Metotrexate Biometrox, Metotrexin, Miantrex, Metrotex, Fauldmetro
EMA – CO
Vepesid, Nexvep, Etopos, Etoposido, Etoposida, Etosid, Eunades,
Etoposido
Oncosideo, VanoxidVepesid, Nexvep, Etopos
139
Metotrexato Biometrox, Metotrexin, Miantrex, Metrotex, Fauldmetro
Ciclofosfamida Genuxal
EMA-EP
Vepesid, Nexvep, Etopos, Etoposido, Etoposida, Etosid, Eunades,
Etoposido
Oncosideo, Vanoxid
CAP
Ciclofosfamida Genuxal
M-VAC
Metotrexato Biometrox, Metotrexin, Miantrex, Metrotex, Fauldmetro
PE ou CDDP + VP16
Cisplatina Platiran, Cisplatyl, Bioplatino, Platistine, Platinil, Tecnoplatin,
Fauldcispla
VIP
140
Vepesid, Nexvep, Etopos, Etoposido, Etoposida, Etosid, Eunades,
Etoposido
Oncosideo, Vanoxid
Ifosfamida Holoxane
DTIC + ADM
Dacarbazina Dacarb, DacarbazinaDetimedac, Fauldacar
PCV
Procarbazina oral (sem cobertura contratual) -Natulan
CHLO
Clorambucil oral (sem cobertura contratual) - Leukeran
PAM + DXMTZ
Alkeran oral (Melfalano) Alkeran
CTX + DXMTZ
Ciclofosfamida Genuxal
VAD
Oncovin, Vincizina, Vincristex, Fauldvincri, Aracytin,
Vincristina
FauldcitaincristitaOncovin
Adriblastina, Biorrub, Doxo-Big, Fauldoxo, Itarrubicina, Rubex,
Doxorrubicina
RubidoxAdriblastina
141
ABVD
Adriblastina, Biorrub, Doxo-Big, Fauldoxo, Itarrubicina, Rubex,
Doxorrubicina
RubidoxAdriblastina
R-CHOP
Rituximabe Mabthera
Ciclofosfamida Genuxal
ESHAP
Vepesid, Nexvep, Etopos, Etoposido, Etoposida, Etosid,
Etoposido
Eunades, Oncosideo, Vanoxid
5FU +AF
Fluoruracila Killit, Fluoro-uracil, Fauldfluor
AC + T (Paclitaxel/Taxol)
Adriblastina, Biorrub, Doxo-Big, Fauldoxo, Itarrubicina, Rubex,
Doxorrubicina
RubidoxAdriblastina
Ciclofosfamida Genuxal
AC + T (Docetaxel/Taxotere)
142
Adriblastina, Biorrub, Doxo-Big, Fauldoxo, Itarrubicina, Rubex,
Doxorrubicina
RubidoxAdriblastina
Ciclofosfamida Genuxal
Docetaxel Taxotere
FLOX e FOLFOX4
Fluorouracil Killit, Fluoro-uracil, Fauldfluor
Oxaliplatina Eloxatin
IFL e FOLFIRI
Irinotecano Camptosar, Tecotecan, Irenax
MMC+ 5FU
Mitomicina Mitocin
GC
Gemcitabina Gemzar
TIP
Taxol, Paclitax, Anzatax, Biopaxel, Itaxel, Oncotaxel, Parexel,
Paclitaxel
Taclipaxol, Taxilan
Ifosfamida Holoxane
ELF
143
Etoposídeo Vepesid, Nexvep, Etopos
ECF
Epirrubicina Farmorrubicina, Rubina
144