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MANUAL

Normas de
autorização
e auditoria

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CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Mandato: abril/2016 a março/2019

Diretor Presidente:
Dr. Sávio de Moraes

Diretor Vice-Presidente:
Dr. Luiz de Freitas Costa Neto

Diretor Administrativo:
Dr. Narciso Volpe Júnior

Diretor Financeiro:
Dr. Paulo Gustavo Pimenta

Diretor Comercial:
Dr. Edelweiss Teixeira Júnior
UNIMED UBERLÂNDIA

Colaboradores Participantes

Brena Borges de Oliveira


Jussânia Aparecida Santos
Laís Felice
Maria Angélica de Carvalho Pereira
Michele Maria Juliano
Samara Alves da Silva Oliveira
SU
Solicitação de autorização
de atendimento........................................................................................... 6

Consulta hospitalar
em fisioterapia............................................................................................. 7

Fisioterapia hospitalar............................................................................. 8


Urgência/emergência.............................................................................. 8

Internação....................................................................................................... 9

Regras de auditoria................................................................................... 9

Consulta médica......................................................................................... 9

Cirurgia geral................................................................................................ 9

Pagamento da taxa

RIO
de sala do centro cirúrgico................................................................... 9

Cirurgia torácica....................................................................................... 10

Dermatologia clínica – cirúrgica..................................................... 10

Colangiopancreatografia
endoscópica................................................................................................ 13

Colangiopancreatografia retrógrada
endoscópica............................................................................................... 13

Procedimentos hospitalares............................................................. 13

Medicina nuclear..................................................................................... 15

Atendimento de urgência
e emergência.............................................................................................. 17

Antibióticos em pronto
atendimento/pronto-socorro............................................................ 17

Atendimento ao recém-nascido...................................................... 18

UTI.................................................................................................................... 18

Valoração dos atos cirúrgicos........................................................... 18

Instrumentador cirúrgico.................................................................... 19

Radioscopia................................................................................................. 19

Auxiliares de cirurgia............................................................................. 19

Médicos não cooperados ou honorários


médicos pagos particulares............................................................... 19

Recomendações específicas............................................................. 20

Prontuário do paciente........................................................................ 20

Aspectos legais do registro


de enfermagem........................................................................................ 20

Fixação e curativos para cateteres................................................ 20


Agulha de huber................................................................................ 21 Escoliose............................................................................................................ 37

Ponteira de radiofrequência....................................................... 21 Implante de DIU............................................................................................. 37

Transofix................................................................................................ 21 Audiometria..................................................................................................... 37

Extensores............................................................................................ 22 Estimulação elétrica transcutânea -


3.16.02.18-5 e acupuntura - 3.16.01.01-4...................................... 38
Perfusores............................................................................................ 22
Densitometria óssea.................................................................................. 38
Abocath em pronto socorro/
pronto atendimento........................................................................ 22 Tomografia computadorizada............................................................... 39

Medicações via oral em Ressonância magnética............................................................................ 39


pronto socorro/ pronto atendimento................................... 22
Ultrassonografias......................................................................................... 39
Faca de sachs...................................................................................... 22
Hemoglobina glicada................................................................................ 40
Materiais de alto custo................................................................. 22
Teste do olhinho (teste do reflexo vermelho)............................. 40
Auditoria de OPME.......................................................................... 23
Bioimpedanciometria................................................................................ 40
Trocater em cirurgia por vídeo................................................. 23
Laparoscopia ginecológica com ou
Pacote x conta aberta x conta mista..................................... 23 sem biópsia (inclui a cromotubagem).............................................. 40

Remuneração de pacotes............................................................ 24 Padronização para materiais de curativos..................................... 41

Laudo de exames de imagens.................................................. 24 Composição das diárias e taxas hospitalares.............................. 49

Composição do prontuário do paciente.............................. 24 Conceito de diárias..................................................................................... 49

Segundo auxiliar no pré-pagamento Padrões de acomodações....................................................................... 50


(Unimed Uberlândia)...................................................................... 25
Diárias.................................................................................................................. 51
Agulha com dispositivo de segurança................................. 25
Taxas................................................................................................................... 55
Coordenador e plantonista na UTI......................................... 26
Itens não incluídos na composição das
Visitas no pós-operatório por médico clínico diárias/taxas hospitalares....................................................................... 61
que não faz parte da equipe do cirurgião........................... 26
Protocolo de troca de dispositivos.................................................... 62
Pagamento da visita
hospitalar no dia da alta............................................................... 26 Bibliografia...................................................................................................... 66

Finalidade e período de troca


para equipos........................................................................................ 26

Medicamentos e terapias em
bomba de infusão ............................................................................ 28

Estabilidade dos
medicamentos injetáveis............................................................. 28

Dietas...................................................................................................... 28

Azul de metileno.............................................................................. 36

LDL........................................................................................................... 36

Remoção de cerúmen.................................................................... 36

Taxa de equipamento vídeo........................................................ 37

Segmento em coluna vertebral................................................ 37


Solicitação de autorização de atendimento
No processo de autorização, a Unimed terá três possibilidades de resposta:
“autorizado”, “negado” ou “em estudo”. As situações classificadas como “em estudo”
caracterizam-se pela necessidade de análise da auditoria médica/enfermagem ou
fisioterapeuta ou de aprovação da empresa contratante de planos na modalidade de
custo operacional. Verificar na tabela de racionalização encontrada no portal da Unimed
Uberlândia pelo código do procedimento na aba ‘Credenciado’, link ‘docs necessária
auditoria, quais documentos são necessários para a análise da solicitação (relatório
médico, laudo de exames ou transcrição dos mesmos) conforme critérios estabelecidos
pelo Colégio Nacional de Auditores Médicos Unimed.

A junta médica, conforme legislação vigente poderá ser solicitada pela Unimed quando
houver divergência médica, utilizando os formulários definidos pelo Colégio Nacional de
Auditores Médicos Unimed.

A validade da autorização é de até 60 dias, desde 01/09/2014, a contar da data de


autorização ou data limite menor, quando se tratar de beneficiário com data de exclusão
programada.

Nas solicitações eletrônicas de Guias Hospitalares eletivas, é necessário informar a


data sugerida para a internação corretamente, para conferência de valores de pacotes
vigentes contratados com o prestador na data da realização, não sendo permitido esta
data ser a mesma da solicitação.

Para casos de procedimentos realizados na forma de pacote, será necessário a sinalização


de pacotes no campo observação da solicitação em caso de intercâmbio, e no pré-
pagamento o lançamento do código do pacote no item para avaliação.

Para os procedimentos que não possuem porte anestésico, caso haja necessidade
da participação do anestesista, não há necessidade de autorização. A cobrança deste
honorário deve ser somente em conta com a justificativa do cirurgião em anexo.

Para o uso de órteses, próteses e materiais especiais definidos pelo Colégio Nacional de
Auditores Médicos Unimed, que fazem parte do ato cirúrgico, cabe ao médico assistente
determinar as características (tipo, matéria prima, dimensões) das órteses, próteses e
materiais especiais implantáveis, bem como o instrumental compatível, necessário e
adequado à execução do procedimento. O médico assistente requisitante deve justificar
clinicamente a sua indicação, observadas as práticas cientificamente reconhecidas
e as legislações vigentes no país e oferecer pelo menos três marcas de produtos de
fabricantes diferentes com seus respectivos valores, quando disponíveis, dentre aquelas
regularizadas junto à ANVISA, que atendam as características especificadas.
A taxa de comercialização de OPME não deve ser solicitada, somente cobrada em conta.

É vedado ao médico assistente requisitante exigir fornecedor ou marca comercial


exclusivos, conforme Legislação vigente (Resolução CFM no 1.956/10 c/c artigo 18,
parágrafo 2º, II RN/ANS no 211/10).

Os preços dos materiais (órteses, próteses e materiais especiais) devem obedecer

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aos valores máximos negociados pelo Comitê Técnico Nacional de Produtos Médicos
Unimed (CTNPM).

Toda medicação ambulatorial prescrita em consultório, somente poderá ser cobrada se


houver autorização da Unimed.

Consulta hospitalar em fisioterapia

a) Consulta hospitalar em fisioterapia: será remunerada uma por internação quando


houver solicitação do médico assistente e registrada em prontuário. Não será remunerada
concomitante à sessão.

b) Na necessidade de outra consulta deverá haver justificativa/solicitação do médico


assistente.

c) O código passará para aba cobertos, seguirá as instruções gerais e constará na planilha
de racionalização, portanto deverá estar autorizada.

Fisioterapia hospitalar

Fisioterapia Respiratória
A função da fisioterapia visa ao restabelecimento precoce da função respiratória com
exercícios específicos para a expansão pulmonar, mobilizações de secreções, instalação,
fixação e monitorização da prótese ventilatória.

Códigos:
2.02.03.01-2 - Assistência fisiátrica respiratória em paciente internado com ventilação
mecânica: no máximo 4 sessões ao dia; as demais somente serão remuneradas se houver
justificativa médica aceitável;
2.02.03.04-7 - Assistência fisiátrica respiratória em doente clínico internado: no máximo
2 sessões ao dia; as demais somente serão remuneradas se houver justificativa médica
aceitável.

Fisioterapia Motora
A fisioterapia motora visa à execução de exercícios de mobilização global, facilitando o
movimento motor normal, inibindo posições viciosas, prevenindo as sequelas motoras
graves devido à prematuridade e/ou tempo prolongado de internação, além de prevenção
de úlceras de pressão e fenômenos tromboembólicos.

Código:
2.01.03.09-3 - Atendimento fisiátrico no pré e pós-operatório de pacientes para
prevenção de sequelas: no máximo 2 sessões ao dia na UTI/unidade coronariana/semi-

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intensiva (intermediária) e 1 sessão ao dia nas outras unidades de internação. As demais
com justificativa e/ou prescrição médica.

Urgência/Emergência

O atendimento de urgência/emergência é assegurado em todo o território nacional,


independentemente da abrangência geográfica contratual do beneficiário, desde que
o cartão de identificação esteja dentro da validade e sem carências contratuais. A
solicitação deverá ser realizada no ato do atendimento.

Internação

O prestador deverá solicitar autorização para todas as internações eletivas e de urgência/


emergência, inclusive para órtese, prótese e materiais especiais.

Toda internação eletiva deve ter autorização prévia da Unimed, inclusive para OPME
(órtese, prótese e materiais especiais) e internação para infusão de algum e medicamento
especifico, esta deverá ser solicitada também previamente para análise de cobertura.

O prazo para solicitação de prorrogação ou inclusão de novos procedimentos deve


ocorrer em até 15 dias da alta do paciente.

Quando se tratar de “acidente pessoal” e “complicação de gestação” é obrigatório o en-


vio de relatório médico justificando a solicitação.

As solicitações de urgências deverão ocorrer imediatamente ao atendimento.

Todas as guias precisam ter o check-in realizado no momento da internação, as guias


de urgência que não tiverem seu check-in realizado em 48 horas da autorização, serão
canceladas.

Para continuidade da internação, seja eletiva ou de urgência, somente deverão ser


solicitados, visitas, diárias, todos os itens constates na tabela HM e SADT (exceto
sessão de fisioterapia e serviços de baixo risco para intercâmbio), Medicamentos para
tratamentos oncológicos (quimioterapia, hormonioterapia, imunoterapia, tratamentos
adjuvantes e neoadjuvantes); Hemodinâmica; Radiologia intervencionista; Radioterapia;
terapia renal substitutiva.

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Regras de Auditoria

Consulta médica

Consulta de retorno: a Unimed poderá efetuar glosas técnicas e médicas, devidamente


justificadas, na realização de consultas de um mesmo beneficiário, por um mesmo médico,
pela mesma patologia, dentro de um período inferior ou igual a 20 dias intercâmbio e 15
dias Unimed Uberlândia, contados a partir do primeiro dia subsequente da realização da
consulta. Essa regra não se aplica a consultas em pronto-socorro. Consulta marcada e não
comparecida (ato médico não realizado) não poderá ser cobrada e, consequentemente,
não será paga.

Quando o cooperado realizar consulta e procedimento ao mesmo tempo, a UNIMED


pagará:

• Quando eletivo: consulta em consultório + procedimento.


• Quando urgência: consulta (valor da consulta em pronto socorro) + procedimento.

Cirurgia geral

Não serão pagos os honorários médicos para curativos (até 10 dias) e retirada de pontos
do pós-operatório, pois estão incluídos no valor da cirurgia.

Todo relatório de gastos e materiais do centro cirúrgico deverá ser assinado pelo
cirurgião e auxiliar (se houver participação) e a folha de anestesia, pelo anestesista.

O relatório de cirurgia deverá ser assinado pelo médico-cirurgião. Na ficha de anestesia


deverá constar o nome dos participantes do ato cirúrgico e o horário do início e do
término da operação. No caso da participação do perfusionista é necessário a evolução/
descrição do profissional executante.

Não será pago honorário de instrumentação cirúrgica, pois se entende que o


instrumentador é uma despesa do hospital ou do médico cooperado, estando este
incluso na taxa de sala

Pagamento da taxa de sala do centro cirúrgico

Para pagamento de cirurgias múltiplas, será remunerado até duas taxas de sala, sendo
pago 100% da taxa de sala para o maior procedimento e 50% da taxa de sala para o
menor, quando realizadas por equipes diferentes, independente da via de acesso.

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Cirurgia torácica

Toracostomia (Drenagem de Tórax e Retirada de dreno):


Fica deliberado que a retirada do dreno de tórax é inerente ao ato inicial.

Toracostomia com drenagem pleural fechada (drenagem de tórax) (3.08.04.13-2):


Este procedimento deve ser remunerado como procedimento independente,
mesmo quando realizado concomitante a outros atos operatórios. Requer cuidados
especializados, que demandam tempo e trabalho do cirurgião torácico.

Dermatologia Clínica – Cirúrgica

Definições das patologias que frequentemente geram procedimentos:


Queratose actínica ou ceratose actínica é uma lesão de pele causada pelo sol (por isso
actínica), que se caracteriza por áreas avermelhadas ou ligeiramente acastanhadas
com uma superfície áspera, queratósica (por isso queratose). Normalmente aparece em
áreas expostas do corpo, como rosto, colo, antebraços e mãos. Em homens calvos, pode
acometer o couro cabeludo. Pode ser uma lesão isolada, mas normalmente é múltipla,
afetando toda uma área exposta cronicamente ao sol. A queratose actínica é considerada
o primeiro passo para o desenvolvimento de um “carcinoma espinocelular”; o risco desta
transformação é estimado em 0,1% a 10% ao ano.

Câncer da pele:
Qualquer célula que compõe a pele pode originar um câncer, logo existem diversos tipos
de câncer de pele. O câncer de pele é o mais comum do ser humano, responsável por 1/3
de todos os casos de câncer do mundo. Entretanto, apesar das altas taxas de incidência,
observamos elevados índices de cura, principalmente devido ao diagnóstico precoce.
Didaticamente é possível dividir o câncer de pele em dois grupos: melanoma e câncer de
pele não melanoma. Dentre os não melanomas, os mais comuns são: carcinoma baso-
celular e carcinoma espino-celular.

Os nevos melanocíticos, conhecidos como pintas ou sinais, são manchas ou pequenas


elevações na pele que variam de castanho claro a castanho bem escuro, por vezes
podendo ter mais de uma cor. O tamanho pode variar bastante. Os nevos melanocíticos
são considerados potenciais precursores (pode se transformar em um melanoma),
diagnóstico diferencial (pode simular um melanoma) e marcadores de risco para
“melanoma”.

Queratose (ou ceratose) seborreica é uma lesão costumeiramente confundida com


câncer de pele, tanto pelos pacientes quanto por médicos não especialistas, devido
ao seu aspecto clínico. As queratoses seborreicas são lesões escuras, de bordas
irregulares, normalmente sendo sobrelevadas, altas. Costumam ter um aspecto
verrucoso com superfície áspera, que podem ser destacadas/descoladas em decorrência
de traumasmínimos. Podem ser únicas ou múltiplas – quando são múltiplas, em geral,
apresentam um fator genético. Costumam aparecer após os 30 anos de idade, sendo
mais frequentes em indivíduos caucasianos. Não apresenta risco de malignização.

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Acrocórdons são pequenas lesões escuras, compridas, ligadas à pele por uma pequena
base. Acometem áreas de dobras, como axilas, regiões embaixo dos seios e pescoço.
São mais comuns em pessoas de meia-idade, afetando mais mulheres que homens.
Alguns acrocórdons podem desaparecer espontaneamente quando traumatizados. Não
apresenta risco de malignização.

Nevo rubi ou angioma rubi são pequenas lesões arredondadas de 1 a 5 milímetros, de


coloração avermelhada ou arroxeada. São pequenas alterações em vasos sanguíneos da
pele. Mais comuns em indivíduos caucasianos de meia-idade, sendo frequentes no
tronco. Não apresenta risco de malignização.

Vitiligo caracteriza-se pela redução no número ou na função dos melanócitos, células


localizadas na epiderme responsáveis pela produção do pigmento cutâneo – a melanina.
Essa despigmentação ocorre geralmente em forma de manchas brancas (hipocromia) de
diversos tamanhos e com destruição focal ou difusa. A doença pode surgir em qualquer
idade, sendo mais comum em duas faixas etárias: de 10 a 15 anos e de 20 a 40 anos.
Contudo, estresse físico, emocional e ansiedade são fatores comuns no desencadeamento
ou no agravamento da doença.

Queloide é um caso especial de cicatriz. Ocorre uma desordem fibroproliferativa


produzindo lesões fibroelásticas, salientes, rosadas, avermelhadas ou escuras e, às
vezes, brilhantes. Podem ocorrer na cicatrização de qualquer lesão da pele.

Alopecia areata é uma doença que provoca a queda de cabelo. A etiologia é desconhecida,
mas existem alguns fatores implicados, como a genética e a participação autoimune.
Quando isso acontece, o cabelo começa a cair, formando pequenas ou grandes áreas
sem cabelo.

1) Excisão e sutura com plástica em “Z” (zetaplastia), somente quando houver cicatriz
sob tensão, com limitação funcional.

2) Para o código CBHPM 3.01.01.92-1 - Exérese e sutura de hemangioma, linfangioma


ou nevus (por grupo de até 5 lesões), liberar quando um das lesões apresentar 1 (um)
cm de diâmetro. Se as lesões forem menores, liberar com código CBHPM 3.01.01.49-2 -
Exérese e sutura simples de pequenas lesões, grupo de até 5 lesões).

3) Código 3.01.01.10-7 – Cauterização química (por grupo de até 5 lesões): indicado


para tratamento de: verrugas, ceratoses seborreicas, ceratoses actínicas e melanose
solar (indicação estética).

Recomendação: liberar até quatro grupos de 5 lesões. Esse procedimento é excludente


ao código 3.01.01.29- 8 – Eletrocoagulação de lesões de pele e mucosas, para as mesmas
lesões. Para tratamento de verruga, solicitar o número de lesões, na maioria dos casos,
não cabe autorizar em quantidade maior que um, já que o código engloba até 5 lesões, e
na maioria das vezes a cauterização para verruga se dá em torno de 3 sessões.

4) Código 3.01.01.20-4 – Criocirurgia (nitrogênio líquido) de neoplasias cutâneas: é


uma aplicação mais profunda de nitrogênio, procedimento a ser feito em locais com
cartilagem (nariz e orelha) ou em lesões extensas, em áreas de difícil cobertura (obrigatória

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a colocação de enxerto) ou em pacientes sem condições clínicas anestésicas. Como a
própria descrição do código diz, deve ser usado apenas em câncer de pele diagnosticado.

5) Código 2.01.04.07-3 – Crioterapia (grupo de até 5 lesões): indicado para tratamento


de: verrugas, ceratoses seborreicas, ceratoses actínicas, melanose solar (estético), lesões
suspeitas de CBC, lesões pré-malignas. Recomendação: pacientes com idade maior ou
igual a 60 anos. Excludente aos códigos: 3.01.01.29-8 – Eletrocoagulação de lesões de
pele e mucosas e/ou 3.01.01.10-7 – Cauterização química (por grupo de até 5 lesões).

6) Código 3.01.01.21-2 – Curativo de queimaduras – por unidade topográfica


(UT) – ambulatorial: deverá ser pago quando o paciente tiver sido atendido na emergência,
podendo ser liberado um curativo para cada unidade topográfica e percentualizado
em 100 + 70%. Em geral, é liberado o tratamento por um período de 5 dias. A unidade
topográfica (UT) compreende o segmento do corpo facilmente delimitável, que tem
uma área aproximada de 9% de superficie corpórea. No corpo humano, existem 11 UTs:

• Cabeça e pescoço;
• Cada um dos membros superiores;
• Face anterior do tórax;
• Face posterior do tórax;
• Abdômen;
• Nádegas (da cintura à raiz da coxa);
• Cada uma das coxas;
• Cada um dos conjuntos pernas e pés;
• Os genitais constituem uma UT à parte de (1%).

- Face, pescoço, mão, axila, regiões inguinais, joelhos, genitais, assim como as regiões em
que as lesões atingem estruturas profundas (tendões, vasos e ossos, quando isoladas),
cada um corresponde a 2 (duas) UT (devendo ser percentualizada em 100 + 70%).

7) 3.01.01.25-5 – Curetagem simples de lesões de pele (por grupo de até 5 lesões): em


geral é indicado para o tratamento de molusco contagioso, ceratoses e milium (estético).
Excludente ao código 3.01.01.29-8 – Eletrocoagulação de lesões de pele e mucosas –
com ou sem curetagem (por grupo de até 5 lesões), para o tratamento da mesma lesão,
deverá ser autorizado apenas esse último.

8) Código 3.01.01.29-8 – Eletrocoagulação de lesões de pele e mucosas – com ou


sem curetagem (por grupo de até 5 lesões): poderá ser autorizado para tratamento de
moluscos, ceratoses actinícas, ceratoses seborreicas e verrugas.

Recomendação: quando solicitados em conjunto com 3.01.01.10-7 – Cauterização


química (por grupo de até 5 lesões) e/ou 2.01.04.07-3 – Crioterapia (grupo de até 5
lesões) para a mesma lesão, na mesma sessão, serão considerados excludentes.

9) Código 3.01.01.45-0 – Exérese e sutura de lesões (circulares ou não) com rotação


de retalhos cutâneos: autorizar para lesões maiores que 2 cm de diâmetro ou lesões
menores, desde que estejam localizadas em áreas de difícil acesso, como: dorso do nariz,
pálpebras, lábios, comissuras.

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Recomendação: em perícia, caso se ateste número maior de lesões, poderá ser autorizada
a associação com o 3.01.01.49-2 – Exérese e sutura simples de pequenas lesões (por
grupo de até 5 lesões).

10) Código 3.01.01.52-2 – Extensos ferimentos, cicatrizes ou tumores – excisão e


retalhos cutâneos da região: poderá ser autorizado para lesões maiores que 10 cm ou
que possuam uma extensão grande em relação à área onde está localizada a lesão.

Colangiopancreatografia endoscópica:

Procedimento deve ser liberado, conforme segue: Código CBHPM 4.02.02.51-8


(Papilotomia Endoscópica para retirada de cálculos coledocianos ou drenagem biliar).

Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica:

Nos portes dos procedimentos intervencionistas já estão incluídos os respectivos


exames diagnósticos, ou seja, ao realizar a papilotomia endoscópica o exame
colangiopancreatografia não será remunerada.

Procedimentos hospitalares:

Assistência ao trabalho de Parto De acordo com a codificação da CBHPM a assistência ao


trabalho de parto será remunerada com a seguinte codificação: 31309038 - Assistência
ao trabalho de parto, por hora (até o limite de 6 horas). Não será paga se o parto ocorrer
na primeira hora após o início da assistência. Após a primeira hora, além da assistência,
remunera-se o parto (via baixa ou cesariana).

Para a análise de honorário de emergência nos procedimentos de cesariana realizada em


horário que prevê os 30%, observar: data de liberação da guia de internação, o motivo
da internação, queixas, se havia trabalho de parto ou amniorrexe prematura e o tempo
decorrido entre a internação e o nascimento além do partograma. O parto autorizado
eletivo quando realizado na urgência deverá ser feito nova solicitação com a devida
justificativa médica.

Para Incontinência Urinária – tratamento cirúrgico supra púbico (CBHPM 3.11.03.35-9)


associada a Incontinência urinária com colpoplastia anterior – tratamento cirúrgico (com
ou sem uso de prótese) - CBHPM 3.11.03.37-5, pagar apenas o código 3.11.03.37-5.

Quando realizado concomitantemente 3.11.03.35-9 e 3.11.03.37-5 o código a ser


remunerado será apenas o 3.11.03.37-5.

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Para Colpoplastia Anterior (3.13.02.04-1) e Colpoplastia Posterior com perineorrafia
(3.13.02.05-0), pagar 100% para o primeiro procedimento e 50% para os demais
procedimentos.

Código 3.13.06.02-0 - Correção de enterocele. Pode ser utilizada tela para a correção de
enterocele.

Código 31301053 – Clitoroplastia e código 31301096 - hipertrofia de pequenos lábios


– correção cirúrgica: recomenda-se observar a história clínica, que somente justifica
cirurgia se houver queixa de desconforto com a vestimenta ou no ato sexual. Somente
por se achar hipertrofiado deve ser considerado estético.

Conforme definição do Rol da ANS, os procedimentos a seguir só têm cobertura em


caso de lesões traumáticas e tumores:

3.06.02.17-3 Mastoplastia em mama oposta após reconstrução da contralateral (apenas


redutora, não cabe liberação de prótese)
3.06.02.21-1 Reconstrução da placa areolomamilar – unilateral
3.06.02.23-8 Reconstrução mamária com retalho muscular ou miocutâneo – unilateral
3.06.02.24-6 Reconstrução mamária com retalhos cutâneos regionais
3.06.02.25-4 Reconstrução parcial da mama pós-quadrantectomia
3.06.02.26-2 Reconstrução da mama com prótese e/ou expansor
3.06.02.32-7 Substituição de prótese

OBS: Os códigos acima não se aplicam à mamoplastia pós-cirurgia bariátrica, mamoplastia


por hipertrofia mamária ou troca de prótese estética. De acordo com a ANS (Súmula
22/2012 e seus anexos), a troca de próteses estéticas com sinais de ruptura só possui
cobertura se for da marca PIP ou Rolfil.

Código 3.06.02.11-4 – Ginecomastia unilateral

A ginecomastia é uma proliferação benigna uni ou bilateral, central, retroareolar do tecido


glandular da mama masculina como resultado de um desequilíbrio entre os efeitos
estimuladores estrogênicos e inibitórios dos androgênios. De 30% a 60% de meninos
púberes exibem ginecomastia de início entre 10 e 12 anos, maior prevalência entre 13 e
14 anos e involução espontânea concluída por volta dos 16 e 17 anos. De 40% a 65% de
homens entre 50 e 85 anos exibem a ginecomastia senil. A ginecomastia puberal que
persistir após o período esperado para sua involução, ou mesmo sendo recente, pode
causar grande transtorno psicossocial ao paciente, podendo, nesses casos, ser indicada
cirurgia.
Também a ginecomastia senil pode não regredir e trazer transtornos ao seu portador
justificando a cirurgia.

A avaliação da mamografia é útil na autorização do procedimento, principalmente no


diagnóstico diferencial de câncer de mama nos pacientes idosos e em qualquer faixa
etária na diferenciação entre ginecomastia e lipomastia (acúmulo de tecido gorduroso),
sendo essa última estética. O ultrassom não substitui a mamografia para estes fins.

Código 3.13.03.01-3 - Aspiração manual intrauterina (AMIU): tem as mesmas indicações

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da curetagem uterina, sendo mais utilizada nos casos de abortamento retido.

Código 3.13.03.15-3 - Traquelectomia – amputação, conização (com ou sem cirurgia de


alta frequência/CAF): tem indicação para lesões com classificação igual ou superior a
NIC II.

Alteração no curso da cirurgia videolaparoscópica:

• No caso do procedimento diagnóstico transformar-se em cirúrgico, será remunerado


apenas o procedimento final cirúrgico;
• Havendo necessidade, durante a videolaparoscopia, de tratamento cirúrgico
convencional (“céu aberto”), remunera-se somente o procedimento final cirúrgico
convencional.
Nos casos anteriores, os materiais eventualmente utilizados para a videolaparoscopia
deverão ser remunerados, desde que comprovada a utilização.

Os códigos 3.06.02.07-6 - Exérese de lesão da mama por marcação estereotáxica ou


ROLL, 3.06.02.09-2 – Exérese de nódulo, 3.06.02.20-3 - Quadrantectomia – ressecção
segmentar e 3.06.02.30-0 - Ressecção dosductos principais da mama - unilateral são
mutuamente excludentes se solicitados para a mesma lesão. A solicitação do código
3.06.02.20-3 associado ao 3.06.02.07-6 para a mesma lesão, com a justificativa de que
o mesmo se presta à obtenção de margens, não deverá ser acatada, pois a exérese de
uma lesão suspeita obrigatoriamente deve ser feita com margens.

Quando da solicitação concomitante dos códigos 3.06.02.15-7 - Mastectomia simples


e 3.06.02.13-0 - Linfadenectomia axilar deverá ser liberado o código 3.06.02.14-
9 -Mastectomia radical ou radical modificada – qualquer técnica. Da mesma forma
quando forem solicitados concomitantemente os códigos 3.06.02.14-9 - Mastectomia
radical ou radical modificada – qualquer técnica e 3.06.02.13-0 - Linfadenectomia axilar,
a linfadenectomia não deverá ser liberada, pois é parte integrante do procedimento.

Medicina nuclear:

4.07.08.09-8 – Detecção intraoperatória radioguiada de linfonodo sentinela;


4.07.08.10-1 – Linfocintilografia.

Em caso de linfonodo sentinela positivo para metástase, em exame de congelação, o


médico cooperado deverá fazer a linfadenectomia axilar, solicitando o procedimento
3.06.02.13-0 como honorário complementar. Serão pagos os dois procedimentos com
os percentuais de 100% para a linfadenectomia e 50% para ressecção de linfonodo
sentinela.

ROLL (Radioguided Occult Lesion Localization)

Técnica para localização de lesões não palpáveis. A técnica proposta consiste na injeção
intratumoral ou peritumoral de 0,2 mL de macroagregado de albumina marcado com

15
tecnécio-99m (99mTc-MAA), orientada por ultrassonografia ou por mamografia, e na
utilização de detector de radiação gama (gamma probe) para localização intraoperatória
da lesão. Essa técnica está coberta pelo Rol da ANS e para sua realização devem ser
utilizados os seguintes códigos:

Radiologia

Códigos:
4.08.08.19-0 - Marcação pré-cirúrgica por nódulo - máximo de 3 nódulos por mama,
por estereotaxia (não inclui exame de imagem)
4.08.08.20-3 - Marcação pré-cirúrgica por nódulo - máximo de 3 nódulos por mama,
por US (não inclui exame de imagem)
4.08.08.21-1 - Marcação pré-cirúrgica por nódulo - máximo de 3 nódulos por mama,
por RM (não inclui exame de imagem)

Medicina nuclear:
Códigos:
4.07.08.07-1 - Demarcação radioisotópica de lesões tumorais
4.07.08.08-0 - Detecção intraoperatória radioguiada de lesões tumorais

Cirurgia

Código:
3.06.02.07-6 - Exérese de lesão de mama por marcação estereotáxica ou ROLL

J. SNOLL (Sentinel Node and Occult Lesion Localization)

A utilização simultânea dos dois métodos recebe a denominação de Snoll. Os códigos


utilizados são:

Radiologia

4.08.08.19-0 Marcação pré-cirúrgica por nódulo - máximo de 3 nódulos por mama, por
estereotaxia (não inclui exame de imagem)
4.08.08.20-3 Marcação pré-cirúrgica por nódulo - máximo de 3 nódulos por mama,
por US (não inclui exame de imagem)
4.08.08.21-1 Marcação pré-cirúrgica por nódulo - máximo de 3 nódulos por mama, por
RM (não inclui exame de imagem)

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Medicina nuclear
4.07.08.10-1 Linfocintilografia
4.07.08.07-1 Demarcação radioisotópica de lesões tumorais; (as injeções para ROLL e
BLS são feitas em locais diferentes)
4.07.08.09-8 Detecção intraoperatória radioguiada de linfonodo sentinela
4.07.08.08-0 Detecção intraoperatória radioguiada de lesões tumorais

Cirurgia

3.06.02.07-6 Exérese de lesão de mama por marcação estereotáxica ou ROLL


3.06.02.28-9 Ressecção do linfonodo sentinela/torácica lateral
3.06.02.29-7 Ressecção do linfonodo sentinela/torácica medial

Atendimento de urgência e emergência:


Os atos médicos praticados exclusivamente em caráter de urgência ou emergência terão
um acréscimo de trinta por cento (30%) em seus portes nas seguintes eventualidades:

• No período compreendido entre 19h e 7h do dia seguinte;


• Em qualquer horário, aos sábados, domingos e feriados;

Desde que comprovado em prontuário o motivo da urgência.

Não estão sujeitos às condições deste item os atos médicos dos procedimentos
diagnósticos e terapêuticos (SADT), para os quais não há incidência de qualquer
percentual, independentemente do dia ou horário em que seja realizado o procedimento
de SADT.

O critério não se aplica ao intensivista, diarista e ao intensivista plantonista, visita


hospitalar e atendimento ao RN no berçário.

Ao ato médico iniciado no período normal e concluído no período de urgência / emer-


gência, aplica-se o acréscimo de 30% quando mais da metade do procedimento for rea-
lizado no horário de urgência / emergência.

Antibióticos em pronto atendimento/pronto-socorro

a) A penicilina benzatina é remunerada no pronto atendimento quando corretamente


indicada.
b) Nas situações em que o paciente for internado, será permitida a cobrança de antibiótico
parenteral ministrada no P.A/P.S.
c) Nas situações excepcionais em que não haja possibilidade de internação (falta de

17
vaga), desde que tenha justificativa clínica, poderá ser cobrada mais de uma dose do
antibiótico parenteral quando ministradas em P.A/P.S.

Atendimento ao recém-nascido

Em caso de parto múltiplo, o atendimento pediátrico a cada recém-nato deve ser


considerado individualmente.

Se o recém-nascido permanecer internado após o terceiro dia, será feito a guia de


internação com o diagnóstico da patologia e fixado o porte, a partir daí correspondente
a UMA VISITA HOSPITALAR por dia até a alta, de acordo com o código 1.01.02.01-9
(Tratamento Clínico).

UTI

Nos portes indicados para o plantonista de UTI não estão incluídos: diálise, acesso
vascular para hemodiálise, implante de marca-passo, traqueostomia. Tais procedimentos
serão valorados à parte, respeitados os portes para eles previstos na Classificação
Hierarquizada.

Estão incluídos nos portes do plantonista: intubação, monitorizações clínicas com ou


sem auxílio de equipamentos, desfibrilação e punção venosa (intracath).

Os atos do médico assistente ou de especialistas, quando praticados por solicitação do


intensivista, serão valorados considerando os atendimentos efetivamente realizados e
registrados em prontuário.

Valoração dos Atos Cirúrgicos


Quando previamente planejada, ou quando se verificar, durante o ato cirúrgico, a indicação
de atuar em vários órgãos ou regiões a partir da mesma via de acesso, a quantificação
do porte da cirurgia será a que corresponder, por aquela via, ao procedimento de maior
porte, acrescido de 50% do previsto para cada um dos demais atos médicos praticados,
desde que não haja um código específico para o conjunto.

Quando ocorrer mais de uma intervenção por diferentes vias de acesso, deve ser
adicionado ao porte da cirurgia considerada principal o equivalente a 70% do porte de
cada um dos demais atos praticados.

Obedecem às normas acima as cirurgias bilaterais, realizadas por diferentes incisões


(70%), ou pela mesma incisão (50%). Exceto as que tiverem codificação especifica para
bilateralidade no Rol.

18
Quando duas equipes distintas realizarem simultaneamente atos cirúrgicos diferentes, a
cada uma delas será atribuído porte de acordo com o procedimento realizado e previsto
no Rol.

Instrumentador cirúrgico
A remuneração de instrumentação cirúrgica é parte integrante da composição da Taxa
de Sala Cirúrgica.

Radioscopia

Códigos:
4.08.11.01-8 – Radioscopia diagnóstica
4.08.11.02-6 – Radioscopia para acompanhamento de procedimento cirúrgico – por hora
ou fração

Esses códigos somente serão remunerados para o acompanhamento do radiologista,


mediante laudos e registros em prontuário, para validação do auditor hospitalar. Não é
devido para o cirurgião, pelo fato do acompanhamento radiológico ser considerado par-
te integrante da cirurgia.

Auxiliares de Cirurgia

A valoração dos serviços prestados pelos médicos auxiliares dos atos cirúrgicos corres-
ponderá ao percentual de 30% do porte do ato praticado pelo cirurgião para o primeiro
auxiliar, de 20% para os demais auxiliares previstos.

Pagamento Perfusionista - Não cabe o pagamento de honorários de perfusionista ao


médico cirurgião, e nem aos membros da equipe cirúrgica em campo.

Médicos não cooperados ou Honorários pagos particulares


Quando o atendimento for realizado por médico não cooperado (fora dos horários de
urgência) ou os Honorários Médicos forem pagos particulares pelo beneficiário, não ha-
verá remuneração para estes serviços, sendo necessário a ciência da Unimed de Origem
do cliente no sistema autorizador para que seja pago os demais insumos da conta (taxas,
diárias, materiais e medicamentos).

Quando o Honorário Médico for pago particular, além de ser informado no campo de
observação do Hillum, deverá ser anexado também no portal Unimed a declaração de
honorário médico particular, preenchida e assinada pelo beneficiário.

19
Recomendações Específicas

Prontuário do Paciente

É definido no livreto do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo como o acervo


documental padronizado, organizado e conciso referente ao registro dos cuidados pres-
tados ao paciente por todos os profissionais envolvidos na assistência.

A palavra prontuário deriva do latim “promptuariu” que significa lugar onde se guarda
aquilo que deve estar à mão, o que pode ser necessário a qualquer momento.

A resolução CFM 1.638/2002 define o prontuário como “documento único constituído


de um conjunto de informações, sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos,
acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de
caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre os membros da
equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo”.

Aspectos legais do registro de enfermagem


Ochoa-Vigo (2001) disse que é momento de entender e assumir os registros de enfer-
magem no prontuário do paciente como parte integrante do processo de enfermagem,
compreendendo que as informações de cuidados prestados e a forma para mostrar o
trabalho, bem como para o desenvolvimento da profissão.

Como documento legal, os registros somente terão valor se forem datados e assinados
e, evidentemente, se forem legíveis e não apresentarem rasuras.

Segundo Oguisso (1975), são essas recomendações que caracterizarão a autenticidade


de um documento. Para a autora, a ausência dos registros, ou realizados de forma in-
completa podem indicar uma má qualidade da assistência de enfermagem.

Fixação e curativos para cateteres:


Adesivo transparente esterilizado diretamente sobre a pele ou curativo de gaze este-
rilizada com adesivo não esterilizado não apresentam diferenças no aparecimento de
infecções.

Os curativos devem ser inspecionados diariamente e trocados sempre que houver suji-
dade evidente, ou descolando. Não devem ser trocados rotineiramente.

Não deve ser colocado adesivo ao longo do cateter: apenas o suficiente para fixação.
Se identificada hiperemia adjacente à região coberta com gaze, ou queixas de dor loca-
lizada à palpação suave, é recomendada a troca de curativo para inspeção visual direta
do ponto de inserção.

20
Agulha de Huber:
Heparinização / limpeza / manutenção de Cateter Totalmente Implantável (port a cath)
Referente à solicitação de agulha Huber para heparinização/limpeza de port a cath con-
sideramos não haver evidência de benefício em sua utilização.

Estudos utilizando microscopia eletrônica mostraram que existe perda significativa do


material de membrana de silicone após punções repetidas também com a agulha Huber,
devido, principalmente, à maior força necessária para punção e retirada da agulha. (1)

Estudos comparativos, clínicos, também falharam em demonstrar benefício do uso de


agulha Huber em relação à agulha convencional. (2)

As evidências enviadas são baseadas principalmente em opiniões de especialistas, de


valor científico menor, e não se referem especificamente à heparinização de port a cath.
Frente a pouca incidência de evidências disponíveis que demonstrem o benefício em
durabilidade do cateter com o uso de agulha tipo Huber, a Câmara Técnica Nacional de
Oncologia recomenda sua liberação apenas para pacientes em tratamento com quimio-
terapia, devido à vantagem para a fixação de tal agulha e não para a heparinização/
limpeza/manutenção de port a cath.

Ponteira de radiofrequência:
Sobre a utilização de ponteira de radiofrequência nas cirurgias de joelho e ombro, foi
discutido que devido a inexistência de estudos de MBE de qualidade que comprovem
benefício da utilização de ponteira de radiofrequência e a grande dificuldade de conven-
cimento dos cirurgiões ortopédicos da sua negativa, ficou acordado que esta ponteira
será liberada rotineiramente nas cirurgias artroscópicas de quadril, nas cirurgias de le-
são do manguito rotador e sinovite nodular (ambas cirurgias artroscópicas de ombro) e
em cirurgias artroscópicas de joelho somente quando existir o diagnóstico de sinovite
nodular.

Transofix:
Transofix – dispositivo utilizado para mistura ou reconstituição de medicamentos em
frascos sem contato com o ambiente externo.

Utilizado para transferência de grandes volumes.

Remunerado: Transferência de grandes volumes.


Não remunerado: curativos, transferência da água para reservatório de O2, em Centro
Cirúrgico para lavagem de cavidades.

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Extensores:
Tem a finalidade de auxiliar na administração de soluções parenterais, alongando as vias
de infusão, ligando o acesso aos demais equipamentos de infusão e favorecendo a mo-
bilização dos pacientes sem riscos de tração as linhas.

Perfusores:
Tem a finalidade de extensor para administração de soluções parenterais em bombas
de seringa.

Abocath em pronto socorro/pronto atendimento:


Este material quando utilizado em pronto atendimento e/ou pronto socorro, será remu-
nerado nas seguintes condições:

- Crianças e idosos;
- Desnutrição, conforme relato do médico e enfermagem;
- Dificuldade de acesso venoso periférico com scalp, relatado pela enfermagem.

Medicações via oral em pronto socorro/pronto atendimento:

As medicações via oral em atendimentos realizados em pronto socorro e/ou pronto


atendimento serão remuneradas nos seguintes casos:

- Pacientes cardiopatas;
- Hipertensos;
- Idosos e crianças (menores de 12 anos)
- Exceto anti-hipertensivos e ansiolíticos, que serão remunerados independe da idade.
- Vitamina C e Complexo B não são remuneradas neste tipo de atendimento.

Faca de Sachs:

Material é considerado permanente é que deve fazer parte da Taxa de Sala de Cirurgia.

Materiais de alto custo:

Para materiais de alto custo, acima de R$ 200,00, que não sejam classificados como
OPME, é obrigatório a apresentação da embalagem do material na conta hospitalar.

22
Auditoria de OPME:

Para o processo de auditoria dos OPME é obrigatório a apresentação da ficha descritiva


carimbada, assinada e datada pelo MA, dos procedimentos realizados, folha de gasto
e as embalagens (todas precisam estar com os OPMÉ s citados), incluído materiais RU
(reutilizados), a equipe fará a compilação dos 03 (três) documentos apresentados, caso
tenha a embalagem, mas não esteja descrito ou vice-versa, será realizado a glosa do
material. Será auditado somente os materiais que estiverem autorizados.

Todos os materiais classificados como OPME (Órtese, Prótese e Materiais Especiais)


na tabela TNUMM é obrigatório estar autorizado pela Unimed, tanto para Uberlândia
quanto para Intercâmbio.

Não será acatado complemento após auditoria da inicial, ou entrega de embalagem


posterior e rasuras nos documentos apresentados.

Para procedimentos de ortopedia, buco-maxilo e neurocirurgia, somente perante Raio -


X, para confirmação de uso de placas, parafusos e/ou similares.

Quando OPME estiver autorizado para o prestador, é obrigatório a apresentação da Nota


Fiscal juntamente com a cobrança e o prontuário médico para fins de auditoria.

As OPMEs utilizadas devem ser registradas pelo médico cirurgião na descrição e no


prontuário do paciente. É preciso especificar a quantidade e o tamanho (características
técnicas do material), sendo ainda obrigatória a fixação das etiquetas de rastreabilidade
contidas na embalagem do produto.

Trocater em cirurgia por vídeo

Para cirurgias videolaparoscópicas, deverá ser liberado um trocater descartável e enten-


de-se que os demais deverão ser trocateres permanentes. Para cirurgia bariátrica, deve
ser cobrado kit negociado.

Pacote x Conta Aberta x Conta Mista

Intercâmbio

• Quando um procedimento for pacotes e o outro não pacote (aberto) deve-se obrigato-
riamente ABRIR a conta, e a autorização também deve ser aberta. Ex.: Colecistectomia
(pacote) e Apendicectomia (aberta);

• Em casos de intercorrências, conforme o novo MIN (Manual do Intercâmbio Nacional),


o pacote autorizado inicialmente será mantido e as diárias adicionais ao pacote deveram
ser justificadas pela intercorrência clinica ou cirúrgica e seus insumos.

23
Pré-pagamento

• Quando um procedimento for pacotes e o outro não pacote (aberto) deve-se obrigato-
riamente ABRIR a conta, e a autorização também deve ser aberta. Ex.: Colecistectomia
(pacote) e Apendicectomia (aberta). Exceto Cesárea e laqueadura.

• Se tratando de pré-pagamento, quando houver intercorrências devemos pagar o paco-


te autorizado e as diárias adicionais ao pacote deveram ser justificadas pela intercorrên-
cia clinica ou cirúrgica e seus insumos;

• Para custo-operacional deve-se solicitar nova autorização da empresa, para que a mes-
ma autorize;

Remuneração de pacotes
Quando houver a realização simultânea de 03 (três) ou mais procedimentos que forem
acordados como pacotes, a remuneração dos honorários médicos serão conforme Ins-
trução Geral da Tabela TUSS vigente. E para o pagamento dos pacotes ficará limitado a
dois gabaritos (pacote), sendo pago 100% para o de maior valor e 50% para o de menor
valor, conforme preconizado no Manual de Intercâmbio Nacional

Laudo de exames de imagens

Para os exames de imagens ficará condicionado o pagamento dos mesmos a apresenta-


ção do Laudo e a Imagem do exame realizado anexado na cobrança hospitalar.

Composição do prontuário do paciente


Juridicamente, o prontuário designa toda a espécie de fichário ou livro de apontamentos,
onde, devidamente classificada e em certa ordem, tem-se disposta uma série de infor-
mações que devam ser de pronto encontradas. Ficha com os dados referentes a uma
pessoa”.

Portanto, entende-se por prontuário médico ou prontuário do paciente o conjunto de


documentos gerados a partir do paciente, por todos os profissionais do hospital envolvi-
dos em seu atendimento, seja em nível ambulatorial seja de internação, disponível para
consulta e para registro em todos os atos assistenciais.

O prontuário do paciente é definido pelo Conselho Federal de Medicina como sendo “o


documento único constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens regis-
tradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente
e a assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a co-

24
municação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência
prestada ao indivíduo” (Resolução no 1.638/2002).

O prontuário do cliente é utilizado pela auditoria com o intuito de conhecermos e anali-


sarmos a evolução do paciente durante todo o período de atendimento, para que possa-
mos realizar uma auditoria visando a qualidade do atendimento ao cliente, pagamento
justo da conta hospitalar, a transparência da negociação.

Com isso o prontuário deve ser apresentado de forma organizada e completa, em ordem
cronológica, contendo os seguintes itens:

• Prescrição médica;
• Evolução médica;
• Relatórios de enfermagem;
• Prescrição de enfermagem;
• Relatório e evolução de fisioterapia e nutricionista;
• Boletim de centro cirúrgico (descrição cirúrgica, boletim anestésico, relatório de enfer-
magem do centro cirúrgico, folha de consumo de OPME);

Reforçamos que todas as evoluções, prescrições e relatórios devem estar assinados e


carimbados pela equipe multidisciplinar atuante.

Segundo Auxiliar no Pré-pagamento (Unimed Uberlândia)

Como a presença do segundo auxiliar em cirurgias de maior porte não é muito frequente
apesar da participação estar prevista na CBHPM, a Unimed Uberlândia tem por norma
autorizar o repasse dos honorários quando for feita a solicitação de autorização prévia e
estiver comprovado no boletim cirúrgico a participação do médico (assinatura e carim-
bo). Consideramos como exceção as Cirurgias Cardíacas e Bariátricas.

Agulha com dispositivo de segurança


As agulhas com dispositivo de segurança (independente da marca) serão remunerada
para medicações administradas via intramuscular (IM) e via subcutânea (SC). Para medi-
camentos administrados intravenosa ou para preparo de medicamento será remunerado
a agulha sem dispositivo de segurança.

A NR-32 abrange as situações de exposição aos diversos agentes de risco presentes no


ambiente de trabalho, como os agentes de risco biológico; os agentes de risco químico;
os agentes de risco físico com destaque para as radiações ionizantes; os agentes de
risco ergonômico. A NR-32 dispõe que a responsabilidade é solidária (ou seja, compar-
tilhada) entre contratantes e contratados quanto ao seu cumprimento. A Unimed Uber-
lândia irá remunerar o dispositivo de segurança para as atividades com risco biológico/
contaminação.

25
Coordenador e plantonista na UTI

Conforme preconizado na TUSS o código 10104011 Atendimento do intensivista diaris-


ta (por dia e por paciente) será remunerado 01 (uma) quantidade por dia, e para o código
10104020 Atendimento médico do intensivista em UTI geral, pediátrica ou neo (plantão
de 12 horas – por paciente) serão remunerados 02 (duas) quantidades por dia, referente
ao plantão diurno e noturno. O pagamento dos códigos citados fica condicionado ao
relatório dos médicos. Quando a evolução do coordenador de UTI e do plantonista for
realizada pelo mesmo médico, será remunerado apenas o código 10104020, sendo a
análise conforme prontuário apresentado.

Visitas no pós-operatório por médico clínico que não faz parte da


equipe do cirurgião

Não cabe remuneração de profissional clínico para visitas pós-operatórias sem que haja
a solicitação formal de parecer ou acompanhamento clinicamente justificado.

Pagamento da visita hospitalar no dia da alta


De acordo com as instruções da CBHPM a visita hospitalar código 10102019 será re-
munerada no dia da alta. Conforme acordado em contrato não se paga diária na data da
alta, salvo caso de óbito, alta a pedido ou transferência para outro hospital. Reitero que
o pagamento da visita hospitalar será remunerado uma vez ao dia.

Finalidade e período de troca para equipos

• Equipo Bomba

Utilizado para administração de medicações/soluções parenterais (drogas vasoativas,


sedação, bloqueadores neuromusculares, insulina, heparina e furosemida quando forem
de infusão contínua, antitrombóticos, dentre outros) - A troca será a cada 96 horas para
medicações contínuas, a cada 24 horas no caso de administração de soluções lipídicas.

• Equipo Bomba Enteral

Utilizado na administração de dietas enterais por meio de bombas de infusão - A troca


a cada 24 horas.

26
• Equipo Bomba Fotossensível

Utilizado na administração de soluções parenterais que são sensíveis à luz (Nutrição Pa-
renteral e drogas fotossensíveis) - A cada troca de frasco da Nutrição Parenteral, e para
medicações seguirá a regra de contínuo e intermitente.

• Equipo Macrogotas Sem injetor lateral

Utilizado para infundir soluções parenterais por gravidade, sem a necessidade de apare-
lhos (BIC) - A troca para medicações intermitentes a cada 24 horas.

• Equipo Macrogotas Com injetor lateral

Utilizado para infundir soluções parenterais por gravidade, sem a necessidade de apa-
relhos (BIC). O injetor lateral é destinado à aplicação de medicamento através da intro-
dução de agulhas na membrana auto cicatrizante - A troca para medicações contínuas a
cada 96 horas.

• Equipo 2 vias

Utilizado para infusão simultânea de soluções parenterais - A troca será a cada 72 horas.

• Equipo 4 vias

Utilizado para infusão simultânea de soluções parenterais - A troca será a cada 96 horas.

• Equipo Microgotas

Utilizado para infundir soluções parenterais, com controle de fluxo e dosagem de so-
luções - A troca para medicações contínuas a cada 96 horas e intermitentes a cada 24
horas.

• Equipo para Hemoterapia

Utilizado para a infusão de sangue e hemoderivados – A troca será a cada bolsa admi-
nistrada.

• Equipo Pressão Venosa Central

Utilizado para monitoração da pressão venosa central - A troca será a cada 72 horas.

27
Medicamentos e terapias em bomba de infusão
A troca será conforme manual, para administração contínua (96 horas), para adminis-
tração intermitente (24 horas).

Os critérios serão aplicados independentes da acomodação.

O Protocolo de medicações e terapias em Bomba Infusora será remunerado indepen-


dente da acomodação somente na administração de:

• Drogas Vasoativas;
• Insulina em infusão Contínua;
• Sedação em infusão Contínua;
• Heparina em infusão Contínua;
• Furosemida em infusão Contínua;
• Bloqueadores neuromusculares em infusão contínua;
• Antitrombóticos;
• Anestésicos em infusão contínua;
• Corticoides: a administração de corticoides em infusão por bomba infusora somente
nos casos de Pulsoterapia.

Dietas: Nutrição Parenteral e Nutrição Enteral (sistema fechado).

Controle rigoroso de volume para pacientes nos seguintes casos:


• Pacientes: Idosos, Neonatais e Pediátricos (abaixo de 5 Kg) em qualquer acomodação.
• Patologias: Cardiopatias e Insuficiência Renal, excluindo a utilização de antibiótico.

Antibioticoterapia: somente na administração de Polimixina B.


Antifúngico: somente na administração de Anfotericina.

Estabilidade dos medicamentos injetáveis

A estabilidade do medicamento deve seguir o preconizado em bula, independente da


sua forma de apresentação (frasco ou ampola), ou seja, caso o medicamento tenha es-
tabilidade, será analisado a bula do mesmo, e a remuneração seguirá conforme orienta-
ções do fabricante. Exceto medicação quimioterápicas, que são pagas de forma fracio-
nada, conforme prescrição médica.

Dietas

Nutrição via oral:

Dietas por via oral de acordo com a prescrição médica, exceto dietas enterais industriali-

28
zadas especiais (administradas por sonda naso ou orogástrica, gastrostomia, jejunosto-
mia ou ileostomia), dietas parenterais e complementos nutricionais. As fórmulas infantis
(fórmula infantil, fórmula infantil de seguimento, fórmula para a primeira infância, as
fórmulas AR (anti-regurtitação) e HA (hipoalergênica), bem como as fórmulas de pre-
maturos, independente da via de administração, estão incluídas nas diárias hospitalares,
mais o café da manhã do acompanhante.

O alimento/dieta, quando administrado por via oral, não sustenta remuneração dos ho-
norários específicos para TN. Inclui-se aí a utilização de dietas alimentares artesanais,
manipuladas ou industrializadas, complementos, suplementos e dietas enterais aplica-
das por via oral associadas ou não à alimentação.

Dietas artesanais ou semi artesanais estão sempre inclusas em diárias hospitalares,


independente da via de administração.

Dietas industrializadas enterais, modulares, complementos ou suplementos, adminis-


tradas pela boca, como fonte principal ou complementar, recebem remuneração fora
das diárias em um contexto de terapia nutricional, devendo ser prescritas por médico,
com indicação justificada com base científica e em alinhamento com práticas médicas
efetivas e sustentáveis.

Nutrição Parenteral (NP):

Solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos, lipídios,


vitaminas e minerais, estéril e apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro ou
plástico, destinada à administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em
regime hospitalar, ambulatorial ou em internação domiciliar, visando à síntese ou ma-
nutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas.

São candidatos à NP os pacientes que não satisfazem suas necessidades nutricionais


pela via digestiva, por um tempo predefinido, considerando-se também seu estado clí-
nico e qualidade de vida.

• Indicações para Nutrição Parenteral


Pacientes com necessidade nutricional normal ou aumentada, quando a via digestiva
não pode ser utilizada ou é ineficaz. Pode ser total ou complementar, quando está asso-
ciada à utilização concomitante da via digestiva e pode ser administrada em veia central
ou,conforme a formulação, veia periférica.

• Contraindicações para Nutrição Parenteral


Deve ser interrompida tão logo seja possível a alimentação efetiva pela via digestiva, e
deve ser avaliado o seu custo-benefício, em condições em que a recuperação do pacien-
te não seja possível.

29
Nutrição Enteral (NE):

Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou
combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada
para uso por sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizado exclusiva ou parcial-
mente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos
ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou
domiciliar, visando à síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas.

Nutrição enteral em sistema aberto: NE que requer manipulação prévia à sua adminis-
tração, para uso imediato ou atendendo à orientação do fabricante.

Nutrição enteral em sistema fechado: NE industrializada, estéril, acondicionada em


recipiente hermeticamente fechado e apropriado para conexão ao equipo de
administração.

O suporte nutricional enteral é preferível ao suporte nutricional parenteral, quando viá-


vel.

• Indicações de Nutrição Enteral

A nutrição enteral está indicada quando a via oral é proibitiva, ausente ou insuficiente,
devendo ser iniciada e interrompida conforme práticas médicas sustentadas e efetivas,
principalmente diante de alterações nutricionais que expõem os pacientes imediata-
mente ou em futuro breve a riscos ou situações que comprometeriam a sua recuperação.

Observação: utilizar questionários padronizados de avaliação do risco nutricional por


Nutritional Risk Screening (NRS, 2002) com o objetivo de detectar a presença de risco
ou não de desnutrição. Para paciente com risco nutricional, é realizada e registrada a
avaliação nutricional, que além de detectar desnutrição também classifica seu grau e
permite a coleta de informações que auxiliem em sua correção.

Contraindicações clássicas para suporte nutricional enteral:

• Obstrução intestinal total


• Vômitos intratáveis
• Diarreia intratável
• Peritonite difusa
• Íleo paralítico
• Isquemia gastrointestinal
• Pacientes hemodinamicamente instáveis e com baixo volume intravascular
• Quando as complicações superarem os benefícios.

Dietas Enterais

As dietas para nutrição enteral, independente da via, podem ser artesanais ou industria-
lizadas. As artesanais podem ser suplementadas (semi-artesanais).

30
Classificação das dietas industrializadas para nutrição enteral:

a. Dietas naturais ou artesanais

b. Dietas com fórmulas definidas

c. Dietas completas:
• Dietas poliméricas
• Dietas oligoméricas
• Dietas monoméricas

d. Dietas modulares (módulos ou complementos nutricionais)


As dietas artesanais são obtidas a partir de uma mistura de alimentos naturais liquidi-
ficados e há uma padronização de preparo que possibilita preencher as necessidades
nutricionais da maioria dos pacientes.

Conforme Portaria nº 120, de 14 de abril de 2009, do Ministério da Saúde – “§ 3º As die-


tas artesanais e/ou semi-artesanais deverão ser incentivadas naqueles pacientes sob
cuidados e/ou internação domiciliar”.

As dietas com fórmulas industrializadas, em geral, fornecem quantidade precisa com


relação ao tipo e à quantidade de cada nutriente. Podem ser classificadas como completas
ou modulares.

As dietas completas são aquelas que oferecem todos os nutrientes necessários e em


concentrações adequadas em uma única formulação. Podem ser poliméricas, oligomé-
ricas ou monoméricas.

As dietas completas poliméricas são constituídas por uma fonte de proteínas integrais
ou parcialmente hidrolisadas, associadas a lipídios, carboidratos diversos, vitaminas e
sais minerais.

As dietas completas oligoméricas são constituídas por uma fonte de proteínas sob a
forma de peptídeos de cadeia curta, enriquecidos com aminoácidos livres associadas a
lipídios, carboidratos sob a forma de monossacarídeos e oligossacarídeos de baixo peso
molecular, vitaminas e sais minerais. Aplica-se a pacientes com intolerância justificada
e documentada a fórmulas poliméricas.

As dietas monoméricas ou dietas elementares ou arresiduais são fórmulas com nutrientes


em suas formas elementares, constituídas por uma fonte de proteínas sob a forma de
aminoácidos livres, associadas a lipídios, representados pelos triglicerídeos de cadeia
média e ácidos graxos essenciais e carboidratos sob as formas elementares, vitaminas e
sais minerais. São indicadas exclusivamente em pacientes com grande déficit justificado
e documentado da função digestória, tais como na síndrome do intestino curto.
Quanto à composição das dietas completas, podemos ter ainda a classificação:

1) Fórmula padrão (1,0 kcal/ml) com ou sem fibras


Fórmula padrão: recomendada para quase todos os pacientes e contém nutrientes em
sua forma integral, em quantidades próximas às recomendações nutricionais para indi-

31
víduos normais.

Observação:
A fibra é adicionada para controlar a diarreia ou constipação em pacientes que já estão
recebendo nutrição enteral por longo tempo.

2) Hipercalórica (1,2 até -2,0 kcal/ml)


Indicada para pacientes com restrição hídrica ou com demanda nutricional calórica au-
mentada, e pode ser com ou sem fibra. Ex.: pacientes queimados, portadores de fibrose
cística, cardiopatias graves.

3) Fórmulas modificadas - Dimensionadas para portadores de alterações metabólicas


específicas e que apresentam alteração dos nutrientes em relação à fórmula padrão:

a. Para diabéticos: maior conteúdo de lipídeos e menor conteúdo de carboidratos com


adição de frutose para evitar picos de glicemia;

b. Para insuficiência hepática: suplementação com aminoácidos ramificados, os quais


podem lentificar a progressão da doença e melhorar a sobrevida;

c. Para pacientes com insuficiência renal: divididas em fórmulas para pacientes em


tratamento dialítico ou para tratamento conservador;

d. Imunomoduladoras: contém suplementação de nutrientes com efeitos


potencialmente imunomoduladores (glutamina, arginina, ácido graxo ômega 3);

e. Para insuficiência respiratória: há restrição na oferta de carboidratos, reduzindo as-


sim a produção de CO2.

4) Complemento Nutricional - O termo complemento nutricional passa a substituir


os termos complemento alimentar e suplemento alimentar. Existem complementos
nutricionais na forma líquida ou pó solúvel e constituem-se em concentrados de
proteínas, carboidratos, lipídeos, minerais e vitaminas em concentrações variáveis. Não
são considerados dieta completa, devido à falta de um ou outro nutriente fundamental
ou à concentração inadequada dos mesmos.

Sua principal indicação é a combinação com a dieta oral insuficiente nas indicações para
nutrição enteral.

São também complementos nutricionais os TECEEME (ou equivalentes), glutamina,


fibras prebióticos e probióticos.

As indicações de complemento nutricional com objetivo de suplemento esportivo/es-


tético (sem intuito de recuperação de uma patologia nutricional embasada), não têm
sustentação para remuneração ou cobertura contratual.

As indicações de versões de complemento nutricional diferentes das equivalentes,


sustentadas apenas por sabor, consistência ou aceitabilidade gastrointestinal, isto é,

32
versões apenas com alegações funcionais, precisam de justificativa médica cientifica-
mente embasada e sustentável e podem ser alvo de discussão técnica e glosa.

Para o objetivo de melhor aceitabilidade da dieta e como fornecimento de nutrientes


além das necessidades normais, devido a gasto metabólico aumentado, não cabe
remuneração.

Indicações de suplementaçâo com a glutamina, ácidos graxos ômega-3, arginina, antio-


xidante, ácido nucleico, prebióticos, probióticos, moduladores imunes ou precursores
da glutamina:

1) Glutamina
A glutamina é o aminoácido não essencial livre mais abundante do organismo (60%),
estocado largamente no músculo esquelético. Apesar de ser considerado não essencial,
em contexto de estresse passa a ser essencial e indispensável.

A glutamina é doadora de nitrogênio na síntese de RNA e precursores de DNA


para a proliferação de células do sistema imune, enterócitos e células do epitélio
gastrointestinal. O intestino delgado é o órgão que mais consome a glutamina para sua
integridade e funcionamento.

Utilizada pelo rim para produzir amônia e criar um equilíbrio para evitar a acidose
metabólica.

Recomenda-se o uso de glutamina em NE exclusivamente para pacientes traumatiza-


dos ou queimados e quando a nutrição parenteral estiver indicada.

Dose de glutamina: 0,3 – 0,7 g/kg

2) Arginina
A arginina é indicada para pacientes cirúrgicos, traumatizados e queimados, mas restritas
a pacientes hemodinamicamente estáveis e sem infecção descontrolada, quando é
contraindicado.

3) Ômega 3
Indicado para pacientes com SARA (síndrome da angústia respiratória aguda) e em
ventilação mecânica.

4) Prebióticos, probióticos e simbióticos


Estes suplementos não têm uma sustentação científica de eficiência na prática clínica,
aumentando o custo sem efetividade. São nutrientes de alegações funcionais, por en-
quanto.

Os estudos clínicos randomizados não demonstraram efeitos sobre a mortalidade ou


diminuição das complicações infecciosas relacionadas à sua utilização.

33
Os probióticos são definidos, de acordo com a Legislação Brasileira, como um suple-
mento alimentar microbiano vivo que estimula a multiplicação de bactérias benéficas,
em detrimento da proliferação de bactérias potencialmente prejudiciais, reforçando os
mecanismos naturais de defesa do hospedeiro.

Os prebióticos são componentes alimentares não-digeríveis que estimulam seletiva-


mente a proliferação ou atividade de populações de bactérias desejáveis no cólon.

Os simbióticos são uma combinação de probióticos e prebióticos.


Suplementação com probióticos, prebióticos e simbióticos: não recomendado.

Registros em prontuários
Os registros em prontuário das avaliações médicas da TN devem ser claros e precisos
com informações relacionadas à evolução nutricional diária do paciente. Devem constar
também as avaliações antropométricas, sinais vitais, ingestão oral prévia, grau de severi-
dade da doença, presença de comorbidades e função do trato gastrointestinal, além dos
resultados dos exames laboratoriais, cálculo do GET (gasto energético total), indicação
das dietas em relação ao diagnóstico, eventuais dificuldades da progressão da dieta,
justificativas para as dietas indicadas e grau de tolerância à dieta. Esses registros são
imprescindíveis para avaliação pelo auditor hospitalar e remuneração das interconsultas
e dos acompanhamentos referentes a avaliações diárias enteral e/ou parenteral.

Fórmulas Infantis

Conforme literatura atualizada, principalmente da ESPGHAN europeia, revisão das bulas


e embalagens dos produtos, revisão dos regramentos de CNA e análise da legislação
vigente (Portarias/RDC ANVISA de 42 até 49), apresentamos classificações para as fór-
mulas infantis:

1. Fórmula para lactentes (ou de fase 1, ou de partida) – de 0 a 6 meses


2. Fórmulas para seguimento de lactentes (ou fase 2) – de 6 a 12 meses
3. Fórmulas para primeira infância (ou fase 3) – de 12 a 36 meses
4. Fórmulas para necessidades dietoterápicas específicas

1 Fórmula infantil para lactentes: é o produto em forma líquida ou em pó, destinado à


alimentação de lactentes até o 6º (sexto) mês, em substituição total ou parcial do leite
materno ou humano, para satisfação das necessidades nutricionais desse grupo etário.

Exemplos: ABBOTT (Similac 1, Isomil, Similac Sensitive); DANONE (Aptamil 1 Premium),


Milupa 1, Aptamil Active; MEAD-JOHNSON (Enfamil Premium 1, Enfamil Gentlease
Premium*); NESTLÉ (Nan 1-Pro, Nestogeno 1, Nestogeno Plus, Nan Confor 1).

2 Fórmula infantil de seguimento para lactentes: produto em forma líquida ou em pó,


utilizado como substituto do leite materno ou humano, a partir do 6º (sexto) mês.

Exemplos: ABBOTT (Similac 2, Isomil, Similac Sensitive*); DANONE (Aptamil 2 Premium),


Milupa 2, Aptamil (Active); MEAD-JOHNSON (Enfamil Premium 2, Enfamil AR Premium,
Enfamil Gentlease Premium); NESTLÉ (Nan 2-Pro, Nestogeno 2, Nestogeno Plus, Nan

34
Confor 2) .

3 Fórmulas da Fase 3: são fórmulas standards, com ou sem nutrientes opcionais, com
ou sem alegações funcionais, mas que não caracterizam indicação para necessidades
dietoterápicas específicas, para crianças de 12 a 36 meses de idade. Exemplos: Danone
(Aptamil 3 Premium); Nestlé (Nan Confort 3).

4 Fórmula infantil para necessidades dietoterápicas específicas: aquela cuja compo-


sição foi alterada, com o objetivo de atender às necessidades específicas, decorrentes
de alterações fisiológicas ou patológicas temporárias ou permanentes e que não esteja
amparada pelo regulamento:

• Fórmula de proteína isolada de soja para crianças maiores de 6 meses com alergia à
proteína do leite de vaca (APLV) e intolerância à lactose.

• Fórmulas extensamente hidrolisadas ou semi-elementares infantis (à base de


proteína hidrolisada do soro do leite, isenta de sacarose e glúten).
Exemplos: Pregomin®, Aptamil Pepti®, Alfaré®

• Fórmula elementar de aminoácidos (à base de aminoácidos livres).


Exemplos: Neocate LCP®, Amix®

Fonte: Lei 11.265/2006 (Lei Ordinária) 3/1/2006 Regulamento técnico específico de


fórmulas infantis.

Observações: As fórmulas para Prematuros e Baixo Peso ao Nascer são fórmulas infantis
de 1ª fase. Exemplos: Nestlé (Pré-NAN); Danone (Aptamil Pré); Mead-Johnson (Enfamil
Pré Premium), Enfamil Enfacare Premium.

São considerados complemento nutricional o FM85 (Nestlé) e o Enfamil HMF (Mead-


Johnson) que são adicionados ao leite humano, para situações patológicas especiais,
invariavelmente prematuros graves e internados em UTI neonatal, para favorecer o
ganho de peso.

As fórmulas parcialmente hidrolisadas de proteínas à base do leite de vaca não são hi-
poalergênicas para serem consideradas no tratamento da alergia a leite de vaca e não
serão reembolsadas. Exemplos: Similac Sensitive, Aptamil H.A, Aptamil Active, Nan H.A.,
Enfamil Gentlease Premium.

Regramento para fórmulas infantis:

1. Estão contempladas na composição da diária hospitalar todas as fórmulas standarts


com ou sem alegações funcionais para fases 1, 2 e 3, inclusive as fórmulas AR, HA, bem
como as fórmulas de prematuros.

2. As fórmulas remuneradas à parte em conta hospitalar e de internação domiciliar, con-


forme indicações sustentadas e justificativa médica detalhada e registrada em prontu-
ário médico, seriam as fórmulas infantis para necessidades dietoterápicas específicas
e os complementos nutricionais exclusivamente para o leite humano como o FM85 e

35
Enfamil HMF ou similares.

Administração de dietas por sondas transnasal ou transoral:

O uso de sondas oro ou nasogástricas visa suprir as necessidades alimentares do


recém-nascido (RN) impossibilitado de ser amamentado, devido à imaturidade ou
incapacidade de sucção ou de deglutição (Anderson, 2002) para administração de dieta
por gavagem ou gastróclise.

A alimentação por sonda gástrica (gavagem) pode ser administrada de forma intermitente
ou por bolus, utilizando a força da gravidade, e têm duração de 20 a 30 minutos.

A gastróclise é considerada um método não-fisiológico e consiste na infusão contínua


da fórmula infantil e/ou leite materno, através de equipo de microgota, bomba infusora
ou seringa perfusora, em um tempo maior que uma hora ou de maneira contínua. Este
método necessita ser justificado e as situações clínicas mais comuns seriam: RNs em
ventilação mecânica, RNs muito pequenos com peso inferior a 1 kg, aqueles que não
toleram grandes volumes ou casos de intolerância documentada à dieta por gavagem
(muito raro).

Azul de Metileno
Deve ser remunerado, desde que esteja pertinente aos critérios técnicos de utilização,
apresentar a nota fiscal na conta hospitalar.

LDL
Os exames de LDL-colesterol e VLDL-colesterol não são remunerados, pois o
resultado apresentado no laudo é produto de cálculo matemático, descrito a seguir:

LDL - colesterol = colesterol total – HDL – (triglicerídeos ÷ 5)


VLDL - colesterol = triglicerídeos ÷ 5

O pagamento desses exames só é pertinente quando solicitados isoladamente ou para


níveis séricos de triglicerídeos > 400 mg/dl e quando o laboratório comprovar que pos-
sui o kit necessário para sua realização.

Remoção de Cerúmen
Código 2.01.04.06-5- Cerúmen - remoção (bilateral)

O código de aspiração auricular não se aplica à remoção de cerúmen, que tem codificação
específica, a qual engloba qualquer método de extração da cera, quais sejam: lavagem,

36
aspiração com aparelho específico ou extração mecânica com ganchos ou curetas.

O código 3.04.02.01-8 – Aspiração auricular é utilizado para corpo estranho ou líquido e,


uma vez retirado, não há indicação de repetição do procedimento.

Taxa de Equipamento Vídeo:


O valor da taxa de vídeo será conforme preconizado pela Unimed do Brasil.

A metodologia aprovada para a cobrança da taxa de vídeo, considerando como teto má-
ximo o valor de 50% da UCO, que consta no Rol de Procedimentos Médicos Unimed, é
válida para procedimentos cirúrgicos e em procedimento diagnóstico, que se utilizam
desta técnica.

Segmento em coluna vertebral:

O conceito de “segmento” em coluna vertebral refere-se a uma unidade motora de mo-


vimento, composta de duas vértebras, um disco intervertebral e estruturas capsuloliga-
mentares e musculares a elas vinculadas.

Escoliose:
3.07.15.10-5 Dorso curvo / escoliose / giba costal - tratamento cirúrgico X 1 (a 100%) e
3.07.15.02-4 Artrodese da coluna via anterior ou póstero-lateral - tratamento cirúrgico
X 4 (a 50%), independentemente do número de níveis, e 3.07.13.07-2 Retirada de enxerto
ósseo X 1 (a 70%).

Quando realizados concomitantemente 3.07.15.10-5 (100%), 3.07.15.02-4 4X (50%),


independentemente do número de níveis 3.07.13.07-2 1 X (70%).

Implante de DIU:
Não remunerar o implante de DIU com utilização de anestesia, exceto em situações
mediante justificativa médica.

Audiometria:
O exame audiometria tonal com testes de discriminação (AMB 51.01.002-0 ou CBHPM

37
4.01.03.07-2) já inclui Audiometria vocal - pesquisa de limiar de discriminação. (AMB
51.01.004-6 ou CBHPM 4.01.03.09-9).
4.01.03.07-2 quando realizado concomitantemente com 4.01.03.09-9, deverá ser
autorizado apenas o 4.01.03.07-2.

Estimulação Elétrica Transcutânea - 3.16.02.18-5


e Acupuntura - 3.16.01.01-4:
Foi definido pelo não pagamento para estimulação elétrica transcutânea quando cobrado
simultaneamente à acupuntura.

Com relação ao honorário médico, quando solicitado a Colonoscopia + Polipectomia,


será remunerado a Polipectomia, conforme Instruções Gerais do Rol da Unimed do Brasil.

Densitometria Óssea
Os códigos pertinentes para autorização e pagamento da densitometria óssea são:

4.08.08.12-2 (Densitometria óssea – 1 segmento)


4.08.08.13-0 (Densitometria óssea – rotina: coluna e fêmur ou dois segmentos)

Quando houver a solicitação de dois segmentos, o código a ser pago será 4.08.08.13-0
– Densitometria Óssea – rotina: coluna e fêmur (ou dois segmentos), uma única vez.

Indicações para a realização do referido exame:

Pacientes do sexo feminino


1 – Idade acima de 65 anos;
2 – Idade acima de 45 anos e com deficiência estrogênica:
3 – Qualquer com amenorreia prolongada (mais de um ano de história clínica);
4 – Peri ou pós-menopausa possuindo pelo menos um a dois fatores de risco, conforme
tabela anexada ao parecer.

Pacientes do sexo masculino


1 – Idade acima de 65 anos ou portador de hipogonadismo.

São indicações de realização do exame em pacientes de qualquer sexo:

1 – Quando tiverem sofrido fratura por um trauma mínimo ou de forma espontânea;


2 – Quando houver incidência radiográfica de osteopenia ou fratura de corpo vertebral;
3 – Quando houver uso de corticosteroides por três ou mais meses (geralmente doses
maiores ou pelo menos de 7,5 mg de prednisona ou equivalente);
4 – Quando houver índice de massa corpórea menor de 19;

38
5 – Em portador de doença crônica ou quando em uso de outras medicações
associadas à Osteoporose;
6 – Quando houver mudança de massa óssea decorrente da evolução da doença
(Osteoporose) e de diferentes tratamentos disponíveis;
7 – Quando houver perda de estatura menor ou igual a 2,5 cm ou Hipercifose Torácica.

Tomografia Computadorizada

a) Os atos médicos praticados pelo anestesiologista, quando houver necessidade do


concurso deste especialista, serão valorados pelo porte 2, código 3.16.02.27-4.

b) Artro-TC ou Cisternografia deve remunerar o exame de base mais o acesso para


introdução de contraste, quando não existir acesso prévio.

c) Quando solicitado exame de 2 áreas, na segunda área será cobrado 70% do


Coeficiente de Remuneração Radiologica. (CRR)

d) Quando solicitado exame de 3 áreas, na segunda área será cobrado 70% e na


terceira 50% do CRR.

e) Somam-se os valores dos filmes de cada área.

Ressonância magnética

a) Quando solicitado exame de 2 segmentos a serem realizados no mesmo período, o


segundo será cobrado com 80% do CRR.

b) Estudo dinâmico por RM: acrescentar 50% ao valor do CRR.

c) Quando solicitada conjuntamente com outro exame, seguir a regra de 2 segmentos.

d) Os atos médicos praticados pelo anestesiologista, quando houver necessidade do


concurso deste especialista, serão valorados pelo porte 3, código 3.16.02.28-2.

Ultrassonografias

a) A cada ultrassonografia realizada, será pago o valor de 100%.

b) Os procedimentos 4.09.01.33-5 Próstata transretal (inclui abdômen inferior masculino)


e 4.09.01.17-3 Abdômen inferior masculino (bexiga, próstata e vesículas seminais) não
são remunerados concomitantemente; entretanto, poderão ser autorizados quando
justificados pelo médico solicitante. Este critério se aplica também aos procedimentos

39
4.09.01.30-0 Transvaginal (inclui abdômen inferior feminino) e 4.09.01.18-1 Abdômen
inferior feminino (bexiga, útero, ovário e anexo).

c) Os códigos 4.09.02.03-0 (US próstata transretal com biópsia até 8 segmentos) e


4.09.02.04-8 (US próstata transretal com biópsia mais de 8 fragmentos) já contemplam
o código 4.09.01.33-5 (US próstata transretal).

d) Os atos médicos praticados pelo anestesiologista, quando houver necessidade do


concurso deste especialista, serão valorados pelo porte 2, código 3.16.02.26-6.

Hemoglobina Glicada
O código 4.03.02.07-5 Hemoglobina glicada – (A1 total) – pesquisa e/ou dosagem
está incluso no código 4.03.02.73-3 – Hemoglobina glicada (fração A1c) – pesquisa e/
ou dosagem e deve ter periodicidade mínima de 90 a 120 dias, conforme protocolo
estabelecido pela sociedade, nos casos de acompanhamento.

Teste do Olhinho (teste do reflexo vermelho):


É remunerado no Intercâmbio Nacional conforme Rol Unimed. Código 4.13.01.47-1 –
Teste do reflexo vermelho em recém-nato (teste do olhinho)

O código TUSS do procedimento em questão é para remuneração bilateral, considerando


que não existe fundamento para realização do teste do reflexo vermelho unilateralmente.

Bioimpedanciometria:
O referido exame será realizado somente quando o paciente apresentar as seguintes
indicações:

• Índice de massa corpórea (IMC) acima de 30 e menor que 35, associado a uma das
seguintes patologias;
• Diabete;
• Hipertensão;
• Dislipidemia.

Laparoscopia ginecológica com ou sem biópsia


(inclui a cromotubagem)
O código 31307060 - Laparoscopia ginecológica com ou sem biópsia (inclui a cromotu-

40
bagem) – não possui UCO para utilização da cobrança de taxa de vídeo.

Foi entendimento Comitê Consultivo pagar e cobrar por similaridade com o código
40201163 – Laparoscopia.

Curativos

Padronização para materiais de Curativos:

Coberturas
Devem ser padronizadas na instituição, e poderão ser prescritas por enfermeiros, quan-
do houver comissão de curativos devidamente reconhecida na instituição.

Para o pagamento dos materiais/medicamentos utilizados em curativos é obrigatório a


descrição da ferida contendo tamanho, profundidade, borda e aspecto em prontuário.

Técnica de limpeza de feridas:

Tipo Descrição

Limpeza exaustiva com soro fisiológico a 0,9%, que visa à retirada


Aguda de sujidade e microorganismos existentes no leito da ferida. É per-
mitido nesse caso o uso de solução antisséptica

Limpeza que visa à retirada do excesso de exsudato, resíduos de


agentes tópicos e microorganismos existentes no leito da ferida.
Crônica Usar somente o soro fisiológico a 0,9% morno, em jato (força
hidráulica), independente de apresentar infecção ou não

Remoção de material estranho ou desvitalizado de tecido da ferida


Desbridamento
traumática, infectada ou não, ou adjacente a esta, até expor-se
Debridamento tecido saudável

Consiste em fazer uma fricção com a gaze, ou esponja, com solução


salina no leito da lesão, em um único sentido; geralmente requer
analgesia

Mecânico (por ação física) - INDICAÇÃO – Ferida crônica


- CONTRAINDICAÇÃO – úlceras isquêmicas e aquelas sem
possibilidade de cicatrização, úlceras fúngicas e neoplásicas,
distúrbios de coagulação, com exposição de tendão, ou pacientes
em terapia anticoagulante

41
Degradação do tecido necrótico sob ação das enzimas lisossomais,
liberadas por macrófagos
Autolítico
- INDICAÇÃO - Feridas com tecido necrótico
- CONTRAINDICAÇÃO - Úlcera isquêmica e fúngica

Por ação de enzimas proteolíticas, que removem otecido


desvitalizado através da degradação do colágeno

Químico - INDICAÇÃO - Feridas com tecido necrótico, independente da sua


característica
- CONTRAINDICAÇÃO - Úlceras isquêmicas, fúngicas e neoplásicas;
pacientes com distúrbio de coagulação

Desvantagem
Nome do produto Ação Indicação Observações
Contraindicação
Promove Tratamento de Feridas com O volume (ml) uti-
quimiotaxia feridas abertas cicatrização de lizado será remu-
Ácidos Graxos (atração de primeira intenção nerado mediante
Essenciais (AGE) leucócitos) e relatório descre-
Nome Comercial: angiogênese vendo localização,
(formação de aspecto e exten-
Dersani, Ativo-
novos vasos são da lesão.
-Derm, AGE Derm, sanguíneos)
Hig Med, AGE mantém o meio
Curatec, Deramnu- úmido e acelera
ti, V Declair o processo de
granulação
tecidual
Placa Hidrocoloide Estimula a Prevenção de Ferida infectada, Troca a cada 07
Nome comercial: angiogênese e feridas e Trata- Ferida com tecido dias ou quando se
o debridamento mento de Feridas desvitalizado e fizer necessário
Duoderm,Hydro- autolítico. Ace- abertas não queimadura de 3º mediante justifi-
coll, Tegasorb, lera o processo infectadas grau. cativa
Restore, Replicare, de granulação
Comfeel, Askina tecidual
Biofilm

42
Alginato de Cálcio -O sódio -Feridas aber- -Utilizar em lesões -Trocar a cober-
Nome Comercial: presente no tas, sangran- superficiais ou tura secundá-
exsudato e no tes, altamente feridas sem ou com ria sempre que
Algodeam, Acqua- sangue inte- exsudativas, com pouca exsudação e estiver saturada
cell, Curasorb, Kal- ragem com o ou sem infecção, lesões por queima- -Trocar o curativo
tostat, Melgisorb, cálcio presento até a redução do dura de alginato Ferida
Seasorb, Sorbsan, no curativo de exsudato infectada, no
Sorbalgon Plus, alginato máximo a cada 24
horas, Feridas lim-
Suprasorb, Resto- A troca iônica: pas com sangra-
re Calcicare, Tega- mento a cada 48
gen -Auxilia no horas ou quando
debridamento saturado, Feridas
autolítico limpas altamente
-Tem alta exsudativas, quan-
capacidade de do saturada a co-
absorção bertura ou quando
-Resulta na se fizer necessário
formação de mediante justifi-
um gel que cativa
mantém o meio
úmido para
cicatrização.
Induz a hemos-
tasia

Carvão Ativado -O carvão -Feridas infecta- -Feridas limpas e -Trocar o curativo


Nome Comercial: ativado absorve das exsudativas, lesões e queima- secundário sem-
o exsudato e com ou sem duras pre que estiver
Actsorb Plus 25, filtra o odor odor. saturado
Carbo Flex, Vliwa- -A prata exerce
ktiv ação bacteri-
cida

Hidrogel -Amolece e re- -Trocar o cura- -Utilizar em pele -Em feridas in-
Nome Comercial: move o tecido tivo de carvão íntegra e incisões fectas, trocar no
desvitalizado ativado a cada cirúrgicas fechadas máximo a cada 24
Nu-Gel, elastogel, pelo desbrida- 48 ou 72 horas, horas.
Purilon, Intrasite mento autolí- dependendo da
Gel, Dermagran, tico capacidade de -Necrose no
Duoderm Gel. -Mantém o absorção. máximo a cada 72
meio úmido horas ou quando s
-Facilita a necessário me-
reidratação
diante justificativa
celular e o de-
bridamento
-Estimula a
liberação do
exsudato

43
Sulfadiazina de -Íon prata causa -Queimadura -Hipersensibilidade -Período de troca
Prata precipitação de ao produto no máximo a cada
proteínas e age 12 horas ou quan-
Nome Comercial: diretamente na do a cobertura
Dermazine, Pra- membrana ci- secundária estiver
tazine, Dermace- toplasmática da saturada ou quan-
rium, Pratacerium célula bacteria- do se fizer neces-
na, exercendo sário mediante
ação bacteri- justificativa
cida pequena
quantidade
de prata iônica.

Hidropolimero -Proporciona -Tratamento de -Queimadura 3º -Trocar o curativo


Nome Comercial: um ambiente feridas abertas grau sempre que hou-
úmido e esti- não infectadas -Lesões com vascu- ver presença de
Allvyn, Askina mula o debrida- lite ativa fluido nas bordas
Transorbent, Tielle mento autolí- -Ferida colonizada de almofada de
Plus, Mepilex, tico. Abosorve ou infectada com espuma ou no
Oprasorb, Poly- o exsudato e tecido desvitalizado máximo a cada 07
men, Tielle Plus, expande-se de- ou necrose dias ou quando se
licadamente fizer necessário
Elasto-Gel a medida que mediante justifi-
absorve o exsu- cativa
dato
Hidrogel com -O gel propicia -Tratamento de -Utilizar em pele Periodicidade de
alginato um ambiente áreas necróticas íntegra e incisões troca:
que favorece secas, tecido cirúrgicas fechadas -Necrose seca:
Nome Comercial: a remoção da desvitalizado máximo de 03 dias
Nu-Gel, Elasto- área necrótica mole e ferida em -Necrose mole: 01
-Gel, Purilon, Hy- ou desvializada, fase de granula- a 03 dias, depen-
drosorb, Duoderm estimulando ção/ epitelização dendo do nível de
Gel, Intrasite Gel a formação exsudato
do tecido de -Lesão descaman-
granulação e te: 01 a 03 dias ou
epitelização. quando se fizer
O alginato necessário me-
aumenta a diante justificativa
absorção e sua
melhor consis-
tência, aumenta
o tempo de
permanência
do Hidrogel na
ferida.

44
Papaína -Provoca -Tratamento de -Contato com -Trocar no Ma-
dissociação feridas abertas, metais, devido ao ximo a cada 24
das moléculas limpas ou infec- poder de oxidação horas ou com a
de proteínas, tadas -Tempo prolongado saturação do cura-
resultando em -Debridamento de preparo devido tivo secundário
desbridamento de tecidos desvi- à instabilidade da ou quando se fizer
químico. talizados enzima (que é de necessário me-
-É bactericida e fácil deterioração) diante justificativa
bacteriostático -Pode ser asso-
ciada ao carvão
ativado ou hidro-
coloide
-Requer cobertura
secundaria
-Concentração da
papaína: Ferida
necrótica 10%
Ferida com exsu-
dato ou purulenta
de 4 a 6%
Ferida com tecido
granulado 2%

Colagenase -Age sele- -Debridamento -Ferida com cicatri- Aplicação confor-


Nome Comercial: tivamente enzimático suave zação por primeira me prescrição
degradando o e não invasivo a intenção
Iruxol Mono, Fibri- colágeno nativo lesão -Utilizar em pa-
nolisin, Santyl da ferida cientes sensíveis às
enzimas

Bota de Facilita o re- Tratamento Úlceras arteriais e Por ser de uso


UNA torno venoso ambulatorial e úlceras específico para
e auxilia na domiciliar de arteriovenosas; úlceras
Nome cicatrização de úlceras Presença de venosas de
comercial: úlceras. venosas de infecção ou perna e edema
FlexiDress Evita o edema perna e edema miíase. linfático, pode ser
dos membros linfático. prejudicial
inferiores. se mal
indicado;
Troca semanal
ou quando
necessário
mediante
justificativa.

45
Membranas ou Proporciona Fixação de Feridas com muito Trocar quando
filmes semi ambientes cateteres exsudato; perder a
úmidos, vasculares; feridas infectadas. transparência
permeáveis favoráveis à proteção de pele deslocar da pele
Nome comercial: cicatrização; íntegra e ou se houver
Opsite, Possui escoriação; sinais de infecção;
Bioclusive, permeabilida- prevenção de ou quando
HydroFilm, des úlcera de pres- necessário
seletivas, são; mediante
Tegaderm, permitindo cobertura de justificativa.
Aguagard, a difusão gaso- incisões cirúrgi-
BlisterFilm, sa e evaporação cas
MeFilm, da água; imper- limpas com
Poliskim meável a pouco
fluidos e ou nenhum
microorganis- exsudato;
mos cobertura de
queimadura de 1º
e 2º graus;
cobertura de
áreas doadoras

Cobertura não Proporciona a Lesões Feridas com Produtos de


aderente estéril não superficiais de cicatrização por hidrocarbonetos
aderência da queimaduras; primeira intenção; saturados, deriva-
Nome ferida e áreas doadoras e feridas infectadas. dos do petróleo,
comercial: permite o livre receptoras de podem causar
Adaptic, Inadine, fluxo enxerto; irritação e
Atrauman, de exsudatos. áreas de lesões reações granulo-
CarresynGauze com necessidade matosas;
da não-aderên- requer curativo
cia do curativo à secundário.
lesão Troca quando
necessário
mediante
justificativa.

Tabela de codificação da avaliação da ferida:

Variável Discriminação
Tamanho 1= extensão X largura < 4 cm
2= extensão X largura 4-16 cm
3= extensão X largura 16,1-36 cm
4= extensão X largura 36,1-80 cm 5= extensão X
largura > 80cm

46
Profundidade 1= eritema em pele íntegra
2= perda parcial da pele envolvendo epiderme e/
ou derme
3= perda total da pele envolvendo dano ou necro-
se de tecido
subcutâneo até acima da fáscia muscular e/ou
presença perda parcial e
total da pele; e/ou camadas de tecido cobertas
por tecido de granulação
4=ferida coberta por necrose
5=perda total da pele com extensa destruição, ne-
crose tecidual ou envolvimento de músculo, osso
ou tendão
Bordas 1=não distinguível, difusa, não visível claramente
2=distinguível, contorno claramente visível, aderi-
da ao leito da ferida
3=bem definida, não aderida ao leito da ferida
4=bem definida, não aderida ao leito da ferida,
movimentável, espessa
5=bem definida, fibrótica, com cicatriz ou hiper-
queratose
Espaço morto 1=<2cm em qualquer área
2=2-4cm envolvendo<50% da margem da ferida
3=2-4cm envolvendo>50% da margem da ferida
4=>4cm em qualquer área
5=formação de túnel e/ou seio
Aspecto de tecido necrótico 1=não visível
2=branco/cinza e/ou amarelo, não aderido, amo-
lecida
3=amarelo, aderido, amolecida, retirável
4=crosta negra, amolecida e aderida
5=crosta negra, rígida, firmemente aderida
Extensão da necrose 1=não visível
2=<25% do leito da ferida está coberto
3=<25-50% do leito da ferida está coberto
4=>50% e 75% do leito da ferida está coberto
5=75-100% do leito da ferida está coberto
Aspecto do exsudato 1=Nenhum ou sanguinolento
2=Serosanguinolento, fino, aquoso, vermelho páli-
do/róseo
3=Seroso, fino, aquoso, claro
4=Purulento: fino ou espesso, opaco, amarelo
5=Francamente purulento: espesso, opaco, ama-
relo/verde com odor
Quantidade de exsudato 1=Nenhum
2=Escasso (até 2 unidades de gazinha)
3=Pequeno (até 5 unidades de gazinha)
4=Moderado (até 10 unidades de gazinha)
5=Grande (acima de 10 unidades de gazinha)

47
Dor 1=Ausente;
2=Pequena intensidade
3=Média Intensidade
4=Alívio com analgésicos;
5=Sem alívio com analgésicos
Cor da pele ao redor da ferida 1=Rosa ou normal para o grupo étnico
2=Vermelho brilhante e/ou pálido à compressão
3=Branco ou cinza pálido ou hipopigmentado
4=Vermelho escuro ou violáceo e/ou não empali-
dece à compressão
5=Negro ou hiperpigmentado
Edema ao redor da ferida 1=Mínimo edema ao redor da ferida
2=Edema sem depressão<4cm ao redor da ferida
3=Edema sem depressão>=4cm ao redor da ferida
4=Edema com depressão<4cm ao redor da ferida
5=Edema com depressão e/ou crepitação>=4cm
ao redor da ferida
Enduração ao redor da ferida 1=Mínimo endurecimento ao redor da ferida
2=Enduração<2cm ao redor da ferida
3=Enduração 2-4cm extendendo <50% ao redor
da ferida
4=Enduração 2-4cm extendendo >=50% ao redor
da ferida
5=Enduração >4cm em qualquer área
Tecido de granulação 1=Pele intacta ou perda parcial da pele
2=Vermelho brilhante, 75-100% da ferida está
coberta
3=Vermelho brilhante, 75% e >25% da ferida está
coberta
4=Rosa e/ou pálido, vermelho escuro e/ou <=25%
da ferida está coberta
5=Ausência de tecido de granulação
Epitelização 1=100% da ferida está coberta, superfície intacta
2=75-100% da ferida está coberta e/ou tecido
epitelial extende
>0,5cm no leito da ferida
3=50% a <75% da ferida está coberta e/ou tecido
epitelial extende
<0,5cm no leito da ferida
4=25% a <50% da ferida está coberta
5=<25% da ferida está coberta
Gangrena 1=Ausente;
2=Presente
Maceração 1=Ausente;
2=Presente

48
Critérios para remuneração de curativos no Intercâmbio Nacional:

Produto Regra
Produtos para hidratação da pele Não será remunerado
Coberturas Para as coberturas que possuem prazo de troca
definidas em bula pelo fabricante e que even-
tualmente tenham substituição antes do prazo,
é necessário justificativa feita em relatório do
enfermeiro ou médico responsável constando a
descrição das condições da ferida que motiva-
ram a troca em período inferior ao definido pelo
fabricante
Materiais e medicamentos Serão remunerados conforme a prescrição médica
ou de enfermagem, a partir de registro/relatório
descritivo das lesões contendo: localização, as-
pecto, medidas e o tipo da cobertura utilizada
AGE Remunerado para tratamento de feridas conforme
indicação do uso descrito neste manual

O presente documento tem como objetivo garantir a qualidade na prevenção e trata-


mento de feridas aos usuários do sistema Unimed e o intuito de padronizar condutas
com custos efetivos.

Estes produtos possuem comprovação científica desde que usados corretamente, o pa-
gamento ficará condicionado quando prescritos evoluídos conforme registro de atendi-
mento ao paciente com ferida e de acordo com as indicações.

Não terão cobertura qualquer produto utilizado diferente do padronizado, existe no sis-
tema Unimed uma comissão que avalia incorporação de novas tecnologias e sempre que
surgirem e forem aprovadas as mesmas serão liberadas para utilização.

Composição das Diárias e Taxas Hospitalares:

Conceito de Diárias

É a modalidade de cobrança pela permanência de um paciente por um período indivisí-


vel de até 24 horas em uma instituição hospitalar. Não deve ser cobrada diária de dois
aposentos para o mesmo paciente, concomitantemente.

A diária da alta não será remunerada, exceto em caso de óbito, alta administrativa ou
quando clinicamente indicado, desde que previamente autorizado.

O somatório das diárias não poderá ser maior que o total de dias de internação.

49
Não cabe a cobrança de alojamento conjunto e diária de berçário simultaneamente. Para
Unimeds que não negociaram alojamento conjunto, poderá ser cobrada a acomodação
para a mãe separada do berçário.

Diária de isolamento só poderá ser cobrada para pacientes em acomodação enfermaria


quando indicado pelo médico ou equipe de CCIH.

Hospital-dia: a internação em regime de Hospital-dia é compreendida como a assistên-


cia intermediária entre a internação e o atendimento ambulatorial, para realização de
procedimentos clínicos, cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos, eletivos, onde não há
pernoite do paciente.

Padrões de Acomodações:
O referencial das definições de Diárias deverá ser seguido o preconizado pela ANS –
Agência Nacional de Saúde

• Enfermaria: composto de quarto coletivo para 3 (três) ou mais pacientes, sem


acompanhantes, com banheiro comum (exceto nos casos previstos pela lei).

• Quarto coletivo (2 leitos): composto de quarto coletivo com banheiro comum, sem
acompanhante, exceto os previstos em lei.

Apartamento: aposento com banheiro privativo, ante-sala, acomodação para acompa-


nhante, telefone, televisão, ar-condicionado.

• Berçário: quarto com berços comuns para recém-nascidos (mãe internada).

• Berçário patológico: quarto para atendimento a recém-nascidos que requeiram


cuidados especiais (mãe internada ou não).

• Alojamento conjunto: acomodação do recém-nascido no aposento da mãe. Segundo


orientações do Ministério da Saúde, trata-se de um sistema hospitalar em que o recém-
-nascido sadio, logo após o nascimento, permanece ao lado da mãe, 24 horas por dia,
num mesmo ambiente, até a alta hospitalar. Tal sistema possibilita a prestação de todos
os cuidados assistenciais, bem como a orientação à mãe sobre a saúde do binômio mãe
e filho.

• Isolamento: alojamento especial para acomodação de pacientes por ordem médica ou


da comissão de controle de infecção hospitalar.

• Unidade de Terapia Semi-intensiva (UTSI): acomodação com instalações para mais de


um paciente, para tratamento intensivo, sem a presença médica permanente, de acordo
com a portaria 3.432 de 12/08/98, do Ministério da Saúde, em vigor.

• Unidade de Terapia Intensiva (UTI): unidade destinada à internação de pacientes graves,


que requerem atenção profissional especializada contínua, materiais específicos e tec-

50
nologias necessárias ao diagnóstico, monitorização e terapia.
• Unidade de Terapia Intensiva (UTI adulto): acomodação com instalações para mais de
um paciente para tratamento intensivo, com presença médica permanente, de acordo
com a portaria 3.432 de 12/08/98, do Ministério da Saúde, em vigor, unidade destinada
à assistência a pacientes com idade acima de 14 ou acima de 18 anos, sendo este critério
definido de acordo com as rotinas hospitalares internas.

• Unidade de Terapia Intensiva (UTI neonatal): destinada à assistência a pacientes com


idade de 0 a 28 dias.

• Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTI pediátrica): destinada à assistência a pa-


cientes com idade de 29 dias a 14 ou 18 anos, sendo este limite definido de acordo com
as rotinas hospitalares internas.

Diárias
A composição da diária refere-se aos itens considerados como parte integrante do valor
pago por dia de internação, incluindo o dia da alta.

Cuidados de enfermagem/serviços de enfermagem compreende a realização de proce-


dimentos e assistência de enfermagem ao paciente pela equipe de enfermagem.

• Diária Enfermaria;
• Diária Apartamento;
• Diária Isolamento;
• Diária Berçário;
• Diária de Hospital-Dia até 12 horas de internação ou com mais de 12 horas de internação
em que não teve necessidade de pernoite.

Permanência em leito hospitalar por período de até 24 horas, para fins de contagem do
número de diárias, considerar o dia da internação e ignorar o dia da alta. Para permanên-
cia que superar às 24 horas considerar prazo de tolerância de até 6 horas para desocu-
pação do leito, após este limite será admitida cobrança de uma segunda diária/hospital
dia.

Itens Inclusos:

• Aparelho/equipamento para fototerapia convencional ou tipo biliberço e bilispot;

• Aspirador elétrico ou a vácuo;

• Ataduras para contenção e aquecimento de membros, este insumo será remunerado


apenas quando for utilizada em curativos;

• Atendimento médico por plantonista para intercorrências clínicas à beira do leito;

• Banho no leito, de imersão ou de aspersão;

51
• Bomba de Infusão, qualquer tipo ou modelo;

• Cânula de guedel, qualquer tipo ou modelo;

• Capnógrafo, qualquer tipo ou modelo;

• Carrinho de Emergência (incluso todos os equipamentos que compõe o carrinho);

• Colchão para prevenção de lesões cutâneas de qualquer tipo ou modelo;

• Conjunto de nebulização/inalação (nebulizador, inalador, máscara, extensão e reserva-


tório para o medicamento), descartável ou não;

• Conjunto para inalação, extensor de látex para oxigenoterapia e aspiração;

• Consulta/Avaliação/Prescrição do Nutricionista e Psicólogo;

•Controle de balanço hídrico, de drenos, de diurese, antopométrico, de PVC e de gerador


de marca passo, dentre outros;

• Controle de sinais vitais (pressão arterial não invasiva, frequência cardíaca e respirató-
ria, temperatura por qualquer via);

• Cortador de frascos de soro;

• Cuidados e higiene pessoal do paciente e desinfecção ambiental (está incluído o mate-


rial utilizado como: espátula, absorventes, hidratantes, dentifrício, sabonete de qualquer
tipo e higienizante bucal, hastes de algodão);

• Cuidados, materiais e soluções de uso na higiene e desinfecção ambiental (bolas de


algodão, álcool, povidine tópico, alcoólico e degermante), éter, asseptol, cloxedina qual-
quer tipo, água oxigenada, iodo, sabonete líquido, escova para assepsia, descartáveis ou
não descartáveis; ou qualquer outro tipo de material para desinfecção);

• Desfibrilador/cardioversor, qualquer tipo ou modelo que inclui cabos e gel;

• Dietas e complementos alimentares por via oral de acordo com a prescrição médica,
exceto dietas enterais industrializadas e suplementos alimentares;

• Eletrocardiógrafo o equipamento e a taxa do aparelho para eletrocardiograma ECG: in-


cluso o papel e os eletrodos descartáveis bem como todos os insumos necessários para
a realização do exame de eletrocardiograma;

• Equipamento de proteção individual – EPI (luva de procedimento não estéril, máscara


descartável ou cirúrgica, máscara nº 95, avental descartável, propé, tocas ou turbantes,
dispositivo para descarte de material perfurocortante e óculos de proteção ou disposi-
tivo de proteção facial) segundo a NR 32;

• Equipamentos de monitorização hemodinâmica em geral, incluindo os cabos;

52
• Espaço físico (de acordo com as especificações da RDC nº 50/2002, da ANVISA);

• Esterilização/desinfecção de instrumentais;

• Filtro umidificador/antibacteriano para ventilação;

• Fitas adesivas de qualquer tipo ou modelo como: esparadrapo, micropore, fita crepe,
curativos adesivos de qualquer tipo ou modelo (ex: band aid, blood stop), usados em
qualquer procedimento durante a internação;

• Fraldas descartáveis;

• Instalação e controle de monitorização cardíaca, mensuração de glicemia, irrigações


vesicais, sondagens, aspirações, inalações;

• Kits e materiais descartáveis para CPAP/BIPAP, como circuito, máscara, qualquer tipo
ou modelo, e conexões, inclui todos os materiais reprocessáveis, descartáveis ou não,
filtros e fluídos;

• Kits-bandejas descartáveis para anestesia;

Leito próprio comum ou especial (cama, berço/berço aquecido/incubadoras qualquer


tipo ou modelo) para paciente e acompanhante quando previsto;

• Locomoção do paciente ou transferência de leito ou unidades;

• Manutenção de acesso venoso pérvio incluso: tampa com conector Luer-Lock-COMB


RED e qualquer tipo ou modelo de oclusor tipo tampa Luer-Lock para dispositivo intra-
venoso;

• Marcador cirúrgico tipo caneta estéril qualquer tipo ou modelo (exceto azul de
metileno);

• Máscara de venturi e máscara de reservatório (incluso todos os acessórios);

• Máscara Facial Silicone com coxim inflável, qualquer tipo ou modelo;

• Máscara laríngea;

• Mudanças de decúbito;

• Orientação nutricional no momento da alta;

• Oxímetro qualquer tipo ou modelo inclui sensor e cabo;

• Perneiras de compressão pneumáticas;

• Preparo de corpo em caso de óbito, incluso todo material utilizado para o preparo,
descartável ou não;

53
• Preparo do paciente para procedimentos médicos de qualquer tipo (alguns exemplos:
enteroclisma, lavagem gástrica, tricotomia, preparo cirúrgico);

• Preparo e administração de medicamentos por todas as vias, assim como o ato de


realizar trocas de frascos para soroterapia ou para dietas enterais ou parenterais;

• Preparo e instalação de dieta; não inclui o frasco e equipo descartável;

• Prescrição/anotação de enfermagem;

• Pulseira de identificação;

• Punção e manutenção de acesso venoso pérvio, inclui tampa oclusora qualquer tipo ou
modelo;

• Quaisquer serviços e cuidados de enfermagem;

• Realização de curativos inclui: instrumental, invólucros para o instrumental, fita teste,


esparadrapo ou micropore, fita crepe, algodão e soluções de assepsia e antissepsia como:
álcool, povidine tópico e degermante, éter, água oxigenada, clorexidina de qualquer tipo;

• Rouparia permanente e descartável (alguns exemplos: avental cirúrgico, campo cirúrgico


de qualquer tamanho, escova para assepsia, máscara facial cirúrgica, gorro e propé);

• Seringa Dosadora; dosador para medicação via oral; copos descartáveis;

• Sondagens em geral;

• Taxa administrativa do hospital;

• Todas as medidas de prevenção de lesão de pele, incluindo os materiais e medicamentos


utilizados, como cremes, óleos, ácidos graxos essenciais, pomadas e outros produtos
para hidratação da pele; coxins; placas para preservação da integridade da pele, colchões,
almofadas;

• Tricotomia - inclui tricotomizador elétrico e a lâmina do tricotomizador, inclui aparelho


descartável de barbear;

• Troca de roupa de cama e banho do paciente e acompanhante;

• Tubo de silicone, látex (prolongamento) qualquer tipo ou modelo;

• Utilização de ar comprimido;

• Qualquer fluido utilizado no fornecimento de oxigênio ao paciente, independente da


forma (cateter nasal, tipo óculos, mascara).

54
Diária de Unidade de Terapia Intensiva – UTI (adulto, pediátrica e neonatal)

Diária de UTI Neonatal

Itens Inclusos:

• Todos os itens descritos na relação de “itens inclusos” referentes a diárias hospitalares;

• Gerador de marcapasso-provisório;

• Monitorização invasiva contínua (alguns exemplos: pressão invasiva, PVC, PAM,


temperatura, PIC) inclui cabos;

• Taxa de equipamento cpap/bipap e todos os materiais reprocessáveis, descartáveis


ou não. ateriais: kits e materiais descartáveis como: circuito, máscara qualquer tipo ou
modelo, conexões e gorro;

• Suporte ventilatório: inclui cabos, circuito respiratório, máscaras nasais, bocais e faciais,
com ou sem coxim, ambú e macronebulização.

• Hemodialisador;

Taxas

Taxa de Sala de Observação 2 a 6 ou 6 a 12 horas

Regras:

• Não é cabível acréscimo de valor sobre a taxa de sala de observação referente ao horário
de atendimento ao paciente (horários especiais).

• A taxa não será aplicada para os procedimentos de enfermagem ambulatoriais (exemplo:


troca de sondas, curativos, aplicação de medicamentos, entre outros) ou quando não
atender aos critérios mencionados acima.

• Para efeito de pagamento, na ocorrência de internação, exclui-se o pagamento da taxa


de observação, ou seja, não será permitida a cobrança, na situação acima, da taxa de
observação + internação, sendo remunerada somente a internação.

• A taxa será pertinente para pagamento, baseada na análise da indicação médica,


diagnóstico, medicação administrada e justificativa técnica para a permanência em
observação.

55
Itens Inclusos na Taxa de Sala de Observação:

Todos os itens descritos na relação de “itens inclusos” referentes a diárias hospitalares.


Taxa de Sala de Centro Cirúrgico e Obstétrico

O porte de sala corresponde ao porte anestésico descrito na tabela TUSS vigente/


CBHPM 5ª Edição.

Itens Inclusos nas Taxas:

• Todos os itens descritos na relação de composição “itens inclusos” referentes a diárias


hospitalares.

• Administração de medicamentos por todas as vias;

• Analisador de gases;

• Aparelhos de CPAP e BIPAP;

• Arco cirúrgico/intensificador de imagem;

• Aspirações, inalações se refere à instalação do procedimento;

• Assepsia e antissepsia (inclui a equipe, o paciente e os materiais utilizados,


descartáveis ou não descartáveis e soluções);

• Bisturi elétrico, placa de bisturi, caneta para bisturi, prolongador de caneta de bisturi
(qualquer tipo ou modelo);

• Bomba de Circulação extracorpórea;

• Cal sodada;

• Campo cirúrgico Iobam, iodoforado, stery drape;

• Carrinho de anestesia;

• Cuidados e limpeza de RN;

• Drill, Brocas, Serras (fresas), Lâminas de Serra, Garrote pneumático, Lavagem pulsátil,
Bico de aspirador e Trépano;

• Equipamentos de monitoração hemodinâmica e suporte ventilatório;

• Esterilização/desinfecção de instrumentais;

• Faca de Sachs;

56
• Faixa de Smarch;

• Filtro HEPA, fluxo laminar;

• Gerador de marca-passo (provisório);

• Iluminação (focos) de qualquer tipo ou modelo;

• Instrumentador;

• Instrumental de reanimação adulto e RN;

• Instrumental para realização de curativos (inclui desinfecção e esterilização);

• Instrumental/Equipamento básico para a cirurgia e também aqueles que são


permanentes na unidade;

• Instrumental/Equipamentos de anestesia e também aqueles que são permanentes na


unidade;

• Lixa cirúrgica permanente ou descartável;

• Locomoção do paciente;

• Máscara Facial Silicone com coxim inflável, qualquer tipo ou modelo;

• Máscara Laríngea;

• Mesa operatória;

• Microscópio cirúrgico;

• Monitores em geral, de qualquer tipo ou modelo;

• Monitor de vídeo;

• Monitorização contínua do paciente (alguns exemplos: Pressão - Invasiva, PVC, PAM,


Temperatura, Pressão Intracraniana);

• Nebulizador, qualquer tipo ou modelo;

• Sala de recuperação pós-anestésica;

• Serra elétrica;

•Transporte dos equipamentos, como raios-X, intensificador de imagem, eletrocardiógrafo,


ultrassom, equipamento de vídeo, microscópio oftálmico, trépano, entre outros;

• Tricotomia - incluir Tricotomizador elétrico e a lâmina do Tricotomizador;

57
• Tubo de silicone, látex (prolongamento) qualquer tipo ou modelo;

• Ventilador/Respirador mecânico ou eletrônico e circuito respiratório.

Taxa de aplicação de medicamento

Regras:

• Não se aplica a atendimento do paciente/cliente internado.

• Não aplicada para casos de medicações por via oral.

• Taxa única, limitada a uma cobrança por atendimento, independentemente do número


de medicações, via de acesso (EV/IM/SC) ou codificação utilizada na cobrança.

• Não poderá ser cobrada em conjunto com taxa de repouso, observação ou qualquer
outra taxa de sala.

• As taxas acima serão remuneradas somente quando não houver cobrança do pacote
acordado.

As taxas de curativo, imobilização não gessada e aerossol, vaporização não serão


praticados.

Itens Inclusos:

• Todos os itens descritos na relação de “itens inclusos” referentes a diárias e taxas


hospitalares.

Taxa de imobilização gessada, por uso/sessão

Regras:

• A cobrança é pertinente somente para atendimento ambulatorial. Para pacientes


internados não cabe a cobrança desta taxa.

• Para os procedimentos de imobilização não gessada, serão remunerados somente os


insumos, não será remunerado taxa de sala.

Itens Inclusos:

• Todos os itens descritos na relação de “itens inclusos” referentes a diárias e taxas hos-
pitalares.

58
Taxa de sala de angiografia e hemodinâmica

Taxa destinada a atender os procedimentos de hemodinâmica e angiografias, incluindo,


além dos itens constantes na taxa de sala de cirurgia (espaço físico, de acordo com as
especificações da RDC nº 50/2002 da ANVISA, rouparia e móveis), os equipamentos ine-
rentes ao procedimento, serviços de enfermagem, equipamentos/instrumental cirúrgi-
co, equipamentos/instrumental de anestesia, monitorização e desfibrilador/cardiover-
sor e demais itens compostos nas taxas de salas.

Itens Inclusos:

• Todos os itens descritos na relação de “itens inclusos” referentes a diárias e taxas


hospitalares.

Taxa de sala de procedimento ambulatorial

Regras:

• Compreende a utilização de sala destinada à realização de procedimentos ambulatoriais,


executados por profissional médico e de enfermagem e que não demandem internação
hospitalar, realizadas fora do centro cirúrgico.

• Procedimentos classificados no ROL Porte 0: (ex: 3.01.01.48-4 - Exérese de unha,


3.01.01.49-2 - Exérese e sutura simples de pequenas lesões (por grupo de até 5 lesões),
3.01.01.62-0 - Incisão e drenagem de abscesso, hematoma ou panarício, 3.01.01.63-8 -
Incisão e drenagem de flegmão, 3.01.01.73-5 - Retirada de corpo estranho subcutâneo,
3.01.01.93-0 - Abscesso de unha (drenagem) – tratamento cirúrgico etc).

• Procedimentos de enfermagem: ex: passagem de sondas, fleetenema, lavagem gástrica


etc., realizados ambulatoriamente fora da internação hospitalar.

• Procedimentos com previsão de porte anestésico, mas sem a presença do anestesista.

• Infiltração: 3.07.13.13-7 Punção articular diagnóstica ou terapêutica (infiltração) orien-


tada ou não por método de imagem e 3.07.13.14-5 - Punção extra-articular diagnóstica
ou terapêutica (infiltração/agulhamento seco) orientada ou não por método de imagem.

• Não se aplica para cobrança em paciente internado.

• Pertinente o pagamento de apenas 1 taxa de sala, independentemente do número de


procedimentos realizados, vias de acesso ou codificação utilizada para cobrança.

Itens Inclusos:

• Todos os itens descritos na relação de “itens inclusos” referentes a diárias e taxas


hospitalares.

59
Taxa de Sala de Endoscopia

Em casos de realização de procedimento de endoscopia e colonoscopia no mesmo mo-


mento, deverão ser cobradas/remuneradas as taxas de sala como 100% para maior e
50% para a menor taxa de sala.

Esta taxa se refere ao procedimento realizado ambulatorialmente, ou seja, em local es-


pecializado fora da acomodação hospitalar;

Itens inclusos na Taxa de Sala de Endoscopia:

• Todos os itens descritos na relação de “itens inclusos” referentes a diárias e taxas


hospitalares.

Taxa de Sala para Quimioterapia

Para administração dos medicamentos hormonioterápicos e bifosfonados não cabe


remuneração de taxa de sala de quimioterapia ou taxa de sala de observação.

Esta taxa se refere ao procedimento realizado em ambiente ambulatorial, ou seja, em


local especializado fora da acomodação hospitalar (vide descrição de acomodações).

Itens Inclusos na Taxa de Sala para Quimioterapia:

• Todos os itens descritos na relação de “itens inclusos” referentes a diárias hospitalares;


• Capela fluxo laminar.

Taxa de Sala de Hemodiálise

Regras:

Kit prisma e kit genius:

• Segundo a própria sociedade da especialidade, não existe superioridade entre procedi-


mentos especiais e convencionais no desfecho final dos casos. Assim sendo, foi definido
não remunerar os referidos kits para procedimentos especiais embasado na diretriz da
própria Sociedade de Nefrologia. Independente da técnica utilizada, paga-se o procedi-
mento convencional da hemodiálise.

• Para a realização da hemodiálise, deve-se observar a Portaria da Agência Nacional de


Vigilância Sanitária. Conforme Resolução Anvisa RDC nº 154, de 15/06/2004, esses pro-
dutos podem ser reprocessados até 12 vezes para o mesmo beneficiário, quando utiliza-
do reprocessamento manual, ou até 20 vezes, quando utilizado reprocessamento auto-
mático. Qualquer intercorrência ou fato que impossibilite o cumprimento da Resolução
ANVISA RDC nº 154, de 15/06/2004, deverá ser relatado a justificativa técnica pertinen-
te e a ocorrência detalhada para análise do médico e enfermeiro auditor da Unimed.

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Itens Inclusos:

• Todos os itens descritos na relação de “itens inclusos” referentes a diárias e taxas


hospitalares.

Itens Não Incluídos na Composição das Diárias/Taxas Hospitalares:


• Honorários médicos;
• SADT;
• Gasoterapia com exceção do ar comprimido;
• Hemoterapia.

61
Protocolo de troca de dispositivos:

Material Período médio de Período médio de Observação


troca adulto troca neonatologia
e pediatria
Cateter venoso 96 horas 96 horas (verificar Para pacientes neona-
periférico observações referente tais e pediátricos, não
a boas práticas em trocar o cateter roti-
pediatria e neiramente. Porém, é
neonatologia) imprescindível que
os serviços garantam as
boas práticas recomen-
dadas neste documen-
to, tais como: avaliação
rotineira e frequente
das condições do pa-
ciente, sítio de inserção,
integridade da pele e do
vaso, duração e tipo
de terapia prescrita,
local de atendimento,
integridade e permea-
bilidade do dispositivo,
integridade da cobertu-
ra estéril e estabilização
estéril (ANVISA 2017)

Substituir o cateter
imediatamente em
casos de sinais de fle-
bite ou obstruções do
cateter

Remover o cateter
periférico tão logo não
haja medicamentos
endovenosos prescritos
e caso o mesmo não
tenha sido utilizado nas
últimas 24 horas

Remover o cateter peri-


férico na suspeita de
contaminação, compli-
cações ou mal funcio-
namento

Cateter arterial Não há Não há recomendação De forma geral, estes


periférico recomendação de troca programada cateteres já não re-
de troca presentam uma forma
programada eficaz de leitura após 4
dias

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Cateter venoso Não há Não há recomendação Retirar em caso de in-
central (independente recomendação de troca programada fecção local, febre sem
da forma de inserção) de troca foco definido, exteriori-
programada zação ou obstrução
Não realizar troca
pré-programada dos
cateteres centrais, ou
seja, não substituí-los
exclusivamente em
virtude de tempo de sua
permanência (ANVISA,
2017)

Cateter venoso Não há Não há recomendação Retirar em caso de in-


para hemodiálise recomendação de troca programada fecção local, febre sem
de troca foco definido, exteriori-
programada zação ou obstrução

Cateter de longa Não há Não há recomendação Trocar quando sinais de


permanência recomendação de troca programada peritonite, obstrução,
semi-implantável de troca mau funcionamento ou
programada sinais de infecção

Cateter PICC Não há Não há recomendação Retirar em caso de in-


recomendação de troca programada fecção local, febre sem
de troca foco definido, exteriori-
programada zação ou obstrução

Cateter de Não há Não há recomendação Trocar quando sinais de


Tenkoff recomendação de troca programada peritonite, obstrução ou
de troca mau funcionamento
programada

Cateter umbilical Não há Não há recomendação Remover cateteres


arterial recomendação de troca programada umbilicais quando não
de troca forem mais necessários
programada ou se ocorrer uma com-
plicação (ANVISA,
2017)

Cateter Umbilical Não há Não há recomendação Remover cateteres


Venoso recomendação de troca programada umbilicais quando não
de troca forem mais necessários
programada ou se ocorrer uma com-
plicação (ANVISA,
2017)

Cateter de longa Não há Não há recomendação Retirar em caso de in-


permanência recomendação de troca programada fecção local, febre sem
implantável de troca foco definido, exteriori-
(port-a-cath) programada zação ou obstrução

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Cateter de longa Não há Não há recomendação Retirar em caso de in-
permanência recomendação de troca programada fecção local, febre sem
semi-implantável de troca foco definido, exteriori-
programada zação ou obstrução

Equipo para A cada 24 horas A cada 24 horas Trocar equipos de


infusão intermitente administração intermi-
tente a cada 24 horas
(ANVISA, 2017)
1 equipo a cada 24
horas por medicação
administrada

Equipo para 96 horas infusão 96 horas infusão Equipos de infusão


infusão contínua contínua contínua contínua não devem ser
COMUM trocados em intervalos
(MACROGOTAS/ inferiores a 96 horas
MICROGOTAS)

Equipo para 12 HORAS (infusão 12 horas Trocar o equipo e dis-


infusão continua lipídicas) positivo complementar
COMUM de infusões lipídicas a
(MACROGOTAS/ cada 12 horas (ANVISA,
MICROGOTAS) 2017)
(Drogas
Lipídicas)

Equipo para 96 horas – medicamen- 96 horas – medicamen- 24 horas no caso de ad-


bomba de to de uso continuo to de uso continuo ministração de soluções
infusão 24 horas – soluções 24 horas – soluções lipídicas
lipídicas lipídicas

Torneirinha de 3 vias 96 horas 96 horas Os equipos e disposi-


tivos complementares
devem ser trocados
sempre nas trocas
dos cateteres venosos
(periférico ou centrais)
96 horas

Transdutor de 96 horas 96 horas Aparato de fluxo contí-


pressão nuo e derivados devem
ser trocados juntamen-
te com os transdutores.
Trocar transdutores a
cada 96 horas, junta-
mente com seus aces-
sórios e soluções para
flush (ANVISA, 2017)

Bolsa colostomia 7 dias 7 dias Trocar em caso de hipe-


com e sem placa remia local, secreção no
(não descartável) sítio ou vazamento

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Equipo multivias 96 horas 96 horas Os equipos e disposi-
(Polifix) tivos complementares
devem ser trocados
sempre nas trocas dos
cateteres venosos
(periférico ou centrais)
96 horas
Equipo perfusor 96 horas 96 horas Os equipos e disposi-
Set (Extensofix) tivos complementares
devem ser trocados
sempre nas trocas dos
cateteres venosos
(periférico ou centrais)
96 horas

Equipo para 1 equipo a cada 1 equipo a cada 1 equipo de dieta ente-


nutrição enteral 24 horas 24 horas ral para sistema aberto
por dia de internação
hospitalar (troca a cada
24 horas)
Equipo para água 1 equipo a cada 1 equipo a cada 1 equipo de água para
– dieta enteral 24 horas 24 horas sistema aberto (em
sistema aberto dieta enteral) por dia de
internação hospitalar
(troca a cada 24 horas)
Equipo para nutrição A cada bolsa A cada bolsa Trocar o equipo e dis-
parenteral positivo complementar
de nutrição parenteral
a cada bolsa (ANVISA,
2017)
Seringa perfusora para Não se aplica 1 a cada etapa da dieta Troca somente median-
dieta em neonatologia oferecida te justificativa
Cateter nasal 1 por internação 1 por internação
Frasco para dieta 1 frasco por 1 frasco por
– sistema aberto dieta oferecida dieta oferecida
Frasco para água 1 frasco ao dia 1 frasco ao dia
– sistema aberto

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Bibliografia

DECLAIR, Vânia. Atualização de Enfermagem em Dermatologia. Petrópolis: EPUB, 2005.

BORGES, Eline L. et al. Ferida Como Tratar. Belo Horizonte: Coopmed, 2008.

JORGE, Silvia Angélica; P.E. DANTAS, Sônia Regina. Abordagem Multiprofissional do


Tratamento de Feridas, Editora Atheneu, São Paulo, SP, 2005.

OLIVEIRA, Maria José P. et all. Protocolo para Tratamento de Feridas. Barbacena: CHPB-
Fhemig, 2004.

UNIMED DO BRASIL. Protocolos UNIMED. São Paulo, 2012.

UNIMED DO BRASIL. Manual de Consultas das Normas de Auditoria Médica e


Enfermagem. São Paulo, 2015.

http://www.ans.gov.br/images/stories/parecer_tecnico/uploads/parecer_tecnico/_p
rec er_2016_36.pdf http://www.ans.gov.br/images/stories/noticias/pdf/conta%20
aberta%20aprimorada. df Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência
à Saúde – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2017.

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