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1 REGULAÇÃO MÉDICA............................................................................... 4
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4.18 Paciente sem condições de decidir (acompanhados de criança ou
menor de idade de 18 anos) .................................................................................. 34
10 TRIAGEM .............................................................................................. 56
BIBLOGRAFIA ................................................................................................ 64
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1 REGULAÇÃO MÉDICA
Fonte: www.blogdaluciane.com.br
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conselho médico, permitindo ao demandante assumir cuidados ou ser orientado a
buscá-los em local definido ou orientado pelo médico.
Trata-se da telemedicina, onde alguns procedimentos tornam-se impositivos:
gravação contínua dos comunicados, correto preenchimento das fichas médicas de
regulação e atendimento, e obediência aos protocolos institucionais consensuais e
normatizados, tanto no setor público quanto no privado, que definem os passos e as
bases para a decisão do regulador. O protocolo de regulação deve estabelecer, ainda,
os limites do telefonista auxiliar de regulação médica, que não pode, em nenhuma
hipótese, substituir a prerrogativa de decisão médica e seus desdobramentos, sob
pena de responsabilização posterior do médico regulador.
Os protocolos de intervenção médica deverão ser concebidos e pactuados,
garantindo perfeito entendimento entre o médico regulador e o intervencionista quanto
aos elementos de decisão e intervenção. Objetividade nas comunicações e precisão
nos encaminhamentos são igualmente imprescindíveis. Como, com frequência, o
médico regulador autorizará atos não-médicos por radiotelefonia – sobretudo para
auxiliares de enfermagem, socorristas e enfermeiros-socorristas –, os protocolos
correspondentes deverão estar claramente constituídos e a autorização deve ser
assinada na ficha de regulação médica e no boletim ou ficha de atendimento pré-
hospitalar. O médico regulador tem o dever de saber com exatidão as habilidades de
seu pessoal não-médico e médico, de modo a dominar as possibilidades de prescrição
e fornecer dados que permitam viabilizar programas de capacitação que qualifiquem
os intervenientes.
O próprio médico regulador deverá possuir formação específica e habilitação
formal para a função, bem como acumular capacidade e experiência neste tipo de
assistência. Deverá garantir que todos os envolvidos na atenção pré-hospitalar
observem rigorosamente o sigilo médico mesmo nas comunicações radiotelefônicas,
com o uso de códigos. A competência técnica médica do regulador sintetiza-se na sua
capacidade de julgar, discernindo a urgência real da aparente. Em torno deste desafio
devem-se centrar suas prerrogativas, deveres e garantias de regulamentação sobre o
que o CFM pode e deve se manifestar. Para o bom exercício de suas funções devem
ser oferecidos ao médico regulador os meios necessários com relação a recursos
humanos e equipamentos.
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Quanto à decisão gestora dos meios disponíveis, outra competência do
regulador, este deverá ter autorização e regulamentação por parte dos gestores do
SUS em seus níveis de coordenação operacional, notadamente os municípios. As
prerrogativas do regulador devem estender-se também à decisão sobre o destino
hospitalar ou ambulatorial dos pacientes atendidos, considerando-se que nas
emergências não existe, a priori, número fechado de leitos ou capacidade limite. O
médico pode ainda acionar planos de atenção a desastres que estejam pactuados
com os outros interventores em situações excepcionais, coordenando o conjunto da
atenção médica de emergência. Pode também requisitar recursos privados em
situações de exceção, com pagamento ou contrapartida posteriores de acordo com a
pactuação a ser realizada com as autoridades competentes.
O médico regulador do sistema público de emergências deverá ser
obrigatoriamente consultado pela APH privada sempre que esta conduzir pacientes
ao setor público e, ainda, deverá ter acesso à Central de Internações para a obtenção
de informações necessárias que o ajudem a redirecionar os pacientes para os locais
mais adequados às suas necessidades. É desejável que, com a pactuação de todos
os setores sociais pertinentes, o médico regulador seja reconhecido formalmente
como autoridade pública na área de saúde, com seus deveres e prerrogativas
devidamente estabelecidos e documentados.
O setor privado que atua em APH precisa contar, obrigatoriamente, com
médicos reguladores e de intervenção, o que pode ser exigido inclusive nos códigos
municipais de saúde. Estas centrais privadas estão submetidas ao regulador público
sempre que suas ações ultrapassarem os limites das instituições privadas não-
conveniadas ao SUS, incluindo os casos de medicalização de assistência domiciliar
não-emergencial. Em caso de necessidade de atuar como porta-voz em situações de
interesse público, o regulador deverá manter-se nos limites do sigilo e da ética médica.
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2 O COMPONENTE PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL DA POLÍTICA NACIONAL DE
ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS – SAMU 192: PORTARIA GM/MS 1864/03:
Fonte: i1.r7.com
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gravidade do caso e, imediatamente, faz a leitura da situação apresentada e inicia o
atendimento, orientando o paciente, e/ou a pessoa que fez a chamada, sobre as
primeiras condutas a serem tomadas.
A Central SAMU 192 tem como papel fundamental organizar a relação entre os
vários serviços, identificando a demanda, qualificando o fluxo dos pacientes no
sistema e gerando uma porta de comunicação ao público em geral. Através do número
nacional de atenção às urgências (192), as solicitações de socorro são recebidas,
avaliadas, hierarquizadas e atendidas por ordem de prioridade de acordo com as
decisões do médico regulador.
O sistema deve ser capaz de acolher de forma humanizada qualquer usuário,
prestando-lhe atendimento e redirecionando para os locais adequados à continuidade
do tratamento. Através do trabalho integrado entre a Central de Regulação Médica
das urgências e outros serviços (Regulação de leitos hospitalares, de procedimentos
de alta complexidade, de exames complementares, de internamentos e de consultas
especializadas, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal,
dentre outros) a assistência ao usuário é garantida de forma integral.
Para o excelente funcionamento do serviço, o SAMU 192 deve contar com rede
de atendimento pactuada e hierarquizada de forma resolutiva com atribuições formais
de responsabilidades, adensamento tecnológico e recursos humanos qualificados.
A Central de Regulação Médica do SAMU 192, operacionalizada por Médicos
Reguladores, é um espaço no qual se garante uma escuta permanente de todos os
pedidos de ajuda que ocorrem à central, bem como o estabelecimento de uma
classificação inicial do grau de urgência de cada caso, desencadeando a resposta
mais adequada a cada solicitação.
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2.1 Abordagem ao usuário do SAMU 192
Fonte: circuitomt.com.br
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Uma vez percebidos tais sinais, a solicitação deve ser priorizada e transferida
imediatamente ao médico regulador, mesmo que haja outras solicitações em espera.
Situações como: vítimas inconscientes, com dificuldade respiratória ou sem
respirar são caracterizadas como situações de extrema urgência. Logo, serão
repassadas imediatamente ao médico regulador, após a coleta de informações
mínimas de identificação.
Para efeito de raciocínio, agrupamos os casos urgentes de maior gravidade em
três diferentes grupos sindrômicos operacionais: Síndromes de “Valência Forte”,
Síndromes de “Etiologia Potencialmente Grave” e Síndromes de “Semiologia
Potencialmente Grave”.
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3 OPERACIONALIZAÇÃO DA CENTRAL SAMU 192
Fonte: /www.traipunoticia.com.br
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comunicação qualificada com as equipes de atendimento e a diminuição do tempo
resposta.
Fonte: belfordroxonoticiasonline.blogspot.com.br
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http://blogdolevanyjunior.com
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Ambulância Tipo “B” (USB – Unidade de Suporte Básico)
Fonte: s3.amazonaws.com/magoo
Motolância
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Fonte: www.rontan.com.br
Apoio nas intervenções de suporte básico de vida quando for necessário auxílio direto
na cena de mais um técnico de enfermagem para auxílio em procedimentos que
necessitem de mais profissionais, de acordo com o julgamento da regulação médica
(reanimação cardiopulmonar, extração de vítimas, dentre outras situações do
atendimento Pré-hospitalar - APH móvel);
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Apoio nas intervenções de suporte avançado de vida quando for necessária a
presença de mais um técnico de enfermagem na cena, a critério do médico regulador;
Unidade móvel de apoio que deve ser acionada nos casos de incidentes com
múltiplas vítimas, uma vez que é abastecido com quantidade extra de insumos e
equipamentos.
Fonte: 4.bp.blogspot.com
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4.1 Carro Rápido
Caso não seja possível a definição dessa situação através dos solicitantes, a
regulação envia uma ou mais equipes para confirmação das informações, avaliação
inicial local e atendimento;
As equipes de apoio devem ser alertadas;
Envio dos recursos necessários (ambulâncias do SAMU 192, Corpo de Bombeiros,
Polícia Militar e Rodoviária, Polícia de Trânsito, kits de equipamentos e outros que se
fizerem necessários, conforme o tipo de evento);
Deixar em alerta os hospitais de referência, que devem tomar as providências
cabíveis, conforme os protocolos estabelecidos para essas situações;
Informar cadeia hierárquica do serviço.
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• Manter contato com coordenação médica local;
• Garantir recursos médicos;
• Manter interface com bombeiros, polícias, hospitais e outros serviços;
• Garantir o encaminhamento adequado das vítimas conforme suas
necessidades;
• Garantir a organização dos dados da ocorrência, dos recursos e das vítimas;
• Garantir a continuidade do atendimento das demandas cotidianas com as
adequações necessárias;
• acionar centrais de regulação dos SAMU 192 de cidades da região, caso seja
necessário.
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4.3 Triagem das vítimas
Fonte: www.infonet.com.br
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A identificação das vítimas durante a triagem é extremamente necessária, para isso
são utilizados cartões coloridos conforme convenção internacional de cores ou outros
recursos disponíveis, desde que deixem clara a prioridade médica da vítima;
Zoneamento das áreas de risco.
Todo evento oferece um risco potencial para aqueles que irão prestar auxílio direto
aos acidentados. Logo, uma das prioridades de todo evento de grande proporção é a
delimitação das zonas de risco do evento. Estas áreas são classificadas em Zona
Quente, Zona Morna e Zona Fria. Apesar da delimitação de cada zona de risco não
ser atribuição do SAMU 192, todos os membros do serviço devem ter conhecimento
das particularidades de cada uma delas a fim de que possam reconhecer e respeitar
seus limites e ainda diminuir os riscos de acidentes.
Abaixo segue uma foto ilustrativa simulando o zoneamento de uma área
acometida por um eventual incidente.
Fonte: www.bememergencias.8box.com.br
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regionalizado e hierarquizado, de acordo com as diretrizes do SUS, os serviços
especializados e de maior complexidade deverão ser referência para um ou mais
municípios de menor porte.
As grades de referência loco-regionais devem ser previamente pactuadas e as
transferências deverão ser solicitadas ao médico regulador da Central de Regulação
de urgências, cujas competências técnicas e gestoras estão estabelecidas na Portaria
GM/MS 2048/02.
No processo de planejamento e pactuação das transferências inter-
hospitalares, deverá ser garantido o suporte de ambulâncias de transporte para o
retorno dos pacientes que, fora da situação de urgência, ao receberem alta, não
apresentem possibilidade de locomover-se através de outros meios, por restrições
clínicas.
4.6 Conceituação:
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objetivo de agilizar a utilização dos recursos especializados na assistência aos
pacientes mais graves e/ou complexos.
Este transporte poderá ser aéreo, aquaviário ou terrestre, de acordo com as
condições geográficas de cada região, observando-se as distâncias e vias de acesso,
como a existência de estradas, aeroportos, heliportos, portos e condições de
navegação marítima ou fluvial, bem como a condição clínica de cada paciente, não
esquecendo a observação do custo e disponibilidade de cada um desses meios. O
transporte inter-hospitalar, em qualquer de suas modalidades, de acordo com a
disponibilidade de recursos e a situação clínica do paciente a ser transportado, deve
ser realizado em veículos adequados e equipados de acordo com os seguintes
critérios:
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transporte aeromédico, observando-se a adequação do tempo de transporte às
necessidades clínicas e à gravidade do caso.
Este tipo de transporte poderá ser indicado para áreas urbanas, em cidades de
pequeno, médio e grande porte, ou para as transferências intermunicipais, onde as
estradas permitam que essas unidades de transporte se desloquem com segurança e
no intervalo de tempo desejável ao atendimento de cada caso.
c. Não remover paciente com risco iminente de morte, sem prévia e obrigatória
avaliação e atendimento respiratório, hemodinâmico e outras medidas urgentes
específicas para cada caso, estabilizando-o e preparando-o para o transporte;
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f. Informar ao médico regulador, de maneira clara e objetiva, as condições do
paciente;
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l. Nos locais em que as Centrais de Regulação ainda não estejam estruturadas
ou em pleno funcionamento, é vedado a todo e qualquer solicitante, seja ele público
ou privado, remover pacientes sem contato prévio com a instituição/serviço
potencialmente receptor;
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4.10 Responsabilidades/Atribuições da Central SAMU 192 /Médico Regulador
Fonte: ciruspar.blogspot.com.br
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4.11 Responsabilidade e Atribuições da Equipe de Transporte
Fonte: www.assaionline.com.br
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f. Receber o paciente e sua documentação, dispensando a equipe de
transporte, bem como a viatura e seus equipamentos o mais rápido possível;
Fonte: www.bandab.com.br
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• Comunique à Central SAMU 192 a necessidade de contatar/acionar o
CIOSP 190.
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4.16 Menor Alcoolizado, Abuso da Criança e do Idoso
http://www.rafaelnemitz.com/2014/02/adolescentes-extremamente-alcoolizados.html#.WHAYxPDyvIU
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4.18 Paciente sem condições de decidir (acompanhados de criança ou menor
de idade de 18 anos)
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Fonte: www.clicknovaolimpia.com.br
• Quaisquer dúvidas quanto à conduta tomada pelo médico que está assistindo
o paciente no local devem ser informadas ao médico regulador, para que ele faça
contato com o profissional que está intervindo no local;
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4.21 Ordens contrárias de bombeiros, policiais e outras autoridades presentes
no local da ocorrência
Fonte: www.agoramt.com.br
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4.22 Liberação de paciente no local da ocorrência
Fonte: www.reportertatu.com
4.23 Trotes
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4.25 Problemas na recepção do paciente pelas equipes intra-hospitalares
Fonte: enfermeiropsf.blogspot.com.br
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4.26 Atendimento a pacientes com distúrbios psiquiátricos
Fonte: www.varaldiverso.com.br
4.27 Conceito
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• O ambiente humano circundante, que deve ser avaliado em sua influência
para a ação procedente;
• O ambiente físico, que deve ser examinado pelas equipes para identificar
perigos ou facilidades potenciais;
Paciente Suicida;
• Depressão;
• ansiedade e Pânico;
Transtornos Dissociativos;
• Transtornos de Conversão;
• Transtornos de adaptação;
• Demência;
• Situação de Crise Emocional;
• agitação / Violência;
• Psicoses agudas;
• Mania;
• Esquizofrenia;
• Esquizofrenia Catatônica;
• Delírio;
• alcoolismo;
• Reações às Fenotiazidas.
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5 O ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
Fonte: encrypted-tbn1.gstatic.co
5.1 HISTÓRICO
Fonte: www.vereadorarmando.com
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Model Andorrà del Trialge – MAT) - Baseia-se em
sintomas, discriminantes e algoritmos mas é de uso complexo e demorado.
Fonte: saudeblog.com.br
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6 MUDANÇA NA GESTÃO DAS URGÊNCIAS A PARTIR DA CLASSIFICAÇÃO
DE RISCO
Fonte: www.saude.sp.gov.br
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e
pactuados internamente por cada instituição e responsabilizados nominalmente pelos
respectivos trabalhadores, com descrição e aceitação dos papéis propostos;
Fonte: /www.pilotopolicial.com.br/
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7.1 Histórico dos Atendimentos Móveis de Urgência e da Regulação Médica de
Urgência
7.2 No mundo
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médico tornara-se bem desenvolvido, o desenvolvimento do sistema civil estava
atrasado.
1956 - Professor Cara em Paris - Cria o primeiro Serviço Móvel de Emergência
e Reanimação (SMUR), com a finalidade de assegurar o transporte interhospitalar de
pacientes em insuficiência respiratória séria, principalmente no momento da epidemia
de poliomielite.
Final dos anos 50 - J.D. Farrington, e outros, questionaram quais as lições
aprendidas pelos serviços médicos militares poderiam ser aplicadas aos civis para
melhorar o cuidado civil.
1962 - Professor Larcan - Abre em Nancy, um serviço de emergência médica
urbano. 1965 - Ministério de Saúde Francês impõe a certos centros hospitalares que
se dotem de meios móveis de socorro de emergência. Serviços de Atendimento
Médico de Urgência (SAMU) são criados para administrar as chamadas médicas que
apresentam um caráter de emergência assim como o funcionamento do SMURS (UTI
Móveis).
Os SAMU, inicialmente centrados nos atendimentos de estrada, estendem seu
campo de ação inclusive para intervenções não traumatológicas, transportes inter-
hospitalares e chamadas da população por ansiedade, quer se trate de uma urgência
vital ou simplesmente sentida como tal.
Tendo em conta o grande número de intervenções, da diversidade de situações
encontradas e das respostas oferecidas, a realização de uma coordenação médica
revela-se rapidamente necessária. Assim nasceu o princípio da regulação médica.
Para melhorar a organização e a regulação da emergência médica-cirúrgica, ao
término dos anos 1970, cria-se progressivamente o Centro 15 Regional
(departamental).
1969 - Comissão sobre EMS (Emergency Medical Service) é criada pela
Associação Médica Americana 1970 - Registrado o Treinamento Médico de
Emergência.
1975 - ACLS desenvolvido pela Associação Americana de Cardiologia.
1978 - Curso piloto de ATLS desenvolvido em Auburn, Nebraska.
1979 - Comitê de acreditação em EMT-Paramedic formado.
1981 - Prehospital Trauma Life Support (PHTLS)
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7.3 No Brasil
Fonte: www.treslagoas.ms.gov.br
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Fonte: www.infonet.com.br
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Fonte: flashbackers.com.br
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2003 – 2008 – Vários SAMUs são inaugurados no Brasil, ultrapassando a
cobertura de 100 milhões de cidadãos brasileiros em junho de 2008.
8 CATÁSTROFE E PRÉ-ATENDIMENTO
Fonte: meioambiente.culturamix.com
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sobreviventes a minoria necessita de atendimento médico de urgência e são
ferimentos leves. O grande problema são as doenças infectocontagiosas, que
necessitam de cuidados de saúde pública. Nos casos de terremotos, o número de
vítimas pode ser enorme, com quebra de toda a estrutura da comunidade, a ajuda
muitas vezes é demorada, há um número grande de vítimas com lesões por
esmagamento, presas em escombros que necessitam de atendimento pré-hospitalar
e hospitalar de urgência.
As catástrofes provocadas pelo homem são os acidentes com trens, explosões,
incêndios, acidentes com materiais tóxicos ou radioativos, guerras, entre outros.
No nosso país, onde temos como principais catástrofes naturais às enchentes,
normalmente não se faz necessário o atendimento pré-hospitalar devido aos danos
serem basicamente materiais, os serviços de atendimento pré-hospitalares atuam, na
grande maioria das vezes, em catástrofes provocadas pelo homem e acidentes com
múltiplas vítimas. Como parâmetro de magnitude, consideramos acidente com
múltiplas vítimas aqueles eventos súbitos com mais de 5 (cinco) vítimas graves.
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9 ACIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS
Fonte: www.corneliodigital.com
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atividades médicas locais e um coordenador operacional (Oficial de Socorro) para
as atividades de salvamento, todos trabalhando conjuntamente.
É necessário que haja comunicação entre as equipes de atendimento, bem
como comunicação com a central de operações. Tal comunicação não deve interferir
na rede de comunicações da unidade, para evitar congestionamento. Congelar a área
mediante o controle total do local do acidente é o primeiro objetivo do comandante
da área. Este objetivo visa limitar a extensão do acidente, organizar ações e medidas
efetivas de segurança proteção e atendimento pré-hospitalar a todas as vítimas
envolvidas, no menor tempo possível.
A função de comando tem por objetivo evitar três grandes transtornos:
● Ocorrência de novos acidentes;
● Tratamento e transporte inadequado das vítimas aos hospitais;
● Que o caos local seja transferido ao hospital mais próximo.
Para exemplificar podemos citar um acidente com ônibus na BR-116, próximo
à Curitiba: 140 passageiros; 36 mortos no local e mais de 50 feridos. Um só hospital
recebeu 40 vítimas de uma só vez, enquanto outros dois receberam 12 e 08 vítimas
respectivamente.
10 TRIAGEM
Fonte: www.hemoter.com.br
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A doutrina do atendimento a acidentes com múltiplas vítimas (AMUV), diante
do desequilíbrio momentâneo dos recursos disponíveis em relação ao grande número
de vítimas, preconiza: empregar todos os esforços para o maior número de
vítimas.
Assim sendo, no atendimento a múltiplas vítimas, triagem significa atendê-las,
classificando-as em graus de prioridades para que resulte no salvamento do maior
número de vítimas, empregando o critério do melhor atendimento para o maior
número de vítimas.
A triagem consiste numa avaliação rápida das condições clinicas das vítimas
para estabelecer prioridades de tratamento médico. É uma tática que determina
prioridades de ação que, quando bem utilizada, determina sucesso na diminuição da
mortalidade e morbidade das vítimas de acidentes coletivos.
Cabe à primeira guarnição que chega ao local do acidente, procurar congelar a
área e iniciar a triagem preliminar, enquanto solicita apoio, visando salvar o maior
número de vítimas de óbito iminente. A triagem é dinâmica e repetida, pois as vítimas
podem evoluir para melhor ou pior estado de saúde. A triagem consiste de ações
simples e rápidas, gastando no máximo de 60 a 90 segundos por vítima.
Fonte: www.einstein.br
Fonte: www.clicprovida.com.br
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Fonte: pt.slideshare.net/
Vítimas que não apresentam risco de vida imediato; necessitam de algum tipo
de tratamento no local enquanto aguardam transporte ao hospital.
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11 DETALHAMENTO DAS ÁREAS DE PRIORIDADE
Fonte: images.slideplayer.com.br
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Na área destinada às vítimas com Cartão Amarelo vão aquelas vítimas que
necessitam de algum atendimento médico no local e posterior transporte hospitalar,
porém que não possuem risco de vida imediato.
São os pacientes com:
● Fraturas;
● TCE leve, moderado;
● Queimaduras menores;
● Traumatismos abdominais e torácicos;
● Ferimentos com sangramento que necessitam suturas.
Na área destinada às vítimas com Cartão Verde vão as vítimas que
apresentam pequenas lesões, geralmente estão sentadas ou andando, sem risco de
vida e que podem ser avaliadas ambulatorialmente. São os pacientes que causam
mais problemas na cena do acidente, geralmente estão com dor e em estado de
choque e tendem a ser pouco cooperativos. Não entendem o fato de estarem
agrupados numa certa área recebendo cuidados mínimos. É extremamente
importante um apoio psicológico para manter essas vítimas nessas áreas, pois do
contrário elas tendem a deixar o local, indo sobrecarregar o hospital mais próximo.
Fonte: jornalcomarca.com.br
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● escoriações;
● pequenos ferimentos.
Na área destinada às vítimas com Cartão Preto vão as vítimas em óbito.
Naquelas situações em que há um desequilíbrio entre os recursos médicos e o número
de vítimas, todos os pacientes com traumatismos severos, com poucas chances de
sobrevida, também vão para essa área de prioridade.
São os pacientes:
● em óbito;
● múltiplos traumas graves;
● queimaduras de 2 e 3 grau extensas.
12 TÉCNICA START
Fonte: thumbs.dreamstime.com/
Nesta técnica, como acima descrito, cabe à primeira guarnição que chega ao
local do acidente, procurar congelar a área e iniciar a triagem preliminar, enquanto
solicita apoio, visando salvar o maior número de vítimas de óbito iminente. Assim os
socorristas deverão realizara a triagem observando a RESPIRAÇÃO, PERFUSÃO e
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA.
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12.1 Respiração
12.2 Perfusão
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BIBLOGRAFIA
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CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução CFM no 1451, de 10 de
março de 1995. Define os conceitos de urgência e emergência e equipe médica
e equipamentos para os pronto socorros.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução CFM no 1529, de 28 de
Agosto de 1998. Normatiza a atenção médica na área da urgência e emergência
na fase de atendimento pré-hospitalar – Revogada.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução CFM no 1671, de 29 de
Julho de 2003. Dispõe sobre a regulação do atendimento pré-hospitalar e dá
outras providências.
CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE SANTA CATARINA.
Resolução CREMESC no 027 de 13 de março de 1997. Regulamenta o transporte
de pacientes em ambulâncias e outros veículos.
CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE SANTA CATARINA.
Resolução CREMESC no 028 de 13 de março de 1997. Regulamenta o
atendimento pré-hospitalar.
COSTA, N.R. Lutas urbanas e Controle Sanitário - Origem das Políticas de
Saúde no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1986.
DE LA TORRE, M. C. Plano microrregional de atenção integral às
Urgências de Marília – SP, 2003
GONÇALVES, A.J. Urgência e Emergência. Atendimento global e
competência. SER MÉDICO, Janeiro/ Março. Ano II No 6: 32-35, 1999.
MARTINEZ-ALMOYNA, M. & NITSCHKE, C.A.S. (Org.). Regulação médica
dos serviços de atendimento médico de urgência. SAMU. Brasil. 1998.
MARTINEZ-ALMOYNA, M. & NITSCHKE, C.A.S. (Org.). Regulação Médica de
Urgências e de transferências Inter-Hospitalares de Pacientes Graves.
Cooperação Brasil-França. 2000 - 2ª Edição.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Regulação Médica de Urgências. Em
fase de publicação. Outubro de 2005
PARANÁ. Secretaria do Estado da Saúde. Regulação Médica de Urgência.
Curitiba, 2004. [manual]
POSSAS, C. Epidemiologia e Sociedade. São Paulo: Hucitec, 1989.
66
RBCE. Rede Brasileira de Cooperação em Emergências. Curso de Regulação
Médica de Urgências. In: IV Congresso Internacional da RBCE: Bases para uma
Política Nacional de Atenção às Urgências. Goiânia, 2000. [mimeo]
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