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ENFERMAGEM EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA CLÍNICA

E CIRÚRGICA

1
Sumário
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2

INTRODUÇÃO ..................................................................................... 3
O SETOR DE EMERGÊNCIA .................................................................. 4

DEFINIÇÃO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA.................................... 4


A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO SETOR ......................................... 7

O SETOR................................................................................................. 9

SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO ......................................... 12

TRIAGEM .............................................................................................. 13

ACOLHIMENTO .................................................................................... 15

Acolhimento na classificação de risco ................................................... 17

PROTOCOLO DE MANCHESTER ........................................................ 21

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO .............................................................. 24

Algumas sugestões e reflexões sobre a implantação do acolhimento e da


classificação de risco nos serviços de urgência ............................................... 28

REFERÊNCIAS ..................................................................................... 34

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de


empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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INTRODUÇÃO

Como parte integrante e essencial nas instituições de saúde, o serviço

de enfermagem enfrenta, diariamente, o grande desafio de oferecer e

garantir uma assistência de qualidade, de acordo com as necessidades do

público que atende de modo eficiente e eficaz. (YURI & TRONCHIN, 2010).

Segundo Jones (1996) as urgências são confrontadas diariamente

com um grande número de doentes que apresentam uma vasta gama de

problemas. A assistência prestada a elas se dá, ainda hoje,

predominantemente nos serviços que funcionam exclusivamente para este

fim – os tradicionais prontos-socorros - estando estes adequadamente

estruturados e equipados, ou não. (BRASIL, 2002)

Considerado a porta de entrada mais fácil e ágil, nota-se em grande

parte das unidades de urgência o excessivo número de pacientes, os quais na

maioria das vezes apresentam quadro tratáveis na atenção primária e que

por falta de informação ou pressa, acabam procurando este setor.

A triagem ou classificação de risco, segundo Jones et al (2010), é

uma ferramenta de manejo clínico de risco, empregada nos serviços de

urgência por todo o mundo, para efetuar a construção dos fluxos de

pacientes quando a necessidade clínica excede a oferta. Ou seja, ela foi

criada para priorizar o atendimento daqueles que realmente necessitem de

atendimento imediato, a fim de evitar óbitos precoces por um atendimento

desorganizado, como já foi noticiado diversas vezes pelos veículos de

comunicação.

3
Ainda de acordo com Jones et al (2010), a tomada de decisões é parte

importante da prática médica e de enfermagem, pois a avaliação clínica

sólida de um paciente requer tanto raciocínio como intuição e ambos devem

estar baseados em conhecimentos e aptidões profissionais. Por este motivo,

a classificação de risco deve ser realizada, prioritariamente, por enfermeiros

ou médicos.

O SETOR DE EMERGÊNCIA

DEFINIÇÃO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

A área de Urgência e Emergência, segundo o Ministério da Saúde

(2002), constitui-se em um importante componente da assistência à saúde.

Portanto, para adentrar nesse tema é necessário definir esses termos

utilizados cotidianamente. As definições são as mais diversas possíveis de

vários autores, todavia todas concluem os mesmos significados.

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Segundo Santos (2008), considera-se urgência uma prioridade

moderada de atendimento, cujo portador necessita de atendimento mediato,

pois não há risco de morte.

O Ministério da Saúde determina que os procedimentos dos serviços

de urgência e emergência devem ser caracterizados em três modalidades,

considerando como critério a gravidade e a complexidade do caso a ser

tratado (BRASIL, 2009).

Segue abaixo as modalidades:

a) Urgência de baixa e média complexidade: quando o

paciente não corre risco de morte;

b) Urgência de alta complexidade: O paciente apresenta um

quadro crítico ou agudo, porém não há risco de morte;

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c) Emergência: casos em que há risco de morte.

O termo emergência é definido como uma categoria na triagem onde

a assistência é prestada em casos de prejuízo á saúde com risco de vida

potencial ou qualquer alteração no organismo que exigem tratamento

imediato. Da mesma forma que a emergência, a urgência é considerada uma

categoria de triagem, no entanto o cuidado é fornecido em casos de doença

grave ou dano a saúde que não conduz um risco de morte (BRUNNER &

SUDDARTH, 2009, p.400).

Segundo o Ministério da Saúde, os serviços de urgência e

emergência têm como objetivo diminuir a morbi-mortalidade e as seqüelas

incapacitantes. Para tanto, é preciso garantir os elementos necessários para

um sistema de atenção de emergência, considerando recursos humanos,

infra-estrutura, equipamentos e materiais, de modo a assegurar uma

assistência integral, com qualidade adequada e contínua. (BRASIL, 2009)

A Política Nacional de Atenção às Urgências foi instituída pela

Portaria 1863/GM, de setembro de 2003, para garantir a organização dos

sistemas regionalizados, a universalidade, equidade e integralidade no

atendimento às urgências clínicas, cirúrgicas, gineco obstétricas,

psiquiátricas, pediátricas e as relacionadas às causas externas. (BRASIL,

2009, p.256).

De acordo com Dallari et al (2009), a atenção em urgência, o

crescimento do número de acidentes, a violência urbana e a insuficiente

estruturação da rede de serviços de saúde são fatores que têm contribuído

decisivamente para a sobrecarga dos serviços hospitalares. O

6
conhecimento desta realidade em nosso meio é de importância fundamental,

no sentido de evidenciar a necessidade de reestruturação do atual sistema

de saúde, na perspectiva de consolidação dos princípios do Sistema Único

de Saúde (SUS).

A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO SETOR

Segundo Azevedo et al (2010), nos serviços hospitalares de atenção à


urgência e emergência, a atuação do enfermeiro envolve especificidades e
articulações indispensáveis à gerência do cuidado a pacientes com
necessidades complexas, que requerem aprimoramento científico, manejo
tecnológico e humanização extensiva aos familiares pelo impacto inesperado de
uma situação que coloca em risco a vida de um ente querido. Esse conjunto de
elementos justifica um olhar pormenorizado para a organização desses serviços.

De acordo com o Conselho Regional de Enfermagem (2013) cabe ao

enfermeiro à direção do serviço de enfermagem em instituições de saúde e

de ensino, públicos, privados e a prestação de serviço, as atividades de

gestão como planejamento da assistência de enfermagem, consultoria,

auditoria, consulta de enfermagem, a prescrição da assistência de

enfermagem, os cuidados diretos a pacientes com risco de morte e todos os

cuidados de maior complexidade técnica.

De acordo com Galvão & Wehbe (apud Fincke, 2011), o papel do

enfermeiro na unidade de emergência consiste em obter a história do

paciente, fazer exame físico, executar tratamento, aconselhando e

ensinando a manutenção da saúde e orientando os enfermos para uma

continuidade do tratamento e medidas vitais.

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O enfermeiro da unidade é responsável pela coordenação da equipe

de enfermagem e é uma parte vital e integrante da equipe de emergência.

Os enfermeiros das unidades de emergência aliam à fundamentação

teórica a capacidade de liderança, o trabalho, o discernimento, a iniciativa,

a habilidade de ensino, a maturidade e a estabilidade emocional. Por isso a

constante atualização destes profissionais, é necessária, pois, desenvolvem

com a equipe médica e de enfermagem habilidades para que possam atuar

em situações inesperadas de forma objetiva e sincrônica na qual estão

inseridos.

O enfermeiro que atua nesta unidade necessita ter conhecimento


científico, prático e técnico, a fim de tomar decisões rápidas e concretas,
transmitindo segurança a toda equipe e principalmente diminuindo os riscos que
ameaçam a vida do paciente.

Segundo Galvão & Wehbe (2006) dentre as atividades assistências

exercidas pelo enfermeiro no setor de emergência as principais são:

a) Fornecer cuidado ao paciente juntamente com o médico;


b) Preparar e administrar medicamentos;
c) Proporcionar a realização de exames especiais procedendo à
coleta;
d) Instalar sondas nasoenterais e vesicais em clientes;
e) Realizar troca de traqueostomia, punção venosa com cateter,

punção arterial entre outros;

f) Realizar curativos de maior complexidade;


g) Dispor instrumentos para intubação, aspiração,

monitoramento cardíaco e desfibrilação, auxiliando a equipe médica na

execução dos procedimentos diversos;

h) Aferir sinais vitais;

i) Realizar a sistematização da assistência de enfermagem e

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evolução dos pacientes, fazer anotações em prontuários;

j) Fiscalizar as ações dos profissionais da equipe de enfermagem;

k) Conferir os materiais permanentes e psicotrópicos do setor;

l) Priorizar o atendimento aos pacientes dependendo do grau

de complexidade;

m) Realizar relato em livro de ordens e ocorrências;

n) Liderar a equipe de enfermagem no atendimento dos

pacientes críticos e não críticos;

o) Observar as deficiências da equipe e realizar educação


continuada.

Segundo Thompson (apud Galvão & Wehbe, 2006, p. 01), a Associação


Americana de Enfermagem (ANA), em 1983, estabeleceu os "Padrões da Prática
de Enfermagem em Emergência", classificando os enfermeiros de emergência
em três níveis de competência:

a) Primeiro nível - requer competência mínima para o enfermeiro

prestar atendimento ao paciente traumatizado;

b) Segundo nível - o profissional necessita de formação

específica em enfermagem de emergência;

c) Terceiro nível - o enfermeiro deve ser especialista em área

bem delimitada e atuar no âmbito pré e intrahospitalar.

O SETOR

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Segundo Costa, Araújo e Barros (2008), o setor de urgência e

emergência deve ser um local apropriado de modo a permitir o livre

movimento da equipe de trabalho com espaço físico adequado e eficácia no

atendimento, lembrando que deve proporcionar privacidade ao usuário.

Desse modo, esse campo de ação deve oferecer um espaço físico suficiente

para que todos os procedimentos sejam realizados de maneira adequada

sem nenhum acidente de percurso.

De acordo com Silva, Matsuda, Waidman (2012), durante a construção de


um hospital, muitasvezes, não são previstas as necessidades de
estrutura física/ambiental dos usuários e trabalhadores. Com isso, os problemas
somente são evidenciados após sua finalização e durante a execução da rotina
diária dos serviços. O usuário ao dar entrada em uma unidade de urgência,
certamente se encontra angustiada e com dor, nesse momento o espaço físico
também pode exercer influência positiva ou negativa, pois o mesmo não quer e
não merece ser submetido a desconfortos adicionais advindos de uma estrutura
física inadequada. (SILVA;MATSUDA; WAIDMAN, 2012, p.323).

O enfermeiro exerce papel de líder e gerente das unidades hospitalares,


incluindo as de urgência, no qual ele deve ser capaz de vincular as
atividades desenvolvidas pelos profissionais com a estrutura física, para o
planejamento de um ambiente seguro e confortável aos que frequentam o local
(KURCGANT, 2008).

A disposição do setor de urgência das unidades hospitalares deve seguir


as normas recomendadas na Resolução - RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002,
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA, as quais dispõem que
deve haver no setor, pelo menos (BRASIL, 2002):

a) Área externa para desembarque de ambulâncias;

b) Sala de triagem médico e/ou enfermagem;

c) Sala de serviço social;

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d) Sala de higienização

e) Sala de suturas/curativos;

f) Sala de reidratação;

g) Sala de inalação;

h) Sala de aplicação de medicamentos;

i) Sala de gesso e redução de fraturas;

j) Sala para exames;

k) Sala de observação;

l) Posto de enfermagem;

m) Sala de serviços;

n) Sala de isolamento;

o) Sala de procedimentos especiais (invasivos);

p) Sala de emergências;

q) Consultório médico;

r) Sanitários para pacientes e acompanhantes;

s) Sanitários para funcionários;

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SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

O processo de classificação, segundo Servin et al (s.d), é definido

pela identificação dos pacientes/clientes que buscam atendimento em

unidades de saúde, como Unidades de Pronto Atendimento, a fim de

restabelecer sua condição de saúde através de cuidados médicos e de

enfermagem.

Ainda, segundo o autor, a eficiência desse processo requer a

combinação de fatores extremamente importantes como a escuta

qualificada, a tomada de decisão de acordo com os protocolos existentes na

unidade e a experiência do profissional atuante, juntamente com sua

capacidade de julgamento crítico.

O Ministério da Saúde afirma que a classificação de risco é um

instrumento organizacional da fila de espera que propõe uma ordem de

atendimento de acordo com a prioridade, com a finalidade garantir o

atendimento imediato do usuário com grau de risco elevado. (BRASIL, 2009)

Desse modo, a ordem de atendimento é fundamentada nas queixas


apresentadas pelos pacientes e na avaliação clínica realizada no momento da
consulta de enfermagem e, não mais, na ordem de chegada (BRASIL, s.d).

A implantação do Sistema de Classificação de Risco (SCR) no setor

de urgência e emergência tornou-se parte indispensável no momento da

admissão do paciente, uma vez que ela possibilita a agilidade no

atendimento dos casos mais críticos, evitando a piora do quadro clínico do

paciente e até mesmo, em muitos casos, o óbito precoce.

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Esse processo permite ao profissional enfermeiro, a compreensão e

avaliação do estado geral do paciente, porém, não deve ser restrita à apenas

uma única avaliação, visto que um paciente que, a princípio, apresentava

um quadro menos crítico pode evoluir rapidamente para um estado grave

sendo, portanto, extremamente importante a avaliação contínua do mesmo.

TRIAGEM

O processo de triagem foi introduzido nos Serviços de Emergência (SE)


para tentar minimizar o problema da superlotação, permitindo cuidados
imediatos para os pacientes mais urgentes (HAY et al apud ALBINO,
GROSSEMAN, RIGGENBACH, 2007).

Albino, Grosseman & Riggenbach (2007) conceituam Triagem (originária


do francês trier = classificar) como o processo sistemático que indica a ordem de
quem vai ser tratado primeiro, objetivando a redução da morbi-mortalidade dos
pacientes no SE.

A implantação do Sistema Estruturado de Triagem (SET) segundo Brasil


(2011): Implica na disponibilidade de uma estrutura física, profissional e
tecnológica nos serviços, dispositivos e hospitais nos quais se atendam as
urgências e emergências, que permitam fazer a triagem dos pacientes segundo
um modelo de qualidade avaliável e continuamente passível de melhoria.

Os departamentos de Emergência da Austrália foram os primeiros a


instituírem a triagem estruturada. Atualmente ela vem sendo aplicada em
praticamente todas as Emergências de hospitais do primeiro mundo (JELINK;
ZIMMERMANN; TRAVERS et al (apud ALBINO, GROSSEMAN &
RIGGENBACH, 2007).

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Esse processo raciona eficientemente os cuidados quando os

recursos são insuficientes para tratar todos os pacientes de imediato, ou seja,

não visa a criação de vínculo durante o atendimento, mas sim a resolução

imediata do problema.

Existem, basicamente, dois tipos de triagem: a simples e a

avançada.

Quadro 1: Diferenciação de Triagem Simples e Triagem

Avançada (cont.)

Segundo Garcia et al (apud por Albino, Grosseman & Riggenbach, 2007),

atualmente existem cinco modelos de escalas de triagem estruturada em uso:

a) NTS – National Triage Scale (Austrália);

b) CTAS – Canadian Emergency Department Triagem and Acuity


Scale (Canadá);

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c) MTS – Manchester Triage System (Reino Unido);

d) ESI – Emergency Severity Index (EUA); e

e) MAT – Model Andorra de Triajte (Espanha).


Nas unidades de urgência e emergência do Brasil, utiliza-se com

maior frequência o MTS – Manchester Triage System, o qual será abordado

mais detalhadamente ao longo do capítulo.

ACOLHIMENTO

“O acolhimento é um arranjo tecnológico que visa garantir acesso aos


usuários com o objetivo de escutá-los, resolver os problemas mais simples ou
encaminhá-los para os serviços de referência, quando necessário” (CARVALHO
& CAMPOS, 2000, p.16).

O profissional enfermeiro tem a função de observar o paciente de maneira


integral, isto é, não levar em conta somente as suas queixas patológicas, mas
também os sinais que ainda estão subjetivos no mesmo e precisam ser
descobertos, isso se dará através da avaliação profunda e da escuta que é parte
essencial no processo de acolhimento.

O acolhimento como ação técnico-assistencial possibilita que se analise


o processo de trabalho em saúde com foco nas relações e pressupõe a mudança
da relação profissional/usuário e sua rede social, profissional/profissional,
mediante parâmetros técnicos, éticos, humanitários e de solidariedade, levando
ao reconhecimento do usuário como sujeito e participante ativo no processo de
produção da saúde. (BRASIL, 2010, p.18).

Para que o acolhimento aconteça de maneira eficaz, têm se a necessidade


que toda a equipe participe, trabalhando de uma forma humanizada, transmitindo
ao paciente segurança e também confiança na equipe que está ao seu lado no

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momento da doença, fazendo com que a relação entre os envolvidos (paciente
e profissional) aconteça de fato. (SCHIMITH & LIMA, 2004).

O acolhimento não é um espaço ou um local, mas uma postura ética; não


pressupõe hora ou profissional específico para fazêlo, mas implica
necessariamente compartilhamento de saberes, angústias e invenções; quem
acolhe toma para si a responsabilidade de “abrigar e agasalhar” outrem em suas
demandas, com a resolutividade necessária para o caso em questão. (BRASIL
2009, p. 17)

O acolhimento proporciona o vínculo entre o profissional e o usuário,


estreitando a relação entre os mesmos, o que faz com que a assistência seja
ainda melhor e que a mesma deixe de ser médico - centrista para que passe a
ser realizada por uma equipe multiprofissional, tendo o enfermeiro função
essencial nesse processo de acolher.

Segundo Campos (1997), o acolhimento proporciona ao profissional e o


paciente um vínculo, o que faz com que o atendimento melhore muito, pois o
mesmo participa ativamente do seu processo de curar, expondo queixas que
talvez se não houvesse o acolhimento o profissional não conseguiria captar.

O SUS tem como princípios doutrinários a universalidade, a equidade e


integralidade, onde representam respectivamente o acesso à saúde que é
universal, ou seja, direito de todos os usuários; tratar desigualmente os
desiguais, atendendo conforme as suas necessidades e por fim olhar o indivíduo
de forma integral, isto é, como um todo (BRASIL, 1990).

O SUS também exige que o atendimento seja humanizado e o

acolhimento é parte principal da humanização, pois trata o paciente de

maneira integral de acordo com as suas necessidades, busca escutar o

paciente para que haja a melhor e mais rápida resolução de seus problemas

com os recursos disponíveis pelo sistema (BRASIL, 1990).

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O acolhimento como postura e prática nas ações de atenção e gestão

favorece uma relação de confiança e compromisso entre equipes e serviços.

(BRASIL, 2009).

O acolhimento como ato ou efeito de acolher expressa, em suas

várias definições, uma ação de aproximação, um “estar com” e um “estar

perto de”, ou seja, uma atitude de inclusão. (BRASIL, 2010).

Faz parte do processo de acolhimento, incluir o usuário independente

de sua queixa, seja ela subjetiva ou não, seja de atendimento imediato ou

não. Não se deve negar atendimento, portanto dependendo do caso faz-se

necessário encaminhar o paciente a outros serviços e orientá-lo para o

mesmo.

Acolhimento na classificação de risco

Em consequência da superlotação nas urgências e emergências do país


e levando em conta a demora no atendimento ao usuário desse serviço, muitos
pacientes passam horas à espera de um atendimento nas unidades e muitas
vezes os usuários têm em seu quadro clínico uma significativa piora, resultante
do tempo em que se espera para o atendimento.

Com base nesses problemas, o Ministro da Saúde no uso de suas


atribuições legais resolve normatizar, organizar e regulamentar os serviços de
urgência e emergência através da Portaria de n° 2048, de 5 de novembro de
2002, para garantir atendimento de qualidade e o acolhimento e dentre eles o
Sistema de Classificação de Risco.

A assistência às urgências se dá, ainda hoje, predominantemente nos


“serviços” que funcionam exclusivamente para este fim – os tradicionais prontos-
socorros – estando estes adequadamente estruturados e equipados ou não.
Abertos nas 24 horas do dia, estes serviços acabam por funcionar como “porta-

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de-entrada” do sistema de saúde, acolhendo pacientes de urgência propriamente
dita, pacientes com quadros percebidos como urgências, pacientes desgarrados
da atenção primária e especializada e as urgências sociais. (BRASIL, 2002.
Portaria 2048, art. 6)

O sistema de classificação de risco vem para melhorar o atendimento dos


usuários, transformando a forma e a sequência dos atendimentos que antes eram
por ordem de chegada à unidade de atendimento, e hoje, o paciente é atendido
de acordo com a complexidade do seu caso, evitando assim agravos ainda
maiores no quadro clínico do indivíduo.

A Classificação de Risco correspondente a priorização do atendimento


em Serviços e situações de Urgência/Emergência como um processo complexo,
que demanda competência técnica e científica em sua execução, está
regulamentada pela Resolução Cofen 423/2012, que normatiza no âmbito do
Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, a participação do
Enfermeiro na atividade de Classificação de Riscos. (COFEN, 2012).

A classificação de risco só pode ser realizada por profissional de nível


superior, onde quem tem assumido esse papel é o profissional enfermeiro. Para
tanto, ele necessita ter conhecimentos técnicos e científicos para realizar a
classificação de maneira correta.

O Processo de Classificação é a identificação dos pacientes que

necessitam de intervenção médica e de cuidados de enfermagem, de acordo

com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento, usando

um processo de escuta qualificada e tomada de decisão baseada em

protocolo e aliada à capacidade de julgamento crítico e experiência do

enfermeiro. (SERVIN et al, s.d., p.6)

O profissional enfermeiro tem se capacitado para exercer essa

função, participando de treinamentos que direciona as ações do sistema de

classificação de risco, fazendo com que, assim, o atendimento seja ágil.

(COFEN,

18
2011). Ele é o profissional indicado pelo Ministério da Saúde para realizar

esse serviço.

O objetivo do sistema de classificação além de organizar e agilizar o

atendimento também proporciona ao usuário um tratamento humanizado,

através do acolhimento, que é de extrema importância na classificação de

risco, pois mostra ao paciente por que ele não vai ser atendido naquele

momento, mas que será atendido ou até mesmo encaminhado para alguma

unidade da atenção primária.

A enfermagem tem respaldo para “realizar o acolhimento e a

classificação de risco dos pacientes em qualquer unidade de saúde, seja em

caráter hospitalar, pré- hospitalar na urgência ou da atenção básica”.

(COFEN, 2015, p. 9). Essa função só é permitida à profissionais de nível

superior, sendo assim, cabe somente ao enfermeiro a realização deste

serviço na equipe de enfermagem.

Se antes o paciente esperava horas para ser atendido sem nenhuma

informação, com o acolhimento o atendimento é organizado de forma que

otimizada e o paciente é avaliado pelo profissional enfermeiro, tentando

mantêlo mais tranquilo na espera para o atendimento médico.

O acolhimento não pode ser um ato apenas de educação do

profissional para com o usuário, ou somente um ato de bondade vindo do

profissional, mas sim uma ação que deve ser humanizada deixando claro de

que se trata de uma relação de confiança sim, mas de profissional para

usuário.

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O atendimento assim permite que o paciente seja atendido por uma

equipe multiprofissional e interdisciplinar elevando a qualidade do mesmo, e

por fim o usuário sai mais satisfeito da unidade.

O Protocolo de Classificação de Risco “é uma ferramenta de inclusão,

ou seja, não tem como objetivo negar atendimento médico, mas sim

organizar e garantir o atendimento a todos, segundo as necessidades”.

(COFEN, 2011, p.3). O protocolo fez com que a prioridade seja o agravo que

o paciente apresenta e não a ordem de chegada dos mesmos.

Classificar não significa não atender o paciente, mas observar qual a

real necessidade do mesmo em ser atendido naquele momento e naquele

lugar, além de identificar qual será o melhor atendimento na urgência ou se

convém encaminhá-lo para uma unidade básica de saúde.

A instituição deve “estabelecer protocolos, normas e rotinas, fluxo de

atendimento, partindo da proposta multidisciplinar, promovendo, inclusive, a

capacitação e treinamento periódicos para a equipe de enfermagem”.

(COFEN, 2015, p.7)

A superlotação nas unidades de urgências e emergência é resultado

também da cultura do país. Muitos pacientes não possuem conhecimento

sobre as definições básicas como, por exemplo, as de urgência e

emergência, confundindo as mesmas.

Os protocolos de classificação de risco são instrumento que sistematizam


a avaliação e que vem constituir o respaldo legal para as condutas tomadas pela
enfermagem.

Nos protocolos, é estabelecido tempo de espera para cada

classificação do agravo do paciente, tendo um tempo limite baseado no que

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está firmado em protocolo. É necessário que a avaliação seja feita

periodicamente para observar se o tempo de espera estabelecido não foi

ultrapassado, ou se a classificação mudou, pois,

o paciente devido a uma piora no momento da espera. (BRASIL, 2009)

O foco do sistema de classificação é a melhora no atendimento ao

paciente garantindo, para o mesmo, que ele será atendido de acordo com sua

necessidade, no tempo correspondente ao protocolo, prevenindo assim que

o usuário tenha um agravamento do seu quadro clínico.

O processo de RAC (Recepção, Acolhimento e Classificação) deve

ser dinâmico, contínuo e deve incluir atividades que tranquilizam o usuário e

seus familiares, trazendo-lhes apoio emocional e segurança. As informações

claras sobre tempo de espera e zona de destino de cada paciente e a

orientação do fluxo, onde o mais grave é priorizado em relação ao menos

grave, geram confiança no sistema. (ALBINO, GROSSEMAN &

RIGGENBACH, 2007, p.71).

PROTOCOLO DE MANCHESTER

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O Sistema de Triagem Manchester (STM), foi implementado em
Manchester, na Inglaterra, em 1997, com objetivo de estabelecer um tempo de
espera pela atenção médica dos usuários das unidades de urgência e
emergência, e atualmente tem sido utilizado em outros países da Europa como
Espanha e Holanda, além de países do Reino Unido.

Além de ser internacionalmente conhecido, o STM apresenta

vantagens na sua utilização, como a sua confiabilidade e validade,

colaborando para que este protocolo de triagem tenha sido adotado com

sucesso em diferentes sistemas de saúde. (ALBINO, GROSSEMAN &

RIGGENBACH, 2010, p.1)

No Brasil, o STM foi implementado em 2008 como parte da política

de saúde do estado de Minas Gerais, e sua adoção foi reforçada pelo Plano

Nacional de Humanização que impulsionou a organização nos sistemas de

urgência.

Tendo em vista a necessidade de manter um padrão internacional,

além de realizar adaptações, revisões e auditorias do STM, foi constituído o

Grupo Brasileiro de Classificação de Risco. Desde então, a implementação

do protocolo de Manchester vem se fortalecendo, alcançando outras

unidades de emergência nos demais estados do país. (GRUPO

BRASILEIRO DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO, 2010)

Segundo Albino, Grosseman e Riggenbach (2010), como nas outras


escalas de triagem, o STM possui cinco categorias ou níveis. Para cada

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categoria é atribuído uma cor e tempo-alvo desejável até o primeiro atendimento
médico, como mostrado a seguir:

O STM também prevê que pode ocorrer o agravamento da situação

clínica do paciente durante a espera pela avaliação médica, por isso a

prioridade de atendimento pode ser alterada por uma segunda avaliação. O

estabelecimento da prioridade de atendimento é feito a partir da queixa do

paciente que segue 52 fluxogramas para os diferentes problemas

apresentados. Os fluxogramas são constituídos por discriminadores, que

podem ser classificados como gerais e específicos. (GRUPO BRASILEIRO

DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO, 2010)

Discriminadores são os sinais e sintomas que fazem a diferenciação

entre as prioridades possíveis, estabelecendo a ordem de atendimento de

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acordo com suas gravidades. Os discriminadores gerais são aqueles

aplicados a todos os doentes e independem das suas condições clínicas

como por exemplo: risco iminente morte, dor, presença de hemorragia,

estado de consciência e temperatura. Os discriminadores específicos são

aplicados individualmente e de forma específica, relacionados com as

características da condição clínica apresentada pelo paciente. (COUTINHO,

CECILIO, MOTA, 2012, p.188)

De acordo com Coutinho, Cecílio e Mota (2012), é importante frisar

que a triagem feita através do uso do STM é um processo dinâmico, e pode

ser necessária uma reavaliação da prioridade clínica durante o tempo de

espera do paciente pelo atendimento médico independente da gravidade

pré-estabelecida pela utilização dos fluxogramas.

A implantação do Protocolo de Manchester permite que os

atendimentos sejam realizados com mais eficiência, já que, em se tratando

de saúde, tempo pode representar a diferença entre salvar uma vida e perder

um paciente. O sistema prevê uma organização adequada das prioridades,

pode-se encaminhar pacientes para outras unidades medicas, de maneira

que a demanda pode ser compartilhada entre as unidade medicas próximas,

com diminuição do risco clínico. (GRUPO BRASILEIRO DE

CLASSIFICAÇÃO DE RISCO, 2010, p.1)

ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO

A atuação do enfermeiro no acolhimento “ultrapassa dos conhecimentos


técnicos científicos à capacidade de liderança, ao mesmo tempo em que

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desenvolve o senso crítico para avaliar, ordenar e cuidar”. (ALBINO,
GROSSEMAN, RIGGENBACH, 2010, p.72).

No Brasil, o papel do enfermeiro no acolhimento com classificação de

risco está previsto nas portarias do Ministério da Saúde que regulamentam

os serviços de urgência e emergência. (CAVALCANTE, RATES & SILVA,

2012)

Para Coutinho, Cecílio e Mota (2012), nos serviços hospitalares de

atenção à urgência e emergência, a atuação do enfermeiro envolve

especificidades e articulações indispensáveis a gerencia do cuidado a

pacientes com necessidades complexas, que requerem aprimoramento

científico, manejo tecnológico e humanização extensiva aos familiares pelo

impacto inesperado de uma situação que coloca em risco a vida de um ente

querido.

No protocolo de Manchester o enfermeiro realiza o acolhimento dos

pacientes e sua classificação dentro de uma prioridade clínica como nos

demais protocolos, e também é responsável pela atribuição correta das

prioridades e o reconhecimento do risco de deterioração do estado dos

pacientes. (GRUPO BRASILEIRO DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO, 2010)

O enfermeiro pode ser considerado o profissional de saúde que mais

domina métodos como planejamento, tomada de decisão, supervisão e

auditoria, empregados no processo de gerenciamento. O desenvolvimento

destas e outras competências gerenciais por parte dos enfermeiros dos

serviços de urgência facilitam seu envolvimento com a organização dos

processos de trabalho relacionados e a viabilização da classificação de

risco. Para a tomada de decisão, o enfermeiro pode utilizar guias e

25
protocolos como suporte e clínica e suporte ao enfermeiro, a fim de qualificar

a classificação de risco. (ACOSTA, DURO & LIMA, 2012, p. 190)

Segundo Mackaway-Jones (2010), o enfermeiro tem outras

atividades previstas no STM, como a prestação dos primeiros atendimentos

em casos de reanimação, administração de alguns medicamentos, conforme

o protocolo individual de cada hospital, prestar informações sobre

encaminhamentos do serviço, o direcionamento para especialidades

conforme as conexões do serviço de emergência e a administração da sala

de espera.

Segundo a resolução COFEN (2009), 423/2012 1° parágrafo diz que

no Art. 1° no âmbito da equipe de enfermagem, a classificação de risco e a

priorização da assistência em serviços de urgência e emergência é privativa

do enfermeiro observadas as disposições legais da profissão.

Os profissionais de enfermagem que atendem em emergências

necessitam de capacitação específica, além disso, esse profissional

necessita de autocontrole e disposição para atender o usuário nessa

unidade. (ZEMKKS, MONTEZELI & PERES, 2012)

Segundo Souza (2010), a função do enfermeiro vem se destacando

das demais por sua autonomia nas tomadas de decisões, na capacidade de

avaliar, ordenar e cuidar, tendo como meta o acolhimento e a satisfação do

usuário, garantindo a assistência resolutiva e o comprometimento do bem-

estar da equipe e do usuário.

No modelo de Acolhimento com classificação de risco, protocolos

contribuem para que haja um aumento na resolutividade do enfermeiro

26
frente à assistência, favorecendo o fluxo dos usuários, há uma otimização

tanto de tempo quanto de rendimento no trabalho do enfermeiro, que pode

avaliar clinicamente utilizando todo seu potencial à assistência (ZEMKKS,

MONTEZELI & PERES, 2012, p. 49).

O enfermeiro exerce uma autonomia que ele tem de decidir sobre o seu
trabalho com exercício pleno do saber-fazer durante a assistência. Para a
execução desta avaliação, o Ministério da Saúde designa o enfermeiro,
propondo a utilização de um fluxograma de atendimento para incentivar este
profissional a uma reflexão profunda sobre o processo de trabalho em questão.

Nesse sentido, o trabalho do enfermeiro na classificação de risco

também é influenciado por aspectos sociais e pelo contexto de vida em que

o usuário se encontra. (ACOSTA, DURO & LIMA, 2012, p. 183).

O enfermeiro que atua na triagem é um profissional capacitado para

a função, pois a sua formação é enfatizada na valorização das necessidades

do paciente, não só as biológicas, como também, as sociais e psicológicas.

O enfermeiro deve estar preparado para classificar e, se necessário,

reclassificar a prioridade de atendimento do usuário ao longo do período de

espera. Para isso, a avaliação do enfermeiro deve ser cíclica, ou seja, requer

contínuo planejamento e reavaliações dos usuários. (ACOSTA, DURO &

LIMA, 2012, p. 183)

Com isso pode-se evidenciar que o enfermeiro é o primeiro contato

da equipe de emergência com o paciente, então cabe a ele orientar e coletar

as informações necessárias para que, assim faça a classificação de risco

corretamente.

27
Algumas sugestões e reflexões sobre a
implantação do acolhimento e da classificação de risco
nos serviços de urgência

Levando em consideração que o acolhimento com Classificação de risco


é um dispositivo de melhoria da qualidade dos serviços de urgência que permite
e instiga diversas mudanças nas práticas e que é um importante instrumento na
construção de redes de atenção, sugerimos que sua implementação no sistema
de Urgência do SUS contemple algumas etapas que poderão favorecer a
participação e o envolvimento dos gestores, trabalhadores e usuários,
garantindo maior legitimidade e perenidade ao processo:

1. sensibilização dos gestores, gerentes, chefes, dirigentes,

demais trabalhadores e usuários dos sistemas de urgência e emergência e

atenção hospitalar, em todos os níveis de atenção e gestão locais, por meio

de encontros amplos e abertos, para construir a adesão ao processo de

acolhimento com Classificação de risco e de Construção de redes;

2. realização de oficinas de trabalho para implementação do

acolhimento com Classificação de risco, direcionadas aos trabalhadores de

todas as áreas direta ou indiretamente envolvidas com o serviço de

urgência nas unidades hospitalares e não hospitalares;

3. realização de capacitação específica da enfermagem para a

utilização do protocolo de classificação de risco;

4. acompanhamento, monitoramento e avaliação sistemáticas

das ações para melhorias e correções de rumo que se façam necessárias.

Além disso, a implementação do acolhimento com Classificação de

risco pode ser potencializada pela adoção das seguintes iniciativas:

5. elaboração de um “Manual de informações sobre o sUs

28
Local”, atualizado sistematicamente, que servirá de apoio aos profissionais

que orientam os fluxos entre serviços diversos;

6. Capacitação técnica - incluindo suporte básico e suporte

avançado de vida - para todos os profissionais que atuam na urgência,

inclusive aqueles que não são profissionais de saúde estritamente

(assistentes sociais, administrativos, porteiros e outros).

Nas unidades de atendimento às urgências, as oficinas de trabalho devem


ter os seguintes objetivos:

• Compreender a articulação entre o dispositivo de

acolhimento com classificação de risco e os princípios e diretrizes do sus;

• Refletir sobre a organização do processo de trabalho e o

trabalho em equipe;

• Apreender o conceito de acolhimento nas dimensões

relacional, técnica, clínica e de cidadania;

• Promover a apropriação das tecnologias de classificação de


risco;

• Elaborar propostas para a implementação do acolhimento

com classificação de risco nos serviços e para a construção de redes que

garantam a continuidade do cuidado em saúde;

• Envolver as equipes e gerentes dos serviços no processo de

reflexão crítica sobre as práticas.

Neste sentido, é importante a montagem de grupos multiprofissionais

com a participação dos profissionais que atuam diretamente na área de

urgência (médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, pessoal

administrativo, psicólogos, assistentes sociais, entre outros), dos gestores e

gerentes da área de urgência, assim como dos gestores e técnicos

29
implicados nas áreas que têm interface direta com o serviço de urgência:

gestão de pessoal, áreas de apoio, regulação, representação da rede

externa.

Nos serviços de urgência, onde as equipes trabalham na maior parte das


vezes em regime de plantão, é indispensável a construção de estratégias de
mobilização, de cronograma de rodas de conversa com a equipe multidisciplinar
a serem realizadas em diversos horários diurnos e noturnos, visando à
coletivização da análise e a produção de estratégias conjuntas para o
enfrentamento dos problemas.

Apresentamos a seguir alguns exemplos de questões a serem

consideradas e analisadas pelo grupo nas rodas:

Acesso e caracterização da demanda do serviço

• Como acontece o acesso do usuário ao atendimento em seu


serviço?

• Quem procura o serviço?

• Quem encaminha para o serviço, e como são esses


encaminhamentos?

• O que se configura como necessidade de atendimento no


serviço?

Fluxos e critérios adotados para a organização da atenção ao


usuário

• Ao chegar à unidade a quem/para onde o usuário se dirige?

Quem o recebe? De que modo?

• Qual o caminho que o usuário faz até ser atendido?

30
• Como você percebe a escuta à demanda do usuário?

• Como se dá o acolhimento no serviço?

• O processo de trabalho está organizado de forma a

possibilitar o acolhimento? Por quê?

• Quem define quem será atendido? Quem não é atendido e por


quê?

• Que tipos de agravo à saúde são imediatamente atendidos?

• Em quanto tempo? O que os define como prioritários?

• Há em seu serviço uma ordenação do atendimento? Qual?

• O serviço adota critérios de classificação de cisco? Como

está esse processo?

• Qual a resolutividade do serviço?

Relações de trabalho, espaços de troca, ambiência, relações com


usuários e familiares

• Como são compostas as equipes de atendimento em sua

unidade? Por grupo-classe profissional?

• Há trabalho de equipe multiprofissional? Em que setores?

• Há reuniões ordinárias? Qual a periodicidade? Qual é a

composição do grupo?

• Quais as maiores dificuldades encontradas no funcionamento

por grupo- classe ou equipe multiprofissional?

• Como se dão as relações de trabalho entre as pessoas da

31
equipe e destas com os usuários e familiares?

• Existem espaços de discussão sobre os processos de

trabalho entre gerentes e trabalhadores?

• Como são tomadas as decisões em sua unidade? Pelas

chefias, pelo gestor geral da unidade, por colegiados?

• Como é seu ambiente de trabalho?

• Como se dá a participação dos trabalhadores e usuários nos

processos de mudança do espaço de trabalho?

• Como é o ambiente e no que ele interfere nas práticas de

acolhimento? (conforto, privacidade, informação, sinalização).

• Em que medida a ambiência tem contribuído para a

promoção do acolhimento com Classificação de risco?

• Existem formas e canais de comunicação com os usuários?


Quais?

• Do que e como a rede social do usuário é informada? Que

profissionais participam desse processo?

Relações com outros serviços, internos e externos

• Quais são as responsabilidades das portas de urgência no

SUS na sua cidade/região/estado?

• Como a porta da urgência do seu serviço se relaciona com os

outros serviços do sistema de saúde (hospitais, atenção Básica, samu,

Pronto atendimentos, Caps, etc.)?

• Como a unidade de urgência se relaciona com as demais

unidades do hospital (Uti, enfermarias, serviços de apoio, transporte, etc.)?

32
• Como é feito o encaminhamento dos casos não atendidos na
unidade?

Quem responde por eles?

Há articulação com a rede de serviços de saúde (sistema de


referência/contrarreferência)? Como funciona?

33
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