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PREÂMBULO

Sob a proteção de Deus, o Grande Arquiteto do Universo, e em homenagem aos que


fizeram a nossa história, aos que fazem o nosso tempo e aos que acreditam no futuro, os
Vereadores Constituintes, reafirmando a divisa gravada no brasão do Município:
"PATRIAM CHARITATEM ET LIBERTATEM DOCUI", que lembra: "À PÁTRIA ENSINEI A
CARIDADE E A LIBERDADE", promulgam a

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SANTOS

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TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

SEÇÃO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 1º O Município de Santos, em união indissolúvel ao


Estado de São Paulo e à República Federativa do Brasil, constituído, dentro do Estado
Democrático de Direito em esfera de governo local, no pleno uso de sua autonomia política,
administrativa e financeira, reger-se-á por esta Lei Orgânica, votada e aprovada pela Câmara
Municipal, nos termos assegurados pelas Constituições Federal e Estadual.

§ 1º A ação municipal desenvolve-se em todo seu território,


sem privilégios de distritos e bairros, eliminando as desigualdades regionais e sociais,
promovendo o bem-estar de seus habitantes, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação.

§ 2º A soberania popular manifesta-se quando a todos são


asseguradas condições dignas de existência e será exercida:
I – pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto com
valor igual para todos;
II – pelo plebiscito, a respeito de questões relevantes, quando
pelo menos um por cento do eleitorado do Município o requerer ao Tribunal Regional
Eleitoral, ouvida a Câmara;
III – pelo referendo, quando ao menos um por cento do
eleitorado do Município o requerer à Câmara;
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IV – pelo veto;
V – pela iniciativa popular, no processo legislativo;
VI – pela participação popular nas decisões do Município e no
aperfeiçoamento democrático de suas instituições;
VII – pela ação fiscalizadora sobre a Administração Pública.

§ 3º São princípios administrativos do Município, presentes


em todos os seus atos:
I – transparência e publicidade de atos e ações;

 Inciso com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 13, de 19 de abril de 1993 (Jornal “A Tribuna de
24/04/1993).

II – moralidade;
III – participação popular;
IV – descentralização administrativa.

Art. 2º São poderes do Município, independentes e


harmônicos entre si, o Legislativo e o Executivo.

Art. 3º São símbolos do Município: o brasão de armas, a


bandeira e o hino.

SEÇÃO II
DA ORGANIZAÇÃO
POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

Art. 4º O Município de Santos, unidade territorial do Estado


de São Paulo, é pessoa de direito público interno, com sede no distrito de Santos.

Parágrafo Único. Qualquer alteração territorial do Município


só poderá ser feita na forma da lei complementar estadual, preservando a continuidade e a
unidade histórico-cultural do ambiente urbano, e dependerá de consulta prévia, mediante
plebiscito, às populações diretamente interessadas.

 Parágrafo 1o revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 28, de 09 de outubro de 1995 (DOM de 18/10/1995)
renumerando-se o atual § 2o para “Parágrafo Único”.

SEÇÃO III
DOS BENS

Art. 5º São bens do Município:


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I – todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações que, a
qualquer título, pertençam ao Município;
II – as terras devolutas situadas em seu território.

SEÇÃO IV
DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA

Art. 6º Compete ao Município:


I – legislar sobre assuntos de interesse local;
II – instituir e arrecadar os tributos de sua competência;
III – aplicar suas rendas, prestando contas e publicando
balancetes, nos prazos fixados em lei;
IV – criar, organizar e suprimir distritos, observada a
legislação estadual;
V – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte
coletivo, que tem caráter essencial;
VI – manter, com a cooperação técnica e financeira da União
e do Estado, programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental;
VII – prestar, com a cooperação técnica e financeira da União
e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;
VIII – promover, no que couber, adequado ordenamento
territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo
urbano;
IX – promover a proteção do patrimônio histórico e cultural,
observadas a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual;
X – elaborar e executar a política de desenvolvimento urbano,
com o objetivo de ordenar as funções sociais das áreas habitadas no Município, e garantir o
bem-estar de seus habitantes;
XI – elaborar e executar o plano diretor, como instrumento
básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana;
XII – constituir a Guarda Municipal, destinada à proteção de
seus bens, serviços e instalações, além de proteção e fiscalização ao meio ambiente, ao
patrimônio histórico, cultural, ecológico, paisagístico e às posturas do município, conforme
dispuser a lei; (NR)

 Inciso com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 39, de 20 de março de 2000 (DOM de 24/03/2000).
 Inciso com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 66, de 07 de maio de 2015 (DOM de 13/05/2015).
 Inciso com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 72, de 19 de maio de 2016 (DOM de 03/06/2016).

XIII – planejar e promover a defesa permanente contra as


calamidades públicas;

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XIV – legislar sobre licitação e contratação, em todas as
modalidades, para a administração pública municipal, direta e indireta, inclusive as
fundações públicas municipais e empresas sob seu controle, observadas as normas gerais da
legislação federal.

SEÇÃO V
DA COMPETÊNCIA COMUM

Art. 7º É da competência do Município, concorrentemente


com a União e o Estado:
I – zelar pela guarda da Constituição, das leis e das
instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
II – cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e
garantia das pessoas portadoras de deficiência;
III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor
histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios
arqueológicos;
IV – impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de
obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico e cultural;
V – proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à
ciência;
VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em
qualquer de suas formas;
VII – preservar as florestas, a fauna, a flora, as praias, os
manguezais e os costões;
VIII – fomentar a produção agropecuária e organizar o
abastecimento alimentar;
IX – promover programas de construção de moradias e a
melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;
X – combater as causas da pobreza e os fatores de
marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;
XI – registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de
direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais, em seu território;
XII – estabelecer e implantar a política de educação para a
segurança do trânsito.

Parágrafo Único. A cooperação do Município com a União e


o Estado, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar na sua área
territorial, será feita na conformidade de lei complementar federal fixadora dessas normas.

SEÇÃO VI
DA COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR

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Art. 8º Ao Município compete suplementar as legislações
federal e estadual no que couber e naquilo que disser respeito ao seu peculiar interesse,
visando a adaptá-las à realidade local.

CAPÍTULO II
DAS VEDAÇÕES

Art. 9º É vedado ao Município:


I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los,
embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de
dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II – recusar fé aos documentos públicos;
III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

TÍTULO II
DO PODER LEGISLATIVO
CAPÍTULO I
DISPOSICÕES GERAIS

Art. 10. O Poder Legislativo do Município é exercido pela


Câmara Municipal.

Parágrafo Único. O Presidente da Câmara representa o Poder


Legislativo.

SEÇÃO I
DA CÂMARA MUNICIPAL

Art. 11. A Câmara Municipal é composta de Vereadores


eleitos pelo sistema proporcional, com mandato de quatro anos.

Parágrafo Único. Cada legislatura terá a duração de quatro


anos, compreendendo, cada ano, uma sessão legislativa.
Art. 12. As sessões, deliberações e votações da Câmara e de
suas Comissões serão públicas e tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta
de seus membros, salvo disposições em contrário, expressamente previstas nesta Lei
Orgânica.

Parágrafo Único. Dependem do voto favorável de dois terços


dos membros da Câmara:
I – as leis concernentes a:

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a) aprovação a alteração do Plano Diretor de Desenvolvimento
e Expansão Urbana;
b) zoneamento urbano;
c) concessão de serviços públicos;
d) concessão de direito real de uso;
e) alienação de bens imóveis;
f) aquisição de bens imóveis por doação com encargo;
g) obtenção de empréstimo de particular;
II – REVOGADO;

 Inciso revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 43, de 25 de fevereiro de 2002 (DOM de 02/03/2002).

III – destituição de componentes da Mesa.

SEÇÃO II
DO NÚMERO DE VEREADORES

Art. 13. A Câmara terá vinte e um Vereadores a partir da


Legislação que terá início em 01 de dezembro de 2013. (NR)

 Artigo 13 com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 48, de 08 de agosto de 2005 (DOM
28/10/2006).
 Artigo 13 com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 059, de 29 de setembro de 2011
(DOM de 06/10/2011).

SEÇÃO III
DA POSSE

Art. 14. A Câmara reunir-se-á em sessão de instalação


legislativa, a 1º de janeiro do ano subseqüente às eleições, às dezessete horas, para a posse
de seus membros, do Prefeito e do Vice-Prefeito e eleição da Mesa e das Comissões
Permanentes.

 “Caput” com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 20, de 14 de março de 1994 (DOM de
06/04/1994).

§ 1º Os Vereadores deverão apresentar, no ato da posse, de


seis em seis meses e no término do mandato declarações públicas de bens, que serão
publicadas na imprensa local e ficarão arquivadas na Câmara, constando de ata o seu
resumo.

 Parágrafo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 09, de 23 de novembro de 1992 (Jornal
“A Tribuna” de 26/11/1992).
 Parágrafo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 18, de 18 de outubro de 1993 (DOM de
22/10/1993).

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 Parágrafo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 19, de 07 de fevereiro de 1994 (DOM de
17/02/1994).

§ 2º O Vereador que não tomar posse na sessão prevista neste


artigo deverá fazê-lo no prazo de quinze dias, salvo motivo justo, aceito pela Câmara.

§ 3º Os Vereadores deverão autorizar a liberação do sigilo


bancário de suas contas correntes e investimentos.

 Parágrafo acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº. 19, de 07 de fevereiro de 1994 (DOM de 17/02/1994).

SEÇÃO IV
DOS VEREADORES

Art. 15. Os Vereadores são invioláveis por suas opiniões,


palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município.

Parágrafo Único. Os Vereadores não serão obrigados a


testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato
nem sobre as pessoas que lhes confiarem ou deles receberem informações.

Art. 16. Os Vereadores não poderão:


I – desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito
público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa
concessionária de serviço público municipal, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas
uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado,
inclusive os que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior,
salvo se nelas já se encontravam antes da diplomação e houver compatibilidade entre o
horário normal daquelas entidades e as atividades no exercício do mandato;
II – desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que
goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público municipal ou
nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad
nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a";
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das
entidades a que se refere o inciso I, "a";
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público
eletivo.

Art. 17. Perderá o mandato o Vereador:

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I – que infringir qualquer das proibições estabelecidas no
artigo anterior;
II – cujo procedimento for declarado incompatível com o
decoro parlamentar;
III – que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à
terça parte das sessões ordinárias da Câmara, salvo licença ou missão por esta autorizada;
IV – que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
V – quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos
constitucionalmente previstos;
VI – que sofrer condenação criminal em sentença transitada
em julgado;
VII – que fixar residência fora do Município;
VIII – que se utilizar do mandato para a prática de atos de
corrupção ou de improbidade administrativa.

§ 1º É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos


definidos no Regimento Interno, o abuso das prerrogativas asseguradas aos Vereadores ou a
percepção de vantagens indevidas.

§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato é


decidida pela Câmara, pelo voto de 2/3 (dois terços) de seus membros, mediante provocação
da Mesa, de partido político representado na Casa, de eleitor e da Comissão de Ética,
Decoro e Corregedoria Parlamentar, assegurada ampla defesa, aplicando-se, no que couber,
o Decreto-lei n° 201/67, ouvida a Comissão Permanente de Ética, Decoro e Corregedoria
Parlamentar, e após pronunciamento da Comissão de Justiça e Redação da Câmara, quanto
ao preenchimento dos requisitos legais à instauração do competente processo.

 Parágrafo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 35, de 29 de setembro de 1997 (DOM de
04/10/1997).

§ 3º Nos casos previstos nos incisos III, IV, V e VII, a perda


será declarada pela Mesa, de ofício ou mediante provocação de qualquer Vereador ou de
partido político representado na Casa, assegurada ampla defesa.

Art. 18. Não perderá o mandato o Vereador:


I – investido no cargo de Secretário Municipal ou equivalente,
bem assim em qualquer outro cargo administrativo, de confiança, nos governos estadual e
federal, hipótese em que será automaticamente licenciado, podendo optar pela remuneração;

 Inciso com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 25, de 23 de janeiro de 1995 (DOM de 26/01/1995).

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II – licenciado pela Câmara por motivo de doença, gestação
ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o
afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa.

§ 1º O suplente será convocado nos casos de vaga ou licença,


devendo tomar posse, no prazo de quinze dias, contados da data da convocação, salvo justo
motivo, aceito pela Câmara, quando se prorrogará o prazo.

§ 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, se faltarem mais


de quinze meses para o término do mandato, a Câmara representará à Justiça Eleitoral, para
a realização de eleições, a fim de preenchê-la.

Art. 19. No exercício de seu mandato, o Vereador terá livre


acesso às repartições públicas, podendo diligenciar, pessoalmente, junto aos órgãos da
administração direta, sociedades de economia mista, autarquias e fundações, a fim de
consultar e requerer documentos, devendo ser atendido pelos respectivos responsáveis, na
forma da lei.

CAPÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA

Art. 20. Cabe à Câmara, com a sanção do Prefeito,


ressalvadas as especificadas nos artigos 21 e 36, dispor acerca de todas as matérias de
competência do Município, especialmente:
I – legislar sobre tributos municipais, arrecadação e
distribuição de suas rendas, isenções, anistias fiscais, remissão de dívidas e parcelamento de
débitos fiscais;
II – legislar sobre plano plurianual, diretrizes orçamentárias,
orçamento anual, operações de crédito e dívida pública;
III – legislar sobre Plano Diretor de Desenvolvimento e
Expansão Urbana, normas urbanísticas relativas ao zoneamento e parcelamento do solo,
perímetro urbano, Código de Edificações e de Posturas;
IV – normatizar a iniciativa popular a projetos de lei de
interesse do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos,
cinco por cento do eleitorado, garantida a defesa nas Comissões Permanentes da Câmara,
por um dos signatários, pelo prazo de quinze minutos;
V – alterar denominação de próprios, vias e logradouros
públicos, consultada a população da localidade;
VI – legislar sobre criação, organização e supressão de
distritos, observada a legislação estadual;
VII – autorizar a alteração de denominação de próprios, vias e
logradouros públicos, consultada a população da localidade;

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VIII – autorizar a fixação e modificação do efetivo da Guarda
Civil Municipal;

 Inciso com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 072, de 19 de maio de 2016 (DOM de 03/06/2016).

IX – autorizar planos e programas municipais de


desenvolvimento;
X – autorizar abertura de créditos suplementares, especiais e
extraordinários;
XI – autorizar concessão de auxílios e subvenções;
XII – autorizar concessão de serviços públicos;
XIII – autorizar concessão de direito real de uso de bens
municipais;
XIV – autorizar concessão administrativa de uso de bens
municipais;
XV – autorizar alienação de bens imóveis;
XVI – autorizar aquisição de bens imóveis, salvo quando se
tratar de doação sem encargo;
XVII – autorizar a transferência temporária da sede do
Governo Municipal;
XVIII – autorizar a criação, transformação e extinção de
cargos, empregos e funções públicas e fixar-lhes a respectiva remuneração;
XIX – autorizar a criação, transformação, extinção e
estruturação de empresas públicas, sociedades de economia mista, autarquias e fundações;
XX – autorizar convênios com entidades públicas ou
particulares e consórcios que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio
municipal;
XXI – autorizar a criação, as atribuições e a extinção de
Secretarias Municipais e de órgãos da administração direta e indireta.

 Inciso com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 89, de 04 de novembro de 2021 (DOM de
10/11/2021).

Art. 21.Compete, privativamente, à Câmara:


I – eleger a Mesa, destituí-la e constituir as Comissões, na
forma regimental;
II – elaborar seu Regimento Interno;
III – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia,
criação, transformação ou extinção de cargos, empregos e funções de seus serviços e fixação
da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na Lei de Diretrizes
Orçamentárias;
IV – dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, conhecer de sua
renúncia ou afastá-los, definitivamente, do cargo;

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V – autorizar o Prefeito e o Vice-Prefeito a se ausentarem do
Município, quando o afastamento exceder a quinze dias;
VI – comceder licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos
Vereadores;
VII – mudar, temporariamente, sua sede;
VIII – fixar a remuneração dos Vereadores, do Prefeito e do
Vice-Prefeito, em cada legislatura, para a subseqüente, observados o que dispõe o artigo 67,
XII, desta Lei Orgânica e a paridade de vencimentos entre os Chefes dos Poderes;
IX – julgar, anualmente, as contas prestadas pelo Prefeito e
apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo;
X – proceder à tomada de contas do Prefeito, quando não
apresentadas à Câmara, dentro de sessenta dias, após a abertura da sessão legislativa;
XI – fiscalizar e controlar, diretamente, os atos do Poder
Executivo, incluídos os da administração indireta;
XII – zelar pela preservação de sua competência legislativa,
em face da atribuição normativa do Poder Executivo;
XIII – representar ao Ministério Público, por dois terços de
seus membros, e instaurar processo contra o Prefeito, Vice-Prefeito e os Secretários
Municipais, pela prática de crime contra a Administração Pública, de que tiver
conhecimento;
XIV – autorizar referendo e convocar plebiscito;
XV – declarar perda de mandato do Prefeito;
XVI – criar comissões especiais de inquérito;
XVII – requisitar informações aos Secretários Municipais;
XVIII – solicitar ao Prefeito informações sobre assuntos
referentes à Administração;
XIX – julgar os Vereadores, o Prefeito e o Vice-Prefeito;
XX – conceder título honorífico a pessoas que tenham,
reconhecidamente, prestado serviços ao Município, mediante decreto legislativo aprovado
por dois terços de seus membros;
XXI – julgar o Prefeito e Vereadores por infração político-
administrativa, aplicando-se, no que couber, o Decreto-lei n° 201/67.
XXII – criar e disciplinar a Tribuna Popular, em seu
Regimento Interno, garantindo a palavra de representantes da sociedade civil santista.

 Inciso com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 35, de 29 de setembro de 1997 (DOM de
04/10/1997)
 Inciso com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 051, de 21 de agosto de 2006 (DOM de
30/08/2006)

Art. 22. A Câmara e qualquer de suas Comissões, com a


devida anuência do plenário, poderá convocar o Prefeito; Vice-Prefeito; Secretários
Municipais, Presidentes de Fundações, Autarquias e de Empresas controladas pelo
Município; e Presidentes e/ou Diretores de Empresas Permissionárias ou Concessionárias de
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Serviços Públicos para que, no prazo de 8 (oito) dias, preste pessoalmente esclarecimentos
sobre assunto previamente determinado. (NR)

 “Caput” com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 077, de 02 de fevereiro de 2017 (DOM de
14/02/2017).
 “Caput” com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 90, de 06 de outubro de 2022 (DOM de
10/11/2022).

§ 1º Os Secretários Municipais podem comparecer à Câmara


ou a qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e após aprovação pelo Plenário, para
exporem assunto de relevância de sua Secretaria.

§ 2º A Mesa da Câmara, após aprovação pelo Plenário,


encaminhará pedidos escritos de informação aos Secretários Municipais.

Art. 23. Aos cargos de Diretor e Chefe do Gabinete de


Assessoria Técnico-Legislativa são assegurados os mesmos vencimentos percebidos pelos
Secretários Municipais.

SEÇÃO I
DAS REUNIÕES

Art. 24. A Câmara reunir-se-á, anualmente, em sua sede, de 1º


de fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro.

§ 1º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas


para o primeiro dia útil subseqüente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados.

§ 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a


aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

Art. 25. A convocação extraordinária da Câmara far-se-á pelo


Presidente, pelo Prefeito ou a requerimento da maioria absoluta dos Vereadores, em caso de
urgência ou de interesse público relevante, com notificação pessoal ou escrita aos
Vereadores, com antecedência mínima de vinte e quatro horas.

§ 1º Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara somente


deliberará sobre a matéria para a qual foi convocada.

§ 2º REVOGADO.

 Parágrafo revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº. 07, de 24 de agosto de 1992 (Jornal “A Tribuna” de
27/08/1992)

SEÇÃO II
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DA MESA E DAS COMISSÕES

Art. 26. Imediatamente depois da posse, os Vereadores reunir-


se-ão sob a presidência do mais votado dentre os presentes e, havendo maioria absoluta dos
membros da Câmara, elegerão os componentes da Mesa, que ficarão automaticamente
empossados.

§ 1º Não havendo número legal, o Vereador mais votado


dentre os presentes permanecerá na presidência e convocará sessões diárias, até que seja
eleita a Mesa.

§ 2º Para substituir o Presidente, em suas faltas, impedimentos


e licenças, haverá o 1º e 2º Vice-Presidentes.

 Parágrafo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 28, de 09 de outubro de 1995 (DOM de
18/10/1995).

Art. 27. Os membros da Mesa serão eleitos para um mandato


de dois anos.

§ 1º A eleição far-se-á, em primeiro escrutínio, pela maioria


absoluta da Câmara.

§ 2º É vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição


imediatamente subseqüente.
Art. 28. A eleição para renovação da Mesa realizar-se-á em
data a ser fixada pelo Regimento Interno da Câmara Municipal de Santos.

 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 36, de 13 de outubro de 1998 (DOM de
15/10/1998)

Art. 29. À Mesa, dentre outras atribuições, compete:


I – propor projetos de lei que criem ou extingam cargos dos
serviços da Câmara e fixem os respectivos vencimentos;
II – elaborar e expedir, mediante ato, a discriminação analítica
das dotações orçamentárias da Câmara, bem como alterá-la, quando necessário;
III – apresentar projetos de lei dispondo sobre abertura de
créditos suplementares ou especiais, através de anulação parcial ou total da dotação da
Câmara;
IV – suplementar, mediante ato, as dotações do orçamento da
Câmara, observado o limite da autorização constante da lei orçamentária, desde que os
recursos para sua cobertura sejam provenientes de anulação total ou parcial de suas dotações
orçamentárias;

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V – devolver à Tesouraria da Prefeitura o saldo de caixa
existente na Câmara ao final do exercício;
VI – emviar ao Prefeito, até o dia primeiro de março, as contas
do exercício anterior;
VII – nomear, promover, comissionar, conceder gratificações,
licenças, pôr em disponibilidade, exonerar, demitir, aposentar e punir funcionário ou
servidores da Secretaria da Câmara, nos termos da lei;
VIII – apresentar ao Plenário, até o dia vinte de cada mês,
balancete relativo aos recursos e às despesas do mês anterior.

Art. 30. A Câmara terá Comissões Permanentes e


Temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no Regimento Interno ou
no ato de que resultar sua criação.

Parágrafo Único. Às Comissões, em razão da matéria de sua


competência, cabe:
I – realizar, periodicamente, audiências públicas, com
entidades da comunidade;
II – convocar Prefeito, Vice-Prefeito, Secretários Municipais,
dirigentes de autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações,
instituídas ou mantidas pelo Poder Público, para prestarem informações sobre assuntos
inerentes a suas atribuições, previamente determinados, no prazo de quinze dias, sujeitando-
se, pelo não comparecimento sem justificativa adequada, às penas da lei;
III – receber petições, reclamações, representações ou queixas
de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades públicas municipais;
IV – solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
V – apreciar programas de obras, planos municipais de
desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.

Art. 31. As Comissões Especiais de Inquérito, que terão


poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos no
Regimento Interno, serão criadas mediante requerimento de um terço dos Vereadores que
compõem a Câmara, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas
conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a
responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

Art. 32. As comissões processantes serão constituídas,


especificamente, para os casos de cassação de mandato, na forma da lei.

Art. 33. Na constituição da Mesa e de cada comissão é


assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos
parlamentares que participam da Câmara.

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Art. 34. Na última sessão ordinária de cada período
legislativo, o Presidente da Câmara publicará a escala dos membros da Mesa e seus
substitutos, que responderão pelo expediente do Poder Legislativo durante o recesso
seguinte, com as atribuições definidas no Regimento Interno.

CAPÍTULO III
DO PROCESSO LEGISLATIVO

Art. 35. O processo legislativo compreende a elaboração de:


I – emendas à Lei Orgânica;
II – leis complementares;
III – leis ordinárias;
IV – decretos legislativos;
V – resoluções.

Parágrafo Único. A elaboração, redação, alteração e


consolidação de leis dar-se-ão na conformidade da lei complementar federal, desta Lei
Orgânica e do Regimento Interno.

SEÇÃO I
DAS EMENDAS À LEI ORGÂNICA

Art. 36. Esta Lei Orgânica poderá ser emendada, mediante


proposta:
I – de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara;
II – do Prefeito Municipal;
III – de cidadãos, mediante proposta subscrita por, no
mínimo, cinco por cento do eleitorado.

§ 1º A proposta será discutida e votada em dois turnos, com


interstício mínimo de dez dias, considerando-se aprovada se obtiver, em cada um, dois
terços dos membros da Câmara.

§ 2º Na hipótese do inciso III, a proposta deverá conter, após


cada uma das assinaturas e de modo legível, o nome do signatário, o número de seu título
eleitoral, zona e seção em que vota, podendo ser apresentada inclusive através da rede
mundial de computadores – internet – na forma da lei.

 Parágrafo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 68, de 03 de setembro de 2015 (D.O. De
14/09/2015).

§ 3º A proposta deverá conter, ainda, indicação do responsável


pela coleta de assinaturas.

15
§ 4º As emendas à Lei Orgânica serão promulgadas pela Mesa
da Câmara, com o respectivo número de ordem.

§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada não


poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

SEÇÃO II
DAS LEIS

Art. 37. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe


a qualquer Vereador ou Comissão, ao Prefeito e ao eleitorado do Município, na forma e nos
casos previstos nesta Lei Orgânica.

Parágrafo Único. Não serão suscetíveis de iniciativa popular


matérias de iniciativa exclusiva ou privativa, definidas nesta Lei Orgânica.

Art. 38. A iniciativa de leis complementares e ordinárias,


pelos cidadãos, observará o disposto no inciso III e nos parágrafos 2º e 3º do artigo 36 desta
lei.

Art. 39. São de iniciativa privativa do Prefeito as leis que:


I – disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na
administração direta e autárquica e fixação de sua remuneração;
b) servidores públicos do Município, seu regime jurídico,
provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;
c) criação, atribuições e extinção das Secretarias Municipais e
órgãos da administração direta e indireta;

 Alínea com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 89, de 04 de novembro de 2021 (DOM de
10/11/2021).

d) plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamentos


anuais e créditos adicionais;
II – fixem ou modifiquem o efetivo da Guarda Civil
Municipal; (NR)

 Inciso com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 072, de 19 de maio de 2016 (DOM de 03/06/2016).

Art. 40. Serão objeto de lei complementar, dentre outras


previstas nesta Lei Orgânica:
I – Código Tributário do Município;

16
II – Código de Edificações;
III – Plano Diretor Físico do Município;
IV – Código de Posturas;
V – Estatuto dos Servidores Públicos Municipais;
VI – criação de cargos, funções ou empregos públicos;
VII – criação, transformação, fusão, cisão, incorporação,
privatização ou extinção de fundações, autarquias e órgãos da administração indireta.

Art. 41. Não será admitido aumento da despesa prevista:


I – nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito, ressalvado
o disposto no artigo 115, desta lei;
II – nos projetos sobre a organização da Secretaria da Câmara,
de iniciativa privativa da Mesa.

Art. 42. O Prefeito poderá solicitar urgência para apreciação


dos projetos de sua iniciativa.

§ 1º Se a Câmara não se manifestar, em até quarenta e cinco


dias, sobre a proposição, será esta incluída na Ordem do Dia, sobrestando-se a deliberação
quanto aos demais assuntos, para que se ultime a votação, excetuados os casos do artigo 120
que serão preferenciais na ordem numerada.

§ 2º O prazo previsto no parágrafo anterior não corre nos


períodos de recesso nem se aplica aos projetos de código.

Art. 43. Nas hipóteses em que se exige quorum qualificado


para aprovação de qualquer proposição legislativa, repetir-se-á a votação quando for obtida
apenas maioria relativa de votos favoráveis.

§ 1º Se na segunda votação ainda não for obtida a maioria


qualificada de votos favoráveis, considerar-se-á prejudicada a proposição, ressalvados os
projetos sobre plano plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamento anual.

§ 2º Nas hipóteses ressalvadas no parágrafo anterior, a votação


será renovada tantas vezes quantas se fizerem necessárias, até que se alcance a maioria
qualificada.

Art. 44. O projeto de lei aprovado pela Câmara será enviado,


dentro de dez dias úteis, como autógrafo ao Prefeito que, aquiescendo, o sancionará.

§ 1º Se o Prefeito considerar o projeto, no todo ou em parte,


inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente no prazo

17
de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e
oito horas, ao Presidente da Câmara, os motivos do veto.

§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo,


de parágrafo, de inciso ou de alínea.

§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Prefeito


importará sanção.

§ 4º O veto será apreciado pela Câmara, dentro de trinta dias,


a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos
Vereadores.

§ 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado ao


Prefeito para promulgação.

§ 6º Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no § 4º,


o veto será colocado na Ordem do Dia da sessão imediata, sobrestadas as demais
proposições, até sua votação final.

§ 7º Se a lei não for promulgada, dentro de quarenta e oito


horas, pelo Prefeito, nos casos dos §§ 3º e 5º, o Presidente da Câmara promulgará e, se este
não o fizer, em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente fazê-lo obrigatoriamente.

§ 8º O prazo para apreciação do veto não corre nos períodos


de recesso da Câmara.

§ 9º Os motivos do veto, total ou parcial, serão resumidamente


publicados no Diário Oficial, no mesmo prazo de quarenta e oito horas que o Prefeito tem
para comunicá-los ao Presidente da Câmara Municipal, conforme § 1º deste artigo.

 Parágrafo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 69, de 01 de fevereiro de 2016 (D.O. De
16/02/2016).

Art. 45. A matéria constante de projeto de lei rejeitado


somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante
proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara.

Parágrafo Único. O disposto neste artigo não se aplica aos


projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito, que serão submetidos à deliberação da Câmara.

Art. 46. As leis complementares serão aprovadas por maioria


absoluta.

18
Art. 47. Nenhum projeto de lei que implique a criação ou o
aumento de despesa pública será sancionado sem que dele conste a indicação dos recursos
disponíveis, próprios para atender aos novos encargos.

Parágrafo Único. O disposto neste artigo não se aplica a


créditos extraordinários.

SEÇÃO III
DOS DECRETOS LEGISLATIVOS
E DAS RESOLUÇÕES

Art. 48. As proposições destinadas a regular matéria político-


administrativa de competência exclusiva da Câmara são:
a) decreto legislativo, de efeitos externos;
b) resolução, de efeitos internos.

Parágrafo único. Os projetos de decreto legislativo e de


resolução, terão apenas uma discussão e um só turno de votação, exceto projeto de resolução
visando alterar o Regimento Interno da Câmara Municipal, que será considerado aprovado
após duas discussões e votações, e independem de sanção do Prefeito, sendo promulgados
pelo Presidente da Câmara.

 Parágrafo Único alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 047, de 06 de junho de 2005 (DOM de
24/06/2005)

CAPÍTULO IV
DO EXAME PÚBLICO DAS CONTAS
MUNICIPAIS

Art. 49. As contas do Município ficarão à disposição de


qualquer cidadão durante sessenta dias, a partir de sua apresentação, para exame e
apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, na forma da lei.

Parágrafo Único. Vencido o prazo do parágrafo anterior, as


contas e as questões levantadas serão enviadas ao Tribunal de Contas para emissão de
parecer prévio.

TÍTULO III
DO PODER EXECUTIVO

Art. 50. O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito


Municipal, auxiliado por Secretários Municipais.
19
Parágrafo Único. São asseguradas a participação popular nas
decisões do Poder Executivo e a realização, periodicamente, de audiências públicas com
entidades da comunidade.

CAPÍTULO ÚNICO
DO PREFEITO
E DO VICE-PREFEITO

Art. 51. A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito, para


mandato de quatro anos, dá-se mediante pleito direto, realizado noventa dias antes do
término do mandato de seus antecessores, observado, quanto ao mais, o disposto nos
parágrafos 1º e 5º do artigo 77 da Constituição da República.

Art. 52. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse em sessão


da Câmara, no dia 1º de janeiro do ano subseqüente à eleição, às dezessete horas, prestando
compromisso de manter, defender e cumprir a Lei Orgânica, observar as Constituições
Federal e Estadual, promover o bem geral dos munícipes e exercer o cargo sob a inspiração
da democracia, da legitimidade e da legalidade.

 “Caput” com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 28, de 09 de outubro de 1995 (DOM de
18/10/1995).

Parágrafo Único. Se, decorridos dez dias da data fixada para


a posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo motivo de força maior, aceito pela Câmara, não
tiver assumido o cargo, este será declarado vago.

Art. 53. Substituirá o Prefeito, no caso de impedimento, e


suceder-lhe-á, no caso de vaga, o Vice-Prefeito.

§ 1º O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem


conferidas por lei complementar, auxiliará o Prefeito, sempre que por ele convocado para
missões especiais.

§ 2º A investidura do Vice-Prefeito em Secretaria Municipal


não impedirá as funções previstas no parágrafo anterior.

Art. 54. Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-


Prefeito, ou vacância dos respectivos cargos, serão, sucessivamente chamados, ao exercício
do cargo de Prefeito, o Presidente da Câmara e o Procurador Geral do Município.

 Alterado pela redação dada pela Emenda à Lei Orgânica n.º 55/2010 de 01 de fevereiro de 2010.

20
Art. 55. Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, far-se-
á eleição, noventa dias depois de aberta a última vaga.

§ 1º Ocorrendo a vacância, nos últimos dois anos de mandato,


a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois de aberta a última vaga, pela
Câmara, na forma da lei.
§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o
período dos antecessores.

Art. 56 O Prefeito e o Vice-Prefeito não poderão, sem licença


da Câmara, ausentar-se do Município, por período superior a quinze dias, sob pena de perda
do cargo.

§ 1º O Prefeito poderá licenciar-se quando:


I – impossibilitado de exercer o cargo, por motivo de doença
devidamente comprovada, ou gestação;
II – em gozo de férias;
III – a serviço ou em missão de representação do Município.

§ 2º O Prefeito, regularmente licenciado, receberá a


remuneração integral.

§ 3º O Prefeito gozará férias anuais de trinta dias sem prejuízo


da remuneração, ficando a seu critério a época para usufruir do descanso.

Art. 56-A. Quando o Prefeito se ausentar do Município por


prazo inferior a quinze dias dará publicidade no Diário Oficial e comunicará à Câmara, com
antecedência de, no mínimo, vinte e quatro horas, o período em que o Vice-Prefeito
responderá pela Administração.

 Artigo acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº 45, de 13 de outubro de 2004 (DOM de
20/102004)

Art. 57. O Prefeito e o Vice-Prefeito deverão apresentar, no


ato de posse, de seis em seis meses e no término do mandato declarações públicas de bens,
que serão publicadas na imprensa local e ficarão arquivadas na Câmara, constando de ata o
seu resumo.

Parágrafo único. O Prefeito e o Vice-Prefeito deverão


autorizar a liberação do sigilo bancário de suas contas correntes e investimentos.

 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 09, de 23 de novembro de 1992 (Jornal “A Tribuna” de
26/11/1992)
 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 18, de 18 de outubro de 1993 (DOM de 22/10/1993)

21
 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 19, de 07 de fevereiro de 1994 (DOM de 17/02/1994)

SEÇÃO I
DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO

Art. 58. Compete, privativamente, ao Prefeito:


I – representar o Município nas suas relações jurídicas,
políticas e administrativas;
II – exercer, com auxílio dos Secretários Municipais, a direção
superior da Administração Municipal;
III – nomear e exonerar os Secretários Municipais e o
Procurador Geral do Município;
IV – nomear e exonerar os dirigentes de autarquias e
fundações;
V – fixar ou alterar os quadros, vencimentos e as vantagens do
pessoal das fundações instituídas ou mantidas pelo Município, nos termos da lei;
VI – iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos
previstos nesta Lei Orgânica;
VII – indicar diretores de sociedades de economia mista, de
empresas públicas e fundações, escolhidos preferencialmente dentre os funcionários de seus
respectivos quadros;
VIII – praticar os demais atos da administração, nos limites da
competência do Executivo;
IX – subscrever ou adquirir ações, realizar ou aumentar
capital, desde que haja recursos hábeis, de sociedades de economia mista ou empresas
públicas, bem como dispor, a qualquer título, no todo ou em parte, de ações ou capital que
tenha subscrito, adquirido, realizado ou aumentado, mediante autorização da Câmara;
X – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, na imprensa
oficial do Município e, na ausência desta, na imprensa local, bem como expedir decretos e
regulamentos para sua fiel execução;
XI – vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
XII – dispor, mediante decreto, sobre;
a) organização e funcionamento da administração pública
municipal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos
públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

 Acrescidas alíneas “a” e “b” pela Emenda à Lei Orgânica nº. 89, de 04 de novembro de 2021 (DOM de
10/11/2021).

22
XIII – comparecer ou remeter mensagem e plano de governo
à Câmara, por ocasião da abertura de sessão legislativa, expondo a situação do Município e
solicitando as providências que julgar necessárias;
XIV – enviar à Câmara projetos de lei relativos ao plano
plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, dívida pública e operações de crédito;
XV – prestar anualmente à Câmara, dentro de sessenta dias
após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
XVI – prover e extinguir os cargos públicos municipais, na
forma da lei, salvo os de competência da Câmara;
XVII – decretar, nos termos da lei, a desapropriação por
necessidade, utilidade pública ou interesse social;
XVIII – prestar, à Câmara, obrigatoriamente, dentro de quinze
dias, informações sobre qualquer matéria solicitada, inclusive fornecer certidões de inteiro
teor de assunto de interesse do Município, salvo prorrogação, a seu pedido e por igual
período, em face da complexidade do assunto ou da dificuldade da obtenção, nas respectivas
fontes, dos dados pleiteados;

 Inciso com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 15, de 25 de junho de 1993 (DOM de 02/07/1993).
 Inciso com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 24, de 13 de outubro de 1994 (DOM de 19/10/1994).

XIX – prover os serviços e as obras da Administração Pública;


XX – colocar à disposição da Câmara, dentro de dez dias de
sua requisição, as quantias que devem ser despendidas de uma só vez, e, até o dia vinte de
cada mês, os recursos correspondentes às suas dotações orçamentárias, compreendendo os
créditos suplementares e especiais;
XXI – resolver sobre os requerimentos, as reclamações ou
representações que lhe forem dirigidos;
XXII – contrair empréstimo e realizar operações de crédito,
mediante prévia autorização da Câmara;
XXIII – desenvolver o sistema viário do Município;
XXIV – conceder auxílios, prêmios e subvenções, nos limites
das respectivas dotações orçamentárias, mediante autorização da Câmara;
XXV – fazer publicar os atos oficiais;
XXVI – aprovar projetos de edificações, planos de
roteamento, arruamento e zoneamento urbano;
XXVII – repassar para a Caixa de Pecúlios e Pensões dos
Servidores Municipais de Santos as quantias, previstas na legislação, a ela devidas, até o dia
10 do mês subseqüente ao do recolhimento e, após essa data, devidamente corrigidas pelo
IGP-M/FGV - Índice Geral de Preços de Mercado;

 Inciso acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº. 08, de 09 de novembro de 1992 (Jornal “A Tribuna” de
11/11/1992) renumerando-se o seguinte.

23
XXVIII – exercer outras atribuições previstas nesta Lei
Orgânica.

Parágrafo Único. Os projetos a que se refere o inciso XXVI


serão enviados à Câmara, para conhecimento, no prazo de dez dias, contados da data de
expedição do ato de aprovação.

Art. 58-A. O Prefeito, eleito ou reeleito, apresentará o


Programa de Metas de sua gestão, até 90 (noventa) dias após sua posse, que conterá as
prioridades, as ações estratégicas, os indicadores e metas quantitativas para cada uma das
secretarias da Administração Pública Municipal, observando, no mínimo, as diretrizes e os
objetivos do Programa de Governo apresentado durante a campanha eleitoral, alinhados com
as normas do Plano Diretor e do Plano Plurianual.

§ 1º O Programa de Metas será amplamente divulgado, por


meio eletrônico, pelo mídia impressa, radiofônica e televisiva e publicado no Dário Oficial
do Município no dia imediatamente seguinte ao término do prazo a que se refere o caput
deste artigo.

§ 2º O Poder Executivo enviará ao Legislativo, no dia


imediatamente seguinte ao término do prazo a que se refere o caput deste artigo, o Programa
de Metas.

§ 3º O Poder Executivo comparecerá, dentro de 30 (trinta)


dias, após o término do prazo previsto no caput deste artigo, em audiência pública na
Câmara Municipal de Santos para debate sobre o Programa de Metas.

§ 4º O Poder Executivo divulgará semestralmente os


indicadores de desempenho relativos à execução dos diversos itens do Programa de Metas.

§ 5º O Poder Executivo poderá proceder a alterações


programáticas no Programa de Metas sempre em conformidade com o Plano Diretor e do
Plano Plurianual, justificando-as por escrito e divulgando-se amplamente pelos meios de
comunicação previstos neste artigo.

§ 6º Os indicadores de desempenho serão elaborados e


fixados conforme os seguintes critérios:
a) promoção do desenvolvimento ambientalmente,
socialmente e economicamente sustentável;
b) inclusão social, com redução das desigualdades regionais e
sociais;
c) atendimento das funções sociais da cidade com melhoria da
qualidade de vida urbana;
24
d) promoção do cumprimento da função social da
propriedade;
e) promoção e defesa dos direitos fundamentais individuais e
sociais de toda pessoa humana;
f) promoção de meio ambiente ecologicamente equilibrado e
combate à população sob todas as suas formas;
g) universalização do atendimento dos serviços públicos
municipais com observância das condições de regularidade, continuidade, eficiência, rapidez
e cortesia no atendimento ao cidadão, segurança, atualidade com as melhores técnicas,
métodos, processos e equipamentos, e modicidade das tarifas e preços públicos que
considerem diferentemente as condições econômicas da população.

§ 7º Ao final de cada ano, o Prefeito divulgará o relatório da


execução do Programa de Metas, o qual será disponibilizado integralmente pelos meios de
comunicação previstos neste artigo.

§ 8º Na primeira quinzena de dezembro de cada ano, o


Prefeito comparecerá em audiência pública na Câmara Municipal, para prestar informações
sobre a execução do Programa de Metas.

 Artigo acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº. 75, de 24 de novembro de 2016 (publicada no DOM de
09/12/2016).

SEÇÃO II
DA RESPONSABILIDADE DO
PREFEITO

Artigo 59. A Câmara, tomando conhecimento de qualquer ato


do Prefeito que possa configurar infração penal comum ou crime de responsabilidade,
nomeará Comissão Processante, para apurar os fatos que, no prazo de trinta dias, deverão ser
apreciados pelo Plenário.

§ 1º Se o Plenário, por dois terços de seus membros, entender


procedentes as acusações, determinará o envio do apurado à Procuradoria Geral da Justiça;
se não, determinará o arquivamento. Em qualquer dos casos, serão publicadas a decisão e
suas razões.

§ 2º Recebida a denúncia, o Prefeito ficará suspenso de suas


funções, e a Câmara decidirá sobre a designação de advogado para assistente de acusação.

§ 3º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o


julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Prefeito, sem prejuízo do regular
prosseguimento do processo.

25
SEÇÃO III
DOS AUXILIARES DIRETOS DO
PREFEITO

Art. 60. Os Secretários Municipais, como agentes


públicos, serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos
direitos políticos.

Parágrafo Único. Compete aos Secretários Municipais, além


de outras atribuições estabelecidas nesta Lei Orgânica e na lei referida no artigo 61:
I – exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos
e entidades da Administração Municipal, na área de sua competência, e referendar os atos e
decretos assinados pelo Prefeito;
II – praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem
outorgadas ou delegadas pelo Prefeito;
III – expedir instruções para a execução das leis, dos decretos
e regulamentos;
IV – apresentar ao Prefeito relatório anual de sua gestão na
Secretaria.

Art. 61. Lei Complementar disporá sobre a criação,


atribuições e extinção das Secretarias Municipais.

 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 16, de 02 de agosto de 1993 (DOM de 07/08/1993).
 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 89, de 04 de novembro de 2021 (DOM de
10/11/2021).

Art. 62. Os Secretários Municipais, auxiliares diretos e da


confiança do Prefeito, serão responsáveis pelos atos que praticarem ou referendarem no
exercício do cargo.

Art. 63. Os Secretários Municipais e os ocupantes de cargos


em Comissões não pertencentes ao quadro do funcionalismo farão declarações públicas de
bens, no ato da posse, de seis em seis meses e no término do exercício do cargo, e terão os
mesmos impedimentos estabelecidos nesta Lei Orgânica para os Vereadores, enquanto
permanecerem em suas funções, devendo, ainda, autorizar a liberação do sigilo bancário de
suas contas correntes e de investimentos.

 “Caput” com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 18, de 18 de outubro de 1993 (DOM de
22/10/1993).

Parágrafo Único. As declarações de bens mencionadas neste


artigo deverão ser publicadas na imprensa local.

26
 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 09, de 23 de novembro de 1992 (Jornal “A
Tribuna” de 26/11/1992) acrescentando-se parágrafo único.
 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 19, de 07 de fevereiro de 1994 (DOM de
17/02/1994).

Art. 63-A. Os Secretários Municipais comparecerão,


anualmente, em audiência pública, perante as Comissões Permanentes da Câmara Municipal
que tratam dos assuntos correspondentes as suas pastas, com a finalidade de prestar
esclarecimentos acerca de sua gestão administrativa e demonstrar e avaliar o
desenvolvimento das ações, programas e metas pertinentes à Secretaria que representam.

Parágrafo único. As audiências públicas serão realizadas na


sede da Câmara Municipal, no último trimestre de cada ano.

 Artigo acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 76, de 15 de dezembro de 2016 (DOM de 30/12/2016).

SEÇÃO IV
DA PROCURADORIA GERAL DO
MUNICÍPIO

Art. 64. A Procuradoria Geral do Município é instituição de


natureza permanente, essencial à Administração Pública Municipal, vinculada diretamente
ao Prefeito, responsável pela advocacia e consultoria do Poder Executivo, sendo orientada
pelos princípios da legalidade e da indisponibilidade do interesse público.

§ 1º A direção superior da Procuradoria Geral do Município


compete ao Procurador Geral do Município, nomeado pelo Prefeito, em comissão, entre os
Procuradores Municipais que integram o quadro efetivo, em exercício no Poder Executivo
Municipal, exigindo-se, para seu provimento, cinco anos no cargo de Procurador.

§ 2º O Procurador Geral do Município deverá apresentar


declaração de bens no ato da posse e no ato de sua exoneração.

 Parágrafo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica n. 09, de 23 de novembro de 1992 (Jornal “A
Tribuna” de 26/11/1992)
 Parágrafo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica n. 18, de 18 de outubro de 193 (DOM de
22/10/1993)

§ 3º Todos os cargos de direção, chefia ou assessoramento que


integram a Procuradoria deverão ser preenchidos por Procuradores do quadro efetivo, em
exercício no Poder Executivo Municipal.

§ 4º Lei Complementar organizará a Procuradoria Geral do


Município, disciplinará sua competência e disporá sobre o regime jurídico dos integrantes da
27
carreira de Procurador Municipal, respeitado o disposto nos artigos 132 e 135 da
Constituição Federal.

Art. 65. O ingresso na carreira de Procurador Municipal far-


se-á mediante concurso público de provas e títulos para os cargos existentes ou que vierem a
ser criados, assegurada a participação da 2ª Subseção de Santos da Ordem dos Advogados
do Brasil, inclusive na elaboração do programa e dos quesitos das provas, observada, nas
nomeações, a ordem de classificação.

TÍTULO IV
DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 66. A administração pública direta, as autarquias,


sociedades de economia mista, empresas públicas, companhias, cooperativas habitacionais e
fundações públicas mantidas ou instituídas pelo Poder Público obedecerão aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência e interesse público. (NR)

 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 81, de 24 de agosto de 2017 (D.O. de 11/09/2017)

SEÇÃO I
DA ORGANIZAÇÃO DA
ADMINISTRAÇÃO

Art. 67. Para a organização da administração pública direta,


das autarquias, sociedades de economia mista, empresas públicas, companhias, cooperativas
habitacionais e fundações públicas mantidas ou instituídas pelo Poder Público é obrigatório
o cumprimento das seguintes normas:
I – os cargos, empregos e as funções públicas são acessíveis
aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei;
II – a investidura em cargo ou emprego público depende de
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão, declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
III – o prazo de validade do concurso público será de até dois
anos, prorrogável uma vez, por igual período. A nomeação do candidato aprovado obedecerá
à ordem de classificação;

 Inciso com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 79, de 02 de maio de 2017 (D.O. de 08/05/2017)

IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de


convocação, o aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será

28
convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na
carreira;
V – os cargos em comissão e as funções de confiança serão
exercidos, nos casos e nas condições previstos em lei, preferencialmente por servidores
estatutários ocupantes de cargos de carreira técnica ou profissional, que tenham domicílio
eleitoral neste município, há mais de dois anos;
VI – é garantido ao servidor público municipal o direito à
livre associação sindical, obedecido o disposto no artigo 8º da Constituição Federal;
VII – o direito de greve será exercido nos termos e nos limites
definidos em lei complementar federal;
VIII – o servidor e o empregado público gozarão de
estabilidade no cargo ou emprego, desde o registro de sua candidatura para o exercício de
cargo de representação sindical, ou no caso previsto no inciso XXXI deste artigo, até um ano
após o término do mandato, se eleito, salvo se cometer falta grave definida em lei;
IX – a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos
para os portadores de deficiências, garantindo as adaptações necessárias para a sua
participação nos concursos públicos e definirá os critérios de sua admissão;
X – a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo
determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;
XI – a revisão geral da remuneração dos servidores públicos
far-se-á sempre na mesma data;

 Inciso com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 26, de 03 de abril de 1995 (DOM de 07/04/1995).

XII - a lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre


a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, observados, como limites máximos,
os valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, pelo Prefeito;
XIII - até que se atinja o limite a que se refere o inciso
anterior, é vedada a redução de salários que implique a supressão das vantagens de caráter
individual adquiridas. Atingindo o referido limite, a redução se aplicará independentemente
da natureza das vantagens auferidas pelo servidor;
XIV - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não
poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
XV - é vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos,
para efeito de remuneração de pessoal do serviço público municipal, ressalvado o disposto
no inciso anterior e no artigo 73, § 1º;
XVI - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor
público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos
ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento;
XVII - os vencimentos dos servidores públicos municipais são
irredutíveis e a remuneração mensal obedecerá o que dispõem os incisos XI, XII, XIV e XV
deste artigo;

29
XVIII – é vedada a acumulação remunerada de cargos
públicos, exceto quando houver compatibilidade de horários:
a) de 02 (dois) cargos de professor;
b) de 01 (um) cargo de professor com outro técnico ou
científico;
c) de 02 (dois) cargos ou empregos privativos de profissionais
de saúde, com profissões regulamentadas;

 Alíneas “a”, “b” e “c” com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 89, de 04 de novembro de 2021
(DOM de 10/11/2021).

XIX – a proibição de acumular, a que se refere o inciso


anterior, estende-se a empregos e funções e abrange administração pública direta, autarquias,
sociedades de economia mista, empresas públicas, companhias, cooperativas habitacionais e
fundações públicas mantidas ou instituídas pelo Poder Público;
XX – a administração fazendária e seus servidores fiscais, aos
quais compete exercer, privativamente, a fiscalização de tributos, terão, dentro de suas áreas
de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma
da lei;
XXI – a criação, transformação, fusão, cisão, incorporação,
privatização ou extinção de autarquias, sociedades de economia mista, empresas públicas,
companhias, cooperativas habitacionais e fundações públicas mantidas ou instituídas pelo
Poder Público dependem de prévia aprovação da Câmara, por meio de lei complementar
específica;
XXII – depende de autorização legislativa, em cada caso, a
criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a
participação de qualquer delas em empresa privada;
XXIII – é assegurada a participação dos servidores públicos
municipais, por eleição, nos colegiados da Administração Pública em que seus interesses
profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação;
XXIV – são obrigatórias a declaração de bens, a ser publicada
na imprensa local, antes da posse, de seis em seis meses e depois do desligamento, e a
autorização para liberação do sigilo bancário das contas correntes e de investimentos de todo
o dirigente de sociedade de economia mista, empresa pública, companhia, cooperativa
habitacional e fundação pública mantida ou instituída pelo Poder Público;

 Inciso com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 09, de 23 de novembro de 1992 (Jornal “A
Tribuna” de 26/11/1992).
 Inciso com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 18, de 18 de outubro de 1993 (DOM de
22/10/1993).
 Inciso com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 19, de 07 de fevereiro de 1994 (DOM de
17/02/1994).

XXV – os órgãos da administração direta e indireta ficam


obrigados a constituir Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - e, quando assim
30
o exigirem suas atividades, Comissão de Controle Ambiental, visando à proteção da vida, do
meio ambiente e das condições de trabalho de seus servidores, na forma da lei;
XXVI – ao servidor público que tiver sua capacidade de
trabalho reduzida em decorrência de acidente de trabalho ou doença do trabalho, será
garantida a transferência para locais ou atividades compatíveis com sua situação;
XXVII – é vedada, salvo as exceções que a lei fixar, a
estipulação de limite de idade para ingresso por concurso público na administração direta,
nas autarquias, sociedades de economia mista, empresas públicas, companhias, cooperativas
habitacionais e fundações públicas mantidas ou instituídas pelo Poder Público, respeitando-
se ainda o limite constitucional para a aposentadoria compulsória;
XXVIII – os recursos provenientes dos descontos
compulsórios dos servidores públicos, bem como a contrapartida da Municipalidade,
destinados à formação de fundo próprio de previdência, deverão ser postos, mensalmente, à
disposição da entidade municipal responsável pela prestação do benefício, na forma que a lei
dispuser;
XXIX – as reclamações relativas à prestação dos serviços
municipais serão disciplinadas em lei;
XXX – nenhum servidor será designado para funções não
constantes das atribuídas ao cargo que ocupa, a não ser em substituição e, se acumulada,
com gratificação de lei;
XXXI – nas autarquias, sociedades de economia mista e
fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público é obrigatória a criação de um
Conselho de Representantes de servidores e empregados, constituído através de eleição,
cabendo à lei definir os limites de sua competência e atuação.

§ 1º A inobservância do disposto nos incisos II, III e IV deste


artigo implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei.

§ 2º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito


privado, prestadoras de serviços públicos, responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa.

§ 3º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e


campanhas da administração pública direta, das autarquias, sociedades de economia mista,
empresas públicas, companhias, cooperativas habitacionais e fundações mantidas ou
instituídas pelo Poder Público deverá ter caráter educacional, informativo e de orientação
social, dela não podendo constar nomes, símbolos e imagens que caracterizem promoção
pessoal de autoridades ou servidores públicos, bem como agremiações partidárias.

§ 4º O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser


readaptado para exercício de cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis
com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental enquanto permanecer
nessa condição, desde que possua a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o
31
cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de origem, conforme disposto em lei
complementar.

§ 5º A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de


contribuição decorrente de cargo, emprego ou função pública, inclusive do Regime Geral de
Previdência Social, acarretará o rompimento do vínculo que gerou o referido tempo de
contribuição.

 Acrescidos os parágrafos 4º e 5º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 89, de 04 de novembro
de 2021 (DOM de 10/11/2021).

Art. 68. As contratações efetuadas pela administração direta,


autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações municipais
deverão ser publicadas na imprensa oficial, no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de
nulidade.

Parágrafo Único. As contratações de pessoal e as respectivas


prorrogações e rescisões deverão ser publicadas na forma do disposto no "caput" deste
artigo, com o nome do contratado, o cargo, emprego ou função a ser exercida, o nível de
vencimento, o local de trabalho, o prazo de vigência do contrato e o número do processo
administrativo.

 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 14, de 19 de abril de 1993 (Jornal “A Tribuna” de
24/04/1993)
 Parágrafo Único acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 050, de 18 de maio de 2006 (DOM de
24/05/2006)

Art. 69. Os Poderes Executivo e Legislativo, as entidades da


administração indireta, inclusive fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público,
autarquias, empresas públicas da administração e sociedades de economia mista, publicarão:
I – mensalmente, quadro com número de funcionários ativos e
inativos, licenciados comissionados e servidores admitidos sob qualquer regime;
II – mensalmente, quadro com despesas efetuadas no período
com viagens, estadias, pernoites, inscrições, cursos, seminários, simpósios e despesas
correlatas, inclusive com alimentação transporte realizadas pelos agentes públicos
representando a municipalidade em eventos de natureza oficial ou não subsidiadas pelo
poder público.

 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 22, de 30 de junho de 1994 (DOM de 08/07/1994).
 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 60, de 23 de agosto de 2012 (DOM de 05/09/2012)

SEÇÃO II
DA GUARDA CIVIL MUNICIPAL

32
 Título com denominação alterada pela Emenda à Lei Orgânica nº 72, de 19 de maio de 2016 (DOM de
03/06/2016)

Art. 70. A Guarda Civil Municipal, órgão de natureza


permanente da Administração Pública Municipal, tem por finalidade precípua a proteção dos
bens, serviços e instalações municipais, podendo, quando solicitada, funcionar em apoio às
ações da Secretaria de Negócios da Segurança Pública do Estado.

Parágrafo Único. Os Guardas Civis Municipais que forem


requisitados para funcionar como força auxiliar da Secretaria de Negócios da Segurança
Pública do Estado de São Paulo, deverão, antes do início da função, passar por ampla
capacitação, visando à relação de proteção da comunidade que irão servir. (NR)

 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 39, de 20 de março de 2000 (DOM de 24/03/2000)
 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 046, de 02 de maio de 2005 (DOM de 12/05/2005)
 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 072, de 19 de maio de 2016 (DOM de 03/06/2016)

Art. 71. Serão definidos a organização, o funcionamento, o


acesso, os direitos, os deveres, as vantagens e o regime de trabalho da Guarda Civil
Municipal e de seus integrantes, obedecendo-se aos preceitos da lei federal.

 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 072, de 19 de maio de 2016 (DOM de 03/06/2016)

SEÇÃO III
DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL

Art. 72. Os cargos públicos serão criados por lei, em número


certo, com denominação própria, atribuições específicas e vencimentos correspondentes.

Art. 73. O regime jurídico único dos servidores da


administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas é o estatutário,
instituído por lei, vedada qualquer outra vinculação de trabalho.

§ 1º A lei assegurará aos servidores da administração direta


isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhados do mesmo
Poder, ou entre servidores dos Poderes Legislativo e Executivo, ressalvadas as vantagens de
caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.

§ 2º Aplica-se aos servidores municipais o disposto no artigo


7º, IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX
da Constituição Federal.

§ 3º A lei assegurará:
I – ao funcionário público estatutário, a opção de converter em
pecúnia a licença-prêmio;
33
 Alteração da redação do inciso I do parágrafo 3.º do artigo 73 conforme Emenda n.º 54/2009 publicado no
DO em 29/08/2009

II – ao servidor municipal, em geral, férias remuneradas com,


pelo menos, cinqüenta por cento a mais do que o salário normal;
III – às servidoras municipais em geral, em caso de adoção,
licença especial de cento e vinte dias, a partir do ato da adoção, sem prejuízo do emprego,
do salário e as promoções inerentes ao cargo ou função.

§ 4º É vedada a incorporação de vantagens de caráter


temporário ou vinculadas ao exercício de função de confiança ou de cargo em comissão à
remuneração do cargo efetivo.

 Parágrafo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 29, de 09 de outubro de 1995 (DOM de
18/10/1995).
 Parágrafo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 82, de 04 de setembro de 2017 (DOM de
20/09/2017).
 Parágrafo 4º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 89, de 04 de novembro de 2021 (DOM de
10/11/2021).

§ 4º-A O servidor público estatutário, com mais de cinco anos


de efetivo exercício, que tenha exercido ou venha exercer função gratificada que lhe
proporcione remuneração superior a do cargo de que seja titular, incorporará dois décimos
dessa diferença por ano, até o limite de dez décimos, contado, para esses efeitos, o tempo
anterior à data da promulgação desta Lei Orgânica.

 Parágrafo acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº. 82, de 04 de setembro de 2017 (DOM de 20/09/2017).
 §4º -A revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 89, de 04 de novembro de 2021 (DOM de 10/11/2021).

§ 5º O funcionário público estatutário que tiver incorporado


vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao exercício de função de confiança ou cargo
em comissão, até 12 de novembro de 2019, quando investido em cargo em comissão ou em
função gratificada de Chefia, poderá optar pela remuneração que lhe for mais conveniente.

 Parágrafo acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº. 37, de 27 de maio de 1999 (DOM de 1 o/06/1999),
renumerando-se os demais.
 Parágrafo 5º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 89, de 04 de novembro de 2021 (DOM de
10/11/2021).

§ 6o Ao funcionário público estatutário é assegurado o


percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por quinqüênio, e
vedada a sua limitação, bem como a sexta parte dos vencimentos integrais, concedida aos
vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos,
observado o disposto no artigo 67, XVI, desta Lei Orgânica.
34
§ 7º Os vencimentos, vantagens ou qualquer parcela
remuneratória dos servidores, que forem pagos com atraso, serão corrigidos
monetariamente, de acordo com os índices oficiais aplicáveis à espécie.

§ 8º Fica assegurada aos funcionários públicos estatutários


aposentados ou que venham a aposentar-se com proventos proporcionais, nos termos da
legislação em vigor, a contagem da fração do quinqüênio incompleto, até a data da
aposentadoria, para efeito de cálculo e pagamento do benefício proporcionalmente ao tempo
de serviço trabalhado.

§ 9º Para efeito de percepção e incorporação, as vantagens


concedidas ao funcionário público estatutário, aí incluídos os adicionais, a sexta parte e a
gratificação de um terço, serão calculadas sobre o valor do nível do cargo efetivo ou do
símbolo do cargo em comissão que estiver exercendo, se na ativa, ou sobre o valor
assegurado para base de cálculo dos proventos da aposentadoria, se inativo o funcionário.

§ 10. A lei assegurará ao funcionário público estatutário, que


tenha exercido cargo ou função gratificada por um período de três mil, seiscentos e
cinqüenta dias, alternados ou não, a incorporação da maior função ou símbolo, para efeito de
aposentadoria.

§ 11. Fica vedada a extensão do benefício da sexta parte,


previsto no parágrafo 6º deste artigo, aos servidores integrantes de planos de cargos,
carreiras e vencimentos.

 Parágrafo acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº. 27, de 03 de abril de 1995 (DOM de 07/04/1995).
 Parágrafo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 37, de 27 de maio de 1999 (DOM de
1o/06/1999).
 Parágrafo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 62, de 07 de março de 2013 (DOM de
16/03/2013).

§ 12. O Município manterá escola de governo para a formação


e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um
dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso a celebração de convênios ou
contratos com outros entes federados. (NR)
 Parágrafo acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº. 61, de 08 de novembro de 2012 (DOM de 24/11/2012 e
retificação em 18/12/2012)

§ 13. Não poderão ser cedidos os servidores municipais de


Santos, sem prejuízo dos vencimentos, para prestar serviços em órgãos ou entidades da
União, dos Estados, do Distrito Federal e de outros Municípios.

 Parágrafo acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº. 80, de 11 de maio de 2017 (DOM de 24/05/17).
 Esta Emenda entrará em vigor no dia 01 de janeiro de 2018.

35
§ 14. Não se aplica a vedação prevista no parágrafo anterior,
nos casos de cessão dos servidores municipais de Santos para prestar serviço na Junta
Comercial do Estado de São Paulo, Justiça Eleitoral, nas unidades descentralizadas da
Secretaria do Patrimônio da União localizada no Município de Santos e/ou na Delegacia de
Defesa da Mulher de Santos, desde que devidamente demonstrado, em processo
administrativo, o interesse público.

 Parágrafo acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº. 83, de 23 de agosto de 2018. (DOM de 12/09/18).
 Esta Emenda entrará em vigor no dia 12 de setembro de 2018.
 Parágrafo 14. com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 89, de 04 de novembro de 2021 (DOM de
10/11/2021).

§ 15. Fica vedada a permuta dos servidores municipais de


Santos, para qualquer outro órgão da administração pública direta ou indireta da União, dos
Estados ou Distrito Federal e de outros municípios.

 Parágrafo acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº. 89, de 04 de novembro de 2021 (DOM de 10/11/2021).

Art. 74. A lei assegurará ao funcionário público estatutário


que tenha completado ou venha a completar oito anos de efetivo exercício em cargo do
mesmo nível de vencimentos, uma gratificação correspondente à diferença entre o nível de
vencimentos do cargo que ocupa e o imediatamente superior.

 “Caput” com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 05, de 30 de março de 1992 (Jornal “A Tribuna”
de 1o./04/1992).

§ 1º Será permitido apenas o cômputo de um período, pelo


funcionário que for beneficiado por este artigo.

§ 2º No caso de ocupante de cargo enquadrado no maior nível


de vencimentos, a gratificação será igual à diferença entre esse nível e o imediatamente
inferior.

 Parágrafo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 05, de 30 de março de 1992 (Jornal “A
Tribuna” de 1o./04/1992).

§ 3º O disposto no "caput" deste artigo não beneficia o


funcionário que já tenha obtido gratificação com base na legislação anterior.

§ 4º A transformação ou reclassificação do cargo não


interrompe a contagem do prazo.

§ 5º Fica assegurado o benefício aos funcionários públicos


estatutários inativos que tenham preenchido o tempo necessário.
36
§ 6º Fica vedada a extensão da gratificação prevista neste
artigo aos servidores integrantes de planos de cargos, carreiras e vencimentos.

 Parágrafo acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº. 27, de 03 de abril de 1995 (DOM de 07/04/1995).
 Parágrafo alterado pela Emenda à Lei Orgânica nº 62, de 07 de março de 2013 (DOM de 16/03/2013).

Art. 75. O exercício de mandato eletivo por servidor público


far-se-á com observância do artigo 38 da Constituição Federal.

Art. 76. Aos servidores públicos eleitos para ocupar, em


sindicato de categoria, os cargos de direção, cujo número e atribuições a lei definir, será
assegurado o direito de afastamento, durante o tempo em que estiverem no exercício dessas
funções, recebendo integralmente seus vencimentos e vantagens.

Parágrafo Único. O tempo de gestão sindical será computado


para todos os efeitos legais.

Art. 77. O Regime Próprio de Previdência dos servidores


municipais titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante
contribuição dos poderes Executivo e Legislativo, assim como das autarquias e fundações
públicas do Município, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.

§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de


que trata este artigo serão aposentados:
I – por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em
que estiver investido, quando insuscetível de readaptação, hipótese em que será obrigatório
realizar avaliações periódicas para verificar a continuidade das condições que ensejaram a
concessão da aposentadoria, na forma da lei;
II – compulsoriamente, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade;
III – voluntariamente, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade,
se mulher, e aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, observados o tempo de
contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei complementar.

§ 2º Os ocupantes do cargo de professor terão a idade mínima


reduzida em 05 (cinco anos) em relação àquelas previstas no inciso III do § 1º, desde que
comprovem tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil, no
ensino fundamental ou médio, nos termos fixados em lei.

§ 3º As regras para concessão de benefícios previdenciários,


sua formas de cálculo e reajustes, bem como as contribuições e demais elementos para
custeio do RPPS-Santos, serão disciplinados por lei complementar.

37
§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para
preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei.

§ 5º É vedada qualquer forma de contagem de tempo de


contribuição fictício.

§ 6º O rol de benefícios do Regime de Previdência Social de


Santos fica limitado às aposentadorias e à pensão por morte, concedidas conforme regras e
critérios estabelecidos em lei complementar, observado o disposto nesta Lei Orgânica.

 Artigo 77. com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 89, de 04 de novembro de 2021 (DOM de
10/11/2021).

Art. 78. Fica assegurada, para efeito de aposentadoria, a


contagem recíproca do tempo de serviço nas atividades públicas ou privadas, inclusive de
tempo do trabalho comprovadamente exercido pelo funcionário na qualidade de autônomo,
fazendo-se a compensação financeira, segundo critérios estabelecidos em lei.

Art. 79. Aplica-se aos servidores públicos municipais, para


efeito de estabilidade, o disposto no artigo 41 da Constituição Federal.

Art. 80. O Município responsabilizará os seus servidores por


alcance e outros danos causados à administração, ou por pagamento efetuado em desacordo
com as normas legais, nos termos da lei.

Art. 81. O servidor, durante o exercício do mandato de


vereador, será inamovível.

Art. 82. A lei assegurará à servidora gestante mudança de


função, nos casos em que for recomendada, sem prejuízo de seus vencimentos ou salário e
demais vantagens do cargo ou função.

Art. 83 – REVOGADO.

 Art. 83 revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 89, de 04 de novembro de 2021 (DOM de 10/11/2021).

Art. 84. Os cargos de Chefe de Departamento e as


gratificações pelo exercício de Chefias de Divisão, Seção, bem como designação para
Presidente de Comissões Permanentes e da Junta de Recursos Fiscais, poderão ser atribuídos
aos servidores públicos do Quadro Permanente da Administração.

Art. 85. A lei que dispuser sobre férias garantirá o seu gozo,
que em nenhum caso - salvo o de dispensa - será substituído por pecúnia.

38
CAPÍTULO II
DOS ATOS MUNICIPAIS

Art. 86. As leis e atos administrativos externos deverão ser


publicados nos órgãos de imprensa oficial ou não, para que produzam os seus efeitos
regulares.

Parágrafo único. As leis municipais, ao serem publicadas na


imprensa oficial, deverão conter, entre a epígrafe e a ementa, os seguintes dados:
I – número da propositura e;
II – nome do autor do projeto (Prefeito, Vereador, Mesa
Diretora da Câmara, Comissão ou Iniciativa Popular).

 Parágrafo acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 71/2016, de 14 de março de 2016 (DOM de
22/03/2016).

Art. 87. Os atos administrativos, decretos legislativos,


resoluções e outros trabalhos legislativos apresentados pelos Vereadores poderão ser
publicados no Diário Oficial do Legislativo, a ser criado por lei.

SEÇÃO I
DO REGISTRO

Art. 88. O Município terá os livros que forem necessários aos


seus serviços e, obrigatoriamente, os de:
I – termo de compromisso de posse;
II – declaração de bens;
III – registro de leis, decretos, resoluções, regulamentos,
instruções e portarias;
IV – atas das sessões da Câmara;
V – cópia de correspondência oficial;
VI – protocolo, índice de papéis e livros arquivados;
VII – licitações e contratos para obras e serviços;
VIII – comtrato de servidores;
IX – contratos em geral;
X – contabilidade e finanças;
XI – concessões e permissões de bens imóveis e de serviços;
XII – tombamento de bens imóveis;
XIII – registro de loteamentos aprovados.

§ 1º Os livros serão abertos, rubricados e encerrados pelo


Prefeito e pelo Presidente da Câmara, conforme o caso, ou por funcionário designado para
tal fim.

39
§ 2º Os livros referidos neste artigo poderão ser substituídos
por fichas ou outro sistema, convenientemente autenticados.

SEÇÃO II
DA FORMA

Art. 89. Os atos administrativos de competência do Prefeito


devem ser expedidos com observância das seguintes normas:
I – decreto, numerado em ordem cronológica, nos seguintes
casos:
a) regulamentação de lei;
b) instituição, modificação e extinção de atribuições não
privativas de lei;
c) abertura de créditos especiais e suplementares, até o limite
autorizado por lei, assim como de créditos extraordinários;
II – portaria, nos seguintes casos:
a) provimento e vacância dos cargos públicos e demais atos de
efeitos individuais;
b) designação, lotação ou relotação nos quadros de pessoal;
c) autorização para contrato e dispensa de servidores sob o
regime de legislação trabalhista;
d) abertura de sindicâncias e processos administrativos,
aplicação de penalidades e demais atos individuais de efeitos internos;
e) outros casos determinados em lei ou decreto.

§ 1º O decreto é o ato característico e privativo do Prefeito,


assim como a lei, o decreto legislativo e a resolução o são da Câmara.

§ 2º A portaria, o regulamento e os despachos com outras


denominações poderão ser editados pelas autoridades dos Poderes Legislativo e Executivo,
conforme dispuserem a lei ou o regimento.

SEÇÃO III
DAS INFORMAÇÕES, DO DIREITO
DE PETIÇÃO E DAS CERTIDÕES

Art. 90. A Administração é obrigada a fornecer a qualquer


cidadão, para defesa de seus direitos e esclarecimento de situações de seu interesse pessoal,
no prazo máximo de quinze dias úteis, certidões de atos, contratos, decisões ou pareceres,
sob pena de responsabilidade da autoridade ou servidor que negar ou retardar a sua
expedição. No mesmo prazo, deverá atender às requisições judiciais, se outro não for fixado
pela autoridade judiciária.

40
Parágrafo Único. A obtenção de certidões para defesa de
direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal, bem como a apresentação de
requerimentos independem do pagamento de taxas, inclusive as referentes a protocolo.

CAPÍTULO III
DA ADMINISTRAÇÃO DOS BENS MUNICIPAIS

Art. 91. Cabe ao Prefeito a administração dos bens


municipais, respeitada a competência da Câmara quanto àqueles utilizados em seus serviços.

Art. 92. Todos os bens municipais deverão ser cadastrados,


com a identificação respectiva, numerando-se os móveis, segundo o que for estabelecido em
regulamento.

Art. 93. O uso de bens municipais por terceiros poderá ser


feito mediante concessão, permissão ou autorização, conforme o caso e quando o interesse
público exigir.

§ 1º A concessão administrativa dos bens públicos de uso


especial e dominicais dependerá de lei e concorrência, e far-se-á mediante contrato, sob pena
de nulidade do ato. A concorrência poderá ser dispensada, mediante lei, quando o uso se
destinar a concessionária de serviço público, a entidades assistenciais, ou quando houver
interesse público relevante, devidamente justificado.

§ 2º A concessão administrativa de bens públicos de uso


comum somente poderá ser outorgada para finalidades escolares, de assistência social ou
turísticas, mediante autorização legislativa.

§ 3º A permissão, que poderá incidir sobre qualquer bem


público, será feita a título precário, por decreto.

§ 4º A autorização, que poderá incidir sobre qualquer bem


público, será feita por portaria, para atividades ou usos específicos e transitórios, pelo prazo
máximo de sessenta dias.

Art. 94. A alienação de bens municipais, subordinada à


existência de interesse público devidamente justificado, será sempre precedida de avaliação
e obedecerá às seguintes normas:
I – quando imóveis, dependerá de autorização legislativa e
concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:
a) doação, devendo constar obrigatoriamente do contrato os
encargos do donatário, o prazo de seu cumprimento e a cláusula de retrocessão, sob pena de
nulidade do ato;
b) permuta;

41
II – quando móveis, dependerá de licitação, dispensada esta
nos seguintes casos:
a) doação, que será permitida exclusivamente para fins de
interesse social;
b) permuta;
c) ações, que serão vendidas em Bolsa.

§ 1º O Município, preferentemente à venda ou doação de seus


bens imóveis, outorgará concessão de direito real de uso, mediante prévia autorização
legislativa e concorrência. A concorrência poderá ser dispensada por lei, quando o uso se
destinar a concessionária de serviço público, a entidades assistenciais, ou quando houver
relevante interesse público, devidamente justificado.

§ 2º A venda aos proprietários de imóveis lindeiros de áreas


urbanas, remanescentes e inaproveitáveis para edificação, resultantes de obra pública,
dependerá apenas de prévia avaliação e autorização legislativa. As áreas resultantes de
modificação de alinhamento serão alienadas nas mesmas condições, quer sejam
aproveitáveis ou não.

§ 3º Na doação dos bens móveis e imóveis, deverá ser


avaliado o interesse da coletividade.

§ 4º A doação de bem imóvel a outro órgão ou entidade da


administração pública, de qualquer esfera do governo, subordinada à existência de interesse
público devidamente justificado, dependerá de avaliação prévia e autorização legislativa,
devendo constar obrigatoriamente do contrato a finalidade da doação e cláusula de
retrocessão, sob pena de nulidade do ato.

 Parágrafo acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº. 67, de 31 de agosto de 2015 (D. O. De
14/09/2015).

Art. 95. Os bens patrimoniais do Município deverão ser


classificados:
I – pela sua natureza;
II – em relação a cada serviço.

§ 1º Deverá ser feita, anualmente, a conferência da


escrituração patrimonial com os bens existentes e, na prestação de contas de cada exercício,
será incluído o inventário de todos os bens municipais.

§ 2º O inventário de todos os bens municipais será


encaminhado, anualmente, à Câmara.

 Parágrafo acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº. 86, de 13 de agosto de 2020 (D. O. De
17/09/2020).
42
Art. 96. A aquisição de bens imóveis, por compra ou permuta,
dependerá de prévia avaliação e autorização legislativa.

Art. 97. Poderão ser cedidos a particular, para serviços


transitórios, máquinas e operadores da Prefeitura, desde que não haja prejuízo para os
trabalhos do Município e o interessado recolha previamente a remuneração arbitrada e
assine termo de responsabilidade pela conservação e devolução dos bens recebidos.

Parágrafo Único. A lei definirá a forma, condição e requisitos


para que a cessão, prevista neste artigo, se faça de modo isonômico.

CAPÍTULO IV
DAS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS

Art. 98. Ressalvados os casos especificados em lei, as obras,


os serviços, as compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação
pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos
termos da lei, a qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

§ 1º É vedada à administração pública direta, autarquias,


sociedades de economia mista, empresas públicas, companhias, cooperativas habitacionais e
fundações públicas mantidas ou instituídas pelo Poder Público a contratação de serviços e
obras de empresas que não atendam às normas relativas à saúde e à segurança no trabalho,
que não cumpram a legislação específica sobre creches nos locais de trabalho, bem como
reproduzam práticas discriminatórias de origem, raça, cor, credo e ideologia.

§ 2º O contratado, sem prejuízo das responsabilidades


contratuais e legais, poderá subcontratar, desde que os subcontratados comprovem
idoneidade, competência na execução da obra, serviço ou fornecimento e atenda às
condições previstas no § 1º.

 Parágrafo acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº. 78, de 02 de fevereiro de 2017 (D. O. De 16/02/2017).

Art. 99. A prestação de serviços públicos, pelo Município,


diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, será regulada em lei complementar
que assegurará:
I – exigência de licitação, em todos os casos;

43
II – definição do caráter especial dos contratos de concessão
ou permissão, casos de prorrogação, condições da caducidade, forma de fiscalização e
rescisão;
III – direitos dos usuários;
IV – política tarifária;
V – obrigação de manter serviço adequado.

Parágrafo Único. O Município manterá órgãos


especializados, incumbidos de exercer ampla fiscalização dos serviços públicos por ele
concedidos e revisão de suas tarifas.

Art. 100. Os serviços concedidos ou permitidos ficarão


sempre sujeitos à regulamentação e fiscalização do Poder Público e poderão ser retomados
quando não atenderem satisfatoriamente aos seus fins ou às condições do contrato.
 Parágrafo único revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº. 70, de 25 de fevereiro de 2016 (Publicada no DOM
de 03/03/2016).

TÍTULO V
DA TRIBUTAÇÃO, DAS FINANÇAS
E DOS ORÇAMENTOS

CAPÍTULO I
DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS
PRINCÍPIOS GERAIS

Art. 101. O Município poderá instituir os seguintes tributos:


I – impostos;
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte ou postos à sua disposição;
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e


serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração
tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados
os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades
econômicas do contribuinte.

§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de


impostos.

§ 3º A legislação municipal tributária respeitará as disposições


da lei complementar federal quanto a:
44
I – conflito de competência;
II – regulamentação às limitações constitucionais ao poder de
tributar;
III – normas gerais sobre:
a) definição de tributos e suas espécies, bem como fatos
geradores, bases de cálculo e contribuintes de impostos;
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência
tributários;
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado
pelas sociedades cooperativas.

§ 4º O Município poderá instituir contribuição, cobrada de


seus servidores, para custeio, em benefício destes, de sistema de previdência e assistência
social.

Art. 102. A lei disporá sobre a isenção do recolhimento dos


Impostos Predial e Territorial Urbano às sociedades de melhoramentos, nas áreas ocupadas
por suas sedes.

SEÇÃO II
DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR

Art. 103. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao


contribuinte, é vedado ao Município:
I – exigir ou aumentar tributos sem lei que o estabeleça;
II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se
encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação
profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos
rendimentos, títulos ou direitos;
III – cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da
vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada
a lei que os instituiu ou aumentou;
IV – utilizar tributo com efeito de confisco;
V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por
meio de tributos intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de meios
de ligação na forma de túneis, balsas ou pontes entre as áreas insular e continental de Santos
e intermunicipais;
VI – instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços da União ou do Estado;
b) templos de qualquer culto;

45
c) patrimônio, renda ou serviços de partidos políticos,
inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de
educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua
impressão;
VII – estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de
qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

§ 1º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias,


cooperativas habitacionais e fundações públicas instituídas ou mantidas pelo Poder Público,
no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados às suas atividades
essenciais ou às delas decorrentes.

§ 2º As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não


se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com exploração de atividades
econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja
contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente
comprador da obrigação de pagar imposto relativo ao bem imóvel.

§ 3º As vedações expressas no inciso VI, "b" e "c",


compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades
essenciais das entidades nelas mencionadas.

§ 4º A lei determinará medidas para que os consumidores


sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.

§ 5º Qualquer anistia ou remissão que envolva matéria


tributária ou previdenciária só poderá ser concedida mediante lei específica municipal.

SEÇÃO III
DOS IMPOSTOS

Art. 104. Compete ao Município instituir impostos sobre:


I – propriedade predial e territorial urbana;
II – transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato
oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis,
exceto os de garantia, bem como cessão de direitos à sua aquisição;
III – vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos,
exceto óleo diesel;
IV – serviços de qualquer natureza não compreendidos no
artigo 155, I, "b", da Constituição Federal e definidos em lei complementar.

§ 1º O imposto previsto no inciso I poderá ser progressivo, nos


termos do Código Tributário Municipal, de forma a assegurar o cumprimento da função
social da propriedade.
46
§ 2º O imposto previsto no inciso III não exclui a incidência
do imposto estadual sobre a mesma operação.

§ 3º As alíquotas dos impostos previstos nos incisos III e IV


não poderão ultrapassar o limite fixado em lei complementar federal.

Art. 105. Todas as entidades beneficiadas com isenção de


impostos ficarão obrigadas a encaminhar aos Poderes Executivo e Legislativo, até 30 de
junho, relatório circunstanciado das atividades do ano anterior, especificando
pormenorizadamente a aplicação de receita e despesa.

Art. 106. O Município divulgará, até o último dia do mês


subseqüente ao da arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados, os
recursos recebidos e os valores de origem tributária que lhe forem entregues pela União e
pelo Estado.

SEÇÃO IV
DA RECEITA E DA DESPESA

Art. 107. A receita municipal constituir-se-á da arrecadação


dos tributos municipais, da participação em tributos da União e do Estado, dos recursos
resultantes do Fundo de Participação dos Municípios e da utilização de seus bens, serviços,
atividades e de outros ingressos.
Art. 108. A fixação de preços públicos, devidos pela utilização
de bens, serviços e atividades municipais, será estabelecida pelo Prefeito, mediante edição
de decreto.

Parágrafo Único. Os preços públicos deverão cobrir os seus


custos, sendo reajustáveis quando se tornarem deficientes ou excedentes.

Art. 109. Nenhum contribuinte será obrigado ao pagamento


de qualquer tributo lançado pela Prefeitura, sem prévia notificação.

§ 1º Considera-se notificação a entrega do aviso de


lançamento do domicílio fiscal do contribuinte, nos termos da legislação federal pertinente.

§ 2º Do lançamento do tributo cabe recurso ao Prefeito,


assegurado para sua interposição o prazo de quinze dias, contados da data do recebimento da
notificação.

Art. 110. A despesa pública atenderá aos princípios


estabelecidos na Constituição Federal e às normas de direito financeiro.

47
Art. 111. Nenhuma despesa será ordenada ou satisfeita sem
que exista recurso disponível, crédito votado pela Câmara e empenho prévio, salvo a que
ocorrer por conta de crédito extraordinário.

Art. 112. As disponibilidades de caixa do Município, de suas


autarquias e fundações e das empresas por ele controladas serão depositadas em instituições
financeiras oficiais, salvo casos previstos em lei.

CAPÍTULO II
DAS FINANÇAS

Art. 113. A despesa com pessoal ativo e inativo do Município


não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar federal.

Parágrafo Único. A concessão de qualquer vantagem ou


aumento de remuneração, a criação de cargos ou alteração de estrutura de carreiras, bem
como a admissão de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração
direta, autarquias, sociedades de economia mista, empresas públicas, companhias,
cooperativas habitacionais e fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público só
poderão ser feitas:
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para
atender a projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes:
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes
orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas, sociedades de economia mista, autarquias,
companhias, cooperativas habitacionais e fundações públicas instituídas ou mantidas pelo
Poder Público.

Art. 114. O Poder Executivo publicará e enviará ao


Legislativo, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da
execução orçamentária e relatório circunstanciado dos gastos com publicidade da
administração direta, indireta e fundacional.

 “Caput” com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 10, de 23 de novembro de 1992 (Jornal “A
Tribuna” de 26/11/1992).

§ 1º Até dez dias antes do encerramento do prazo de que trata


este artigo, as autoridades nele referidas remeterão ao Poder Executivo as informações
necessárias.

§ 2º O Poder Legislativo publicará seu relatório, nos termos


deste artigo.

§ 3º O numerário correspondente às dotações orçamentárias


do Poder Legislativo, compreendidos os créditos suplementares e especiais sem vinculação a

48
qualquer tipo de despesa, será entregue em duodécimos, até o dia vinte de cada mês em
cotas estabelecidas na programação financeira.

CAPÍTULO III
DOS ORÇAMENTOS
SEÇÃO I

Art. 115. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.

§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de


forma regionalizada, as diretrizes e metas da Administração Municipal para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e


prioridades da Administração Pública Municipal, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de fomento.
§ 2º-A. A Lei de Diretrizes orçamentárias deverá reservar
percentual de 1,0% (um por cento) a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita
líquida a ser prevista no projeto de lei orçamentário encaminhado pelo Poder Executivo,
para atender às emendas parlamentares dos vereadores com investimentos em obras,
equipamentos e serviços, além de subvenção, auxílio e/ou contribuição, através da
celebração de parcerias, por meio de termo de cooperação ou de fomento, nos casos de
entidades privadas sem fins lucrativos.

 Parágrafo §2º - A com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 85, de 25 de março de 2019 (DOM de
08/04/2019).
 parágrafo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 74, de 24 de novembro de 2016 (DOM de
09/12/2016), alteração em vigor a partir de 01 de janeiro de 2017.
 Parágrafo 2º-A com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 89, de 04 de novembro de 2021 (DOM de
10/11/2021).

§2º-B. A metade do percentual destinado às emendas


parlamentares será destinada, obrigatoriamente, a ações e serviços públicos de saúde.

 § 2º-B com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 85, de 25 de março de 2019 (DO de
08/04/19).

§ 2º-C. É vedada a destinação dos recursos das emendas


parlamentares para ações ou serviços que acarretem aumento de despesas continuadas.
49
 Parágrafo acrescido pela Lei Orgânica nº. 85, de 25 de março de 2019 (DO de 08/04/19)

§ 2º-D. Não poderão ser apresentadas emendas parlamentares


com valor inferior a 1% (um por cento) do valor total destinado a cada vereador.

 Parágrafo acrescido pela Lei Orgânica nº. 85, de 25 de março de 2019 (DO de 08/04/19)

§ 2º-E. Os recursos oriundos de emendas parlamentares


poderão ser remanejados, inclusive, de um órgão para outro da Administração Municipal,
desde que com a devida autorização do Vereador Autor da emenda.

 Parágrafo acrescido pela Lei Orgânica nº. 85, de 25 de março de 2019 (DO de 08/04/19)

§ 2º-F. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das


programações a que se refere o § 2º-A deste artigo, salvo nos casos dos impedimentos de
ordem técnica.

 Parágrafo acrescido pela Lei Orgânica nº. 85, de 25 de março de 2019 (DO de 08/04/19)

§ 2º-G. No caso de impedimento de ordem técnica, no


empenho de despesa que integre a programação, na forma do parágrafo anterior deste artigo,
serão adotadas as seguintes medidas:
I – até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei
orçamentária, o Poder Executivo enviará ao Poder Legislativo a justificativa do
impedimento;
II – até 180 (cento e oitenta) dias após o término do prazo
previsto no inciso I, o Vereador Autor da emenda indicará ao Poder Executivo o
remanejamento da programação ao cujo impedimento seja insuperável, autorizando o
remanejamento;
III – Se após o término do prazo previsto no inciso II, o
Vereador Autor da emenda não se manifestar sobre o remanejamento, será esse
implementado por ato do Poder Executivo.

 Parágrafo acrescido pela Lei Orgânica nº. 85, de 25 de março de 2019 (DO de 08/04/19)

§ 2º-H. Após o prazo previsto no inciso III do § 2º-G, as


programações orçamentárias previstas no § 2º-F não serão de execução obrigatória, nos
casos dos impedimentos justificados na notificação prevista no inciso I do § 2º-G.

 Parágrafo acrescido pela Lei Orgânica nº. 85, de 25 de março de 2019 (DO de 08/04/19)

§ 2º-I. As proposições de despesas públicas dos Vereadores,


incluídas no Orçamento Anual, cujas previsões orçamentárias excedem o percentual
estabelecido na Lei de Diretrizes Orçamentárias poderão ser transferidas ou remanejadas
50
para outra categoria econômica de programação ou de um órgão para outro da
Administração Municipal, na forma de legislação vigente no exercício financeiro.”

 Parágrafo acrescido pela Lei Orgânica nº. 85, de 25 de março de 2019 (DO de 08/04/19)

§ 2º-J. Nos Projetos de Lei encaminhados para a execução das


emendas parlamentares deverão constar o nome do Vereador Autor da emenda e o número
da emenda parlamentar correspondente.

 Parágrafo acrescido pela Lei Orgânica nº. 85, de 25 de março de 2019 (DO de 08/04/19)

§2º-K. Ficam obrigadas as Secretarias que receberem emendas


parlamentares a apresentar Relatório Analítico com as informações sobre o andamento das
emendas parlamentares executadas e não executadas, na primeira quinzena dos meses de
abril, agosto e novembro do ano de execução orçamentária.

 Parágrafo acrescido pela Lei Orgânica nº. 85, de 25 de março de 2019 (DO de 08/04/19)
§ 3º Os planos e programas municipais, distritais, de bairros,
regionais e setoriais previstos nesta Lei Orgânica serão elaboradas em consonância com o
plano plurianual e apreciados pela Câmara.

§ 4º A lei orçamentária anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes Legislativo e
Executivo, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive
fundações instituídas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimentos das empresas em que o
Município, direta ou indiretamente, detenha a maioria de capital social, com direito a voto.

§ 5º O orçamento anual conterá dotação específica destinada


ao atendimento de entidades, desde que sejam consideradas de utilidade pública e que
cuidem de pessoas deficientes de qualquer natureza, na forma do que dispuser a lei.

§ 6º Cabe à lei complementar, com observância da legislação


federal:
I – dispor sobre o exercício financeiro a vigência, os prazos, a
elaboração e a organização do plano plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei
Orçamentária anual;
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da
administração direta ou indireta, bem como condições para a instituição e funcionamento de
fundos.

 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 57, de 22 de novembro de 2010 (DOM de
11/04/1996)

51
§ 7º As leis orçamentárias a que se refere este artigo deverão
incorporar as prioridades e ações estratégicas do Programa de Metas.

 parágrafo acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº. 75, de 24 de novembro de 2016 (DOM de 09/12/2016).

§ 8º As diretrizes do Programa de Metas incorporadas ao


projeto de lei que visar à instituição do Plano Plurianual dentro do prazo legal definido para
sua apresentação à Câmara Municipal.

 parágrafo acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº. 75, de 24 de novembro de 2016 (DOM de 09/12/2016).

SEÇÃO II
DAS VEDAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS

Art. 116. A lei orçamentária anual não conterá dispositivos


estranhos à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo, na proibição, a
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito,
ainda que por antecipação da receita.

Art. 117. São vedados:


I – o início de programas e projetos não incluídos na lei
orçamentária anual;
II – a realização de despesas ou assunção de obrigações
diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;
III – a realização de operações de crédito que excedam o
montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pela Câmara por maioria
absoluta;
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou
despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos e que se referem
os artigos 158 e 159 da Constituição Federal, a destinação de recursos para manutenção e
desenvolvimento do ensino, como determinado pelo artigo 212 da Constituição Federal e a
prestação de garantias às operações de crédito por antecipação da receita, previstas no artigo
165, § 8º, da Constituição Federal;
V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia
autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;
VI – a transposição, remanejamento ou transferência de
recursos de uma categoria de programa para outra ou de um órgão para outro, sem prévia
autorização legislativa;
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
VIII – a utilização, sem autorização legislativa específica, de
recursos do orçamento anual, para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas da

52
administração indireta, das autarquias, sociedades de economia mista, empresas públicas,
companhias, cooperativas habitacionais e fundações públicas ou fundos do Município;
IX – a instituição de fundos de qualquer natureza sem prévia
autorização legislativa.

§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um


exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei
que autorize a inclusão, sob pena de crime contra a administração.

§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no


exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado
nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus
saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.

§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será


admitida para atender às despesas imprevisíveis e urgentes, decorrentes de calamidade
pública, devendo o Prefeito submetê-lo de imediato à Câmara que, estando em recesso, será
convocada extraordinariamente para se reunir no prazo de cinco dias, a fim de apreciar a
solicitação, cuja aprovação deverá ocorrer por maioria absoluta.

SEÇÃO III
DOS PROJETOS ORÇAMENTÁRIOS

Art. 118. O Prefeito encaminhará à Câmara, até o dia trinta de


setembro de cada ano, o projeto de lei orçamentária.

 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 52, de 12 de fevereiro de 2007 (DOM de
28/02/2007)

Art. 119. O projeto de lei orçamentária será acompanhado de


demonstrativo regionalizado do efeito sobre receitas e despesas decorrentes de isenção,
anistias, remissões e benefícios de natureza financeira e tributária.

Art. 120. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às


diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pela
Câmara na forma do Regimento Interno, respeitadas as disposições deste artigo.

§ 1º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos


projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de
diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os
provenientes de anulação de despesas, excluídas as que incidam sobre:
a) dotação para pessoal e seus encargos;
53
b) serviço da dívida;
III – sejam relacionadas:
a) com correção de erros ou omissões;
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

§ 2º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias


não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.

§ 3º O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara para propor


modificações nos projetos a que se refere este artigo, enquanto não iniciada a votação, em
Plenário, da parte cuja alteração é proposta.

§ 4º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes


orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo Prefeito, à Câmara, nos termos da
lei complementar a que se refere o artigo 115, § 6º, I, desta Lei.
§ 5º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que
não contrariar o disposto nesta Seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.

§ 6º Não iniciados no prazo previsto na lei complementar


referida no artigo 115, § 6º, I, desta Lei a Câmara elaborará, nos trinta dias seguintes, os
projetos e propostas de que trata este artigo.

§ 7º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou


rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes,
poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com
prévia e específica autorização legislativa.

CAPÍTULO IV
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL,
FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Art. 121. A fiscalização contábil, financeira e orçamentária,


operacional e patrimonial do Município e das entidades da administração direta, autarquias,
sociedades de economia mista, empresas públicas, companhias, cooperativas habitacionais e
fundações públicas instituídas ou mantidas pelo Poder Público, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida
pela Câmara, mediante controle externo e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

Parágrafo Único. Prestará contas qualquer pessoa física ou


jurídica que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores
públicos pelos quais o Município responda ou que, em nome deste, assuma obrigações de
natureza pecuniária.

54
Art. 122. O controle externo, a cargo da Câmara, será
exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, através de parecer
prévio sobre as contas que o Prefeito deverá prestar à Câmara.

§ 1º As contas serão apresentadas dentro de noventa dias após


o encerramento do exercício financeiro.

§ 2º Se até esse prazo não tiverem sido apresentadas as contas,


a Câmara comunicará de imediato ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

§ 3º Somente pela decisão de dois terços dos membros da


Câmara, deixará de prevalecer o parecer prévio do Tribunal de Contas.

Art. 123. O Poder Legislativo criará, no âmbito de sua


competência, Comissão Permanente de Fiscalização, composta de três vereadores eleitos na
forma do Regimento Interno da Câmara.
Parágrafo Único. Compete à Comissão Permanente de
Fiscalização verificar todas as irregularidades praticadas pela administração direta,
autarquias, sociedades de economia mista, empresas públicas, companhias, cooperativas
habitacionais e fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público.

Art. 124. A Comissão Permanente de Fiscalização, diante de


indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não
programados ou de subsídios e subvenções não aprovadas, poderá solicitar da autoridade
responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários.

§ 1º Não prestados os esclarecimentos ou considerados estes


insuficientes, a Comissão Permanente de Fiscalização solicitará ao Tribunal de Contas
pronunciamento conclusivo sobre a matéria, em caráter de urgência.

§ 2º Entendendo o Tribunal de Contas irregular a despesa, a


Comissão Permanente de Fiscalização, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável
ou grave lesão à economia pública, proporá à Câmara a sua sustação.

Art. 125. Os Poderes Legislativo e Executivo manterão, de


forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano
plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos do Município;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à
eficácia da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da
administração municipal, bem como da aplicação de recursos públicos municipais por
entidades de direito privado;
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e
garantias, bem como dos direitos e haveres do Município;

55
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão
institucional.

§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem


conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, darão ciência à Comissão
Permanente de Fiscalização da Câmara, sob pena de responsabilidade solidária.

§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou


sindicato é parte integrante e legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou
ilegalidades perante a Comissão Permanente de Fiscalização da Câmara.

§ 3º A Comissão Permanente de Fiscalização da Câmara,


tomando conhecimento de irregularidades ou ilegalidades, poderá solicitar à autoridade
responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários, agindo na
forma prevista no § 1º do artigo interior.
§ 4º Entendendo o Tribunal de Contas pela irregularidade ou
ilegalidade, a Comissão Permanente de Fiscalização proporá à Câmara as medidas que
julgar convenientes à situação.

Art. 126. O movimento de caixa do dia anterior será


publicado diariamente, por edital afixado no edifício da Prefeitura e da Câmara.

Art. 127. Mensalmente, até o dia vinte, o balancete relativo à


receita e à despesa do mês anterior será encaminhado à Câmara, afixado mediante edital no
edifício da Prefeitura e da Câmara e publicado no órgão oficial ou não da imprensa do
Município.

TÍTULO VI
DAS POLÍTICAS MUNICIPAIS

CAPÍTULO I
DA POLÍTICA ECONÔMICA
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 128. O Município, dentro de sua competência, organizará


a ordem econômica, conciliando a liberdade de iniciativa com os superiores interesses da
coletividade.

Art. 129. A ação do Município, no domínio econômico, terá


por objetivo estimular, orientar e democratizar as relações da sociedade, visando à defesa
dos interesses da coletividade, promovendo a justiça social e fomentando as ações de
economia solidária.

56
 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 65/2015, de 06 de abril de 2015 (DOM de 14/04/2015,
retificação da publicação em 15/04/2015).

Art. 130. O Município criará, mediante lei complementar,


Conselho de Desenvolvimento Econômico, integrado por representantes dos Poderes
Executivo e Legislativo, além dos empresários e técnicos dos diferentes setores de atividade,
o qual terá como objetivo apresentar subsídios para o planejamento econômico na sua
jurisdição.

Art. 131. A exploração direta da atividade econômica, pelo


Município, só será permitida em caso de relevante interesse coletivo, na forma da lei
complementar que, dentre outras, especificará as seguintes exigências para as empresas
públicas e sociedades de economia mista ou entidade que criar ou mantiver:
I – regime jurídico das empresas privadas;
II – proibição de privilégios fiscais não extensivos ao setor
privado;
III – adequação da atividade ao plano diretor, ao plano
plurianual e às diretrizes orçamentárias;
IV – orçamento anual aprovado pelo Prefeito.

Parágrafo Único. A lei reprimirá o abuso do poder econômico


que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário
dos lucros.

Art. 132. Na aquisição de bens e serviços, o Poder Público


dará tratamento preferencial, na forma a lei, a empresas brasileiras de capital nacional.

Art. 133. O Município dispensará à microempresa e à


empresa de pequeno porte, assim definidas em lei federal, tratamento jurídico diferenciado,
visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas e tributárias,
no seu âmbito, por meio de lei.

Art. 134. O Município criará lei específica referente aos


trabalhadores portadores de deficiência física, às comunidades rurais, artesanais e indígenas,
e à sua organização, procurando proporcionar-lhes, entre outros benefícios, meios de
produção e de trabalho, saúde e bem-estar social.

§ 1º O Município deverá criar órgão de assistência e


encaminhamento de mão-de-obra ociosa.

§ 2º Serão isentas de impostos e taxas as respectivas


comunidades e organizações.

57
Art. 135. O Município dará tratamento diferenciado, através
de lei complementar, ao comércio ambulante, resguardados os direitos dos comerciantes
legalmente estabelecidos.

SEÇÃO I
DO DESENVOLVIMENTO URBANO

Art. 136. A política de desenvolvimento urbano, a ser


implantada pelo Poder Executivo, conforme diretrizes fixadas em lei, será resultante de uma
ação integrada entre o Executivo e o Legislativo, consultas e audiências públicas com
entidades organizadas, e terá por objetivo o pleno desenvolvimento social e a garantia do
bem-estar da comunidade.

 O artigo 136 foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº. 28, de 09 de outubro de 1995 (DOM de
18/10/1995) renumerando-se os demais.

Art. 137. No estabelecimento das diretrizes relativas ao


desenvolvimento urbano, o Município assegurará:
I – justa distribuição dos benefícios, minimizando naturais
ônus decorrentes do processo de urbanização;
II – às pessoas portadoras de deficiência física, acesso nos
transportes coletivos, a edificações públicas e particulares, de freqüência aberta ao público, e
a logradouros públicos;
III – mediante mecanismos definidos em lei específica,
consulta e aprovação prévia da população local, nos casos de desafetação de bens de uso
comum do povo;
IV – espaços físicos adequados à execução de uma política
ordenada de expansão das atividades portuárias, retroportuárias e industriais não poluentes,
às quais garantirá especial atenção, salvaguardando locais de controle ambiental;
V – prioridade aos estudos técnicos visando à integração do
território do Município, envolvendo, inclusive, a possibilidade de participação da iniciativa
privada a ser definida em lei;
VI – especial atenção ao patrimônio histórico e cultural, aos
sítios arqueológicos, à criação de subzonas de preservação ambiental e à proteção de
referenciais urbanísticos característicos da memória cultural da cidade.

Art. 138. O Poder Executivo criará o Conselho Municipal de


Desenvolvimento Urbano, através de lei específica.

SEÇÃO II
DO PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO
EXPANSÃO URBANA

58
Art. 139. O Plano Diretor de Desenvolvimento e Expansão
Urbana abrange a totalidade do território do Município, contendo objetivos da comunidade e
Governo, prioridades, estratégias para alcançar as finalidades pretendidas, aspectos e
diretrizes econômico-financeiras e administrativas, e compreende:
I – atividades econômicas do Município;
II – situação e perspectiva das atividades portuárias,
retroportuárias, turísticas e correlatas;
III – exigências fundamentais de ordenação do Município,
incluindo:
a) adequação entre as funções urbanas e as atividades
portuárias;
b) revitalização de áreas degradadas, com especial atenção às
encortiçadas;
c) conservação e recuperação do meio ambiente, eliminando
as fontes agressoras;
d) especial atenção às áreas de risco geológico, mangues,
restingas, comunidades indígenas, praias, região do estuário, Mata Atlântica e mata ciliar;
IV – normas para produção, uso e ocupação do solo, aplicadas
a áreas urbanas, de expansão urbana e de interesse urbano, tais como bacias de mananciais,
sítios naturais de interesse turístico, zona do porto e retroporto;
V – fixação do perímetro urbano e de expansão urbana.

§ 1º O Plano Diretor de Desenvolvimento e Expansão Urbana


deve ser elaborado e/ou revisto no primeiro ano de mandato do Prefeito, definindo-se as
linhas mestras da política de sua administração.

§ 2º O Plano Diretor de Desenvolvimento e Expansão Urbana


deve orientar a elaboração dos orçamentos anual e plurianual, bem como do plano de ação
do Governo.

§ 3º As leis de parcelamento e zoneamento somente poderão


ser alteradas uma vez a cada ano.

§ 4º A elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento e


Expansão Urbana deve envolver a participação de entidades representativas, conforme lei
específica, através de consultas e debates nas várias etapas do processo de análise e decisão.

Art. 140. Em cumprimento ao disposto no artigo anterior, o


Município adequará a legislação existente e, em especial, a referente ao Plano Diretor
Físico, ao Código de Edificações e ao Código de Posturas.

 “Caput” renumerado e com nova redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 28, de 09 de outubro de 1995
(DOM de 18/10/1995).

59
Parágrafo Único. As alterações do Plano Diretor de
Desenvolvimento e Expansão Urbana, no que concerne às atividades modificadoras do meio
ambiente, ficam sujeitas aos controles e restrições determinados pelas legislações federal e
estadual.
Art. 141. O Município poderá exigir, mediante lei específica
para área incluída no Plano Diretor, nos termos da Lei Federal, do proprietário do solo
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova o seu adequado
aproveitamento, sob pena de, sucessivamente:
I – parcelamento ou edificação compulsórios;
II – imposto sobre propriedade predial e territorial urbana,
progressivo no tempo;
III – desapropriação, com pagamento mediante título da
dívida pública, de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de até dez
anos, em parcelas anuais iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os
juros legais.

Art. 142. Será isento de imposto sobre propriedade predial e


territorial urbana o prédio ou terreno destinado à morada do proprietário de pequenos
recursos, que não possua outro imóvel, nos termos e no limite do valor que a lei fixar.

SEÇÃO III
DA HABITAÇÃO

Art. 143. A habitação é função social do Município e será


exercida mediante política de ações que visem a assegurar a todos o direito à moradia.

Art. 144. O Município, através de política fiscal, deverá criar


mecanismo que incentive a função social da propriedade.

Art. 145. As ações do Poder Público para o setor da habitação


serão desenvolvidas mediante levantamento periódico das necessidades habitacionais do
Município e prioritariamente objetivarão:
I – planejamento e a execução de programas de construção de
moradias populares, definidos em lei;
II – garantia de condições habitacionais e de infra-estrutura,
em especial as de saneamento básico, escola pública, posto de saúde e transporte;
III – adoção de política de produção, em alta escala, de
componentes básicos para a construção de moradias, os quais possam ser repassados aos
projetos a preço de custo;
IV – recuperação de regiões deterioradas, transformando-as
em centros habitacionais para famílias de baixa renda;
V – acesso da população aos vazios urbanos com vocação
habitacional, através de adoção de mecanismos que não causem ônus ao Município,
preferencialmente;
60
VI – adoção de medidas que viabilizem projetos residenciais,
destinados aos idosos;
VII – garantia de moradia à população de baixa renda, através
do Programa de Locação Social.

 Inciso acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº. 31, de 08 de abril de 1996 (DOM de 11/04/1996 e
retificação em 13/04/1996).

Art. 146. É obrigatória a manutenção atualizada, pelo Poder


Público, dos respectivos cadastros imobiliários e de terras públicas, abertos à consulta dos
cidadãos, como forma de dinamizar a aquisição de áreas para fins habitacionais.

§ 1º As terras públicas municipais serão prioritariamente


destinadas ao assentamento da população de baixa renda e à instalação de equipamentos
coletivos, na forma da lei.

§ 2º As áreas definidas em projeto de loteamento como áreas


verdes, áreas de riscos geológicos ou áreas de especial interesse histórico, urbanístico,
ambiental e turístico não poderão ter alterados seus fins, objetivos e destinação
originalmente estabelecidos, em qualquer hipótese.

Art. 147. O Município consignará, anualmente, no orçamento,


percentual a ser aplicado no setor habitacional, com vistas a garantir a produção e o acesso à
moradia às populações de baixa renda, através de sistema municipal de financiamento,
articulado com a obtenção de recursos junto a outros órgãos governamentais.

Parágrafo Único. O montante de despesas com habitação não


poderá ser inferior a 5% (cinco por cento) das despesas globais do orçamento anual do
município.

 Parágrafo único com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 33, de 21 de novembro de 1996 (DOM de
28/11/1996).

Art. 148. O Poder Executivo criará o Fundo de Incentivo à


Construção de Habitação Popular, através de lei específica.

Art. 149. O Poder Executivo criará o Fundo de Incentivo à


Construção de Habitação Popular, através de lei específica, cuja administração será
fiscalizada pelo Conselho Municipal de Habitação.

 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 30, de 08 de abril de 1996 (DOM de 11/04/1996).

SEÇÃO IV
DOS TRANSPORTES

61
Art. 150. Compete ao Município organizar e prestar,
diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, o serviço de transporte coletivo, que
tem caráter essencial, na forma do inciso V do artigo 30, da Constituição Federal.

Art. 151. A prestação do serviço de transporte coletivo deve


ter como objetivo:
a) acessibilidade a todo cidadão;
b) valor da tarifa condizente com o poder aquisitivo da
população;
c) boa qualidade do serviço;
d) garantia de rentabilidade do capital empregado.

Art. 152. A lei disporá sobre as condições, os requisitos e


incentivos que facilitem a prestação do serviço de táxis, transporte coletivo de escolares,
autolotação em peruas e demais meios de transporte alternativo do Município.

Art. 153. Compete ao Município avaliar as condições, os


requisitos e incentivos que facilitem a implementação e alteração do sistema de transporte
intermodal e intramodal.

Parágrafo Único.O exercício da competência a que se refere


este artigo pode abranger a organização e gerência de:
a) tráfego local;
b) estacionamentos;
c) atividades de carga e descarga;
d) transporte coletivo local de passageiros por hidrovias;
e) transporte coletivo de passageiros por ferrovias;
f) implantação do sistema de ciclovias.

SEÇÃO V
DO MEIO AMBIENTE

Art. 154. Todos têm o direito ao meio ambiente


ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo essencial à sadia qualidade de
vida, impondo-se ao Poder Público e à comunidade o dever de defendê-lo e preservá-lo.

Parágrafo Único. Para assegurar a efetividade desse direito,


incumbe ao Município:
I – preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e
prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;
II – definir, em lei complementar, os espaços territoriais do
Município a serem especialmente protegidos, bem como seus componentes, vedada qualquer
utilização que comprometa a sua integridade;

62
III – exigir, na forma da lei, para instalação de obra, atividade
ou parcelamento do solo potencialmente causadores de significativa degradação do meio
ambiente, relatório de impacto ambiental, a que se dará publicidade e se discutirá em
audiência pública, após análise do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente e da
Câmara;
IV – controlar a produção, a comercialização, a estocagem e o
emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco efetivo ou potencial à
vida, à qualidade de vida e ao meio ambiente, fiscalizando-os na forma da lei;

 Inciso com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 12, de 1 o. de março de 1993 (Jornal “A Tribuna” de
06/03/1993).

V – tornar obrigatória a educação ambiental em sua rede de


ensino, bem como promover a conscientização da comunidade para a preservação do meio
ambiente;
VI – proteger a flora e a fauna, vedada, na forma da lei, as
práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou
submetam animais à crueldade;
VII – proteger a comunidade contra a poluição sonora e
visual, causada por atividades industriais, comerciais, de lazer e outras;
VIII – dar destinação final adequada aos resíduos urbanos e
hospitalares;
IX – disciplinar, em lei, o horário e o itinerário a ser
percorrido, nas vias do Município, por veículos transportadores de cargas perigosas de
qualquer natureza ou potencialmente nocivas à população e ao meio ambiente, bem como o
acondicionamento dessas cargas;
X – proibir o transporte de rejeitos tóxicos nas vias públicas
do Município;
XI – proibir, no território municipal, a utilização de qualquer
área para servir de depósito de lixo químico;
XII – disciplinar, na forma da lei, a implantação de áreas
verdes nas construções em geral.

Art. 155. O Município garantirá a preservação do meio


ambiente no seu território, evitando reflexos negativos sobre o ambiente regional.

Art. 156. O Município consignará, anualmente, no orçamento,


percentual para preservação e recuperação do meio ambiente.

Art. 157. O Poder Público apoiará, através de seus próprios


dispositivos legais, as ações da Polícia Florestal na defesa do meio ambiente.

Art. 158. O Município estimulará a pesquisa e utilização de


fontes energéticas alternativas e limpas, como o gás natural, a energia solar e a eólia.
63
Art. 159. Os manguezais, os costões, a Mata Atlântica, a Serra
do Mar, as margens dos rios, as encostas dos morros, a região do estuário, o Vale do
Quilombo, as praias e seus jardins e os canais de drenagem ficam sob a proteção do
Município, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive
quanto ao uso dos recursos naturais.

Parágrafo Único. O Município deverá promover medidas de


ação judicial ou policial, interditando obras ou atividades semelhantes que se instalarem
nesses locais, executando sua imediata remoção.

Art. 160. É assegurado a todos o livre acesso às praias do


Município, que serão consideradas patrimônio público inalienável e reservado
perpetuamente à população.

§ 1º Sempre que, por qualquer motivo, for impedido ou


dificultado o acesso às praias, o Município adotará providências imediatas para garantia
desse direito.

§ 2º O Município deverá utilizar-se da desapropriação para


abertura do acesso a que se refere este artigo.

Art. 161. O Município estabelecerá consórcio com outros


Municípios, objetivando a solução de problemas comuns relativos à proteção ambiental,
particularmente quanto à preservação dos recursos hídricos e ao uso equilibrado dos
recursos naturais.

Art. 162. As áreas declaradas de utilidade pública, para fins


de desapropriação, objetivando a implantação de unidade de conservação ambiental, serão
consideradas espaços territoriais especialmente protegidos, não sendo nelas permitidas
atividades que degradem o meio ambiente ou que, por qualquer forma, possam comprometer
a integridade das condições ambientais que motivaram a expropriação.

Parágrafo Único. Serão garantidos, anualmente, no


orçamento, recursos para conservação das áreas de que trata este artigo.

Art. 163. Aquele que explorar recursos minerais, inclusive a


extração de areia, cascalho ou pedreiras, somente o fará após a apresentação de relatório de
impacto ambiental, na forma da lei, e de respectiva licença de instalação e funcionamento,
ficando obrigado a recuperar o meio ambiente degradado de acordo com a solução técnica
exigida pelo órgão público competente.

Art. 164. As condutas e atividades consideradas lesivas ao


meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, às sanções
administrativas e penais, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

64
Art. 165. O Poder Público manterá o Conselho Municipal de
Defesa do Meio Ambiente, órgão autônomo deliberativo, e garantirá a participação da
comunidade em geral, com atribuições definidas em lei.

Art. 166. O Município criará fundo para preservação e


recuperação do meio ambiente, através de lei, com o objetivo de promover a captação de
recursos financeiros destinados à proteção e recuperação do meio ambiente.

SEÇÃO VI
DE METROPOLIZAÇÃO

Art. 167. O Município direcionará esforços para


compatibilizar a sua linha de desenvolvimento aos princípios de metropolização
estabelecidos no artigo 153 da Constituição Estadual, em busca de uma ação integrada com
os demais Municípios definidos na legislação estadual.

Art. 168. A compatibilização prevista no artigo anterior, no


que couber, inclui a ordenação de planos, programas, orçamentos, investimentos e ações
com as metas, diretrizes e objetivos estabelecidos nos planos e programas estaduais,
regionais e setoriais de desenvolvimento econômico-social e de ordenação territorial.

Art. 169. Para vinculação ao processo e desenvolvimento


integrado, o Município destinará recursos específicos, nos respectivos planos plurianuais e
orçamentos, para desempenho das funções públicas de interesse comum.

Art. 170. Dentro dos princípios de integração


desenvolvimentista, o Município atuará no conselho de caráter normativo e deliberativo a
ser criado pelo Estado, mediante lei complementar, na forma do artigo 154, § 1º, da
Constituição Estadual.

Parágrafo Único. Em obediência à legislação estadual, o


Município assegurará a participação da população no processo de planejamento e tomada de
decisões, bem como na fiscalização da realização de serviços ou funções públicas em nível
regional, dentro de orientações específicas no seu âmbito.

Art. 171. O Município poderá buscar o desenvolvimento


integrado com outros Municípios por meio da formação de consórcios, convênios e
associações criados com objetivo de interesse comum, mediante lei específica.

SEÇÃO VII
DOS RECURSOS HÍDRICOS E MINERAIS

Art. 172. O Município participará do sistema integrado de


gerenciamento dos recursos hídricos, através do qual se assegurará meios financeiros e
institucionais para:
65
I – a utilização racional das águas superficiais e subterrâneas e
sua prioridade para abastecimento da população;
II – o aproveitamento múltiplo dos recursos hídricos e o rateio
dos custos das respectivas obras, na forma da lei;
III – a proteção das águas contra ações que possam
comprometer o seu uso atual e futuro;
IV – a defesa contra eventos críticos, que ofereçam riscos à
saúde e segurança pública e prejuízos econômicos ou sociais;
V – a gestão das águas de interesse exclusivamente local.

Art. 173. Para proteger e conservar as águas e prevenir seus


efeitos adversos, o Município adotará medidas no sentido:
I – da instituição de áreas de preservação das águas utilizáveis
para abastecimento às populações e da implantação, conservação e recuperação de matas
ciliares;
II – do zoneamento de áreas inundáveis, com restrições a usos
incompatíveis nas sujeitas a inundações freqüentes, e da manutenção da capacidade de
infiltração do solo;
III – da implantação de sistema de alerta e defesa civil, para
garantir a segurança e a saúde públicas, quando de eventos hidrológicos indesejáveis;
IV – da instituição de programas permanentes de
racionalização do uso das águas destinadas ao abastecimento público e industrial e à
irrigação, assim como de combate às inundações e à erosão.

Art. 174. O Município deverá promover, em conjunto com o


Estado e de maneira sistemática, levantamentos geológicos básicos do seu território e
executar programa permanente de cadastramento de áreas de risco, movimentos de massa-
erosão, estabilidade de encostas e de construção de obras civis.

SEÇÃO VIII
DO SANEAMENTO

Art. 175. As ações de saneamento, executadas em


consonância com o Estado, devem prever a utilização racional da água, do solo e do ar, de
modo compatível com a preservação e melhoria da qualidade da saúde pública e do meio
ambiente.

Art. 176. A lei estabelecerá política de ações, visando a


impedir que loteamentos e conjuntos habitacionais sejam construídos e ocupados sem o
funcionamento adequado das redes de água potável e dos sistemas coletores de esgotos, com
seus respectivos tratamentos e drenagem.

CAPÍTULO II
DA POLÍTICA SOCIAL
66
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 177. O Município, dentro de sua competência, assegurará


o bem-estar social e garantirá o pleno acesso aos bens e serviços essenciais ao
desenvolvimento individual e coletivo.

Art. 178. A ordem social tem por base o primado do trabalho,


garantindo a todos, no âmbito da competência municipal, o direito ao emprego e à justa
remuneração, que proporcionem existência digna na família e na sociedade.

Art. 179. O Município assegurará, em seus orçamentos


anuais, percentual nunca inferior a um por cento para financiar programas relativos à
promoção social e ao bem-estar da população.

SEÇÃO I
DA SAÚDE

 Seção alterada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 32, de 10 de outubro de 1996 (DOM de 23/10/1996).
 Artigos renumerados pela Emenda à Lei Orgânica nº. 38, de 09 de dezembro de 1999 (DOM de 15/12/99).

Art. 180. A saúde é direito de todos e dever do Poder Público,


assegurada mediante políticas sociais, econômicas e ambientais que visem ao bem-estar
físico, mental e social do indivíduo e da coletividade, à redução do risco de doença e de
outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços, para sua promoção,
proteção e recuperação.

Art. 181. As ações de saúde são de relevância pública,


devendo sua execução ser feita, diretamente, através de terceiros, ou por pessoas físicas ou
jurídicas de direito privado.

Art. 182. O Município constitui, com a União e o Estado, o


Sistema Único de Saúde, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I – descentralização, com direção do Poder Público Municipal
em sua esfera de governo;
II – atendimento integral, com ações de saúde adequadas às
realidades epidemiológicas e sociais, com prioridade para as atividades preventivas, sem
prejuízo dos serviços assistenciais;
III – participação da comunidade na formulação, controle e
fiscalização da política municipal de saúde;
IV – gratuidade dos serviços prestados, vedada a cobrança aos
usuários de despesas e taxas, sob qualquer título.

Art. 183. O Sistema Único de Saúde no plano municipal, será


financiado, nos termos do artigo 195 da Constituição Federal, com recursos do orçamento do
Município, do Estado, da União e da Seguridade Social, além de outras fontes.
67
§ 1º O conjunto dos recursos destinados às ações e serviços de
saúde no Município constituem o Fundo Municipal de Saúde conforme lei municipal.

§ 2º O Município aplicará anualmente, em ações e serviços


públicos de saúde, no mínimo 15% (quinze por cento) do produto da arrecadação dos
impostos, a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os artigos 158 e 159, inciso
I, alínea b e parágrafo 3º, da Constituição Federal.

 § 2º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 87, de 18 de fevereiro de 2021 (DO de 25/02/2021).

Art. 184. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma


complementar do Sistema Único de Saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de
direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins
lucrativos.

§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios


ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.

§ 3º As instituições privadas de saúde ficarão sob a


fiscalização do setor público nas questões de controle de qualidade e de informações
conforme as normas do Sistema Único de Saúde.

Art. 185. Ficam criados no âmbito do Município, duas


instâncias de caráter deliberativo: a Conferência e o Conselho Municipal de Saúde.

§ 1º A Conferência Municipal de Saúde, reunir-se-á a cada


dois anos com ampla representação dos vários segmentos sociais para avaliar a situação de
saúde no município, fixar as diretrizes da política municipal de saúde e aprovar a
composição do Conselho Municipal de Saúde, convocada pelo Prefeito Municipal ou,
extraordinariamente, por este ou pelo Conselho de Saúde.

§ 2º O Conselho Municipal de Saúde, paritário e triparte,


composto por representantes dos usuários, de prestadores de serviços, profissionais de saúde
e Executivo Municipal tem por objetivo formular e controlar a execução da política
municipal de saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros.

§ 3º Os representantes dos usuários, que constituem a metade


da composição do Conselho Municipal de Saúde, serão eleitos por entidades, associações ou
movimentos dos próprios usuários e, então, nomeados pelo Prefeito Municipal.

VI – a implementação dos serviços de atendimento


odontológico e de prótese dentária que visem à reabilitação social do indivíduo.

68
 Inciso acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº 40, de 17 de abril de 2000 (DOM de 25/04/2000).

Art. 186. Os serviços públicos municipais que compõem o


Sistema Unificado de Saúde observarão as seguintes normas:
I – a instalação de quaisquer novos serviços deve ser discutida
e aprovada pelo Conselho Municipal de Saúde, segundo as diretrizes deliberadas na última
Conferência de Saúde e, levando-se em consideração a demanda, cobertura, distribuição
geográfica e articulação do sistema.
II – o fechamento ou desativação de qualquer serviço ou
programa de saúde só poderá ocorrer após avaliação e aprovação pela Conferência
Municipal de Saúde.

Art. 187. Fica criado a nível das unidades de saúde o


Conselho Gestor da Unidade, com a finalidade de definir e controlar a execução da política
municipal de saúde no âmbito de abrangência da unidade.

Parágrafo Único. O Conselho Gestor será composto de 50%


de usuários, 25% de profissionais de saúde e de 25% de representantes do Executivo, cada
setor eleito pelos seus pares.

Art. 188. Compete ao Município:


I – a direção do Sistema Único de Saúde no âmbito do
município, através da Secretaria de Higiene e Saúde;
II – a assistência integral à saúde, respeitadas as necessidades
específicas de todos os segmentos da população, em especial à saúde do adulto, do idoso, da
mulher, da criança e do adolescente, da pessoa portadora de deficiência, a saúde mental e
bucal dos portadores de HIV;
III – a identificação e o controle dos fatores determinantes e
condicionantes da saúde individual e coletiva, mediante, especialmente, ações referentes a
vigilância sanitária, vigilância epidemiológica e saúde do trabalhador;
IV – a celebração de contratos e convênios com o setor
privado de saúde, de forma complementar aos serviços públicos, além do controle e
avaliação de sua execução, garantindo a qualidade da assistência;
V – a formulação e implementação da política de recursos
humanos na esfera municipal, com instituição de planos de carreira para os profissionais de
saúde e incentivo à dedicação exclusiva e tempo integral, capacitação e reciclagem
permanentes e condições adequadas de trabalho para a execução de suas atividades, bem
como a busca de isonomia plena entre os profissionais atuando na saúde do município;
VI – a elaboração anual e a atualização periódica do Plano
Municipal de Saúde e da posposta orçamentária do SUS para o município, de acordo com as
diretrizes estabelecidas na Conferência Municipal de Saúde, o qual deverá ser aprovado pelo
Conselho Municipal de Saúde;

69
VII – a administração do Fundo Municipal de Saúde, com
fiscalização do Conselho Municipal de Saúde;
VIII – o estabelecimento de um sistema que garanta aos
usuários o acesso às informações de interesse da saúde, e a divulgação obrigatória de
qualquer dado que coloque em risco a saúde individual ou da coletividade, além do
fornecimento de informações de forma permanente, que contribuam para a melhoria da
consciência sanitária da comunidade;
IX – a participação na formulação das ações de proteção ao
meio ambiente e de saneamento básico no âmbito do município;
X – a celebração de consórcios ou convênios intermunicipais
para a execução de ações ou programas de saúde quando houver indicação técnica e
consenso das partes, devendo os mesmos serem avaliados e aprovados pelo Conselho
Municipal de Saúde;
XI – a organização e integração dos serviços de saúde
segundo os princípios da regionalização, baseados no perfil epidemiológico das diferentes
áreas, objetivando o desenvolvimento de ações adequadas a essa realidade;
XII – o acompanhamento, avaliação e divulgação dos
indicadores de morbi-mortalidade no âmbito do município e, com base neles, a adoção de
medidas e programas ou ações que visem a sua melhoria;
XIII – o controle e a fiscalização de procedimentos, produtos
e substâncias de interesse para a saúde;
XIV – a participação no controle e fiscalização da produção,
manipulação, transporte, comercialização, guarda e utilização de medicamentos, substâncias
e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
XV – o planejamento e a execução das ações de fiscalização e
controle das condições e dos ambientes de trabalho, bem como dos problemas de saúde com
eles relacionados, assegurando a participação dos sindicatos de trabalhadores nas ações de
vigilância desenvolvidas nos locais de trabalho;
XVI – a fiscalização e inspeção dos alimentos, compreendido
o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e água para consumo humano,
assegurando o controle da água de abastecimento público (potabilidade, fluoretação, etc.);
XVII – a manutenção de políticas preventivas em saúde bucal
em escolas, creches e unidades de saúde, assegurando-se programas que garantam a
distribuição gratuita dos insumos necessários (escova, pasta, etc.);
XVIII – o desenvolvimento de ampla política de prevenção às
DST, Aids e Hepatites Virais, bem como a adequada assistência aos portadores destas
enfermidades, que inclua tratamento ambulatorial, domiciliar, hospitalar, medicamentos
específicos e exames laboratoriais próprios, nos termos da lei;

 Inciso com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 63, de 20 de fevereiro de 2014 (DOM de
08/03/2014).

70
XIX – o desenvolvimento de uma política pública de
prevenção ao abuso de drogas lícitas e ilícitas, bem como a oferta de tratamento adequado e
voluntário para químico dependentes;
XX – a intervenção em toda e qualquer situação que coloque
em risco a integridade, individual e coletiva, e em casos de infringência grave à legislação
sanitária, nos termos da lei;
XXI – à planificação necessária para a progressiva extinção
dos leitos de características manicomiais; substituindo por ações preventivas e assistenciais,
através de serviços alternativos ao hospital psiquiátrico como núcleos de apoio psicossocial,
que preservem e valorizem a dignidade e a reintegração social do doente mental;
XXII – assegurar o direito ao acesso às praticas alternativas de
saúde e promover a informação sobre os seus procedimentos e benefícios;
XXIII – assegurar ações de prevenção das deficiências nos
serviços próprios e mediante supervisão nos demais, através de um primeiro exame clínico e
pesquisa laboratorial de doença congênita no recém-nascido.
XXIV – a assistência odontológica integral e universal,
incluindo a prevenção, recuperação e reabilitação individual e coletiva.(NR).

 Inciso XXIV com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 84, de 05 de novembro de 2018 (DOM de
15/11/2018).
 Inciso XXIV com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 42, de 30 de novembro de 2000 (DOM de
06/12/2000).
§ 1º A internação psiquiátrica compulsória deverá ser
obrigatoriamente comunicada, nos termos da lei, ao Ministério Público, que emitirá parecer
sobre a legalidade de internação.

§ 2º É vedada, no âmbito do Município, a utilização de celas


fortes e outras ações violentas contra o doente mental.

§ 3º É vedada a instalação de novos hospitais psiquiátricos ou


qualquer serviço que contribua para a estigmatização e ou exclusão social do doente mental.
§ 4º A assistência odontológica de que trata o inciso XXIV
será prestada, prioritariamente, a pessoas desprovidas de dentição natural, aos portadores de
condições clínicas especiais, às pessoas com deficiência e aos pacientes internados em
Unidades de Terapia Intensiva ou com permanência hospitalar prolongada. (AC).

 Parágrafo acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº. 84, de 05 de novembro de 2018 (DOM de 15/11/2018).

Art. 189. Os sistemas e serviços de saúde privativos de


funcionários da administração direta e indireta deverão ser financiados pelos seus usuários,
sendo vetada a transferência de recursos públicos (do SUS) ou qualquer tipo de incentivo
fiscal direto ou indireto para os mesmos.

71
Art. 190. Cabe à rede pública de saúde, pelo seu corpo clínico
especializado, prestar o atendimento para a prática de aborto nos casos previstos no Código
Penal.

SEÇÃO II
DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 191. O Município, no âmbito de sua competência,


assegurará ao servidor público plano de previdência e assistência social, a ser definido em
lei.

Parágrafo Único. A lei assegurará pensão ao cônjuge


supérstite ou, na falta deste, aos herdeiros ou beneficiários do servidor público falecido.

Art. 192. A assistência social será prestada a quem dela


necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social.

SEÇÃO III
DA PROMOÇÃO SOCIAL

Art. 193. O Município planejará, executará e regulamentará as


ações na área da promoção social, com base nos seguintes princípios:
I – participação da comunidade;
II – descentralização administrativa, respeitada a legislação
federal, considerado o Município e as comunidades como instâncias básicas para o
atendimento e realização dos programas;
III – integração das ações dos órgãos e entidades da
administração em geral, compatibilizando programas e recursos e evitando a duplicidade de
atendimento entre as esferas municipal e estadual.

Art. 194. O plano de promoção social do Município terá por


objetivos principais:
I – a atenção à família, à maternidade, à infância, à
adolescência e à velhice;
II – o atendimento ao migrante e à mendicância;
III – a prevenção do abandono do idoso;
IV – a profissionalização do adolescente;
V – outros programas sociais necessários em função da
demanda social.

Art. 195. O Município criará o Conselho Municipal da


Promoção Social, composto de representantes da comunidade em geral, com funções e
regulamentos definidos em lei.

72
SEÇÃO IV
DA EDUCAÇÃO

Art. 196. A educação, direito de todos e dever do Poder


Público e da família, promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, deve ser
ministrada com base nos artigos 205 e seguintes da Constituição Federal e inspirada nos
princípios de liberdade, solidariedade e respeito aos direitos humanos, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa e à formação do cidadão, eliminando estereótipos existentes nos
livros didáticos.
§ 1º Em cumprimento ao disposto no "caput" deste artigo,
constará do conteúdo programático das disciplinas, nas escolas da rede municipal, o estudo
da história política do Município, do funcionamento de suas instituições, partidos políticos e
sindicatos, da constituição e funcionamento do Poder Público, bem como noções das leis
que regem a vida do munícipe.
§ 2º A rede municipal de ensino público, com vistas a
preservar a memória social, fará constar de seu currículo básico estudos sobre a contribuição
do negro e do índio, resgatando a verdadeira história dessas culturas e repudiando qualquer
forma de discriminação.
§ 3º A rede municipal de ensino público deverá,
periodicamente, realizar cursos transversais de empreendedorismo em atividades
econômicas, financeiras, empresariais e similares, para desenvolver práticas educativas com
objetivos mais amplos e atuais.

 § 3.º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 56, de 13 de outubro de 2010 (DO de
26/10/2010).

Art. 197. O Município responsabilizar-se-á prioritariamente


pela educação infantil em creches e pré-escolas, e, da mesma forma, pelo ensino
fundamental, inclusive para os que a ele não tiverem acesso na idade própria.

§ 1º O sistema de ensino municipal assegurará aos alunos


necessitados condições de eficiência escolar, de permanência na escola, bem como manterá
classes no período noturno, preferencialmente aos alunos trabalhadores.

§ 2º O Município procederá, preferencialmente, à matrícula


dos alunos, priorizando aqueles com deficiência, na escola da rede municipal mais próxima
de sua residência.

 Parágrafo único com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 34, de 12 de fevereiro de 1997 (DOM de
20/02/1997).
 Artigo e parágrafos com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 64, de 24 de novembro de 2014 (DOM
03/12/2014).

73
Art. 198. Será estimulada a prática do civismo nas escolas
municipais, como complemento à formação do indivíduo.

Art. 199. A gestão democrática do ensino público municipal


atenderá às seguintes diretrizes:
a) participação da sociedade na formulação e execução da
política educacional;
b) prestação de contas à sociedade sobre a utilização dos
recursos destinados à educação;
c) instituição de conselhos deliberativos, em caráter
permanente, em todas as unidades escolares, formados por estudantes, professores, pais e
funcionários, com o objetivo de acompanhar o nível pedagógico da escola e extinguir toda e
qualquer discriminação ou estereotipia no sistema regular de ensino público municipal;
d) preservação da memória social, promovendo a interação
entre educação básica e os diferentes contextos culturais, além da utilização de museus,
arquivos, monumentos históricos, artísticos e ecológicos como recursos educacionais;
e) promoção de atividades curriculares interdisciplinares que
visem ao reconhecimento e valorização do patrimônio cultural, contribuindo para a sua
preservação.

Art. 200. É vedada a cessão de uso de próprios públicos


municipais para o funcionamento de estabelecimentos de ensino privado de qualquer
natureza, com fins lucrativos.

Art. 201. O Município manterá os profissionais de ensino em


nível econômico e social à altura de suas funções, proporcionando-lhes oportunidades de
atualização e valorização, garantindo, na forma da lei, planos de carreira e piso salarial
compatível com suas atribuições.

Art. 202. A lei criará o Conselho Municipal de Educação,


órgão normativo, consultivo e deliberativo do sistema de ensino do Município.

Art. 203. O Município aplicará, anualmente, para a


manutenção e o desenvolvimento do ensino, trinta por cento, no mínimo, da receita
resultante de impostos, compreendida, inclusive, a proveniente de transferências,
procedentes da União e do Estado.

Parágrafo Único. A lei definirá as despesas que se


caracterizam como manutenção e desenvolvimento do ensino.

Art. 204. As crianças e adolescentes deficientes físicos e


mentais, que, pelo seu grau de deficiência, não tenham condições de acompanhar o processo
de escolaridade nas salas de aula comuns, poderão se atendidos em estabelecimentos
especializados, mediante bolsas de estudo oferecidas pelo Poder Público, desde que provada
a carência de recursos da família.
74
Art. 205. O ensino religioso, de matrícula facultativa,
constituirá disciplina nos horários normais da rede municipal de ensino.

SEÇÃO V
DA CULTURA

Art. 206. O Município garantirá a todos o pleno exercício dos


direitos culturais e o acesso às fontes de cultura, apoiará e incentivará a valorização e a
difusão de suas manifestações, com prioridade para as diretamente ligadas à história de
Santos, à sua comunidade e aos seus bens.

Art. 207. O Poder Público incentivará a livre manifestação


cultural mediante:
I – criação e manutenção de espaços públicos devidamente
equipados e capazes de garantir a produção, divulgação e apresentação das manifestações
culturais e artísticas;
II – desenvolvimento de intercâmbio cultural e artístico,
integração de programas culturais e apoio à instalação de casas de cultura e de bibliotecas
públicas;
III – acesso aos acervos das bibliotecas, dos museus, arquivos
e congêneres;
IV – promoção do aperfeiçoamento e valorização dos
profissionais da cultura;
V – planejamento e gestão do conjunto das ações, garantida a
participação de representantes da comunidade;
VI – compromisso de resguardar e defender, em seu território,
a integridade, pluralidade, independência e autenticidade das culturas brasileiras;
VII – cumprimento de política cultural não intervencionista,
visando à participação de todos na vida cultural;
VIII – preservação dos documentos, das obras e demais
registros de valor histórico e científico.

Art. 208. O Poder Público manterá o Conselho Municipal de


Cultura, órgão normativo, consultivo e deliberativo das ações culturais, assegurada a
participação popular paritária por meio de organizações populares e civis representativas.

 Artigo acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº. 17, de 23 de agosto de 1993 (DOM de 1o./09/1993).

Art. 209. O Poder Público manterá o Conselho de Defesa do


Patrimônio Cultural de Santos, órgão autônomo e deliberativo, composto por representantes
de entidades culturais e da comunidade em geral que, dentre outras atribuições definidas em
lei, deverá:
75
a) deliberar sobre tombamento de bens materiais;
b) adotar medidas necessárias à produção dos efeitos do
tombamento;
c) pesquisar, identificar, proteger e valorizar o patrimônio
cultural santista.

Art. 210. Constituem patrimônio municipal e deverão ser


protegidos pelo Poder Público os documentos, as obras e outros bens materiais e imateriais
de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis, os
conjuntos e sítios arqueológicos, paleontológicos, ecológicos e científicos tombados pelo
Poder Público, com tratamento idêntico para os bens tombados pela União ou pelo Estado,
mediante convênio.

Art. 211. A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas


de alta significação para o Município.

Art. 212. O Município criará, na forma da lei, fundo para a


preservação e restauração do patrimônio histórico, com suporte financeiro para o
desenvolvimento das ações que visem à preservação ou restauração de imóveis de
propriedades do Município, que possuam valor histórico ou artístico.

Parágrafo Único. Constituirão receita do fundo:


a) dotações consignadas no orçamento do Município e
créditos adicionais que lhe sejam destinados;
b) auxílios, subvenções, contribuições, transferências e
participações em convênios e ajustes;
c) doações de qualquer natureza;
d) rendimentos, acréscimos, juros e correções monetárias
provenientes de aplicação de seus recursos;
e) outras receitas.

SEÇÃO VI
DO TURISMO

Art. 213. O Município promoverá e incentivará o turismo


como atividade prioritária, fator de desenvolvimento econômico e social.

Art. 214. O Poder Público estimulará os diversos segmentos


ligados direta e indiretamente ao turismo e os projetos que visem ao desenvolvimento do
setor, através de incentivos fiscais e concessões a serem definidos no Plano Diretor de
Turismo.

76
Art. 215. O Município, no prazo de cento e vinte dias,
estabelecerá a política para atividades turísticas, através do Plano Diretor de Turismo.

SEÇÃO VII
DOS ESPORTES E LAZER

Art. 216. O Município apoiará e incentivará as práticas


desportivas como direito de todos, dando prioridade aos alunos de sua rede de ensino e
estimulando a promoção de esportes nos clubes locais.

Parágrafo único. Passa a ser considerada como atividade


desportiva e de lazer a capoeira.

Art. 217. O Município incentivará o lazer como forma de


promoção social e a prática de atividades físicas com o objetivo de promover o bem-estar, a
saúde e a qualidade de vida dos munícipes.(NR)

 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 73, de 09 de junho de 2016 (DOM de 16/06/2016).

Art. 218. As ações do Poder Público e a destinação de


recursos orçamentários para o setor darão prioridade:
I – ao esporte educacional, ao esporte comunitário e ao
esporte olímpico e não olímpico;
II – à iniciação esportiva de crianças e adolescentes;
III – à prática de atividades físicas e ao lazer popular;
IV – à construção e manutenção de espaços devidamente
equipados para o lazer, práticas esportivas e atividades físicas;
V – à promoção, orientação e ao estímulo à prática e difusão
da Educação Física em todas as faixas etárias dos munícipes;
VI – à adequação dos locais já existentes, disciplinando seu
uso, com vistas a proporcionar oportunidades para todos;
VII – à previsão de medidas necessárias quando da construção
de novos espaços, tendo em vista a prática de esportes, atividades físicas e lazer por parte
dos portadores de deficiência, idoso e gestantes, de maneira integrada aos demais cidadãos.

 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 73, de 09 de junho de 2016 (DOM de 16/06/2016)

Art. 219. A lei regulará a composição, o funcionamento e as


atribuições do Conselho Municipal de Esportes, que será constituído por representantes do
Poder Público e da comunidade em geral.

SEÇÃO VIII
DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
77
Art. 220. O Município incentivará o desenvolvimento
científico, a pesquisa e a capacitação tecnológica, nos termos das Constituições Estadual e
Federal.

SEÇÃO IX
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

Art. 221. O Município, na área da comunicação social,


desenvolverá sua ação com base nos princípios constitucionais.

SEÇÃO X
DA DEFESA DO CONSUMIDOR

Art. 222. O Poder Público criará o Serviço Municipal de


Proteção ao Consumidor, que atuará em conjunto com o Centro de Apoio ao Consumidor,
com atribuições, composição e funcionamento definidos em lei.
Art. 223. Fica assegurada a criação do Conselho Municipal de Defesa do
Consumidor, com atribuições e composição definidas em lei.

SEÇÃO XI
DA PROTEÇÃO ESPECIAL

Art. 224. O Município assegurará, no âmbito de sua


competência, o funcionamento de setores da comunidade não institucionalmente
organizados.

Art. 225. O Poder Público promoverá e incentivará o


desenvolvimento da família, assegurando-lhe, dentro do que couber, o direito à alimentação,
à habitação, ao emprego, à saúde, à educação, à assistência social, à cultura, ao lazer, à
liberdade, ao respeito, à convivência familiar e comunitária.

Parágrafo único. O atendimento à família dar-se-á de forma


articulada, através de uma rede de atendimento que integrará os serviços governamentais e
não governamentais, garantida a participação popular em todo o processo.

 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 044, de 05 de fevereiro de 2004 (DOM de
12/02/2004).

Art. 226. A família será sempre o espaço preferencial para o


atendimento da criança, do adolescente e do idoso.

Art. 227. O Poder Público assegurará à criança e ao


adolescente condições ideais para o seu pleno desenvolvimento.
78
Art. 228. Para cumprir o disposto no artigo anterior o
Município garantirá:
I – a assistência integral à saúde da criança e do adolescente,
elaborando, inclusive, programas de prevenção e atendimento especializado aos dependentes
de entorpecentes e drogas afins;
II – a permanência da mãe, nos internamentos de crianças até
doze anos, em hospitais e enfermarias;
III – o funcionamento de centro de recebimento e
encaminhamento de denúncias referentes a violências praticadas contra crianças e
adolescentes, inclusive no âmbito familiar;
IV – a prestação de orientação e informação sobre a
sexualidade humana e conceitos básicos da entidade familiar, sempre que possível, de forma
integrada aos conteúdos curriculares;
V – a colocação de adolescentes carentes de quatorze a
dezoito anos incompletos, para estágio supervisionado, educativo e profissionalizante,
dentro das empresas sob seu controle;
VI – à criança e ao adolescente trabalhadores, inclusive
àqueles na condição de aprendiz, todos os direitos sociais previstos na Constituição Federal;
VII - o estímulo, através de incentivos fiscais, às entidades
que acolherem crianças ou adolescentes carentes.

Art. 229. É vedada ao Poder Público a transferência, para


outros Municípios e Estado, que não os de sua origem, de crianças e adolescentes atendidos
diretamente por instituições oficiais, visando a garantir a unidade familiar, salvo em casos
excepcionais em que o Município não possua a especialização necessária ao atendimento.

Art. 230. Fica assegurada a criação do Conselho Municipal


dos Direitos da Criança e do Adolescente, com atribuições, composição e funcionamento
definidos em lei.

Art. 231. O Município estimulará e desenvolverá amplo


programa de combate aos entorpecentes e drogas afins, através do Conselho Municipal
Antidrogas, a ser criado por lei.

Art. 232. O Poder Público deverá garantir à pessoa idosa


condições de vida apropriada, direito à saúde, freqüência e participação nos serviços,
programas culturais, educacionais, esportivos, recreativos e de lazer, defendendo sua
respeitabilidade e dignidade e visando à sua integração à sociedade.

Art. 233. Para viabilizar a convivência social do idoso, o


Poder Público garantirá:
I – a promoção de eventos culturais, esportivos e de lazer,
gratuitos e direcionados às pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos;

79
II – a inclusão, no planejamento escolar das disciplinas, em
todos os níveis, de conteúdo sobre a respeitabilidade ao idoso e sua importância na
sociedade.

Art. 234. O Município assegurará gratuidade, no transporte


coletivo urbano, às pessoas com idade igual ou superior a sessenta e cinco anos.

Art. 235. Fica assegurada a criação do Conselho Municipal do


Idoso, com atribuições, composição e funcionamento definidos em lei.

Art. 236. É dever do Município estabelecer legislação


específica que exija padrões mínimos e normas uniformes para o atendimento em
instituições e estabelecimentos que acolham o idoso, de modo a garantir-lhe melhor
qualidade de vida.

Art. 237. O Município deverá:


I – criar programas de reabilitação, integração e atendimento
pedagógico especializado para os portadores de deficiência física, sensorial, mental e
múltipla, obrigatoriamente na rede regular de ensino, incluindo o fornecimento de material e
equipamentos necessários, sem limite de idade;
II – implantar sistema "braille" e de audiolivro em
estabelecimentos da rede oficial de ensino, bem como nas bibliotecas, de forma a atender às
necessidades educacionais e sociais dos portadores de deficiência visual;
III – celebrar convênio com entidades filantrópicas e
comunitárias, para a cessão de profissionais especializados;
IV – estabelecer convênio com entidades especializadas no
treinamento, na habilitação e reabilitação de portadores de deficiência, no sentido de dar a
estes formação profissional e preparação para o trabalho;
V – obrigar as empresas e instituições que recebam do
Município recursos materiais ou financeiros para a realização de programas, projetos e
atividades culturais, educacionais, esportivas e de lazer, a preverem o acesso e a participação
dos portadores de deficiência;
VI – comceder incentivos, na forma da lei, às empresas que
adaptarem seus equipamentos para o trabalho de portadores de deficiência;
VII – comceder gratuidade nos transportes coletivos urbanos
aos portadores de deficiência, bem como seu acompanhante, quando o deficiente tiver
reconhecida dificuldade de locomoção;
VIII – garantir às pessoas portadoras de deficiência o
percentual de 5% (cinco por cento) das unidades dos conjuntos habitacionais que vierem a
ser construídos no Município, efetuando-se as devidas adaptações, se necessárias.

 Inciso com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 03, de 05 de março de 1992 (Jornal “A Tribuna” de
10/03/1992).

80
Art. 238. O Município criará serviço especializado, dotado de
aparelhagem específica que permita a correção, diminuição e superação das limitações dos
portadores de deficiência, inclusive estabelecendo programas de assistência integral para os
não reabilitáveis, incentivando a pesquisa e a aplicação de novas tecnologias.

Art. 239. A lei disporá sobre a adaptação dos logradouros, dos


edifícios de uso público e dos veículos de transporte coletivo atualmente existentes, a fim de
garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.

Art. 240. O Município assegurará às pessoas portadoras de


deficiência, exclusivamente residentes em Santos, prioridade na concessão de licença, no
que tange ao comércio ambulante, bem como isenção das taxas e tributos correspondentes.
Art. 241. O Município criará o Conselho Municipal para
Assuntos da Mulher, composto de representantes da comunidade em geral, com atribuições
definidas em lei e garantirá o acompanhamento e a fiscalização da política de assistência
integral da mulher, assegurando:

 “Caput” com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 41, de 10 de agosto de 2000 (DOM de
17/08/2000).

I – assistência à saúde, de acordo com sua especificidade;


II – direito a auto-regulação de fertilidade, com livre decisão
da mulher, do homem ou do casal para exercer a procriação ou para evitá-la, vedada
qualquer forma coercitiva de indução;
III – atendimento à mulher vítima de violência, conjugando
esforços com os órgãos estaduais competentes, no sentido de assegurar:
a) atendimento jurídico;
b) criação e manutenção de abrigos.

TÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 242. Incumbe ao Município:


I – auscultar, permanentemente, a opinião pública;
II – facilitar, no interesse educacional do povo, a difusão de
jornais e outras publicações periódicas, assim como das transmissões pelo rádio e pela
televisão;
III – adotar medidas para assegurar a celeridade na tramitação
e solução de expedientes administrativos, punindo, disciplinarmente nos termos da lei, os
servidores faltosos.

81
Parágrafo Único. Os Poderes Executivo e Legislativo
divulgarão, sempre que o interesse público não aconselhar o contrário, os projetos de lei
para recebimento de sugestões.

Art. 243. Fica assegurada a criação de creches para os filhos


dos servidores da administração pública direta, indireta e fundações.

Art. 244. REVOGADO.

 Art. 244 revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 89, de 04 de novembro de 2021 (DOM de 10/11/2021).

Art. 245. Ficam declarados feriados municipais os dias 26 de


janeiro (Dia da Cidade), Sexta-feira Santa, Corpus Christi, 8 de setembro (Dia de Nossa
Senhora do Monte Serrat) e 20 de novembro (Dia da Consciência Negra). (NR).

 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 01, de 14 de março de 1991 (Jornal “A Tribuna” de
20/03/1991), suprimindo-se o parágrafo único.
 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 49, de 20 de abril de 2006 (DOM de 10/05/2006).
 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 53, de 30 de junho de 2008 (DOM de 05/07/2008).

Art. 246. Os jardins das praias de Santos e a plataforma do


emissário submarino do Município são considerados patrimônio inalienável da coletividade.

Parágrafo Único. As modificações que visem a alterar suas


características, composição estética e utilização só poderão ser efetuadas após autorização
da Câmara.

Art. 247. Os conselhos, fundos, entidades e órgãos previstos


nesta Lei Orgânica, não existentes na data da sua promulgação, serão criados mediante lei de
iniciativa do Poder Executivo, que terá o prazo de cento e oitenta dias para remeter à
Câmara os projetos.

§ 1º Os conselhos, fundos, entidades e órgãos já existentes


deverão ser adaptados às normas a que se refere o "caput" deste artigo, encaminhando-se à
Câmara os projetos de lei.

§ 2º A lei disciplinará a inclusão, nos Conselhos Municipais


que contem com a participação comunitária, de representantes dos grupos ou organizações
de mulheres.

Art. 248. A Imprensa Oficial do Município promoverá a


edição do texto integral desta Lei Orgânica que, gratuitamente, será colocada à disposição de
todos os interessados.
82
Art. 249. Na denominação de bens e serviços públicos só
poderão ser utilizados nomes de pessoas ilustres já falecidas.

§ 1º Para os fins deste artigo, somente após um ano do


falecimento poderá ser homenageada qualquer pessoa, salvo personalidades marcantes, que
hajam atuado de modo relevante na vida artística, cultural, esportiva ou política do
Município, do Estado ou do País.

 Parágrafo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 23, de 05 de setembro de 1994 (de 14/09/1994).

§ 2º O disposto no "caput" deste artigo não se aplica à


denominação de vias e logradouros públicos.

Art. 250. Fica proibido o depósito de material atômico no


Município.

Art. 251. O Município fica autorizado a firmar convênio com


o 6º Grupamento de Incêndio, concedendo subsídio anual à corporação.

Art. 252. O Município criará órgão de Assistência Judiciária,


a ser regulamentado por lei, para fins de atender a pessoas de baixa renda.

Art. 253. Esta Lei Orgânica, aprovada e assinada pelos


Vereadores à Câmara, bem como suas Disposições Transitórias, entram em vigor na data da
promulgação, revogadas as disposições em contrário.

TÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 1º Os servidores municipais da administração direta,


sociedade de economia mista e autarquias, que não tenham sido admitidos na forma
regulada pelo artigo 37 da Constituição Federal, são considerados estáveis no serviço
público, desde que contem cinco anos continuados e estejam em exercício na data da
promulgação desta Lei Orgânica.

§ 1º Para efeito do disposto no "caput" deste artigo será


computado o tempo de serviço prestado na administração direta, sociedades de economia
mista e autarquias.

§ 2º O tempo de serviço dos servidores referidos neste artigo


será contado como título, quando se submeterem a concurso para fins de efetivação, na
forma da lei.
83
§ 3º O disposto neste artigo não se aplica aos ocupantes de
cargos, funções e empregos de confiança ou em comissão, nem aos que a lei declare de livre
exoneração, cujo tempo de serviço não será computado para os fins do "caput" deste artigo,
exceto se se tratar de servidor.

§ 4º Para os integrantes das carreiras docentes do magistério


municipal não se considera, para os fins previstos neste artigo, a interrupção ou
descontinuidade de exercício por prazo igual ou inferior a cento e vinte dias, exceto nos
casos de dispensa ou exoneração solicitadas pelo servidor.

§ 5º A lei fixará os critérios para a realização dos concursos


referidos no § 2º deste artigo.

§ 6º Fica assegurado aos docentes do magistério municipal,


com portaria de substituição até 08 de fevereiro de 1990, o aproveitamento em associações,
sociedades ou entidades conveniadas com a Prefeitura, conforme a disponibilidade de
classes que ainda não tenham sido providas por professores estatutários, garantindo-se a
contagem do tempo de serviço prestado à Municipalidade.

Art. 2º Os professores em exercício, de 5ª a 8ª séries do 1º


grau e de lª a 3ª séries do 2º grau, que, anteriormente às contratações pelo regime celetista,
tenham tido vínculo empregatício com o Município, inclusive na condição de servidores
extranumerários, terão também seus direitos e deveres iguais aos dos servidores municipais
estatutários, ficando-lhes garantido o direito de transferência para o regime estatutário único,
na forma prevista no parágrafo único do artigo 6º das Disposições Transitórias desta lei.

Art. 3º O pagamento do adicional por tempo de serviço e da


sexta parte, na forma prevista no artigo 73, § 5º, será devido a partir do primeiro dia do mês
seguinte ao da publicação deste Lei Orgânica, vedada sua acumulação com vantagem já
percebida por esses títulos.

Art. 4º O Município editará leis a fim de que sejam


estabelecidos critérios para a compatibilização de seus quadros de pessoal ao disposto no
artigo 39 da Constituição Federal e à reforma administrativa dela decorrente, no prazo
previsto na Constituição.

Art. 5º Os servidores autárquicos da Caixa de Pecúlios e


Pensões dos Servidores Municipais de Santos, que foram admitidos após aprovação em
concurso público realizado nos termos da Lei Municipal nº 3.357, de 18 de novembro de
1966, têm garantida a transferência para o regime estatutário único, computado o tempo de
serviço prestado àquela autarquia como de efetivo serviço municipal, para todos os efeitos
legais.
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Parágrafo Único. No prazo de sessenta dias da data da
promulgação desta lei, o Poder Executivo encaminhará à Câmara projeto de lei dispondo
sobre a criação dos cargos correspondentes, que serão ocupados pelos servidores autárquicos
referidos neste artigo.

Art. 6º Os professores aprovados nos concursos públicos para


Professor "A", Professor "A" - Educação Infantil e Professor de Educação Especial, que
foram convocados para o exercício do magistério municipal, mediante regime jurídico
diverso do estatutário e cujo vínculo era existente em 5 de outubro de 1988, têm garantido o
direito de transferência para o regime estatutário único.

Parágrafo Único. No prazo de sessenta dias da data da


promulgação desta lei, o Poder Executivo encaminhará à Câmara projeto de lei dispondo
sobre a criação dos cargos necessários à nomeação dos professores abrangidos neste artigo.

Art. 7º Os professores estáveis nos termos do artigo 1º, § 4º,


das Disposições Transitórias desta lei terão assegurada a continuidade do exercício de suas
atuais funções.

Art. 8º Ficam assegurados aos servidores públicos municipais,


além dos direitos estabelecidos nesta Lei Orgânica, os previstos na Lei nº 4623, de 12 de
junho de 1984, e na legislação complementar instituidora de direitos e vantagens funcionais.

Art. 9º Até o ano 2000, bienalmente, o Município promoverá


e publicará censo que aferirá os índices de analfabetismo e sua relação com a
universalização do ensino fundamental, de conformidade com o preceito estabelecido no
artigo 60, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal.

Art. 10. No prazo de cinco anos, a contar da promulgação da


Constituição do Estado, o sistema de ensino municipal tomará todas as providências
necessárias à efetivação dos dispositivos nela previstos, relativos à formação e reabilitação
dos portadores de deficiência, em especial, e quanto aos recursos financeiros, humanos,
técnicos e materiais.

Parágrafo Único. O sistema mencionado neste artigo, no


mesmo prazo, igualmente garantirá recursos financeiros, humanos, técnicos e materiais
destinados a campanhas educativas de prevenção de deficiências.

Art. 11. As sociedades de economia mista, autarquias e


fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público incorporarão aos seus estatutos as
normas desta Lei Orgânica que digam respeito às suas atividades e serviços.

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Art. 12. A anistia concedida nos termos do artigo 8º das
Disposições Transitórias da Constituição Federal aplica-se aos servidores públicos
municipais e aos empregados em todos os níveis de governo ou em fundações, autarquias ou
empresas sob controle municipal, nos termos lá explicitados, no que couber.

Art. 13. Até que seja promulgada a lei complementar a que se


refere a artigo 7º, I, da Constituição Federal, fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa
causa:
a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões
internas de prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o
final de seu mandato;
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez
até cinco meses após o parto.

Art. 14. O Poder Executivo avaliará todos os incentivos


fiscais de natureza setorial ora em vigor, propondo ao Poder Legislativo as medidas
cabíveis.

Art. 15. Os vencimentos, a remuneração, as vantagens e os


adicionais, bem como os proventos de aposentadoria que estejam sendo percebidos em
desacordo com o disposto na Constituição Federal, promulgada em 05 de outubro de 1988,
serão imediatamente reduzidos aos limites dela decorrentes, não se admitindo, neste caso,
invocação de direito adquirido ou percepção de excesso a qualquer título.

Art. 16. Os Poderes Legislativo e Executivo criarão condições


estruturais e econômico-financeiros que forneçam para Bertioga a efetivação de sua
emancipação pelo menos nos limites mínimos da arrecadação do distrito.

Parágrafo Único. Será permitido o acesso das entidades


legalmente constituídas e interessadas na emancipação às informações controladas pelo
Poder Executivo.

Art. 17. Até a entrada em vigor da lei complementar a que se


refere o artigo 165, § 9º, I e II, da Constituição Federal, serão obedecidas as seguintes
normas:
I – o projeto de lei do plano plurianual, para vigência até o
final do primeiro exercício financeiro do mandato subsequente, será encaminhado até oito
meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramento do primeiro período da sessão legislativa;
 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 52, de 12 de fevereiro de 2007 (DOM de
28/02/2007)

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II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será
encaminhado até oito meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para
sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa;

 Artigo com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 52, de 12 de fevereiro de 2007 (DOM de
28/02/2007).

III – no exercício de 1990, o prazo de que trata o inciso II


deste artigo será prorrogado até o dia 31 de maio.

Art. 18. REVOGADO.

 Artigo revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº. 11, de 14 de dezembro de 1992 (Jornal “A Tribuna” de
17/12/1992).

Art. 19. Os servidores extranumerários estáveis do Município


terão direitos e deveres exatamente iguais aos dos servidores municipais estatutários.

Art. 20. O pagamento dos vencimentos dos servidores em


geral, que prestam serviços à Municipalidade, e das pensões da Caixa de Pecúlios e Pensões
dos Servidores Municipais de Santos será efetuado em duas parcelas mensais,
respectivamente nos dias 15 e 25 do mês corrente ou dias úteis próximos.

 “Caput” com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 06, de 20 de agosto de 1992 (Jornal “A Tribuna”
de 25/08/1992).
 “Caput” com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 21, de 16 de junho de 1994 (DOM de
22/06/1994).

Parágrafo Único. A parcela relativa ao dia 15, ou dia útil


próximo, será de 40% (quarenta por cento) do nível de vencimento do servidor ou da
pensão, desde que não ultrapasse o valor máximo de isenção de desconto do Imposto de
Renda retido na fonte.

 Parágrafo único com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 2, de 3 de fevereiro de 1992 (Jornal “A
Tribuna” de 8/02/1992).
 Parágrafo único com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 4, de 23/03/1992 (Jornal “A Tribuna” de
27/03/1992).
 Parágrafo único com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 6, de 20 de agosto de 1992 (Jornal “A
Tribuna” de 25/08/1992).

Art. 21. O servidor público estatutário, com mais de cinco


anos de efetivo exercício, que, na data da publicação desta Emenda, estiver exercendo cargo
em comissão que lhe proporcione remuneração superior a do cargo de que seja titular,
continuará a incorporar dois décimos dessa diferença até completar o quinto em curso.

 Artigo acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº. 82, de 04 de setembro de 2017 (DOM de 20/09/2017).
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Parágrafo único. Após completar o quinto que estiver em
curso na data da publicação desta Emenda, na forma prevista no “caput”, aplicar-se-á ao
servidor interessado, no período subsequente em que exercer cargo em comissão, a regra
definida no § 4º do artigo 73 da Lei Orgânica do Município.

 Parágrafo único acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº. 82, de 04 de setembro de 2017 (DOM de
20/09/2017).

Sala das Sessões, em 05 de abril de 1990.

DR. ROBERTO BONAVIDES


Presidente

Profª MARIÂNGELA A. GAMA DUARTE


1ª Secretária

REINALDO CAMMAROSANO
2º Secretário

RIVALDO JUSTO - Relator da Comissão de Sistematização

MARCUS DE ROSIS - Presidente da Comissão de Sistematização

ODAIR VIEGAS - Vice-Presidente da Comissão de Sistematização.

ADELINO RODRIGUES
ALTINO DANTAS
BAYARD UMBUZEIRO
BENEDITO FURTADO
CARLOS MANTOVANI CALEJON
EDMUR MESQUITA
FERNANDO OLIVA
GILBERTO TAYFOUR
JOÃO VICENTE DA CUNHA
JOSÉ LASCANE
MATSUTARO UEHARA
NOÉ DE CARVALHO
ODAIR GONZALEZ
PAULO ROBERTO MANSUR
SUELY MAIA

88
Participantes:

JOSÉ CARLOS DE CARLI


MANOEL CONSTANTINO DOS SANTOS
MARIVALDO AGGIO
MAURO ZANNIN
MOACIR DE OLIVEIRA

Secretaria da Câmara Municipal de Santos, em 05 de abril de 1990.

Dr. CELSO GOMES FERREIRA


Diretor.

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