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LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE GETULINA

TÍTULO I

DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL

CAPÍTULO I

DO MUNICÍPIO

SEÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1º - O MUNICÍPIO DE GETULINA, unidade integrante da Republica Federativa do


Brasil e do Estado de São Paulo, é pessoa Jurídica de Direito público interno, no pleno uso de
sua autonomia política, administrativa e financeira, nos termos assegurados pela Constituição
Federal e reger-se-á por esta Lei Orgânica, votada e aprovada por sua Câmara Municipal.

§ 1º - A sede do Município de GETULINA dá-lhe o nome tendo a categoria de cidade.

§ 2º - São distritos os de MACUCOS e de SANTA AMÉRICA, com categoria de Vila, tendo


seus limites fixados em Lei estadual.

§ 3º - Os limites do território do Município só podem ser alterados na forma estabelecida pela


Constituição Federal.

§ 4º - São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o LEGISLATIVO e o


EXECUTIVO.

§ 5º - São símbolos do Município de Getulina o Brasão de Armas, a Bandeira, o Hino e outros


estabelecidos por lei municipal, representativos de sua tradição, cultura e história.

Artigo 2º - Constituem objetos fundamentais do Município de Getulina:-


I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento municipal;
III – erradicar a pobreza, a marginalização e reduzir as desigualdades sociais;
IV – prover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, religião, sexo, cor, idade e de
quaisquer outras formas de discriminações.

SEÇÃO II

DA DIVISÃO ADMINISTRATIVA DO MUNICÍPIO

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Artigo 3º - O Município poderá dividir-se, para fins administrativos, em Distritos a serem
criados, organizados, suprimidos ou fundidos por lei, após consulta plebiscitária à população
diretamente interessada, observadas as leis estaduais e o atendimento dos requisitos exigidos
para tal.

Parágrafo Único – O Distrito terá o nome da respectiva sede, com a categoria de vila.

Artigo 4º - A instalação do Distrito se fará perante o Juiz de Direito da Comarca, na sede do


Distrito.

CAPITULO II

DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO

SEÇÃO I

DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA

Artigo 5º - Ao Município compete prover a tudo quando diga respeito a seu peculiar interesse e
ao bem estar de sua população, cabendo-lhe, privativamente, dentre outras, as seguintes
atribuições:

I – legislar sobre assuntos de interesse local;


II – suplementar a legislação federal e estadual, no que couber e no interesse do Município;
III – elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;
IV – Criar, organizar, suprimir e fundir Distritos, observada a legislação estadual;
V – manter, com cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação
pré-escolar e de ensino fundamental;
VI – elaborar o orçamento anual, provendo a receita e fixando a despesa, com base em
planejamento adequado, bem como elaborar o orçamento plurianual de investimentos;
VII - instituir e arrecadar tributos, bem como aplicar suas rendas;
VIII – fixar, fiscalizar e cobrar tarifas ou preços públicos.
IX – dispor sobre a organização, administrativa e execução dos serviços locais;
X – dispor sobre administração e alienação de bens públicos;
XI – organizar o quadro e estabelecer o regime jurídico único, bem como planos de carreiras,
dos servidores públicos;
XII – organizar e prestar, diretamente, ou sob o regime de concessão ou permissão, os serviços
públicos locais;
XIII – planejar o uso e a ocupação do solo em seu território, especialmente em sua zona urbana;
XIV – estabelecer normas de edificação, de loteamento, de arruamento e de zoneamento urbano
e rural, bem como as limitações urbanísticas convenientes à ordenação de seu território,
observadas a lei federal;
XV – conceder e renovar licença para a localização e funcionamentos de estabelecimentos
industriais, comerciais, prestadores de serviço e quaisquer outros;
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XVI - cassar a licença que houver concedido ao estabelecimento que tornar prejudicial à saúde,
higiene, ao sossego, à segurança ou aos bons costumes, fazendo cessar a atividade ou
determinar o fechamento do estabelecimento.
XVII – estabelecer servidões administrativas necessárias à realização de seus serviços, inclusive
à de seus concessionários e permissionários;
XVIII - adquirir bens, inclusive mediante desapropriação por necessidade pública ou por
interesse social;
XIX – regular disposições, o traçado e as demais condições dos bens públicos de uso comum;
XX – regulamentar a utilização dos logradouros públicos e, especialmente no perímetro urbano
determinar o itinerário e os pontos de parada dos transportes coletivos;
XXI – regulamentar o serviço de táxis e de outros veículos de aluguel, estabelecendo pontos de
estacionamento fixando tarifas.
XXII – conceder, permitir, autorizar ou estabelecer – se com serviços de transportes coletivos,
fixando as respectivas tarifas.
XXIII – fixar e sinalizar as zonas de silêncio e de trânsito em condições especiais.
XXIV – disciplinar os serviços de carga e descarga, fixando a tonelagem máxima permitida a
veículos que circulem em vias públicas municipais;
XXVI – sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais regulamentando e fiscalizando suas
utilizações.
XXVII – prover sobre a limpeza das vias e logradouros públicos, remoção e destino no lixo
domiciliar e de outros resíduos de qualquer natureza;
XXVIII – ordenar as atividades urbanas, fixando condições e horários para funcionamento de
estabelecimentos industriais, comerciais, de serviço e outro, observadas as normas federais
atinentes;
XXIX – dispor sobre os serviços funerários e de cemitérios;
XXX – regulamentar, licenciar, permitir, autorizar e fiscalizar a afixação de cartazes e anúncios,
bem como a utilização de quaisquer outros meios de publicidade e propaganda, nos locais
sujeitos ao poder de polícia do Município;
XXXI – prestar serviço de atendimento à saúde da população, com a cooperação técnica e
financeira da União e do Estado.
XXXII – Prestar assistência nas emergências médico-hospitalares de pronto socorro, por seus
próprios serviços ou mediante convênio com instituições especializadas;
XXXIII – organizar e manter os serviços de fiscalização necessários ao exercício de seu poder
de polícia administrativa;
XXXIV – fiscalizar nos locais de vendas, peso, medidas, condições sanitárias e preços dos
gêneros alimentícios;
XXXV – Dispor sobre o depósito e venda de animais e mercadorias apreendidos em
decorrência da transgressão da legislação municipal;
XXXVI – Dispor sobre o registro, vacinação e captura de animais, com a finalidade precípua de
erradicar as moléstias que possam ser portadores ou transmissores;
XXXVII – estabelecer e impor penalidades por infrações de suas leis e regulamentos;
XXXVIII – promover os seguintes serviços:-
a) - mercados, feiras e matadouros:-
b) - construção e conservação de estradas e caminhos municipais;
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c) - transportes coletivos estritamente municipais;
d) - iluminação publica;
e) - outros serviços de interesse local.

XXXIX – assegurar a expedição de certidões requeridas junto às repartições administrativas


municipais, para defesa de direitos e esclarecimentos de situações, estabelecendo os prazos de
atendimento;
XL – constituir a guarda municipal destinada à proteção das instalações, bens e serviços
municipais, conforme dispuser a lei;
XLI – Promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a
ação fiscalizadora federal e estadual;
XLII – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão o serviço de
abastecimento da água e esgoto sanitários;

§1º - As normas de loteamento e arruamento a que se refere o Inciso XIV deste artigo deverão
exigir de áreas destinadas a:-
a) – zonas verdes e demais logradouros públicos;
b) – vias de tráfego e de passagem de canalização pública, de esgoto e de água pluviais nos
fundos dos vales;
c) – passagem de canalizações públicas de esgotos e de água pluviais com largura mínima de
dois metros nos fundos de lotes, cujo desnível seja a um metro de frente aos fundos;

§2º - A lei complementar de criação da guarda municipal estabelecerá a organização e a


competência dessa força auxiliar na proteção dos bens, serviços e instalações municipais;

SEÇÃO II

DA COMPETÊNCIA COMUM

Artigo 6º - É da competência administrativa comum do Município, da União e do Estado,


observada a lei complementar federal, o exercício das seguintes medidas:-
I – Zelar pela guarda da Constituição Federal, das leis e das instituições democráticas e
conservar o patrimônio público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de
deficiência;
III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos e paisagens naturais e os sítios arqueológicos;
IV – impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de
valor histórico, artístico e cultural;
V – proporcionar os bens de acesso à cultura, à educação e a ciência;
VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII – preservar as florestas, a fauna, flora e as águas;
VIII – fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;

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IX – promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e
de saneamento básico;
X – combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração
social dos setores desfavorecidos;
XI – registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos, de pesquisas e de exploração
de recursos hídricos e minerais em seu território;
XII – estabelecer e implantar política de educação para a segurança de trânsito.
XIII – manter convênios com o Estado e União para cumprimento do disposto na artigo 5º,
XXXIV desta Lei Orgânica.

SEÇÃO III

DA COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR

Artigo 7º - Ao Município compete suplementar a legislação federal e estadual no que couber e


naquilo que disser respeito a seu peculiar interesse, visando adaptá-las a realidade local, com
base na competência enumerada no artigo 23 da Constituição Federal, mesmo que não
enumeradas nesta Lei Orgânica.

CAPÍTULO III

DAS VEDAÇÕES

Artigo 8º - Ao Município é vedado:-


I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou
manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalva, na forma
de lei, a colaboração de interesse público.
II – recusar fé aos documentos públicos;
III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
IV – subvencionar ou auxiliar, de qualquer modo, com recursos pertencentes aos cofres
públicos, quer pela imprensa, rádio, televisão, serviços de alto-falantes ou qualquer outro meio
de comunicação, propaganda político-partidária ou para fins estranhos à administração;
V – manter a publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas de órgãos públicos
que não tenham caráter educativo, informativo ou de orientação social, assim como a
publicidade da qual constem nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal
de autoridade ou servidores públicos.
VI – outorgar isenções ou anistias fiscais ou permitir a remissão de dívida, sem interesse
público justificado, sob pena de nulidade do ato.
VII – exigir ou aumentar tributo sem lei anterior que o estabeleça.
VIII – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situações
equivalentes, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles
exercidas, independentemente de denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
IX – estabelecer diferenças tributárias entre bens e serviços de qualquer natureza, em razão de
sua procedência ou destino;
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X – o uso discriminatório do termo “boa aparência”, por ocasião de divulgação de concursos;
XI – cobrar tributos:-
a) – em relação a fatos geradores ocorridos antes do início de vigência da lei que os houver
instituídos ou aumentados;
b) – no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os houver instituídos
ou aumentados;
XII – utilizar os tributos com efeito de confisco;
XIII – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos, ressalvada a
cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
XIV – instituir imposto sobre:-
a) – patrimônio, renda ou serviço da União, do Estado e de outros Municípios;
b) – templos de qualquer culto, compreendendo essa vedação os santuários, edifícios de
assistência, de educação, de convivência, de administração, de residência pastoral/paroquial,
de zeladoria, outros imóveis, bens móveis, automotores, direitos e o que mais esteja
formalmente constante do patrimônio das entidades religiosas, bem como sua renda e seus
serviços, todos relacionados com as finalidades essenciais das referidas entidades;
c) – patrimônio, renda ou serviço dos partidos políticos, inclusive suas funções, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos, atendidos os requisitos da lei federal.
d) – livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

§ 1º - A vedação do Inciso XIV, “a” é extensiva às autarquias e às funções instituídas pelo


Poder Público e por ele mantidas, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços,
vinculados as suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes;

§ 2º - As vedações do Inciso XIV, “a” e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à


renda e aos serviços relacionados com exploração de atividade econômica regidas pelas normas
aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de
preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar
imposto relativamente ao bem imóvel.

§ 3º - As vedações expressas no inciso XIV, “b” e “c”, compreendem somente o patrimônio, a


renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionados;

§ 4º - As vedações expressas nos incisos VII a IX e XI a XIV serão regulamentadas em lei


complementar federal.

TÍTULO II

DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES MUNICIPAIS

CAPÍTULO I

DO PODER LEGISLATIVO
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SEÇÃO I

DA CÂMARA MUNICIPAL

Artigo 9º - O Poder Legislativo do Município é exercido pela Câmara Municipal.

Parágrafo Único – Cada legislatura terá sua duração fixada em lei, compreendendo cada ano
sessão legislativa, sendo a Câmara Municipal composta de Vereadores eleitos pelo sistema
proporcional, como representantes do povo, com mandato igual à duração de cada legislatura,
para a qual foram eleitos.

Artigo 10 – São condições de elegibilidade para o mandato de vereadores aquelas estipuladas


em lei federal própria, sendo que o número deles na Câmara Municipal de Getulina será fixado
pela Justiça Eleitoral, observados os limites constitucionais;

Artigo 10 – São condições de elegibilidade para o mandato de vereadores aquelas estipuladas


em lei federal própria, sendo estabelecido o número de 09 (Nove) Vereadores na Câmara
Municipal de Getulina; (Redação dada pela Lei Municipal nº 1.360 de 24/03/1992)

Artigo 10 – São condições de elegibilidade para o mandato de vereadores aquelas estipuladas


em lei federal própria, sendo estabelecido o número de 11 (Onze) Vereadores na Câmara
Municipal de Getulina. (Redação dada pela Lei Municipal nº 1.847 de 19/08/2003)

Artigo 10 – São condições de elegibilidade para o mandato de vereadores aquelas estipuladas


em lei federal própria, sendo estabelecido o número de 09 (Nove) Vereadores na Câmara
Municipal de Getulina; (Redação dada pela Lei Municipal nº 1.925 de 09/06/2004)

Artigo 11 – Independentemente de convocação a sessão legislativa ordinária iniciar-se-á em 15


de fevereiro e irá até 15 de dezembro, permitido o recesso em julho.

§ 1º - A Câmara Municipal reunir-se-á em sessão ordinária, extraordinária e solene, conforme


dispuser seu Regimento Interno e as remunerará de acordo com o estabelecido em lei própria.

§ 2º - a convocação extraordinária da Câmara far-se-á:-


I – Pelo Prefeito, em caso de urgência ou de interesse público relevante, devidamente
justificado.
II – Pelo Presidente da Câmara Municipal ou a requerimento da maioria dos membros da Casa,
em caso de urgência comprovada ou de interesse público relevante.

§ 3º - Na sessão extraordinária, a Câmara Municipal deliberará somente sobre a matéria para a


qual foi convocada.

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Artigo 12 – As deliberações da Câmara serão tomadas por maioria de voto, presente a maioria
de seus membros, salvo disposição em contrário, constante na Constituição Federal e nesta Lei
Orgânica.

Artigo 13 – A Sessão Legislativa Ordinária não será interrompida sem a deliberação final sobre
o projeto de lei orçamentária.

Artigo 14 – As sessões da Câmara Municipal deverão ser realizadas em recinto destinado ao seu
funcionamento, sempre na sede do Município, observadas outras disposições desta Lei
Orgânica.

§ 1º – Comprovada a impossibilidade de acesso ao recinto da Câmara, ou outra causa que


impeça sua utilização poderão ser realizadas sessões em outro local, por decisão do Presidente
da Câmara Municipal, comunicando-se o fato ao Juiz de Direito da Comarca.

§ 2º - As sessões solenes, inclusive a de posse dos Vereadores, Prefeito e vice, poderão ser
realizadas fora do recinto da Câmara Municipal.

Artigo 15 – As sessões serão públicas, salvo deliberação em contrário de 2/3 (dois terços) dos
Vereadores, adotada em razão de motivo relevante, de preservação do decoro parlamentar entre
outros.
Artigo 16 – As sessões somente poderão ser abertas com a presença de, no mínimo, um terço
(1/3) dos membros da Casa.

Parágrafo Único - Considerar-se-á presente a sessão o Vereador que assinar o livro de presença
até o início da ordem do dia, participar dos trabalhos do Plenário e das votações.

SEÇÃO II

DO FUNCIONAMENTO DA CÂMARA

Artigo 17 – A Câmara Municipal reunir-se-á em sessão especial e solene, independentemente


de convocação, no dia 1º de janeiro, às 10:00 (dez) horas, do primeiro ano da legislatura, para a
tomada de compromisso e posse de seus membros, eleição da Mesa, além da tomada de
compromisso e posse do Prefeito e do Vice Prefeito eleitos.

§ 1º – Essa sessão especial e solene se realizará independentemente de número, sob a


presidência do vereador mais votado dentre os presentes.

§ 2º – O Vereador que não tomar posse na sessão prevista no “caput” deste artigo deverá fazê-lo
dentro do prazo de quinze (15) dias, a contar da realização dessa sessão, sob pena de perda do
mandato, salvo motivo justo, aceito pela maioria absoluta dos membros da Câmara.

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§ 3º - Imediatamente após a posse, os vereadores reunir-se-ão sob a presidência do mais votado
entre os presentes e, havendo maioria absoluta dos membros da Casa, elegerão os componentes
da Mesa, que serão automaticamente empossados.

§ 4º – Inexistindo número legal o vereador mais votado dentre os presentes permanecerá na


presidência e convocará sessões diárias, até que seja eleita a Mesa.

§ 5º - A eleição da Mesa para o biênio seguinte dentro da mesma legislatura, far-se-á logo após
o encerramento da última sessão ordinária do biênio que se encerra, considerando
automaticamente empossado os eleitos, proibida a reeleição.

§ 5º - A eleição da Mesa para o mandato seguinte, dentro da mesma legislatura, far-se-á logo
após o encerramento da última sessão ordinária do ano que se encerra, considerando-se
automaticamente empossados os eleitos. (Redação dada pela Lei Municipal nº 1.823 de
27/03/2002)

§ 6º - No ato da posse e ao término do mandato os vereadores deverão fazer declaração de seus


bens, as quais ficarão arquivadas na Câmara, constando das respectivas atas seu resumo.

§ 7º - As eleições para a Mesa serão em único escrutínio e por voto secreto dos vereadores,
reunidos em maioria absoluta.

§ 8º - O mandato da Mesa será de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na
eleição imediatamente subseqüente.

§ 8º - O mandato da Mesa será de (01) um ano, vedada a recondução para o mesmo cargo na
eleição imediatamente subseqüente. (Redação dada pela Lei Municipal nº 1.823 de
27/03/2002)

§ 8º - O mandato da Mesa será de (02) dois anos, permitida a recondução para o mesmo cargo,
na eleição imediatamente subseqüente. (Redação dada pela Emenda a LOM nº 01 de
16/09/2008)

Artigo 18 – A Mesa da Câmara Municipal se compõe do Presidente, Vice Presidente, do


Primeiro Secretário e Segundo Secretário, os quais se substituirão nessa ordem.

§ 1º - Na constituição da Mesa é assegurada, tanto quanto possível, a representação


proporcional ou blocos partidários e parlamentares que participam da Casa.

§ 2º - Na ausência dos Membros da Mesa o vereador mais idoso assumirá a presidência.

§ 3º - Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído da mesma, pelo voto de dois terços
(2/3) dos membros da Câmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas

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atribuições regimentais, elegendo-se um outro Vereador para a complementação do mandato,
dispondo o Regimento Interno sobre o processo de destituição.

SEÇÃO III

DAS COMISSÕES

Artigo 19 – A Câmara terá comissões permanentes e especiais, essas temporárias, constituídas


na forma e com as atribuições previstas no Regimento Interno.

§ 1º - As comissões permanentes em razão da matéria de sua competência, cabe:-


I – Discutir e dar parecer sobre projetos de leis, de decretos legislativos etc. que serão
apreciados pelo Plenário.
II – realizar audiência pública com entidades da sociedade civil, na forma do Regimento
Interno;
III – Convocar o Prefeito e/ou servidores públicos municipais para prestarem informações sobre
assuntos inerentes a suas atribuições, os quais comparecerão em horário marcado;
IV – receber petições, reclamações, representações, queixas de qualquer pessoa contra atos ou
omissões das autoridades ou entidades públicas.
V – Tomar o depoimento de qualquer autoridade e solicitar a de cidadão.
VI – exercer, no âmbito de sua competência, a fiscalização dos atos do Executivo e de seus
subordinados.
VII – acompanhar a execução orçamentária.
VIII – fiscalizar e apreciar programas de obras e planos municipais de desenvolvimento e, sobre
eles, emitir pareceres.
IX – velar pela completa adequação dos atos do Executivo que regulamentem dispositivos
legais;

§ 2º – As comissões especiais, criadas por deliberação do Plenário, serão destinadas ao estudo


de assuntos específicos e a representação da Câmara em congressos, solenidades ou outros atos
públicos.

§ 3º - Na formação das Comissões, assegurar-se-á, tanto quando possível, a representação


proporcional dos Partidos ou dos blocos que participem da Câmara.

SEÇÃO IV

DAS COMISSÕES ESPECIAIS DE INQUÉRITO

Artigo 20 – As Comissões Especiais de Inquérito, que terão poderes de investigação próprios


das autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento da Casa, serão criadas pela
Câmara Municipal, mediante requerimento de um terço (1/3) de seus membros, para apuração
de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao

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Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil e/ou criminal dos infratores,
podendo entre outras:-
I – Proceder à vistoria e levantamentos nas repartições municipais e outros, tendo nas
municipais livre acesso, ingresso e permanência;
II – Requisitar de seus responsáveis a exibição de documentos e a prestação dos
esclarecimentos necessários;
III – Transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presença, ali realizando atos que lhe
competirem.
IV – determinar diligências que reputarem necessárias;
V – Requerer a convocação do Prefeito, Vereador, Servidores Públicos e quaisquer outras
pessoas, mesmo não vinculadas a Administração Pública.
VI – Tomar o depoimento de quaisquer autoridades ou cidadãos não vinculados a
Administração Pública, de testemunhas e inquiri-los sob compromisso;
VII – proceder a verificação contábil em livros, papéis e em todos os documentos dos órgãos da
Administração Pública, em questão.
VIII – praticar todos os atos necessários para o cumprimento das finalidades propostas, mesmo
que esses atos não estejam neste artigo numerados.

§ 1º - A Comissão Especial de Inquérito será composta por um Presidente, um Relator e mais


dois membros, eleitos pelo Plenário;

§ 2º - Todos os atos serão tomados pelo próprio Presidente da Comissão Especial de Inquérito,
que comparecerá em todas as diligências, devendo assinar todos os ofícios requisitórios ou não.

§ 3º - As testemunhas serão intimadas, de acordo com as prescrições estabelecidas na legislação


penal e, em caso de não comparecimento, sem motivo justificado, a intimação será solicitada ao
Juiz Criminal da localidade onde residem ou encontrem, na forma do Código de Processo Penal.

SEÇÃO V

DA MESA DA CÂMARA

Artigo 21 – À Mesa, dentre outras atribuições compete:-


I – Encaminhar pedidos escritos de informações ao Prefeito Municipal, importando crime de
responsabilidade à recusa ou não atendimento no prazo de 10 (dez) dias, prorrogável por igual
período, caso solicitado e justificado, implicando também em responsabilidade criminal a
prestação de informação incompleta ou falsa;
II – Determinar as Comissões Permanentes da Câmara o acompanhamento junto a Prefeitura da
elaboração da proposta orçamentária, sua posterior execução, bem como a apreciar programas
de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.
III – Tomar medidas necessárias à regularidade e segurança dos trabalhos legislativos.
IV - Propor projetos que criem ou extingam cargos nos serviços da Câmara e fixem os
respectivos vencimentos;

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V – Apresentar projetos de leis dispondo sobre abertura de créditos suplementares ou especiais,
através de aproveitamento total ou parcial das consignações orçamentárias da Câmara;
VI – Promulgar a Lei Orgânica e suas emendas;
VII – Representar, junto ao Executivo, sobre necessidade de economia interna;
VIII – Contratar, na forma da lei, por tempo determinado para atender a necessidade temporária
de excepcional interesse público;
IX – Elaborar e expedir, mediante Ato, a descrição analítica das dotações orçamentárias da
Câmara, bem como alterá-las, quando necessário;
X – Suplementar, mediante ato, as dotações do Orçamento da Câmara, observado o limite da
autorização constante da lei orçamentária, desde que os recursos para a sua cobertura sejam
provenientes da anulação total ou parcial de suas dotações orçamentárias;
XI – Devolver à Tesouraria da Prefeitura o saldo de Caixa existente na Câmara ao final do
exercício;
XII – Enviar até o dia 15 de março, ao Prefeito, as contas do exercício anterior;
XIII – Nomear, promover, comissionar, conceder gratificações, licenças, por em
disponibilidade, exonerar, demitir, aposentar e punir funcionários e servidores da Secretaria e de
outros serviços da Câmara Municipal, nos termos da lei, mediante portaria;
XIV – Declarar a perda do mandato de Vereador, de ofício ou por provocação de qualquer de
seus membros ou, ainda, de partido político representado Câmara, nas hipóteses previstas na
presente Lei Orgânica, outros atos legislativos, bem como em outras leis com sanção,
assegurada plena e ampla defesa;
XV – Baixar mediante ato, as medidas que digam respeito aos Vereadores;
XVI – Baixar, mediante portaria, as medidas referentes aos servidores da Câmara, como
provimento e vacância dos cargos públicos e ainda, abertura de sindicâncias, processos
administrativos e aplicação de penalidades;
XVII – Propor ação direta de inconstitucionalidade.

§ 1º - A Mesa da Câmara decide pelo voto da maioria de seus membros.

§ 2º - Qualquer ato no exercício destas atribuições da Mesa deverá ser reapreciado por
solicitação de Vereador a quem a Mesa justificará por escrito a revogação ou manutenção do
ato.

SEÇÃO VI

DO PRESIDENTE DA MESA

Artigo 22 – Dentre outras atribuições, compete ao Presidente da Câmara Municipal:-


I – Representar a Câmara em Juízo e fora dele;
II – Dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da Câmara;
III – Interpretar e fazer cumprir esta Lei Orgânica e o regimento interno.
IV – Promulgar as resoluções e decretos legislativos;
V – Promulgar as leis com sanção tácita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenário, desde
que não aceita esta decisão, em tempo hábil, pelo Prefeito;
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VI – Fazer publicar os atos da Mesa, as resoluções, decretos legislativos e as leis que vier a
promulgar;
VII – Autorizar as despesas da Câmara;
VIII – Representar por decisão da Câmara, sobre a inconstitucionalidade de lei ou ato
municipal;
IX – Solicitar, por decisão da maioria absoluta da Câmara, a intervenção no Município, nos
casos admitidos pelas Constituições Federal e Estadual;
X – Manter a ordem no recinto da Câmara, podendo solicitar a força necessária para tal fim.
XI – Encaminhar, para parecer prévio, a prestação de contas do Município ao Tribunal de
Contas do Estado ou Órgão a que for atribuída tal competência.
XII – Declarar a perda do mandato do Prefeito, Vice Prefeito e Vereadores, nos casos previstos
em lei.
XIII – Requisitar o numerário destinado às despesas da Câmara e aplicar as disponibilidades
financeiras no mercado de capitais.
XIV – Fazer publicar as portarias da Mesa;
XV – Conceder licença aos Vereadores na forma da lei e do Regimento interno.
XVI – Apresentar ao plenário, até o dia vinte de cada mês, o balancete relativo aos recursos
recebidos e as despesas do mês anterior.

SEÇÃO VII

DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL

Artigo 23 – Compete à Câmara Municipal, com sanção do Prefeito Municipal, legislar sobre
todas as matérias de competência do Município, observadas as determinações e a hierarquia
constitucional, suplementar a legislação federal e estadual e fiscalizar, mediante controle
externo, a Administração Pública Municipal, especialmente:
I – Instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, inclusive
no mercado financeiro;
II – Autorizar isenções e anistias fiscais e a remissão de dívidas;
III – Votar o orçamento anual, plano plurianual de investimentos, leis de diretrizes
orçamentárias, bem como autorizar a abertura de créditos suplementares e especiais;
IV – Deliberar sobre obtenção e concessão de empréstimos e operações de crédito, bem como a
forma e os meios de pagamentos;
V - Autorizar a concessão de auxílios e subvenções;
VI – Autorizar a concessão e permissão de serviços públicos;
VII – Autorizar a concessão do direito real de uso de bens municipais;
VIII – Autorizar a concessão administrativa de uso de bens municipais;
IX – Autorizar a alienação de bens imóveis;
X – Autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem encargos;
XI – Criar, transformar e extinguir cargos, empregos e funções públicas e fixar os respectivos
vencimentos, inclusive os dos serviços da Câmara;
XII – Criar, estruturar e conferir atribuições a servidores municipais, seja qual for o regime de
ligação com a Administração Pública e órgãos de assessoria geral;
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XIII – Aprovar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;
XIV – Autorizar convênios com entidades públicas ou particulares e consórcios com outros
Municípios;
XV – Delimitar o perímetro urbano;
XVI – Autorizar a alteração de denominação de próprios, vias e logradouros públicos, inclusive
de bairros;
XVII – Estabelecer normas urbanísticas, particularmente às relativas a zoneamento, loteamento
e parcelamento de solo;
XVIII – Legislar sobre assuntos de interesse do Município, suplementando a legislação federal
e estadual;
XIX – Dispor sobre a criação, organização, fusão ou supressão de Distritos, mediante prévia
consulta plebiscitária;
XX – Dispor, a qualquer título, no todo ou em parte, de ações ou capital que tenha subscrito,
adquirido, realizado ou aumentado;
XXI – Legislar sobre o regime jurídico dos servidores municipais;
XXII – Decretar as leis complementares a esta Lei Orgânica;

Parágrafo Único – Em defesa do bem e do interesse comum da coletividade, a Câmara


Municipal legislará e se pronunciará sobre qualquer assunto de interesse público, mesmo que
não esteja relacionado nesta Lei Orgânica.

Artigo 24 – Por deliberação da maioria de seus membros, a Câmara Municipal poderá convocar
o Prefeito e/ou servidores municipais para, pessoalmente, prestarem informações acerca de
assuntos previamente estabelecidos, compreendendo entre os servidores municipais esses
propriamente ditos e também os que exerçam cargo de confiança na Administração Pública
Municipal.

Parágrafo Único – A falta de comparecimento ou a recusa do(s) convocado(s), sem justificativa


razoável e aceitável, será considerado desacato à Câmara, considerando-se infração
administrativa punível de acordo com a lei e ser for vereador o não comparecimento nas
condições mencionadas caracterizará procedimento incompatível com a dignidade da Câmara,
devendo ser instaurado processo de responsabilidade, na forma da lei federal e conseqüente
cassação de mandato, aplicando este parágrafo também ao disposto no artigo 19, § 1º, III e
artigo 25, § único, inciso XI, desta Lei Orgânica.

SEÇÃO VIII

DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA CÂMARA MUNICIPAL

Artigo 25 – Compete privativamente à Câmara Municipal, observado o disposto nesta Lei


Orgânica, elaborar seu Regimento Interno, dispondo sobre sua organização, polícia, provimento
de cargos de seus servidores e, especialmente sobre:-

I – Sua instalação e funcionamento;


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II – Posse de seus membros;
III – Eleição da Mesa, sua composição e atribuições;
IV –Posse e compromisso do Prefeito e Vice Prefeito;
V – Número de sessões mensais;
VI – Organização e composição de suas comissões permanentes;
VII – Sessões;
VIII – Deliberações;

Parágrafo Único – Também é de competência privativa da Câmara:-

I – Organizar os serviços administrativos internos da Câmara e prover os cargos respectivos;


II – Propor a criação ou extinção dos cargos dos servidores administrativos internos e a fixação
dos respectivos vencimentos;
III – Dar posse aos Vereadores, Prefeito e Vice Prefeito eleitos, conceder-lhes licenças,
renúncias e afastá-los definitivamente de seus cargos;
IV – Autorizar o Prefeito a ausentar-se do Município, por mais de 15 (quinze) dias, por
necessidade de serviço;
V – Tomar e julgar as contas do Prefeito, deliberando sobre o Parecer Técnico do Tribunal de
Contas do Estado, no prazo máximo de noventa (90) dias de seu recebimento, observados os
seguintes preceitos:-
a) – O parecer somente deixará de prevalecer por decisão de dois terços (2/3) dos membros da
Câmara;
b) – Decorrido o prazo de noventa (90) dias, sem deliberação pela Câmara, as contas serão
consideradas aprovadas ou rejeitadas, de a acordo com a conclusão do parecer do Tribunal
de Contas;
c) – Rejeitadas as contas, serão estas, imediatamente, remetidas ao Ministério Público para os
fins de direito;
VI – Decretar a perda do mandato do Prefeito e dos Vereadores, nos casos indicados na
Constituição Federal, nesta Lei Orgânica e na legislação aplicável ao caso;
VII – Autorizar a realização de empréstimos, operação ou acordos financeiros, no plano interno
ou externo, de qualquer natureza, no interesse do Município;
VIII – Proceder à tomada de contas do prefeito, através de comissão especial, quando não
apresentadas à Câmara dentro de 60 (sessenta) dias após a abertura da sessão legislativas;
IX – Aprovar convênios, acordos ou qualquer outro instrumento celebrado pelo Município com
a União, Estado, outra pessoa jurídica de direito público ou privado interno, além de entidades
assistenciais e culturais;
X – Estabelecer, e mudar temporariamente, o local de suas reuniões;
XI – Convocar o Prefeito e/ou seus servidores e assessores para prestarem esclarecimentos,
aprazando dia e hora para o comparecimento, aplicando as penalidades previstas nesta Lei
Orgânica, quando faltosos.
XII – Deliberar sobre o adiamento e suspensão de suas reuniões;
XIII – Criar Comissão Especial de Inquérito, prevista nesta Lei Orgânica, sobre fato
determinado e prazo certo, mediante requerimento de um terço (1/3) de seus membros;

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XIV – Conceder títulos de “Cidadão Getulinense”, de “Cidadão Getulinense Honorário” ou
outras honrarias e homenagens às pessoas que, reconhecidamente, tenham prestado relevantes
serviços ao Município ou nele se tenham destacado pela atuação exemplar na vida pública e
particular, de forma não remunerada, mediante proposta aprovada pelo voto de dois terços (2/3)
dos membros da Casa, obedecidas às normas já existentes anteriores a esta Lei Orgânica;
XV – Solicitar a intervenção do Estado no Município;
XVI – Julgar o Prefeito, Vice Prefeito e os Vereadores, nos casos previstos na lei federal;
XVII – Fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, inclusive exercer, com o auxílio do
Tribunal de Contas do Estado, a fiscalização financeira, orçamentária, operacional e patrimonial
do Município.
XVIII – Fixar, observados os dispostos nos artigos 37, XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I, da
Constituição Federal, em cada legislatura para a subseqüente, sempre até trinta (30) dias antes
das eleições municipais, incidindo imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza ou
outro que o substituir:-
XVIII – Fixar, observados os dispostos nos artigos 37, XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I, da
Constituição Federal, em cada legislatura para a subseqüente, sempre até trinta (30) dias antes
das eleições municipais, incidindo imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza:-
(Redação dada pela Lei Municipal nº 1.757 de 24/10/2000)
a)– A remuneração dos Vereadores, compreendendo subsídios fixos e variáveis, bem como a
verba de representação do Presidente da Câmara Municipal, essa correspondendo a dois terços
(2/3) da verba de representação que for fixada para o Prefeito Municipal;
a) – Os subsídios dos Vereadores; (Redação dada pela Lei Municipal nº 1.757 de 24/10/2000)
b)- A remuneração do Prefeito, compreendendo subsídios e verba de representação
correspondente a dois terços (2/3) dos subsídios, esses fixados conforme a lei determina.
b) - Os subsídios do Presidente da Câmara Municipal; (Redação dada pela Lei Municipal nº
1.757 de 24/10/2000)
c)- Verba de representação do Vice Prefeito, correspondendo a dois terços (2/3) da verba de
representação fixada para o Prefeito.
c)– Os subsídios do Prefeito e do Vice Prefeito. (Redação dada pela Lei Municipal nº 1.757 de
24/10/2000)
XIX – Criar Comissões Especiais de Inquérito sobre fato determinado que se inclua na
competência municipal, sempre que o requerer, pelo menos, um terço de seus membros;
XX – Solicitar as informações ao Prefeito sobre assuntos referentes à administração municipal;
XXI – Autorizar referendo e plebiscito;
XXII – Decidir sobre a perda de mandato de vereador por voto secreto e maioria absoluta nas
hipóteses previstas nesta Lei Orgânica, mediante provocação da Mesa Diretora ou de partido
político representado na Câmara;
XXIII – Tomar e julgar as contas da Mesa da Câmara, com base no parecer técnico do Tribunal
de Contas, aplicando-se, no que couber o disposto no artigo 25, § único, V, “a”, “b” e “c” desta
Lei Orgânica.
XXIV – Zelar pela preservação de sua competência legislativa em face à atribuição normativa
do Executivo;
XXV – Decidir sobre todo e qualquer assunto de sua administração interna;

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Artigo 26 – A Câmara Municipal delibera mediante resolução sobre assuntos de sua economia
interna e nos demais casos de sua competência privativa por meio de decreto legislativo.

Artigo 27 – É fixado em dez (10) dias, prorrogáveis por igual período, desde que solicitado por
escrito e devidamente justificado o prazo para que o Prefeito e seus funcionários prestem
informações e encaminhem documentos requisitados pelo Poder Legislativo, na forma do
disposto nesta Lei, facultando ao Presidente da Câmara ou de Comissão interessada, em caso de
não atendimento, solicitar na conformidade da legislação federal, a intervenção do Poder
Judiciário, para obtenção de tais informações e documentos.

Artigo 28 – Ao término de cada sessão legislativa a Câmara elegerá, dentre seus membros, em
votação secreta, uma COMISSÃO REPRESENTATIVA, cuja composição, em número ímpar,
reproduzirá tanto quanto possível a proporcionalidade partidária ou dos blocos parlamentares na
Casa, que funcionará nos interregnos das sessões legislativas ordinárias, com as atribuições e
competências fixadas no Regimento Interno.

SEÇÃO IX

DOS VEREADORES

Artigo 29 – Os Vereadores são invioláveis no exercício do mandato e na circunscrição do


Município, por suas opiniões, palavras e votos.

Artigo 30 – É vedado ao Vereador:-

I – Desde a expedição do diploma:-


a) – Firmar ou manter contrato com o Município, salvo quando o contrato obedecer normas
uniformes;
b) – Aceitar cargos, empregos ou função no âmbito da Administração Pública Municipal,
Direta ou Indireta, salvo mediante aprovação em concurso público.
II – Desde a posse:-
a) – Ocupar cargo, função ou emprego na Administração Pública Municipal, Direta ou
Indireta, de que seja exonerável “ad nutum”, a não ser que se licencie do mandato;
b) – Exercer outro cargo eletivo, federal, estadual ou municipal;
c) – Ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de
contrato com pessoa jurídica de direito público do Município, ou do próprio Município ou
nela exercer função remunerada;
d) – Patrocinar causa junto ao Município, em que sejam interessadas suas autarquias,
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, empresas concessionárias de
serviços públicos ou o próprio Município como um todo.

Artigo 31 – Perderá o mandato o Vereador:-


I – Que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;

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II – Cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar ou atentatório às
instituições vigentes;
III – Que utilizar-se do mandato para a prática de atos de corrupção ou de improbidade
administrativa.
IV – Que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa anual, a terça parte das sessões
ordinárias da Câmara, salvo doença comprovada, licença ou missão autorizada pela Edilidade.
V – Fixar residência fora do Município.
VI – Que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
VII – Quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos pela Constituição Federal;
VIII – Que sofrer condenação criminal, sendo necessário cumpri-la em regime fechado ou semi-
aberto de prisão.
§ 1º - Além de outros casos definidos no Regimento Interno da Câmara Municipal, considerar-
se-á incompatível com o decoro parlamentar o abuso das prerrogativas asseguradas ao Vereador
ou a percepção de vantagens indevidas, ilícitas ou imorais.
§ 2º - Nos casos dos Incisos I e II a perda do mandato será declarada pela Câmara Municipal
por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da Mesa ou de Partido Político
representado na Câmara, assegurada ampla defesa.

§ 3º - Nos demais incisos a perda será declarada pela Mesa, de ofício ou mediante provocação
de qualquer de seus membros ou Partido Político representado na Casa, assegurada também
ampla defesa.

Artigo 32 – O Vereador poderá licenciar-se:-


I – Por motivo de doença ou no período de gestante;
II – Para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que o afastamento não
ultrapasse cento e vinte (120) por sessão legislativa anual;
III – para desempenhar missões temporárias, de caráter cultural ou de interesse do Município.

§ 1º - A licença depende de requerimento fundamentado que será lido na primeira sessão


ordinária após o seu recebimento;

§ 2º - A licença prevista no Inciso I deverá ser comprovada por atestado médico.

§ 3º - A licença prevista no inciso III depende de aprovação do Plenário, porquanto o Vereador


estará representando a Câmara e nos demais casos será concedida pelo Presidente;

§ 4º - Não perderá o mandato, considerando-se automaticamente licenciado o Vereador que


aceitar cargo remunerado ou ocupar função ou emprego na Administração Pública, conforme o
previsto no artigo 30, II, “a”, desta Lei Orgânica.

§ 5º - Ao Vereador licenciado nos termos dos incisos I e III, a Câmara determinará o pagamento
de auxílio doença ou auxílio especial, no valor da parte fixa de sua remuneração.

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§ 6º - A licença para tratar de assunto particular, não será inferior a trinta (30) dias e o Vereador
não poderá reassumir antes do prazo da licença, nada recebendo durante o período de
afastamento.

§ 7º - Independentemente do requerimento, considerar-se-á como em licença o não


comparecimento às reuniões de Vereador privado, temporariamente, de sua liberdade em
virtude de processo criminal em curso;

§ 8º - Na hipótese do § 4º o Vereador poderá fazer opção entre a remuneração do cargo que


passará a ocupar e a parte fixa de seus subsídios do mandato, escolhendo o que lhe for mais
vantajosa;

§ 8º - Na hipótese do § 4º o Vereador poderá fazer opção entre a remuneração do cargo que


passará a ocupar e os seus subsídios do mandato, escolhendo o que lhe for mais vantajoso;
(Redação dada pela Lei Municipal nº 1.757 de 24/10/2000)

Artigo 33 – No ato da posse o Vereador deverá se desincompatibilizar-se.

Artigo 34 – O mandato de Vereador será remunerado na forma fixada pela Câmara Municipal,
em cada legislatura para a subseqüente, estabelecido como limite máximo o valor percebido
como remuneração em dinheiro pelo Prefeito Municipal.

Parágrafo Único – A remuneração do Vereador será dividida em parte fixa e variável, sendo que
esta não poderá ser inferior àquela e corresponderá ao comparecimento do Vereador às
sessões.(Revogado pela Lei Municipal nº 1.757 de 24/10/2000)

Artigo 35 – Dar-se-á a convocação do Suplente de Vereador nos casos de vaga ou de licença.

§ 1º - O Suplente convocado deverá tomar posse no prazo de quinze (15) dias, contados da data
da convocação, salvo justo motivo aceito pela Câmara, quando se prorrogará o prazo.

§ 2º - Enquanto a vaga a que se refere o parágrafo anterior não for preenchida, calcula-se o
“quorum” em função dos Vereadores remanescentes.

§ 3º - Em caso de vaga, não havendo Suplente, o Presidente comunicará o fato, dentro de


quarenta e oito (48) horas, diretamente ao Juízo Eleitoral da Comarca, que marcará eleição, se
faltar mais de quinze (15) meses para o término do mandato;

Artigo 36 – Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou


prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre pessoas que lhes confiarem ou deles
receberem informações.

SEÇÃO X

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DO PROCESSO LEGISLATIVO

Artigo 37 – O processo legislativo municipal compreende a elaboração de:-

I – Emendas à Lei Orgânica do Município de Getulina;


II – Leis Complementares;
III – Leis Ordinárias;
IV – Resoluções e
V – Decretos legislativos.

Parágrafo Único – A iniciativa das leis cabe a Vereador, à Comissão Permanente da Câmara, ao
Prefeito e ao eleitorado que a exercerá sob forma de moção articulada, subscrita, no mínimo,
por cinco por cento (5%) do total do número de eleitores do Município, devidamente
identificados.

SUBSEÇÃO I

EMENDAS À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE GETULINA

Artigo 38 – A Lei Orgânica do Município de Getulina poderá ser emendada mediante proposta:-

I – De um terço (1/3), no mínimo, dos membros da Câmara Municipal de Getulina;


II – Do Prefeito Municipal de Getulina;
III – de cinco por cento (5%) do eleitorado do Município de Getulina, devidamente
comprovados e identificados.

§ 1º - A proposta será apreciada pelas Comissões Permanentes da Câmara que emitirão


pareceres, devendo ser votada em dois (2) turnos, em sessões ordinárias normais e será
aprovada por dois terços (2/3) dos Vereadores da Casa, em cada turno, obedecidos às
determinações e os prazos normais estipulados para as leis ordinárias pelo Regimento Interno da
Edilidade, caso outra estipulação inexista, proibido o “regime de urgência”.

§ 2º - A Emenda à Lei Orgânica do Município será promulgada pela Mesa da Câmara com o
respectivo número de ordem.

§ 3º - A Lei Orgânica do Município de Getulina não poderá ser emendada na vigência de estado
de sítio ou de intervenção no Município.

§ 4 – A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada, não


poderá ser objeto de nova apreciação na mesma sessão legislativa.

SUBSEÇÃO II

DAS LEIS COMPLEMENTARES


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Artigo 39 – Serão leis complementares, dentre outras previstas nesta Lei Orgânica:-

I – Código Tributário do Município;


II – Código de Obras;
III – Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;
IV – Código de Posturas;
V – Lei instituidora do regime único dos servidores municipais;
VI – Lei Orgânica de criação da Guarda Municipal;
VII – Lei de criação de cargos, funções ou empregos públicos;
VIII – Estatuto dos Servidores Públicos Municipais;
IX – Lei de aumento dos vencimentos dos servidores.
X – Lei sobre o zoneamento urbano e direitos suplementares de uso e ocupação de solo.
XI – Concessão de serviço público.
XII – Concessão de direito real de uso;
XIII – Lei sobre alienação de bens imóveis;
XIV – aquisição de bens imóveis por doação com encargos;
XV – autorização para obtenção de empréstimos em instituições oficiais e particulares.

Parágrafo Único – As leis complementares somente serão aprovadas se obtiverem votação da


maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal, em cada um dos dois turnos, observados
os demais termos da votação das leis ordinárias, proibido o regime de urgência.

SUBSEÇÃO III

DAS LEIS ORDINÁRIAS

Artigo 40 – As leis ordinárias são todas aquelas de interesse público e não relacionadas nas
demais subseções.

§ 1º - As leis ordinárias exigem, para sua aprovação, o voto favorável da maioria simples dos
membros da Câmara Municipal.

§ 2º - A votação e a discussão da matéria constante da Ordem do Dia só poderão ser efetuadas


com a presença da maioria absoluta dos Membros da Câmara Municipal;

§ 3º - O Regimento Interno da Câmara estabelecerá o procedimento das Comissões, do Plenário


e os prazos do processo ordinário, respeitada esta Lei Orgânica.

SUBSEÇÃO IV

DAS RESOLUÇÕES E DECRETOS LEGISLATIVOS

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Artigo 41 – As Resoluções e Decretos Legislativos são matérias de competência exclusiva da
Câmara Municipal.

§ 1º - Os projetos de Resolução disporão sobre matéria de interesse interno da Câmara e os de


Decreto Legislativo sobre os demais casos de sua competência privativa.

§ 2º - Nos casos de Resoluções e Decretos Legislativos considerar-se-á encerrada a elaboração


da norma jurídica com a votação em um único turno, independendo da sanção do Prefeito,
sendo promulgados pelo Presidente da Câmara.

§ 3º – O Regimento Interno da Câmara Municipal disciplinará os casos de Decreto Legislativo e


de Resolução cuja elaboração, redação, alteração e consolidação serão feitas com observância
das mesmas técnicas relativas às leis.

SUBSEÇÃO V

OUTRAS DISPOSIÇÕES DO PROCESSO LEGISLATIVO

Artigo 42 – São de iniciativa exclusiva do Prefeito, as leis que disponham sobre:-


I – Criação, transformação ou extinção de cargos, funções ou empregos públicos na
Administração Pública Direta ou Indireta, com fixação ou aumento de sua remuneração.
II – Servidores públicos, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade, vencimentos e
aposentadoria.
III – Criação, estruturação e atribuições dos órgãos e unidades da Administração Pública
Municipal.
IV – Matéria orçamentária e a que autorizem a abertura de créditos ou conceda auxílios,
prêmios ou subvenções;
V – Organização administrativa, matéria tributárias, serviços públicos e pessoal da
Administração;
VI – Outras estipuladas em leis próprias.

Artigo 43 – É de competência exclusiva da Mesa da Câmara a iniciativa das leis que disponham
sobre:-
I – Autorização para abertura de créditos suplementares ou especiais, através de aproveitamento
total ou parcial das consignações orçamentárias da Câmara;
II – Organização dos serviços administrativos da Câmara, criação, transformação ou extinção de
seus cargos, empregos e funções, além de fixação da respectiva remuneração;
III – Aumento da remuneração de seus servidores.

Artigo 44 – Não será permitida emenda de aumento de despesas previstas:-


I – Nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito, ressalvado o disposto no Artigo 42, IV,
primeira parte, desta lei
II – Nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara Municipal,
ressalvado a parte final do Inciso II do Artigo 43 desta Lei Orgânica;
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Artigo 45 – Nenhum projeto de lei que implique na criação ou no aumento de despesa pública
será sancionado sem que dele conste à indicação de recursos disponíveis, próprios para atender
os novos encargos.

Artigo 46 – O prefeito poderá solicitar, desde que não proibida por esta Lei Orgânica,
“URGÊNCIA” para apreciação de projetos de sua iniciativa, considerados relevantes.

§ 1º - Solicitada à urgência a Câmara deverá se manifestar em até quarenta e cinco (45) dias
sobre a proposição, contados da data em que for feita a solicitação.

§ 2º - Esgotado o prazo previsto no parágrafo anterior sem deliberação pela Câmara, será a
proposição incluída na Ordem do Dia, sobrestando-se as demais proposições para que se ultime
a votação.

§ 3º - Por exceção, não ficará sobrestado o exame de veto cujo prazo de deliberação tenha se
esgotado.

§ 4º - O prazo do § 1º não corre no período de recesso da Câmara e nem se aplica aos projetos
de lei complementar.

Artigo 47 – Aprovado qualquer projeto de lei, em dois (2) turnos de votação, será ele enviado
em dez (10) dias úteis, pelo Presidente ao Prefeito que, concordando, o sancionará e promulgará
no prazo de quinze (15) dias.

§ 1º - O Prefeito considerando o projeto no todo ou em parte inconstitucional ou contrário ao


interesse público vetá-lo-á, total ou parcialmente, no prazo de quinze (15) dias úteis, contados
da data de seu recebimento, devendo ser comunicadas à Câmara as razões do veto, devidamente
fundamentado, em quarenta e oito (48) horas.

§ 2º - O veto parcial abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea;

§ 3º - Decorrido o prazo de quinze (15) dias úteis, o silêncio do Prefeito importará em sanção.

§ 4º - A razão do veto será apreciado no prazo de trinta (30) dias, contados de seu recebimento,
em única discussão e votação, considerando-se rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos
Vereadores.

§ 5º - Se o veto for rejeitado, o projeto será enviado ao Prefeito, em quarenta e oito (48) para a
promulgação.

§ 6º - Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º o veto será colocado na Ordem do


Dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final, ressalvadas as
matérias de que trata o artigo 46 desta Lei Orgânica.
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§ 7º - A não promulgação da lei no prazo de quarenta e oito (48) horas pelo Prefeito, nos casos
dos §§ 3º e 5º criará para o Presidente da Câmara a obrigação de fazê-lo em igual prazo.

§ 8º - A lei promulgada nos termos do parágrafo anterior produzirá efeitos a partir de sua
publicação.

§ 9º - Nos casos de veto parcial as disposições aprovadas pela Câmara serão promulgadas pelo
seu Presidente, com o mesmo número da lei original, observado o prazo estipulado no § 7º.

§ 10º - O prazo previsto no § 4º não corre nos períodos de recesso da Câmara;

§ 11 – A manutenção do veto não restaura matéria suprimida ou modificada pela Câmara;

§ 12º - Na apreciação do veto a Câmara não poderá introduzir qualquer modificação no texto
aprovado.

§ 13 – O Prefeito, sancionando e promulgando a matéria não vetada, deverá encaminhá-la para


publicação.

§ 14 – No caso de sanção tácita pelo Prefeito ou de rejeição de veto total, a lei tomará o número
em seqüência às existentes.

Artigo 48 – Os prazos para discussão e votação de projetos de leis, assim como para o exame do
veto, não correm no período de recesso da Câmara Municipal.

Artigo 49 – A tramitação dos projetos de leis de iniciativa popular obedecerá às normas


relativas ao processo legislativo normal.

Artigo 50 – A matéria constante de projetos de leis rejeitados somente poderá constituir objeto
de novo projeto na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos
membros da Câmara.

Parágrafo Único – O disposto neste artigo não se aplica aos Projetos de iniciativa exclusiva do
Prefeito, que serão sempre submetidos à deliberação da Câmara.

Artigo 51 – Os projetos de leis que receberem, quando ao mérito, parecer contrário de todas as
comissões serão tidos como rejeitados.

Artigo 52 – O Regimento Interno da Câmara Municipal regulamentará o procedimento para


entrada, apreciação pelas comissões, seus pareceres, remessa para o Plenário, formas de
discussão e votação, observadas as disposições da Constituição Federal, Constituição Estadual,
desta Lei Orgânica e outras leis sobre a matéria.

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SUBSEÇÃO VI

DO VOTO DO PRESIDENTE DA MESA

Artigo 53 – O Presidente da Câmara Municipal ou seu substituto só terá voto:-


I – Na eleição da Mesa;
II – Quando a matéria exigir, para sua aprovação, o voto favorável de dois terços (2/3) dos
membros da Câmara;
III – quando houver empate em qualquer votação no Plenário.

SUBSEÇÃO VII

DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 54 – Não poderá votar o Vereador que tiver interesse pessoal na deliberação, anulando-
se a votação, se seu voto for decisivo.

Artigo 55 – O voto sempre será público nas deliberações da Câmara, exceto nos seguintes
casos:-
I – No julgamento dos Vereadores, do Prefeito e do Vice Prefeito.
II – Na eleição dos membros da mesa e dos substitutos.
III – Na votação do decreto legislativo para concessão de qualquer honraria.
IV – Na votação de veto aposto pelo Prefeito.

SEÇÃO XI

DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA, ORÇAMENTÁRIA,


OPERACIONAL E PATRIMONIAL

Artigo 56 – A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do


Município, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, finalidade, motivação,
moralidade, publicidade e interesse público, aplicação de subvenções e renúncia de receitas,
será exercida pela Câmara Municipal, mediante controle externo e pelos sistemas de controle
interno do Executivo, na forma da respectiva Lei Orgânica, em conformidade com o disposto no
artigo 31da Constituição Federal.

§ 1º - O controle externo da Câmara será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do


Estado e compreenderá a apreciação de contas do prefeito e da Mesa da Câmara, o
acompanhamento das atividades financeiras e orçamentárias do Município, o desempenho das
funções de auditoria e orçamentárias, bem como julgamento das contas dos administradores e
demais responsáveis por bens e valores públicos.

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§ 2º - Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica de direito público ou de direito privado
que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre, bens e valores públicos ou pelos quais o
Município responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza pecuniária.

§3º - As contas do Prefeito e da Câmara Municipal, prestadas anualmente, serão julgadas pela
Câmara dentro de noventa (90) dias após o recebimento do parecer técnico prévio do Tribunal
de Contas, considerando-se julgadas nos termos da conclusão desse parecer, se não houver
deliberação dentro desse prazo.

§5º - As contas relativas à aplicação dos recursos transferidos pela União e Estado serão
prestadas na forma da legislação federal e estadual em vigor, podendo o Município suplementar
essas contas, sem prejuízo de sua inclusão na prestação anual de contas.

Artigo 57 – O Executivo e a Câmara Municipal manterão de forma integrada, sistema de


controle interno, a fim de:-
I – Criar condições indispensáveis para assegurar a eficácia ao controle externo e regularidade à
realização da receita e despesa.
II – Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução de programas
de governo e dos orçamentos do Município;
III – comprovar a legalidade e avaliar resultados quanto à eficácia da gestão orçamentária,
financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração municipal, bem como da
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
IV – exercer controle sobre o deferimento de vantagens e a forma de calcular qualquer parcela
integrante da remuneração, vencimento ou salário de seus membros ou servidores;
V – exercer o controle das operações de crédito, garantias e avais, bem como dos direitos e
haveres do Município;
VI – apoiar o controle externo, no exercício de sua missão institucional;
VII – avaliar os resultados alcançados pelos administradores;
VIII – verificar a execução dos contratos;

§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer


irregularidade, ilegalidade ou ofensa aos princípios do artigo 37 da Constituição Federal dela
darão ciência ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de responsabilidade solidária;

§ 2º - As contas do Município, do Prefeito e da Câmara Municipal ficarão durante sessenta (60)


dias, anualmente, a partir de 15 de abril, a disposição de qualquer contribuinte, para exame e
apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei;

§ 3º - Qualquer cidadão, partido político, associação civil ou entidade sindical é parte legítima
para, na forma de lei, denunciar irregularidade ou ilegalidade perante o Tribunal de Contas, ao
Executivo, a Câmara Municipal ou a Promotoria de Justiça da Comarca.

CAPÍTULO II

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DO PODER EXECUTIVO

SEÇÃO I

DO PREFEITO E VICE PREFEITO

Artigo 58 – O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito Municipal, eleito juntamente com o
Vice-Prefeito antes do término do mandato de seus antecessores, com condições de
elegibilidade e duração de mandato estabelecidas pela Constituição Federal, leis
complementares e pela Justiça Eleitoral.

Artigo 59 – O Prefeito e Vice Prefeito tomarão posse no dia 1º de janeiro, do ano subseqüente à
eleição, às 10:00 horas, perante a Câmara Municipal, em sessão especial e solene, prestando o
seguinte compromisso:-

“Prometo cumprir a Constituição Federal, a Constituição Estadual, a Lei


Orgânica do Município, observando também outras leis da União, Estado e
Município, promover o bem geral dos munícipes e exercer o cargo sob
inspiração da Democracia, da Legitimidade e da Legalidade”.

§ 1º - Decorridos dez (10) dias da data fixada para a posse o Prefeito e o Vice-Prefeito, salvo
motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, esse será declarado vago.

§ 2º - Enquanto não ocorrer à posse do Prefeito assumirá o Vice Prefeito e, na falta ou


impedimento deste, o Presidente da Câmara Municipal;

§ 3º - No ato da posse e ao término do mandato, o Prefeito e o Vice Prefeito eleitos farão


declaração pública de bens, a qual será transcrita em livro próprio, constando de ata seu resumo.
§ 4º - O Prefeito e Vice Prefeito, este quando remunerado, deverão desincompatibilizar-se no
ato da posse. Quando não remunerado o Vice Prefeito cumprirá essa exigência ao assumir o
exercício do cargo de Prefeito.

Artigo 60 – Substituirá o Prefeito, no caso de impedimento suceder-lhe-á, no de vaga após a


diplomação, o Vice Prefeito.

§ 1º - O Vice Prefeito não poderá se recusar a substituir o Prefeito, sob pena de extinção de seu
mandato;
§ 2º - o Vice Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei, auxiliará o
Prefeito, sempre que for convocado para missões especiais.

Artigo 61 – Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice Prefeito, ou vacância dos cargos,


assumirá a Administração Municipal o Presidente da Câmara Municipal.

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Parágrafo Único – O Presidente da Câmara Municipal recusando-se, por qualquer motivo, a
assumir o cargo de Prefeito, renunciará, incontinenti, a sua função de dirigente máximo do
Legislativo, ensejando a eleição de outro membro para ocupar, como Presidente da Edilidade a
Chefia do Poder Executivo.

Artigo 62 – Na falta de substituto legal para ocupar o cargo de Prefeito, esgotadas as hipóteses
dos artigos 60 e 61 e seu Parágrafo Único desta Lei Orgânica, observar-se-á o disposto na
legislação própria, ouvida a Justiça Eleitoral.

Artigo 63 – O Prefeito e o Vice Prefeito, quando no exercício do cargo, não poderão sem
licença da Câmara Municipal, ausentar-se do Município, por período superior a dez (10) dias,
sob pena de perda do cargo ou do mandato.

Parágrafo Único – O Prefeito, regularmente licenciado, terá direito a remuneração, quando:-


I – impossibilitado de exercer o cargo, por motivo de doença ou no período de gestante,
devidamente comprovados;
II – em gozo de férias;
III – A serviço ou em missão especial de representação do Município, devendo o pedido ser
amplamente motivado e indicadas especialmente, as razões da viagem, o roteiro e a previsão de
gastos.

Artigo 64 – O Prefeito gozará, obrigatoriamente, anualmente, férias de trinta (30) dias,


ininterruptos, sem prejuízo da remuneração, ficando a seu critério a época para usufruir do
descanso.

Artigo 65 – A remuneração do Prefeito e do Vice Prefeito será fixada pela Câmara Municipal
no ultimo ano da legislatura, até trinta (30) dias antes da eleição municipal, vigorando para a
legislatura seguinte, observando o disposto na Constituição Federal e no artigo 25, § único,
XVIII, “b” e “c” desta lei Orgânica.

§ 1º - A não fixação da remuneração do prefeito, do Vice Prefeito e dos vereadores até a data
prevista nesta Lei Orgânica implicará na suspensão do pagamento da remuneração dos
Vereadores até o final do mandato deles.

§ 2º - No caso de não fixação prevalecerá à remuneração do mês de dezembro do último ano da


legislatura, sendo esse valor atualizado monetariamente pelo índice oficial.

§ 3º - A remuneração do Prefeito será o teto para aquela atribuída aos servidores municipais.

Artigo 66 – O Prefeito deverá residir, obrigatoriamente, no Município de Getulina, sob pena de


extinção de seu mandato, por declaração da Mesa da Câmara Municipal.

SEÇÃO II

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DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO

Artigo 67 – Ao Prefeito, como Chefe de Administração Municipal, compete dar cumprimento


as deliberações da Câmara Municipal, dirigir, fiscalizar e defender os interesses do Município,
bem como adotar, de acordo com a lei, todas as medidas administrativas de utilidade pública,
sem exceder as verbas orçamentárias.

Artigo 68 – Compete ao Prefeito, privativamente, além de outras atribuições previstas em lei:-


I – A iniciativa de leis, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica;
II – Representar o Município, em juízo e fora dele;
III – Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Câmara Municipal e expedir
os regulamentos para sua fiel execução;
IV – Vetar, no todo ou em parte, os projetos de leis aprovados pela Câmara;
V – Decretar, nos termos da lei, a desapropriação por necessidade, por utilidade pública ou por
interesse social;
VI – Expedir decretos, portarias e outros atos administrativos;
VII – Permitir ou autorizar o uso de bens municipais por terceiros devidamente autorizados pela
Câmara Municipal;
VIII – Permitir ou autorizar a execução de serviços públicos, por terceiros, devidamente
autorizados pela Câmara Municipal;
IX – Prover os cargos públicos e expedir os demais atos referentes à situação funcional dos
servidores.
X – Enviar à Câmara Municipal os projetos de lei relativos ao orçamento anual, plano
plurianual, diretrizes orçamentárias, dívida pública e operações de crédito;
XI – Encaminhar a Câmara Municipal, até 15 de abril a prestação de contas, bem como
balanços do exercício findo;
XII – Encaminhar aos órgãos competentes os planos de aplicação e as prestações de contas
exigidas por lei;
XIII – Fazer publicar os atos oficiais;
XIV – Prestar a Câmara, dentro de dez (10) dias, as informações pela mesma solicitadas, salvo
prorrogação a seu pedido e por prazo determinado, em face da complexidade da matéria ou da
dificuldade da obtenção, nas respectivas fontes, dos dados pleiteados.
XV – Prover os serviços e obras da administração pública;
XVI – Superintender a arrecadação dos tributos, bem como a guarda e aplicação, inclusive no
mercado financeiro, da receita, autorizando as despesas e pagamentos dentro das
disponibilidades orçamentárias ou dos créditos votados e autorizados pela Câmara;
XVII – Colocar a disposição da Câmara, dentro de dez (10) dias de sua requisição, as quantias
que devam ser despendidas, de uma só vez e até o dia vinte (20) de cada mês, os recursos
correspondentes as suas dotações orçamentárias, compreendendo os créditos suplementares e
especiais;
XVIII – Aplicar multas previstas em leis, contratos, convênios, bem como revê-las quando
impostas irregularmente;
XIX – Resolver sobre requerimentos, reclamações ou representações que lhe forem dirigidas;

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XX – Oficializar, obedecidas às normas urbanísticas aplicáveis, as vias e logradouros públicos,
mediante denominação aprovada pela Câmara Municipal;
XXI – Convocar extraordinariamente a Câmara quando o interesse da Administração o exigir;
XXII – Aprovar projetos de edificações e planos de loteamentos, arruamentos e zoneamento
urbano ou para fins urbanos;
XXIII – Apresentar, anualmente, à Câmara Municipal, relatório circunstanciado sobre o estado
de obras e dos serviços municipais, bem assim o programa da administração para o ano
seguinte;
XXIV – Organizar os serviços internos das repartições ou unidades criadas por lei, sem exceder
as verbas para tal fim destinadas;
XXV – Contrair empréstimos e realizar operações de crédito, mediante prévia autorização da
Câmara Municipal;
XXVI – Providenciar sobre a administração dos bens públicos do Município e sobre sua
alienação, na forma da lei;
XXVII – Organizar e dirigir, nos termos da lei, os serviços relativos às terras do Município;
XXVIII – desenvolver o sistema viário do Município;
XXIX – Conceder auxílios, prêmio e subvenções, nos limites das respectivas verbas
orçamentárias e do plano de distribuição prévia e anualmente aprovado pela Câmara Municipal;
XXX – Providenciar sobre o incremento do ensino;
XXXI – Estabelecer a divisão administrativa do Município, de acordo com a lei;
XXXII – Solicitar auxílio das autoridades do Estado, inclusive policiais, para a garantia do
cumprimento de seus atos;
XXXIII – Solicitar, obrigatoriamente, autorização à Câmara, para ausentar-se do Município, por
tempo superior a (10) dias;
XXXIV – Nomear e demitir para os cargos de sua estrita confiança;
XXXV – adotar providências para a conservação e salvaguarda do Patrimônio Público
Municipal;
XXXVI – Instituir servidões municipais;
XXXVII – Criar, transformar e extinguir cargos, mediante autorização da Câmara;
XXXVIII – Dispor sobre a organização e o funcionamento da administração municipal, na
forma da lei;
XXXIX – Decretar o estado de calamidade pública, quando algum fato natural ou não, colocar
em risco a segurança pessoal dos munícipes ou do Patrimônio Público ou Privado;
XL – elaborar o plano diretor;
XLI – Apresentar à Câmara Municipal, na sessão inaugural mensagem sobre a situação do
Município, solicitando medidas de interesse do Governo;
XLII – Subscrever ou adquirir ações, realizar ou aumentar capitais de empresas públicas ou de
sociedade de economia mista, desde que haja recursos hábeis na lei orçamentária e aprovado
pela Câmara Municipal;
XLIII – Delegar, por decreto, para funcionário do Executivo, funções administrativas que não
sejam de exclusiva competência do Prefeito;
XLIV – Propor ação direta de inconstitucionalidade;

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XLV – Encaminhar ao Tribunal de Contas do Estado a prestação de contas, bem como os
balanços do exercício findo, do Prefeito e da Mesa da Câmara, até o dia 31 de março de cada
ano;
XLVI – Praticar e exercer todos os demais atos e atribuições previstos nesta lei Orgânica e nos
limites da competência do Executivo.

SEÇÃO III

DA PERDA E EXTINÇÃO DO MANDATO

Artigo 69 – É vedado ao Prefeito assumir outro cargo ou função na Administração Pública


Direta ou Indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto
nesta Lei Orgânica;

§ 1º - É igualmente vedada ao Prefeito e ao Vice Prefeito quando no Exercício do cargo de


Prefeito, desempenhar função de administração de qualquer empresa privada.

§ 2° – A infração ao disposto neste artigo e seu parágrafo 1º importará em perda de mandato,


por ato da Mesa da Câmara e permitida ampla defesa.

Artigo 70 – As incompatibilidades declaradas no artigo 30, seus incisos e alíneas desta Lei
Orgânica, estendem-se no que for aplicável ao Prefeito e ao Vice Prefeito, quando no exercício
do cargo;

Artigo 71 – São crimes de responsabilidade do Prefeito os previstos em lei federal e entre eles
os que atentarem contra:-
I – esta Lei Orgânica;
II – a existência da União, do Estado e do Município;
III – o livre exercício do Poder Legislativo;
IV – o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
V – probidade na administração;
VI – a lei orçamentária;
VII – o cumprimento das leis ou decisões judiciais;

Parágrafo Único – O Prefeito será julgado pela prática de crimes de responsabilidade, definidos
em lei, perante o Tribunal de Justiça do Estado, depois que a Câmara Municipal declarar a
admissibilidade da acusação pelo voto de dois terços (2/3) de seus membros;

Artigo 72 – São infrações político-administrativas do Prefeito as previstas em lei federal;

Parágrafo Único – O Prefeito será julgado, pela prática de infrações político-administrativas,


perante a Câmara Municipal, obedecida à legislação própria e específica, federal ou estadual;

Artigo 73 – Será declarado vago, pela Câmara Municipal, o cargo de Prefeito, quando:-
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I – ocorrer falecimento, renúncia ou condenação por crime funcional ou eleitoral;
II – deixar de tomar posse, sem motivo aceito pela Câmara Municipal, dentro do prazo de dez
(10) dias;
III – infringir as normas dos artigos 30 e 63 desta Lei Orgânica;
IV – perder ou tiver suspensos os direitos políticos.

Artigo 74 – O prefeito ficará suspenso de suas funções:-


I – nas infrações penais comuns, se recebida à denúncia ou queixa crime pelo Tribunal de
Justiça;
II – nos crimes de responsabilidade após instauração de processo pela Câmara Municipal;

§ 1º - Se decorrido o prazo de cento e oitenta (180) dias, o julgamento não estiver concluído
cessará o afastamento do Prefeito, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo;

§ 2º - enquanto não vier sentença condenatória nas infrações comuns, o Prefeito não estará
sujeito à prisão.

Artigo 75 – Para a apuração das infrações, crimes de responsabilidade e outros descritos nesta
seção, a Câmara Municipal reger-se-á pelas normas previstas em leis específicas federais ou
estaduais, obedecendo-lhes o rito estabelecido para cada caso.

SEÇÃO IV

DA TRANSIÇÃO ADMINISTRATIVA

Artigo 76 – Até trinta (30) dias antes das eleições municipais o Prefeito Municipal deverá
preparar, para entrega ao sucessor e para publicação imediata, relatório da situação da
Administração Municipal que conterá entre outras, informações atualizadas sobre:-
I – dívidas do Município, por credor, com as datas dos respectivos vencimentos, inclusive das
dívidas a longo prazo e encargos decorrentes de operações de crédito, informando sobre a
capacidade da Administração Municipal realizar operações de crédito de qualquer natureza;
II – medidas necessárias à regularização das contas municipais perante o Tribunal de Contas ou
órgãos equivalentes, se for o caso;
III – prestação de contas de convênios celebrados com organismos da União e do Estado, bem
como do recebimento de subvenções e auxílios;
VI – situação dos contratos com concessionários e permissionários de serviços públicos;
V – estado dos contratos de obras e serviços em execução ou apenas formalizados, informando
sobre o que foi realizado e pago e o que há por executar e pagar, com os prazos respectivos.
VI – transferência a serem recebidas da União e do Estado por força de mandamento
constitucional ou de convênio;
VII – Projetos de Lei de iniciativa do Poder Executivo em curso na Câmara Municipal, para
permitir que a nova Administração decida quanto a conveniência de lhes dar prosseguimento,
acelerar seu andamento ou retirá-los;
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VIII – situação dos servidores do Município, seu custo, quantidade, unidade em que estão
lotados, bem como a relação dos que prestam serviços a outras esferas de governo.

Artigo 77 – É vedado ao Prefeito Municipal assumir, por qualquer forma, compromisso


financeiro para execução de programas ou projetos após o término de seu mandato, não
previstos na legislação orçamentária;

§ 1º - o disposto neste artigo não se aplica nos casos comprovados da calamidade pública.

§ 2º - serão nulos e não produzirão efeito os empenhos e atos praticados em desacordo com este
artigo, com responsabilidade do Prefeito Municipal e dos servidores responsáveis por tais
empenhos.

SEÇÃO V

DOS AUXILIARES DIRETOS DO PREFEITO

Artigo 78 – Lei Municipal de competência exclusiva do Prefeito criará cargos de seus auxiliares
diretos, inclusive subprefeitos, estabelecendo-se ainda, suas atribuições, definindo-lhes
competência, deveres, responsabilidades, atribuições e remuneração, essa quando for o caso de
dedicação exclusiva;

Parágrafo Único – Os auxiliares diretos do Prefeito são:-


I – de livre nomeação e demissão pelo Prefeito;
II – solidariamente responsáveis, junto com o Prefeito, pelos atos que assinarem, ordenarem e
praticarem;
III – obrigados a fazer declaração de bens no ato de sua posse em cargo ou função da
Administração Municipal e quando de sua exoneração;

Artigo 79 – São considerados como auxiliares diretos do Prefeito, entre outros já existentes e a
serem criados, as comissões existentes para cuidarem de Esporte, Turismo, Cultura e outras
atividades já em funcionamento, criadas por leis anteriores e decretos em vigor, que continuarão
existindo e que serão enquadradas nos termos da presente Lei Orgânica.

Artigo 80 – São condições essenciais para a investidura como auxiliar direto do Prefeito:-
I – ser brasileiro;
II – estar no exercício de seus direitos políticos;
III – comprovada idoneidade moral;
IV – ser maior de 21 anos.

SEÇÃO VI

DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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Artigo 81 – A Administração Pública, de qualquer dos Poderes do Município, obedecerá os
princípios da legalidade, impessoalidade, publicidade e, também, ao seguinte:-
I – Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham
requisitos estabelecidos em lei, proibida qualquer discriminação;
II – A primeira investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação em concurso
público de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão, declarado em
lei, de livre nomeação e exoneração;
III - O prazo de validade do concurso público será de até dois (2) anos, prorrogável uma vez,
por igual período;
IV – Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em
concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos
concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;
V – Os cargos em comissão e as funções de confiança serão exercidos, de preferência, por
servidores ocupantes de cargos de carreira técnica ou profissional, nos casos e condições
previstos em lei, reservando-se a eles, no mínimo cinqüenta por cento (50%) desses cargos;
VI – É garantido ao servidor público municipal o direito de livre associação sindical;
VII – O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei complementar
federal;
VIII – Lei complementar reservará percentual dos cargos e empregos públicos para pessoas
portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
IX – A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender necessidade
temporária de excepcional interesse público.
X – A revisão geral da remuneração dos servidores públicos far-se-á sempre na mesma data;
XI – A lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a menor remuneração
dos servidores públicos municipais, observados como limite máximo os valores percebidos
como remuneração, em dinheiro, pelo Prefeito;
XII – Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superiores e nem
inferiores ao pagos pelo Poder Executivo;
XIII – É vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos para efeito de remuneração de
pessoal do serviço público, ressalvado o disposto no inciso anterior e no artigo 84, § 1º desta
Lei Orgânica;
XIV – Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem
acumulados, para fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico
fundamento.
XV – Os vencimentos dos servidores públicos são irredutíveis e a remuneração observará o que
dispõem os artigos 37, XI, XII, 150, II, 153, III e 153, III, § 2º, I da Constituição Federal.
XVI – É vedada a cumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver
compatibilidade de horários:-
a) – de dois cargos de professor;
b) – de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) – dois cargos privativos de médico.
XVII – A proibição de acumular estende-se a empregos e funções públicos;
XVIII – A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de sua área de
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei.
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XIX – Somente por lei específica poderão ser criadas empresas públicas, sociedades de
economia mista, autarquia ou fundação pública;
XX – Depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades
mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresas
públicas e privadas;
XXI – Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e
alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de
condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento,
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, exigindo-se a qualificação
técnico-econômica indispensável à garantia do cumprimento das obrigações.

§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços, campanhas de órgãos públicos e


outros atos relacionados a administração, deverão ter caráter educativo, informativo ou de
orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal de autoridades ou de servidores públicos, sob pena de responsabilidade.

§ 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará na nulidade do ato praticado e
na punição da autoridade responsável, nos termos da lei;

§ 3º - As reclamações relativas a prestação de serviços públicos serão disciplinadas por lei;

§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão na suspensão dos direitos políticos, na


perda da função pública, na disponibilidade dos bens e o ressarcimento do erário, na forma e
gradação prevista em lei, sem prejuízo da ação penal cabível, tudo apurado em regular processo
iniciado pela Câmara Municipal julgados pelos órgãos previstos nesta Lei Orgânica, permitida a
ampla defesa;

§ 5º - A lei federal estabelecerá prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer
agente, servidor ou não, que causem prejuízo ao Erário, ressalvadas as respectivas ações de
ressarcimento.

§ 6º - As pessoas jurídicas do direito público e as de direito privado prestadoras de serviços


públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa;

§ 7º - Todo órgão ou entidade municipal prestará aos interessados, no prazo de lei e sob pena de
responsabilidade funcional, as informações de interesse particular, coletivo ou geral, ressalvadas
aquelas cujo sigilo seja imprescindível, nos casos referidos na Constituição Federal.

Artigo 82 – Ao servidor público com exercício de mandato eletivo aplica-se o seguinte:-


I – Tratando-se de mandato eletivo federal ou estadual ficará afastado de seu cargo, emprego ou
função;
II – Investido no mandato de Prefeito será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe
facultado optar pela sua remuneração.
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III – Investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horário, perceberá as
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e,
não havendo compatibilidade será aplicada à norma do inciso anterior.
IV – Em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo
de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para a promoção por merecimento.
V – Para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão
determinados como se no exercício estivesse.

Artigo 83 – Os Poderes da Administração Pública Municipal ficam obrigados a constituir uma


COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA -, e assim quando
exigirem suas atividades uma COMISSÃO DE CONTROLE AMBIENTAL (CCA), visando a
proteção da vida, do meio ambiente e das condições de trabalho de seus servidores, na forma da
lei.

SEÇÃO VII

DOS SERVIDORES PÚBLICOS

Artigo 84 – O Município de Getulina instituirá regime jurídico único e planos de carreiras para
os servidores da Administração Pública.

§ 1º - A lei assegurará aos servidores da Administração Municipal isonomia de vencimentos


para os cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder ou entre servidores dos
Poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à
natureza e ao local de trabalho.

§ 2º - Aplicam-se a esses servidores as disposições constitucionais concernentes a:-


I – Salário mínimo digno capaz de atender as necessidades vitais básicas do servidor e de sua
família, com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte, com
reajustes periódicos, de modo a preservar-lhe o poder aquisitivo, vedada sua vinculação para
qualquer fim.
II – Irredutibilidade do salário ou vencimento, observado o disposto no artigo 81, XI, desta Lei
Orgânica;
III – Garantia do salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração
variável;
IV – Décimo terceiro salário, com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria.
V – Remuneração do trabalho noturno superior a do diurno, nas bases estabelecidas na CLT ou
em leis especiais;
VI – Salário família aos dependentes menores de 14 anos;
VII – Salário esposa;
VIII – Duração do trabalho normal não superior ao estabelecido na Constituição Federal,
facultada a compensação de horários e a redução de jornada, na forma da lei;
IX – Repouso semanal remunerado, preferencialmente no Domingo.

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X – Serviço extraordinário com remuneração, no mínimo, superior a cinqüenta por cento (50%)
a do normal;
XI – Gozo de férias anuais e remuneradas em, pelo menos, um terço (1/3) a mais do que o
salário normal;
XII – Licença remunerada à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de
cento e vinte (120) dias, bem como licença paternidade, nos termos fixados em lei;
XIII – Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança, observado também o disposto no artigo 83 desta Lei Orgânica.
XIV – Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma
da lei, observado o que dispõe a CLT;
XV – Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos na forma da
lei;
XVI – Proibição de diferença de salários e de critérios de admissão por motivo de sexo, idade,
cor ou estado civil;
XVII – Seguro de vida e por acidente de trabalho a cargo do empregador, sem excluir a
indenização, a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XVIII – Outros direitos aqui não relacionados mas constantes do artigo 7º e seus incisos da
Constituição Federal e de leis específicas, inclusive municipais;

§ 3º - A Administração Pública Municipal assegurará a seus servidores remuneração compatível


com o mercado de trabalho para a função respectiva, oportunidade de progresso funcional,
acesso a cargos de escalão superior e oportunidade de crescimento funcional e profissional
através de programas de formação de mão de obra, aperfeiçoamento e reciclagem, mantendo
convênios com entidades especializadas.

Artigo 85 – O servidor será aposentado:-


I – Por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrentes de acidente em
serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei e
proporcionais nos demais casos.
II – Compulsoriamente aos setenta (70) anos de idade, com os proventos proporcionais ao
tempo de serviço;
III – Voluntariamente:-
a) – Aos trinta e cinco (35) anos de serviço, se homem e aos trinta (30) se mulher, com
proventos integrais;
b) – Aos trinta anos de efetivo exercício, se professor e vinte e cinco, se professora em funções
exclusivas de magistério, não contando o tempo de serviço burocrático na Educação, nem
mesmo em outra atividade;
c) – Aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco se mulher, com proventos
proporcionais a esse tempo;
d) – Aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta se mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de serviço;

§ 1º - Se a aposentadoria concedida por órgão previdenciário diferente do Município, for em


valor menor que a que teria direito se paga pelo Município nos termos deste artigo, a
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Administração Pública fará a complementação até atingir o valor dos proventos previstos nesta
Lei Orgânica, diferença essa encontrada deduzindo a parcela recebida do órgão previdenciário
estranho à Administração Municipal do valor do provento que seria pago integral ou
proporcionalmente por ela.

§ 2º - Lei complementar poderá estabelecer exceções ao disposto no inciso III, “a”, “b” e “c”,
no caso de exercício de atividade considerada penosa, insalubre ou perigosa;

§ 3º - A lei disporá sobre a aposentadoria em cargos ou empregos temporários;

§ 4º - O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal, bem como o da atividade


privada, urbana ou rural, desde que devidamente comprovado, será computado integralmente
para efeito de aposentadoria e disponibilidade;

§ 5º - Os proventos de aposentadoria serão revistos, na mesma proporção e na mesma data,


sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos
aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores na
atividade, inclusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo ou função
em que se deu a aposentadoria, na forma da lei;

§ 6º - O benefício da pensão por morte corresponderá à totalidade dos vencimentos ou


proventos do servidor falecido, até o limite estabelecido em lei, observado o disposto no
parágrafos anterior e 1º desta lei.

§ 7º - a pensão por morte do servidor beneficiará ao cônjuge ou companheiro, esse nos termos
da lei, e aos dependentes, observado o disposto no artigo 201, V, da Constituição Federal.

Artigo 86 – São estáveis, após dois anos de efetivo exercício, o servidor nomeado em virtude de
concurso público.

§ 1º - O servidor público só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em


julgado ou mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa.

§ 2º - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado e o
eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.

§ 3º - Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade o servidor estável ficará em


disponibilidade remunerada, até seu adequado aproveitamento em outro cargo, sendo os salários
na disponibilidade regulados pela legislação federal própria.

Artigo 87 – As vantagens de qualquer natureza só poderão ser instituídas por lei e quando
atendam efetivamente ao interesse público e as exigências do serviço público.

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§ 1º - Todas as portarias que estabelecerem benefícios e vantagem ao servidor deverão constar
obrigatoriamente o artigo de lei que os instituírem.

§ 2º - Ficam revogados todos os benefícios e vantagens que contrariem este artigo e seus
parágrafos, devendo ser anuladas as portarias que os concederam, sob pena de responsabilidade
funcional, inclusive do servidor que os receber.

Artigo 88 – Ao servidor público municipal é assegurado o percebimento do adicional por tempo


de serviço, correspondente a um (01) por cento do salário base do servidor, em forma de
anuênio, observando-se o tempo de serviço retroativo a data de sua admissão, para pagamento
ou aplicação do percentual, bem como a Sexta-Parte dos vencimentos integrais, concedida aos
vinte (20) anos de efetivo serviço público municipal em Getulina, que se incorporarão aos
vencimentos para todos os efeitos.

Artigo 89 – O Município responsabilizará seus servidores por alcance e outros danos causados a
Administração ou por pagamentos efetuados em desacordo com as normas legais, sujeitando-os
ao seqüestro e perdimento de bens, nos termos da lei.

Artigo 90 – O servidor, durante o exercício de mandato de Vereador, será inamovível,


aplicando-se esse benefício ao servidor cônjuge, pai, mãe ou filho de titular de mandato eletivo
municipal.

Artigo 91 – Fica assegurado ao servidor público eleito para ocupar cargo de direção de sindicato
de sua categoria, estabilidade desde sua eleição até sessenta (60) dias após o término do
mandato.

Parágrafo Único – O servidor de que trata este artigo, que exercer o cargo de Presidente do
Sindicato, se desejar, poderá afastar-se de suas funções durante o tempo do mandato, sem
prejuízo de seus vencimentos, direitos e vantagens.

Artigo 92 – A lei assegurará à servidora gestante mudança de função nos casos em que for
recomendado, por determinação médica, sem prejuízo de seus vencimentos ou salários e demais
vantagens, até o término da licença de que trata o inciso XVIII do artigo 7º da Constituição
Federal.

Artigo 93 – É vedada a estipulação de limite de idade para ingresso por concurso na


Administração Pública.

Artigo 94 – Os concursos públicos para preenchimento de cargos ou funções na Administração


Pública não poderão ser realizados antes de decorridos trinta (30) dias do encerramento das
inscrições, as quais deverão estar abertas por, pelo menos, quinze (15) dias.

SEÇÃO VIII

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DA SEGURANÇA PÚBLICA

Artigo 95 – O Município de Getulina poderá constituir Guarda Municipal, força auxiliar


destinada a proteção de bens, serviços, instalações públicas, proteção ao meio ambiente, nos
termos da lei complementar.

§ 1º - A lei complementar de criação da guarda municipal dispõe sobre acesso, direitos, deveres,
vantagens e regime de trabalho, com base na hierarquia e disciplina.

§ 2º - A investidura nos cargos da guarda municipal, far-se-á mediante concurso público de


provas ou de provas e títulos.

§ 3º - Mediante convênio, celebrado com Estado, através da Secretaria da Segurança Pública, a


Policia Militar deverá dar instruções e orientações à guarda municipal visando um melhor
desempenho no atendimento de suas finalidades.

§ 4º - visando ainda a finalidade descrita no “caput” deste artigo, o Executivo nos termos da
Legislação Federal e Estadual poderá criar um corpo de bombeiros voluntários.

§ 5º - A guarda municipal e o corpo de bombeiros voluntários, formando uma só corporação,


serão comandados por um Policial Militar graduado, nos termos da lei e mediante convênio.

§ 6º - O Município poderá utilizar membros da Guarda Municipal para auxiliar no policiamento


dos Distritos e bairros existentes.

TÍTULO III

DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA MUNICIPAL

CAPITULO I

DO PLANEJAMENTO MUNICIPAL

Artigo 96 – O Município deverá organizar a sua administração, exercer suas atividades e


promover sua política de desenvolvimento urbano dentro de um processo de planejamento
permanente, atendendo aos objetivos e diretrizes estabelecidos no Plano Diretor e mediante
adequado sistema de planejamento.

§ 1º - O Plano é o instrumento organizador e básico dos processos de transformação do espaço


urbano e de sua estrutura territorial, servindo para todos os agentes públicos e privados que
atuam na cidade.

§ 2º - Será assegurada plena participação ativa, a cooperação, sem qualquer remuneração, de


associação representativa, legalmente organizada, no planejamento municipal.
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§ 3º - A delimitação da zona urbana será definida por lei observando o estabelecimento de
diretrizes no Plano Diretor.

§ 4º - O planejamento das atividades do Governo Municipal obedecerá às diretrizes deste


capítulo e será feito por meio de elaboração e manutenção atualizada, entre outros, dos
seguintes instrumentos:-
I – Plano Diretor;
II – Plano de Governo;
III – Lei de Diretrizes Orçamentárias;
IV – Orçamento Anual;
V – Plano Plurianual;

§ 5º - Os instrumentos de planejamento municipal mencionados no parágrafo anterior


obedecerão às leis e regulamentos próprios federais e estaduais e deverão incorporar as
propostas constantes dos planos e dos programas setoriais do Município, dada as suas
implicações para o desenvolvimento local.

CAPITULO II

DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

Artigo 97 – A Administração Municipal é constituída de unidades integradas na estrutura


administrativa da Prefeitura;

§ 1º - As unidades da Administração Direta que compõem a estrutura administrativa da


Prefeitura e se organizam e se coordenam atendendo aos princípios técnicos recomendáveis ao
bom desempenho de suas atribuições, de conformidade com lei específica.

§ 2º - O Município de Getulina poderá criar entidades de personalidade jurídica própria que


comporão a administração indireta e se classificam em:-
I – Autarquia;
II – Empresa Pública;
III – Sociedade de Economia Mista;
IV – Fundação Pública;
§ 3º - A entidade que trata o Inciso IV do §2º adquire personalidade jurídica com a inscrição da
escritura pública de sua constituição no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, não se lhe
aplicando as demais disposições do Código Civil concernentes as Fundações.

§ 4º - As empresas relacionadas neste artigo dependem de autorização legislativa para sua


criação, transformação, fusão, cisão, incorporação, privatização ou extinção.

CAPITULO III

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DOS ATOS MUNICIPAIS

SEÇÃO I

DA PUBLICIDADE DOS ATOS MUNICIPAIS

Artigo 98 – A publicação das leis e atos municipais far-se-á em órgãos da imprensa local, por
fixação na sede da Prefeitura e da Câmara Municipal, conforme cada caso.

§ 1º - A escolha do órgão de imprensa para a divulgação das leis e atos administrativos far-se-á
através de licitação, onde se levarão em conta não as condições de preço, mas circunstâncias de
freqüência, horário, tiragem e circulação.

§ 2º - nenhum ato produzirá efeito antes de sua publicação.

§ 3º - a publicação dos atos não normativos, pela imprensa poderá ser resumida.

Artigo 99 – O prefeito fará publicar:-


I – Diariamente, por edital, o movimento de caixa, do dia anterior, por fixação na sede da
Prefeitura;
II – Mensalmente, na sede da Prefeitura e na Imprensa, o balancete resumido da receita e da
despesa, além da descrição pormenorizada de cada um dos tributos arrecadados, das
transferências e recursos outros recebidos do Estado e da União, bem como do valor dos
rendimentos da aplicação financeira.
III – Até trinta (30) dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução
orçamentária, o qual também deverá ser encaminhado a Câmara Municipal;
IV – Anualmente até 15 de abril, pelo Órgão Oficial do Estado, as contas do Município,
constituídas do balanço financeiro, do balanço patrimonial, do balanço orçamentário e
demonstração da variação patrimonial em forma sintética.

Parágrafo Único – A Câmara Municipal também fará as publicações previstas neste artigo, no
que lhe competir, cumprindo os mesmos prazos do Executivo.

Artigo 100 – Os atos normativos da Administração Pública deverão ser arquivados no Cartório
do Registro Civil da Sede do Município de Getulina.

SEÇÃO II

DOS LIVROS

Artigo 101 – O Município manterá os livros que forem necessários ao registro de seus atos, os
quais poderão ser substituídos por fichas ou outros sistemas, e, sem prejuízos de outros, deverá
obrigatoriamente ter os seguintes:-
I – termo de compromisso e posse;
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II – declaração de bens;
III – atas das sessões da Câmara;
IV – registro de leis, decretos, resoluções, regulamentos, instruções e portarias;
V – cópia de correspondência oficial;
VII – licitações e contratos de obras e serviços;
VIII – contratos de servidores;
IX – contratos em geral;
X – contabilidade e finanças;
XI – tombamento de bens móveis e imóveis;
XII – concessão e permissões de bens imóveis e serviços;
XIII – registro de loteamento aprovados;
XIV – Registro de Dívida Ativa
XV – Outros necessários ao funcionamento, embora aqui não relacionados.

Parágrafo Único – Os livros, fichas ou outros sistemas serão abertos, rubricados, autenticados, e
encerrados pelo Prefeito ou pelo Presidente da Câmara, conforme o caso.

SEÇÃO III

DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Artigo 102 – Os atos administrativos de competência da Prefeitura devem ser expedidos com
obediência das seguintes normas:-
I – Decreto, numerados em ordem cronológica, nos seguintes casos:-
a) – regulamentação de lei;
b) – instituição, modificação ou extinção de atribuição não constantes de lei;
c) – regulamentação interna dos órgãos que foram criados na administração municipal,
autorizados por lei;
d) – aberturas de créditos especiais e suplementares, desde que, e até o limite, autorizado por
lei, assim como de crédito extraordinário;
e) – declaração de utilidade pública ou necessidade social para fins de desapropriação ou
servidão administrativa;
f) – aprovação de regulamento ou de regimento das entidades que compõem a Administração
Pública;
g) – permissão de uso de bens municipais, autorizadas por lei;
h) – medidas executórias do Plano de Desenvolvimento Integrado;
i) – normas e efeito externo, não privativos de lei;
j) fixação e alteração de preços públicos;
k) – criação ou extinção de gratificações, quando autorizadas em lei;
l) – permissão para exploração de serviços públicos, autorizados por lei;
m) – aprovação de planos de trabalho dos órgãos da Administração Direta.

II – Portaria, nos seguintes casos:-


a) – provimento e vacância dos cargos públicos e demais atos de efeitos individuais;
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b) – lotação e relotação nos quadros de pessoal;
c) – abertura de sindicância e processos administrativos, aplicação de penalidades e demais
atos individuais de efeitos externos;
d) – criação de comissões e designações de seus membros;
e) – instituição e dissolução de grupos de trabalhos;
f) – autorização para contratação de servidores por prazo determinado e dispensa;
g) – outros atos que, por sua natureza e finalidade não sejam objetos de lei ou decreto;

III – Contratos, nos seguintes casos:-


a) – admissão de servidores para serviços de caráter temporário, especializados, nos termos do
artigo 81, IX desta Lei Orgânica;
b) – execução de obras e serviços municipais nos termos da Lei;

Parágrafo Único – Qualquer cidadão será parte legítima pleitear a declaração de nulidade ou
anulação de atos lesivos ao patrimônio público municipal.

SEÇÃO IV

DAS PROIBIÇÕES

Artigo 103 – O Prefeito, o Vice-Prefeito e os vereadores, bem como os servidores municipais


ligados a qualquer deles, por matrimônio ou parentesco, afim ou consangüíneo, até o segundo
grau, ou por adoção, não poderão contratar com o Município, subsistindo a proibição até seis
(06) meses, após findas as respectivas funções.

Parágrafo Único - Não se incluem nessa proibição os contratos cujas cláusulas sejam uniformes
para todos interessados;

Artigo 104 – a pessoa jurídica em débito com o sistema de seguridade social, como estabelecido
em Lei Federal, não poderá contratar com o Poder Público Municipal, nem dele receber
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.

SEÇÃO V

DAS CERTIDÕES

Artigo 105 – A Prefeitura e a Câmara Municipal são obrigadas a fornecer a qualquer


interessado, no prazo de quinze (15) dias, certidões dos atos, contratos, decisões e informações
sobre assuntos da Administração Pública, desde que requeridas para fim de direito determinado,
sob pena de responsabilidade da autoridade ou do servidor que negar ou retardar a expedição.
No mesmo prazo deverão atender as requisições judiciais, se outro prazo não for estipulado pelo
Juiz.

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Parágrafo Único – As certidões relativas ao Poder Executivo serão fornecidas pela unidade
competente, exceto as declaratórias de efetivo exercício que serão fornecidas pelo Presidente da
Câmara.

CAPÍTULO IV

DOS BENS MUNICIPAIS

Artigo 106 – Constituem bens municipais todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações
que, a qualquer título, pertençam ao Município.

Parágrafo Único – O Município não poderá dar nomes de pessoas vivas a bens e serviços
públicos do Município e somente um (01) ano após o falecimento poderá ser homenageada
qualquer pessoa, salvo personalidades marcantes que tenham desempenhado altas funções
administrativas no Município, Estado e na União.

Artigo 107 – Cabe ao Prefeito a Administração dos bens municipais, respeitada a competência
da Câmara Municipal quando utilizados em seus serviços.

Artigo 108 – Todos os bens municipais deverão ser cadastrados, com a identificação respectiva,
numerando-se os móveis segundo o que for estabelecido em regulamento, os quais ficarão sob a
responsabilidade de quem a mesma for atribuída.

Artigo 109 – Os bens do Município deverão ser classificados:-


I – pela sua natureza;
II – em relação a cada serviço.

Parágrafo Único – Deverá ser feita, anualmente, a conferência da escrituração patrimonial com
os bens existentes, e na prestação de contas de cada exercício será incluído o inventário de todos
os bens do Município.

Artigo 110 – A alienação dos bens municipais, mesmo por permuta, tanto de móveis, imóveis,
direitos e ações, sempre subordinada a existência de interesse público devidamente justificado,
será sempre precedida de avaliação, autorização legislativa e licitação pública, dispensada essa
última em caso de ações, observando-se ainda:
I – em caso de doação deverá constar da lei e da escritura pública, quando for o caso de
necessidade de sua lavratura, os encargos do donatário, o prazo de seu cumprimento e a cláusula
de retrocessão, sob pena de nulidade do ato;
II – a doação de móveis dependerá de lei e só será permitida para entidades de fins assistenciais
ou quando houver interesse público relevante, devidamente justificado pelo Executivo;
III – quando ações, sua venda será sempre efetuada em Bolsas de Valores, mediante autorização
legislativa.

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Artigo 111 – O Município preferencialmente a venda ou doação, de seus bens, outorgará
concessão real de uso, mediante prévia autorização e licitação.

§ 1º - A licitação será dispensada, por lei, quando o uso se destinar a concessionária de serviço
público, a entidades assistenciais, ou quando houver relevante interesse público, devidamente
justificado.

§ 2º - A venda aos proprietários de imóveis lindeiros de áreas urbanas remanescentes e


inaproveitáveis para edificações, resultantes de obras públicas, dependerá apenas de prévia
avaliação e autorização legislativa, dispensada a licitação. As áreas resultantes de modificação
de alinhamento serão alienadas nas mesmas condições, quer sejam aproveitáveis ou não.

Artigo 112 – A aquisição de bens, por compra ou permuta, dependerá de prévia avaliação e
autorização legislativa.

Artigo 113 – É proibida a doação, venda ou concessão de uso permanente de qualquer fração de
parques, praças, jardins ou largos públicos, salvo pequenos espaços destinados a venda de
jornais revistas ou refrigerantes.

Parágrafo Único - Tanto no caso de uso permanente como de uso temporário será cobrada taxa
de cessão.

Artigo 114 – O uso de bens municipais, por terceiros, só poderá ser feito mediante concessão ou
permissão a título precário e por tempo determinado, conforme o interesse público exigir,
mediante autorização legislativa.

§ 1º – A concessão de uso dos bens públicos de uso especial e dominiais dependerá de lei e
licitação e será feita mediante contrato, sob pena de nulidade do ato.

§ 2º - A concessão administrativa de bens públicos de uso comum somente poderá ser


outorgada para finalidade escolares, de assistência social ou turística, mediante autorização
legislativa.

§ 3º - A permissão de uso, que poderá incidir sobre qualquer bem público será feita, a título
precário, por ato unilateral do prefeito, através de decreto.

§ 4º - A autorização, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita por portaria, para
atividades ou usos específicos e transitórios, pelo prazo máximo de noventa (90) dias, salvo
quando para o fim de formar canteiro de obra pública, caso em que o prazo correspondente será
o da duração da obra.

Artigo 115 – Poderão ser cedidos a particulares, para serviços transitórios, máquinas, veículos e
operadores da Prefeitura, desde que não haja prejuízo para mesma ou para o trabalho do
Município, devendo o interessado recolher aos cofres municipais, previamente, a remuneração
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arbitrada, composta de horas-máquina e salário do servidor e além disso assinar termo de
compromisso e responsabilidade pela conservação e devolução dos bens cedidos no estado em
que os haja recebido.

Parágrafo Único – Os beneficiários dos serviços e máquinas mencionados neste artigo deverão
ainda pagar aos cofres municipais os danos sofridos pelas máquinas que utilizarem, incluindo-se
nessa indenização o preço das peças danificadas e os serviços de mão-de-obra, podendo essa
dívida ser inscrita da Dívida Ativa para cobrança.

Artigo 116 – A utilização e a administração de bens públicos de uso especial, como mercados,
matadouros, estações, recintos de espetáculos, clubes, campos de esportes e outros serão feitas
na forma da lei e regulamentos específicos.

CAPÍTULO V

DAS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS

Artigo 117 – Nenhum empreendimento de obras e serviços do Município poderá ter início sem
prévia elaboração do plano respectivo, no qual, obrigatoriamente, conste:-
I – a viabilidade do empreendimento, sua conveniência e oportunidade para o interesse comum.
II – o projeto e os pormenores para sua execução.
III – os recursos para o atendimento das respectivas despesas.
IV – os prazos para seu início e conclusão, acompanhados das respectivas justificações.

§ 1º - Nenhuma obra, serviço ou melhoramento, salvo caso de extrema urgência, será executada
sem prévio orçamento de seu custo;

§ 2º - As obras públicas poderão ser executadas pela Prefeitura, as suas expensas e por terceiros,
mediante licitação.

Artigo 118 – É de responsabilidade do Município, mediante licitação e de conformidade com o


interesse e necessidade da população, prestar serviços públicos, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, bem como realizar obras públicas, podendo contratá-las com
particulares através de processos licitatórios;

Artigo 119 – A permissão de serviço público municipal ou de utilidade pública, sempre a título
precário, será outorgada, após edital de chamamento de interessados para escolha do melhor
pretendente e a concessão será feita mediante contrato, precedido de licitação pública,
dependendo tanto a permissão como a concessão de autorização legislativa.

§ 1º - Serão nulas de pleno direito as permissões, as concessões, bem como quaisquer outros
ajustes feitos em desacordo com o estipulado neste artigo.

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§ 2º - Os serviços permitidos ou concedidos ficarão sempre sujeitos a regulamentação e
fiscalização do Município, incumbindo, aos que os executem, sua permanente atualização e
adequação as necessidades dos usuários.

§ 3º - O Município poderá retomar, sem indenização, os serviços permitidos ou concedidos,


desde que executados em desconformidade com o ato ou contrato, bem como aqueles que se
revelarem insuficientes para o atendimento dos usuários.

§ 4º - As licitações para a concessão de serviços públicos deverão ser precedidas de ampla


publicidade, em jornais e rádios onde houverem, inclusive em órgãos de divulgação da Capital
do Estado, mediante edital ou comunicado resumido, dependendo do caso.

Artigo 120 – As tarifas dos serviços públicos ou de utilidade pública deverão ser fixadas pelo
Executivo, tendo em vista a justa remuneração.

Artigo 121 – Nos serviços, obras, concessões, permissões, compras, alienações será adotado o
processo de licitação, ressalvados os casos especificados na legislação, tudo nos termos da lei
que regula a matéria, assegurando igualdade de condições a todos os concorrentes, com
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamentos, mantidas as condições efetivas das
propostas, nos termos da lei, a qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e
econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

Artigo 122 – O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum, mediante
convênio com o Estado, União ou entidades particulares, bem assim, através de consórcio, com
outros Municípios tudo mediante autorização legislativa.

Artigo123 – A lei específica disporá sobre:-


I – O regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviço público ou de utilidade
pública, o caráter especial de seu contrato, de sua prorrogação e as condições de caducidade,
fiscalização e rescisão de concessão ou permissão.
II – os direitos dos usuários, inclusive as hipóteses de gratuidade;
III – política tarifária, observado o artigo 120 desta Lei Orgânica;
IV – a obrigação de manter o serviço adequado;
V – as reclamações relativas à prestação de serviços públicos ou de utilidade pública.
VI – as regras para remuneração do capital e para garantir o equilíbrio econômico e financeiro
do contrato.
VII – as normas que possam comprovar a eficiência no atendimento do interesse público, bem
como permitir a fiscalização pelo Município, de modo a manter o serviço contínuo, adequado e
acessível.
VIII – as regras para orientar a revisão periódica das bases de cálculo dos custos operacionais e
da remuneração do capital, ainda que estipuladas em contrato anterior;
IX – a remuneração dos serviços prestados aos usuários diretos, assim como a possibilidade de
cobertura dos custos por cobrança a outros agentes beneficiados pela existência dos serviços;

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Artigo 124 – Na concessão ou permissão de serviços públicos o Município reprimirá qualquer
forma de abuso de poder econômico e principalmente as que visem à dominação do mercado, a
exploração monopolística e ao aumento abusivo de lucros.

Artigo 125 – Os usuários estarão representados nas entidades prestadoras de serviços públicos
na forma que dispuser a lei municipal assegurando-se sua participação em decisões relativas à:-
I – planos e programas de expansão de serviços;
II – a revisão de base de cálculos dos custos operacionais;
III – política tarifária;
IV – nível de atendimento da população em termos de quantidade e qualidade;
V – mecanismos para atender pedidos e reclamações dos usuários, inclusive para apuração de
danos causados a terceiros;

Parágrafo Único – Em se tratando de empresas concessionárias ou permissionárias de serviços


públicos, a obrigatoriedade mencionada neste artigo deverá constar do contrato de concessão ou
permissão.

Artigo 126 – As entidades prestadoras de serviços públicos são obrigadas nos meses de janeiro
e julho de cada ano, a dar ampla divulgação de suas atividades, informando, em especial, sobre
planos de expansão, aplicação de recursos financeiros e a realização de programas de trabalho.

Artigo 127 – O Município poderá revogar a concessão ou permissão dos serviços que forem
executados em desconformidade com o contrato ou ato atinente, bem como daqueles que se
revelarem insatisfatórios para o atendimento dos usuários.

Artigo 128 – As tarifas dos serviços públicos prestados diretamente pelo Município serão
exclusivamente fixadas pelo Prefeito, cabendo a Câmara Municipal definir os serviços que
serão remunerados pelo custo, acima ou abaixo do custo, tendo em vista seu interesse
econômico e social.

Parágrafo Único – Na formação do custo dos serviços de natureza industrial computar-se-ão,


além das despesas operacionais e administrativas, as reservas para depreciação e reposição dos
equipamentos e instalações, bem como previsão para expansão dos serviços.

Artigo 129 – Quanto a obras e serviços públicos o Município:-


I - Deverá observar as normas gerais da licitação e contratação editadas pela União e as
específicas constantes de lei estadual;
II – Não poderá contratar empresas que desatendam as normas relativas à saúde e a segurança
no trabalho.
III - na execução dos projetos de obras e desenvolvimento de serviços públicos deverão ser
atendidas as exigências de proteção do patrimônio histórico-cultural e do meio-ambiente.
IV – Os serviços públicos permitidos ou concedidos se prestados por particulares não serão
subsidiados pelo Município.

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CAPÍTULO VI

DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA E FINANCEIRA

SEÇÃO I

DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS

Artigo 130 – São tributos municipais os impostos, taxas e as contribuições de melhoria,


decorrentes de obras públicas instituídos por lei municipal, atendidos os princípios
estabelecidos na Constituição Federal e nas normas gerais de direito tributário.

Artigo 131 – São de competência do Município os impostos sobre:-


I – propriedade predial e territorial urbana, que poderá ser progressivo nos termos da lei, de
forma a assegurar o cumprimento da função social da propriedade, com lei municipal própria.
II - transmissão “inter-vivos” sobre bens imóveis, com lei municipal própria.
III – vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel, com legislação
municipal própria;
IV – serviços de qualquer natureza, não compreendidos na competência do Estado, definidos
em lei complementar prevista no artigo 146 da Constituição Federal.

Parágrafo Único - A lei determinará medidas para que os contribuintes sejam esclarecidos sobre
os impostos previstos nos Incisos II e IV.

Artigo 132 – As taxas só poderão ser instituídas por lei, em razão do exercício do Poder de
Polícia ou pela utilização efetiva ou potencial dos serviços públicos, específicos e divisíveis,
prestados ao contribuinte ou posto a disposição pelo Município.

Artigo 133 – A contribuição de melhoria deverá ser cobrada dos proprietários de imóveis
valorizados por obras públicas municipais, tendo como limite total a despesa realizada e como
limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

Artigo 134 – Sempre que possível os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo
a capacidade econômica do contribuinte, facultado a Administração Municipal, especialmente
para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos
termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

Parágrafo Único – as taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

Artigo 135 - O Município poderá instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para
custeio, em benefício destes, de sistema de previdência e assistência social.

Artigo 136 – Qualquer anistia ou remissão que envolva matéria tributária só poderá ser
concedida mediante lei específica.
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Artigo 137 – É vedada à cobrança de taxas:-
I – pelo exercício de direito de petição a administração pública em defesa de direitos ou contra
ilegalidade ou abuso de poder.
II – para obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e
esclarecimentos de interesse pessoal.

Artigo 138 – A Administração Tributária e Financeira é atividade vinculada, essencialmente ao


Município e deverá estar dotada de recursos e materiais necessários ao fiel exercício de suas
atribuições, principalmente no que se refere a :-
I – cadastramento dos contribuintes e das atividades econômicas.
II – lançamento dos tributos.
III – fiscalização do cumprimento das obrigações tributárias.
IV – inscrições dos inadimplentes em dívida ativa e respectiva cobrança amigável ou
encaminhamento para cobrança judicial.

Artigo 139 – O Prefeito promoverá, periodicamente, a atualização da base de cálculos dos


tributos municipais e também resolverá sobre os recursos interpostos sobre tributos municipais.

Parágrafo Único – Lei Municipal estabelecerá condições para a base de cálculo e reajuste
anuais, sempre antes do término do exercício, do imposto sobre propriedade predial e territorial
urbana, bem como atualização e reajustes do imposto municipal sobre prestação de serviços,
taxas oriundas do Poder de Polícia e outros, que poderão ser mensal.

Artigo 140 – A atualização da base de cálculo de serviços levará em consideração a variação de


custos dos serviços prestados ao contribuinte ou colocados a sua disposição, observados os
seguintes critérios:-
I – quando a variação de custos for inferior ou igual aos índices oficiais de atualização
monetária, poderá ser realizada mensalmente;
II – quando a variação de custos for superior aqueles índices, a atualização poderá ser feita
mensalmente até esse limite ficando o percentual restante para ser atualizado por meio de lei
que deverá estar em vigor antes do início do exercício subseqüente.

Artigo 141 – A concessão de isenção, anistia ou moratória não gera direito adquirido e será
revogado de ofício sempre que se apure que o beneficiário não satisfazia ou deixou de satisfazer
as condições, não cumpria ou deixou de cumprir os requisitos para sua concessão.

Artigo 142 – É de responsabilidade do órgão competente da Prefeitura Municipal a inscrição em


dívida ativa dos créditos provenientes de impostos, taxas, contribuições de melhoria e multas de
qualquer natureza, decorrentes de infrações a legislação tributária com prazo de pagamento
fixado pela legislação ou por decisão proferida em processo regular de fiscalização.

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Artigo 143 - Ocorrendo a decadência do direito de constituir o crédito tributário ou a prescrição
da ação de cobrá-lo, abrir-se-á inquérito administrativo para apurar as responsabilidades na
forma da lei.

Parágrafo Único – O servidor municipal, qualquer que seja seu cargo, emprego ou função, e
independentemente do vínculo que possuir com o Município responderá civil, administrativa e
criminalmente pela decadência e prescrição ocorrida sob sua responsabilidade, cumprindo-lhe
indenizar o Município do crédito prescrito ou não lançado.

SEÇÃO II

DA RECEITA E DA DESPESA

Artigo 144 – A receita municipal constituir-se-á da arrecadação dos tributos municipais, preço
públicos, da participação em tributos da União e dos Estados, dos recursos provenientes do
Fundo de Participação dos Municípios, convênios, da utilização de seus bens, serviços,
atividades e de outros ingressos.

Artigo 145 – Pertencem ao Município, além de outras parcelas de impostos aqui não
relacionados mas devidos pelo Estado e pela União discriminados nas Constituições Federal e
Estadual e Legislação Específica:-
I – O produto de arrecadação de impostos da União sobre rendas e proventos de qualquer
natureza, incidentes na fonte sobre rendimentos pagos a qualquer título pelo Município.
II – Parcela autorizada por lei federal do produto da arrecadação do imposto da União sobre a
propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis situados no Município.
III – Parcela autorizada por lei própria do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a
propriedade de veículos automotores licenciados no território do Município.
IV – Parcela autorizada por lei própria do produto da arrecadação do Imposto do Estado sobre
operações relativas a circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transportes
interestadual e intermunicipal e de comunicação.

Artigo 146 – A fixação de preços públicos, devidos pela utilização de bens, serviços e
atividades municipais, será feita pelo Prefeito mediante edição de decreto, observadas as
normas de direito financeiro e as leis atinentes a matéria.

Parágrafo Único – As tarifas do serviço público ou de utilidade pública deverão cobrir seus
custos, sendo reajustáveis quando se tornarem deficitárias ou excedentes.

Artigo 147 – Nenhum contribuinte será obrigado ao pagamento de qualquer tributo lançado pela
Prefeitura sem prévia notificação.

§ 1º - considera-se notificação a entrega do aviso de lançamento no domicílio fiscal do


contribuinte nos termos da legislação federal pertinentes.

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§ 2º - do lançamento do tributo cabe recurso ao Prefeito Municipal, assegurado para sua
interposição o prazo de quinze (15) dias, contados da notificação.

Artigo 148 – O numerário correspondente às dotações orçamentárias do Legislativo


compreendidos os créditos suplementares e especiais, sem vinculação a qualquer tipo de
despesa, será entregue em duodécimos, até o dia 20 de cada mês, em cotas estabelecidas na
programação financeira, com participação porcentual nunca inferior a estabelecida pelo
Executivo para seus próprios órgãos.

Artigo 149 – A despesa pública atenderá aos princípios estabelecidos na Constituição Federal e
as normas de direito financeiro.

Artigo 150 – nenhuma despesa será ordenada ou satisfeita sem que exista recurso disponível e
crédito votado pela Câmara, salvo a que correr por conta de crédito extraordinário.

Artigo 151 – Nenhuma lei que crie ou aumente despesa será executada sem que dela conste a
indicação do recurso para atendimento do correspondente encargo.

Artigo 152 - As disponibilidades de caixa do Município serão depositadas em instituições


financeiras oficiais e aplicadas no mercado financeiro, salvo os casos em lei previstos.

Artigo 153 – O Município divulgará, até o último dia do mês subseqüente ao da arrecadação, os
montantes de cada um dos tributos arrecadados, dos recursos recebidos, os valores de origem
tributária entregues e a entregar e a expressão numérica dos critérios de rateio.

Artigo 154 – Aplicam-se a Administração Tributária e Financeira do Município o disposto nos


artigos 34, § 1º, § 2º. I, II e III; §§ 3º, 4º, 5º, 6º e 7º e artigo 41, §§ 1º e 2º do Ato da Disposições
Transitórias da Constituição Federal.

SEÇÃO III

DO ORÇAMENTO

Artigo 155 – Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:-


I – Plano Plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.

§1º - A lei que institui o plano plurianual estabelecerá de forma setorizada as diretrizes,
objetivos e metas da Administração para as despesas de capital e outras delas decorrentes, bem
como as relativas aos programas de duração continuada.

§2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da Administração,


incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração
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da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária, autorização para
concessão de qualquer vantagem ou aumento da remuneração, criação de cargos ou alteração de
estrutura de carreiras, bem como a demissão de pessoal a qualquer título, pela Administração
Pública.

Artigo 156 – A elaboração e a execução de lei orçamentária anual e plurianual de investimentos


obedecerá às regras estabelecidas na Constituição Federal, na Constituição Estadual, nas normas
de direito financeiro e nos preceitos desta Lei Orgânica.

Parágrafo Único – O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativos dos


efeitos decorrentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza
financeira, tributária e creditícia.

Artigo 157 – Os projetos de leis relativos ao plano plurianual, ao orçamento anual e os créditos
adicionais serão apreciados pela Câmara Municipal, com parecer da comissão de Finanças e
Orçamento a qual caberá:-
I – Examinar e emitir parecer sobre os projetos de plano plurianual, diretrizes orçamentárias e
orçamentos anual, programas e contas do Município apresentadas anualmente pelo Prefeito
Municipal.
II – Examinar e emitir parecer sobre os planos e programas municipais, acompanhar e fiscalizar
a operações resultantes ou não da execução orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais
comissões da Câmara Municipal;

§1º - As emendas apresentadas na Comissão, que sobre as mesmas emitirá parecer, serão
apreciadas pelo Plenário da Câmara na forma regimental.

§2º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual, projeto que o modifiquem somente
podem ser aprovados caso:-
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de
despesas, excluídas as que incidam sobre:-
a) – dotações para o pessoal e seus encargos;
b) – serviço de dívida ou

III - sejam relacionados:-


a) – com a correção de erros ou omissões ou
b) – com os dispositivos do texto do projeto de lei.

§3º- Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição de projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante
créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

§4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias somente poderão ser aprovadas
quanto compatíveis com o plano plurianual.

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Artigo 158 – A lei orçamentária anual compreenderá:-
I – O orçamento fiscal referente aos poderes do Município.
II – O orçamento da seguridade social, quando existir.

Artigo 159 – Quando ao orçamento observar-se-á:-


I – O Prefeito enviará à Câmara, no prazo consignado na lei complementar federal, a proposta
de orçamento anual do Município para o exercício seguinte, bem como o plano plurianual e de
diretrizes orçamentárias correspondentes.
II – Os projetos de leis do plano plurianual, de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual
serão enviados pelo Prefeito, nos termos de lei municipal ou outra que regule a matéria,
enquanto não viger a lei complementar de que trata o § 9º do artigo 165 da Constituição
Federal.
III – O não cumprimento do disposto no Inciso I deste artigo da Lei Orgânica implicará na
elaboração pela Câmara, independentemente do envio da proposta, da competente Lei de Meios,
tomando por base a lei orçamentária em vigor;
IV – O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara, para propor a modificação do projeto de lei
orçamentária, enquanto não iniciada a votação da parte que desejar alterar.
V – A Câmara não enviando no prazo consignado na lei complementar federal, o projeto de lei
orçamentária à sanção, será promulgado como lei, pelo Prefeito, o projeto originário do
Executivo.
VI – Rejeitado pela Câmara o projeto de lei orçamentária anual, prevalecerá, para o ano
seguinte, o orçamento do exercício em curso, aplicando-se atualização dos valores.
VII – Aplicam-se ao projeto de lei orçamentária, no que não contrariar o disposto nesta Seção,
as regras do processo legislativo ordinário.
VIII – O orçamento será uno, incorporando-se obrigatoriamente, na receita, todos os tributos,
renda e fundos e incluindo-se, discriminadamente, nas despesas, as dotações necessárias ao
custeio de todos os serviços municipais.

Artigo 160 – O orçamento não conterá dispositivo estranho à previsão de receita, nem a fixação
de despesa anteriormente autorizada, não se incluindo nessa proibição:-
I – a autorização para abertura de créditos suplementares.
II – contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

Artigo 161 – São vedados:-


I – o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual.
II – a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos
orçamentários ou adicionais.
III – a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa
aprovadas pela Câmara por maioria absoluta;
IV – a vinculação de receita de impostos a órgãos, fundos ou despesa, ressalvadas a repartição
do produto de arrecadação dos impostos a que se referem os artigos 158 e 159 da Constituição
Federal, a destinação de recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino, como o

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determinado pelo artigo 212 da Constituição Federal e a apresentação de garantias às operações
de crédito por antecipação da receita, previstos no artigo 160, II desta Lei Orgânica.
V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem
indicações dos recursos correspondentes.
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa.
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados.
VIII – a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscais e
da seguridade social, se esta existir, para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresa e
fundos.
IX – a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.

§1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser
iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual de investimentos, ou sem lei que autorize a
inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

§2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que


forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro (4) meses
daquele exercício financeiro, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos serão
incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente

§3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de calamidade pública.

Artigo 162 – A despesa com o pessoal ativo e inativo do Município não poderá exceder os
limites estabelecidos em lei complementar.

Parágrafo Único – A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de


cargos ou alteração de estrutura de carreira, bem como a admissão de pessoal, a qualquer título,
pela Administração Pública, só poderão ser feitas se houver prévia dotação orçamentária
suficiente para atender as projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos decorrentes dela.

Artigo 163 – O Município para execução de projetos, programas, obras, serviços ou despesas
cuja execução se prolongue além de um exercício financeiro, deverá elaborar orçamentos
plurianuais de investimentos.

Parágrafo Único – As dotações anuais dos orçamentos plurianuais deverão ser incluídas no
orçamento de cada exercício, para utilização do respectivo crédito.

SEÇÃO IV

DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

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Artigo 164 – A execução do orçamento do Município se refletirá na obtenção de suas receitas
próprias, transferidas e outras, bem como na utilização das dotações consignadas às despesas
para a execução dos programas nele determinados, observando sempre o princípio do equilíbrio.

§1º - Na efetivação dos empenhos sobre as dotações fixadas para cada despesa será emitido o
documento “NOTA DE EMPENHO” que conterá as características já determinadas nas normas
gerais do Direito Financeiro.

§2º - Fica dispensada a emissão de notas de empenho nos seguintes casos, quando ela e os
procedimentos de contabilidade terão a base legal dos próprios documentos que originarem o
empenho:-
I – despesas relativas ao pessoal e seus encargos;
II – contribuições para o PASEP;
III – amortização, juros e serviços de empréstimos e financiamentos obtidos;
IV – despesas relativas a consumo de água, energia elétrica, utilização de serviços telefônicos,
postais e telegráficos e outros que vierem a ser definidos por atos normativos próprios.

Artigo 165 – As alterações orçamentárias durante o exercício se representarão:-


I – Pelos créditos adicionais, suplementares, especiais e extraordinários;
II – pelos remanejamentos, transferências, e transposições de recursos de uma categoria de
programação para outra;

Parágrafo Único – o remanejamento, a transferência e a transposição somente se realizarão


quando autorizados em lei específica que contenha a justificativa.

SEÇÃO V

DA GESTÃO DA TESOURARIA

Artigo 166 – As receitas e as despesas orçamentárias serão movimentadas através de caixa


única, regularmente constituída.

Parágrafo Único – A Câmara Municipal poderá ter sua própria tesouraria, por onde
movimentará os recursos que lhes forem liberados.

Artigo 167 – A arrecadação das receitas próprias do Município poderá ser feita através de rede
bancária pública e privada, mediante convênios.

Artigo 168 – Poderá ser instituído regime de adiantamento, tanto ao Poder Executivo como a
Câmara Municipal para ocorrer as despesas miúdas de pronto pagamento, definidas em lei.

SEÇÃO VI

DA ORGANIZAÇÃO CONTÁBIL

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Artigo 169 – A contabilidade do Município obedecerá, na organização de seu sistema
administrativo e informativo e nos seus procedimentos, aos princípios fundamentais de
contabilidade e as normas na legislação pertinente.

Parágrafo Único – A Câmara Municipal poderá Ter sua própria contabilidade, devendo ela
encaminhar suas demonstrações até o dia vinte (20) de cada mês, para fins de incorporação a
contabilidade central da Prefeitura.

TÍTULO IV

DA ORDEM SOCIAL E ECONÔMICA

CAPITULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 170 – O Município dentro da sua competência, organizará a ordem social e econômica,
conciliando a liberdade de iniciativa, com os superiores interesses da coletividade, observando-
se que:-
I – A intervenção do Município, no domínio econômico, terá por objetivo estimular e orientar a
produção, defender os interesses do povo e promover a justiça e a solidariedade social.
II – O Município considerará o capital não apenas como instrumento produtor de lucro, mas
também como meio de expansão econômica e de bem estar coletivo.
III – O Município assistirá os trabalhadores rurais e suas organizações legais, procurando
proporcionar-lhes, entre outros benefícios, meio de produção, de trabalho, condições de
obtenção de crédito fácil, preço justo, frente de trabalho em caso de calamidade pública, saúde,
bem estar social e formação de cooperativas as quais serão isentas de impostos municipais.
IV – O Município manterá órgãos especializados, incumbidos de exercerem ampla fiscalização
dos serviços públicos por ele concedidos e da revisão de suas tarifas, compreendendo a
fiscalização o exame contábil e as perícias necessárias à apuração das inversões de capital e dos
lucros auferidos pelas empresas concessionárias e permissionárias.
V – O Município dispensará a microempresa e a empresa de pequeno porte, assim definidas em
lei federal, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas
obrigações administrativas, tributárias ou pela eliminação ou redução destas, por meio de leis.

Parágrafo Único – Tanto o Prefeito como a Câmara Municipal poderão apresentar projetos de
leis que visem incentivar a instalação de empresas de qualquer porte em Getulina, protegendo-
as na forma especificada em leis próprias.

CAPÍTULO II

DAS POLÍTICAS MUNICIPAIS

SEÇÃO I
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POLÍTICA ECONÔMICA

Artigo 171 – O Município promoverá seu desenvolvimento econômico, agindo de modo que as
atividades econômicas realizadas em seu território contribuam para elevar o nível de vida e o
bem-estar da população local, como para valorizar o trabalho humano.

§1º - Para a consecução desses objetivos o Município atuará de forma exclusiva ou em


articulação com a União, Estado ou outro Município.

§2º - Na promoção do desenvolvimento econômico, o Município agirá, sem prejuízo de outras


iniciativas, no sentido de:-
I – fomentar a livre iniciativa;
II – privilegiar a geração de empregos;
III – utilizar tecnologia de uso intensivo de mão de obra;
IV – racionalizar a utilização de recursos naturais;
V – proteger o meio ambiente;
VI – proteger os direitos dos usuários dos serviços públicos e dos consumidores;
VII – dar tratamento diferenciado à pequena produção artesanal ou mercantil, às microempresas
e as pequenas empresas locais, considerando sua contribuição para a democratização de
oportunidades econômicas, inclusive para os grupos sociais mais carentes.
VIII – estimular o associativismo, o cooperativismo e as microempresas.
IX – eliminar entraves burocráticos que possam limitar o exercício da atividade econômica.
X – desenvolver ação direta ou reivindicativa junto a outras esferas de governo, de modo a que
sejam entre outros, efetivados:-
a) – assistência técnica;
b) – crédito especializado e subsidiado;
c) – estímulos fiscais e financeiros;
d) – serviços de suporte informativo e de mercado.

§3º - É de responsabilidade do Município, no campo de sua competência a realização de


investimentos para formar e manter a infra-estrutura básica capaz de atrair, apoiar ou incentivar
o desenvolvimento de atividades produtivas, seja diretamente ou mediante delegação ao setor
privado para esse fim.

§4º - A atuação do Município dar-se-á, inclusive, no meio rural, para a fixação de contingentes
populacionais, possibilitando-lhes acesso aos meios de produção e geração de renda e
estabelecendo a necessária infra-estrutura destinada a viabilizar esse propósito.

§5º - Como principais instrumentos para o fomento da produção na zona rural o Município
utilizará a assistência técnica, a extensão rural, o armazenamento, o transporte, o associativismo
e a divulgação de oportunidades de crédito e de incentivos fiscais.

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§ 6º - O Município poderá consorciar-se com outras Municipalidades com vista ao
desenvolvimento das atividades econômicas de interesse comum, bem como integrar-se em
programas de desenvolvimento regional a cargo de outras esferas de Governo.

Artigo 172 – O Município, em caráter precário e por prazo determinado definido em ato do
Prefeito, permitirá as microempresas se estabelecerem na residência de seus titulares, desde que
não prejudiquem as normas ambientais, de segurança, de silêncio, de trânsito e de saúde
pública.

Parágrafo Único – As microempresas, desde que trabalhadas exclusivamente pela família do


titular, não terão seus bens ou de seus proprietários sujeitos a penhora pelo Município para
pagamento de débito de sua atividade produtiva.

Artigo 173 – Os portadores de deficiência física e de limitação sensorial, assim como as pessoas
idosas, terão prioridade para exercerem o comércio eventual ou ambulante.

SEÇÃO II

DA POLÍTICA DE PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL

Artigo 174 – O Município, dentro de sua competência, regulará o serviço social, favorecendo e
coordenando as iniciativas particulares que visem esse objetivo e entre outros se estabelece
que:-
I – Caberá ao Município promover e executar as obras que, por sua natureza, não possam ser
atendidas pelas instituições de caráter privado.
II – O Plano de Assistência Social do Município nos termos que a lei estabelecer, terá por
objetivo a correção dos desequilíbrios do sistema social e a recuperação dos elementos
desajustados, visando a um desenvolvimento social harmônico, consoante previsto no artigo
203 da Constituição Federal.
III – Compete ao Município suplementar, se for o caso, os planos de previdência social,
estabelecidos na lei federal e que beneficie seus servidores, nos termos desta Lei Orgânica;
IV – O Município poderá criar sistema previdenciário próprio em que seus servidores e agentes
políticos, subsidiando-o com descontos de contribuições de salários, vencimentos e subsídios e
através de contribuições espontâneas e de dotações próprias feitas pelo Município no
Orçamento.
V – As ações do Município, por meio de programas e projetos na área de promoção social,
serão organizadas, elaboradas, executadas e acompanhadas, com base nos seguintes princípios:-
a) – participação da comunidade;
b) – descentralização administrativa, respeitada a legislação federal e estadual, considerado o
Município e as comunidades como instâncias básicas para o atendimento e realização dos
programas.
c) – integração dos órgãos e entidades com a administração pública compatibilizando
programas e recursos evitando a duplicidade de atendimento entre as esferas municipais e
outras.

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VI – É vedada a distribuição de recursos públicos na área de assistência social, diretamente ou
por indicação e sugestão ao órgão competente, por ocupantes de cargos eletivos.
VII – Poderá ser criado o Conselho Municipal de Previdência e Assistência Social, através de
lei que estabelecerá sua composição e atribuições.

SEÇÃO III

DA POLÍTICA DE SAÚDE

Artigo 175 – sempre que possível o Município promoverá:-


I – formação de consciência sanitária individual nas primeiras idades, através do ensino pré-
primário e 1º grau.
II – serviços hospitalares e dispensários, cooperando com a União, Estado e com a iniciativa
particular e filantrópica.
III – combate as moléstias específicas, contagiosas e infecto-contagiosas.
IV – combate ao uso de tóxicos;
V – serviços de assistência à maternidade e a infância.
Parágrafo Único – Compete ao Município suplementar, se necessário, a legislação federal e
estadual que disponham sobre a regulamentação, fiscalização e controle das ações e serviços de
saúde, que constituem um sistema único.

Artigo 176 – No desenvolvimento do Programa de Saúde o Município observará que:-


I – A inspeção médica nos estabelecimentos de ensino municipal terá caráter obrigatório e será
feita semestralmente;
II – constituirá exigência indispensável a apresentação no ato da matrícula, de atestado de
vacinação contra moléstias infecto-contagiosas;
III – O Município cuidará do desenvolvimento de obras e serviços relativos ao saneamento e
urbanismo, com assistência da União e do Estado, sob as condições estabelecidas na Lei
Complementar federal;
IV – O Município com verbas específicas, podendo contar com verbas da União e do Estado,
construirá postos de atendimentos a saúde, podendo atender com postos volantes, colocados à
disposição dos munícipes atendimento médico-odontológico, gratuito aos carentes;
V – O Município poderá subsidiar, mediante autorização legislativa, a compra de remédios,
além de outros produtos necessários para tratamento, para pessoas de reconhecida carência,
devidamente comprovada;
VI – O Município providenciará fiscalização para evitar que poluição ambiental provocada por
indústrias, máquinas de benefícios, hospitais, lixos de todo o gênero e outros prejudiquem a
saúde, exigindo providências como incineração, instalação de aparelhos de proteção ambiental,
remoção de lixo para mais de dois mil (2.000) metros do perímetro urbano, além de outras,
podendo requisitar de autoridades federais e estaduais, inclusive contando com o concurso da
Polícia ou da Guarda Municipal, para as providências que cada caso requerer;
VII – O Município em lei específica instituirá multas para os infratores, precedida
anteriormente de notificação para as providências de saneamento do local objeto e produtor de
poluição.
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Artigo 177 – A saúde é direito de todos os munícipes e dever do poder público, assegurada
mediante políticas sociais, econômicas e ambientais que visem ao bem estar físico, mental e
social do indivíduo e da coletividade e que a eliminação do risco de doenças e outros agravos
seja meta prioritária, estabelecendo normas de acesso universal e igualitário as ações e serviços
de saúde em todos os níveis, para sua promoção, proteção e recuperação.

Parágrafo Único – Para atingir esses objetivos o Município promoverá, por todos os meios a seu
alcance:-
I – Condições dignas de trabalho, saneamento, moradia, alimentação, educação, transporte e
lazer.
II – Respeito ao meio-ambiente e controle da poluição ambiental;
III – Acesso universal e igualitário de todos os habitantes do Município, as ações e serviços de
promoção, proteção de saúde, sem qualquer discriminação.
IV – Fornecimento de informações e esclarecimentos de interesse da saúde individual e
coletiva, assim como as atividades desenvolvidas pelo sistema;

Artigo 178 – As ações de saúde são de relevância pública, cabendo ao Município dispor, nos
termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo a execução ser feita
preferencialmente pelos serviços públicos e complementarmente por entidades filantrópicas e
pela iniciativa privada.

§1º - É vedado ao Município cobrar do usuário pela prestação de serviço de assistência à saúde
mantidos pelo Poder Público ou contratados com entidades filantrópicas ou com a iniciativa
privada.

§2º - A participação do setor privado no sistema único de saúde, tanto as pessoas físicas como
as jurídicas do direito privado, dando-se preferência às entidades filantrópicas e sem fins
lucrativos, efetivar-se-á segundo suas diretrizes, mediante convênios ou contratos de direito
público;

§3º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílio ou subvenções às instituições


particulares com fins lucrativos.

Artigo 179 – As ações e os serviços de saúde executados e desenvolvidos pelo Município,


constituem o Sistema Único de Saúde, nos termos da Constituição Federal, que se organiza de
acordo com as seguintes diretrizes e bases:-
I – Comando único sob a responsabilidade do Conselho Municipal de Saúde, chefiado pelo
Coordenador Municipal de Saúde, subordinado ao Gabinete do Prefeito Municipal.
II – Universalização da assistência de igual qualidade com instalação e acesso a todos os níveis,
dos serviços de saúde à população urbana e rural;
III – Gratuidade dos serviços prestados, vedada a cobrança de despesas e taxas, sob qualquer
título;
IV – Integridade na prestação das ações de saúde;

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V - Organização de distritos sanitários com alocação de recursos técnicos e práticas de saúde,
adequadas a realidade local, fixando-se por lei a área geográfica, a descrição da clientela e
resolutividade de serviços a disposição da população.
VI – a participação em nível de decisão de entidades representativas dos usuários, trabalhadores
de saúde e dos representantes governamentais na formulação, gestão e controle da política
municipal e das ações de saúde do Conselho Municipal;
VII – direito do indivíduo de obter informações e esclarecimentos sobre assuntos pertinentes a
promoção, proteção e recuperação de sua saúde e da coletividade.

Artigo 180 – São atribuições do Município, no âmbito do Sistema de Saúde:-


I – planejar, organizar, gerir, controlar e avaliar as ações e serviços de saúde e também as
condições e aos ambientes de trabalho.
II – planejar, programar e organizar a rede do S.U.D.S em articulação com sua direção estadual;
III – executar serviços de:-
a) – vigilância epidemiológica;
b) – vigilância sanitária;
c) – alimentação e nutrição;
V – planejar e executar a política de saneamento básico em articulação com o Estado e a União.
VI – executar a política de insumos e equipamentos para a saúde.
VII – fiscalizar as agressões ao meio ambiente que tenham repercussão sobre a saúde humana e
atuar, junto aos órgãos estaduais e federais competentes, para controlá-las;
VIII – formar consórcios intermunicipais de saúde;
IX – gerir laboratórios públicos de saúde;
X – avaliar e controlar a execução de convênios e contratos, celebrados com entidades privadas
prestadoras de serviços de saúde, pelo Município.
XI – autorizar a instalação de serviços privados de saúde e fiscalizar-lhes o funcionamento.

Artigo 181 – Será criado o CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE, subordinado ao Gabinete


do Prefeito, chefiado pelo Coordenador Municipal da Saúde, através de lei específica que fixará
sua competência, inclusive com as atribuições, delegadas pelo Prefeito, prevista nesta Seção,
composição e organização, contando ainda, na elaboração e controle da política de saúde, bem
como na formulação, fiscalização e acompanhamento do sistema único de saúde, com a
participação de representantes da comunidade, em especial dos trabalhadores, entidades e
prestadores de serviços da área de saúde.

§1º - Compete ao Conselho Municipal de Saúde, a ser criado, entre outras que estão nesta seção
enumeradas, as seguintes atribuições:-
I – formular a Política Municipal de Saúde, a partir das diretrizes emanadas dos órgãos
competentes e consultivos;
II – planejar e fiscalizar a distribuição dos recursos destinados à saúde.
III – aprovar a instalação e o funcionamento de novos serviços públicos ou privados de saúde,
atendidas as diretrizes do Plano Municipal de Saúde.
IV – Elaborar no Plano Municipal de Saúde.

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§2º - O Prefeito convocará anualmente, ou mais vezes, se necessário for, o Conselho Municipal
de Saúde para avaliar a situação do Município, podendo participar da reunião a sociedade em
geral e fixar as diretrizes gerais da política de saúde do Município.

Artigo 182 – O Sistema Único de Saúde, no âmbito do Município, será financiado com recursos
do orçamento municipal, do Estado, da União e da Seguridade Social, além de outras fontes.

SEÇÃO IV

DA POLÍTICA SOBRE A FAMÍLIA

Artigo 183 – O Município dispensará proteção especial ao casamento, proporcionando


condições para sua celebração; assegurará condições morais, físicas e sociais ao
desenvolvimento, segurança e estabilidade da família, assistência aos idosos, à maternidade, aos
excepcionais, proteção à juventude, à infância e às pessoas portadoras de deficiência.

Parágrafo Único – Para a execução do previsto neste artigo, serão dotadas, através de lei, entre
outras medidas:-
I – Amparo às famílias numerosas e sem recursos.
II - Acesso para os carentes, a documentação pessoal, militar, previdenciária e trabalhista.
III – Ação contra os males que são instrumentos da dissolução da família;
IV – Estímulo aos pais e as organizações sociais para formação moral, cívica e intelectual da
juventude.
V – Colaboração com as entidades assistenciais que visem à proteção e à educação da criança
carente.
VI – Amparo as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua
dignidade e bem estar e garantindo-lhe direito a vida.
VII – Colaboração com a União, com o Estado e com outros Municípios, para a solução do
problema dos menores desamparados ou desajustados, através de processos adequados de
permanente recuperação.
VIII – Especialmente o Município dará prioridade para a assistência pré-natal e à infância,
assegurando ainda condições de prevenções de deficiência e integração social de seus
portadores, mediante treinamento para o trabalho e para a convivência, nos termos do artigo 279
da Constituição Estadual.

SEÇÃO V

DA POLÍTICA SOBRE A CULTURA

Artigo 184 – O Município estimulará o desenvolvimento das ciências, das artes, das letras e da
cultura em geral, observado o disposto na Constituição Federal.

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§1º - Ao Município compete suplementar, quando necessário, a legislação federal e estadual
sobre a cultura, proteção do patrimônio histórico cultural localizado em sua área de
competência, inclusive para aplicação de penalidades, de requisições e outras providências.

§2º - A lei fixará as datas comemorativas de alta significação para o Município.

§3º - A administração Municipal cabe, na forma da lei, a gestão da documentação


governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem.

§4º - Ao Município cumpre proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico,
artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e outros sítios arqueológicos.

§5º - O Município incentivará a livre manifestação cultural mediante:-


I – Criação, manutenção e abertura de espaços públicos devidamente equipados e capazes de
garantir a produção, divulgação e apresentação de manifestações culturais e artísticas.
II – Desenvolvimento de intercâmbio cultural e artístico com outro Município e o Estado.
III – Acesso aos acervos das bibliotecas, museus, arquivos e congêneres.
IV – Promoção de aperfeiçoamento e valorização dos profissionais de cultura, principalmente
os originados do Município.
V – Apoio às manifestações culturais locais.

SEÇÃO VI

DA POLÍTICA EDUCACIONAL

Artigo 185 – O Município organizará em regime de colaboração com o Estado, seu sistema de
ensino.

§1º - O dever do Município com a educação será efetivado mediante a garantia de:-
I – ensino fundamental e pré-escolar, obrigatório e gratuito, inclusive para os que não tiverem
acesso na idade apropriada, ministrados exclusivamente em língua nacional.
II – progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino do segundo grau;
III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na
rede regular de ensino.
IV – atendimento em creche e pré-escolas as crianças de zero (0) a seis (6) anos de idade.
V – acesso aos níveis mais elevados de ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a
capacidade de cada um, devidamente comprovada, desde que não haja prejuízo ao ensino
fundamental regular.
VI – Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando.
VII – atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas suplementares de
material didático-escolar, alimentação, transporte e assistência à saúde.

§2º - o acesso ao ensino obrigatório e gratuito do Município é direito público subjetivo,


acionável mediante mandado de injunção.

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§3º - o não oferecimento do ensino obrigatório ou sua oferta irregular, pelo Município, importa
responsabilidade da autoridade competente.

§4 – compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a


chamada e zelar, junto aos pais e responsáveis, pela freqüência as aulas e a escola, dificultando
a evasão no ensino regular.

§5º - Compete, ainda, ao Poder Público:-


I – promover censo, bienalmente, para detectar o numero de analfabetos no Município,
estimulando a freqüência aos cursos de alfabetização, objetivando a erradicação do
analfabetismo.
II – Criar o Conselho Municipal de Educação, subordinado ao Gabinete do Prefeito, com sua
composição e atribuições específicas em lei própria;
III – Criar, subordinado ao Conselho Municipal de Educação, a Comissão Municipal de
Erradicação do Analfabetismo, com atribuições específicas também em lei.
IV – proporcionar, em convênios com a Secretaria da Educação do Estado, cursos de
atualização, aperfeiçoamento e reciclagem pedagógica, aos professores que ministram aulas no
ensino fundamental e pré-primário das escolas públicas municipais.

Artigo 186 – O sistema de ensino municipal assegurará aos alunos condições de eficiência
escolar, observando, ainda, que:-
I – O ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários das escolas
oficiais do Município e será ministrado de acordo com a confissão religiosa do aluno,
manifestada por ele, ou por seu representante legal ou responsável.
II – O Município orientará e estimulará, por todos os meios, o ensino de educação física, que
será obrigatório nos estabelecimentos municipais de ensino e nos particulares que recebam
auxílio do Município, patrocinando jogos, competições, bem como a participação em jogos
regionais escolares.
III – Nas aulas de educação física incentivará também a prática da natação.
IV – O calendário escolar será flexível e adequado às peculiaridades climáticas e as condições
sociais e econômicas dos alunos.
V – Os currículos escolares serão adequados às peculiaridades do Município e valorizarão sua
cultura e seu patrimônio histórico, artístico, cultural e ambiental.
VI – o Município não manterá escolas de segundo grau até que estejam atendidas todas as
crianças de idade até 14 (quatorze) anos, bem como não manterá e nem subvencionará
estabelecimentos de ensino superior.

Artigo 187 – o ensino é livre a iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:-


I – Cumprimento das normas gerais da educação nacional.
II – autorização e avaliação de qualidade pelos órgãos competentes, inclusive Conselho
Municipal de Educação.

Artigo 188 – O Município aplicará na manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental e


pré-primário nunca menos que o percentual estabelecido pela Constituição Federal e leis
complementares.
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§1º - Os recursos do Município destinados a Educação serão aplicados nas escolas públicas,
podendo ser dirigidos às escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei
federal, que:-
I – comprovem finalidade não lucrativa e apliquem os seus excedentes na educação.
II – assegurem a destinação de seu patrimônio à outra escola comunitária, filantrópica ou
confessional ou ao Município no caso de encerramento de suas atividades.

§2º - os recursos destinados às escolas comunitárias, filantrópicas ou confessionais serão


destinados a bolsas de estudos para o ensino fundamental, na forma da lei, para os que
demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas em cursos regulares da
rede pública da localidade do educando, ficando o Município obrigado a investir
prioritariamente na expansão de sua rede de ensino.

Artigo 189 – Ao Município compete construir escolas de sua rede de ensino nas localidades
carentes de seu território, principalmente as de nível fundamental, desde que comprovada a
inexistência de vagas nas escolas públicas estaduais, obrigando-se, na falta, a conceder,
graciosamente, transporte rodoviário para que alunos ali residentes se desloquem para a escola
mais próxima.

Parágrafo Único – as acomodações nos veículos de transporte de alunos devem ser confortáveis
e dignas, evitando-se superlotação e o transporte de passageiros não escolares.

Artigo 190 – O Município manterá o professorado municipal em nível econômico, social e


moral a altura de suas funções.

Artigo 191 – O Coordenador Municipal de Ensino e os diretores das escolas municipais serão
escolhidos em pleito envolvendo uma Comissão de Indicação composta por três (03) pais
integrantes das Associações de Pais e Mestres das Escolas Municipais e por 04 (quatro)
Vereadores indicados pelo Presidente da Câmara Municipal.
§1º - O mais votado terá seu nome levado ao Prefeito Municipal que fará a indicação do que
assumirá o cargo de Coordenador ou Diretor, nomeando-o por Portaria, com mandato de dois
(02) anos.

§2º - O escolhido não poderá ter qualquer relação de parentesco com a Comissão de Indicação,
com o Prefeito Municipal e com qualquer vereador da Câmara Municipal, devendo ainda ter
curso superior na área de Educação, principalmente de Administração Escolar.

Artigo 191 – A organização do sistema educacional do Município de Getulina será de


competência do Prefeito Municipal, mediante elaboração de Leis Complementares necessárias,
devidamente apreciadas pela Câmara Municipal, com tramitação semelhante às Leis Ordinárias.
(Redação dada pela Lei Municipal nº 1.958 de 08/11/2005)

§1º – Também por Lei Complementar de autoria do Prefeito Municipal, serão estabelecidas as
normas regimentais, o plano de carreira, seus objetivos, remuneração e direitos e obrigações dos
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membros do sistema municipal de educação. (Redação dada pela Lei Municipal nº 1.958 de
08/11/2005)

§2º – Os ocupantes de cargo de suporte pedagógico serão escolhidos na forma que será
estipulada em Lei Complementar própria. Os demais cargos serão concurso público, nos termos
de Leis próprias. (Redação dada pela Lei Municipal nº 1.958 de 08/11/2005)

SEÇÃO VII

DA POLÍTICA DE ESPORTE E LAZER

Artigo 192 – O Município apoiará e incentivará as práticas esportivas e o lazer, como direito de
todos, como forma de integração e de promoção social, auxiliando pelos meios a seu alcance a
prática esportiva pelas organizações beneficentes, colegiais e amadoristas, nos termos da lei,
tendo elas preferência no uso de estádios, quadras abertas e cobertas, campos e instalações
outras de propriedade do Município.

§1º - O Município incentivará a prática esportiva nas escolas de sua rede de ensino.

§2º - É vedado ao Município a subvenção de entidades social-recreativas particulares bem como


as profissionais.

SEÇÃO VIII

DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO

Artigo 193 – A política de desenvolvimento urbano executada pelo Município, conforme


diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenado o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e garantir o bem de seus habitantes.

§1º - O Plano Diretor, aprovado pela Câmara Municipal, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e de execução urbana.

§2º - a propriedade urbana cumpre sua função social quando atende as exigências fundamentais
de ordenação da cidade, expressas no Plano Diretor.

§3º - o direito a propriedade é inerente a natureza do homem, dependendo seus limites e seu uso
da conveniência social, podendo o Município fazer desapropriação de imóveis urbanos
mediante prévia e justa indenização em dinheiro.

§4º - O Município poderá exigir, mediante lei específica, para área incluída no Plano Diretor,
nos termos de lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não
utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena de, sucessivamente:-
I – Parcelamento ou edificação compulsória.
II – Impostos sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo.
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III – desapropriação, com pagamento mediante título da dívida pública de emissão aprovada,
previamente, pelo Senado Federal com prazo de resgate de até dez (10) anos em parcelas
anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real de indenização e os juros legais.

Artigo 194 - Para promover o desenvolvimento urbano o Município:-


I – Incentivará a política de construção de casas populares, mediante utilização de recursos
próprios ou obtidos mediante contratos, convênios e outros meios com entidades de
financiamentos nacionais e estrangeiras, com autorização legislativa competente.
II – Criará, obrigatoriamente, Distrito Industrial, por lei própria, dotando-o de infra-estrutura e
boa localização, dando divulgação dessa criação pelos meios de divulgação dos benefícios a
serem concedidos, inclusive de isenção de impostos municipais pelo prazo de dez (10) anos.
III – Criará, através de lei própria, Comissão de Desenvolvimento Social-Econômico e Urbano,
subordinado ao Gabinete do Prefeito, visando desenvolver nesses setores o Município,
possibilitando a melhora de nossos comércios, indústria e agricultura aumentando a produção,
consumo e o bem estar dos habitantes, acrescentando maior número de empregos e melhor
condição de vida.
IV – Poderá utilizar de cursos de preparação e aperfeiçoamento profissional no comércio,
indústria, agricultura e prestação de serviços.
V – Promoverá, ainda:-
a) – a participação das entidades comunitárias no estudo, encaminhamento e solução dos
problemas, planos, programas e projetos que lhes sejam concernentes.
b) - A preservação, proteção e recuperação do meio-ambiente urbano e cultural;
c) – a criação e a manutenção de áreas de especial interesse histórico, urbanístico, ambiental,
turístico e de utilização pública.
d) – a observância das normas urbanísticas, de segurança, higiene e qualidade de vida,
inclusive para que terrenos definidos em projetos de loteamento como áreas verdes ou
institucionais não tenham, em qualquer hipótese, sua destinação, fim e objetivos alterados.

Artigo 195 – O Município estabelecerá, mediante lei, em conformidade com as diretrizes do


Plano Diretor, normas sobre o zoneamento, loteamento, parcelamento, uso e operação do solo,
índices urbanísticos, proteção ambiental e demais limitações administrativas.

§1º - o Plano Diretor deverá considerar a totalidade do território do Município.

§2º - O Município estabelecerá critérios para regularização e urbanização, de assentamentos e


loteamentos irregulares.

Artigo 196 – As funções sociais da cidade dependem do acesso de todos os cidadãos aos bens e
serviço urbanos, assegurando-lhes condição de vida e moradia compatível com o estágio de
desenvolvimento do Município.

§1º - Para assegurar as funções sociais da cidade o Poder Executivo deverá utilizar os
instrumentos jurídicos, tributários, financeiros e de controle urbanístico existentes e a
disposição do Município.

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§2º - A ação do Município deverá orientar-se para:-
I – ampliar o acesso a lotes mínimos dotados de infra-estrutura básica;
II – estimular e assistir, tecnicamente, projetos comunitários e associativos de construção de
habitação e serviços.
III – urbanizar e regularizar as áreas ocupadas por população de baixa renda, passíveis de
urbanização.
IV – Promover programas de saneamento básico destinados a melhorar as condições sanitárias e
ambientais das áreas urbanas e os níveis de saúde da população.
V – ampliar progressivamente a responsabilidade local pela prestação de serviços de
saneamento básico.
VI – executar programas em áreas pobres, atendendo a população de baixa renda, com soluções
adequadas e de baixo custo para o abastecimento de água e esgoto sanitário.
VII – executar programas de educação sanitária e melhorar o nível de participação das
comunidades nas soluções de seus problemas de saneamento.
VIII – Levar a prática tarifas sociais para o serviço de água e esgoto.

Artigo 197 – Será concedida isenção do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
ao prédio ou terreno destinado a moradia de seu proprietário, aposentado, de pequenos recursos,
com renda mensal de até um salário mínimo, desde que não possua outro imóvel e que
comprove apenas essa renda, tudo nos termos de lei própria votada pela Câmara Municipal.

SEÇÃO IX

DA POLÍTICA DO MEIO AMBIENTE

Artigo 198 – Todos tem direito ao Meio Ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencialmente necessário a sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público Municipal e a coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para a presente e futura
gerações.

§1º - Obriga-se o Poder Público Municipal para assegurar a efetividade desse direito a :-
I – Preservar e restaurar os processos ecológicos das espécies e ecossistemas.
II – Preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético e fiscalizar as entidades
dedicadas à pesquisa e a manipulação de material genético no Município;
III – Definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a
alteração e supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que
comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção.
IV – Exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, ao qual se dará
publicidade.
V – Controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnica e métodos de substâncias
que comportem risco para a vida, a qualidade da vida e ao meio-ambiente.
VI – promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública
para a preservação do meio ambiente.
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VII – proteger a fauna, flora, nascente d’água e rios existentes no Município, vedadas na forma
da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de
espécies ou submetam animais a crueldade.
VIII – criar o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente, através de lei, que especificará
sua composição e objetivo, visando à proteção aos Rios Feio e Tibiriçá, aos Córregos existentes,
bem como outros tipos de proteção ao meio ambiente do Município, bem como definir a
política de atuação.
IX – Fazer obras para evitar que águas que correm no território do Município de Getulina,
provenientes de chuvas, esgotos, logradouros públicos, obras diversas provoquem maiores
estragos, construindo-se represas, caixas secas, esgotos e outras.
X – Diligenciar junto a proprietários rurais para que os mesmos construam curvas de níveis e
bacias secas para conter as águas, de qualquer natureza, evitando-se que agrotóxicos sejam
levados para os leitos dos rios e córregos do Município.
XI – Estimular a criação de viveiros de mudas de arvores frutíferas, ornamentais e outros tipos,
visando aumentar a área verde do Município, favorecendo aos particulares que assim procedam.
XII – Evitar que o lixo domiciliar, de hospitais, dos logradouros públicos etc., seja causa de
poluição ambiental, dando a ele a destinação competente para evitar danos a saúde da população
e dos animais.
XIII – Estabelecer uma política de fiscalização ambiental inclusive de uso de agrotóxicos.
XIV – Estabelecer uma política de divulgação sobre a conservação do meio ambiente e também
de apoio aos órgãos de preservação como a Polícia Florestal, CESP e outras entidades, usando
inclusive a Guarda Municipal e as escolas como agentes fiscalizadores;
XV - Colaborar com a proteção do meio ambiente e da propriedade pública e particular,
fiscalizando queimadas, desmatamentos, voçorocas, erosões etc., comunicando tais fatos,
quando couber, aos órgãos competentes para providências mais enérgicas.
XVI – Exigir projetos para a construção de açudes e barragens no Município, desde que feita
sem assistência de órgãos técnicos;
XVII – auxiliar os órgãos próprios na fiscalização e na autuação, com rigor, a caça e pesca, na
época da procriação, inclusive quando determinada por lei, evitando-se extinção de espécie.
XVIII – promover palestras e cursos nas escolas do Município, visando a educação ambiental,
conscientizando os alunos e professores na proteção do meio ambiente.

§2º - aqueles que explorarem recursos minerais ficam obrigados a recuperarem o meio
degradado, de acordo com solução técnica exigida por órgão público competente e na forma da
lei.

§3º - as condutas e as atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores,


pessoas físicas e jurídicas a sanções penais e administrativas, independentes da obrigação de
reparar os danos, devendo o fato agressivo ao meio ambiente ser comunicado ao Delegado de
Polícia e ao Órgão do Ministério Público da Comarca, devendo, ainda o infrator, proceder a
recuperação da vegetação adequada nas área protegidas.

Artigo 199 – O Município estimulará a criação e manutenção de unidades particulares de


preservação do meio ambiente.

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Artigo 200 – O Município poderá estabelecer consórcio com outros Municípios para a solução
de problemas comuns de proteção ao meio-ambiente, em particular a preservação dos recursos
hídricos e ao uso equilibrado dos recursos naturais.

Artigo 201 – Quando aos recursos hídricos e minerais são aplicáveis as disposições existentes
na Constituição Federal e na Constituição Estadual, além de outras leis reguladoras da matéria.

SEÇÃO X

DA POLÍTICA AGRÍCOLA

Artigo 202 – Caberá ao Município manter, em cooperação com o Estado, as medidas previstas
no artigo 184 da Constituição Federal;

Artigo 203 – O Município para o desenvolvimento de sua Política Agrícola:-


I – organizará o abastecimento alimentar, assegurando condições para produção de alimentos
básicos.
II – criará, através de lei, o CONSELHO MUNICIPAL DA POLÍTICA AGRÍCOLA,
subordinado ao Gabinete do Prefeito, estabelecendo composição e atribuições;
III – Deverá estabelecer, obrigatoriamente, mediante autorização legislativa, o Plano de
Desenvolvimento Agropecuário do Município, estabelecendo normas, visando incentivar a área
agrícola, utilizando-se dos mecanismos colocados a disposição pela União e pelo Estado.

§1º - O Plano de Desenvolvimento Agropecuário do Município deverá conter, necessariamente,


dispositivos autorizando criação de mecanismos, inclusive mediante convênio com outras
esferas de governo, para conseguir-se que vinte por cento (20%) do território agricultável do
Município sejam dedicados ao plantio de alimentos básicos

§2º - Para o escoamento da produção agropecuária deverá o Município fazer e conservar as


estradas municipais necessárias, vicinais ou não, conservando-se também todos os ramais,
carreadores e outros caminhos que demandam as vias públicas, principalmente nas épocas de
safra.

SEÇÃO XI

DA DEFESA DO CONSUMIDOR

Artigo 204 – O Município desenvolverá esforços para proteger o consumidor através de:-
I – Orientação e gratuidade de Assistência Jurídica, independente da situação e econômica do
reclamante;
II – criação de órgãos no âmbito da Prefeitura ou da Câmara Municipal para defesa do
consumidor, com a denominação de “CONSELHO MUNICIPAL DE DEFESA DO
CONSUMIDOR” (COMDECON)
III – atuação coordenada com a União e o Estado.

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TÍTULO V

DA PARTICIPAÇÃO POPULAR

Artigo 205 – O Prefeito poderá realizar consultas populares para decidir sobre assuntos de
interesse específico do Município, de bairro ou distrito, cujas medidas deverão ser tomadas
diretamente pela Administração, mediante autorização legislativa, quando for o caso.

§1º - A consulta popular poderá ser realizada sempre que a maioria absoluta dos membros da
Câmara Municipal ou pelo menos cinco por cento (05%) do eleitorado inscrito no Município,
no Bairro ou no Distrito, com a identificação do título eleitoral, apresentarem proposição nesse
sentido.

§2 – A votação será organizada pelo Poder Executivo no prazo de dois meses após a
apresentação da proposição, adotando-se cédula oficial que conterá resumidamente o motivo da
consulta e as palavras “SIM” e “NÃO”, indicando, respectivamente, aprovação ou rejeição da
proposição.

§ 3º - A proposição será considerada aprovada se o resultado lhe tiver sido favorável pelo voto
da maioria dos eleitores das urnas, em manifestação a que se tenham apresentado, pelo menos,
cinqüenta por cento (50%) da totalidade dos eleitores envolvidos.

§ 4º - O Prefeito Municipal proclamará o resultado da consulta popular, que será considerado


como decisão sobre a questão proposta, devendo o Governo Municipal, quando couber, adotar
as providências legais para sua consecução.

§5º - Poderá ser realizada apenas uma consulta por ano, vedada sua realização nos quatro meses
que antecedem as eleições para qualquer nível de governo.

TÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 206 – O Município providenciará quando necessário transporte de aluno, na forma desta
lei, com a máxima segurança, com motoristas competentes e responsáveis, veículos próprios
para passageiros e instituindo carteira de identificação estudantil.

Artigo 207 – Poderá o Município, através de lei, criar serviço de transporte de passageiros,
dentro de seus limites, mediante remuneração pelos usuários, utilizando-se veículos próprios
para esse transporte, evitando-se que tal transporte seja feito por caminhões e onde houver linha
regular de ônibus.

Artigo 208 – no prazo de 12 (doze) meses o Município regulará através de lei, a composição,
atribuição e responsabilidade das Comissões e Conselhos mencionados nesta Lei Orgânica,

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ratificados os já existentes por autorização legal, sendo que seus membros deverão ser
nomeados entre pessoas de notória capacidade técnica e moral, de estrita confiança do Prefeito.

Artigo 209 – Incube ao Município:-


I – adotar as medidas para assegurar a celeridade na tramitação e solução dos expedientes
administrativos, punindo, disciplinarmente, nos termos da lei, os servidores faltosos.
II – facilitar, no interesse educacional do povo, a difusão de jornais e outras publicações
periódicas.

Artigo 210 – Os cemitérios do Município terão sempre caráter secular e serão administrados
pelas autoridades municipais, sendo permitido a todos os credores religiosos praticarem nele
seus ritos.

Parágrafo Único – as associações religiosas e os particulares poderão na forma da lei, manter


cemitério próprios fiscalizados, porém, pelo Município.

Artigo 211 – Até a promulgação de lei complementar referida na presente Lei Orgânica, artigo
162 e seu parágrafo único, é vedado ao Município despender mais do que sessenta e cinco por
cento (65%) do valor da receita corrente, limite esse a ser alcançado no máximo em (05) anos, a
razão de 1/5 (um quinto) por ano, no pagamento de seus servidores, a qualquer título.

Artigo 212 – Até a entrada em vigor da lei complementar federal o projeto do plano plurianual
para a vigência até o final do mandato em curso do Prefeito, e o projeto de lei orçamentária,
serão encaminhados a Câmara Municipal, até quatro (04) meses antes do encerramento do
exercício financeiro e devolvidos para a sanção até o enceramento da sessão legislativa.

Artigo 213 – ESTA LEI ORGÂNICA, APROVADA E ASSINADA PELOS INTEGRANTES


DA CÂMARA MUNICIPAL CONSTITUINTE, SERÁ PROMULGADA PELA MESA
ENTRANDO EM VIGOR NA DATA DE SUA PROMULGAÇÃO E REVOGADAS AS
DISPOSIÇÕES EM CONTRÁRIO.

SALA DAS SESSÕES “FLOREAL ALBERTO”, ONDE SE REUNIU A CÂMARA


MUNICIPAL CONSTITUINTE, AOS 04 DE ABRIL DE 1990.

LEOBINO DE BRITO - Presidente

SUSSUMO SONEHARA – Vice Presidente

MANOEL ROGÉRIO ZABEU MIOTELLO – 1° Secretário

ILSON IGNACIO – 2° Secretário

Demais Constituintes:-

GERALDO DOS SANTOS


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IAMACIR CALIANI

IDRENO JOSÉ LARAYA

INDALECIO RIBEIRO FERNANDES

JOSE ANTONIO REBOUÇAS DE CARVALHO

LUIZ CARLOS FERREIRA DA ROCHA

OLDENIR TOLEDO NOCCHI

VALDOFRI ZAGO

VENICIO MORAES

SUMÁRIO DA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE GETULINA

TÍTULO I

Da Organização Municipal
CAPÍTULO I
Do Município
Seção I - Disposições Gerais ...................................................................................................02
Seção II - Da Divisão Administrativa do Município ................................................................02

CAPÍTULO II
Da competência do Município
Seção I - Competência Privativa ..............................................................................................03
Seção II - Da Competência Comum .........................................................................................05
Seção III - Da Competência Suplementar ..................................................................................06

CAPÍTULO III
Das Vedações ..............................................................................................................................06

TÍTULO II
Da Organização dos Poderes Municipais
CAPÍTULO I
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Do Poder Legislativo
Seção I - Da Câmara Municipal ..............................................................................................07
Seção II - Do Funcionamento da Câmara .................................................................................09
Seção III - Das Comissões .........................................................................................................10
Seção IV - Das Comissões Especiais de Inquérito .....................................................................11
Seção V - Da Mesa da Câmara ..................................................................................................12
Seção VI - Do Presidente da Mesa .............................................................................................13
Seção VII - Das atribuições da Câmara Municipal ..........................................................14
Seção VIII - Da Competência Privativa da Câmara Municipal ............................................15
Seção IX - Dos Vereadores ........................................................................................................18
Seção X - Do Processo Legislativo ...........................................................................................20
Subseção I – Emendas a Lei Orgânica do Município .............................................................21
Subseção II – Das Leis Complementares ...............................................................................21
Subseção III – Das Leis Ordinárias ........................................................................................22
Subseção IV – Das Resoluções e Decretos Legislativos ........................................................22
Subseção V – Outras Disposições do Processo Legislativo ...................................................23
Subseção VI – Do Voto do Presidente da Mesa .....................................................................25
Subseção VII – Disposições Finais ........................................................................................26
Seção XI - Da fiscalização Contábil, Financeira, Orçamentária, Operacional e Patrimonial ....26

CAPÍTULO II
Do Poder Executivo
Seção I - Do Prefeito e do Vice Prefeito ..................................................................................27
Seção II - Das atribuições do Prefeito .......................................................................................29
Seção III - Da perda e da extinção do mandato ..........................................................................31
Seção IV - Da transição administrativa ......................................................................................33
Seção V - Dos auxiliares diretos do Prefeito .............................................................................34
Seção VI - Da Administração Pública ........................................................................................34
Seção VII - Dos Servidores Públicos ...........................................................................................37
Seção VIII - Da Segurança Pública ...............................................................................................40

TÍTULO III
Da Organização administrativa Municipal
Capítulo I
Do Planejamento Municipal ............................................................................................................41

Capítulo II
Da Estrutura Administrativa ........................................................................................................42

Capítulo III
Dos atos municipais
Seção I - Da Publicidade dos atos municipais .................................................................................42
Seção II - Dos livros ........................................................................................................................43
Seção III - Dos atos administrativos ................................................................................................44
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Seção IV - Das proibições ................................................................................................................45
Seção V - Das certidões ..................................................................................................................45

Capítulo IV
Dos Bens municipais ......................................................................................................................45

Capítulo V
Das Obras e Serviços Municipais .................................................................................................48

Capítulo VI
Da administração tributária e financeira
Seção I - Dos tributos municipais .................................................................................................50
Seção II - Da Receita e da Despesa ................................................................................................52
Seção III - Do Orçamento ................................................................................................................54
Seção IV - Da Execução Orçamentária ............................................................................................57
Seção V - Da gestão da tesouraria ................................................................................................58
Seção VI - Da Organização Contábil ...............................................................................................58

TÍTULO IV
Da ordem social econômica
CAPÍTULO I
Disposições gerais ...........................................................................................................................58
CAPÍTULO II
Das Políticas Municipais
Seção I - política econômica ........................................................................................................59
Seção II - Da política de previdência e assistência social ..............................................................61
Seção III - Da política de saúde .......................................................................................................61
Seção IV - Da política sobre a família .............................................................................................64
Seção V - Da política sobre a cultura .............................................................................................65
Seção VI - Da política educacional .................................................................................................65
Seção VII - Da política de esporte e lazer ........................................................................................68
Seção VIII - Da política do desenvolvimento urbano ......................................................................68
Seção IX - Da política do meio ambiente ......................................................................................70
Seção X - Da política agrícola .....................................................................................................72
Seção XI - Da política da defesa do consumidor ...........................................................................73

TÍTULO V
Da participação popular ...................................................................................................................73

TÍTULO VI
Das disposições transitórias e disposições finais ..........................................................................74

Sumário da Lei Orgânica do Município de Getulina ……………………………………………...76

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ATUALIZADA ATÉ A EMENDA A LEI ORGÂNICA MUNICIPAL Nº 01 DE 16 DE SETEMBRO DE 2008.

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