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Quando um animal é considerado idoso?
Gatos Cães
• Filhote: do nascimento até 1 ano de idade • Filhote: do nascimento até 1 ano de idade
• Jovem adulto: de 1 aos 6 anos de vida • Jovem adulto: de 1 aos 5 anos de vida
• Adulto maduro: dos 7 aos 10 anos de idade • Adulto maduro: dos 6 aos 10 anos de idade
• Sênior: 10 anos ou mais • Sênior: 8 a 10 anos ou mais
Mutação na mitocôndria;
Ocorrem mutações no genoma
mitocondrial causado por um constante
ataque de radicais livres, esse processo
causa uma perda da capacidade
regeneradora e redução da síntese de
ATP, induzindo a perda
A
Sistema digestório
Consulta
Sistema nervoso-locomotor
• apetite e deglutição; • convulsões ou alterações de comportamento;
• emese e regurgitação; • postura e marcha;
• defecação e fezes; • possibilidade de intoxicação.
• ingestão de água. Peles e anexos
Sistema cardio-respiratório • pele;
• respiração; • orelha;
• tosse/espirro; • unha.
Como?
• Sensorial = estimulo de todos os sentidos!
• Cognitivo = solução de problemas
• Físico = exercitar o corpo
• Social = interação entre indivíduos, espécies, ambientes
• Alimentar = “trabalhar” ou “se exercitar” pra receber a alimentação
Animal obeso
• Porque esse animal tem obesidade?
• Tutor oferta qual ração?
• Tutor oferta alimentos humanos?
• A ração é linha sênior?
• É obesidade ou líquido?
• Tutor oferta quanto de ração?
• Há exercícios?
Porque Ração Sênior?
Grãos mais aerados facilitando a mastigação
Contém componentes como condroitina e glucosamina (saúde das articulações)
Rica antioxidantes
Nível energético mais baixo
Doenças Neurológicas
Sindrome da Disfunção Cognitiva Canina
Síndrome Vestibular Central
Síndrome Vestibular Periférica
Mielopatia degenerativa
AVC – Acidente Vascular Cerebral
Convulsão
Epilepsia
Síndrome do Tremor Responsiva aos Corticosteroides
Tetraparesia/Tetraplegia
SDCC – Síndrome de Disfunção Cognitiva
Canina
É uma síndrome neurodegenerativa crônica e progressiva, que acomete idosos e acarreta alterações
principalmente em sistema nervoso, ocasionando sinais clínicos em sua maioria comportamentais.
Sintomas;
•Desorientação
•Vagar pela casa sem rumo
•Parecer perdido dentro casa
•Olhares fixos no espaço, paredes, móveis...
•Dificuldade em encontrar coisas que encontrava facilmente antes
•Não reconhece pessoas
•Não responde quando chamado
•Parece esquecer pelo qual foi a um cômodo A SDCC acomete;
•Pouco solicita atenção do tutor
•Cumprimentos menos entusiástico 48% dos cães a partir de 8 anos
•Dormir demais 62% dos cães entre 11 e 16 anos
•Redução de atividade Praticamente 100% dos cães acima de 16 anos
•Perda de costumes (esquece aonde defecar ou urinar)
SDCC – Síndrome de Disfunção Cognitiva
Canina
Diagnóstico: Tratamento:
Se baseia na exclusão de outras doenças que • Selegilina 0,5-1,0mg/kg VO SID pela manhã
causem alteração comportamental como dores, (apresenta resultados rápidos)
encefalopatias, hipotireoidismo, neoplasias • Caso a atividade predominante for a ansiedade
intracranianas e AVCs
podemos usar inibidores seletivos da receptação
Exames detalhados: de serotonina como Fluoxetina ou Sertralina
• Hemograma (necessário desmame)
• Para o distúrbio dono x vigília podemos utilizar
• Bioquímico sérico
Melatonina ou ansiolíticos como Diazepan
• Urinálise
• Nutrição que aumente a quantidade de
• Dosagens hormonais (T4 supressão com antioxidantes, Ração Hill’s Science Diet b/d
dexametasona) (brain diet) que possui em sua formulação
• Radiografias de tórax, abdômen e tireóide ômega 3, L-Carnitina, antioxidantes e vitaminas)
• Modificações ambientais, como o uso de
• Ultrassonografia de tórax, abdômen e tireóide
rampas, alimentação ou premiações dentro de
caixas para estimular o cérebro
Síndrome Vestibular Central
A síndrome vestibular é definida na literatura de Delahunta e Glass (2009), como conjunto de sinais clínicos
em conjunto a uma doença do sistema vestibular, sendo o principal sistema sensorial responsável pela
manutenção do equilíbrio e pela orientação normal do corpo.
Podendo ter algumas causas como:
• Deficiência de tiamina (vitamina B1) que causa uma degeneração comum em gatos que são alimentados
apenas com peixe cru e cães que comem produtos industrializados. Tem como sintomas a inapetência,
perda de peso, vômitos e diarreias, quadro evolui para ataxia, convulsões e ventroflexão do pescoço.
Diagnóstico feito baseado em sinais clínicos e resposta a reposição de B1
• Doença Cerebrovascular (extremamente rara)
• Intoxicação por Metronidazol
• Meningoencefalites inflamatórias
• Neoplasias
• Traumas cranioencefálicos
Síndrome Vestibular Central
Diagnóstico: Tratamento:
Associação entre história clínica, exames físicos Não há tratamento específico
e laboratoriais.
Depende da causa da síndrome
Exames:
• Hemograma
• Análise de líquor
• Radiografia da cabeça
• Tomografia Computadorizada
• Ressonância Magnética
• Otoscopia
Síndrome Vestibular Periférica
Sintomas;
• Head Tilt para o lado da lesão
• Ataxia
• Andar em círculos
• Estrabismo posicional Nistagmo horizontal Nistagmo rotatório
• Nistagmo horizontal ou rotatório
• Síndrome de Horner (miose, ptose palpebral e enoftalmia)
• Nível de consciência normal
Diagnóstico: Presença de dor em bula timpânica, presença de fístula, em raio-x lauda-se otite interna
Tratamento feito com antibióticoterapia sistêmica e tópica, além de antinflamatórios e controle de dor.
Mielopatia Degenerativa
Uma doença neurológia progressiva e degenerativa que atinge a medula espinhal dos cães
Causa desconhecida, sabe-se apenas que os pacientes acometidos são portadores de uma mutação no gene
SOD1, a mutação gera problemas nas transmissões de informações do cérebro para os nervos responsáveis
pela movimentação
Há cuidados que podem ser tomados para prevenir, porém se o animal for portador do gene não haverá
muito o que ser feito
Raças pré-dispostas; Pastor-alemão, Husky-siberiano, Golden-retriever, Boxer, Pug, Corgi, Poodle, entre outras
Sintomas;
• Dificuldade de caminhar
• Falta de coordenação
• Andar cambaleante
• Andar arrastando as patas
• Fraqueza muscular
Sintomas;
• Déficits assistemétricos
• Andar compulsivo em círculos
• Cegueira central colateral
• Ataxia
• Déficits proprioceptivos
• Convulsões
AVC – Acidente Vascular Cerebral
Diagnóstico: Tratamento:
Diferenciar afecções traumáticas metabólicas, Não há tratamento específico
neoplásicas, infecciosas, inflamatórias e tóxicas
Depende da causa da síndrome
Exames:
• Hemograma
• Bioquímico
• Caso PAS aumentada entra-se com Inibidores da ECA
• Urinálise
ou bloqueadores de canal de cálcio
• Perfil coagulação
• Aferição de pressão arterial • Casos de hipotensão indica-se fluidoterapia com
• Coprocultura coloides ou salinas
• Testes hormonais • Casos de edema cerebral recomenda-se diuréticos
• Tomografia
osmóticos
• Ressonância Magnética (RM)
• Análise de líquido cerebroespinhal (LCE) é • Não recomenda-se o uso de neuroprotetores,
inespecífica, mas importante pra excluir outras trombolíticos e glicocorticoides
causas • Craniotomia para remoção de coágulos apenas em
• Caso de aumento de PIC a colheita é pacientes que apresentam piora progressiva do
contraindicada quadro neurológico, desde que não haja
coagulopaticas
Convulsão
É sintoma!
Importante descobrir a causa!
Evento súbito de etiologia extracraniana ou intracraniana, com variação de intensidade dos sinais.
Classificações:
Generalizada: Originada de ambos hemisférios cerebrais causando sinais simétricos
Focalizada Parcial: Alteração no córtex cerebral, observa-se movimentos em face unilateral ou contralateral.
Variações diversas de acordo com a área do córtex afetada:
• unilateral da face ou membros
• Área occiipitotemporal: alucinações
• Área parietal: lamber ou morder partes do corpo
• Área temporal, piriforme ou límbica: sonolência, agressão, gritos, latidos e sialorréia
• Área límbica ou hipotalâmica: micção, defecação, salivação, midríase, vômito e diarréia
• Focalizada
Área motora (córtex cerebral do lobo frontal): movimentos de mastigação, pedalagem, contração de face
(simples ou complexa) com generalização secundária: Animal apresenta uma focalizada e se torna
generalizada.
Sintoma;
• Tremores
Diagnóstico:
Diferenciais para doenças de medula espinhal, cervicotorácicas, polineuropatias, entre outros.
Botulismo também é um diagnóstico diferencial a ser pensado
Presença de protozoários
Sintomas;
• Dor oral
• Presença de inflamação em gengivas
• Odor forte
• Redução de apetite
Sintomas;
• Presença de placas escurecidas encima dos dentes
• Hálito forte Posso escovar os dentes
• Sangramentos gengivais dos meus animais?
• Infecções secundárias
• Se não tratado pode avançar para um quadro
cardiológico
Sintomas;
• Micção em locais inadequados
• Hematúria
• Polaquiúria
• Redução do apetite
• Excessiva lambedura em região de pênis
• Em palpação nota-se a bexiga reduzida e dolorida
Diagnóstico:
Baseia-se em exclusão de demais causas de inflamação das vias urinárias inferiores como urolitíase, neoplasia,
entre outros
Em urinálise apresenta cristalúria e piúria (pús na urina) sem presença de bactérias, além de urocultura negativa
Radiografia e ultrassom apresentam parede vesical expressada
DTUIF (Doenças do Trato Urinário Inferior dos Felinos)
Não Obstruídos
Diferente dos cães que os agentes normalmente são bacterianos associados, ou não a urolitíase
Maior risco em animais acima de 12 anos com quadro de obesidade
Diagnóstico:
Alterações bioquímicas ou hematológicas aparecem somente em animais com obstrução ou o agente
causador gerando resposta sistêmica concomitante
Urinálise e cultura são importantes para diferenciar de cistite bacteriana
Radiografia e ultrassonografia são essenciais para investigar urólitos, neoplasia e anormalidades estruturais
Sintomas;
• Disúria
• Hematúria
• Vocalização
• Letargia
• Dor
• Agressividade
• Tentativas de urinar
Sintomas;
• Poliúria
• Polidipsia
• Anorexia
• Vômito
• Perda de peso
• Diarréias
• Noctúria
• Cegueira aguda
• Fraqueza muscular
Diagnóstico:
Em caráter crônico, estágio 1 em urinálise nota-se densidade urinária em <1,020
Estágio 2 ao 4 nota-se aumento sérico de creatina, uréia, fósforo e acidose metabólica. Bicarbonato
e Cálcio razoavelmente baixos. Anemia
Exames de imagem evidenciam rins pequenos e córtices renais difusamente ecodensos com perda
de limites corticomedulares
DRC – Doença Renal Crônica em Cães e
Gatos
Tratamento:
Cada paciente deve ser encarado como um paciente único, tratado e monitorado.
Nutrição;
• Restrição exagerada de sódio e proteínas
• Dietas com restrição de fósforo e alta digestibilidade
• Pacientes em estágio 4 ou crise urêmica devem ser estimulados a se alimentar com pastas palatáveis e em
pequenas quantidades durante o dia
• Pacientes estáveis, porém hiporêmicos devemos adicionar água morna ou caldos na ração
• Caso houver ulceração oral, realizar higienização
Antieméticos; em caso de quadros de vômito constante (metoclopramida)
Redução da secreção gástrica; Omeprazol
Fluidoterapia; podendo ser feita por via subcutânea para correção da desidratação com ringer lactato + vitaminas
do complexo B
Controle da hiperfosfatemia; devemos manter as quatidas de fósforo abaixo de 4,5-6md/dl nos estágios 2 a 4,
encoraja-se o uso de quelantes de fósforo como hidróxido de alumínio
Glomerulonefrite
Doença que leva a um grau de destruição ou alteração dos glomérulos renais
Uma das principais doenças que evolui para DRC
Sintomas;
•Dor abdominal
•Poliúria
•Polidipsia
•Halitose
•Prostração
•Urina menos concentrada
•Sinais neurológicos
•Êmese
•Hipertensão
•Emagrecimento
•Perda de massa muscular
•Letargia
•Pelagem opaca
Sintomas;
• Aumento de volume abdominal
• Pirexia
• Apatia
• Anorexia ou hiporexia
• Hematúria
• Diúria
• Anúria
• Sinais neurológicos
Diagnóstico: O US dilatação da pelve e afinamento do parênquima renal
Tratamento suporte, investigar e tratar causa base
Correção hidroeletrolítica
Casos de neoplasias e perda de função renal, a nefrectomia pode ser recomendada.
Incontinência Urinária
“Passagem involuntária da urina pela uretra, sendo a causa de origem:
- Neurológica
- Bexiga
- Uretra”
Tratamento feito baseado na causa base, sendo o mais comum IMEU (frouxidão de esfíncter)
Medicamentoso: Alfa-adrenérgicos + estrogênio + análogos do GnRH
Caso haja insucesso: Procedimento cirúrgico
Atualmente em casos de IMEU Refratária é feita a aplicação de colágeno na submucosa da uretra via cistoscopia
ITUI – Infecção do Trato Urinário Inferior
Em cães uma das doenças mais comuns em idosos
Gatos apresentam em sua maioria secundária a outras enfermidades
Classificada em
1.Não complicada: não apresenta anormalidades anatômicas, neurológicas, funcionais
2.Complicada: a afecção ocorre secundariamente a afecções identificáveis (urólitos, alterações neurológicas...)
Sintomas;
• Bexiga pequena e dolorida
Diagnóstico via urinálise, nota-se presença de hematúria, leucocitúria, aumento de células de transição e bacteriúria
Urocultura quantitativa e qualitativa + antibiograma
Descartar possíveis doenças
Sintomas;
• Letargia
• Anorexia
• Vômitos
• Diarréia
• Desidratação
• Úlceras orais
• Hálito urêmico
• Dor a palpação abdominal
Diagnóstico feito via bioquímico, apresenta aumento súbito de creatina, uréia, fósforo e potássio
Sintomas;
• Poliuria
• Polidipsia
• Dor lombar
• Dor abdominal
• Febre
Diagnóstico via urinálise apresentando piúria, hematúria, proteinúria, bacteriúria e cilindros leucotitários
Sintomas;
• Cistite
• Hematúria
• Polaquiúria
• Estrangúria
• Assintomático
Diagnóstico: Os cálculos de oxalato de cálcio, estruvita e sílica podem ser vistos através de radiografia, enquanto
os de urato, cistina e xantina geralmente requerem técnica de uretrocistografia retrógrada de duplo contraste
e/ou US abdominal
Tratamento é baseado na desobstrução e após o incentivo a ingestão de água
Em casos de hipercalemia mais severa devemos realizar fluidoterapia com solução fisiológica e avaliar a
Endocrinologia
DI – Diabetes Insipidus
DM – Diabetes Mellitus Cães e Gatos
CAD - Cetoacidose Diabética
HAC – Hiperadrenocorticismo ou Síndrome de Cushing
HPT – Hiperparatireoidismo
Tireotoxicose ou Hipertireoidismo Felino
HTC – Hipertireoidismo Canino
DI – Diabetes Insipidus
Produção excessiva de urina
Rara em pequenos animais
“É uma doença considerada rara em pequenos animais ocasionada por uma alteração no metabolismo
da água pela síntese ou secreção deficiente do hormônio antidiurético (ADH) ou pela incapacidade dos
túbulos renais em responder a esse hormônio”
Classificada em:
DIC – Central: Síntese ou secressão inapropriada de ADH (vasopressina)
DIN – Nefrogênica: Resposividade prejudicada dos néfrons ao hormômio
Diagnóstico; Urina altamente diluída porém densidade urinária <1.006 ou tão baixa quanto 1.001
Exclusão de demais causas de PU e PD
Sintomas:
• Alopecia em todo o corpo
• Aumento de apetite
• Aumento na ingestão de líquidos
• Aumento abdominal (abdômem
pendular)
• Aumento de volume urinário
• Perda muscular
• Cansaço excessivo
• Desidratação
HAC – Hiperadrenocorticismo
Síndrome de Cushing
Diagnóstico; Tratamento; Baseado na causa base
• Iatrogênico: “porque usa corticoides?
Em conversa com tutor, o mesmo • Adrenal-dependente (HACAD):
relata excessivo uso de corticoides Adrenalectomia cirúrgica
durante toda a vida do animal Adrenalectomia medicamentosa (causa a
destruição química completa do córtex das
Há aumento de FA e ALT adrenais para posteriormente tratar o
hipoadrenocorticismo)
Hiperlesterolemia • Hipofise-dependente (HACHD):
Adrenocorticolíticos e adrenocorticostáticos
hipertrigliceridemia • Atípico ou Aculto: Adrenocorticolíticos
Linfopenia
A terapia com Mitotane ou Trilostane ainda são as
DU <1.015 mais recomendadas, devemos avaliar a necessidade
ou não de associação
HPT - Hiperparatireoidismo
“... aumento contínuo na secresão do PTH”
HPT primário: secressão irregular pela tireóide
HPT secundário: resposta a redução sérica de cálcio ionizado (podendo ser nutricional ou renal)
Incomum em cães e rato em gatos
Diagnóstico
• HPT primário: apresenta-se com hipercalcemia persistente associada a normofosfatemis
• HPT secundário nutricional: animal apresenta hipocalcemia associada a dieta de baixo aporte de cálcio-fósforo e
corticais ósseas finas (aumento de cavidade medular)
• HPT secundário renal: animal apresenta normocalcemia a hipercalcemia associada a hiperfosfatemia
Tratamento
• HPT primário: remoção do tecido anormal da paratireóide
• HPT secundário nutricional: Intervenção nutricional, rações com bom aporte de cálcio + fósforo + Vitamina D
(suplementação com Vit D é contraindicada)
Tireotoxicose
Hipertireoidismo Felino
“... doença multissistêmica resultante da produção
excessiva dos hormônios tireoidianos ativos T3 e/ou T4
Comum em gatos idosos
Decorrente principalmente de adenoma ou hiperplasia adenomatosa em uma ou ambas tireóides e em menor
ocorrência carcinoma tireoidiano
Sintomas; Perda de peso, polifagia, polidipsia, diarreia, vômito, hiperatividade, fezes volumosas e mal-cheirosas
10% dos gatos podem apresentam letargia, fraqueza muscular, anorexia e anormalidades cardíacas
Sintomas;
Dermatológicos: “Cauda de rato”, rarefação pilosa, pelame seco, piodermites crônicas, seborreia,
otites recorrentes, associadas a sinais metabólicos
Sinais metabólicos: ganho de peso, intolerância ao exercício, sonolência, intolerância ao frio,
bradicardia, fraqueza generalizada, doença vestibular periférica e paralisia do nervo facial
Sintomas; Ascite, icterícia, vômitos, diarréia desidratação, perda de peso, poliúria, polidipsia,
coagulopatias e encefalopatia hepática
Sintomas;
• Hiporexia
• Vômitos
• Diarréia
• Perda de peso crônicos
(dependendo do local afetado)
Tratamento baseado em dietas hipoalergênicas + Ácidos graxos (ômega 3) + vitaminas do completo E, B12 e
Ácido fólico + Antibióticos (metronidazol) + Antinflamatórios + Drogas imunossupressoras
+ tratamento sintomático
EH– Encefalopatia Hepática
“Síndrome clínica resultante da insuficiência hepática (aguda ou crônica) ou de anomalia vascular
portossistêmica que leva ao acúmulo de substâncias tóxicas no sangue e gerando alterações em SNC”
Sintomas;
• Redução do nível de consciência
• Agressividade
• Desorientação
• Podendo evoluir pra convulsões
• Ataxia
• Amaurose (perda total ou parcial da visão)
• Andar em círculos
• Coma
Sintomas: vômitos crônicos pós alimentação (podem ser em jatos) e distensão abdominal
AGUDA CRÔNICA
Duração baixa, alguns dias Maior duração, 1 a 2 semanas
Causada por medicações, alimentação Relacionada a doença intestinal inflamatória e
inadequada, substâncias químicas irritantes, ser classificada como lifocítica-plasmocitária,
agentes infecciosos, corpo estranho ou reação eosinofílica, granulomatosa e atrófica
imune
Quando não causada por Heliobacter seguir
tratamento vide Gastrite Aguda
Diagnóstico: Anamnese + RX ou US que mostrem
mucosa gástrica espessada
Casos de ulceração pode ocorrer anemia e Infecção por Heliobacter sp.
melena (pode causar lifocítica-plasmocitária)
Diagnóstico de Heliobacter é feito via bióspsia.
Tratamento baseia-se na eliminação da causa Tratamento feito como a gastrite aguda
base. associada a antibióticos com Metronidazol
Hidratação + Jejum hídrico-alimentar por 24h +
Antieméticos + Inibidores da bomba de prótons +
Hepatite Crônica
“Doenças que causam lesões inflamatórias-necrosantes no fígado, como doença de armazenamento de cobre,
predisposição familiar, tóxica, infecciosa ou idiopática”
Podendo evoluir para cirrose ou encefalopatia hepática
Nem sempre a causa está bem definida
Sintomas;
Perda de peso x apetite exagerado
Diarréia crônica
Volume fecal abundante
Esteatorréia
Tratamento: Enzimas pancreáticas (pancreatina ou fornecimento de pâncreas cru de bovino ou suíno (85-
110g/20kg) + dieta + suplementação (cobalamina + tocoferol)
Intussucepção
“Pregueamento do intestino em que uma porção fica por dentro (intussucepto) de outra porção
adjacente (intussucipiente)”
Tem como causas base os quadros de obstrução (completa ou parcial), quadros de parasitismo, infecções
virais, corpos estranhos, aderências e tumores.
Sintomas;
• Vômito
• Diarreia sanguinolenta
• Sensibilidade abdominal
Diagnóstico: RX ou US
Sintomas;
• Anorexia
• Perda de peso
• Vômitos
• Icterícia
• Podendo haver hepatomegalia
O principal sintoma é a regurgitação logo após alimentação ou cerca de 1h depois, comida não digerida.
A doença se desenvolve pelo desgaste da cartilagem que cobre o interior das articulações e dos ossos,
causando perda de elasticidade que, por sua vez, gera dor e impede a mobilidade normal
Diagnóstico baseado em radiografias que pode apresentar a lise óssea e irregularidade em superfície, somado
a exame clínico, indica-se também a realização de exames laboratoriais – hemograma, bioquímico (proteínas
totais, albumina, glicose...)
Sintomas;
• Redução da atividade
• Dificuldade de se levantar após descanso
• Claudicação intermitente ou contínua
Cães se tornam claudicantes após exercício prolongado, tem marcha bamboleante, rígida e curta
São relutantes ao exercício, preferindo manter-se deitados ou sentados, levantando
vagarosamente e com dificuldades
Em quadros crônicos, a musculatura da região pélvica e da coxa se atrofia, principalmente em
glúteos e quadríceps.
DCF - Displasia Coxofemoral em Cães
Diagnóstico feito via anamnese + exames radiográficos
RX avalia a congruência articular e sinais de osteoatrite usando a posição
radiográfica ventrodorsal padrão sob anestesia.
Há 2 tratamentos;
Conservador: utilizando AINEs + Analgésicos + Condroprotetores
Cirúrgico (alguns procedimentos dependendo do caso)
• Sinfisiodese púbica juvenil
• Osteotomia da pelve
• Substituição total da articulação coxofemoral
• Ressecção da cabeça/colo femoral
• Denervação acetabular
DAD – Doença Articular Degenerativa
Osteoartrite
Degeneração não inflamatória e não infecciosa da cartilagem articular, acompanhada por
neoformação óssea nas margens sinoviais e fibrose do tecido mole periarticular
Classificada em;
• Primária, relacionada com a idade e causa da degeneração é desconhecida
• Secundária, relacionada a doenças predisponentes (displasia, ruptura de ligamentos...)
Diagnóstico feito via exame ortopédico detalhado para detectar as articulações acometidas,
aumento de volume articular, crepitação, redução da amplitude de movimentos,
instabilidade e dor
Diagnóstico baseado no exame físico, em uma palpação é possível notar uma maior distância entre o
trocânter maior do fêmur e a tuberosidade isquiática.
Na extensão dos membros pélvicos, o membro afetado estará mais curto no caso de luxação
craniodorsal
RX em 2 posições para identificação de possíveis complicações (fraturas)
Diagnóstico baseado em histopatologia que revela epitélio corneal com espessura variável
Em estroma observa-se grânulos de cálcio
Tratamento feito via ceratectomia superficial podendo ser eficaz em casos de degeneração
progressiva
Dietas restritivas de colesterol parecem não reduzir a lesão, entretando suplementação
dietética com oligofrutossacarídeos de cadeia curta apresentam resultados
Prognóstico bom!
Esclerose Lenticular
Opacidade causada pela impactação do
núcleo da lente (cristalino) pela proliferação
de célula epitelial da cápsula anterior.
Sintomas; Tosse, cansaço, dispneia, intolerância ao exercício, ascite, edema de membros, síncopes e morte súbita
Diagnóstico:
• Sopro obrigatório (sistólico), crepitação pulmonar (edema), pulso jugular e ascite (ICC direita), cianose e ortopnéia
• RX: aumento atrial esquerdo e/ou direito, cardiomegalia, edema pulmonar, efusão pleural e ascite (tricúspide)
• ECG: Despolarizações supraventriculares e/ou ventriculares prematuras, taquicardia atrial e fibrilação atrial
• ECO: Hiperecogenicidade e espessamento dos folhetos acometidos, dilatação atrial, função sistólica preservada
em estágios iniciais de prejudicada em estágios finais.
Diagnóstico:
• Sopro sistólico mitral de início subido associado a sinais clínicos, sopro diastólico em foco aórtico e arritmias
• ECG: Arritmias ventriculares
• ECO: Vegetações valvulares, regurgitação mitral e aórtica
• Hemocultura ++
Tratamento conservador
Remoção do estímulo estrogênico + Limpeza e hidratação do
tecido exteriorizado + Recolocação da mucosa vaginal
evertida
Cirurgico; em casos de animais não reprodutores =
Ovariosalpingohisterectomia (OH)
Mastite
Infecção bacteriana da glândula mamária
Geralmente ocorre no período puerperal, e na ocorrência de pseudogestação
Sintomas; Anorexia, letargia, descaso com filhotes, febre, desidratação, formação de abcessos e necrose da mama,
septicemia e choque
Por conta do processo pode haver presença de secressão hemorrágica e/ou purulenta
Tratamento;
Conservador = internamento até a estabilização do quadro em casos graves e filhotes devem ser sepados da mãe +
Fluidoterapia parenteral (casos de desidratação e septicemia) + Secagem do leite + Antibióticoterapia + Curativo local
Cirúrgico = Debridamento cirúrgico ou Mastectomia
Em casos de abcessos e lesões extensas deve-se realizar o tratamento conservador prévio para redução de inflamação
da glândula
Orquite e Epididimite
Inflamação do testículo e do epidídimo, respectivamente, podendo ocorrer em conjunto ou
separadamente
Podem ser causadas por traumas, infecções ou reação autoimune
Sintomas;
Fase aguda: pode haver edema do conteúdo escrotal, dor, febre, letargia e anorexia
Fase crônica: observa-se aumento não doloroso do conteúdo escrotal, seguido de degeneração,
fibrose ou atrofia
Deve-se fazer sorologia para Brucella canis em todos os cães que apresentarem aumento testicular
Sintomas; Desenvolvimento das glândulas mamárias, secreção láctea, depressão, anorexia, vômito
e comportamento materno
Diagnóstico baseado de estro recente, OH durante diestro, terapia com progestágenos exógenos e
hipotireoidismo
Diagnostico diferencial = gestação!!
Sintomas variam de acordo com a localização e tamanho do tumor, porém alguns sintomas são esperados
como;
• Anorexia
• Fraqueza
• Distenção abdominal
• Trombocitopenia
• CIVD
• Mucosas hipocoradas
• Perda de peso
Diagnóstico definitivo é feito através de biópsia incisional ou excisional do tumor primário ou de lesões
metastáticas
Os protocolos de tratamento mais utilizados são a base de Doxorrubicina a cada 21 dias durante 4 a 6
sessões, podendo ser usado como agente único ou associações
Mastocitoma
Neoplasias oriundas da transformação maligna de mastócitos, podendo se apresentar de forma cutânea
e extracutânea
Segundo tumor de maior incidência em cães
Características clínicas muito variadas e o comportamento pode variar de pouco agressivo a
extremamente maligno
Essa neoplasia pode ocorrer também em; conjuntiva, glândula salivar, nasofaringe, laringe, cavidade oral,
trato gastrointestinal e coluna
Por conta das ulcerações gastrointestinais, sintomas como vômito, melena e hematoquesia são
esperados, portanto caracterizam a síndrome paraneoplásica associada aos mastocitomas
Diagnóstico é feito via biópsia aspirativa com agulha fina e encaminhado para histopatologia
Nossa função como defensores do bem estar animal, muitas vezes nossa função
acaba sendo mostrar ao tutor que aquilo que afeta seu mascote tem solução, tem
tentativa ou paliativos visando sempre a qualidade de vida do animal!
... nem sempre é fácil, mas devemos tentar mesmo assim
Obrigada!!
“DOC. Ci” - Dra. Cinthia P. Rosolem
CRMV 49.987/SP
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