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J. M. Marin
Genética
INTRODUÇÃO
DEFEITO
enzima
ENZIMÁTICO
produto
substrato
produto
rota alternativo
alternativa
Enzimas diferentes funcionam na
mesma área de metabolismo
Enzima 1
• As enzimas 1, 2 , 3 e 4
atuam conjuntamente
para gerar o Produto Enzima 2
final.
• Na ausência de qualquer
uma destas enzimas o Enzima 3
defeito será o mesmo:
falta do Produto final
• Logo a clínica será a Enzima 4 Produto final
mesma!
Doenças diferentes originam-se por
defeitos de uma mesma enzima
Produto 1
• A enzima Y atua
em 4 rotas
metabólicas, que
Produto 2
produzem
produtos Enzima Y
diferentes
Produto 3
• Logo, na ausência
da enzima Y todos
os 4 produtos
estarão ausentes, Produto 4
o que resulta
numa mesma
clínica
Complexidade de vias metabólicas
Quando suspeitar de EIM?
• Herança ligada ao X
Retardo do crescimento 25
Convulsões 24
Vômitos, letargia 20
Diagnóstico
• Efetivo feito pela determinação da atividade
enzimática - muito caro - só quando há
suspeita
• Diversidade de efeitos- dificuldade
• Usa-se testes de triagem (urina, sangue)- falso
positivo
Amniocentese
Amniocentese
Tabela com EIM que podem
ser detectados
Doenças pesquisadas com
sondas de DNA
Estratégias de tratamento dos EIM
• Restrição alimentar
• Reposição
• Desvio
Restrição alimentar
P URINAS
D. LE S CH-NYHA N
Distúrbios Metabólicos Hereditários
Erros Inatos do Metabolismo
Distúrbios Metabólicos Hereditários
Erros Inatos do Metabolismo
Doenças de metabolismo
intermediário
• Cistinúria
• Fenilcetonúria
• Tirosinemia
AMINOACIDOPATIAS
• Homocistinúria
• Alcaptonúria
Alcaptonúria
ALCAPTONÚRIA
• Conceito de EIM: distúrbios determinados
geneticamente que afetam as vias metabólicas
da biotransformação no organismo:
AMINOÁCIDOS-ALCAPTONÚRIA
• Manifestação tardia: ~
30 anos
• Tratamento: ingestão
reduzida de fenilalanina
e tirosina
Fenilcetonúria
Proteína da dieta
Proteínas teciduais
melanina
Proteínas teciduais fenilalanina tirosina
tiroxina
Fenilalanina catecolaminas
hidroxilase
Acido fenolpirúvico
Metabolismo da fenilalanina
Fenilcetonúria
PKU
• Definição
– Doença metabólica que resulta da deficiência da enzima
fenilalanina hidroxilase hepática, que converte o
aminoácido fenilalanina em tirosina, a qual é precursora
da dopamina e da noradrenalina.
– Herança autossômica recessiva
• Incidência
– 1:11.000 nascidos vivos
• Diagnóstico
– “Teste do pezinho”
• triagem com cloreto férrico em pequenas amostras de
sangue
Teste do pézinho
Pelo SUS:
fenilcetonúria,
hipertiroidismo
congênito,
homoglobinoptias
Metabolismo da L-fenilalanina
• Dieta:
Oferta de alimentos pobres em fenilalanina, porém
com níveis suficientes deste aminoácido para
promover crescimento e desenvolvimento
adequados.
Tratamento dietoterápico
• Retiram-se da dieta:
– Alimentos ricos em proteína de origem animal e
vegetal
– Fontes Proteicas contém de 2,4% a 9% de fenilalanina
• Suplementação com fórmulas especiais
Fórmulas que contém uma mistura de aminoácidos e
isenta de fenilalanina, para suprir a necessidade de
proteína
• Suplementação com tirosina
Tratamento dietoterápico
Características físicas:
– Indivíduos altos e magros (dificuldade para ganhar peso)
Comprometimento:
Sistema vascular
- O aumento da Homocisteína leva a lesão endotelial (com aumento da proliferação muscular lisa, formação
da placa de ateroma; além de Aterosclerose prematura, risco de alterações na coagulação com TVP (trombose
venosa profunda), tromboembolismo pulmonar, AVC...
Sistema Nervoso
- Deficiência mental (50% dos pacientes), crises epilépticas, distúrbios psiquiátricos
Obs.: Parece que o aumento da HCTY cerebral provoca uma ação neuroexcitatória e epileptogênica
Diagnóstico
• Precoce
– Teste do pezinho
• Bioquímico
– Elevação dos níveis de Homocisteína sérica / Homocistina
e Presença de Homocistina e Metionina na urina (menos
comum pois os rins são capazes de reabsorver a
metionina)
• Enzimático
– Dosagem da atividade da enzima CBS (cistationina -
sintetase) mostrando atividade nula (homozigotos) e <
50% nos heterozigotos)
Tratamento dietético
• Suporte Nutricional:
4) Manter o estado nutricional adequado
5) Prevenir catabolismo proteico
6) Prevenir fenômenos tromboembólicos
Deficiência de Tirosinase
acúmulo ausência
Tirosina Melanina
(pele, mucosas, cabelos
e olhos)
Albinismo
Doenças do ciclo da uréia
DCU
• Ciclo da uréia
via final da excreção de compostos nitrogenados não
utilizados no metabolismo.
• Uréia
produzida a partir da amônia no processo conhecido como
detoxificação hepática
Não é excretada pelo rim e o aumento dos seus níveis é
extremamente danoso e prejudicial ao organismo por sua
neurotoxicidade
Doenças do ciclo da uréia
• Objetivo:
Fazer a depuração da amônia
• Tratamento dietético
– Restrição de proteínas na dieta
Obs.: A implementação de uma dieta hipoproteica justifica-
se pelo fato da produção e excreção fisiológicas de ureia
aumentarem linearmente com a ingestão proteica
– Prescrição de aminoácidos essenciais
– Suplementação de L-carnitina (50 a 100mg/kg/dia) – Em
virtude da restrição proteica e colabora para amonemia
– Suplementação de arginina ou citrulina (exceto na
deficiência de arginase)
– Suplementação com fórmulas metabólicas especiais
METABOLISMO DAS PURINAS
• Síndrome de Lesch-Nyhan
Lesh-Nyhan
METABOLISMO DAS PURINAS
• Galactosemia clássica
INTOLERÂNCIA • Deficiência de galactoquinase
AOS AÇÚCARES • Deficiência da epimerase
• Intolerância hereditária a frutose
Galactosemia
• Herança autossômica recessiva
• A galactosemia é um erro inato do metabolismo,
caracterizado por uma inabilidade em converter
galactose em glicose da maneira normal.
• O resultado imediato é o acúmulo de metabólitos da
galactose no organismo, que passa a ter níveis
circulantes elevados e tóxicos, principalmente para o
fígado, cérebro e olhos.
• A incidência desse tipo é de 1:50.000 neonatos
Galactosemia
• Galactosemia clássica
– Após alguns dias recebendo leite materno ou fórmula contendo
lactose, a criança afetada apresenta:
• Sucção débil, baixo ganho ponderal, hipoglicemia, alterações
hepáticas, diátese hemorrágica, icterícia, hiperamonemia
(casos + graves).
• Catarata neonatal – manifestação considerada clássica, mas
ocorre apenas em 10% dos pacientes nesta idade
Galactosemia
• Diagnóstico
– Triagem neonatal
• Não é oferecida na rede pública brasileira
• Tratamento dietético
– Restrição de Lactose e galactose
– Dieta enteral, com triglicerídeos de cadeia média (TCM) e
sem galactose
– Após estabilização do quadro – usar fórmulas a base de
soja, enriquecidas com cálcio
Galactosemia
Galactosemia
Frutosemia
• Transtorno autossômico recessivo do metabolismo da
frutose comprometimento na utilização de frutose
pelo organismo
• Causa:
– Deficiência da enzima frutose 1,6-bifosfato aldolase
(Aldolase B) resultando no acúmulo de frutose-1-
fosfato
• Incidência
– 1:20.000
Frutosemia
• Frutose: carboidrato muito comum na natureza
– Monossacarídeo
• Frutas, vegetais e mel
– Dissacarídeo
• Sacarose (açúcar de cozinha)
– Trissacarídeo
• Rafinose (leguminosas)
– Tetrassacarídeo
• Estaquiose (leguminosas)
– Polímeros
• Inulina (chicória)
Fisiopatologia
• Frutose:
– Quando absorvida pelo intestino delgado (ID), é rapidamente utilizada
pelo organismo
– Metabolismo
• Ocorre principalmente no fígado, nos rins e ID visando a
transformação em glicose
– Deficiência de aldolase B
• Impede o transporte de frutose pela membrana intestinal
• O excesso de frutose não absorvida atua como agente osmótico
que absorve água para a luz intestinal
• A frutose não absorvida é fermentada no cólon por bactérias e
produz gases (metano, dióxido de carbono)
Quadro clínico
• Desconforto gastrointestinal
– Vômitos, diarréia, distensão abdominal e flatulência
• Hipoglicemia
A frutose-1- fosfato acumulada inibe a glicogenólise
e gliconeogênese, causando hipoglicemia severa, seguida
à ingestão de frutose
– Tende a não ser muito exacerbada
• Intoxicação hepática
– Hepatomegalia, icterícia, ascite, melena
• Intoxicação renal
DEFICIÊNCIA DE PROTEINAS SÉRICAS
• Doença de Wilson
• Acúmulo de cobre - Destilação de cachaça - alambique de
cobre
• Cobre: 95% ceruloplasmina
• 5% albumina
• Efeito: Depósito – fígado - cirrose
• - cérebro - retardo mental
Doenças Metabólicas Hereditárias
• Hurler
MUCOPOLISSACARIDOSES • Huler- Sacheie
• Scheie
• Tay- Sachs
• Doença de Fabry
ESFINGOLIPIDOSES
• doença de Gaucher
• Nieman-Pick
Doenças lisossomais
• MUCOPOLISSACARIDOSES ESFINGOLIPIDOSES
• acúmulo de -Acúmulo de algum
glicosaminoglicanos leva a lipídio
desorganização do tecido -Membranas celulares
conjuntivo(fígado, ossos, ( tecido nervoso)
córnea)
Mucopolisacaridoses
MUCOPOLISSACARIDOSE
• Armazenamento lisossômico de mucopolissacarídeos →
depositados e armazenados em diversos tecidos → hepatoesplênico,
nervoso, ósseo, cartilaginoso, glandular, cardiovascular, oftalmológico
• Mucopolissacarídeos ou Glicosaminoglicanas: cadeias de
polissacarídeos sintetizadas por células do tecido conjuntivo
• Fácies grosseira
• baixa estatura c/deformidades esqueléticas
• cifose-escoliose
• hipoacusia progressiva
• hipertricose
• cabelos e sombrancelhas grossas e espessas
• macroglossia
• hipertrofia dos lábios
• comprometimento intelectual progressivo
• Tratamento: transplante de medula óssea
SINDROME DE HUNTER
• Infecções respiratórias
• hérnia inguinal e umbilical
• facies grotesca
• baixa estatura
• limitação articular
• hepatoesplenomegalia
• surdez moderada
• comprometimento
intelectual moderado
Doença de Hurler
DOENÇA DE ARMAZENAMENTO
LISOSSÔMICO
• Armazenamento lisossômico de lipídeos:
-alteração no metabolismo de lipídeos → acúmulo
nos lisossomos → vísceras, cérebro e vasos
sanguíneos
-Gangliosidoses: D. Tay-Sachs
D. de Gaucher
• Armazenamento lisossômico de
mucopolissacarídeos:
-Mucopolissacaridoses: S. Hurler
S. Hunter
S. Morquio
LIPIDOSE OU GANGLIOSIDOSE
• Sensibilidade ao suxametônio
• Suxametônio- Succinilcolina→ anestésico→ apnéia
• Enzima presente no soro- pseudocolinesterase
• Sensibilidade a primaquina
• Primaquina → droga antimalárica
• Glicose 6 fosfato desidrogenase (G6PD): enzima envolvida em
uma via secundária da glicólise em hemácias
• Efeito: anemia hemolítica aguda
Defeitos Metabólicos- Farmacogenética
• Álcool desidrogenase
• Álcool etilico→figado
• Variedades suíça e inglesa
• Acatalasia
• H2O2 → parte afetada → cor escura
• Água oxigenada (Peróxido de Hidrogênio – H2O2) →→→ Água
• Catalase
• Autosssômica recessiva – japoneses
• Ausência de catalase
• – flora normal forma peróxidos que são quebrados pela catalase
• - ausência de catalase → peróxido leva a irritação da mucosa e gangrena
• Gengivite ulcerativa e necrosante