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Quando um animal é considerado idoso?
Gatos Cães
• Filhote: do nascimento até 1 ano de idade • Filhote: do nascimento até 1 ano de idade
• Jovem adulto: de 1 aos 6 anos de vida • Jovem adulto: de 1 aos 5 anos de vida
• Adulto maduro: dos 7 aos 10 anos de idade • Adulto maduro: dos 6 aos 10 anos de idade
• Sênior: 10 anos ou mais • Sênior: 8 a 10 anos ou mais
Mutação na mitocôndria;
Ocorrem mutações no genoma
mitocondrial causado por um constante
ataque de radicais livres, esse processo
causa uma perda da capacidade
regeneradora e redução da síntese de
ATP, induzindo a perda
A Consulta
Sistema digestório Sistema nervoso-locomotor
• apetite e deglutição; • convulsões ou alterações de comportamento;
• postura e marcha;
• emese e regurgitação;
• possibilidade de intoxicação.
• defecação e fezes;
Peles e anexos
• ingestão de água.
• pele;
Sistema cardio-respiratório • orelha;
• respiração; • unha.
• tosse/espirro; Manejo
• secreção nasal e/ou ocular; • presença de ectoparasitas;
• intolerância ao exercício; • ambiente;
Como?
• Sensorial = estimulo de todos os sentidos!
• Cognitivo = solução de problemas
• Físico = exercitar o corpo
• Social = interação entre indivíduos, espécies, ambientes
• Alimentar = “trabalhar” ou “se exercitar” pra receber a alimentação
Animal obeso
• Porque esse animal tem obesidade?
• Tutor oferta qual ração?
• Tutor oferta alimentos humanos?
• A ração é linha sênior?
• É obesidade ou líquido?
• Tutor oferta quanto de ração?
• Há exercícios?
Porque Ração Sênior?
Grãos mais aerados facilitando a mastigação
Contém componentes como condroitina e glucosamina (saúde das articulações)
Rica antioxidantes
Nível energético mais baixo
Doenças Neurológicas
Sindrome da Disfunção Cognitiva Canina
Síndrome Vestibular Central
Síndrome Vestibular Periférica
Mielopatia degenerativa
AVC – Acidente Vascular Cerebral
Convulsão
Epilepsia
Síndrome do Tremor Responsiva aos Corticosteroides
Tetraparesia/Tetraplegia
SDCC – Síndrome de Disfunção Cognitiva Canina
É uma síndrome neurodegenerativa crônica e progressiva, que acomete idosos e acarreta
alterações principalmente em sistema nervoso, ocasionando sinais clínicos em sua maioria
comportamentais.
Sintomas;
•Desorientação
•Vagar pela casa sem rumo
•Parecer perdido dentro casa
•Olhares fixos no espaço, paredes, móveis...
•Dificuldade em encontrar coisas que encontrava facilmente antes
•Não reconhece pessoas
•Não responde quando chamado
•Parece esquecer pelo qual foi a um cômodo A SDCC acomete;
•Pouco solicita atenção do tutor
•Cumprimentos menos entusiástico 48% dos cães a partir de 8 anos
•Dormir demais 62% dos cães entre 11 e 16 anos
•Redução de atividade Praticamente 100% dos cães acima de 16 anos
•Perda de costumes (esquece aonde defecar ou urinar)
SDCC – Síndrome de Disfunção Cognitiva Canina
Diagnóstico: Tratamento:
Se baseia na exclusão de outras doenças que • Selegilina 0,5-1,0mg/kg VO SID pela manhã
causem alteração comportamental como dores, (apresenta resultados rápidos)
encefalopatias, hipotireoidismo, neoplasias
• Caso a atividade predominante for a ansiedade
intracranianas e AVCs
podemos usar inibidores seletivos da receptação
Exames detalhados: de serotonina como Fluoxetina ou Sertralina
(necessário desmame)
• Hemograma
• Para o distúrbio dono x vigília podemos utilizar
• Bioquímico sérico
Melatonina ou ansiolíticos como Diazepan
• Urinálise
• Nutrição que aumente a quantidade de
• Dosagens hormonais (T4 supressão com antioxidantes, Ração Hill’s Science Diet b/d
dexametasona) (brain diet) que possui em sua formulação
• Radiografias de tórax, abdômen e tireóide ômega 3, L-Carnitina, antioxidantes e vitaminas)
• Modificações ambientais, como o uso de
• Ultrassonografia de tórax, abdômen e tireóide
rampas, alimentação ou premiações dentro de
caixas para estimular o cérebro
Síndrome Vestibular Central
A síndrome vestibular é definida na literatura de Delahunta e Glass (2009), como conjunto de sinais clínicos
em conjunto a uma doença do sistema vestibular, sendo o principal sistema sensorial responsável pela
manutenção do equilíbrio e pela orientação normal do corpo.
Podendo ter algumas causas como:
• Deficiência de tiamina (vitamina B1) que causa uma degeneração comum em gatos que são alimentados
apenas com peixe cru e cães que comem produtos industrializados. Tem como sintomas a inapetência,
perda de peso, vômitos e diarreias, quadro evolui para ataxia, convulsões e ventroflexão do pescoço.
Diagnóstico feito baseado em sinais clínicos e resposta a reposição de B1
• Doença Cerebrovascular (extremamente rara)
• Intoxicação por Metronidazol
• Meningoencefalites inflamatórias
• Neoplasias
• Traumas cranioencefálicos
Síndrome Vestibular Central
Diagnóstico: Tratamento:
Associação entre história clínica, exames físicos Não há tratamento específico
e laboratoriais. Depende da causa da síndrome
Exames:
• Hemograma
• Análise de líquor
• Radiografia da cabeça
• Tomografia Computadorizada
• Ressonância Magnética
• Otoscopia
Síndrome Vestibular Periférica
Sintomas;
• Head Tilt para o lado da lesão
• Ataxia
• Andar em círculos
Nistagmo horizontal Nistagmo rotatório
• Estrabismo posicional
• Nistagmo horizontal ou rotatório
• Síndrome de Horner (miose, ptose palpebral e enoftalmia)
• Nível de consciência normal
Diagnóstico: Presença de dor em bula timpânica, presença de fístula, em raio-x lauda-se otite interna
Tratamento feito com antibióticoterapia sistêmica e tópica, além de antinflamatórios e controle de dor.
Mielopatia Degenerativa
Uma doença neurológia progressiva e degenerativa que atinge a medula espinhal dos cães
Causa desconhecida, sabe-se apenas que os pacientes acometidos são portadores de uma mutação no gene
SOD1, a mutação gera problemas nas transmissões de informações do cérebro para os nervos responsáveis
pela movimentação
Há cuidados que podem ser tomados para prevenir, porém se o animal for portador do gene não haverá
muito o que ser feito
Raças pré-dispostas; Pastor-alemão, Husky-siberiano, Golden-retriever, Boxer, Pug, Corgi, Poodle, entre outras
Sintomas;
• Dificuldade de caminhar
• Falta de coordenação
• Andar cambaleante
• Andar arrastando as patas
• Fraqueza muscular
Sintomas;
• Déficits assistemétricos
• Andar compulsivo em círculos
• Cegueira central colateral
• Ataxia
• Déficits proprioceptivos
• Convulsões
AVC – Acidente Vascular Cerebral
Diagnóstico: Tratamento:
Diferenciar afecções traumáticas metabólicas, Não há tratamento específico
neoplásicas, infecciosas, inflamatórias e tóxicas
Depende da causa da síndrome
Exames:
• Hemograma
• Bioquímico
• Caso PAS aumentada entra-se com Inibidores da ECA
• Urinálise ou bloqueadores de canal de cálcio
• Perfil coagulação
• Aferição de pressão arterial • Casos de hipotensão indica-se fluidoterapia com
• Coprocultura coloides ou salinas
• Testes hormonais • Casos de edema cerebral recomenda-se diuréticos
• Tomografia osmóticos
• Ressonância Magnética (RM)
• Análise de líquido cerebroespinhal (LCE) é • Não recomenda-se o uso de neuroprotetores,
inespecífica, mas importante pra excluir outras trombolíticos e glicocorticoides
causas • Craniotomia para remoção de coágulos apenas em
• Caso de aumento de PIC a colheita é pacientes que apresentam piora progressiva do
contraindicada quadro neurológico, desde que não haja
coagulopaticas
Convulsão
É sintoma!
Importante descobrir a causa!
Evento súbito de etiologia extracraniana ou intracraniana, com variação de intensidade dos sinais.
Classificações:
ü Generalizada: Originada de ambos hemisférios cerebrais causando sinais simétricos
ü Focalizada Parcial: Alteração no córtex cerebral, observa-se movimentos em face unilateral ou
contralateral. Variações diversas de acordo com a área do córtex afetada:
• unilateral da face ou membros
• Área occiipitotemporal: alucinações
• Área parietal: lamber ou morder partes do corpo
• Área temporal, piriforme ou límbica: sonolência, agressão, gritos, latidos e sialorréia
• Área límbica ou hipotalâmica: micção, defecação, salivação, midríase, vômito e diarréia
• Área motora (córtex cerebral do lobo frontal): movimentos de mastigação, pedalagem, contração de face
Focalizada (simples ou complexa) com generalização secundária: Animal apresenta uma
focalizada e se torna generalizada.
Sintoma;
• Tremores
Diagnóstico:
Diferenciais para doenças de medula espinhal, cervicotorácicas, polineuropatias, entre outros.
Botulismo também é um diagnóstico diferencial a ser pensado
Presença de protozoários
Sintomas;
• Dor oral
• Presença de inflamação em gengivas
• Odor forte
• Redução de apetite
Diagnóstico via anamnese
Tratamento via antibióticos + antinflamatórios
Devemos buscar causa base
Doença Periodontal
Inflamação dos tecidos que suportam a dentição
causada pelo acúmulo de placas bacterianas na
dentição
Sintomas;
• Presença de placas escurecidas encima dos dentes Posso escovar os dentes
• Hálito forte dos meus animais?
• Sangramentos gengivais
• Infecções secundárias
• Se não tratado pode avançar para um quadro
cardiológico
Sintomas;
• Micção em locais inadequados
• Hematúria
• Polaquiúria
• Redução do apetite
• Excessiva lambedura em região de pênis
• Em palpação nota-se a bexiga reduzida e dolorida
Diagnóstico:
Baseia-se em exclusão de demais causas de inflamação das vias urinárias inferiores como urolitíase,
neoplasia, entre outros
Em urinálise apresenta cristalúria e piúria (pús na urina) sem presença de bactérias, além de urocultura
negativa
Radiografia e ultrassom apresentam parede vesical expressada
DTUIF (Doenças do Trato Urinário Inferior dos Felinos)
Não Obstruídos
Diferente dos cães que os agentes normalmente são bacterianos associados, ou não a urolitíase
Maior risco em animais acima de 12 anos com quadro de obesidade
Diagnóstico:
Alterações bioquímicas ou hematológicas aparecem somente em animais com obstrução ou o agente
causador gerando resposta sistêmica concomitante
Urinálise e cultura são importantes para diferenciar de cistite bacteriana
Radiografia e ultrassonografia são essenciais para investigar urólitos, neoplasia e anormalidades estruturais
Sintomas;
• Disúria
• Hematúria
• Vocalização
• Letargia
• Dor
• Agressividade
• Tentativas de urinar
Sintomas;
• Poliúria
• Polidipsia
• Anorexia
• Vômito
• Perda de peso
• Diarréias
• Noctúria
• Cegueira aguda
• Fraqueza muscular
Diagnóstico:
Em caráter crônico, estágio 1 em urinálise nota-se densidade urinária em <1,020
Estágio 2 ao 4 nota-se aumento sérico de creatina, uréia, fósforo e acidose metabólica. Bicarbonato
e Cálcio razoavelmente baixos. Anemia
Exames de imagem evidenciam rins pequenos e córtices renais difusamente ecodensos com perda
de limites corticomedulares
DRC – Doença Renal Crônica em Cães e Gatos
Tratamento:
Cada paciente deve ser encarado como um paciente único, tratado e monitorado.
Nutrição;
• Restrição exagerada de sódio e proteínas
• Dietas com restrição de fósforo e alta digestibilidade
• Pacientes em estágio 4 ou crise urêmica devem ser estimulados a se alimentar com pastas palatáveis e
em pequenas quantidades durante o dia
• Pacientes estáveis, porém hiporêmicos devemos adicionar água morna ou caldos na ração
• Caso houver ulceração oral, realizar higienização
Antieméticos; em caso de quadros de vômito constante (metoclopramida)
Redução da secreção gástrica; Omeprazol
Fluidoterapia; podendo ser feita por via subcutânea para correção da desidratação com ringer lactato +
vitaminas do complexo B
Controle da hiperfosfatemia; devemos manter as quatidas de fósforo abaixo de 4,5-6md/dl nos estágios 2 a
4, encoraja-se o uso de quelantes de fósforo como hidróxido de alumínio
Sintomas;
• Aumento de volume abdominal
• Pirexia
• Apatia
• Anorexia ou hiporexia
• Hematúria
• Diúria
• Anúria
• Sinais neurológicos
Diagnóstico: O US dilatação da pelve e afinamento do parênquima renal
Tratamento suporte, investigar e tratar causa base
Correção hidroeletrolítica
Casos de neoplasias e perda de função renal, a nefrectomia pode ser recomendada.
Incontinência Urinária
“Passagem involuntária da urina pela uretra, sendo a causa de origem:
- Neurológica
- Bexiga
- Uretra”
Sintomas;
• Bexiga pequena e dolorida
Diagnóstico via urinálise, nota-se presença de hematúria, leucocitúria, aumento de células de transição e
bacteriúria
Urocultura quantitativa e qualitativa + antibiograma
Descartar possíveis doenças
Sintomas;
• Letargia
• Anorexia
• Vômitos
• Diarréia
• Desidratação
• Úlceras orais
• Hálito urêmico
• Dor a palpação abdominal
Diagnóstico feito via bioquímico, apresenta aumento súbito de creatina, uréia, fósforo e potássio
Tratamento baseado em identificar e eliminar os distúrbios pré e pós renais
Infecção do Trato Urinário Superior - Pielonefrite
“É a colonização microbiana do trato urinário superior, geralmente por infecção ascendente, resultando na
inflamação da pelve e parênquima renal”
Sintomas;
• Poliuria
• Polidipsia
• Dor lombar
• Dor abdominal
• Febre
Diagnóstico via urinálise apresentando piúria, hematúria, proteinúria, bacteriúria e cilindros leucotitários
Sintomas;
• Cistite
• Hematúria
• Polaquiúria
• Estrangúria
• Assintomático
Diagnóstico: Os cálculos de oxalato de cálcio, estruvita e sílica podem ser vistos através de radiografia,
enquanto os de urato, cistina e xantina geralmente requerem técnica de uretrocistografia retrógrada de
duplo contraste e/ou US abdominal
Tratamento é baseado na desobstrução e após o incentivo a ingestão de água
Em casos de hipercalemia mais severa devemos realizar fluidoterapia com solução fisiológica e avaliar a
administração conjunta de dextrose e gluconato de cálcio lentamente e sempre monitorando.
Endocrinologia
DI – Diabetes Insipidus
DM – Diabetes Mellitus Cães e Gatos
CAD - Cetoacidose Diabética
HAC – Hiperadrenocorticismo ou Síndrome de Cushing
HPT – Hiperparatireoidismo
Tireotoxicose ou Hipertireoidismo Felino
HTC – Hipertireoidismo Canino
DI – Diabetes Insipidus
Produção excessiva de urina
Rara em pequenos animais
“É uma doença considerada rara em pequenos animais ocasionada por uma alteração no
metabolismo da água pela síntese ou secreção deficiente do hormônio antidiurético (ADH) ou
pela incapacidade dos túbulos renais em responder a esse hormônio”
Classificada em:
DIC – Central: Síntese ou secressão inapropriada de ADH (vasopressina)
DIN – Nefrogênica: Resposividade prejudicada dos néfrons ao hormômio
Sintomas; Poliúria e Polidipsia
Diagnóstico; Urina altamente diluída porém densidade urinária <1.006 ou tão baixa quanto 1.001
Exclusão de demais causas de PU e PD
Tratamento inicial no controle hídrico do animal
DIC usa-se análogos sintéritos a vasopressina (dDAVP) dose reduzida
DIN usa-se dDAVP porém dose em 5x maior que DIC + diuréticos + restrição de sódio na dieta
DM – Diabetes Mellitus
“... é uma doença caracterizada pelo excesso de glicose circulante na corrente sanguínea ocasionando uma
série de distúrbios metabólicos. O excesso de glicose pode ser devido a produção insuficiente de insulina ou
pela deficiência na ação da insulina e ambos os processos podem ocorrer concomitantemente.”
Sintomas;
• Perda de peso
• Hiperglicemia persistente
• Poliúria
• Polidipsia
• Polifagia
• Glicosúria
• Desidratação
• Catarata bilateral (em cães)
• Esteatose
• Insuficiência renal
• Hipertensão arterial
• Postura plantígrada (em gatos)
• Infecções bacteriana como cistites e piodermites
Animais cetoacidóticos podem apresentar:
• Vômito
• Anorexia importante
• Desidratação severa
• Sinais neurológicos
• Respiração lenta e ampla
DM – Diabetes Mellitus
Tratamento;
Insulinoterapia: avaliação de glicemia e frutosamina
Diagnóstico: sérica em jejum e considerada;
• Sintomatologia ligada a hiperglicemia e glicosúria ü Boa quando glicemia <234mg/dL e frutosamina
concomitantes são indispensáveis <450mol/L
ü Moderada quando glicemia está entre 234 e
• Aumento de FA e ALT em bioquímico 306mg/dL e frutosamina entre 450 e 550mol/L
• Hipercolesterolemia ü Ruim quando glicemia >306mg/dL e frutosamina
>550mol/L
• Hipertrigliceridemia Tratamento é considerado eficaz quando há ausência de
• DU <1.025 PU/PD e o paciente se encotrar em bom estado corporal
e peso adequado.
• Cetonúria
+ Terapias dietéticas e exercícios
• Deve-se avaliar comorbidades (cistite, pancreatite,
inuficiência pancreática exócrina,
hiperadrenocorticismo)x Em gatos não recomendamos exercícios e há
possibilidade do uso de hipoglicemiantes orais (30%
alcançam bons resultados com o uso
CAD - Cetoacidose Diabética
Ocorre em pacientes portadores de DM
Falta de insulina induz ao catabolismo lipídico, com o aumento da cetogênese hepática e a mobilização de ácidos graxos
livres geram uma hipercetonemia = acidose metabólica
Sintomas;
• Anorexia
• Adipsia
• Vômitos
• Diarréia
• Taquipneia
• Dor generalizada
• Distensão abdominal
• Desidratação
• Pirexia
Casos avançados: hálito cetônico, alterações respiratórias compensatórias, sonolência, torpor, confusão mental e coma
Sintomas:
• Alopecia em todo o corpo
• Aumento de apetite
• Aumento na ingestão de líquidos
• Aumento abdominal (abdômem
pendular)
• Aumento de volume urinário
• Perda muscular
• Cansaço excessivo
• Desidratação
HAC – Hiperadrenocorticismo
Síndrome de Cushing
Diagnóstico; Tratamento; Baseado na causa base
Em conversa com tutor, o mesmo relata • Iatrogênico: “porque usa corticoides?
excessivo uso de corticoides durante toda a vida
do animal • Adrenal-dependente (HACAD):
Há aumento de FA e ALT ü Adrenalectomia cirúrgica
Hiperlesterolemia ü Adrenalectomia medicamentosa (causa a
destruição química completa do córtex das
hipertrigliceridemia adrenais para posteriormente tratar o
hipoadrenocorticismo)
Linfopenia
• Hipofise-dependente (HACHD):
DU <1.015 Adrenocorticolíticos e adrenocorticostáticos
• Atípico ou Aculto: Adrenocorticolíticos
Diagnóstico
• HPT primário: apresenta-se com hipercalcemia persistente associada a normofosfatemis
• HPT secundário nutricional: animal apresenta hipocalcemia associada a dieta de baixo aporte de cálcio-
fósforo e corticais ósseas finas (aumento de cavidade medular)
• HPT secundário renal: animal apresenta normocalcemia a hipercalcemia associada a hiperfosfatemia
Tratamento
• HPT primário: remoção do tecido anormal da paratireóide
• HPT secundário nutricional: Intervenção nutricional, rações com bom aporte de cálcio + fósforo + Vitamina D
(suplementação com Vit D é contraindicada)
• HPT secundário renal: avaliação de DRC e suplementação
Tireotoxicose
Hipertireoidismo Felino
“... doença multissistêmica resultante da produção
excessiva dos hormônios tireoidianos ativos T3 e/ou T4
Comum em gatos idosos
Decorrente principalmente de adenoma ou hiperplasia adenomatosa em uma ou ambas tireóides e em
menor ocorrência carcinoma tireoidiano
Sintomas; Perda de peso, polifagia, polidipsia, diarreia, vômito, hiperatividade, fezes volumosas e mal-
cheirosas
10% dos gatos podem apresentam letargia, fraqueza muscular, anorexia e anormalidades cardíacas
Sintomas;
Dermatológicos: “Cauda de rato”, rarefação pilosa, pelame seco, piodermites crônicas, seborreia,
otites recorrentes, associadas a sinais metabólicos
Sinais metabólicos: ganho de peso, intolerância ao exercício, sonolência, intolerância ao frio,
bradicardia, fraqueza generalizada, doença vestibular periférica e paralisia do nervo facial
Sintomas;
• Hiporexia
• Vômitos
• Diarréia
• Perda de peso crônicos
(dependendo do local afetado)
Tratamento baseado em dietas hipoalergênicas + Ácidos graxos (ômega 3) + vitaminas do completo E, B12 e
Ácido fólico + Antibióticos (metronidazol) + Antinflamatórios + Drogas imunossupressoras
+ tratamento sintomático
EH– Encefalopatia Hepática
“Síndrome clínica resultante da insuficiência hepática (aguda ou crônica) ou de anomalia vascular
portossistêmica que leva ao acúmulo de substâncias tóxicas no sangue e gerando alterações em SNC”
Sintomas;
• Redução do nível de consciência
• Agressividade
• Desorientação
• Podendo evoluir pra convulsões
• Ataxia
• Amaurose (perda total ou parcial da visão)
• Andar em círculos
• Coma
Diagnóstico via sinais clínicos e aumento de amônia sérica
Perda marcante da massa hepática funcional (via US)
Confirmação de anomalia vascular que desvia o fluxo sanguíneo do sistema portal para circulação
sistêmica
Tratamento: Lactulose (1-3ml/kg VO BID) + Antibióticos
Dieta com alto teor de CHO + baixa concentração de proteínas e de alto valor biológico
Tratamento da doença de base
Estenose Pilórica Hipertrófica
Hipertrofia da musculatura pilórica (porção final do estômago)
Causas: gastrite crônica, gastrite urêmica, colapso de traqueia ou neoplasias
Sintomas: vômitos crônicos pós alimentação (podem ser em jatos) e distensão abdominal
AGUDA CRÔNICA
Duração baixa, alguns dias Maior duração, 1 a 2 semanas
Causada por medicações, alimentação Relacionada a doença intestinal inflamatória e
inadequada, substâncias químicas irritantes, ser classificada como lifocítica-plasmocitária,
agentes infecciosos, corpo estranho ou reação eosinofílica, granulomatosa e atrófica
imune ü Quando não causada por Heliobacter seguir
tratamento vide Gastrite Aguda
Diagnóstico: Anamnese + RX ou US que
mostrem mucosa gástrica espessada
Casos de ulceração pode ocorrer anemia e Infecção por Heliobacter sp.
melena (pode causar lifocítica-plasmocitária)
Diagnóstico de Heliobacter é feito via bióspsia.
Tratamento baseia-se na eliminação da causa Tratamento feito como a gastrite aguda
base. associada a antibióticos com Metronidazol
Hidratação + Jejum hídrico-alimentar por 24h +
Antieméticos + Inibidores da bomba de prótons
+ protetores de mucosa (sucralfato)
Hepatite Crônica
“Doenças que causam lesões inflamatórias-necrosantes no fígado, como doença de armazenamento de
cobre, predisposição familiar, tóxica, infecciosa ou idiopática”
Podendo evoluir para cirrose ou encefalopatia hepática
Nem sempre a causa está bem definida
Sintomas;
Perda de peso x apetite exagerado
Diarréia crônica
Volume fecal abundante
Esteatorréia
Sintomas;
• Vômito
• Diarreia sanguinolenta
• Sensibilidade abdominal
Diagnóstico: RX ou US
Tratamento: Cirúrgico e eliminação da causa base
Pós cirúrgico alimentação pastosa + Hidratação + Antibióticos
Lipidose Hepática Felina
Acúmulo de triglicerídeos no fígado
Doença muito comum em gatos de adultos e sênior
Predisposição em animais obesos ou anoréxicos, ou que sofreram algum tipo de estresse
Sintomas;
• Anorexia
• Perda de peso
• Vômitos
• Icterícia
• Podendo haver hepatomegalia
Diagnóstico: Aumento acentuado de Fa e moderado de ALT, AST e GGT
Bilirrubina aumentada e possíveis alterações de coagulação
Pode haver hipocalemia e anemia
RX pode mostrar uma hepatomegalia
US pode demonstrar aumento de ecogenicidade hepática
Biópsia ou CAAF evidenciam hepatócitos vacuolizados
Tratamento: Tratar causa base
Retirar animal da fonte de estresse
Tirar animal do estado catabólico fornecendo alimentos por via enteral
Hidratação
Antieméticos + estimulantes de apetite
Suplementação de aminoácidos (taurina + L-carnitina + arginina + cobalamina)
Megaesôfago
Dilatação esofágica generalizada
Diferentes causas:
• Congênita (pós desmame)
• Idiopática (entre 7 a 15 anos)
• Secundária a doenças neuromusculares (miastenia grave)
• Alterações anatômicas (persistência do arco aórtico)
O principal sintoma é a regurgitação logo após alimentação ou cerca de 1h depois, comida
não digerida.
Diagnóstico feito via radiografia onde é visível o aumento de volume
Tratamento suporte para correção de desequilíbrios hidroeletrolíticos e acido-básicos.
Preferência por ringer-lactato.
Manejo alimentar (evitar aspiração)
Pró-cinéticos (metoclorpramida)
Caso haja pneumonia deve ser tratada
Pancreatite Aguda e Crônica
AGUDA CRÔNICA
Inflamação do pâncreas de surgimento súbito, Inflamação contínua do pâncreas, causando
podendo ser reversível alterações morfológicas irreversíveis e
deficiência permanente da função endócrina
e exócrina
Obesidade, fatores nutricionais, alguns medicamentos, toxinas, obstrução de ductos pancreáticos
(cálculos, tumores...), traumatismos, endocrinopatias, isquemias ou infecções são fatores pré-
disponentes
A doença se desenvolve pelo desgaste da cartilagem que cobre o interior das articulações e dos ossos,
causando perda de elasticidade que, por sua vez, gera dor e impede a mobilidade normal
Diagnóstico baseado em radiografias que pode apresentar a lise óssea e irregularidade em superfície, somado
a exame clínico, indica-se também a realização de exames laboratoriais – hemograma, bioquímico (proteínas
totais, albumina, glicose...)
Sintomas;
• Redução da atividade
• Dificuldade de se levantar após descanso
• Claudicação intermitente ou contínua
Cães se tornam claudicantes após exercício prolongado, tem marcha bamboleante, rígida e curta
São relutantes ao exercício, preferindo manter-se deitados ou sentados, levantando vagarosamente
e com dificuldades
Em quadros crônicos, a musculatura da região pélvica e da coxa se atrofia, principalmente em
glúteos e quadríceps.
DCF - Displasia Coxofemoral em Cães
Diagnóstico feito via anamnese + exames radiográficos
RX avalia a congruência articular e sinais de osteoatrite usando a posição
radiográfica ventrodorsal padrão sob anestesia.
Há 2 tratamentos;
üConservador: utilizando AINEs + Analgésicos + Condroprotetores
üCirúrgico (alguns procedimentos dependendo do caso)
• Sinfisiodese púbica juvenil
• Osteotomia da pelve
• Substituição total da articulação coxofemoral
• Ressecção da cabeça/colo femoral
• Denervação acetabular
DAD – Doença Articular Degenerativa
Osteoartrite
Degeneração não inflamatória e não infecciosa da cartilagem articular, acompanhada por
neoformação óssea nas margens sinoviais e fibrose do tecido mole periarticular
Classificada em;
• Primária, relacionada com a idade e causa da degeneração é desconhecida
• Secundária, relacionada a doenças predisponentes (displasia, ruptura de ligamentos...)
Diagnóstico baseado no exame físico, em uma palpação é possível notar uma maior distância entre
o trocânter maior do fêmur e a tuberosidade isquiática.
Na extensão dos membros pélvicos, o membro afetado estará mais curto no caso de luxação
craniodorsal
RX em 2 posições para identificação de possíveis complicações (fraturas)
Diagnóstico baseado em histopatologia que revela epitélio corneal com espessura variável
Em estroma observa-se grânulos de cálcio
Tratamento feito via ceratectomia superficial podendo ser eficaz em casos de degeneração
progressiva
Dietas restritivas de colesterol parecem não reduzir a lesão, entretando suplementação
dietética com oligofrutossacarídeos de cadeia curta apresentam resultados
Prognóstico bom!
Esclerose Lenticular
Opacidade causada pela impactação do
núcleo da lente (cristalino) pela
proliferação de célula epitelial da
cápsula anterior.
Diagnóstico baseado na opacidade axial
ao ser iluminado após dilatação pupilar
farmacológica
Observa-se a formação de um halo na
região central da pupila
O tratamento é desnecessário pois não
há interferência na visão
N-acetilcarnosina a 2% tópico foi capaz
de reduzir significativamente o grau de
opacidade em cães
Olho Azul
Ceratopatia Bolhosa
Formação de bolhas subepiteliais
devido a edema corneal severo com
degeneração de células endoteliais da
córnea
Sintomas; Tosse, cansaço, dispneia, intolerância ao exercício, ascite, edema de membros, síncopes e morte
súbita
Diagnóstico:
• Sopro obrigatório (sistólico), crepitação pulmonar (edema), pulso jugular e ascite (ICC direita), cianose e
ortopnéia
• RX: aumento atrial esquerdo e/ou direito, cardiomegalia, edema pulmonar, efusão pleural e ascite (tricúspide)
• ECG: Despolarizações supraventriculares e/ou ventriculares prematuras, taquicardia atrial e fibrilação atrial
• ECO: Hiperecogenicidade e espessamento dos folhetos acometidos, dilatação atrial, função sistólica
preservada em estágios iniciais de prejudicada em estágios finais.
Diagnóstico:
• Sopro sistólico mitral de início subido associado a sinais clínicos, sopro diastólico em foco aórtico e arritmias
• ECG: Arritmias ventriculares
• ECO: Vegetações valvulares, regurgitação mitral e aórtica
• Hemocultura ++
Tratamento conservador
Remoção do estímulo estrogênico + Limpeza e
hidratação do tecido exteriorizado + Recolocação da
mucosa vaginal evertida
Cirurgico; em casos de animais não reprodutores =
Ovariosalpingohisterectomia (OH)
Mastite
Infecção bacteriana da glândula mamária
Geralmente ocorre no período puerperal, e na ocorrência de pseudogestação
Sintomas; Anorexia, letargia, descaso com filhotes, febre, desidratação, formação de abcessos e necrose da mama,
septicemia e choque
Por conta do processo pode haver presença de secressão hemorrágica e/ou purulenta
Tratamento;
Conservador = internamento até a estabilização do quadro em casos graves e filhotes devem ser sepados da mãe +
Fluidoterapia parenteral (casos de desidratação e septicemia) + Secagem do leite + Antibióticoterapia + Curativo local
Cirúrgico = Debridamento cirúrgico ou Mastectomia
Em casos de abcessos e lesões extensas deve-se realizar o tratamento conservador prévio para redução de inflamação
da glândula
Orquite e Epididimite
Inflamação do testículo e do epidídimo, respectivamente, podendo ocorrer em conjunto ou
separadamente
Podem ser causadas por traumas, infecções ou reação autoimune
Sintomas;
Fase aguda: pode haver edema do conteúdo escrotal, dor, febre, letargia e anorexia
Fase crônica: observa-se aumento não doloroso do conteúdo escrotal, seguido de
degeneração, fibrose ou atrofia
Diagnóstico baseado em histórico + sintomas + palpação e inspeção em região escrotal
Biópsia aspirativa por agulha fina, avaliação seminal e US
Deve-se fazer sorologia para Brucella canis em todos os cães que apresentarem aumento
testicular
Tratamento dependente da causa base.
Conservador = Antibioóticoterapia e cirúrgico (orquiectomia uni ou bilateral)
Piometra
Complexo Hiperplasia Endometrial Cística
“Inflamação supurativa e degenerativa do endométrio, caracterizada pelo acúmulo do exsudato nas
glândulas endometriais e lúmen”
Sintomas variam de acordo com a localização e tamanho do tumor, porém alguns sintomas são
esperados como;
• Anorexia
• Fraqueza
• Distenção abdominal
• Trombocitopenia
• CIVD
• Mucosas hipocoradas
• Perda de peso
Diagnóstico definitivo é feito através de biópsia incisional ou excisional do tumor primário ou de
lesões metastáticas
Os protocolos de tratamento mais utilizados são a base de Doxorrubicina a cada 21 dias durante 4
a 6 sessões, podendo ser usado como agente único ou associações
Mastocitoma
Neoplasias oriundas da transformação maligna de mastócitos, podendo se apresentar de forma
cutânea e extracutânea
Segundo tumor de maior incidência em cães
Características clínicas muito variadas e o comportamento pode variar de pouco agressivo a
extremamente maligno
Essa neoplasia pode ocorrer também em; conjuntiva, glândula salivar, nasofaringe, laringe,
cavidade oral, trato gastrointestinal e coluna
Por conta das ulcerações gastrointestinais, sintomas como vômito, melena e hematoquesia são
esperados, portanto caracterizam a síndrome paraneoplásica associada aos mastocitomas
Diagnóstico é feito via biópsia aspirativa com agulha fina e encaminhado para histopatologia
Nossa função como defensores do bem estar animal, muitas vezes nossa função
acaba sendo mostrar ao tutor que aquilo que afeta seu mascote tem solução, tem
tentativa ou paliativos visando sempre a qualidade de vida do animal!
... nem sempre é fácil, mas devemos tentar mesmo assim
Obrigada!!
“DOC. Ci” - Dra. Cinthia P. Rosolem
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