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2020 HIAE

As infestações intestinais por Entamoeba histolytica devem ser tratadas

A) somente nos casos sintomáticos.


B) apenas se houver invasão tecidual.
C) em gestantes, apenas no terceiro trimestre.
D) somente em pacientes imunodeprimidos.
E) sempre.

» Devemos tratar todos os pacientes com exame de fezes apontando para infecção por E. histolytica, mesmo na ausência de
sintomas? A resposta é sim! Isso porque a amebíase possui um risco potencial de se tornar uma doença invasiva e de ser
transmitida para pessoas próximas, ao contrário de outras espécies comensais como a Entamoeba dispar e Entamoeba coli. O
tratamento envolve o uso de um agente intraluminal (ex.: paramomicina) nos portadores assintomáticos, mais um segundo
agente (ex.: metronidazol, tinidazol ou nitazoxanida) nos pacientes com doença sintomática. Resposta: E.

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2020 UNICAMP

Mulher, 35a, retorna à Unidade Básica de Saúde para resultado de exames por quadro de dor abdominal, perda de peso e
evacuações com sangue. Exame físico: emagrecida, descorada +/4+; restante sem alterações. Colonoscopia: aspecto granular da
mucosa de forma contínua, com perda do padrão vascular e presença de erosões no segmento retosigmóide. FATORES DE
RISCO PARA CANCER ASSOCIADOS AO QUADRO SÃO:

A) Doença pan-colônica; uso de imunobiológicos.


B) Intensidade da inflamação; uso de aminossalicilatos.
C) Duração prolongada da doença; presença de colangite esclerosante primária.
D) Emagrecimento; uso de imunossupressores.
E)

» Mulher com quadro de dor abdominal, hematoquezia e perda ponderal é investigada através de colonoscopia, que revela
acometimento inflamatório contínuo do cólon, o que nos faz pensar em retocolite ulcerativa (RCU). Lembre que ambos os
polos das doenças inflamatórias intestinais estão associados com maior incidência de adenocarcinoma de cólon, tanto a RCU
quanto a doença de Crohn. Tal associação é muito mais forte com a RCU. Os dois principais fatores de risco para câncer são
tempo de doença (> 8-10 anos de doença) e a extensão do acometimento (maior na pancolite). A colangite esclerosante
primária também acarreta aumento do risco por mecanismos ainda desconhecidos. A letra (A) pode ter gerado algumas
dúvidas... Há evidências que o uso de drogas anti-TNF está relacionado ao aumento do risco de algumas neoplasias, como o
linfoma. Entretanto, essa relação ainda não foi "100%" estabelecida na literatura. Além disso, a prescrição dessas drogas pode
ser importante no manejo da doença inflamatória intestinal e, como sabemos, seu controle acaba reduzindo a incidência de
neoplasia. Dessa forma, a melhor resposta reamente é a alternativa (C).
2020 IAMSPE

Mulher de 32 anos de idade é avaliada por um quadro de perda de peso e síndrome de má absorção há 6 meses. Seu irmão tem
diabete melito tipo 1, e a mãe doença autoimune da tireoide. Exame físico: normal; IMC: 19kg/m². Exames séricos: hemoglobina:
11,0 g/dL, alanina aminotransferase (TGP): 60 U/L, aspartato aminotransferase (TGO): 42 U/L, bilirrubina total: 0,9 mg/dL,
ferritina: 6 ng/dL. Nesse momento, o melhor exame de triagem é o anticorpo

A) antitransglutaminase lgA.
B) antigliadina lgA.
C) anti-Saccharomyces cerevisiae IgA.
D) antimitocondrial.
E) antimúsculo liso.

» Questõa que traz quadro altamente sugestivo de doença celíaca - síndrome de má absorção intestinal com anemia ferropriva
grave (ferritina de 6 ng/dL), desnutrição e história familiar de doenças autoimunes... O anticorpo de escolha para triagem da
doença celíaca é o antitransglutaminase tecidual IgA (letra A correta). O anticorpo antigliadina convencional possui baixa
acurácia e não é recomendado para esse fim (letra B incorreta). O anti-ASCA é inespecífico e não é utilizado como exame de
triagem, nem mesmo para doença de Crohn (C incorreta). Antimitocondrial é usado para investigar colangite biliar primária (D
incorreta) e antimúsculo liso, para hepatite autoimune (E incorreta). Resposta: A.

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2020 USP - RP

Paciente masculino, 4 anos, portador da síndrome de Down, apresenta distensão abdominal observada há 2 anos. Na
investigação, a antitransglutaminase IgA foi fortemente reagente. Qual é a conduta imediata mais correta?

A) Pesquisa de HLA DR13 e DQ6.


B) Endoscopia digestiva alta com biópsia de duodeno.
C) Prescrever dieta de exclusão de glúten.
D) Colonoscopia com biópsias seriadas.

» Conhecendo a maior prevalência da doença celíaca em pacientes com síndrome de Down, uma vez que o paciente vinha
apresentando cronicamente distensão abdominal, foi solicitado de forma acertada a dosagem de anti transglutaminase A, um
marcador presente nesta doença. O autor deseja saber qual é o teste confirmatório, uma vez que, como a suspensão do
glúten na dieta restringe de forma considerável a alimentação do paciente, é importante termos o diagnóstico de certeza
antes de estabelecermos a conduta. Assim, a biópsia duodenal evidenciando infiltração linfocitária, alteração do padrão das
criptas e atrofia vilositária permitem a confirmação diagnóstica.
 
Gabarito: Alternativa B.

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2020 USP - SP

Mulher, 64 anos de idade, se queixa de dor abdominal difusa de forte intensidade há 24 horas, acompanhada de febre e diarreia
sem sangue. Nega sintomas urinários. Antecedente de internação prévia há 1 mês devido à pneumonia. Refere tabagismo. Tem
hipertensão arterial sistêmica e diabete melito, controladas com medicamentos. Ao exame físico, regular estado geral; FC = 110
bpm; FR = 16; PA = 100 x 70 mmHg; ausculta torácica sem alterações. Abdome distendido, doloroso com sinais de irritação
peritoneal difusamente. Exames bioquímicos: Hb = 11,3 g/dl; leuco. = 19,57 mil/mm³; PCR = 60 mg/dl; creat. = 2,19 mg/dl; ureia =
141 mg/dl; lactato = 28 mg/dl. Gasometria sem outras alterações. Tomografia de abdome: Qual é a principal hipótese
diagnóstica?

A) Colite pseudomembranosa.
B) Trombose venosa mesentérica.
C) Úlcera péptica perfurada.
D) Diverticulite complicada.
E)

» Questão difícil que traz paciente dor abdominal... Vamos ver os diagnósticos diferenciais propostos pelas alternativas?
Primeiro, úlcera péptica perfurada não parece ser o diagnóstico, tendo em vista a ausência de pneumoperitônio à tomografia
(C errada). Os sintomas da trombose venosa mesentérica são insidiosos — há desconforto abdominal progressivo (5 a 14 dias),
além de diarreia sanguinolenta (B errada). Ficamos então entre colite pseudomembranosa e diverticulite complicada. Para
fazer o diagnóstico diferencial entre essas últimas, vamos enxergar essa paciente sob a óptica do quadro diarreico? Ela tem
diarreia aquosa, febre e dor abdominal difusa um mês após utilizar antibióticos para pneumonia — olhando assim, parece que
a questão é simples, não é verdade? A grande hipótese diagnóstica, deste ângulo, é a colite pseudomembranosa! A tomografia
apresentada ajuda bastante: não há nem divertículos, coleção ou abscesso que justifiquem diverticulite complicada... O que se
nota (VER IMAGEM) é o espessamento evidente do cólon ascendente (vermelho) e descendente (laranja), com importante
edema de parede da alça intestinal, favorecendo o diagnóstico de colite pseudomembranosa. O quadro parece estar se
agravando, tendo em vista a elevação do lactato e de escórias nitrogenadas... Resposta: A.

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2020 UERJ

Homem de 68 anos apresenta diarreia líquida, de início há sete dias, acompanhada de febre de 38°C, náuseas e dois episódios
de vômitos. Relata oito evacuações por dia, sem muco, pus, sangue ou tenesmo. Com base no caso descrito: Classifique o tipo
de diarreia, de acordo com o tempo da doença e com a porção intestinal mais envolvida.

A) RESPOSTA

» Quadros diarreicos podem ser classificados, como solicitado pela questão, de acordo com:
(1) Duração. Até 2 semanas (14 dias) - aguda; entre 2 e 4 semanas - persistente; de 4 semanas em diante - crônica.
(2) Topografia. Alta (originada no delgado) - volume grande por evacuação; frequência baixa; sem tenesmo; com restos
alimentares. Baixa (originada no cólon) - volume pequeno por evacuação; frequência alta (> 8-10/dia); com tenesmo; pode
cursar com sangue, muco ou pus.
Bom, apesar da frequência de evacuações ser quase que limítrofe para definirmos a topografia acometida, a ausência de
tenesmo fala contra uma diarreia baixa. 
Portanto, a MELHOR resposta realmente é "aguda e alta".

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2020 UERJ

Homem de 68 anos apresenta diarreia líquida, de início há sete dias, acompanhada de febre de 38°C, náuseas e dois episódios
de vômitos. Relata oito evacuações por dia, sem muco, pus, sangue ou tenesmo. Com base no caso descrito: Cite a causa mortis
mais comum nos quadros mais graves da diarreia aguda.

A) RESPOSTA

» A diarreia do paciente apresentado é classificada como aguda e alta e, portanto, tem provável causa infecciosa. Em quadros
diarreicos agudos, a principal causa de morte é o choque hipovolêmico por desidratação.

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2020 UERJ

Homem de 68 anos apresenta diarreia líquida, de início há sete dias, acompanhada de febre de 38°C, náuseas e dois episódios
de vômitos. Relata oito evacuações por dia, sem muco, pus, sangue ou tenesmo. Com base no caso descrito: Classifique em que
grupo está a causa mais provável da diarreia aguda.

A) RESPOSTA

» A diarreia do paciente apresentado é classificada como aguda. Em cerca de 90% dos casos dessa condição, a etiologia é viral. O
principal agente implicado, em adultos, é o norovírus.

Video comentário: 233499

2020 UERJ

Homem de 68 anos apresenta diarreia líquida, de início há sete dias, acompanhada de febre de 38°C, náuseas e dois episódios
de vômitos. Relata oito evacuações por dia, sem muco, pus, sangue ou tenesmo. Com base no caso descrito: Defina a prioridade
no atendimento incial desse paciente.

A) RESPOSTA

» A diarreia do paciente apresentado é classificada como aguda e alta. A presença de febre suscita a possibilidade de infecção,
lembrando a você que a maioria (> 90%) de diarreias agudas são virais. A prioridade na abordagem dos portadores é a
hidratação.  Na maior parte dos casos, é possível realizar apenas reidratação com solução oral. A hidratação venosa
é recomendada apenas a pacientes com desidratação grave (perda de mais que 10% do peso corporal).

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2020 INCA

Um homem de 54 anos queixa-se de prurido generalizado e fadiga. É portador de retocolite ulcerativa e faz uso de mesalazina.
Nega etilismo ou tabagismo. Ao exame físico, as mucosas são coradas, hidratadas e ictéricas. Não há outras anormalidades no
restante do exame. Exames de laboratório: Hg: 12,4g/dL; LG: 5.670/mm³; plq: 213.000/mm³; creat: 0,8mg/dL; ur: 15mg/dL; Ca:
8,8mg/dL; BT: 3,5mg/dL; BD: 2,8mg/dL; FA: 346U/L; GGT: 450U/L; AST: 84U/L; ALT: 58U/L. Ultrassonografia abdominal: fígado,
pâncreas e vias biliares sem anormalidades; imagens hiperecogênicas com sombra acústica posterior nos cálices renais direitos
e esquerdos; ureteres de calibre normal; bexiga sem alterações. assinale o teste diagnóstico MAIS ADEQUADO na propedêutica
desse paciente.

A) Colangiorresonância.
B) Punção-biópsia hepática guiada por US.
C) Tomografia computadorizada do abdômen.
D) Ultrassonografia endoscópica.

» Temos um paciente apresentando síndrome colestática com hiperbilirrubinemia direta e aumento das enzimas canaliculares.
Quanto a investigação sobre a etiologia do quadro, o autor traz uma informação importante, a presença do diagnóstico prévio
de retocolite ulcerativa (RCU). Assim, sabemos que há uma associação entre a RCU e a colangite esclerosante primária (CEP),
sendo que 5% dos indivíduos com RCU desenvolvem CEP. Trata-se de uma condição autoimune que resulta em hepatopatia
colestática crônica por inflamação e fibrose dos ductos biliares intra e a extra hepáticos, com desenvolvimento de
hepatocarcinoma em 10 a 15% dos pacientes. Quanto a investigação diagnóstica, alvo de abordagem da questão, a
colangiorressonância possui acurácia em torno de 85%, evidenciando irregularidades murais ou múltiplas estenoses difusas
na árvore biliar intra ou extra-hepática alternadas por segmentos normais ou dilatados.
 
Gabarito: Alternativa A.

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2020 INCA

Um homem de 54 anos queixa-se de prurido generalizado e fadiga. É portador de retocolite ulcerativa e faz uso de mesalazina.
Nega etilismo ou tabagismo. Ao exame físico, as mucosas são coradas, hidratadas e ictéricas. Não há outras anormalidades no
restante do exame. Exames de laboratório: Hg: 12,4g/dL; LG: 5.670/mm³; plq: 213.000/mm³; creat: 0,8mg/dL; ur: 15mg/dL; Ca:
8,8mg/dL; BT: 3,5mg/dL; BD: 2,8mg/dL; FA: 346U/L; GGT: 450U/L; AST: 84U/L; ALT: 58U/L. Ultrassonografia abdominal: fígado,
pâncreas e vias biliares sem anormalidades; imagens hiperecogênicas com sombra acústica posterior nos cálices renais direitos
e esquerdos; ureteres de calibre normal; bexiga sem alterações. Assinale a alternativa que apresenta a constituição química
MAIS PROVÁVEL para os achados renais encontrados à ultrassonografia nesse paciente.

A) Ácido úrico.
B) Estruvita.
C) Fosfato de cálcio.
D) Oxalato de cálcio.

» Pacientes com doenças inflamatórias intestinais, especialmente a doença de Crohn, mas também a retocolite ulcerativa,
podem desenvolver distúrbios disabsortivos, principalmente por acometimento ileal. A presença de mais ácidos graxos não
absorvidos pelo intestino permite a ligação dos mesmos com o cálcio, que originalmente se ligaria ao oxalato. O aumento da
absorção do oxalato livre no trato gastrointestenal aumenta a oxalúria e a ligação do oxalato ao cálcio nos ductos renais
aumentam o risco de litíase.
 
Gabarito: Alternativa D.

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2020 UNIRIO

Paciente masculino, branco apresenta crises recorrentes de distensão abdominal algumas vezes associada à diarreia aquosa,
depressão, rash cutâneo herpetiforme e deficiências de vitamina D e cálcio. O diagnóstico é

A) síndrome do intestino irritável.


B) espru tropical.
C) doença de Whipple.
D) doença celíaca.
E) doença de Crohn.

» O enunciado descreve um paciente com sinais e sintomas de síndrome disabsortiva crônica, afetando especialmente a porção
mais proximal do intestino delgado (local onde são absorvidas vitaminas lipossolúveis, como a vit. D, e sais essenciais como o
cálcio). Ademais, o relato de lesão cutânea herpetiforme reforça a principal hipótese diagnóstica: DOENÇA CELÍACA, condição
associada com a famosa "dermatite herpetiforme" em regiões extensoras dos membros. Resposta: D.

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2020 UFRJ

Homem, 54 anos, com colite ulcerativa idiopática e quadro de megacólon tóxico. Diante deste diagnóstico, o tratamento
cirúrgico mais adequado é:

A) proctocolectomia com anastomose ileo anal com confecção de bolsa ileal


B) colectomia total com ileostomia e preservação do reto
C) colectomia total e ileorretoanastomose
D) colostomia de transverso em alça

» Nos portadores de retocolite ulcerativa que desenvolvem megacólon tóxico, há duas opções terapêuticas, de acordo com a
literatura:
(1) Nas referências clínicas, tratamento conservador é a primeira opção. A ausência de melhora em 48 a 72h ou deterioração
clínica são indicações de cirurgia. Na prática, “deterioração” é marcada pelo aumento da circunferência abdominal e/ou
instabilidade hemodinâmica.
(2) Nas referências cirúrgicas, o tratamento operatório é recomendado para todos os pacientes que desenvolvem a
complicação.
Como a questão "já tomou a decisão" de operar o paciente, nos bastaria conhecer o procedimento indicado: colectomia total
abdominal com ileostomia e preservação do reto com fechamento a Hartmann.
Resposta: B.

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2020 UFRJ

Pode-se afirmar que estabelece indicação para tratamento cirúrgico na Doença de Crohn:

A) câncer
B) dor abdominal
C) febre
D) emagrecimento

» Questão sem muita dificuldade! Dor abdominal, febre e emagrecimento fazem parte do espectro de sintomas esperados na
evolução de um paciente com doença de Crohn e, portanto, devem ser manejados inicialmente com terapia clínica (B, C e D
incorretas). Já o câncer colorretal é uma complicação das doenças inflamatórias intestinais cuja única forma de tratamento é
cirúrgica. Resposta: A.

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2020 SURCE

Paciente, sexo masculino, 30 anos, acompanhado em ambulatório especializado em Doença Inflamatória Intestinal por Doença
de Crohn, com diagnóstico há 10 anos e em uso de imunobiológico. Submetido a duas cirurgias prévias com enterectomias.
Chegou ao pronto-socorro com queixa de distensão e dor abdominal em cólica, vômitos amarelados e diminuição da eliminação
de flatos. Foi passada uma sonda nasogástrica descompressiva e referido a um serviço terciário. Foi instituído tratamento clínico
e solicitada entero tomografia que evidenciou múltiplas estenoses curtas (< 10 cm) sugestivas de fibrose crônica em segmentos
de intestino delgado, sem alterações no cólon. Mediante melhora apenas parcial dos sintomas, foi solicitada avaliação cirúrgica.
Com base na situação clínica exposta, qual a estratégia cirúrgica ideal?

A) Realizar plastias das estenoses (estenoplastias ou estricturoplastias).


B) Realizar cirurgia para derivação interna (""bypass"" íleo-transverso"").
C) Ressecar as estenoses com margem livre de doença e anastomosar.
D) Ressecar as estenoses sem margem livre de doença e anastomosar.

» Questão bacana... Portador de doença de Crohn com história de enterectomia prévia - naturalmente, por provável obstrução
intestinal - tem novo quadro obstrutivo demonstrado à enterotomografia. E agora, o que fazer? Há casos que podem ser
tratados conservadoramente, mas quando há fibrose, fica indicado tratamento cirúrgico. Como se sabe, na doença de Crohn,
cirurgia não tem objetivo curativo, mas tão somente de resolver pontualmente quadros obstrutivos - por isso, deve-se sempre
realizar "o menor" procedimento possível, evitando ressecções e anastomoses (C e D erradas). Caso necessária ressecção, que
seja do menor trecho possível. A estricturoplastia - ou estenoplastia - é o melhor procedimento para pacientes com múltiplas
estenoses curtas por fibrose. As cirurgias de derivação internas são procedimento ultrapassado, reservado atualmente para
pacientes com estenose gastroduodenal grave, sem possibilidade de tratamento com as plastias (B errada). Resposta: A.

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2020 AMRIGS

Não é característica da doença de Crohn:

A) Apresentar dois picos de frequência: 20 e 50 anos.


B) Ser mais frequente nas mulheres.
C) Tratar-se de uma afecção inflamatória curável.
D) Poder envolver qualquer segmento intestinal.

» São feitas quatro afirmativas a respeito da doença de Crohn (DC):


A) As doenças inflamatórias intestinais tipicamente possuem dois picos de incidência (distribuição bimodal) - o primeiro entre
os 15 e 30 anos e o segundo entre os 50 e 80 anos. CORRETA.
B) A DC possui uma discreta predominância no sexo feminino, possivelmente pela correlação com estrogênios sexuais, que
são um fator de risco. Em contrapartida, a retocolite ulcerativa é mais comum nos homens. CORRETA.
C) A DC é uma condição inflamatória de fundo autoimune não curável, mesmo após cirurgia. INCORRETA.
D) Sim! Essa doença pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal - da boca até o ânus. CORRETA.
Resposta: C.

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2020 UFMT

As neoplasias do intestino delgado correspondem a apenas 5% de todos os tumores gastrointestinais, sendo que entre 1% a 2%
desses podem ser malignos. As manifestações clínicas podem ir desde dor abdominal, perde de peso, diarreia, anemia, melena
ou hematoquezia, até obstrução intestinal. Entre os tipos histológicos de tumores malignos do intestino delgado, quais são os
mais frequentes?

A) Tumores Estromais Gastrintestinais (GIST)


B) Tumores carcinoides
C) Adenomas
D) Linfomas

» Apesar de extremamente raros, os tumores malignos do intestino delgado aparecem eventualmente em prova, quase sempre
com o mesmo enfoque dado por esta questão. Estatisticamente, as neoplasias malignas mais comuns do órgão são, em
ordem decrescente, os tumores carcinoides (tumores neuroendócrinos intestinais), adenocarcinomas, linfomas e tumores
estromais gastrointestinais. Resposta: B.

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2020 SES - PE

Um paciente de 30 anos, sabidamente portador de doença de Crohn de intestino delgado desde os 19 anos, procurou o hospital
com queixas de piora da diarreia, associada à dor em cólicas em região periumbilical e distensão abdominal, tendo apresentado
alguns episódios de vômitos na última semana. Dentre os exames abaixo, qual NÃO estaria indicado nesse momento para
avaliar a atividade da doença?

A) Dosagem de calprotectina fecal


B) Proteína C reativa
C) Endoscopia por cápsula
D) Êntero-tomografia
E) Êntero-ressonância

» Vejamos cada uma das assertivas em relação à avaliação da exacerbação da doença de Crohn:
 
A - Correta. A calprotectina fecal é um bom marcador para avaliação de atividade das doenças inflamatórias intestinais,
apresentando-se em níveis elevados e permitindo a diferenciação de quadros funcionais.
 
B - Correta. A proteína C reativa é um marcador inflamatório de baixa especificidade, elevando-se em diversas condições de
inflamação sistêmica, inclusive na exacerbação das doenças inflamatórias intestinais.
 
C - Incorreta. Apesar da cápsula endoscópica ser um exame útil para avaliar inflamação da mucosa intestinal em seus diversos
segmentos, o seu uso é contraindicado nos casos em que há suspeita de estenose do trato gastrointestinal, já que poderia
haver retenção da cápsula. Uma vez que o paciente apresenta-se com dor em cólica, distensão abdominal e vômitos, esse não
deve ser o exame utilizado para avaliação.
 
D e E - Corretas. A êntero tomografia e a êntero ressonância são exames não invasivos que permitem a reconstrução em
imagens dos intestinos, permitindo a avaliação da integridade e inflamação das alças.
 
Gabarito: Alternativa C.

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2020 SURCE

Paciente do sexo masculino, de 42 anos, procurou a UPA com relato de que há dois dias apresenta vômitos, inicialmente claros e,
posteriormente, com conteúdo fecaloide, redução na eliminação de fezes e flatos, associada à dor abdominal em cólica difusa
no abdômen. Ao exame da admissão, se observava cicatriz mediana de cirurgia anterior por ferimento por arma branca há dez
anos, distensão abdominal importante e aparentemente sem hérnias de parede abdominal. Foram realizadas radiografias
simples de abdômen e tórax e o paciente foi regulado para um serviço de emergência cirúrgica, onde foi feita a opção por
tratamento conservador com medidas de suporte e descompressão gástrica. Atualmente está com 48 horas de tratamento
conservador com o mesmo quadro clinico de entrada (não houve piora ou melhora). Qual deve ser a próxima conduta?

A) Manter conduta conservadora por mais 48 horas.


B) Solicitar tomografia computadorizada do abdômen.
C) Solicitar ressonância nuclear magnética do abdômen.
D) Indicar abordagem cirúrgica (laparotomia exploradora).

» Paciente de 42 anos dá entrada na unidade de pronto-atendimento com abdome agudo obstrutivo — há cólica difusa, vômitos
fecaloides e redução da eliminação de fezes e flatos — por prováveis bridas intestinais, tendo em vista a história de cirurgia
abdominal. O diagnóstico clínico-radiológico da obstrução foi firmado, tendo em vista a conduta adotada pelo serviço de
referência, ou seja, não há necessidade de ampliar a avaliação radiológica (B e C erradas). Por mais que o tratamento
conservador seja opção inicial em casos como este, cirurgia é regra nos quadros obstrutivos, visando sempre a abordagem
operatória antes do desenvolvimento da isquemia (estrangulamento), que piora sobremaneira o prognóstico... Dentre as
indicações cirúrgicas, pode-se citar a refratariedade ao manejo conservador por 48 horas (A errada). Resposta: D.

Video comentário: 234015

2020 SES - DF

Um paciente de 14 anos de idade, sem comorbidades, dá entrada na sala de emergência com rebaixamento do nível de
consciência. A monitorização revelou FC = 120 bpm, PA = 78 mmHg x 50 mmHg, FR = 46 irpm, SpO2 = 93%, glicemia capilar = 102
mg/dL. A mãe do paciente conta que o adolescente apresentava dor abdominal há cinco dias, inicialmente ao redor do umbigo,
associada a vômitos, inapetência e picos febris não aferidos. Ao exame, está sonolento, mas responsivo aos chamados, com
abdome tenso e descompressão brusca dolorosa. Relata ter comido um hambúrguer com maionese um dia antes do início dos
sintomas e os atribuiu a tal fato. Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir. A
infecção de ferida operatória é complicação comum após o tratamento cirúrgico adequado da doença apresentada por esse
paciente.

A) CERTO
B) ERRADO

» Tudo começou, nesse jovem de 14 anos, com dor periumbilical, febre, vômitos e anorexia. Cinco dias depois, porém, o jovem
chegou à emergência com instabilidade hemodinâmica e abdome tenso — ou seja, algum processo supurativo intra-
abdominal é a causa do quadro... Pela descrição da dor, que se iniciou na região periumbical, e pela evolução do quadro,
pensaremos em apendicite aguda supurada.  A infecção do sítio cirúrgico é a principal complicação de apendicectomias e está
mais associada à modalidade aberta, ocorrendo em 5% das apendicites simples. Na presença de sinais sugestivos (edema,
hiperemia, calor), a ferida cirúrgica deve ser explorada e a presença de pus indica a realização de exame de imagem para
descartar a presença de coleções intra-abdominais. Muita gente ficou na dúvida nesta questão porque, apesar de ser a
principal complicação das apendicectomias, ocorre em "apenas" 5% dos casos. Assim, a assertiva está incorreta. Resposta: B.

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2020 AMRIGS

Homem, 37 anos, com quadro de diarreia e perda de 10% do peso ponderal, dor abdominal de moderada intensidade e
depressão associada. Faz uso de amitriptilina. Realiza uma tomografia computadorizada que mostra edema e estenose de
intestino delgado. Qual o tratamento mais indicado?

A) Analgesia e laparotomia exploradora.


B) Anti-inflamatório oral.
C) Laparotomia com colectomia total.
D) Hidratação e sulfassalazina.

» O quadro clínico de diarreia, emagrecimento significativo, dor abdominal e estenose inflamatória (associada à edema) no
intestino delgado em um paciente adulto é sugestivo de doença de Crohn associada à suboclusão. O tratamento inicial da
suboclusão intestinal consiste em oferecer terapia de suporte (hidratação venosa, analgesia) e medicamentos específicos para
reduzir a inflamação intestinal - ex.: corticoterapia e derivados do 5-ASA (ex.: mesalazina, sulfassalazina). Não há, portanto,
indicação cirúrgica por ora (A e C incorretas). O uso de AINEs é contraindicado em pacientes com doença inflamatória
intestinal, pois estes medicamentos podem exacerbar ainda mais a atividade inflamatória (B incorreta). Apesar da alternativa D
ser a melhor opção de resposta, devemos fazer uma ressalva importante: sabemos que a região do intestino onde a
sulfassalazina tem "maior ação" é o cólon. Apesar de possuir algum efeito no íleo terminal, segmento frequentemente
acometido na DC (possivelmente, a estenose ocorreu nessa região), essa não seria uma droga "muito adequada" para tratar
esse indivíduo. Enfim... A MELHOR resposta acaba sendo a D mesmo.

2020 HCG

O maior risco de câncer colorretal nos portadores de retocolite ulcerativa está associado a fatores como o início da doença em
idade muito jovem e a paciente

A) com doença restrita ao reto.


B) com colangite esclerosante.
C) com eritema nodoso.
D) em tratamento com 5- ASA.

» Os dois principais fatores de risco associados à ocorrência de câncer colorretal em portadores de retocolite ulcerativa são: (1)
duração da doença (> 8 anos) - por isso quanto menor a idade de início do quadro maior a chance de câncer futuro; (2)
presença de colangite esclerosante... Parece que a extensão da doença também se relaciona a maior risco: logo, a doença
restrita ao reto (menor extensão possível) teria comparativamente a outras formas de acometimento, como a pancolite por
exemplo, um menor risco (A errada). Não há menção na literatura a uma possível associação com a presença de eritema
nodoso (C errada). O tratamento com derivados 5-ASA, ao controlar a colite, teoricamente diminuiria o risco (D errada).
Resposta: B.

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2020 HUBFS/HUJBB

Paciente do sexo feminino, 30 anos, procura atendimento médico devido a dor abdominal, perda de peso e diarreia de longa
data. Observa que seus sintomas possuem relação com alguns tipos de alimentação, como pão. Realizados exames, nota-se: Hb
10 g/dl (valor de referência: 12-15 g/dl), VCM 70 fL (VR: 80-100 fL), HCM 20 pg (VR 26-34 pg) e CHCM 26 (VR: 30-36 g/dl). A doença
e os exames para elucidação diagnóstica são, respectivamente,

A) doença de Crohn, vitamina B12 e colonoscopia com biópsia do íleo distal.


B) doença celíaca, ácido fólico e TRAB.
C) doença de Crohn, perfil de ferro e colonoscopia com biópsia do cólon transverso.
D) doença celíaca, perfil de ferro e endoscopia digestiva alta com biópsia de duodeno.
E) retocolite ulcerativa, perfil de ferro e endoscopia digestiva alta com biópsia de duodeno.

» Perceba que os sintomas da paciente estão tipicamente relacionados a ingestão de alguns alimentos. Na doença inflamatória
intestinal, a diarreia não tem relação marcante com a alimentação – seu padrão é muito mais contínuo. Sendo assim, já
conseguimos eliminar as opções (A), (C) e (E). Portanto, o diagnóstico mais provável é de doença celíaca. Segundo o Harrison, a
biópsia de delgado é fundamental para o diagnóstico. Devem ser obtidas quatro fragmentos da porção mais distal do
duodeno, região onde o ferro é absorvido. A má absorção desse nutriente pode justificar a anemia microcítica e hipocrômica
que a paciente também apresenta. Não há motivos para suspeitar de deficiência de vitamina B12 (elemento absorvido no íleo
terminal e que causa anemia megaloblástica) ou solicitar o TRAb (anticorpo relacionado principalmente à doença de Graves).
Dessa forma, a melhor resposta é a alternativa (D).

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2020 SCMBH

Sobre a doença de Crohn, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas. ( ) Início insidioso, febre baixa e diarreia
são manifestações clínicas encontradas na doença de Crohn. ( ) A doença de Crohn não acomete o intestino delgado, limitando-
se aos intestinos grosso e reto, sendo o cólon descendente o mais atingido. ( ) A doença de Crohn limita-se à superfície mucosa
do cólon, não atingindo planos mais profundos. ( ) O tabagismo está associado ao desenvolvimento da doença de Crohn, à
resistência à terapia médica e à recaída precoce da doença. Assinale a sequência correta.

A) V F V F
B) F V F V
C) V F F V
D) F V V F

» São feitas quatro afirmativas sobre a doença de Crohn (DC):


1. Verdadeira, pois essas são manifestações clínicas comumente presentes na DC.
2. Falsa, pois essa doença inflamatória intestinal pode afetar qualquer parte do intestino (delgado ou grosso). O íleo distal,
inclusive, é o local mais frequentemente envolvido, de maneira isolada (ileíte) ou em associação com o cólon (ileocolite).
3. Falsa, pois a inflamação envolve toda a espessura do intestino, ou seja, é transmural.
4. Verdadeira, pois o tabagismo não apenas atua como um fator de risco para a DC, como também piora a resposta ao
tratamento - ao contrário da retocolite ulcerativa, em que o cigarro é um fator protetor.
Resposta: C.

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2020 HC - UFPR

Paciente, 73 anos de idade, sexo feminino, IMC 23, apresenta quadro de dor abdominal de forte intensidade e de início súbito,
localizada no mesogástrio. Ao exame físico, observa-se taquicardia, sem distensão abdominal e sem sinais de irritação
peritoneal. Exames laboratoriais mostram hemograma sem alterações significativas, uma gasometria com acidose metabólica e
lactato de 7,3 mmol/L. O provável tipo de abdome agudo para esse caso é:

A) vascular ou isquêmico.
B) hemorrágico.
C) infeccioso.
D) perfurativo.
E) obstrutivo.

» A isquemia mesentérica é uma condição de difícil diagnóstico, uma vez que é uma doença de elevada gravidade, mas com
exame físico geralmente inocente ou com poucos achados. O estado hipoperfusional resulta em acidose metabólica e
hiperlactatemia, com deterioração hemodinâmica, sendo a angiotomografia o exame de escolha em pacientes estáveis
hemodinamicamente.
 
Gabarito: Alternativa A.

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2020 SCMBH

Analise as afirmativas a seguir relativas à diarreia. I. Redução do volume fecal com jejum e aumento do gap osmótico fecal
podem sugerir diarreia osmótica. II. Grande volume, pequena mudança com jejum e gap osmótico fecal normal podem sugerir
diarreia secretória. III. Febre, hematoquezia e dor abdominal podem sugerir diarreia de causa inflamatória. Estão corretas as
afirmativas

A) I e II, apenas.
B) I e III, apenas.
C) II e III, apenas.
D) I, II e III.

» O gap osmolar fecal é uma forma de estimar a contribuição de solutos para a retenção de água no lúmen intestinal, sendo
calculado pela seguinte fórmula: 290 – 2x (sódio + potássio). Como na diarreia secretória há secreção de eletrólitos no lúmen
intestinal, haverá uma alta concentração de sódio e potássio nas fezes, o que resultará em um gap osmolar fecal baixo,
inferior a 50 mOsm/kg. Já na diarreia osmótica, como temos um soluto responsável pela entrada de água no lúmen intestinal,
os eletrólitos fecais ficam diluídos, o que resulta em um gap osmolar fecal alto, maior que 125 mOsm/kg. Após essa pequena
revisão, fica mais fácil avaliarmos os itens:
I - A diarreia osmótica é caracterizada por um gap osmolar alto e, como é causada por um soluto osmoticamente ativo nas
fezes, ela melhora com o jejum. CORRETA.
II - Na diarreia secretória, o gap osmolar é tipicamente baixo (< 50 mOsm/L), mas um gap osmolar normal (entre 50-125
mOsm/kg) também pode ocorrer, especialmente se for um processo misto com diarreia osmótica. Sua fisiopatologia envolve
algum distúrbio no transporte hidroeletrolítico pela mucosa intestinal (ex.: toxinas ou drogas), portanto a presença de volumes
altos e ausência de melhora com jejum também corroboram para esse tipo de diarreia. CORRETA.
III - A presença de muco, pus e/ou sangue nas fezes, especialmente quando associados a outros sintomas sistêmicos, como
febre, são típicos da diarreia inflamatória. CORRETA.
Resposta: D.

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2020 HC - UFPR

São indicações de tratamento cirúrgico na colite ulcerativa, EXCETO:

A) manifestações extraintestinais.
B) displasia.
C) intratabilidade.
D) hemorragia colônica intensa.
E) megacólon tóxico.

» A colite ulcerativa (mais conhecida como retocolite ulcerativa), assim como a doença de Crohn, está associada a diversas
manifestações extraintestinais - incluindo doença dermatológica, articular, oftalmológica e hepatobiliar. Essas situações NÃO
são indicação de tratamento cirúrgico e, inclusive, algumas delas seguem um curso totalmente independente da doença
colônica, como a espondilite anquilosante e a colangite esclerosante primária (A incorreta). Todas as outras alternativas
exemplificam indicações clássicas de tratamento cirúrgico na RCU. Resposta: A.

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2020 HCPA

Assinale a assertiva INCORRETA sobre tumores carcinoides do intestino delgado.

A) É incomum a ocorrência de metástases hepáticas e linfonodais em tumores com menos de 2 cm de diâmetro.


B) A maior parte dos tumores encontra-se até 60 cm da válvula ileocecal, sendo multifocais em aproximadamente 25% dos
casos.
C) A PET-CT com gálio-68 tem sensibilidade superior à da cintilografia com análogo da somatostatina na detecção de doença
metastática.
D) O desenvolvimento da síndrome carcinoide ocorre majoritariamente nos pacientes com metástases hepáticas.
E) O uso profilático de análogo da somatostatina está indicado para evitar desencadeamento de crise carcinoide durante o ato
anestésico.

» O carcinoide, quando aparece no intestino delgado, geralmente o faz nos 60 cm terminais do íleo (ou seja, até 60 cm da
válvula ileocecal). Nesta topografia ele apresenta comportamento biológico mais "agressivo" do que em outros lugares, com
maior probabilidade de crescer e enviar metástases a distância (independentemente do tamanho da lesão primária - A errada),
sendo o principal sítio de metástase o fígado, seguido pelos linfonodos, além de ter maior chance de multicentricidade (B
correta). Lembre-se que a síndrome carcinoide é um sinal de metástase hepática do carcinoide intestinal: devido ao "efeito de
primeira passagem no fígado", as substâncias ativas (como a serotonina) secretadas pelo carcinoide intestinal na circulação
porta serão neutralizadas e não atingirão a circulação sistêmica! Se houver metástases hepáticas as substâncias ativas
secretadas pelas próprias metástases cairão diretamente na circulação sistêmica, exercendo efeito biológico geral (D correta).
O PET-CT é um método mais sensível do que a cintilografia com análogo de somatostatina, apesar de bem mais caro e menos
disponível (C correta). Os análogos de somatostatina, ao inibirem a secreção tumoral de substâncias bioativas, são úteis
durante a manipulação cirúrgica do tumor com o intuito de evitar o desencadeamento de uma "crise carcinoide" (súbita
liberação de substâncias bioativas). Na realidade, tais análogos já devem ser ministrados antes mesmo do ato anestésico, pois
a própria anestesia pode desencadear tal crise, mesmo sem manipulação física da lesão (efeito direto das drogas anestésicas
sobre o tumor) - E correta. Resposta: A.

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2020 AMP

Avalie as asserções a seguir e a relação causal proposta entre elas: I – Depois da ingestão de uma refeição, a contratilidade
colônica tônica e fásica aumentam por um período de aproximadamente 2 horas; PORQUE; II – a distensão mecânica do
estômago aumenta a motilidade colônica, mediada pelo nervo vago.

A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa da primeira.


B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa da primeira.
C) A asserção I é uma proposição verdadeira e a asserção II é uma proposição falsa.
D) A asserção I é uma proposição falsa e a asserção II é uma proposição verdadeira.
E) As asserções I e II são proposições falsas.

» As assertivas descrevem corretamente o chamado "reflexo gastrocólico", isto é, o paciente ingere alimentos, distende o
estômago, e isso estimula um reflexo mediado pelo vago fazendo aumentar a peristalse colônica a distância. A ideia básica é:
se vai entrar alimento novo, o material fecal já processado tem que sair para "dar espaço"... Assim, I e II são proposições
verdadeiras, mas a primeira é uma justificativa da segunda, e não contrário... Resposta: B.

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2020 AMP

Paciente masculino de 50 anos é diagnosticado com linfoma primário de intestino delgado. Dentre várias condições clínicas que
afetam o trato gastrointestinal, uma está classicamente associada a esta neoplasia. Qual é esta condição?

A) Doença celíaca.
B) Doença de Crohn.
C) Doença diverticular.
D) Síndrome de Peutz-Jeghers.
E) Polipose adenomatosa familiar.

»
Questão clássica! A incidência de neoplasias tanto gastrointestinais quanto não gastrointestinais, incluindo o linfoma
intestinal, apresenta-se elevada na doença celíaca. Devemos suspeitar da existência de linfoma sempre que um paciente com
doença celíaca que até então vinha evoluindo muito bem com uma dieta sem glúten não consegue mais responder à restrição
de glúten, ou quando um paciente que se apresenta com características clínicas e histológicas compatíveis com doença celíaca
não responde a uma dieta sem glúten. Resposta: A.

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