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Gastrologia
Úlcera péptica
Causa mais comum é no duodeno. Divertículo de Merckel – quando tem uma
úlcera lá dentro, ele pode sangrar. Causa mais comum de hemorragia digestiva baixa
em criança.
Complicações
7% das UP complicam – em queda devido a erradicação da Hp
Estenose – De tanto cicatrizar, dá estenose e o paciente passa a ter dor pois a comida
não passa. A dor além de queimação, ocorre essa dor em cólica. Há peristaltismo de
luta
Hemorragia – Se a úlcera for profunda e pegar um vaso. É uma das causas de
Hemorragia digestiva alta
Perfuração – Pode atravessar a mucosa, submucosa, muscular e serosa. Gerando:
Livre: extravasamento de HCl → peritonite (abdome agudo)
Tamponada: Quando perfura e vem o órgão nessa perfuração, geralmente, o pâncreas.
Nem sempre é abdome agudo. Não extravasa HCL
Tratamento
Malignização da úlcera – Discussão com patologista
Porque o CA gástrico precoce é microscópico, não visível, não pega o fragmento na
biopsia e o patologista faz diagnóstico de úlcera. Entretanto, cerca de 2,5/3 anos
(tempo de evolução) depois o mesmo paciente pode voltar com um CA avançado.
Câncer de estomago pode ser precoce ou avançado.
Precoce: O estomago tem as camadas: mucosa, submucosa, muscular e serosa.
Quando ele está só na mucosa é precoce – É assintomático. Pode ficar nessa forma por
2,5 anos.
Quando atinge a camada muscular é avançado.
Esse paciente que tem a U. gástrica e o patologista informa que não há malignização. O
ideal é depois do tratamento fazer endoscopia. Aí tem a cicatriz e faço biópsia para ver
se tem câncer ali
-1/3 das UP cicatrizam espontaneamente - Pois há prostaglandinas
“Uma vez ulceroso, sempre ulceroso desde que não erradicado o Helicobacter
Pylori”.
Parar de fumar
Evitar AINE’s e corticosteroides
Reduzir a cafeína no início do tratamento (depois que começa a tratar, cafeína não faz
mais mal)
Evitar alimentos dispépticos no início do tratamento, colagogos e cítricos
Orientar quanto à falta de importância de dieta
Tratamento medicamentoso:
Bloqueadores de H2: não cortam o estímulo da acetilcolina e da gastrina para a
produção de HCl, só da histamina
- Cimetidina, Ranitidina, Famotidina
Bloqueadores da Bomba de Prótons (1ª escolha):
-Omeprazol, Lansoprazol, Pantoprazol, Rabeprazol, Esomeprazol, Dexlansoprazol
Gastrite
É uma inflamação da mucosa gástrica
Para endoscopista o diagnóstico é de acordo com a coloração da mucosa.
Macroscópico.
Patologista dá diagnóstico microscópico.
Gastropatia: Dano epitelial com pouca ou nenhuma inflamação. É uma pré gastrite
Achados histopatológicos:
-GASTRITE CRÔNICA: macrófagos, linfócitos, plasmócitos.
-Gastrite crônica NÃO ATRÓFICA: Enantema, nodosidades, que sugerem
gastrite crônica relacionada exclusivamente ao H. PYLORI, descrita pelo
patologista como gastrite folicular. Há maior risco para úlcera duodenal.
-Gastrite crônica HIPERTRÓFICA: Hipertrofia das pregas
Pangastrite; é gastrite do estomago todo.
Há a aguda – que dá sintoma. Relacionado a AINE, álcool. Tem variáveis, infecções .
Dor epigástrica quando há erosões.
Gastropatia – pode ser por uso crônico de medicamentos. Pode dar sintoma, mas é
bem menos intenso que a aguda.
Curiosidade:
Paciente bariátrico. Cirurgia by-pass e sleeve.
By pass - onde o fator intrínseco é produzido a comida não passa mais lá. Aí paciente
tem que repor b12 sistematicamente. Pois, a b12 através da alimentação chega ao
intestino sem fator intrínseco.
Conduta em gastrite crônica
Atrofia ou metaplasia: encaminhar para fazer classificação de Olga (atrofia) e Olgim
(metaplasia intestinal):
Tratamento:
Tratar somente os casos agudos, com IBP, dose plena, por 14 a 28 dias, dependendo
da severidade.
Fármacos já divulgados em aulas anteriores. Exemplo: dexlansoprazol 60 mg,
esomeprazol magnésio 40mg, pantoprazol magnésio ou sódico 40mg, etc.
Tratamento do Helicobacter pylori também já constante em aula anterior.
Hipersensibilidade visceral: o paciente sente dor com muita facilidade (vísceras sensíveis);
Distúrbios imunológicos
Distúrbios da microbiota
Distúrbios neurossensorial o Roma I – 1988 o Roma II – 1999 o Roma III - 2006 o Roma IV –
objetiva classificar distúrbios funcionais do TGI, revisando e acrescentando novas doenças
NÃO ORGÂNICAS (órgão normal,mas funciona errado. Ex:Úlcera duodenal)
A1 – Disfagia funcional: todos os exames são normais, mas o paciente tem dificuldade para
engolir;
A2 – Dor torácica de presumível origem esofagiana: chamada de dor torácica não cardíaca
pelos cardiologistas. Dói, mas não é do coração; Aqui se enquadra distúrbios motores do
esôfago. É possível detectar esses distúrbios através da mamometria esofagiana
A3 – Pirose funcional: queimação na região retroesternal sem ter hiperacidez, tem pH normal.
DD com doença do refluxo; pH=8,5
A5 – Síndrome do esôfago hipersensível (não havia no Roma III): queixas parecidas com DRGE,
o paciente tem pirose, mas todos os exames (pHmetria e endoscopia) são normais. Nesse caso
tem uma hiperacidez, diferenciando de pirose funcional. nenhum dos dois caracterizam DRGE
B1 – Dispepsia funcional
B4 – Síndrome da ruminação: paciente regurgita e fica mastigando o alimento igual uma vaca;
B5 – Síndrome da hiperemese canabinóide (Não havia no Roma III): vômito após o uso ou
abstinência de maconha.
C2 – Distensão funcional: são os gases, barriga incha após as refeições. Na maioria das vezes o
paciente tem mais sintomas associados à síndrome do intestino irritável (mais sintomas);
C3 – Constipação funcional;
C4 – Diarreia funcional;
C6 – Constipação induzida por opióides (Não havia no Roma III): uso de medicamentos/
analgésicos fortes para dor, por ex: morfina, fentanil, meperidina;
C7 – Síndrome do intestino narcótico (Não havia no Roma III): dor abdominal + constipação por
opióides ou medicamentos benzodiazepínicos (tarja preta).
Critério de Diagnóstico
DISPEPSIA FUNCIONAL
Presença dos sintomas nos últimos 3 meses, com início há pelo menos 6 meses, devendo
incluir:
Queimação epigástrica.
2. Ausência de evidência de doença orgânica (ex: úlcera, gastroparesia diabética) que possa
explicar os sintomas (inclusive após endoscopia digestiva alta).
Incidência:
Começa na adolescência
Detectando que não existe patologia orgânica que justifique o quadro clinico (após
endoscopia, US e anamnese bem feita), caso haja a presença do Helicobacter pylori, este deve
ser erradicado;
Erradicando e ficando assintomático por 12 meses, trata-se então de Dispepsia por H. pylori;
Mesmo erradicando, caso não melhore ou ocorra recidiva antes de 12 meses, pode ser
confirmado o diagnóstico de Dispepsia Funcional.
Quadro Clínico com início há 6 meses, e presente nos últimos 3 meses; o Deve estar presente
pelo menos 1 dos 2 sintomas abaixo desde que não constatada doença orgânica e tenha
labilidade emocional:
Tratamento:
• Pró-cinéticos: Domperidona, bromoprida – Alívio razoável e metopimazina (ainda não
existe no BR). Aumentam a motilidade do estômago, acelerando o esvaziamento
gástrico
• Anti-fiséticos: caso tenha flatulência, distensão, meteorismo, etc.
• Cuidados dietéticos objetivos: orientar o paciente a não comer o que faz mal para ele
(individual);
Em estudo novos pro-cinéticos: Itoprida e Mosaprida.
• Dor ou queimação epigástrica, leve a moderada, que ocorra no mínimo 1 vez por
semana
• Dor intermitente
• Sempre epigástrica e nunca no tórax ou outras regiões abdominais
• Não aliviada por eliminação de flatos ou pela evacuação
• Não tem úlcera ou outra causa no abdome superior (estomago, duodeno, vesícula e
pâncreas) na endoscopia que justifique a dor
Diagnóstico diferencial:
Dexlansoprazol 60mg
Normalmente não é feito o diagnóstico correto da DF do tipo dor epigástrica, pois diante de um
quadro clínico típico, com uma endoscopia mostrando gastrite enantematosa (sem erosão,
assintomático), têm-se o hábito equivocado de simplesmente dar o diagnóstico de gastrite como
justificativa para o quadro. Porém gastrite sem erosão não gera sintomas, logo, o diagnóstico
correto seria DF do tipo dor epigástrica ou síndrome da dor epigástrica. Dependendo do grau de
entendimento do paciente é possível explicar o que ele realmente tem, que a causa da dor não é a
gastrite, ou simplesmente falar que ele tem uma gastrite nervosa.
É um diagnostico de exclusão? Em tese sim. Mas paciente que não tem condições, faz direto o
tratamento
• Endoscopia digestiva alta;
• Ultrassonografia abdominal superior;
• Cintilografia: para pesquisa de esvaziamento gástrico com alimento sólido (na DF do
tipo desconforto pós-prandial). Observa esvaziamento do estômago durante 1 hora e
meia, de 15 em 15 minutos. Só é pedido esse exame depois que de excluir vagotomia,
gastroparesia diabética e estenose pilórica ou bulbar
Tratamento:
• Psicoterapia
• Relação médico-paciente: esclarecer que não existe doença orgânica responsável
pelos sintomas, principalmente no paciente cancerofobico;
• “Doutor, eu tenho gastrite...”
• Ansiolíticos e/ou antidepressivos
• Psicoterapia, desde de que seja bem abordada pelo médico para haver concordância
do paciente
• Cuidados dietéticos: deve ser esclarecido que alimentação não é a causa principal dos
sintomas, entretanto recomenda-se evitar os alimentos que possam desencadear os
sintomas.