Você está na página 1de 29

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO CLIENTE

COM PROBLEMAS GASTROENTEROLÓGICOS

Enfermagem
2022
Profa. Esp. Larissa Izabelly dos Santos Silva Nascimento
HÉRNIA DEHIATO
A abertura do diafragma para a passagem
do esôfago torna-se dilatada;
Parte da porção superior do estômago tende
a se mover para cima, para o interior do
tórax;
 Pirose(queimação), refluxo, disfagia
(dificuldade de engolir);
 50 %, assintomáticos;
Complicações: hemorragia, obstrução e
estrangulamento.
Obesidade, gravidez, ascite, tumores, exercício físico intenso, trabalho pesado...
HÉRNIA DEHIATO
Decúbito Dorsal Emergência

 Deslizante: + comum refluxo

 Tratamento:

Alimentações frequentes e pequenas Não


reclinar a cabeça após 1 hora da alimentação;
Cabeceira elevada;
Cirurgia: 15%
GASTRITE Inflamação da mucosa do estômago.
AGUDA CRÔNICA
Indiscrição dietética por maushábitos Inflamação do estômago por um
alimentares ou por digestão inadequada (má período prolongado, pode causar
mastigação), álcool, medicamentos. úlceras benignas e malignas no
estômago.
- Pode ocorrer ulceração superficial
podendo -Tipo A: alterações nas células que
levar a hemorragia; produzem atrofia e infiltração celular;
-Queixas de sensação Ocorre no fundo ou no corpo do
desconfortável no abdômen e estômago;
cefaléia, cansaço, náuseas e -TIPO B: afeta o antro (extremidade
anorexia, vômitos e soluços; inferior do estômago perto do duodeno).
-Se o alimento irritante não for vomitado Associada a bactéria Helicobacter pylori e
mas alcançar o intestino poderão também a dieta, tipos de bebidas
resultar em cólicas e diarréia; quentes, ou temperos; uso de
medicamento, álcool, fumo, refluxo do
conteúdo intestinal para dentro do estômago.
GASTRITE
Manifestações Clínicas:
Tipo A: assintomática exceto pelos sintomas de deficiência de VIT. B12;
Tipo B: anorexia, azia após refeições, eructações (arrotos), gosto amargo na boca, ou
náuseas e vômitos.

Avaliação Diagnóstica:
Endoscopia Digestiva Alta, exame de amostra tissular obtida por biopsia (H. pylori)
GASTRITE
Tratamento:
Aguda: controle proibindo toda e qualquer ingestão oral até regressão de sintomas; dieta leve;
Crônica: modificações dietéticas, repouso, redução do estresse e farmacoterapia.

H. Pylori
Inibidor da B. de Próton
Amoxicilina
combinado Antagonista H2
Omeprazol
com
Claritromicina Lanzoprazol Cimetidina
Rabeprazol Ranitidina
Famotidina
GASTRITE
Corrosiva: se a corrosão for extensa ou acentuada os eméticos e a lavagem devem ser
evitados por causa do perigo de perfuração.

Terapia de Apoio: analgésicos, sedativos, antiácidos, líquidos intravenosos e


eletrólitos, na SNG há risco de perfuração. Endoscopia, cirurgia para mover
tecidos gangrenosos ou perfurado; gastrojejunostomia ou ressecção gástrica
para tratar a obstrução pilórica.
ÚLCERA PÉPTICA É uma escavação formada na parede da
mucosa do estômago, no piloro, no duodeno ou
no esôfago.

 Designações: úlceras gástrica, duodenal ou esofageana de acordo com sua localização.

A erosão pode estender-se até as camadas musculares ou através do músculo até o


peritônio (membrana serosa que recobre a parede do abdome ;

- Mais frequentes no duodeno que no estômago;


- Podem ocorrer ao mesmo tempo.
ÚLCERA PÉPTICA
 Etiologia e Incidência:
- Ocorrem em áreas do TGI que ficam expostas ao ac. Clorídrico e à pepsina (enzima
digestiva produzida no estômago);
- Maior frequência aos 40 e 60 anos.

 Predisposição:
-dependência, estresse, pessoas emocionalmente tensas, hereditário, fumo, refeições
apressadas e irregulares.
ÚLCERA PÉPTICA
Fisiopatologia:
-Ocorre principalmente na mucosa gastroduodenal, pois esse tecido é ineficaz em
suportar a ação digestiva do ácido gástrico e pepsina;

-A erosão é devida a umaumento concentração ou na atividade do ácido e a pepsina


ou diminuição da resistência normal da mucosa;

-Uma mucosa lesada é ineficaz de secretar muco suficiente para agir como barreira
contra o ácido clorídrico.
ÚLCERA PÉPTICA
Manifestações Clínicas:
- Dor: úlcera duodenal corrosiva e com queimação;
-Pirose (quimação), hipersialorréia: queimação no esôfago que se desloca para
boca, com eructação (arrotos), azia;
-Vômitos: obstrução mecânica, ou por espasmo do piloro, fibrose ou tumefação
(inchaço do tecido) devido inflamação da mucosa;
- Constipação e sangramento: dieta e por causa das medicações.
Avaliação Diagnóstica: exame físico (dor abdominal), endoscopia alta, exames de
fezes e sangue.
ÚLCERA PÉPTICA
Tratamento:
Controle de secreções gástricas: alimentos não irritantes, antiácidos, antiespasmósdicos
(diminui a peristalse);
Repouso e redução do estresse: diminuição do fumo;
Dieta;
Antagonistas Receptores H2: cimetidina (Tagamet), Ranitidina (Antak); Antiácidos:
bicarbonato de sódio;
Intervenção cirúrgica: úlcera intratável, hemorragia com perfuração ou obstrução
ÚLCERA PÉPTICA- COMPLICAÇÕES
Hemorragia
• Hematêmese (Vômito com sangue) e /ou
melena(fezes com sangue)
• 10-20 % dos pacientes
• 30-40 % óbitos
• Desmaio, vertigem, náuseas, taquicardia,
hipotensão, taquidispnéia, queda de HB.
• Terapia endoscópica: com laser através da
coagulação sanguínea, injeção de
medicamentos, sondas térmicas.
• Cirurgia- casos persistentes
ÚLCERA PÉPTICA- COMPLICAÇÕES
Perfuração e Penetração
• Perfuração: erosão até o peritônio
• Penetração: erosão para pâncreas, trato biliar e
fígado
• Dor abdominal intensa, pode ser referidas nos
ombros, vômitos, colapso ciruculatório, abdome em
tábua.

Tratamento Cirúrgico
ÚLCERA PÉPTICA- COMPLICAÇÕES
- Tratamento:
Realizar hidratação venosa periférica (sangue e líquidos) atentando para sinais
flogísticos;
Atentar para exames laboratoriais (sangue, fezes, eletrólitos);
Realizar balanço hidroeletrolítico;
Realizar cateterismo nasogástrico cpm;
Controle da Diurese;
Administrar antiácidos e analgésicos mediante prescrição médica;
Monitorar sinais vitais.
CASOCLÍNICO
Paciente J. S.T.,68 anos, sexo masculino, casado, natural de Juazeiro do Norte/Ceará,
etilista e tabagista de longa data. Chega a UBSacompanhado pela esposa, queixando-
se de dor em queimação na região epigástrica, associada a pirose, plenitude gástrica,
inapetência, náuseas e perda ponderal (+/- 8 Kg). Refere HAS, uso irregular de anti-
hipertensivos, nega Diabetes. Esposa afirma que o cônjuge cultiva hábito de
automedicação, rotineiramente faz uso de Diclofenaco para dores no corpo. Após a
consulta de enfermagem, o paciente foi encaminhado para avaliação médica.

Como deve ocorrer a consulta de enfermagem?


ÚLCERA PÉPTICA- PROCESSODEENFERMAGEM
Passados 4 meses,J. S.T.retorna ao seu consultório, desta vez apresentando EG
comprometido, emagrecimento acentuado, palidez cutâneomucosa (2+/4+), desidratado
(3+/4+), relatos de vômitos com sangue (há 4 dias) e vertigem. Refere ainda, dor
epigástrica, intolerância alimentar e diarreia. Esposa informa que o mesmo continua em
uso diário de álcool, e que o uso dos medicamentos prescritos é bastante irregular
(Captopril 25 mg 3cp/ dia e Omeprazol 20 mg 1cp/dia).

Sistematize a Assistência de Enfermagem


ÚLCERA PÉPTICA- PROCESSODEENFERMAGEM
Histórico:
Caracterizar a dor (intensidade, localização,
métodos de alívio);
Frequência, volume e características dos vômitos;
Evacuações (frequência, volume e características-
melena, hematoquezia (passagem grande de
DIAGNÓSTICOS
sangue pelo reto), acoliaz( fezes brancas) ); DE
Padrão alimentar; ENFERMAGEM
Medicamentos e hábitos;
Ansiedade
Exame físico: cefálo-caudal.
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
1. Dor aguda relacionada com o efeito • Administrar/ ensinar/ monitorar
da secreção ácida sobre o tecido tratamento medicamentoso;
lesionado • Orientar dieta com alimentos
pouco irritantes;
2.Nutrição desequilibrada menor que • Orientar ingesta hídrica aumentada;
as necessidades corporais • Aconselhar cessação do uso de
relacionada com alterações na dieta álcool
(articular a rede);
3.Volume de líquidos deficiente • Monitorar sinais vitais e HB;
relacionado com perda de líquidos • Iniciar reposição volêmica via IV;
• Posicionar em decúbito dorsal
com os MMII elevados;
• Monitorar sinais de choque;
• Administrar/ ensinar/ monitorar
tratamento medicamentoso;
APENDICITE

 Apêndice é uma pequena formação digitiforme com cerca de 10cm ligado ao ceco
abaixo da válvula íleocecal;
 O alimento enche o apêndice e sai dele com a mesma regularidade do ceco;
 O esvaziamento ineficaz e sua luz é pequena, razão pela qual fica obstruído possui
propensão a infecções (apendicite).

21
Éuma inflamação do apêndice localizada na fossa

APENDICITE ilíaca direita da cavidade abdominal.

O apêndice fica O apêndice inflamado se


inflamado em virtude da A inflamação eleva a enche de pus e passa a
oclusão causada por pressão intraluminal. correr risco de
fezes endurecidas, Dor abdominal perfuração
tumor, ou corpo estranho

FISIOPATOLOGIA
22
APENDICITE- Sinais e Sintomas

Manifestações Clínicas:

- Queixas no baixo ventre, febre, náuseas, vômitos;

- Se supurado pode ocorrer perda do apetite, dor difusa, distensão abdominal


e íleo paralítico (piora);

- Complicação: perfuração podendo levar a peritonite ou na formação de um


abscesso.

23
APENDICITE
Avaliação Diagnóstica:

1) Exame Físico:
Rigidez muscular, ruídos intestinais presentes, hipersensibilidade local e de rechaço
(produção ou aumento da dor ao remover pressões);
Dor no ponto de McBurney;
Sinal de Blumberg;

2) Hemograma: Elevação da febre, leucocitose importante.

3) Exames de Imagem: USG, TC

Cirurgia: Apendicectomia;
Medicamentos: Analgésicos, antibióticos e reposição volêmica; 24
APENDICITE- Complicações

Abscess Íleo
Peritonite o paralítico
Pélvico

25
APENDICITE- Cuidados de Enfermagem

Anamnese e exame físico


Preparar para cirurgia: infusão IV, ATB,suspeita de íleo paralítico
Aliviar a Dor (SNG), checa termos de consentimento;
Evitar déficit de volume de líquidos Após a cirurgia: Posição semi-fowler, administrar analgésicos
Reduzir ansiedade prescritos
Manter integridade cutânea Iniciar alimentação leve
Atingir nutrição ótima Curativos
Orienta cuidados domiciliares e consulta de retorno.

26
(TÍTULOS)DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM NANDA
– 2018-2020

Diarreia
Dor aguda
Risco de volume de líquidos deficientes
Volume de líquido deficiente
Nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades corporais.
Intolerância à atividade
Ansiedade
Enfretamento ineficaz
Risco de integridade da pele prejudicada
Conhecimento deficiente
Distúrbio na imagem corporal
27
CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Registrar a frequência e consistência das fezes


Monitorar a dor
Monitorar sinais vitais
Administrar medicamentos para alívio da dor
Realizar registro de líquidos orais e IV
Registrar débitos – urina, fezes, vômitos, drenagens de feridas\fístulas.
Monitorar peso
Monitorar sinais e sintomas de déficit de volume de líquidos
Monitorar alimentação - alimentação parenteral?
Promover repouso
Orientar o paciente sobre o tratamento e cuidados
Examinar a região perianal e intervir com medidas de prevenção e tratamento.
Monitorar sinais e sintomas de complicações
28
REFERÊNCIAS

Você também pode gostar