Você está na página 1de 10

IMUNOLOGIA

IMUNO-HEMATOLOGIA
TESTE DE HEMAGLUTINAÇÃO: TIPAGEM SANGUÍNEA
PRECEPTORA: KEROLAINE FONSECA COELHO

INTRODUÇÃO:

A fenotipagem do sistema ABO é formada pelas provas globular direta e


sérica ou reversa. Ressalta-se que a definição do grupo ABO consiste na
concordância entre os resultados destas duas provas, caso ocorra discrepância,
não se pode definir o grupo ABO e tal situação precisa ser esclarecida por
estudos. Sendo assim, é fundamental atentar para os reagentes utilizados e para
as amostras conhecidas dos grupos sanguíneos, controlando a fenotipagem em
cada série de testes ou uma vez por dia, caso sejam usados os mesmos
reagentes.

Conceitos:

- Antígenos de grupos sanguíneos:

Substâncias presentes na membrana das hemácias, inofensivas ao


próprio indivíduo, mas que podem induzir a produção de resposta imune
específica em outro organismo, quando reconhecidas como estranhas, em caso
de transfusões/ gestações.

- Antígenos de grupos sanguíneos:

São agrupados em sistemas de acordo com algumas de suas


características genéticas. Descritos 346 antígenos eritrocitários e 308 agrupados
em 36 sistemas.
IMUNOLOGIA
IMUNO-HEMATOLOGIA
TESTE DE HEMAGLUTINAÇÃO: TIPAGEM SANGUÍNEA
PRECEPTORA: KEROLAINE FONSECA COELHO

Fator rh (Rhesus) ou Fator D:

85% das pessoas possuem nas hemácias um antígeno chamado fator Rh.
Estas pessoas são Rh+ (positivas). 15% das pessoas não possuem nas
hemácias o fator Rh e são Rh- (negativas).

Mecanismo genético: O fator Rh é determinado por um par de alelos, R e r: R


determinando a formação do fator Rh e r determinando a sua não-formação,
sendo R dominante sobre r.

- Princípio

A classificação do sistema ABO tem como princípio a pesquisa dos


antígenos ABO fixados na membrana da hemácia e anticorpos Anti-ABO
presentes no soro do paciente.

Como mencionado acima, esta classificação define o grupo sanguíneo de


um indivíduo, e se dá por 2 provas:

➢ Prova Direta: pesquisa dos antígenos fixados nas hemácias do paciente.


Deve ser feita com soros comerciais conhecidos Anti-A, Anti-B e Anti-AB;
➢ Prova Reversa: pesquisa do anticorpo no soro do paciente. Deve ser feita
com hemácias comerciais, a prova reversa é uma contra-prova
fundamental para a conclusão do exame.

Procedimentos:
- Coleta amostra em tubo de EDTA.
IMUNOLOGIA
IMUNO-HEMATOLOGIA
TESTE DE HEMAGLUTINAÇÃO: TIPAGEM SANGUÍNEA
PRECEPTORA: KEROLAINE FONSECA COELHO

Direta:
1. Identificar 5 tubos de hemólise – S (solução), A, B, C e D ou Rh.
2. Diluir o sangue total: solução com 5% de hemácias 950 microlitros de
salina para 50 microlitros de sangue total com EDTA;
3. Pingar uma gota da diluição em cada tubo (Equivalente a 50ul).
4. No tubo A adicionar uma gota de anti-A.
5. No tubo B adicionar uma gota de anti-B.
6. No tubo C adicionar uma gota da albumina bovina (controle
negativo);
7. No tubo D adicionar uma gota de anti-D.

8. Homogeneizar;
9. Centrifugar por 1 minuto a 1.000 rpm;
10. Retire os tubos da centrífuga e homogeneizar levemente;
IMUNOLOGIA
IMUNO-HEMATOLOGIA
TESTE DE HEMAGLUTINAÇÃO: TIPAGEM SANGUÍNEA
PRECEPTORA: KEROLAINE FONSECA COELHO

11. Realizar a leitura da tipagem direta, avaliando se houve a formação


do “botão” de aglutinação.

INTERPRETAÇÃO:

OBS: Quando essa é feita em lâmina há um grande risco de o resultado dar


errado. Veja alguns motivos:
• Pode não haver uma equivalência entre o soro e o sangue. Às vezes
há mais antígenos do que anticorpos, ou vice versa. Isso interfere
direto no resultado. No tubo as chances de isso acontecer são
menores já que é feita uma diluição com salina.
• O encontro, na lâmina, de antígeno e anticorpo ocorre ao acaso,
portanto pode haver falta de aglutinação porque não houve uma
homogeinização correta. No tubo a homogeinização é feita na
centrífuga, o que diminui a chance de não acontecer o encontro.
IMUNOLOGIA
IMUNO-HEMATOLOGIA
TESTE DE HEMAGLUTINAÇÃO: TIPAGEM SANGUÍNEA
PRECEPTORA: KEROLAINE FONSECA COELHO

Procedimentos:
PROVA REVERSA (TÉCNICA EM TUBO)

1. Identificar 2 tubos de hemólise – HA e HB.


2. Colocar 100 microlitros de soro ou plasma nos tubos de HA, HB.
3. Pingar uma gota das hemácias conhecidas HA no tubo de HA.
4. Pingar uma gota das hemácias conhecidas HB no tubo HB.
5. Após a preparação da direta e reversa as amostras são centrifugadas
por 10 segundos a uma rotação de 3500 rpm.
6. Após a centrifugação as amostras são homogeneizadas para
realização da leitura.

Interpretação de resultado:

• A+: Ocorrerá aglutinação nos tubos A, D e HB.


• A-: Ocorrerá aglutinação nos tubos A e HB.
• B+: Ocorrerá aglutinação nos tubos B, D e HA.
• B-: Ocorrerá aglutinação nos tubos B e HA.
• AB+: Ocorrerá aglutinação nos tubos A, B e D.
• AB-: Ocorrerá aglutinação nos tubos A e B.
• O+: Ocorrerá aglutinação nos tubos D, HA e HB.
• O-: Ocorrerá aglutinação nos tubos HA e HB.
IMUNOLOGIA
IMUNO-HEMATOLOGIA
TESTE DE HEMAGLUTINAÇÃO: TIPAGEM SANGUÍNEA
PRECEPTORA: KEROLAINE FONSECA COELHO

- Sistema ABO do grupo ABO só pode ser definido se existir concordância entre
os resultados destas duas provas, que devem ser interpretados da seguinte
forma:

Sistema RhD:
Do ponto de vista da prática transfusional é o segundo mais importante,
depois do ABO, devido à imunogenicidade de seus antígenos.
IMUNOLOGIA
IMUNO-HEMATOLOGIA
TESTE DE HEMAGLUTINAÇÃO: TIPAGEM SANGUÍNEA
PRECEPTORA: KEROLAINE FONSECA COELHO

Determinação confirmatória de tipagens sanguíneas Rh negativas. A


tipagem do fator Du (ou "Rh fraco") é justificada quando os reagentes para a
tipagem do fator Rh permitiam a expressão de resultados suspeitos em pacientes
(algumas expressões Rh eventualmente não reagiam in vitro com alguns
reagentes do mercado).

Nas últimas décadas, com o uso de reagentes mais purificados e


específicos (geralmente monoclonais), a maioria dos autores e também as
recomendações oficiais de trabalho recomendam o seu abandono, embora
possa servir como um confirmador em casos Rh negativo.

PROCEDIMENTO TIPAGEM D- FRACO

Leve ao banho maria a 37C por 15 minutos os tubos C (controle negativo)


e o D (fator Rh que deu negativo);
IMUNOLOGIA
IMUNO-HEMATOLOGIA
TESTE DE HEMAGLUTINAÇÃO: TIPAGEM SANGUÍNEA
PRECEPTORA: KEROLAINE FONSECA COELHO

Após isso, retire os tubos de ensaio do banho maria;


Processo de lavagens: adicione 1 ml de solução salina em cada tubo e
homogeneizar e centrifugue a por 1 minuto em 1000 rpm;
Após a centrifugação, descartar o sobrenadante;
Repetir o processo 3X;
Na 3 lavagem, descartar o sobrenadante, homogeneizar e adicionar duas
gotas do anti-D - anti-humano;
Homogeneizar;
Centrifugar novamente - 1 minuto em 1000 rpm;
Após isso, homogeneizar o material e realizar a leitura do teste D-fraco.

DIRETA E INVERSA:

Coleta amostra de EDTA. (Requerer o plasma)

1. Identificar 3 tubos de hemólise – A, B, AB e Rh ou D, outro com A e


um com B;
2. Com auxílio de uma pipeta pasteur adiciona uma gota do plasma no
fundo dos tubos A e B; ou HA e HB;
3. Retirar o restante do plasma do tubo de sangue e completar o
volume com solução salina;
4. Homogeneizar;
5. Pingar uma gota da diluição nos tubos: A, B, AB e Rh ou D.
6. No tubo A adicionar uma gota de anti-A.
7. No tubo B adicionar uma gota de anti-B.
8. No tubo AB adicionar uma gota de anti-AB.
9. No tubo D adicionar uma gota de anti-D;
10. No tubo de plasma A e B, adicionar uma gota do reagente revercel
A no tubo A e revercel B no tubo B;
IMUNOLOGIA
IMUNO-HEMATOLOGIA
TESTE DE HEMAGLUTINAÇÃO: TIPAGEM SANGUÍNEA
PRECEPTORA: KEROLAINE FONSECA COELHO

11. Homogeneizar e centrifugar por 10 minutos, 3.400rpm;


12. Após a centrifugação, observar se houve a formação do “botão” de
aglutinação.
IMUNOLOGIA
IMUNO-HEMATOLOGIA
TESTE DE HEMAGLUTINAÇÃO: TIPAGEM SANGUÍNEA
PRECEPTORA: KEROLAINE FONSECA COELHO

DOAÇÃO:

Você também pode gostar