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CLINICA MEDICA E TERAPÊUTICA EM PEQUENOS ANIMAIS, SISTEMA ENDÓCRINO

● DOENÇAS ESOFÁGICAS
FUNÇÃO DO ESÔFAGO: transporte de alimento até o estômago e secreção de muco que faz a lubrificação
MANIFESTAÇÕES CLINICAS: regurgitação > disfagia (não deglutir com facilidade), salivação, odinofagia (dor
ao deglutir), emagrecimento e polifagia (muita fome).
REGURGITAÇÃO: processo passivo na eliminação, salivação incomum, alimento integro, logo após a
ingestão.
VÔMITO: MIMICA DE VOMITO - processo ativo na eliminação alimentar, tem todo um processo, aspecto
aquoso, alimento digerido ou não, náuseas

● DOENÇAS ESOFÁGICAS

ESOFAGITE 🡺 inflamação no estomago.


CAUSA: Ingestão de substâncias irritantes, aumento de acidez gástrica, hérnia de hiato, ingestão de
medicamentos, anestesia, esofagite de refluxo.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS: anorexia, regurgitação, ânsia de vomito, movimentos repetidos de deglutição,
salivação.
DIAGNOSTICO: anamnese, histórico, raio x contrastado e endoscopia (fecha diagnóstico)
TRATAMENTO: eliminar fatores predisponentes, protetor gástrico (omeoprazol, famotidina), sucralfato,
procinéticos (domperidona, plasil).
COMPLICAÇÃO: estenose no esôfago.

MEGAESOFAGO 🡺 Distensão e dilatação do esôfago. Congênito (fox terrier e shnauzer) falha de alteração
aferente, persistência do anel vascular, regurgitação após desmame.
CAUSA: idiopático, acomete várias raças, hérnia de hiato, estenose esofágica, neuropatias, infecções e
toxinas, endocrinopatias, leishmaniose, neoplasia, toxinas, corpos estranhos.
EM FELINOS pode causar miastenia, hipertireoidismo, corpos estranhos e disautonomia.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS: regurgitação logo após alimentação, emagrecimento e polifagia, Tosse, que é
uma consequência do megaesôfago, podendo ter uma pneumonia aspirativa.
DIAGNÓSTICO: exames para descartar outras causas, RAIO X fecha diagnostico de megaesôfago, mas
preciso dos complementares para descobrir o que causou o megaesôfago (eletrólitos, cortisol basal, T3, T4,
TSH, Elisa e RIFI leishmaniose, anticorpos, endoscopia).
MIASTENIA GRAVSIS 🡺 É uma doença auto imune, anticorpos se ligam aos receptores de acetilcolina nas
membranas pós sinápticas causando uma desordem na transmissão do impulso neuromuscular.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS: Paralisia Flácida > fraqueza muscular > atrofia. Animal não consegue andar
MIASTENIA GRAVIS PARCIAL: Afeta só o estomago
MIASTENIA GRAVIS TOTAL: afeta tudo
TRATAMENTO: Mestinon (brometo de piridostigmina)
TRATAMENTO: manejo alimentar, alimentar o animal em posição vertical “de pé”, para que a comida
desça; antibioticoterapia, protetor gástrico [omeoprazol / famotidina], pró cinético: Domperidona –
0,25mg/kg; Metoclopramina – 0,5 – 1mg/kl; Eritromicina – 0,1mg /kg -- doses baixas; Sildenafil – 1mg/kg
relaxa o esfíncter da cárdia que vai descer para o estomago

● DOENÇAS GASTRICAS
ESTOMAGO: é a parte mais dilatada do sistema digestório, localizado entre esôfago e intestino delgado
FUNÇÃO: processar o alimento, reservatório de alimentos, início da digestão química das proteínas,
misturar os alimentos com as secreções gástricas e regular a entrada de alimentos no intestino delgado.

GASTRITE 🡺 é uma inflamação da mucosa que reveste as paredes internas do estômago e pode se
diferenciar em aguda ou crônica.
GASTRITE AGUDA: A gastrite aguda ocorre de modo abrupto e pode ser causada por fatores que agrediram
o órgão (o estômago) nas últimas horas
GASTRITE CRONICA: é aquela recorrente
ETIOLOGIA: Até 3 semanas, ingestão de corpos estranhos, substancias causticas, fármacos, doenças
sistêmicas, sepse. Alterações intermitentes, ou + de 3 semanas constantemente com sintomas - Gastrite
aguda repetidamente, Hipersensibilidade alimentar. Parasitismo: Physaloptera [cão] e Ollanus [gato],
elicobacter, inflamatória – doenças autoimunes, neoplasia e obstrução.
MANIFESTAÇÃO CLINICA: Anorexia, letargia, êmese aguda, hematoêmese, desidratação, vômitos
intermitentes, perda de peso, apetite normal/diminuído, dor abdominal.
DIAGNOSTICO: Anamnese e ultrassom abdominal Espessamento da mucosa gástrica – inflamação
Liquido livre – perfuração / Raio x – corpos estranhos / Descartar outras doenças com vomito crônico
Endoscopia com biopsia
TRATAMENTO: Tratar causa base, dietas pastosas, protetores gástricos, sucralfato e anti-eméticos
[maropitan]
Fluidoterapia. Tratar causa base, antiparasitário, rações hipoalergiênica, antinflamatório e
imunossupressores, protetores gástricos.
PROTETORES GASTRICOS: Omeoprazol 1mg/kg BID – SID / Famotidina 0,5 – 1 mg/kg bid
ANTI-EMÉTICOS: Metoclopramida 0,5 – 1 mg/kg / Ondasentrona 0,22-1mg/kg / Maropitan 1mg/ kg
ANTIPARASITÁRIO: Physaloptera  Pamoato de piratel – 5mg/kg / Ollulanus  fembendazol – 10 mg/kg.

Doenças que ocasionam vomito crônico: doença renal crônica, hepatopatia, hipoadrenocorticismo,
hipertrofia, parasitas, pólipos, pancreatite crônica, doença biliar, corpo estranho, gastrite crônica
inespecífica, neoplasias e DII (doença inflamatória intestinal).

● DOENÇAS DOS INTESTINOS

DIARREIA 🡺 é caracterizada pelo aumento da frequência e volume das fezes, assim como diminuição da
consistência das mesmas. As fezes diarreicas contêm não só maior quantidade de água e eletrólitos, mas
também poderão conter muco, sangue, gordura ou comida não digerida.
DIARREIA AGUDA: parasitárias, virais, bacterianas, corpo estranho, intoxicação. Enteropatia alimentar:
histórico de mudança de dieta recente, geralmente uma diarreia autolimitante, pouco êmese, inapetência
e hiporexia transitória (diminuição de apetite, e casos recorrentes, trocar dieta de alta digestibilidade.
DIARREIA CRÔNICA: + de 3 semanas ou intermitente. DII, Linfangiectasia (dilatação dos vasos linfáticos
intestinais), supercrescimento bacteriano, atrofia /destruição vilosidade.

DIARREIA DE INTESTINO DELGADO É DIFERENTE DE DIARREIA DE INTESTINO GROSSO.


INTESTINO DELGADO: Duodeno, jejuno, íleo – nutrientes. Volume aumentado, perda de peso comum e
possível melena. Não é muito frequente, grande volume, geralmente tem um pouco de melena,
esteatorreia (gordura), pode apresentar flatulência (gases), perda de peso e bastante vômito. É uma
diarreia de maior volume.
INTESTINO GROSSO: Ceco, colón – água. Frequência elevada, aumento do muco e possível hematoquezia.
maior frequência, volume pequeno, tenesmo, disquezia, muco, (células caliciformes que são responsáveis
pela produção de muco), pode apresentar um pouco de exsudato, hematoquezia (sangue vivo) e é raro ter
perda de peso e episódios de vômito.
Células caliciformes que são responsáveis pela produção de muco – DIARREIA COM MUCO

PARVOVIROSE 🡺 é uma doença viral causada pelo parvovírus, que acomete principalmente os cães filhotes
e adultos não vacinados ou com o sistema imune debilitado. Causa uma diarreia severa e hemorrágica.
Destrói células de divisão rápida, começa a destruir a crista do intestino, necrosando-o. Incubação de 3 a 6
dias. Vírus é resistente ao ambiente por longo período.
EXPOSIÇÃO VIRAL > REPLICAÇÃO DE TECIDOS LINFÓIDES DA OROFARINGE, VIREMIA, Medula óssea, tecido
linfoide, epitélio intestinal.
Medula óssea, causa necrose das células, severa leucopenia, desnaturação da defesa imunológica e tem
ação em outros agentes
Tecido linfoide - causa linfocitose, desnaturação da defesa imunológica e tem ação em outros agentes
Epitélio intestinal  causa destruição intestinal, atrofia da vilosidade, que pode causar desidratação e
choque hipovolêmico. Sepse e choque séptico ou endotoxemia e choque toxêmico.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS: Diarreias importantes, melena e hematoquezia, êmese, desidratação, febre –
infecção secundaria e dor abdominal.
DIAGNOSTICO: hemograma (linfopenia/panleucopenia; anemia), bioquímicos (azotemia, hipocalcemia,
hipoproteinemia, hipoglicemia), ELISA, teste hemaglutinação (HA) e PCR.
TRATAMENTO: Isolamento do adequado, fluido terapia agressiva, reposição eletrolítica, principalmente
potássio, que perde nas fezes. Interna, faz hemogasometria, para ver potássio, sódio. Controle de dor,
dipirona ou buscopan [diminui a motilidade], gabapentina. Controle de náusea: ondastrona, maropitant.
Controle da sepse. Enema com sulcralfato ou carvão ativado, para proteger as mucosas do intestino, repete
pelo menos uma vez ao dia, para sessar a diarreia. Importante que o animal volte a se alimentar o quanto
antes, quanto mais cedo os heterocistos voltarem a receber alimento, mais rápido ele se recupera

DIARREAS AGUDAS – PARASITA


Podem ser discretas e causar perda de peso, vômito e inapetência – pode virar crônica.
• GIARGIA – protozoário flagelado veiculado através da agua
- MANIFESTAÇÃO CLINICA: diarreia, dor abdominal, letargia, anorexia, flatulência, náuseas.
Diagnostico: faust, elisa e pcr.
- TRATAMENTO: Fembendazol, metronidazol, repetir o ciclo em 14 dias, banhos semanais, limpeza com
amônia, troca de granulado todos os dias.
DIARREIA CRONICA: ENTEREOPATIA RESPONSIVA A DIETA, DISBIOSE, DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRA,
ENTEREOPATIA PERDEDORA DE PROTEINA, SINDROME DO INTESTINO CURTO E COLITES.
DOENÇA INTESTINAL INFLAMATORIA: É uma enteropatia crônica idiopática, classifica-se como
linfoplasmocítica, eosiofílica, neutrofilica, granulomatosa.
ETIOLOGIA: genética, sistema imunológico, microbiota entérica e dietas
MANIFESTAÇÃO CLINICA: diarreia crônica recidivante, vomito crônico, náusea, perda de peso, apatia,
fraqueza, desidratação, flatulência.
DIAGNOSTICO: descartar outras hipóteses + histopatológico. Exames laboratoriais para descartar
hipóteses, hemograma, perfil renal e hepático, t4 total, TLI, coproparasitológico, cálcio ionizado e vitamina
D, raio x, us para verificar espessura de parede e localização da lesão. ENDOSCOPIA: não avalia todo o
gastrointestinal, apenas esôfago, estomago e duodeno. Colonoscopia avalia, colón, ceco e íleo. Faz-se no
caso de diarreias crônicas e recorrentes, vômitos crônicos, dor abdominal recorrente, regurgitação, perda
de peso desconhecida e sangramento gastrointestinal.
BIOPSIA: avalia o grau da lesão do intestino, pode ser feito através de endoscopia ou laparotomia.

HISPOPATOLOGICO: Se não der para saber se é um tumor, ou qual é faz se o exame de imunoistoquimica,
e se ainda assim não fechar, faz um teste de clonalidade.
TRATAMENTO: Terapia dietética: dieta hidrolisada, ou dieta com fonte proteica. Terapia medicamentosa:
antibióticos, corticosteroides (doses mais altas), imunossupressoras: azatioprina, ciclosporina, clorambucil.
Terapia adjuvante: suplemento vitamina b12, simbiótico [bactéria boa + prébiotico], ômega-3, fibras
dietéticas.
PROGNÓSTICO: Resposta terapêutica não significa cura. Falha do tratamento: gravidade da doença,
diagnostico incorreto, presença de doenças concomitantes, comprometimento do tutor.

GATOS UM CASO A PARTE - DII


Linfoma de pequenas e grandes células.
Linfoma de pequenas células: parece com uma célula inflamatória. Exame de imunostoquimica
Linfoma de grandes células: são diferenciadas, fora do normal – mais graves
Tratamento: geralmente usa clorambucil.

● DOENÇAS HEPATICAS
Em geral podem causar: colesterase, inflamação, infecção, necrose, fibrose, anomalias vasculares e
degeneração. Manifestações clinicas gerais: vomito, diarreia, icterícia, dor, caquexia, ascites, convulsão e
sangramentos.

ICTERÍCIA 🡺 A icterícia é o processo no qual os tecidos do corpo, como a pele, por exemplo, ficam
amarelada. Isso acontece por causa de uma substância chamada bilirrubina.
PRE HEPATICO: doenças antes do fígado
HEPATICO: doenças no fígado
PÓS HEPATICO: doenças depois do fígado

EXAMES LABORATORIAIS: enzimas ALT/AST, FA/GGT, albumina (marcador do fígado), ácidos biliares,
bilirrubinas, glicemia e amônia.

● DOENÇAS HEPATICAS EM CAES


HEPATITES INFECCIOSAS 🡺 Hepatite infecciosa canina é uma infecção do fígado de cães causada pelo
adenovírus tipo-1. Ataca as células hepáticas, causando uma inflamação no fígado que pode levar a graves
consequências. Lepstopirose, toxoplasmose, hemoparasitose, leishmaniose, neospora.

HEPATTES TOXICAS: plantas (azaleia, lirios) e medicamentos (fernobarbital, braveco).


HEPATOPATIA VACUOLAR: GORDURA NOS HEPATOCITOS, associado com obesidade. Uso de barbitúricos,
benzodiazepínicos e corticoide. Raças acometidas: Lulu, poodle, terrier, schnazuer.
DIAGNOSTICO: No US, hepatomegalia e hipercogenicidade, lama biliar, FA mt aumentada e ALT
discretamente aumentada, ácidos biliares normais, aumento de trigliceredes e colesterol.
TRATAMENTO: tratar a causa primaria, antioxidantes hepáticos: vitamina E, silimarina, SAME. Bezafibratos,
ômega 3, redução de obesidade.

DESVIO PORTOSSISTEMICO – SHUNT 🡺 canais vasculares anormais que permitem o desvio do sangue direto
para circulação venosa, sem passar pela detoxificação e pela metabolização hepática. É um vaso que não
deveria estar no fígado, e acaba desviando o sangue. Temos o intra e extra hepático.
INTRA-HEPÁTIO: um vaso que não deveria estar no fígado. Mais comum em raças grandes.
EXTRA-HEPÁTICO: desvio fora do fígado, mais comuns em raças pequenas.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS: apática, vomito e alteração neurológica, ascite, diarreia, dores abdominais,
falha de crescimento, perda de peso, PU/PD.
SINTOMATOLOGIA: depressão e apatia, alterações comportamentais, andar em círculos, ataxia, cegueira
aparente, deglutição anormal/salivação, estupor, convulsões, coma. (Todo presente em cães, e apenas os
grifados presentes em gatos).
Paciente com SHUNT, amônia vai para corrente sanguínea, e devido ao desvio que o SHUNT causa, ela não
vai para o fígado, vai para corrente sanguínea. Por isso associa logo após a alimentação, porque o animal
acabou de comer e ocorreu todo esse processo.
Alteração em amônia, devido ao desvio. Amônia alta, ureia baixa. Suspeitar de shunt

ENCEFOLOPATIA HEPÁTICA 🡺 é uma consequência do funcionamento inadequado do fígado e do acúmulo


de substâncias tóxicas no sangue, como a ureia, gerando disfunção do sistema nervoso central.
DIAGNOSTICO: Hemograma: anemia microcitica normocronica, hipoproteinemia, leucocitose.
Hipoalbuminemia, hipoglobuminemia, FA, AST E ALT, aumento da concentração de ácidos biliares,
hipocolesterolemia, hipoglicemia, aumento de amônia, ureia baixa. Urinalise e efusão peritoneal. Us,
doppler, tomografia, ressonância magnética.
TRATAMENTO: tratamento paliativo e cirúrgico. Hepatectomia parcial. Dieta pobre em proteína,
antibioticoterapia (metronidazol, neomicina), diurético em caso de asciste. (espirolactona e furosemida).
Ração hepatic. Protetores gástrico, anticonvulsivantes, hepatoprotetores.
TRATAMENTO CIRÚRGICO: tratamento definitivo, que faz a correção. Coloca um anel para fechar o vaso,
bloqueia esse vaso, ou tirar um pedaço do fígado [hepatectomia parcial]. É necessário a tomo para avaliar
antes da cirurgia. Geralmente com intra-hepático, remove um pedaço do fígado, extra-hepatico dá para
fazer cirurgia, desde que seja um shunt único.

● HEPATOPATIA EM FELINOS

LIPIDOSE HEPATICA 🡺 é definida como uma síndrome colestática que acomete gatos domésticos sendo
caracterizada por extenso acúmulo de triglicerídeos nos hepatócitose (fígado gordo)
COLANGITES 🡺 é uma inflamação ou infecção do ducto biliar
ANOREXIA - LIPÓLISE - TRIGLICEREDES NO HEPATOCITOS
Primaria ou secundaria de (DM, pancreatite, doença hepatobiliares, doença gastro intestinal, doença renal,
neoplasias)
MANIFESTAÇÕES CLINICAS: Ictericia, vômito, sialorreia, diarreia, hemólise, sangramento, alterações
neurológicas, ventroflexão cervical.
DIAGNOSTICO: hemograma – anemia arregenerativa, corpúsculo de Heinz.
Teste de coagulação, TP e TTPa, urinalise apresentando bilirrubinuria, US – aumento difuso da
ecogenicidade hepática. Como diagnostica? Citologia aspirativa, biopsia.
TRATAMENTO: tratar causa base, fluido, repor potássio, fosforo e magnésio. Protetores gástricos
(omeoprazol, famotidina) e anti-emético. (ondasentrona, maropitan e metoclopramida).
Estimulação de apetite, antioxidante hepático, URSACOL.
MEDICAÇÃO NUTRACEUTICA INDICADA: L-carnitina, taurina, vitamina b1, b12, e k1. Nutrir com dieta ideal,
alimentação forçada se necessário, sondagem nasoesofagica, esofágica ou gástrica.

● DERMATOPATIA PARASITÁRIA
SARNAS SARCOPTICA, NOTOÉDRICA, OTODÉCICA

ESCABIOSE CANINA 🡺 doença infecciosa causada quando o ácaro-fêmea põe ovos que se tornam adultos
na pele do cão. Os ácaros picam através das camadas da pele. É transmissível aos humanos e causa
erupções cutâneas. Zoonose. Cavam galerias na epiderme, ciclo de vida em torno de 3 semanas, exclusiva
em cães. Arredondadas, patinhas curtinhas.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS: prurido intenso e constante, cossa muito, processo alérgico inflamatório. Causa
lesões: alopecia, eritema, crostas e escoriações. Geralmente atrás das orelhas, úmero-radio-ulnar e tíbio
tarso.
DIAGNOSTICO: anaminese, raspado de pele, reflexo otopedal. Dermatites alérgicas: DAPE,
HIPERSENSIBLIDADE ALIMENTAR, ATOPIA. Piodermites.
TRATAMENTO TÓPICO: xampu acaricidas, antibacteriano. Recomendado de 2 a 3 banhos nas primeiras
semanas, depois semanais. AMITRAZ – NÃO RECOMENDADO. FIPRONIL SPRAY, pode ser usado com 6 dias
de vida.
TRATAMENTO ORAL: ivermectina – SC, 14 DIAS/VO, 7 DIAS (NÃO USAR EM RAÇAS; Collies, Sheepdogs,
Pastor de Shetland, Border Collies). SELAMECTINA (a cada 2 semanas), DORAMECTINA (SC, a cada 7 dias/4-
6 semanas), MOXIDECTINA TÓPICA (2-4 semanas, aplicação continua pode causar efeitos adversos)
TRATAMENTO: antipulgas: bravecto, simparic, nexgard, credeli. Para redução do prurido, usar
predinisolona SC, e para piodermite usar antibióticos. Manejo do ambiente.

SARNA NOTOEDRICA – FELINA 🡺 inicia-se como dermatite pruriginosa com crostas na área da cabeça,
podendo posteriormente estender-se ao resto do corpo. As lesões características aparecem nas orelhas,
espalhando-se rapidamente à cabeça e pescoço
MANIFESTAÇÃO CLINICA: Prurido intenso, zoonose. Alopecia, eritema, descamação, hiperqueratrose,
placas crostoas, escoriações.
DIAGNOSTICO: histórico/distribuição da lesão – difícil ver generalizada, sempre mais rosto, mais cabeça.
Raspado de pele, encontro de ovos/ácaros adultos. Citolifia: fita de acetado. São mais gordinhas, patinhas
mais curtinhas.
TRATAMENTO: moxidectina – a cada 7 dias, 4 semanas, doramectina – SC dose unica, selamectina – 2 ap 14
e 30 dias, ivermectina – a cada 7 dias/4 semanas VO. A cada 14 dias SC.

SARNA OTODÉCICA 🡺 A sarna otodécica é uma afecção parasitária causada pela infestação do ácaro
Otodectes cynotis que acomete cães e gatos domésticos. São ácaros grandes, visíveis com otoscopio, são
retangulares, tem patas mais longas. Não “cavam galerias” não entram na epiderme, são mais superficiais,
na maioria das vezes atinge a orelha. É mais comuns em gatos do que a otite bacteriana.
Sobrevivência fora do hospedeiro: 12 dias
MANIFESTAÇÃO CLINICA: otite bilateral, eritematosa, ceruminosa. Prurido variável (face, região lombo-
sacra e cauda, lesões erosivas.
TRATAMENTO: Ivermectina SC. 2 AP 14 DIAS, moxidectina – oral ou SC, selamectina – 2ap 14 dias, fipronil
top spot, isoxazolinas.
DEMODICIOSE – SARNA NEGRA 🡺 é também conhecida como sarna demodécica, sarna folicular ou sarna
negra. É causada pelo ácaro Demodex canis, um ácaro escavador, que se localiza nos folículos pilosos e
glândulas sebáceas. A transmissão ocorre da mãe para os neonatos lactentes, através de contato direto.
Transmitido nas primeiras horas de vida, deficiência do linfócito T, ácaros fusiformes. Transmissão está
relacionada com deficiência imunológica, transmissão genética. Raças predispostas: bull terrier, shaar pei,
american staffordshire, buldogue inglês, wast highland White terrier, weimaraner, shih tzu. Pode ser
demodiciose localizada, generalizada, juvenil – imunossupressão hereditária, ou do cão adulto,
imunossupressão adquirida, pode ser por diabetes, neoplasias, etc.
DIAGNOSTICO: parafitologico raspado, fita de acetato, avulsão pelame, citologia.
TRATAMENTO: ivermectina (meses), moxidectina (meses), doramectina sc, meses. Felinos: fluralaner spot
on.
Geralmente não coça. Jamais usar corticoide neles. Tratamento repedir exame de 15 em 15 dias, 3
negativos em raspados consecutivo, está ok.

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