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Parasitoses

Intestinais
Saúde da Criança e do Adolescente
Docentes: Ana Carolina Cerqueira, Carina Rios, Daniel Faria, Erika Simões e Larissa Cruz Oliveira.
Discentes: Ana Clara Ribeiro, Ananda Figueredo, Bella Habib, Bruna Anjos, Bruna Freitas, Bruna
Pierezan, Clarice Helena, Domynyque Oliveira, Danilo César, Emerson Ribeiro, Igor Dantas, Fátima
Ramonnyele, Jéssica Sousa, Lara Andrade, Luísa Rebeka, Thays Escócio, Verena Lima, Vitoria Alves.
Introdução
“Parasitologia” envolve o estudo dos organismos incluídos na
relação biológica de parasitismo.
Protozoários, helmintos e artrópodes.
Identificar os processos de desenvolvimento de epidemias
parasitárias, criar métodos de profilaxia, e desenvolver
tratamentos.

Bruna Anjos
Introdução
Problema de saúde pública, sobretudo em países em
desenvolvimento.

Fácil
tratamento

Falta de
investimento

Bruna Anjos
Introdução
Se relaciona com condições:
Higiênicas, sanitárias, de moradia e dietéticas.

Bruna Anjos
Ascaridíase
Estrongiloidíase
Teníase
Trichuríase
Giardíase
Amebíase
Quadro clínico
Diarreia, fraqueza, dor abdominal, náuseas e vômitos, anemia, perda de
apetite, excesso de produção de gases e anorexia.

Diagnóstico
Hemograma: Leucocitose e eosinofilia
Exame protoparasitológico de fezes

Tratamento
Benzimidazólicos: Albendazol, Mebendazol, Tiabendazol, Cambendazol.
Ivermectina.
Outros: Praziquantel, Metronidazol, Pomoato de Pirantel, Nitazoxanida,
Levamisol, Niclosamida, Oxamniquina.
Bruna Anjos
Prevenção
Se relaciona com condições:
higiênicas, sanitárias, de moradia e dietéticas.

Bruna Anjos
Ascaridíase
Ascaridíase
Ascaris Lumbricoide

Homem = único hospedeiro

Habitat = intestino delgado

No Brasil, é considerada a parasitose de maior frequência

Saneamento básico precário

Higienização inadequada de alimentos


Ananda F.
Ascaridíase
Crianças < 12 anos = Grupo de maior risco

Transmissão fecal-oral:
Direta
Indireta
Vetores mecânicos

Ananda F.
AscaridíaseCiclo Biológico:
1 - Ingestão de alimentos ou
água contaminada
2 - Rompimento do ovo e
liberação da larva no intestino
delgado
3 - Larva cai na corrente
sanguínea, atingindo fígado,
coração e pulmão

Ananda F.
AscaridíaseCiclo Biológico:
4 - Alcançam alvéolos,
brônquios, traqueia, laringe,
faringe
5 - São deglutidas e alcançam
intestino delgado novamente
6 - Reproduzem
sexuadamente, liberando ovos
7 - Ovos são eliminados nas
fezes
Ananda F.
Ascaridíase
Manifestações clínicas

Pelas larvas a principal ação é no pulmão, podendo causar a


pneumonite larvária com:

Bella H.
Ascaridíase
Manifestações clínicas
No intestino:

INFESTAÇÃO MÉDIA/MACIÇA SUB-OCLUSÃO OU OBSTRUÇÃO INTESTINAL


Assintomático - Desnutrição;
Ação espoliadora: - Cólicas;
- Consumo de grande parte dos macronutrientes e - Distensão abdominal;
micronutrientes ingeridos pela criança; - Anorexia;
- Desnutrição proteico-energética; - Vômitos biliosos;
- Baixa estatura; - Desidratação e às vezes diarreia no
- Desenvolvimento afetado. início do quadro.

Isquemia de alça, necrose, perfuração ou volvo do intestino.


Palpa-se a massa cilíndrica na região periumbilical ou próximo aos flancos.
Ruídos hidroaéreos, podem desaparecer, caso ocorra oclusão intestinal total ou íleo adinâmico.

Bella H.
Ascaridíase
Manifestações clínicas

Migração do áscaris é responsável por causar quadros graves


como:
- Apendicite;
- Pancreatite hemorrágica;
- Colestase e colangite;
- Abcesso hepático;
- Asfixia.

Bella H.
Ascaridíase Diagnóstico

Exame parasitológico de fezes (EPF)


Escarro ou lavagens gástricas - Cristais de Charcot-Leyden

Se a tomografia computadorizada (TC) ou ultrassonografia for


feita por outras razões, os vermes adultos podem ser vistos. A
observação em uma radiografia do tórax da migração das
larvas pelos pulmões ocorre raramente.

Bella H.
Tratamento

Albendazol: Fonte: SBP

Larvicida, ovicida e vermicida;


Inibição da polimerização tubulínica --> Redução de energia, esgotamento e morte dos helmintos;
Dor abdominal transitória, náusea ou diarreia se grande quantidade de vermes.

Jéssica
Tratamento
individualizado- Obstrução
OBSTRUÇÃO INTESTINAL:
SUBAGUDA OU AGUDA NÃO RESOLVEU A OBSTRUÇÃO?

Hidratação venosa e aspiração nasogástrica por 48 a 72 hr; Enema com salina hipertônica: Irritante para o bolo de
Administração de óleo mineral, 15 a 30ml 2/2 horas; vermes;
Ascaricida: Morte e degradação maciça dos vermes --> OU
Toxinas --> inflamação de parede intestinal, paralisia, Gastrografina (contraste hiperosmolar): Separação dos
necrose e perfuração. áscaris, desidratação e redução do tamanho.

LAPAROTOMIA SE:
·Sangramento retal e toxemia e/ou
Jéssica Não respondem ao tratamento médico. Fonte: SBP
Tratamento
individualizado
Cólica biliar, colecistite e pancreatite aguda associadas à ascaridíase:
Restrição da ingestão oral, hiIdratação, uso de antibióticos e de analgésicos.;
Anti-helmíntica após a remissão dos sintomas agudos.

Colangite aguda:
Descompressão e drenagem biliares cirúrgicas ou endoscópicas urgentes;

Abscesso hepático:
Aspiração guiada por ultrassonografia e remoção de pus;
Antibióticos, analgésicos e agentes anti-helmínticos2..

Jéssica Fonte: SBP


Estrongiloidíase
Estrongiloidíase
Strongyloide sterocoralis

Homem = Hospedeiro principal

Habitat = intestino delgado

Principal doença parasitária transmitida pelo solo

Emerson
Estrongiloidíase
Transmissão

Pele ou autoinfecção

Endêmico em áreas rurais tropicais e subtropicais

Na maioria dos casos, não apresenta sintomas relevantes

Emerson
Estrongiloidíase

Igor D.
Estrongiloidíase
Manifestações clinicas

Irritação na pele

Tosse seca

Diarréia

Dor abdominal

Igor D.
Estrongiloidíase
Manifestações clinicas graves - Disseminada

Associadas a imunossupressão
Relacionada com os sistemas do ciclo de vida e pode ainda
incluir:
Fígado
Vesícula biliar
Coração
Igor D.
Estrongiloidíase
Diagnóstico
Busca por larvas na amostra
ELISA

Danilo C
Estrongiloidíase
Tratamento
Imunocompetentes forma não complicada - Anti-
helmíntico
Forma disseminada - Anti-helmíntico + ATB contra
Enterobactérias Gram -

Danilo C
Teníase
Teníase
Taenia solium ou Taenia saginata
A contaminação ocorre pelo consumo da carne mal
passada ou crua, de suínos ou bovinos, contendo cisticercos
É considerada uma doença tropical negligenciada - OMS
A maior prevalência ocorre em adultos jovens e nas regiões
rurais da América Latina, África e Ásia

Vitoria Alves
Teníase
Ciclo Biológico

Vitoria Alves
Teníase
Quadro Clínico

Frequentemente assintomático
Fenômenos tóxicos alérgicos Principais sintomas: Astenia,
Hemorragia (fixação na mucosa perda de peso, tontura,
e destruição epitélio) náuseas e vômitos, dores
Inflamação (secreção de muco) intestinais, constipação,
diarreia, apetite excessivo,
etc,
Thays Escócio
Teníase
DIAGNÓSTICO
Microscopia com identificação de ovos e proglótides

nas fezes

O exame de três amostras de fezes coletadas em

dias diferentes é recomendado para aumentar a

sensibilidade dos métodos microscópicos.

Lara Andrade
Teníase
TRATAMENTO

2- Niclosamida – atua no sistema


1- Praziquantel – administrado
nervoso da tênia (imobilização e
na dose de 5-10mg/Kg por via eliminação). Administrada em
oral, em dose única. dose única de 50mg/kg (máximo
de 2g) por via oral.

Lara Andrade
Trichuríase
Trichuríase
INTRODUÇÃO

Também chamado de tricocefafalíase, tem o


Trichuris trichiura como agente etiológico
É um verme pequeno, de no máximo 5 cm, que
habita preferencialmente o ceco nos humanos

OVO DE T. TRICHIURA, COM FORMATO TÍPICO DE BASTÃO

Vinicius
Trichuríase CICLO DA DOENÇA

1. Os ovos não embrionados são passados nas fezes.


2. No solo, os ovos se desenvolvem em um estágio de
células-2.
3. As células continuam a dividir-se
4. Em seguida, os ovos são embrionados e tornam-se
infecciosos em 15 a 30 dias.
5. Os ovos eclodem no intestino delgado e liberam
larvas.
6. As larvas amadurecem e estabelecem-se como
adultos no ceco e cólon ascendente.

Ramonnyele
Trichuríase
QUADRO CLÍNICO

O parasitismo por T.trichiura é geralmente assintomático


As manifestações mais frequentes nos casos são:

Nauseas, vômitos, dor abdominal, diarréia, insônia e perda de peso

Nas infecções severas podem ocorrer tenesmo e enterorragia,


acompanhada de anemia
Em crianças menores de cinco anos, desnutridas e com elevada
carga parasitária pode ocorrer prolapso retal

Ramonnyele
Trichuríase
TRATAMENTO
DIAGNÓSTICO
Parasitológico de fezes
É realizado com mebendazol e albendazol
Método qualitativos: Faust (centrífugo-
Pode ser utilizado o pamoato de pirantel
flutuação) ou Lutz
Métodos quantitativos: Kato-Katz
Mucosa Retal

Ana Clara
Trichuríase
+ SENSÍVEL
TRATAMENTO
DIAGNÓSTICO
Parasitológico de fezes
É realizado com mebendazol e albendazol
Método qualitativos: Faust (centrífugo-
Pode ser utilizado o pamoato de pirantel
flutuação) ou Lutz
Métodos quantitativos: Kato-Katz
Mucosa Retal

Ana Clara
Amebíase
Amebíase
Estágios evolutivos da Entamoeba:

Cisto - parasita
A amebíase é uma infecção do dormente
intestino grosso e, algumas vezes, do
fígado e outros órgãos, causada pelo
protozoário unicelular Entamoeba
histolytica, uma ameba.

Trofozoíto - parasita
ativo
Domynyque
CICLO BIOLÓGICO
Amebíase QUADRO CLÍNICO

Maioria assintomático.
Diarreia, às vezes com hematoquezia;
Dor abdominal baixa;
Perda de peso e febre.

Casos graves
Abdômen doloroso ao toque;
Diarreia grave com muco e sangue;
Desidratação;
Formação de protuberâncias no cólon.

Domynyque
CICLO BIOLÓGICO
Amebíase QUADRO CLÍNICO

Extraintestinal

Abscesso hepático e raramente pulmonar e


cerebral, causando hepatomegalia, febre, suor,
calafrio, fraqueza, enjoo, vômito, perda de peso e
dor/desconforto em hipocôndrio direito;

Infecção de pele: nádegas (fezes contaminadas);


genitais (relação sexual com pessoa infectada).

Domynyque
Amebíase TRATAMENTO

Deve ser tratada em qualquer forma de apresentação


clínica, sintomática ou não.

Tratamento de Suporte:
Hidratação;
Correção do equilíbrio hidroeletrolítico.

Tratamento Medicamentoso:
É dividido em:
1) Formas intestinais não graves;
2) Formas intestinais graves/ extraintestinais;

Clarice
Amebíase TRATAMENTO

1) Formas Intestinais não graves:

Imidazólicos (secnidazol/metronidazol/tinidazol):
São os agentes de escolha para destruir as formas

invasivas presentes nos tecidos;

Não erradicam os trofozoítos e cistos;

O tratamento deve ser complementado (drogas de

ação antiameba intraluminal).

Clarice
Amebíase TRATAMENTO

1- Formas Intestinais Não Graves:

Clarice Disponível em: Medgrupo - Residência médica 2018). CLÍNICA médica. [São Paulo: Medgrupo, 2007].
Amebíase TRATAMENTO

2- Formas Intestinais Graves ou Extraintestinais:

Disponível em: Medgrupo - Residência médica 2018). CLÍNICA médica. [São Paulo: Medgrupo, 2007].

Bruna
Amebíase TRATAMENTO

3- Complementação do Tratamento – Erradicar Formas Intraluminais:

Bruna Disponível em: Medgrupo - Residência médica 2018). CLÍNICA médica. [São Paulo: Medgrupo, 2007].
Amebíase TRATAMENTO

O abscesso hepático amebiano costuma responder muito bem à terapia


farmacológica isolada, independentemente de seu tamanho, com as mesmas
drogas e doses já citadas (90% melhora em 72h).

Drenagem via percutânea:


Indicada somente se houver:
1) Necessidade de excluir abscesso piogênico;
2) Ausência de resposta clínica após quatro dias;
3) Ameaça de ruptura iminente (ex.: crescimento progressivo, localização no lobo
esquerdo do fígado, risco de ruptura para a cavidade pericárdica).

A drenagem cirúrgica aberta: não é recomendada, exceto em casos graves,


quando o abscesso é inacessível à aspiração percutânea.

Bruna
Giardíase
GiardíaseCONCEITO

⇨ Infecção causada pelo protozoário Giárdia lamblia;


Eurixeno
0

Monoxeno
Cosmopolita

200 Milhões de Giardíase sintomática!

Luísa Rebeka
Giardíase
CICLO BIOLÓGICO
1. Ingestão do Cisto:
pH = 2
37° 2. Desincestamento ⇨ Trofozoíta
Suco Pancreático

3. Reprodução Assexuada: Divisão Binária Longitudinal.


Nem todas as pessoas apresentam sintomas.

4. Encistamento

5. Somente os cistos sobrevivem fora do hospedeiro.

Luísa Rebeka
Giardíase
Manifestações clínicas: Transmissão:
Febre baixa
Dor de cabeça Ingestão de água sem
Dor abdominal tratamento
Diarreia aguda ou crônica Alimentos contaminados

Odor fétido
Indivíduo contaminado
Esteatorreia
pessoa a pessoa
Náusea e/ou vômito
Flatulências
Brincar em solo infectado
Anorexia
Geofagia
Má progressão ponderal
Perda de peso

Bruna Pierezan
Giardíase
Manifestações clínicas: Transmissão:
Febre baixa
Dor de cabeça PROFILAXIA Ingestão de água sem
Dor abdominal tratamento
Diarreia aguda ou crônica Alimentos contaminados

Odor fétido
Indivíduo contaminado
Esteatorreia
pessoa a pessoa
Náusea e/ou vômito
Flatulências
Brincar em solo infectado
Anorexia
Geofagia
Má progressão ponderal
Perda de peso

Bruna Pierezan
Giardíase
Patogênese:

Barreira mecânica

Atrofia das Inflamação


vilosidades
Hiperplasia das
Enterócitos criptas
imaturos Aumento da
permeabilidade
intestinal
Bruna Pierezan
Giardíase
Patogênese:

Barreira mecânica

Atrofia das Inflamação


SÍNDROME DA MÁ ABSORÇÃO
vilosidades
Hiperplasia das
Enterócitos criptas
imaturos Aumento da
permeabilidade
intestinal
Bruna Pierezan
Diagnóstico x Tratamento

Secnidazol: 30mg/kg ou 1ml/kg, em


Parasitológico dose única, após refeição.
Imunofluorescência Tinidazol: 2g VO, em dose única X 1g,
indireta + método ELISA sob a forma líquida, Repetir a dose
COM 1 semana depois;
Metronidazol (Flagil): 15mg/kg/dia, VO,
2x ao dia, por 5 dias (dose máxima
Verena Lima 250mg);
Referências
SANTANA, Luiz Alberto et al. Atualidades sobre giardíase. Jornal Brasileiro de Medicina, v. 102, n. 1, p. 7-10, 2014.

CASTRO, Hélia. Giardíase: considerações práticas. Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, v. 17, n. 1, p.
57-61, 2001.

NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 13 Rio de Janeiro: Atheneu, 2016, 588 p.

URL:https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-
parasit%C3%A1rias-protozo%C3%A1rios-intestinais-e-microspor%C3%ADdios/ameb%C3%ADase
Acesso em: 21 de setembro de 2023
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