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MICROBIOTA NORMAL

DO CORPO

Profa.: Juscilânia Furtado


MICROBIOTA NORMAL

Patologia: é o estudo científico da doença


(pathos=sofrimento; logos=ciência)

A patologia está relacionada com a etiologia ( causa), a


patogênese (desenvolvimento) e os efeitos da doença.

Infecção: é a invasão e crescimento patógenos no corpo.

Doença: é um estado anormal em que parte ou todo o corpo


não está adequadamente ajustado ou é incapaz de realizar
as funções normais.
MICROBIOTA NORMAL

Bactérias e fungos residentes permanentes que


habitam pele e mucosas de indivíduos normais e sadios
MICROBIOTA NORMAL

Vírus e parasitas são considerados não pertencentes


à microbiota embora possam estar presentes em indivíduos
assintomáticos
MICROBIOTA NORMAL

Sistema nervoso central, sangue, brônquios inferiores e alvéolos,


fígado, baço, rins, bexiga são livres de microrganismos, exceto
os transitórios ocasionais

...
MICROBIOTA NORMAL

FUNÇÃO: Impedir a colonização por patógenos do meio externo e o


possível desenvolvimento de doenças por meios da interferência
Bacteriana.

...
MICROBIOTA NORMAL

- Quando se forma?

- Não é uniforme.Varia em:


- Qualidade
- Quantidade
- Com a idade, alimentação, etc

Sua presença não é essencial à vida

1. Colonização transitória
2. Colonização permanente
MICROBIOTA NORMAL

Colonização transitória:

Microrganismos não patogênicos ou potencialmente patogênicos que


permanecem na pele ou mucosas por horas, dias ou semanas

Provém do meio externo, não provoca doença e não se estabelece


de forma permanente na superfície

Se a microbiota residente normal permanece intacta, a transitória


tem pouca importância

Se a residente for perturbada podem colonizar e proliferar,


produzindo doença
MICROBIOTA NORMAL

Colonização permanente:

Tipos fixos de microrganismos encontrados com


regularidade em determinada área e em determinada
idade

Se perturbada, recompõe-se
rapidamente
MICROBIOTA NORMAL

- Importância Benéfica:

1. Antagonismo microbiano

- Ocupa receptores

- Compete por nutrientes

- Produção de bacteriocinas

2. Produção de vitaminas K e do complexo B

3. Absorção de nutrientes

4. Estímulo do sistema imune


MICROBIOTA NORMAL

- Pode ser responsável por uma série de Doenças:

Infecções Endógenas

1. Quando deixam o seu sítio normal e


migram para um novo local no corpo
humano. (Ex. Cirurgias, perfurações,
rompimento das barreiras normais)

2. Uso de antibióticos ou imunossupressores

3. Pacientes na U.T.I.
PELE

• Microbiota residente bem definida e constante

• Modificada em diferentes regiões anatômicas por secreções,


uso habitual de roupas ou proximidade de mucosas (boca, nariz
e áreas perineais)

• Staphylococcus epidermidis (90% das

pessoas)

• Staphylococcus aureus (10 a 40% das

pessoas –pele; 40 a 50% pessoas, fossas nasais)


PELE

• Corynebacterium spp.

• Streptococcus

• Propionibacterium

• Peptococcus

• Candida albicans

• Micobactérias não patogênicas em áreas ricas

em secreções sebáceas (genitália, ouvido externo)


CAVIDADE ORAL

- Numerosa e diversificada
(Ex. saliva – 108 bactérias/ml, placas dentais 1010 bactérias/ml

- Staphylococcus
- Streptococcus
- Neisseria
- Anaeróbios
-Bacteroides
- Outros
CAVIDADE ORAL

Não patógenos ocupam sítios de fixação da mucosa da faringe e


impedem o crescimento de microrganismos patogênicos

Grande importância
- Cárie dentária
- Odontológica
- Doenças periodontais
- Medicina
- Abscessos

- Meningites
- Neisseria meningitidis

- Endocardites
Streptococcus viridans
TRATO GASTROINTESTINAL

- Estômago: número variado após as refeições


- Cólon: 109-1011 bactérias /grama de bolo fecal

- Extremamente variada
- 1 aeróbia: 100/1.000 anaeróbias
- 10- 30 % do peso das fezes
- Principal microbiota
- Importante papel de defesa
- São os mais importantes agentes de infecções endógenas
TRATO GASTROINTESTINAL

Estômago:

Acidez gástrica mantém  nº de microorganismos

Várias espécies de cocos gram positivos tolerantes à acidez gástrica

Portadores de gastrite e úlcera gástrica: estômago colonizado por


bacilo gram negativo Helicobacter pylori

Encontrado em 30 a 50% de indivíduos


TRATO GASTROINTESTINAL

Intestino delgado proximal:


✓ Estafilococos, estreptococos
e lactobacilos
✓ Raros anaeróbios

Íleo distal:
Microbiota diversificada: coliformes,
Vários anaeróbios – bacteróides,
fusobactérias e clostrídios
TRATO GASTROINTESTINAL

✓ Intestino grosso é o mais densamente povoado

✓ Bactérias anaeróbias em  quantidade – bacteróides,


bifidobactérias e fusobactérias.
✓ Lactobacilos, estreptococos, clostrídios e enterobactérias

Microbiota intestinal:
500 espécies
200 gêneros
20 representantes
MICROBIOTA NORMAL

Trato GI e reto
Várias Enterobacteriaceae, exceto Salmonella, Shigella,
Yersinia,Vibrio, espécies de Campylobacter

Enterococcus
Staphylococcus epidermidis
Estreptococcus α-hemolíticos e não hemolíticos
Difteróides
Staphylococcus aureus em pequeno nº
Leveduras em pequeno nº
Anaeróbios em grande nº
TRATO GASTROINTESTINAL

(103 bact/g)

(103 bact/g)

(109 a 1011 bact/g)


(106 a 108 bact/g)
TRATO GASTROINTESTINAL

Escherichia coli na superfície do intestino delgado


MICROBIOTA INTESTINAL DO RECÉM
NASCIDO
CRIANÇAS AMAMENTADAS NO SEIO:

 nº de Estafilococos
 nº de Clostrídios e Enterococcus
 Klebsiella, Enterobacter e Escherichia coli

Parto natural: microbiota da criança é derivada da microbiota


fecal materna que contamina o canal do parto

Cesariana: não há participação da microbiota fecal materna. O


aparecimento de anaeróbios e enterobactérias é mais tardio
MICROBIOTA INTESTINAL DO IDOSO

Microbiota intestinal mais rica em


Clostridium perfringens,
coliformes e Enterococcus

 quantidade de bifidobactérias –
bacilos gram positivos anaeróbios
MICROBIOTA VAGINAL

Microbiota varia com a idade, pH, secreção hormonal:

- Mulher adulta ---- - Lactobacillus sp. - Bacilos de Döderlein

- Infância, pós menopausa -------------- poucos Lactobacillus,


microbiota composta de cocos e bacilos

Regulação do pH vaginal

 Estrogênio -  prod. de ác. lático a partir glicogênio vaginal -  pH vaginal


Lactobacillus: prevenção do crescimento de patógenos potenciais

Supressão de Lactobacillus por antibióticos: crescimento Candida albicans


MICROBIOTA VAGINAL

Bacilos de Döderlein
MICROBIOTA VAGINAL

Colonização da vagina por microbiota fecal: E. coli e Enterobacter

15-20% de mulheres adultas têm Streptococcus


do grupo B
Causa de septicemia e meningite em recém-

nascidos  passagem canal do parto

5% das mulheres têm vagina colonizada por

S. aureus  predisposição à síndrome do choque


tóxico
URETRA

A urina na bexiga é normalmente estéril mas durante a


passagem pelas porções finais da uretra torna-se contaminada

Microrganismos encontrados na pele e períneo:


Staphylococcus epidermidis, coliformes, difteróides e
Streptococcus não hemolíticos
CONJUNTIVA

Difteróides (espécies de Corinebacterium), Staphylococcus


epidermidis, estreptococos não hemolíticos, Neisseria,
bacilos gram negativos (Haemophilus, Moraxella)

Microbiota controlada pelo


fluxo de lágrimas que contém
lisozima antibacteriana

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