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Aspectos Gerais da Psicopatologia DALGALARRONDO

Introdução Geral a Semiologia Psiquiátrica ......................................... pag.03


Definição de Psicopatologia e Ordenação de Seus Fenômenos........... pag.06
Os principais tipos de psicopatologia................................................... pag.10
A questão da normalidade e da medicalização................................... pag.14

Avaliação do paciente e Funções Psíquicas Alteradas


A avaliação do paciente.................................................................... pag.41
A entrevista com o paciente.............................................................. pag.45
Aspecto geral do paciente e comunicação não verbal....................... pag.55

Funções Psíquicas Elementares e suas alterações no Exame do Estado Mental.


Introdução as funções psíquicas elementares................................ pag.6

Calendário
22/02 Conceitos Básicos
29/02 Conceitos Básicos
07/03 Conceitos Básicos
Transt. Neurod. Autismo
Avaliação
14/03
21/03
25/03 Semipresencial
28/03
04/04 AP1
08/04 Semipresencial
18/04
25/04 manhã e tarde
09/05
13/05
16/05
23/05 AP2
30/05
06/06
10/06
20/06
24/06 semipresecial
27/06
04/07 AS
11/07 Feedback devolução da AP2
18/07
Introdução Geral a Semiologia Psiquiátrica

O que é semiologia? Em sentido geral é a ciência dos signos.


 A semiologia psicopatológica. Por sua vez é o estudo dos sinais e sintomas dos
transtornos mentais.
 É um campo de grande importância para o estudo da linguagem. (interação e a
comunicação entre dois interlocutores por meio de sistemas de signos).
 Não se restringe a psicologia, medicina ou psiquiatria.

Signo______________________________________________
 É o elemento nuclear da semiologia.
 É um tipo de sinal.
 É um sinal especial sempre provido de significação
 A semiologia médica e psicopatológica tratam particularmente dos SIGNOS que
indicam a existência de transtornos e patologias.
 Os signos ou sinais de maior interesse para a psicopatologia são os sinais
comportamentais
 Objetivos
 Verificáveis
 Ex: a fumaça é um sinal de fogo
Febre sinal de infecção
Choro de tristeza

Divisões da Semiologia________________________________
 Pode ser dividida em duas grandes subáreas: semiotécnica e semiogênese.

 Semiotécnica: técnicas e procedimentos específicos de observação e coleta de


sinais e sintomas assim como da descrição de tais sintomas.

 É crucial para uma boa semiotécnica em psicopatologia ser capaz de fazer uma
observaçãoa observação minuciosa, atenta e perspicaz do comportamento do
paciente: o conteúdo do discurso, o modo de falar, a mímica, a postura, a
vestimenta, a forma como reage, e o estilo de relacionamento.

 Semiogênese: investiga a origem dos mecanismos de produção do significado e


o valor diagnóstico e clínico de sinais e sintomas.

Síndromes e Entidades Nosológicas______________________


 São transtornos específicos.
 Sinais e sintomas não ocorrem de forma aleatória, surgem a partir de certas
associações, certos grupos (clusters) que são agrupamentos mais ou menos
frequentes
Sindromes: são agrupamentos relativamente constantes e estáveis de determinados sinais e
sintomas. Ex: sindrome depressiva, demencial ou paranóide.
Entidade Nosológica: são termos utilizados na medicina e na psiquiatria para indicar os
fenômenos mórbidos nos quais podem-se identificar ou ao menos presumir com certa
segurança certas causas, ou fatores causais. O curso e os padrões evolutivos de uma doença ou
estados terminais típicos.

Nas entidades nosologicas ou transtornos busca-se identificar mecanismos psicopatológicos e


psicológicos.
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Definição de Psicopatologia e Ordenação de Seus Fenômenos
O que é psicopatologia? É o ramo da ciência que que trata da natureza essencial da doença ou
do transtorno mental, suas causas, as mudanças estruturais e funcionais associadas a ela e suas
formas de manifestação.
 A psicopatologia tem boa parte de sua raiz na tradição médica.
 Conhecimento: sistemático, elucidativo e desmistificante.
 Por ser um conhecimento científico a psicopatologia não inclui dogma ou
julgamento.
 Não julga o que estuda
 Busca apenas observar, identificar e compreender os diversos elementos do
transtorno mental
 Os limites da psicopatologia: embora o objeto de estudo seja o ser humano na
sua totalidade (Nosso tema é o homem todo em sua enfermidade).
 A psicopatologia como ciência exige um rigoroso pensamento conceitual que
seja sistemático e que possa ser comunicado de modo inequívoco
Forma e Conteúdo dos Sintomas________________________
Patogênese e Patoplastia
Quando se estuda sintomas psicopatologicos é importante ter claros os seguintes conceitos
 Conceito de forma dos sintomas: a estrutura básica que é relativamente
semelhante em diversos pacientes, e cultura. A forma da alucinação, do delírio e
da ilusão por exemplo.
 Conceitos de conteúdo dos sintomas: é aquilo que preenche a alteração
estrutural (conteúdo de culpa, religioso, de perseguição.
 Conceito de Patoplastia:Configuração e preenchimento dos conteúdos dos
sintomas ou seja como a forma e preenchida pelos temas específicos.

Ordenação dos Fenômenos em Psicopatologia_____________


 O estudo da doença ou transtorno mental como o de qualquer outro objeto se
inicia pela observação cuidadosa de suas manifestações.
 A observação articula-se dialeticamente com a ordenação dos fenômenos.
Isso significa que para observar, também é preciso definir, classificar,
interpretar e ordenar o objeto observado em determinada perspectiva
seguindo certa lógica observacional e classificatória.

O que é definir?______________________________________
 É saber identificar a proximidade e a diferença específica.
 Definir significa dizer o que é ou com o que se parece e como que deve ser
agrupado.
 Ao definir com o que um fenômeno se parece, devemos dizer com o que ele
não se parece.

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Em psicopatologia se define 3 tipos de fenômenos humanos
1) Os fenômenos são semelhantes em todas ou quase todas as pessoas. Embora existam as
individualidades certas experiências são basicamente semelhantes para todos.

2) Fenômenos em partes semelhantes e em partes diferentes. Significa que os fenômenos


se sobrepõem.

3) Fenômenos qualitativamente novos, distintos das vivências normais. Diz respeito a


experiencia patológica em si. São próprios apenas a uma doença específica

Psicopatologia______________________________________

Os principais tipos de Psicopatologia____________________

A questão da Normalidade_____________________________
O conceito de saúde e de normalidade em psicopatologia é questão de grande controvérsia
(Almeida Filho, 2000). Obviamente, quando se trata de casos extremos, cujas alterações
comportamentais e mentais são de intensidade acentuada e de longa duração, o delineamento
das fronteiras entre o normal e o patológico não é tão problemático.
Critérios de Normalidade
Há vários critérios de normalidade e anormalidade em medicina e psicopatologia. A adoção de
um ou outro depende, entre outras coisas, de opções filosóficas, ideológicas e pragmáticas do
profissional (Canguilhem, 1978). Os principais critérios de normalidade utilizados em
psicopatologia são:
 Normalidade como ausência de doença. O primeiro critério que geralmente se utiliza
é o de saúde como “ausência de sintomas, de sinais ou de doenças”.

 Normalidade ideal. A normalidade aqui é tomada como uma certa “utopia”.


Estabelece-se arbitrariamente uma norma ideal, o que é supostamente “sadio”, mais
“evoluído”. Tal norma é, de fato, socialmente constituída e referendada. Depende,
portanto, de critérios socioculturais e ideológicos.

 Normalidade estatística. A normalidade estatística identifica norma e freqüência.

 Normalidade como bem-estar. A Organização Mundial de Saúde (WHO, 1946)


definiu, em 1946, a saúde como o completo bem-estar físico, mental e social, e não
simplesmente como ausência de.

 Normalidade como processo. Neste caso, mais que uma visão estática, consideram-
se os aspectos dinâmicos do desenvolvimento psicossocial, das desestruturações e
das reestruturações ao longo do tempo, de crises, de mudanças próprias a certos
períodos etários. Esse conceito é particularmente útil em psiquiatria infantil, de
adolescentes e geriátrica.

 Normalidade subjetiva. Aqui é dada maior ênfase à percepção subjetiva do próprio


indivíduo em relação a seu estado de saúde, às suas vivências subjetivas.

 Normalidade como liberdade. Alguns autores de orientação fenomenológica e


existencial propõem conceituar a doença mental como perda da liberdade existencia

AVALIAÇÃO_______________________________________

AVALIAÇÃO PSICOPATOLÓGICA
A avaliação do paciente, em psicopatologia, é feita principalmente por meio da entrevista. Aqui
a entrevista não pode, de forma alguma, ser vista como algo banal, um simples perguntar ao
paciente sobre alguns aspectos de sua vida. A entrevista, juntamente com a observação
cuidadosa do paciente, é, de fato, o principal instrumento de conhecimento da psicopatologia.
Por meio de uma entrevista realizada com arte e técnica, o profissional pode obter informações
valiosas para o diagnóstico clínico, A entrevista psicopatológica permite a realização dos dois
principais aspectos da avaliação:
1. A anamnese, ou seja o histórico dos sinais e dos sintomas que o paciente apresenta ao longo
de sua vida, seus antecedentes pessoais e familiares, assim como de sua família e meio social.

2. O exame psíquico, também chamado exame do estado mental atual.

Avaliação Fisica
Os pacientes com transtornos psiquiátricos apresentam morbidade física mais freqüente que a
população comum.

O diagnóstico de um transtorno psiquiátrico é quase sempre baseado preponderantemente nos


dados clínicos. Dosagens laboratoriais, exames de neuroimagem estrutural (tomografia,
ressonância magnética, etc.) e funcional (SPECT, PET, mapeamento por EEG, etc.), testes
psicológicos ou neuropsicológicos auxiliam de forma muito importante, principalmente para o
diagnóstico diferencial entre um transtorno psiquiátrico primário (esquizofrenia, depressão
primária, etc.) e uma doença neurológica (encefalites, tumores, doenças vasculares, etc.) ou
sistêmica

O diagnóstico psicopatológico, com exceção dos quadros psicoorgânicos (delirium, demências,


síndromes focais, etc.),

Baseiase principalmente no perfil de sinais e sintomas apresentados pelo paciente na história da


doença
Muitas vezes o raciocínio diagnóstico baseado em pressupostos etiológicos mais confunde que
esclarece. Deve-se, portanto, manter duas linhas paralelas de raciocínio clínico; uma linha
diagnóstica, baseada fundamentalmente na cuidadosa descrição evolutiva e atual dos sintomas
que de fato o paciente apresenta, e uma linha etiológica, que busca, na totalidade de dados
biológicos, psicológicos e sociais, uma formulação hipotética plausível sobre os possíveis
fatores etiológicos envolvidos no caso.

De modo geral, não existem sinais ou sintomas psicopatológicos totalmente específicos de


determinado transtorno mental

Portanto, o diagnóstico psicopatológico repousa sobre a totalidade dos dados clínicos,


momentâneos (exame psíquico) e evolutivos (anamnese, história dos sintomas e evolução do
transtorno). É essa totalidade clínica que, detectada, avaliada e interpretada com conhecimento
(teórico e científico) e habilidade (clínica e intuitiva), conduz ao diagnóstico psicopatológico

O diagnóstico psicopatológico é, em inúmeros casos, apenas possível com a observação do


curso da doença. Dessa forma, o padrão evolutivo de determinado quadro clínico obriga o
psicopatólogo a repensar e refazer continuamente o seu diagnóstico.

o diagnóstico psiquiátrico deve ser sempre pluridimensional. Várias dimensões clínicas e


psicossociais devem ser incluídas para uma formulação diagnóstica completa:

Confiabilidade e validade do diagnóstico em psiquiatria. A confiabilidade (reliability) de um


procedimento diagnóstico (técnica de entrevista padronizada, escala, teste, diferentes
entrevistadores, etc.)
DSM -V___________________________________________

EXAME DO ESTADO MENTAL__________________________

Transtornos do Neurodesenvolvimento_________________

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