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DALGALARRONDO
QUESTÕES DE REVISÃO
SEMIOLOGIA – É a ciência dos signos, ela não está restrita a algum campo.
QUESTÕES DE REVISÃO
É o ramo da ciência que trata da natureza essencial da doença mental, suas causas,
as mudanças estruturais e funcionais associadas a ela e suas formas de
manifestação. Seu principal campo de atuação é o auxílio a psiquiatria médica,
mas não se limita a isso, haja vista que se trata de uma ciência autônoma.
A sua origem está atrelada as tradições médicas, dotadas de observações
prolongadas dos enfermos e uma tradição humanística, tais como a filosofia,
literatura, arte, psicanálise.
Fenômenos semelhantes: É aquele que está presente para todo o ser humano,
por exemplo: sentir fome, sede ou sono.
Fenômenos parcialmente semelhantes: São aqueles que todo homem
experimenta, mas apenas em parte são semelhantes aos que o doente mental
vivencia. Por exemplo: todos um dia sofrem de tristeza, mas o nível da mesma
varia de acordo com cada indivíduo.
Fenômenos qualitativamente novos: São próprios apenas a certas doenças e
estados mentais. Aqui se incluem as alucionações, delírios etc.
CAPÍTULO 3: O CONCEITO DE NORMALIDADE EM PSICOPATOLOGIA
QUESTÕES DE REVISÃO
- Normalidade como ausência de doença: Seria aquele indivíduo que não é portador de um
transtorno mental definido. Esse conceito é falho, haja vista que define a normalidade não por
aquilo que ela supostamente é, mas, sim, por aquilo que ela não é, pelo que lhe falta.
PSICOPATOLOGIA EXISTENCIAL: o doente é visto como existência singular, com ser singular,
como ser lançado em um mundo que é histórico e humano.
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QUESTÕES DE REVISÃO
A primeira afirma que o diagnóstico em psiquiatria não tem valor algum, pois cada pessoa é
uma realidade única e inclassificável. O diagnóstico psiquiátrico apenas serviria para rotular as
pessoas diferentes, permitindo e legitimando o poder médico. Essa crítica é particularmente
válida nos regimes políticos totalitários, quando se utilizou o diagnóstico psiquiátrico para
punir e excluir pessoas dissidentes ou opositoras ao regime.
QUESTÕES DE REVISÃO
Tanto o psiquiatra como o clínico geral não avaliam o doente mental como um todo, haja
vista que ambos tem o foco em avaliar dentro da sua área de atuação, portanto, o psiquiatra
foca exclusivamente no psiquismo, enquanto o clínico geral, no físico, no observável.
- Reflexo de preensão: Consiste na reposta de flexão dos dedos evocada pelo contato rápido
de um objeto com a região palmar do paciente, respondendo este com um movimento
involuntário de preensão. Sua aplicação pode ser bilateral ou unilateral. Na bilateral, tem a
capacidade de demonstrar lesão ou disfunção frontal ou sofrimento cerebral difuso
(encefalopatias), enquanto na unilateral, localiza a lesão na área 6 de Broadman contralateral.
- Reflexo de sucção: à estimulação da região perioral com uma espátula, na qual há uma
protusão dos lábios, desvio para o lado estimulado e movimentos de sucção. Esse reflexo pode
ocorrer em lesões frontais (mas também em encefalopatias difusas).
- Reflexo orbicular dos lábios: A percussão da área acima do lábio superior, na linha média,
pode produzir a projeção dos lábios para a frente. A compressão dessa área pode desencadear
uma clara projeção dos lábios, como se o indivíduo fizesse um bico ou focinho (snout reflex, ou
reflexo do focinho). Embora menos específico que o grasping e o reflexo de sucção, o reflexo
orbicular dos lábios e o snout reflex podem ser indicativos de dano cerebral difuso.
Os testes são divididos em Projetivos, com caráter subjetivo, e Estruturados, com caráter
objetivo. São eles:
PROJETIVOS:
- Teste de Rorschach;
- Teste de Apercepção Temática (TAT), de Murray;
- Teste de Relações Objetais (TRO), de Phillipson;
- O Teste das Pirâmides, de Pfister;
- O Casa, Árvore, Pessoa e Família (HTP-F), de Buck.
ESTRUTURADOS:
- MMPI;
- 16-PF;
- The Big Five Model.
QUESTÕES DE REVISÃO
2- Qual a importância, sgundo Monedero (1973), dos quadros nosográficos para dar
sentido aos fenômenos particulares (sintomas isolados)?
Monedero (1973, p. 21) explicita essa questão utilizando um exemplo claramente
clínico:
“As alucinações durante as intoxicações não são iguais às do esquizofrênico, do
histérico, ou as que aparecem no extremo cansaço. Se, no estudo das
alucinações, prescindimos das diferenças entre umas e outras, seria inútil todo o
nosso trabalho psicopatológico. Por isso, torna-se necessária a contínua referência
aos quadros nosográficos, que são estruturas totalizantes, nos quais adquirem
sentido os fenômenos particulares.”
É portanto, necessário avaliar cada pessoas como única
2- Indique as diferenças entre sono REM e sono não-REM. Que estágios ocorrem
durante o sono não-REM?
- Sopor.
É um estado de marcante turvação da consciência, no qual o paciente pode ser
despertado apenas por estímulo enérgico, sobretudo de natureza dolorosa. Aqui, o
paciente sempre se mostra evidentemente sonolento. Embora ainda possa apresentar
reações de defesa, ele é incapaz de qualquer ação espontânea. A psicomotricidade
encontra-se mais inibida do que nos estados de obnubilação. O traçado
eletrencefalográfico acha-se globalmente lentificado, podendo surgir as ondas mais lentas,
do tipo delta e teta.
- Coma.
É o grau mais profundo de rebaixamento do nível de consciência . No estado de
coma, não é possível qualquer atividade voluntária consciente. Além da ausência de
qualquer indício de consciência, os seguintes sinais neurológicos podem ser verificados:
movimentos oculares errantes com desvios lentos e aleatórios, nistagmo, transtornos do
olhar conjugado, anormalidades dos reflexos oculocefálicos (cabeça de boneca) e
oculovestibular (calórico) e ausência do reflexo de acomodação. Além disso, dependendo
da topo grafia e da natureza da lesão neuronal, podem ser observadas rigidez de corticação
ou de decerebração, anormalidades difusas ou focais do EEG com lentificações importantes
e presença de ondas patológicas. Os graus de intensidade de coma são classificados de I
a IV: grau I (semicoma), grau II (coma superficial), grau III (coma profundo) e grau IV (coma
dépassé).
O delirium, também conhecido como Estado Confusional Agudo, é uma síndrome cerebral
caracterizada por disfunções da consciência, atenção, memória, pensamento, orientação,
linguagem ou outras áreas da cognição, associadas a alterações no comportamento e no
padrão do sono.
O Delírio é um transtorno psiquiátrico relacionado à formação do juízo crítico, ou seja, quando
uma pessoa acredita, de forma convicta, em algo que não existe, sendo incapaz de discernir
entre o real e a imaginação.
Estado segundo.
Estado patológico transitório semelhante ao estado crepuscular, caracterizado por uma
atividade psicomotora coordenada, a qual, entretanto, permanece estranha à
personalidade do sujeito acometido e não se integra a ela. Com certa frequência, alguns
autores utilizam os termos “estado segundo” e “estado crepuscular” de forma indistinta
ou intercambiável.
Em geral, atribui-se, ao estado segundo, uma natureza mais psicogenética, sendo
produzido por fatores emocionais (choques emocionais intensos). Já ao estado
crepuscular, são conferidas causas mais freqüentemente orgânicas (confusão pós-ictal,
intoxicações, traum atismo craniano, etc.). Os atos cometidos durante o estado segundo
são geralmente incongruentes, ex travagantes, em contradição com a educação, as
opiniões ou a conduta habitual do sujeito acometido, mas quase nunca são r ealmente
graves ou perigosos, como no caso dos estados crepuscular es (Porot, 1967). Do ponto
de vista do mecanismo produtor da alteração, o estado segundo se aproxima mais à
dissociação da consciência do que ao estado crepuscular.
Dissociação da consciência.
Tal expressão designa a fragmentação ou a divisão do campo da consciência, ocorrendo
perda da unidade psíquica comum do ser humano. Ocorre com certa frequência nos
quadros histéricos (crises histéricas de tipo dissociativo). Nessas situações, observa -se
uma dissociação da consciência, um estado semelhante ao sonho (ganhando o caráter
de estado onírico), geralmente desencadeada por acontecimentos psicologicamente
significativos (conscientes ou inconscientes) que geram grande ansiedade para o
paciente.
Transe
Estado de dissociação da consciência que se assemelha a sonhar acordado, diferindo disso,
porém, pela presença de atividade motora automática e estereotipada acompanhada
de suspensão parcial dos movimentos voluntários. O estado de transe o corre em
contextos religiosos e culturais (espiritismo kardecista, religiões afro-brasileiras e reli giões
evangélicas pentecostais e neopentecostais).
Estado hipnótico
É um estado de consciência reduzida e estreitada e de atenção concentrada, que pode
ser induzido por outra pessoa (hipnotizador). Trata-se de um estado de consciência
semelhante ao transe, no qual a sugestionabilidade do indivíduo está aumentada, e a
sua atenção, concentrada no hipnotizador. Nesse estado, podem ser lembradas cenas e f
atos esquecidos e podem ser induzidos fenômenos como anestesia, paralisias, rigidez
muscular, alterações vasomotoras. Não há nada de místico ou paranormal na hipnose. É
apenas uma técnica refinada de concentração da atenção e de alteração induzida do
estado da consciência.