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LAUDO PSICOLOGICO

Documento elaborado pelo aluno Henrique Silva Uarthe sob supervisão da Prof°
Frederico Gomes E Silva Moreira descrevendo acerca de situações e/ou condições
psicológicas e suas determinações históricas, sociais, políticas e culturais, pesquisadas no
processo de psicodiagnóstico, data inicial: 18/03/18, final: 03/04/18, estágio de clínica I

Autor: Henrique Silva Uarthe RA:247510213799


Interessado: Frederico Gomes E Silva Moreira
Assunto: Criação de um laudo para avaliação do Orientador

Descrição da Demanda

A razão para a Produção deste laudo foi quando a paciente H.S.M pediu por telefone
atendimento psicológico na Clínica de Psicologia da anhanguera do Rio Grande, durante a
entrevista inicial a demanda relatada era que a paciente queria fazer atendimento psicológico
pois a cinco meses atras ela sofreu um assalto seguido por um acidente,depois desse ocorrido o
seu cotidiano sofreu mudança repentinas/desagradáveis.

Para a realização da psicodiagnóstico do paciente foram realizados 6 encontros, os dois


primeiros encontros foram destinados a Investigar o biopsicossocial do sujeito, os materiais
técnicos utilizados: ficha de anamnese de adulto, folha de presença do paciente, o terceiro e
quarto encontro teve a finalidade de coletar mais informações sobre os eventos traumáticos que
trouxeram a paciente vir fazer acompanhamento psicológico, o quinta encontro foi aplicado o
teste SCID-5 para confirmar a hipótese diagnóstica de Transtorno de Estresse pós Traumático, o
sexta encontro teve a finalidade de fazer a devolutiva para a paciente e marcar continuidade da
terapia para o próximo semestre.

Análise

Na sessão de psicodiagnóstico, H comentou assuntos de seu cotidiano, onde mora ela


considera um local de riscos por causas das pessoas que moram nesse meio, tráfico, trocação de
tiro, por morar sozinha todas essas situações a deixam mais angustiada e aflita, a queixa relatada
foi que no natal ela sofreu um assalta perto de sua casa, voltando pra casa com seu triciclo,
avistou um casal que se comportou de maneira estranha ao ver ela, começou a ficar preocupado

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com o ocorrido, começou a pedalar mais rápido para sair da situação, mais um fato ocorreu
quando ela escutou um barulho de moto vindo em sua direção, com todos esses fatos ocorrendo
nesse curto espaço de tempo ela se desequilibrou tombando o triciclo, consequentemente caindo
com todo seu lado direito no chão, ao dar uma olhada a sua volta, observou que o casal ainda a
olhava, a moto continuou com o seu trajeto, o casal invés de ajudá la foi embora do local,
tentando sair daquela situação tentou levantar o tricolor de cima dela não tendo êxito, foi quando
um vizinho foi prestar auxílio para H, levando o triciclo e levando ela de volta pra casa.
Depois de tudo esse acontecimento, descobriu se que tinha machucado severamente a
clavícula, foi perguntado a paciente se alguém familiar foi auxiliá la com a sua enfermidade
durante a assistência médica e com sua reabilitação, “Ninguém pode me ajudar naquele
momento, todos estavam trabalhando” (SIC), após voltar para sua residência , ao passar uns dias
ela começou a notar que seu sono, alimentação, os meios sociais que ela frequentava começaram
a ter mudanças significativas, sente sono ao longo do dia pois a dor não a deixava a ter um sono
profundo e contínuo, devido a restrição corporal o ato de preparar a comida e se alimentar ficou
mais difícil e a vontade de querer se alimentar, dificuldades para se vestir, mobilidade para
transporte, ficou afastada por um breve período do seu trabalho voluntário que é a visitar
residências para famílias com necessidades para poderem ter acesso ao kit alimentação, viagens
que fazia com o pessoal da igreja.
Foi questionado a paciente se já tinha ocorrido mais algum tipo de situação que a vida
foi posta em risco, informou que em 2017, a paciente ia sair de casa para ir ao banco para pagar
suas contas no entanto ela viu dois homens na esquina pois quando eles olharam em direção a
ela tiveram um comportamento estranho e postura incomum de se portar, após o ocorrido voltou
imediatamente para seus aposentos, depois desses acontecimentos ela começou a ter medo de
andar na rua principalmente se for a noite ou se estiver com seu salário, todos mês que tem que
pagar as contas as contas ela fica mais ansiosa, perto do natal a sua ansiedade aumenta devido
aos fenômenos que ocorreram.
No último encontro foi a devolutiva, relembrando todo o processo de
psicodiagnóstico,paciente foi informada sobre seu diagnóstico, com a entrevista, coleta de dados
e o teste fechou critério diagnóstico de Transtorno de estresse pós traumático, o psicoterapeuta
informou se a paciente queria continuar com a psicoterapia para o próximo semestre, ela aceitou
continuar no programa.

Conclusão

Durante os encontros de orientação, foi formulado pelo aluno e seu orientador a hipótese
diagnóstica de transtorno estresse pós traumático por causa dos contextos que foram trazidos na
sessão pela paciente, para provar a hipótese diagnóstica, foi escolhido o teste SCID-5 para TEPT
(G09 a G 41), que tem por finalidade ser uma entrevista para achar determinados traços daquele
transtorno, o primeiro critério B(G19) é necessário que a paciente preencha uma das cinco

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perguntas para a continuação do teste ,da G 15 a G18 foram positivas para a paciente, sonhos
recorrentes do evento traumático, tem flashbacks do evento ocorrido e nível de perturbação
emocional e física ao trauma elevado, o segundo Critério C(22) tem que preencher uma das duas
perguntas para dar andamento ao teste, G20 e G21 foram positivas, manter se ocupada com
atividades para evitar de pensar ou lembrar do evento traumático e evitar lugares, pessoas e
coisas para não ter sentimentos e lembranças relacionados ao evento, o terceiro critério D(30)
três das sete perguntas, G 24,26 a 29 positivas, mudanças na maneiro de pensar sobre si, ter
pensamentos ruins (raiva,tristeza,medo,...) desde o ocorrido, começou a ter desinteresse por
atividades que fazia após o evento, sente se alienada e/ou distanciamento em relação aos outros e
incapacidade de vivenciar emoções positivas, quarto critério E(37) duas das seis perguntas, G 33
a 36 positivas, estar mais atenta ao meio ambiente, eliciação de sentimentos exagerados a ruídos
súbitos, Problemas de concentração e dificuldades para dormir e o último critério G(39) ainda
causa sofrimento significativo prejudicando os funcionamentos, sociais, profissionais e outras
áreas importantes para a paciente.

Sobre o todo o processo de psicodiagnóstico a paciente veio para a clínica com o intuito
de querer melhorar a sua qualidade de vida por causa do evento traumático que prejudicou todo
seu biopsicossocial, por morar sozinha potencializou os traços do transtorno, modificou a sua
autopercepção, durante as sessões foi visualizado gradativamente uma melhora com a paciente
por ser ouvido e não julgado, toda a vivência proporcionou para coleta de dados fazer a hipótese
diagnóstico para TEPT, para ter melhores comprovações sobre o diagnóstico foi aplicado o teste,
o término do teste deu positivo para Transtorno de estresse pós traumático F 43.10, 309.10; a
sugestão para ocorrer no próximo semestre é o/a terapeuta que atende-lá focar na vinculação e
nos eventos traumáticos que a trouxeram para o atendimento.

Rio Grande, ​vinte e três​ de​ Maio​ de 2019.

__________________________________________________

FREDERICO GOMES E SILVA MOREIRA


PSICÓLOGO

CRP:

____________________________________

[aluno]

Henrique Silva Uarthe

[RA] 247510213799

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LAUDO PSICOLOGICO

Bibliografia
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução n° 007, de 14 de junho de 2003. Institui

o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes de

avaliação psicológica e revoga a Resolução CFP º 17/2002. Disponível em:

https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2003/06/resolucao2003_7.pdf

CRUZ, ROBERTO MOARES. Perícia Psicológica no contexto do trabalho. Editora Vetor, São

Paulo, 2017.

DIAGNOSTIC AND STATISTICAL MANUAL OF MENTAL DISORDERS - ​DSM​-​5​. 5th.ed.

Washington: American Psychiatric Association, 2013. ​DSM​-IV-TR​TM - Manual diagnóstico e

estatístico de transtornos mentais. trad.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. CID-10 Classificação Estatística Internacional de

Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 10a rev. São Paulo: Universidade de São Paulo;

1997. vol.1. 5. Organização Mundial da Saúde. CID-10 Classificação Estatística Internacional de

Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 10a rev. São Paulo: Universidade de São Paulo;

1997. vol.2.

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